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Monografia Recursos Florestais Adolfo Quinho

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LVIII
LXVII
	Adolfo Quinho Faquihi
Contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto (2018-2020)
Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em Turismo
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2021
	Adolfo Quinho Faquihi
Contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto (2018-2020)
Monografia científica a ser apresentada ao Departamento de Geociências, para obtenção do grau académico de licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em Turismo.
 Supervisor:
______________________________
Docente: M.sc Sacadura Simão Salvador
Universidade Rovuma
Cabo Delgado
2021
0
46
Lista de Tabelas
Tabela1Descrição da Amostra	18
Tabela2: Tempo de experiência como Fiscal	37
Tabela3: Dados sobre o desejo do trabalho	38
Tabela4: Dados sobre a importância de floresta	41
Table 5: Dados sobre a participação nas palestras	43
Table 6: Dados referentes a reposição das árvores	44
Lista de figuras
Figura 1 mapa do Posto Administrativo de Nairoto	28
Lista de abreviatura
ADM – Administrativo
CAA – Corte Anual Admissível
COGEP – Conselho de Gestão de Participativa
DNFFB - Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia
EIA - Environmental Investigation Agency (Agência de Investigação Ambiental)
FAEF – Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal
FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
FCTA – Faculdade de Ciências de Terra e Ambiente
LFFB – Lei de Floresta e Fauna Bravia
ONG – Organização Não Governamental
ONU – Organização das Nações Unidas
SDAE – Serviços Distritais das Actividades Económicas
SPFFB - Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia
UR - Universidade Rovuma
Declaração
Declaro por minha honra, que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e de orientação do meu supervisor, seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na sua bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau. 
Montepuez, ……/………/……..
 ______________________________________
Adolfo Quinho Faquihi
Dedicatória
Este trabalho dedico aos meus pais Faquihi Jata e Memuna Assina Adolfo, pois tiveram incansavelmente a procura dum futuro melhor para mim, com muito carinho e amor.
Outrora, dedico aos meus familiares pelo suporte, dado ao longo do percurso estudantil, apoiaram-me bastante.
A minha outra especial dedicatória vai para o meu primo Ramos Da Sofia Adolfo que, sérvio como um pilar no processo académico. Aos meus amigos que me incentivaram em não desistir. 
	
Agradecimentos
Agradeço, em primeiro lugar e sempre, a Deus, pelo dom da vida.
Ao Meu Supervisor Sacadura Simão Salvador, pelas lições valiosas que me ofereceram durante a leccionação das cadeiras curriculares.
Por fim, mas não menos importante, agradeço àqueles que me cativaram durante esta formação: Modesto dos Santos, Edmundo Virglio Wane, Francisco Nunes, Herculano Paunde, e os demais. Valeu, amigos, por dividirmos as alegrias e os desafios que a Unirovuma nos trouxe!
Resumo
A presente pesquisa faz um estudo sobre o contributo dos recursos florestais para desenvolvimento local do posto administrativo de Nairoto (2018-2020). A elaboração desta monografia tem por finalidade Analisar o contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto. Para que se materializa-se esse objectivo seguiram-se os seguintes objectivos específicos: Identificar as formas de exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto; Caracterizar a situação económica da comunidade do Posto Administrativo de Nairoto; Caracterizar a situação económica da comunidade do Posto Administrativo de Nairoto; Explicar o nível de conhecimento local sobre os benefícios locais da exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto.Uma vez que, as florestas são ecossistemas de enorme importância ambiental por uma variedade de razões, na qual são fontes de inúmeros produtos úteis para o ser humano, como madeira, substâncias medicinais, frutos e fibras, entre outros serviços ambientais. Para a materialização deste estudo foram usados os seguintes caminhos: método quanto à natureza: pesquisa básica, quanto aos objectivos: Pesquisa explicativa, quanto a abordagem: Pesquisa qualitativa, quanto aos procedimentos técnicos: Pesquisa de campo e método bibliográfico. No que diz respeito as técnicas de colecta de dados foram usadas as seguintes: observação directa; entrevista semi estruturada, questionário, levantamento de campo, universo ou população que corresponde a todos os moradores do Posto Administrativo de Nairoto e amostra correspondente a 37 participantes. Nesta conformidade, o estudo mostrou que no Posto Administrativo de Nairoto há uma fraca fiscalização na exploração dos recursos florestais induzindo assim, a redução da qualidade de vida da comunidade local. E como resposta da situação vivenciada na área em estudo, o proponente avança com a intensificação do processo de fiscalização para que os recursos florestais, não sejam explorados de forma insustentável, apostando no desenvolvimento de novas estratégias de exploração e melhoria de formas de educação ambiental que obedecem a cultura da comunidade local do Posto Administrativo de Nairoto.
Palavra-chaves: Recursos florestais; Comunidade Local; Desenvolvimento Local; Posto Administrativo de Nairoto.
Abstract
This research studies the contribution of forest resources to the local development of the administrative post in Nairoto (2018-2020). The purpose of this monograph is to analyze the contribution of forest resources to the local development of the Administrative Post of Nairoto. In order to materialize this objective, the following specific objectives were followed: Identify ways of exploiting forest resources in the Administrative Post of Nairoto; Characterize the economic situation of the community of the Administrative Post of Nairoto; Characterize the economic situation of the community of the Administrative Post of Nairoto; Explain the level of local knowledge about the local benefits of the exploitation of forest resources in the Administrative Post of Nairoto. Since forests are ecosystems of enormous environmental importance for a variety of reasons, they are sources of numerous products useful for being human resources, such as wood, medicinal substances, fruits and fibers, among other environmental services. For the materialization of this study, the following paths were used: method regarding the nature: basic research, regarding the objectives: Explanatory research, regarding the approach: Qualitative research, regarding the technical procedures: Field research and bibliographical method. With regard to data collection techniques, the following were used: direct observation; semi-structured interview, questionnaire, field survey, universe or population corresponding to all residents of the Administrative Post of Nairoto and sample corresponding to 37 participants. Accordingly, the study showed that in the Administrative Post of Nairoto there is weak inspection in the exploitation of forest resources, thus inducing a reduction in the quality of life of the local community. And as a response to the situation experienced in the area under study, the proponent advances with the intensification of the inspection process so that forest resources are not exploited in an unsustainable way, investing in the development of new exploration strategies and improvement of forms of environmental education that they obey the culture of the local community of the Administrative Post of Nairoto.
Keywords: Forest resources; Local Community; Local Development; Nairoto Administrative Post.
Introdução
O presentetrabalho é uma monografia científica tem como tema: Contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto (2018-2020). O trabalho enquadra-se na linha de pesquisa Educação e desenvolvimento sustentável. Nesta pesquisa o objecto de estudo é análise sobre os factores de riscos de desflorestamento. Recursos florestais ou Floresta são terras que ocupam no mínimo de 1 ha com cobertura de copa > 30%, e com árvores com potencial para alcançar uma altura de 3 metros na maturidade, áreas florestais temporariamente desbravadas e áreas onde a continuidade do uso da terra excederiam os limiares de definição de floresta, ou árvores capazes de alcançar esses limites ínsito. A degradação é antes de tudo um processo e, como tal, implica em uma variedade de estágios que dificulta sua separação em classes bem definidas. O desflorestamento não é um fenómeno recente, e há evidências de que em tempos pré-históricos ele já estava em andamento em vários locais do mundo, mas sua extensão e ritmo naquela época remota são difíceis de estimar.
O Meio ambiente segundo a sua origem e natureza compreende recursos naturais, água, ar solo, subsolo, biosfera e outros e as actividades modificadoras sociais culturais e económicas.
O conceito dinâmico inclui relações de transformação que é o uso dos recursos e os resultados são produtos e efeitos por isso há uma necessidade de preservação dos recursos naturais no meio.
Por exemplo, floresta isolada não existe, ela está ligada ao solo fauna e sobretudo a acção do homem. O meio ambiente é resultado de interligação entre os recursos naturais e a actividade modificadora que sempre é exercida pelo Homem. Por exemplo no acto das actividades humanas de corte de madeira, destrói se a floresta, os solos danificam se e dá início a actividade de desertificação o que pode terminar com o desaparecimento da fauna nas regiões atingidas. Existe em envolvimento entre recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a necessidade da existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso.
Problematização
A maior parte da população moçambicana vive na zona rural e vive da agricultura de subsistência, interage e depende, em grande medida, das florestas para a sua subsistência e bem-estar. A floresta fornece a população rural variados produtos que incluem materiais de construção, lenha, plantas medicinais, alimentos diversos, caça e pasto para o gado.
Apesar desta importante função socioeconómica os recursos agro-florestais enfrentam problemas de Degradação florestal que causa risco do desmatamentos e que pode constituir um dos factores primários de alterações e mudanças climáticas: Práticas agrícolas inapropriadas, Procura de lenha e carvão nos grandes centros urbanos, Exploração florestal selectiva. 
A disponibilidade dos principais recursos na natureza está dependente de vários factores que envolvem o carácter da sua ocorrência na natureza, suas formas de exploração e intensidade, a maior ou menor procura dos mesmos pelos consumidores.
Os componentes do meio ambiente são de uma maneira geral de dois aspectos a considerar: os Renováveis e os não – renováveis. Estes conceitos têm a ver com a capacidade de regeneração ou não de um recurso uma vez submetido a uma exploração bastante forte. Aqui podemos mencionar os casos de madeira, que se pode regenerar, contudo num espaço bastante longo. O processo de desaparecimento completo e permanente de florestas, actualmente causado em sua maior parte pelas actividades humano.
As florestas são ecossistemas de enorme importância ambiental por uma variedade de razões, e historicamente sempre foram uma das principais bases do florescimento das civilizações. São fontes de inúmeros produtos úteis para o ser humano, como madeira, substâncias medicinais, frutos e fibras, entre outros serviços ambientais. O desflorestamento é um dos maiores desafios ambientais da actualidade e tem sido objecto de inúmeros estudos científicos, mas ainda é motivo de grande controvérsia a respeito de sua verdadeira extensão, de suas causas profundas, dos mecanismos naturais associados e dos meios de prevenção necessários.
No Posto Administrativo de Nairoto, o fenómeno de desflorestamento tende agravar-se, a sua situação e nível estranho terá precursões graves para a biodiversidade. A cada dia fazem se sentir-se no Posto Administrativo de Nairoto tem se abatido de forma intensiva, diversas quantidades de árvores que fornecem um oxigénio saudável e fundamental para a aldeia. É nesta ordem de ideia que surge a seguinte questão: De que forma a exploração dos recursos florestais contribuem para o desenvolvimento local da comunidade de Nairoto?
Justificativa 
A escolha desse tema e o período para pesquisar foi motivado por graves problemas que o Posto Administrativo de Nairoto tem vindo a assistir, problemas estes inerentes ao desflorestamento. Factos das florestas serem os ecossistemas de enorme importância ambiental por uma variedade de razões, e historicamente sempre foram uma das principais bases do florescimento das civilizações. São fontes de inúmeros produtos úteis para o ser humano, como madeira, substâncias medicinais, frutos e fibras, entre outros serviços ambientais. Cerca de 1,6 bilhões de pessoas hoje ganham a vida em alguma actividade ligada
às florestas, e cerca de 60 milhões de indígenas em todo o mundo dependem exclusivamente delas para sua subsistência.
O desflorestamento é um dos maiores desafios ambientais da actualidade e tem sido objecto de inúmeros estudos científicos, mas ainda é motivo de grande controvérsia a respeito de sua verdadeira extensão, de suas causas profundas, dos mecanismos naturais associados e dos meios de prevenção necessários. 
A relevância científica deste trabalho reside no facto de poder contribuir, para o desenvolvimento local da comunidade do posto administrativo de nairoto através dos recursos florestais, assim como distrito de Montepuez e para a província de Cabo Delgado, pois servira como uma fonte de pesquisa na área da educação e desenvolvimento sustentável, não só, mas também para quem estiver interessado em realizar uma pesquisa similar.
O estudo oferece um ganho social, na medida em que a comunidade do posto administrativo de nairoto vai ter um benefício provenienteda exploração florestal para o desenvolvimento local, ou seja, o desenvolvimento da comunidade do posto administrativo de nairoto.Acredita-seser vital para um bom desenvolvimento local do posto administrativo de nairoto. Nesta linha, a comunidade do posto administrativo de nairoto terá os seus benefícios por parte da exploração dos recursos florestais para fins da comunidade. 
Objectivos 
Geral
· Analisar o contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto.
Específicos
· Identificar as formas de exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto; 
· Caracterizar a situação económica da comunidade do Posto Administrativo de Nairoto;
· Descrever os procedimentos usados na exploração dos recursos florestais a nível do Posto Administrativo de Nairoto.
· Explicar o nível de conhecimento da comunidade local sobre os benefícios sociais da exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto.
Perguntas de investigação:
· Quais são as formas de exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto; 
· Que procedimentos são usados para exploração dos recursos florestais a nível do Posto Administrativo de Nairoto.
· Qual é o nível de conhecimento local sobre os benefícios locais da exploração dos recursos florestais no Posto Administrativo de Nairoto.
CAPITULO I: METODOLOGIA
De acordo com Gil, (1999) “Metodologia é um conjunto de instrumentos que facilitam a busca de informação precisada pelo autor ”. P.27
Uma boa metodologia prevê três pontos fundamentais: a gestão participativa, o acompanhamento técnico sistemático e continuado e o desenvolvimento de acções de disseminação de informações e de conhecimentos entre a populaçãoenvolvida (capacitação).
1. Tipo de pesquisa
a) Quanto à Natureza: Pesquisa básica
O proponente na execução dos dados colectados na sua pesquisa, se objectivou em trazer a qualidade das respostas em função dos participantes da presente pesquisa. No entanto, as pesquisas de natureza básica dedicam-se geralmente, em analisar os depoimentos oferecidos pelos entrevistados. 
b) Quanto aos objectivos: Pesquisa exploratória 
De acordo com os objectivos deste trabalho, a pesquisa é do tipo exploratória , visto que o epicentro da pesquisa foi de analisar o contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto.
c) Quanto a abordagem: Pesquisa qualitativa
Pesquisa é qualitativa visto que baseou se muito mais em analisar e interpretar os aspectos profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano que põem em causa, o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto.
d) Quanto aos procedimentos técnicos: Pesquisa de campo
O pesquisador foca-se tanto ao campo onde constatou e observou o problema e também através da entrevista dos moradores da aldeia de Nairoto, também de uma análise dos dados obtidos através de entrevista dos funcionários SDAE que são os fiscais e o Director. 
1.2. Métodos
· Método Bibliográfico
Em reconhecimento das estratégias possibilitam o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto. o pesquisador auxiliou-se com o método bibliográfico visto que este método é fundamental para uma pesquisa, e também facilitou na obtenção de informações mais amplas de vários pensadores relacionados ao tema em estudo que trata dos Recursos florestais. 
· Método do trabalho de campo
O pesquisador elaborou um roteiro de questões em forma de questionário para o director das actividades económicas de Montepuez e entrevista para os fiscais florestais, visto que são eles que velam o processo de fiscalização na aquela aldeia de Nairoto. Este método consistiu em deslocamento do pesquisador para o local onde esses recursos florestais corem risco do desflorestamento no Posto Administrativo de Nairoto.
1.3. Técnica de colecta de dados
Segundo GIL, (1993:58),”instrumentos e técnicas de pesquisa são instrumentos de medidas ou colecta de dados, uso de bibliografia que orienta as escolhas”.
· Observação 
Neste trabalho o proponente usou método de observação directa em que consistiu na chegada do local em estudo, onde observou a forma de exploração, as estratégias de vigilância na parte da população local para tais recurso florestais. 
· Entrevista
Na perspectiva de Gil (1999) Entrevista é “uma técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com objectivo de obtenção dos interesses a investigação. É uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar dados e a outras se apresenta como fonte de informação”. (P.117)
Para a realização deste trabalho de pesquisa usou-se a entrevista com perguntas do tipo abertas em que levou o entrevistado a responder livremente, sem reservas. A entrevista foi dirigida aos moradores e para os fiscais de floresta e fauna bravia do distrito de Montepuez sobre tudo aqueles que trabalham no Posto administrativo de Nairoto.
· Questionário
De acordo com Gil (1993) “questionário é uma serie de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante”. (P.85)
O questionário foi de extrema importância neste trabalho para a obtenção das informações e este questionário dirigiu-se ao Chefe do posto de Nairoto, assim como o Director distrital das actividades económicas de Montepuez. 
· Levantamento de Campo 
Na luz de Stillwell (1990) “Compreende um conjunto de actividades que visam, através de medições de campo, determinar posições relativas de pontos sobre a superfície terrestre”. P.64
Com esta técnica permitiu o pesquisador em levantar os dados directamente no campo real, onde se efectuo o trabalho e ainda facilitou a representação de porções da superfície com seus acidentes naturais, complementações e actualizações de mapeamentos existentes, localização de pontos, colecta de dados, bem como apoio ao trabalho em destaque.
1.4. Universo ou População
De acordo com Carvalho, (2009), “Universo ou população é a totalidade dos indivíduos que possuem as mesmas características definidas no estudo”.(P.88)
O universo deste trabalho foi de toda a população do posto administrativo de Nairoto
a) Amostra
Na óptica de Vergara (2000), Amostra é ” uma parte de universo escolhida segundo algum critério de representatividade elementos abrangidos por uma mesma definição”. (P.50)
Para efeito de recolha de dados usou-se uma amostra de 37 conforme como mostra a tabela.
Tabela1Descrição da Amostra
	Nome
	Numero
	Técnica de recolha de dado
	Director da SDAE de Montepuez
	1
	Questionário
	Fiscais de floresta e fauna bravia de Montepuez
	6
	Entrevista
	Chefe do Posto Administrativo de Nairoto
	1
	Questionário
	Moradores do Posto Administrativo de Nairoto
	29
	Entrevista
CAPITULO – II: FUNDAMENTAҪÃO TEÓRICA
2. Comunidade Local
 É o agrupamento de famílias e indivíduos, vivendo numa circunscrição
territorial de nível de localidade ou inferior, que visa a salvaguarda de interesses comuns
através da protecção das áreas habitacionais, áreas agrícolas, sejam cultivadas ou em pousio,
florestas, sítios de importância cultural, pastagens, fontes de água e áreas de expansão.
Acordo com Castells (1999), no mundo actual, as comunidades são construídas a partir dos interesses e anseios de seus membros, o que faz delas fontes específicas de identidades. Essas identidades podem nascer da intenção em manter o status quo ou de resistir aos processos dominantes
e às efemeridades do mundo globalizado, ou ainda de buscar a transformação da estrutura social. Em todas elas existem processos de identidade, objectivos e interesses em comum, bem como a participação em prol desse objectivo e o sentimento de pertença, oriundo da identidade em questão. (p.84)
Comunidade local é uma colectividade tradicional com uma serie de poderes que cobrem uma certa área geográfica e uma estrutura de gestão autónoma.
2.1.Desenvolvimento local 
O desenvolvimento local é: Um processo de crescimento
económico e de câmbio estrutural que conduz a uma melhoria no nível da qualidade de vida da população local, no qual se pode identificar três dimensões: uma económica, em que os empresários locais usam sua capacidade para organizar os factores produtivos suficientes para ser competitivos nos mercados; outra, sociocultural, em que os valores e as instituições servem de base ao processo de desenvolvimento; e, finalmente, uma dimensão político administrativo em que as políticas territoriais permitem criar um entorno económico local favorável, protegendo de interferências externas e impulsionando o desenvolvimento local. (Boisier 2000, p.166).
Para Milani (2005), “ o desenvolvimento local pressupõe uma transformação consciente da realidade local, isto implica em uma preocupação não apenas com a geração presente, mas também com as gerações futuras e é neste aspecto que o factor ambiental assume fundamental
importância”. 
Assim, a noção de desenvolvimento local encerra em um conjunto de valores, princípios e
métodos, profundamente inovadores, através da utilização de práticas radicalmente diferentes
das utilizadas, fazendo interagir práticas sectoriais em busca de objectivos comuns que visem o desenvolvimento interno de um dado local.
Segundo ONU (1956), desenvolvimento local “é o processo através do qual os esforços do próprio povo se unem com as autoridades governamentais com o fim de melhorar as condições económicas, sociais e culturais das comunidades, integrar estas comunidades na vida nacional e capacita-las a contribuir plenamente para o progresso do país”. (P.87)
2.2. Degradação florestal
Degradação é antes de tudo um processo e, como tal, implica em uma variedade de estágios que dificulta sua separação em classes bem definidas. Um paralelo pode ser feito com o processo inverso, a regeneração florestal que inicia após o corteraso da floresta resultando no que conhecemos como florestas secundárias ou capoeiras. Há dificuldade em impor limites claros a partir dos quais se considera que existe novamente uma floresta recomposta exercendo suas funções (Salomão et al.2012). 
Degradação florestal é a redução a longo prazo da cobertura da copa e/ou stock da floresta que leva a diminuição do fornecimento de benefícios a partir da floresta, os quais inclui madeira, biodiversidade e outros produtos e serviços. Esta redução é através das explorações madeireira, queimadas, ciclone e outros, desde que a cobertura da copa se mantenha acima de 30%. 
De forma simplificada, uma floresta degradada pode ser definida como uma área que permanece com tipologia florestal - ou seja, nunca sofreu corte raso, porém sofreu perda de biomassa, de biodiversidade e de serviços ecológicos importantes, resultante de eventos como queimadas, exploração predatória de madeira e fragmentação florestal (Parrottaet al., 2012).
A degradação florestal é um gradiente que engloba uma diversidade de situações em termos de qualidade da floresta. Acções de gestões exigirão muitas vezes limitem bem definidos e verificáveis a partir dos quais uma floresta deve ser classificada como degradada, por exemplo, para atender requisitos mínimos de integridade e ser passível de licença de manejo madeireiro ou para receber benefícios no âmbito da redução de emissões por desmatamento e degradação florestal.
2.3. Causas da degradação florestal
A degradação florestal é causada por diferentes factores, mais especificamente pelo fogo, extracção madeireira predatória, alta pressão de caça, assim como fragmentação da paisagem e efeitos de borda ligados aos usos da terra, por exemplo, actividades agro-pecuárias. A percepção da importância desses diferentes factores muda consideravelmente, até mesmo entre os cientistas. (Holdsworth; Uhl, 1997).
Em geral, reconhecem-se facilmente os efeitos prejudiciais do fogo sobre as florestas, em comparação aos demais factores. A caça normalmente é o factor menos reconhecido como causador de degradação, ainda que estudos científicos mostrem a existência de florestas vazias de fauna e os possíveis efeitos cascata da falta de dispersores de sementes ou polinizadores sobre a comunidade de plantas. Assim, a caça promove uma degradação lenta, silenciosa e, portanto, mais difícil de identificar.
2.4. Gestão Florestal Eficiente
A gestão eficiente das florestas requer a identificação das principais causas sociais propulsoras da degradação florestal, pois as mesmas produzem efeitos diferentes nos ecossistemas. Além disso, as diferentes actividades que causam degradação florestal devem resultar em taxas distintas de retorno financeiro para as populações locais.
Tal retorno pode variar desde o uso incontrolado do fogo pelo manejo agrícola (retorno negativo), a produção de carvão (actividade com baixíssimo retorno financeiro), as actividades de caça e captura de animais (baixo retorno), até a extracção selectiva de madeira (maior retorno financeiro, em comparação aos demais). Esse reconhecimento permitirá a formulação de medidas específicas para atores sociais distintos e o combate mais direccionado aos problemas da degradação florestal e assim garantirá uma maior eficácia nas políticas públicas aderentes aos mesmos.
Da mesma forma, é esperado encontrar uma distinção entre florestas queimadas e florestas submetidas à extracção madeireira sem planeamento. Assim, compreender essas dinâmicas permitirá enfrentar melhor o problema, desenhando soluções de forma mais direccionada para as especificidades dos diferentes atores.
2.5. Recursos Florestais
Floresta são terras que ocupam no mínimo de 1 ha com cobertura de copa > 30%, e com árvores com potencial para alcançar uma altura de 3 metros na maturidade, áreas florestais temporariamente desbravadas e áreas onde a continuidade do uso da terra excederiam os limiares de definição de floresta, ou árvores capazes de alcançar esses limites insitu.
Neste contexto recursos florestais podem serem entendidos ecossistema terrestre organizado em estratos super postos (o musgoso, o herbáceo, o arbustivo e o arborescente), o que permite a utilização máxima da energia solar e a maior diversificação dos nichos ecológicos. 
2.6. Importância das Florestas
As florestas podem ser utilizadas de modo a produzir benefícios ecológicos nem sempre comercializáveis, como fonte de ecoturismo e para produzir produtos de base florestal.
Para Simula, (1999)“Os produtos florestais não madeireiros “abrangem uma grande série de itens desde as plantas medicinais e aromáticas até nozes, frutas, resinas, tanino, ceras e produtos de artesanato.” (P.200).
A importância, acima mencionada, das florestas tem feito com que diversos países evitem perdê-las ou as recuperem.
Todos nós temos noção da importância das florestas. Além da sua importância natural, pelo seu valor intrínseco, abrigam grande parte da biodiversidade do planeta, tanto da fauna quanto da flora. Elas concentram, de acordo com a ONU, 75% da água doce do planeta. Contribuem para a integridade dos rios, por fornecerem protecção através das matas ciliares, protegem os solos de erosões, reduzem a saída de nutrientes dos ecossistemas, quando em equilíbrio; entre outros inúmeros aspectos de importância biológica.
2.7. Processo de Fiscalização dos Recursos Florestais em Moçambique
A fiscalização das actividades de exploração florestal requer uma capacidade institucional e organizacional de modo a que os operadores sigam as normas estabelecidas no regulamento florestal e as actividades descritas no plano de maneio.
Segundo o Banco Mundial (1999) citado por BILA e SALMI (2003), a exploração de madeira em florestas tropicais continua em grande escala, na maioria dos casos de forma ilegal e insustentável. Ainda segundo a mesma fonte, em muitos países tropicais o volume de madeira ilegal chega a superar a exploração legal. Há uma grande diferença entre o que a lei florestal estabelece como prática a seguir na exploração, uso e conservação das florestas com o que se passa no terreno. Em muitos países, incluindo Moçambique, práticas ilegais pelas populações locais, público em geral e do sector privado em particular, são comuns, mesmo em situações de presença de um sistema de fiscalização forte.
A fiscalização florestal e faunística constitui hoje uma das principais actividades da DNTF e dos SPFFB. 
De acordo com Mussengue (2001), “a situação geral desta actividade, a nível central, bem como a nível provincial e local, é de aparente paralisação, ineficiência e incapacidade geral das estruturas responsáveis pela sua execução”. 
Não existem dados certos sobre a quantidade de pessoal envolvido directamente na fiscalização nem dos meios materiais destinados especificamente a esta actividade. Na maioria dos SPFFB, o pessoal afecto a este sector faz um pouco de tudo o mesmo se passando com os meios disponibilizados para os SPFFB (Bila & Salmi, 2003).
Segundo a Lei de Florestas e Fauna Bravia, a fiscalização florestal e faunística é exercida pelos fiscais de florestas e fauna bravia, pelos fiscais ajuramentados e pelos agentes comunitários nos termos e condições a definir por diploma próprio. 
A fiscalização é feita fundamentalmente pelos fiscais de florestas e fauna bravia do Estado, através dos postos fixos, que teoricamente funcionam dia e noite, e são localizados ao longo das principais estradas nacionais, nos limites entre províncias e nas entradas dos principais centros urbanos. Salvo raras excepções, os postos fixos funcionam apenas de dia e durante os dias úteis; à noite, feriados e aos fins-de-semana a maioria dos postos fixos está inactivo, sendo nestas altura que se regista a maior movimentação de produtos florestais, especialmente de madeira, lenha, carvão e carcaças de animais bravios.
Mussengue (2001), refere ainda que existem cerca de 564 fiscais em todo o território nacional, o que perfaz cerca de 55 fiscais por província. Do total referido, 60% estão afectos aos parques e reservas e 85% só têmnível básico e idades compreendidas entre os 50 e 60 anos. 
A situação actual do país, caracterizada pela estabilidade política e paz que se vive a mais de dez anos, os avanços importantes na área económica, o processo de democratização, descentralização da administração pública e o cometimento para transparência e boa governação a todos os níveis criam oportunidades e novos desafios para o desenvolvimento do sector e, particularmente, para melhorar substancialmente a fiscalização dos recursos florestais e faunísticos. Os principais pontos fortes, fracos este processo são apresentados em seguida.
a) Pontos Fortes
· Existência de iniciativas piloto de maneio de recursos florestais e faunísticos, que criam espaço para a participação activa das comunidades locais na fiscalização;
· Promoção e incentivo da exploração dos recursos florestais em regime de concessão e orientação para a diminuição da exploração em regime de licença simples, o que deve facilitar muito a fiscalização;
· A possibilidade de, para além dos fiscais do Estado e agentes da Lei e Ordem, todos os intervenientes no sector, nomeadamente comunidades e autoridades locais, ONGs, sector privado e público em geral, poderem participar na fiscalização.
b) Pontos Fracos
· Falta de um sistema nacional de fiscalização e fraca organização dos serviços de fiscalização para a promoção e realização, com eficácia, de todas as actividades de fiscalização nomeadamente, a prevenção, detecção e combate de actividades ilegais no sector;
· Fraco conhecimento da Lei e Regulamento florestal por parte da maioria dos intervenientes no sector;
· Falta de recursos humanos e materiais, em qualidade e quantidade adequados para desenvolvimento da fiscalização;
· Baixos salários e falta de estímulos e punições adequadas para que os fiscais não se envolvam em casos de corrupção;
· Corrupção e praticas ilegais por parte de fiscais e outros agentes da lei e ordem.
2.7.1. Principais Constrangimentos da Fiscalização Florestal em Moçambique
Segundo Serra (2014) Os principais problemas identificados, em vários estudos, que ainda afectam a fiscalização no país são os seguintes: 
· A quantidade e qualidade dos actuais fiscais; 
· Falta de conhecimento da Lei e do Regulamento de Florestas e Fauna Bravia; 
· Falta de regulamento e carreira profissional do fiscal de carreira; 
· Falta de meios de transporte, comunicação e campismo para os fiscais, incluindo fundos para as ajudas de custos dos fiscais, inadequada infra-estrutura física nos postos de fiscalização fixos; 
· Baixos salários e falta de estímulos aos fiscais, especialmente; 
· Falta de pagamento das percentagens estabelecidas por lei como comparticipação nas multas; 
· Excessiva centralização da fiscalização nas capitais de província, muito distante dos locais de actuação de operadores florestais e faunísticos; 
· Falta de incentivos e mecanismos práticos para o envolvimento das comunidades locais, agentes comunitários, fiscais ajuramentados e da polícia na fiscalização;
Como resultado, há cada vez menos prontidão por parte dos fiscais, contribuindo para que a sua imagem decline ano após ano junto das populações locais.
Importa referir que Moçambique possui uma rica legislação na área de florestas que se fosse devidamente aplicada e fiscalizada, podia conduzir a mudanças na atitude dos moçambicanos e instituições em relação aos recursos naturais, no entanto, ainda há muitas fragilidades na sua implementação. 
A lei prevê a integração de membros da comunidade no processo de fiscalização, mas não prevê uma forma de incentivos para os mesmos. Por estes não possuírem nenhum vínculo com o Governo, não auferem nenhum salário estando dependentes dos 50% dos valores das multas que são aplicadas aos infractores, quando estes denunciam casos de exploração ilegal de recursos florestais e faunísticos. 
O que tem se verificado é que os fiscais mesmo denunciando não chegam a receber o valor das multas, isto porque os infractores não conseguem pagar as multas, ou recebem uma protecção que permite que o processo seja ilegalmente tramitado. Em alguns casos, os furtivos estão melhor equipados que os fiscais, principalmente quando se trata de fiscais comunitários que não dispõem de meios eficazes de actuação contra os furtivos. Isto faz com que haja desistência dos fiscais na condução da sua actividade.
2.8. Participação das Comunidades locais na gestão dos Recursos naturais
A lei de Florestas e Fauna Bravia prevê uma gestão participativa dos recursos naturais, por isso são criados os Conselhos de Gestão Participativa (COGEPs) que trabalham ao nível distrital e são constituídos por representantes das comunidades locais, sector privado, associações ou ONGs e Estado. 
Conforme o Artigo 97 do regulamento da LFFB, os conselhos de gestão de recursos naturais participam no procedimento de pedidos de exploração de recursos naturais, realizam actividades que contribuem para a sustentabilidade da exploração dos recursos e melhoramento das condições de vida das comunidades locais, resolvem os conflitos entre diferentes intervenientes na utilização e exploração dos recursos naturais, participam na fiscalização junto com o Estado, participam no melhoramento das políticas e da legislação da matéria e participam na elaboração dos planos de maneio.
Do número 5 do Artigo 35 da LFFB e do Artigo 102 do Regulamento da LFFB, constam que ao benefício das comunidades locais da área onde foram extraídos os recursos destinam-se 20% das taxas de exploração, como forma de apoiar as comunidades na melhoria de suas condições de vida e da sua participação na conservação dos recursos florestais e faunísticos.
Para o benefício desse valor, a comunidade local deverá ser representada por um comité de gestão que deverá ser constituído por, pelo menos, dez membros da comunidade. Cabe ao comité de gestão apresentar publicamente à respectiva comunidade o relatório anual sobre as actividades realizadas, as operações de aquisição de bens e serviços e os respectivos justificativos. Neste aspecto, em vários programas de exploração de recursos florestais, nota-se uma falta de mecanismos de transparência na gestão de receitas/benefícios.
Numa análise do programa Tchuma-Tchato, Serra (2014) aponta a falta de transparência na gestão de benefícios: ninguém sabe ao certo quanto dinheiro entra nos cofres do Estado e também desconhece-se como é que os Conselhos Superiores de Gestão dos Recursos Naturais estão a realizar a gestão dos benefícios pertencentes às comunidades. Os problemas estão associados à falta de inclusão dos diferentes grupos sociais na planificação das acções para a utilização dos fundos e agravados pela falta de diálogo e transparência na gestão de um bem comum.
O Conselho de Ministros aprovou o Diploma Ministerial 93/2005 de 4 de Maio que define os mecanismos de canalização e utilização dos 20% do valor das taxas, consignadas a favor das comunidades locais, cobradas ao abrigo da legislação florestal e faunística. 
Segundo Pereira (2005), citado por Folomaet al. (2009), para que a comunidade aceda aos 20% da taxa de exploração florestal e faunísticas, esta deve ser representada por um comité de gestão local, registar na Administração do Distrito ou Posto Administrativo o comité formado, abrir conta em nome da comunidade e apresentar publicamente relatório de actividades realizadas e contas.
De acordo com Pereira (2005), da atribuição dos 20% das taxas às comunidades, espera-se, seis principais resultados: 
i) Obter benefícios directos, tangíveis e imediatos derivados da exploração dos recursos florestais; 
ii) Despertar o interesse e o envolvimento da comunidade na conservação dos recursos florestais, bem como no combate a actividades de extracção ilegal destes recursos; 
iii) Promover a organização comunitária, a gestão participativa do recurso florestal e a gestão de fundos e receitas colectivas; 
2.9. Estado dos Recursos Florestais em Moçambique
Moçambique é um país rico em recursos florestais, com uma área florestal de aproximadamente 40,6 milhões de hectarese 14,7 milhões de hectares de outras áreas arborizadas (DNTF, 2007).
As florestas produtivas cobrem aproximadamente 26,9 milhões de hectares, enquanto 13 milhões de hectares são definidos como áreas não adequadas para a produção de madeira, principalmente onde estão localizados os Parques Nacionais e as Reservas Florestais. As florestas que têm algum tipo de protecção legal ou estado de conservação cobrem cerca de 22% da extensão florestal total de Moçambique (Wrm Bulletin, 2009).
A maioria dos moçambicanos vive em áreas rurais e depende dos recursos naturais para a sua subsistência diária. 
Segundo Marzoli (2007), uma das principais causas do desmatamento no país é a pressão humana que provoca as queimadas das áreas florestais para abrir áreas de cultivo, colecta de lenha e produção de carvão. O índice de desmatamento anual no país está na casa dos 219.000 ha/ano, equivalente a uma mudança de 0,58% ao ano (DNTF, 2007).
O estudo realizado pela EIA (2013) revela que em 2012, a exportação de madeira para China aumentou em 22%, estando somente 40.000 m3/ha abaixo do CAA de Moçambique. Esta tendência demonstra que, em 2013, as importações chinesas excederam o CAA de Moçambique. 
Os dados apresentados pelos SPFFB, são os mais baixos, apresentando-se numa diferença acima de 100%. A título de exemplo, no ano de 2007, os SPFFB registaram um total de 18,487m3 de exportações de madeira em toros e madeira serrada enquanto as Alfandegas registaram 47,257m3 e a Cornelder 41,405m3. Com estes dados, reflecte-se, tal como refere o estudo, que os SPFFB facilitam o processo de exportação ilegal de madeira.
2.10. Desafios do Sector de Florestas em Moçambique
Face a esta tendência crescente de procura de produtos madeireiros, a FAEF (2013), chama à necessidade da adopção de estratégias de modo a garantir a sustentabilidade da exploração madeireira, onde a promoção de plantações florestais pode ser uma estratégia chave. Quando bem trabalhada a madeira de plantações de rápido crescimento como Pinus e Eucaliptos pode substituir em certa medida a madeira nativa, tal como já se verifica na cidade de Chimoio e na província de Manica em geral, e que poderia ser replicada noutras províncias do país.
No entanto, há que salientar que tais plantações, que a FAEF (2013) sugere a sua promoção, são estabelecidas em áreas com florestas nativas secundárias, onde predominam arbustos e árvores de pequeno porte, devido à exploração passada. Portanto, para além dos benefícios acima mencionados, as plantações florestais contribuem para o declínio da biodiversidade à medida que extensas áreas com florestas nativas secundárias são destruídas para dar lugar a uma única espécie exótica.
CAPITULO – III: APRESENTACÃO, ANÁLISE, E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
3.1. Localização e Breve Descrição da Área de Estudo
O posto administrativo de Nairoto está localizado na parte norte do Distrito de Montepuez, a 68 km da sede do distrito – Cidade de Montepuez, limitando a Norte com o Distrito de Mueda, a Sul com o Posto Administrativo de Mirate e Distrito de Balama, a Leste com o distrito de Meluco e a Oeste com o Distrito de Mecula, na Província do Niassa. A superfície do posto administrativo é de 7.274 km2 e a sua população está estimada em 9.856 habitantes. É a área mais extensa do distrito. 
A região é dominada por climas do tipo semiárido e sub-húmido seco. A precipitação média anual vária de 900 a 1000 mm. A precipitação média anual pode contudo, mais perto do litoral, por vezes exceder os 1500 mm, tornando-se o clima do tipo sub-húmido chuvoso.
As florestas da área do posto Adm. de Nairoto são de folha larga tipo mesofítica que seria esperada na zona dos 800 a 1000mm de chuva por ano. A vegetação é constituída por árvores como Mtanga, Tanga Tanga, Mpaca, Umbila, Pau-rosa, Pau-preto, Chanfuta, Metonha, Metil, Marroto, Tule, Mefuma e Messinge Jambire. e Messassa, bem como pradaria e florestas medianas dissíduas por vezes brenhosas. 
Figure 1 mapa do Posto Administrativo de Nairoto
Fonte: adaptado pelo Autor 2021
3.2. Apresentação dos resultados obtidos no questionário dirigido ao director Distritaldas Actividades Económicas de Montepuez
3.2.1. Número de Fiscais de Floresta e fauna bravia que existe no Distrito de Montepuez
Objectivo era de saber se o número de fiscais de floresta chega de cobrir o distrito muito mais a área em estudo que é posto a administrativo de Nairoto. Segundo as respostas dadas pelo director distrital indicam que existem seis (6) fiscais que actuam nessa área. De seguida ele afirmou que este número pode não cobrir na sua totalidade a área, visto que, é uma área extensa.
Mussengue (2001), refere que existem cerca de 564 fiscais em todo o território nacional, o que perfaz cerca de 55 fiscais por província. Do total referido, 60% estão afectos aos parques e reservas e 85% só têm nível básico e idades compreendidas entre os 50 e 60 anos.
O actual corpo de fiscais apresenta-se demasiado exíguo e envelhecido para fazer face às reais necessidades do país. São pouco mais de 300 homens, grande parte dos quais em idade de reforma, com parcas condições de trabalho, baixa escolaridade e muito pouca motivação (Mourana & Serra, 2010).
Com os resultados acima obtidos pelo director, pode-se concluir que há necessidade de aumentar o número de fiscais, no sentido de aumentar a fiscalização e garantir uma boa conservação dos recursos florestais.
3.2.2. Meios de Transportes usado no Processo de Fiscalização
O foco deste ponto foi de saber que meios de transporte são usados pelos fiscais no processo de fiscalização e conhecer qual é o número total desses meios de transporte. 
Dos dados adquiridos pelo director distrital de SDAE relatam o seguinte: “Do princípio poderia existir diversidade de meios de transporte que chegue a todos fiscais que velam naquela área. Mas infelizmente só existe uma (1) motorizada, cuja esta é beneficiada pelos seis fiscais para procederem a fiscalização daquela área.
Segundo Vicente (2004) Em algumas províncias não existem meios de transporte directamente afectos a fiscalização. Com esta situação a fiscalização nos locais de exploração se torna impossível, criando a situação em que os operadores têm a certeza de que, em nenhum momento, poderão ser interpelados pela fiscalização. Em muitos casos ainda prevalece o uso de motorizada para efeitos de fiscalização. Em outros casos, meios de fiscalização como, por exemplo, casas, viaturas, material de campo, estão alocados a outros sectores ou a técnicos alheios à fiscalização. Os meios de comunicação, de longo alcance, são também exíguos, existem somente em duas províncias, Manica e Sofala. O armamento disponível é em geral obsoleto e a sua disponibilidade para a fiscalização está dependente da simpatia dos comandos provinciais da polícia, facto que raramente acontece, dado o grau de coordenação e colaboração existente entre esta corporação e os SPFFB. 
Com estes resultados, mostra claramente que pelo facto de não haver muitos meios de transportes que possa ajudar na mobilidade dos fiscais no processo de fiscalização, pode-se concluir que não há uma fiscalização intensiva. Porque, na medida que um fiscal sai com a tal motorizada, não consegue passar a todos cantos que área compõe. Com esta situação a fiscalização nos locais de exploração se torna impossível, criando a situação em que os operadores têm a certeza de que, em nenhum momento, poderão ser interpelados pela fiscalização.
Figura numero 1: ilustração da via de acesso para o posto administrativo de nairoto 
 
Fonte: Autor 2021
3.2.3. Inclusão da Comunidade Local no Processo de Fiscalização
Para este ponto pretendia se saber se a comunidade local tem sido incluída no processo de fiscalização, segundo o questionado afirmou que a população é incluída no processo de fiscalização. 
A resposta apresentada a esta pergunta não constitui verdade, porque nas observações efectuadas, notou-se que a população não está sendo incluída neste processo. Convêm ressaltar, esta exclusão parte dos próprios fiscais.
O envolvimento das comunidadeslocais na fiscalização é uma experiência nova no país que ainda carece de consolidação. 
Vicente (2004) indica existirem 238 agentes comunitários em todo país, com a maior concentração nas províncias de Maputo e Cabo Delgado. Experiência de área pilotos de maneio comunitário de recursos florestais e faunísticos no país, indicam melhorias substanciais na conservação dos recursos naturais, especialmente maior controle da exploração florestais por empresas e operadores não residentes na zona. Como foi referido, os mecanismos de engajamento e incentivos às comunidades locais não foram ainda claramente definidos, disseminados e aplicados, o que limita a colaboração e participação efectiva das comunidades na fiscalização.
O sistema é considerado enfraquecido com o número bastante escasso de fiscais, meios de trabalho e falta de estímulos dos moradores para o correcto desenvolvimento desta actividade.
A Lei de Florestas e Fauna Bravia e o seu Regulamento reconhece as comunidades locais como elementos chave no controle da exploração e uso dos recursos florestais e faunísticos em suas zonas de residência. Estes instrumentos legais estabelecem ainda o conceito de co-gestão dos recursos florestais, o livre acesso, direito de exploração para auto-consumo e partilha de benefícios resultantes da exploração comercial destes recursos por terceiros. (DNFFB, 2002)
Para Sitoe et al. (2003), a participação comunitária pode ser outra opção válida para o reforço da fiscalização das actividades de exploração florestal. Contudo, é importante distinguir o papel que as comunidades locais podem desempenhar na fiscalização e o trabalho técnico de monitoria que uma agência independente especializada deve executar para garantir o cumprimento das normas técnicas de maneio sustentado de florestas tropicais.
3.2.4. Palestra de sensibilização sobre o uso sustentável dos recursos florestais, e medidas de evitar os riscos
Neste ponto objectivo foi de saber se os técnicos deste sector assim como os fiscais de floresta e fauna bravia promovem palestras de conservação e uso sustentável dos recursos florestais, de acordo com o questionado afirmou que os técnicos não efectuam essa actividade duma forma sistemática. É normal por ano realizarem uma palestra, e isso, não vai trazer conhecimentos prévios que possam ajudar aos moradores a usar de uma forma sustentável os recursos florestais. Por outro lado, outros fiscais são colocados clandestinamente, sem avaliar as capacidades intelectuais, físicas e morais. Porque, um fiscal não deve se preocupar somente na fiscalização, mais também deve se engajar na transmissão dos conhecimentos úteis para garantir a inclusão dos moradores na conservação dos recursos florestais.
Tomando em consideração as ideias descritas antes, pode-se concluir há necessidade de dar mais motivação, uma escolha perfeita na formação/treinamento e na contratação dos fiscais tendo em conta as suas habilidades e a faixa etária dos mesmos. 
3.2.5. Plantio de árvores nas áreas degradadas
O foco principal era de saber se as empresas madeireiras costumam repor árvores para substituir os danificados nas áreas. Com os resultados obtidos indicam que só alguns dos exploradores legais é que fazem esse processo de repor as áreas em que exploram. Maioria dos exploradores são ilegais e esses não se preocupam em repor as plantas.
O licenciamento de actividades florestais que não seja acompanhado pela correspondente capacidade de controlo e fiscalização põe em causa a própria continuidade do recurso, com graves prejuízos económicos, sociais e ambientais. Isto é, sem um sistema de fiscalização eficiente, dinâmico, abrangente, motivado, preventivo, toda a sustentabilidade fica comprometida, pondo em risco a perenidade dos recursos florestais. (Mourana & Serra 2010)
De acordo com os autores pode-se concluir que, o resultado está à vista: operadores com ou sem licença, na mais absoluta das ilegalidades, aproveitando-se das fragilidades do nosso Estado, disputam o acesso aos recursos naturais, explorando os até à exaustão, sem quaisquer escrúpulos ou preocupações com a continuidade do recurso, fazendo com que parte substancial dos proveitos económicos saia do país, para benefício de outrem.
3.3. Apresentação dos resultados obtidos no questionário dirigido ao chefe do Posto Administrativo de Nairoto
3.3.1. Legalidade das empresas envolvida na extracção da madeira no posto administrativo de Nairoto
 Objectivo foi de perceber se o governo local do posto Administrativo de Nairoto tem conhecimento da entrada dos indivíduos ou as empresas que extraem os recursos florestais sobretudo a madeira. 
Dos resultados obtidos, julgam que alguns exploradores ou algumas empresas se apresentam com documentos que certificam a execução da actividade extractiva e outros não se apresentam com esses documentos. 
De acordo com Norfolk et al. (2004) Apesar das ilegalidades claras no sector florestal, tais ilegalidades geralmente permanecem impunes e não são processadas pelos SPFFB. Por exemplo, das 54 ilegalidades observadas no sector florestal na província de Gaza em 2003 apenas 2 foram processadas e das 74 ilegalidades observadas na província de Maputo no mesmo ano nenhuma foi processada. Do outro lado, das 445 ilegalidades observadas em 2003 ao nível nacional, só tem se conhecimento de terem sido processadas, o que indica que ou o processamento não está devidamente documentado ou não há processamento das ilegalidades, fazendo com que os infractores não paguem pelas suas infracções, incentivando mais a ilegalidade. 
Diante desse cenário, as actividades que são exercidas por muitos pequenos operadores individuais, que se dedicam ao abate e à comercialização local de madeira em toros e operadores industriais são de longe em número reduzido, cuja, a maioria são esses que não apresentam-se nas autoridades locais nem regionais.
Contudo, pode-se afirmar nessas afirmações. Porque em qualquer ponto do país há essa situação de ilegalidade e legalidade. Com isso, merece uma boa restauração do processo de controlo dessas actividades.
3.3.2. Inclusão da Comunidade Local no Processo de Fiscalização
O foco principal foi de saber se a população/moradores são inclusos no processo de fiscalização dos recursos florestais e foi submetida ao chefe do posto. Segundo os dados do nosso questionado, revelam que os moradores/população não são inclusos nesse processo. Visto que, quando integrados, transforma numa actividade de oportunidade para melhoria das suas condições de vida. É por isso que não são integrados. 
A Lei de Florestas e Fauna Bravia e o seu Regulamento reconhece as comunidades locais como elementos chave no controle da exploração e uso dos recursos florestais e faunísticos em suas zonas de residência. Estes instrumentos legais estabelecem ainda o conceito de co-gestão dos recursos florestais, o livre acesso, direito de exploração para auto-consumo e partilha de benefícios resultantes da exploração comercial destes recursos por terceiros. (DNFFB, 2002)
O papel das comunidades locais na fiscalização das florestas e da fauna bravia inclui:
· Participar na formulação, discussão dos instrumentos legais que orientam a gestão dos recursos florestais e a fiscalização em particular;
· Através dos fiscais comunitários, participar activamente no controle da exploração florestal e faunística em suas zonas de residência; 
· Denunciar actos ilegais praticados pelos operadores e empresas florestais, tendo em conta que são os actores melhor posicionados para detectar e alertar sobre o uso inadequado ou ilegal dos recursos.
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal (2003) revela que, apesar da participação das comunidades locais no maneio e conservação dos recursos florestais e faunístico ser reconhecida como sendo fundamental para o alcance do maneio florestal sustentável em Moçambique, o envolvimento das comunidades na gestão dos recursos naturais ainda é fraco. Segundo o mesmo, o facto deve-se à baixa consciência sobre a conservação dos recursos florestais, baixo sentimento deposse sobre os recursos e desconhecimento do valor ambiental, económico e social dos recursos florestais e faunísticos. O estudo revela ainda que a contribuição das concessões florestais de forma geral tem sido de baixo impacto para as comunidades locais.
Em vertido disso, concluiu-se que, a falta conscientização e sensibilização dos moradores sobre a importância de conservar e proteger os recursos florestais e sobre as consequências negativas que são trazidas no uso irracional dos tais recursos florestais. De seguida, salientar que, efectuar palestras acerca do processo da fiscalização, os moradores seriam capazes de executar a fiscalização sem contar com nenhuma oportunidade.
3.3.3. Nível de fiscalização
Para essa questão, o chefe do posto respondeu da seguinte maneira: “Basicamente o trabalho de um fiscal é de circular ao longo da floresta/mata para extinguir os indivíduos que extraem os recursos florestais ilegalmente. Mas não é o que acontece nessa nossa região, visto que todos fiscais vivem na cidade e só poucos dias que ficam no mato a fiscalizar. Isso é devido a instabilidade política que se verifica no nosso país”.
o controlo das concessões ainda é deficiente, limitando-se apenas ao controlo de movimentação de produtos florestais em postos fixos instalados nas entradas ou saídas dos centros urbanos, fronteiras interprovinciais e ao longo das principais rodovias do país e as brigadas móveis de fiscalização na floresta são limitadas, a colaboração das empresas bem como o envolvimento das populações locais na fiscalização praticamente é inexistente. A má fiscalização e a falta de cumprimento das leis são agravadas pela falta de meios humanos e materiais para o correcto desenvolvimento desta actividade, a falta de motivação e práticas ilegais de fiscais e de operadores florestais. Ademais, há que referir que mesmo havendo capacidades e meios, há falta de vontade política devido a corrupção.(Sitoe et al. 2003)
Perante esses argumentos, mostra-se claramente que a situação é muito preocupante. A identificação de constrangimentos que limitam o pleno desenvolvimento da fiscalização constitui, sem dúvida, o primeiro passo para a definição correcta das estratégias e medidas adoptar com vista ao cumprimento estabelecido na lei e regulamento de florestas e fauna bravia. Nisso, vale aumentar o número dos fiscais para garantir uma boa fiscalização e segurança dos mesmos. Para isso, necessita um bom treinamento.
3.3.4. Opiniões ou estratégias para evitar o desflorestamento
Objectivo era de saber a estratégia usada para evitar o desflorestamento, de acordo com o questionado, salientou que em cada fim de campanha os madeireiros são obrigados a fazerem o resflorestamento ou em repor as áreas exploradas ate que é uma das condições para obtenção de licença. Mas e muito difícil se cumprir essa regra. Numa outra vertente a gestão eficiente das florestas requer a identificação das principais causas sociais propulsoras da degradação florestal, pois as mesmas produzem efeitos diferentes nos ecossistemas. Além disso, as diferentes actividades que causam degradação florestal devem resultar em taxas distintas de retorno financeiro para as populações locais.
3.4. Apresentação dos resultados obtidos na entrevista dirigida aos Fiscais dos RecursosFlorestais de Montepuez
3.4.1. Tempo de experiência como Fiscal
O foco principal simplesmente era de saber quantos anos de experiencias, que os fiscais trabalham no processo de fiscalização dos recursos floresta, fauna bravia. Dos resultados obtidos dos nossos entrevistados, dois fiscais correspondentes a 40% disseram que trabalharam como fiscais mais de 5 anos; três fiscais correspondentes a 50% disseram que entram nesse trabalho a 1 ano; e por último 1 fiscal correspondente a 10% disse que está a 7 meses a servir como fiscal.
Tabela2: Tempo de experiência como Fiscal
	Participantes 
	Resposta
	Percentagem 
	2
	Dois fiscais trabalham a mais de 5 anos
	33.3%
	3
	Três fiscais disseram que entram nesse trabalho a 1 ano
	50%
	
1
	Um fiscal disse que está a 7 meses a servir como fiscal.
	16.6%
	Total: 6
	6
	100%
Fonte: Autor
No que diz respeito à forma de como é feita a escala de fiscalização, os dois fiscais que trabalharam mais de cincos anos, explicaram que normalmente são escalados dois a dois por cada vez. Essa escala dura no máximo duas semanas, para fazer o intervalos dos que vão na primeira fase e esses são substituídos por outro grupo de dois, assim sucessivamente. Segundo os mesmos dois fiscais, salientaram que nem todos grupos cumprem com o horário estabelecido.
Com base nos argumentos acima, concluiu-se a maioria dos fiscais ainda não tem uma experiencia de trabalhar no mato, resultados esses que levam a não cumprirem o seu horário alocado.
3.4.2. A satisfação do Trabalho
Objectivo foi de saber dos fiscais se sentem satisfeitos com seu trabalho ou entraram por aflição. Das respostas obtidas dos fiscais, quatro (4) indivíduos que correspondem a 65% afirmaram que gostam de serem fiscais, dois (2) indivíduos equivalentes a 35% disseram que só estão a trabalhar por aflição. A tabela seguir trás as respostas detalhadas que os fiscais deram.
Tabela3: Dados sobre o desejo do trabalho
	Respostas 
	Entrevistados
	Percentagem
	Sim gostamos. Porque é nesse trabalho que conseguimos ganhar alguma coisa para sustentar as nossas famílias, e por outro ficamos felizes por estarmos a garantir a segurança dos nossos recursos florestais, fauna e bravia, das pessoas que usam de forma irracional sejam elas nacionais ou estrangeiros.
	
4
	
66.6%
	Não gostamos. Só estamos a evitar de sermos ditos desempregados. Também é porque ganhamos um valor para facilitar a nossa sobrevivência. Duma outra forma, ajudamos a combater a exploração desprogramada que as pessoas realizam. 
	
2
	
33.3%
	Total
	6
	100%
Fonte: Autor
De acordos com os comentários descritos na tabela, pode-se dizer que a maiorias dos fiscais entrevistados entraram/optaram nesse trabalho por livre vontade, cuja missão deles é de garantir a segurança das suas famílias e dos nossos recursos. E a minoria deles só fingem de trabalhar, mais os objectivos são particulares. Com isso, vale colocar barreiras no acto de contratação dos novos fiscais, porque vai-se garantir a entrada de bons fiscais.
3.4.3.Sobre as apreensões das madeiras
As respostas dadas pelos fiscais dos recursos florestais, fauna e bravia, foram agrupadas em respectivas frequências das quais: 2 fiscais disseram que pegaram várias pessoas e entidades a explorar os tais recursos; 4 fiscais afirmaram que nunca pegaram nenhuma pessoa. 
Tomando em considerações trazidas pelos nossos entrevistados, pode-se notar que a maioria dos fiscais afirmaram que, nunca aprisionaram um individuou ou entidade explorando os recursos florestais duma forma ilegal.
Segundo os dois fiscais que afirmaram terem pegados pessoas ilegais, salientaram que esses não são processados basicamente ou de acordo com as normas que a lei dispôs.
Da observação efectuada pelo pesquisador, relatam que essa situação de fiscais não pegar pessoas/entidade ilegais parte nos próprios fiscais, visto que, eles não realizam a fiscalização nas diferentes áreas que o posto compõe mas sim se aglomeram ao longo a estrada a fiscalizarem e dessa forma será difícil de pegar esses tais ilegais. 
A Lei de Floresta Fauna e Bravia salienta que esta actividade inclui a monitora e actividades de inteligência, que visam a identificação de locais de maior incidência de acções ilegais e dos transgressores sistemáticos a regras estabelecidas. Este trabalho requer uma boa formação dos fiscais na recolha, análise e sistematização de dados, e como é obvio, uma estrutura física de suporte, munido de meios humanos e materiais adequados. Infelizmente não existe ainda no país um banco de dados sobre as actividades ilegais florestais e faunísticas, situação que é agravada pela falta de um sistema de informação abrangente, que possa facilitar e apoiar o trabalho de inteligência.
A detecção inclui a inteligência, monitoriae controle de actividades no terreno, com vista a identificação das actividades ilegais mais importantes e frequentes, os locais de maior incidência e dos transgressores mais comuns. Esta actividade visa incutir nos operadores e demais utilizadores da florestas e da fauna bravia, que os serviços florestais, e a fiscalização em particular, estão atentos, conhecem e controlam as actividades dos operadores em toda a cadeia de produção florestal. Esta percepção tende a desencorajar eventuais actividades ilegais.
A detecção requer boa formação dos fiscais e dos outros intervenientes na fiscalização, na recolha, arquivo, sistematização, análise dos dados e informações disponíveis nos SPFFB e nos demais organismos do Estado, bem como órgãos de informação e público em geral. Para o feito, deve existir nas províncias e nos distritos, com maior potencial florestal e faunístico, estrutura de suporte, com conhecimento e meios adequados para desenvolver esta actividade.
3.4. Sanções aos infractores
O foco principal foi de saber quais são as sanções dos infractores, cujas respostas foram adquiridas dos dois fiscais que afirmaram que costumam pegar indivíduos ou entidades que exploram os recursos florestais, sobretudo a madeira. Segundo eles, se basearam numa lei proposta pelo governo que diz o seguinte: De acordo com regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia, Decreto 12/2002 de 6 de Junho, enumera no que as infracções mais comuns e estabelece as multas, bem como as condições agravantes e atenuantes no sancionamento dos transgressores, isso significa que o indivíduo que explora os recursos florestas sem licença ou no período proibido cumpre o seu crime na prisão.
Com base os argumentos apresentados, pode-se dizer que a repressão deve ser encarada como último recurso no processo de fiscalização. As equipes de fiscalização devem ser preparadas para acções que podem tornar-se violentas, e que em alguns casos implicam o uso de arma de fogo. Assim, para além de conhecimentos técnicos da fiscalização as equipes devem ter preparação ou um treinamento militar e estar capacitados para o uso de força e, em casos de necessidades, o uso de armas de fogo. 
3.4.5. Conivências no sistema de fiscalização
Neste ponto objectivo era de saber se em algum momento os fiscais recebem ligações na parte dos chefes máximos com intuito de liberar o infractor desnortear os recursos florestais sobretudo a madeira. Das respostas obtidas indicam, dos quatro (4) fiscais negaram que nunca receberam nenhuma ligação vindo das autoridades máximas; e dois (2) fiscais disseram que já receberam uma vez ligação vindos das autoridades máximas quando tinham apreendido um veículo que carregava material desconhecida. 
Assim sendo, pode-se concluir que alguns dos membros do governo estão envolvidos no processo de extracção dos recursos florestais para o seu benefício pessoal, cujo esses, não possuem documentos legalizados, só usam o seu título para forçar a passagem dos seus matérias. 
3.5. Apresentação dos resultados obtidos na entrevista dirigida aos Moradores da aldeiade Nairoto
3.5.1. Importância de Floresta
A pesquisadora pretendia saber se moradores têm conhecimento acerca da importância das florestas. Dos dados adquiridos dos moradores ilustram que 21 moradores correspondentes a 75% disseram que a floresta aproveita-se material de construção, lenha; outros 6 moradores relativos a 17% disseram que a floresta fornece plantas medicinais; e 2 moradores correspondentes a 8% disseram que a floresta funciona como uma base de manutenção da biodiversidade. A tabela abaixo apresenta as respostas detalhadas.
Tabela4: Dados sobre a importância de floresta
	Respostas
	Entrevistados
	Percentagem
	A floresta é importante, porque aproveitamos material de construção; aproveitamos nela lenha, carvão vegetal, frutos comestíveis.
	
21
	
75%
	É importante porque, nesta comunidade as florestas desempenham um papel importante porque a partir delas fornecem-nos plantas medicinais. 
	
6
	
17%
	Pois além dos benefícios intrínsecos, a floresta funciona como a base da manutenção da biodiversidade, a sua manutenção salva guarda uma função de grande interesse para o homem que é a da reciclagem da água, o que resulta na redução dos custos com o tratamento, já que se tem à disposição para captação águas de melhor qualidade.
	
2
	
8%
	Total
	29
	100%
Fonte: Autor
Essencialmente, as florestas têm uma estreita ligação à base de recursos que sustenta a vida no nosso planeta (água, ar, solos, fauna etc.), e também exerce uma influência directa sobre o ambiente e o clima, particularmente em relação à temperatura e à humidade ambiental. Através da fotossíntese, por exemplo, as florestas sequestram e armazenam enormes quantidades de carbono nos seus caules, folhas, raízes e nos solos em que estão implantadas. (Mafuca, 2001)
Ajudam, assim, a purificar o ar das excessivas concentrações de dióxido de carbono e libertar o oxigénio essencial para a vida. Esse papel de regulação das quantidades de oxigénio e dióxido de carbono na atmosfera faz com que as florestas sejam também conhecidas como “os pulmões do mundo”.
Segundo Fernandes (2014) As florestas também são de grande importância para o ser humano, não só por garantir os processos biológicos, mas também por trazerem diversos benefícios à sociedade. Dentre esses benefícios podemos citar a melhoria na qualidade de vida, o fornecimento de recursos naturais, tais como recursos madeireiros, plantas medicinais e produtos destinados a nossa alimentação; são fonte de recursos genéticos e locais de pesquisa, turismo e recreação. (P.87)
3.5.2. Contemplação dos Moradores no Processo de Fiscalização
Desta pergunta obteve as seguintes respostas dos moradores: dos 16 indivíduos correspondentes a 72% foram unânimes, todos julgaram que não são contemplados no processo de fiscalização dos recursos florestais. Outros 3 indivíduos correspondentes a 8% disseram que são raras vezes que são contemplados nesse processo, e dos 10 indivíduos equivalente a 20% não deram nenhumas respostas. 
A fiscalização dos recursos florestais constitui hoje uma das principais actividades da DNFFB e dos SPFFB. A situação geral desta actividade, a nível central, bem como a nível provincial e local, é de aparente paralisação, ineficiência e incapacidade geral das estruturas responsáveis pela sua execução. O envolvimento das comunidades é incipiente, todas as entidades envolvidas neste processo estão ainda aprendendo e adquirindo experiências. (Mussengue 2001).
Tomando em consideração as informações acima apresentadas pode-se aferir que as populações residentes no posto administrativo de Nairoto não incluídas no processo de fiscalização dos recursos florestais. E com essa falta de inclusão pode influenciar os moradores a receber receitas ilegais para extracção dos tais recursos.
As comunidades têm um papel muito importante no complemento da capacidade das instituições do Estado de exercer a fiscalização. Por esta razão a nova legislação cria a figura do agente comunitário. A experiência indica que os agentes comunitários podem constituir uma utilíssima rede de fiscalização, indispensável no controle das actividades ilegais, pelo facto de estarem em toda a parte e pelo facto de conhecerem bem o terreno e a situação geral das áreas em que actuam. 
3.5.4. Palestra sobre o uso sustentável dos recursos florestais
Diante desse cenário, a maiorias dos moradores constante na nossa amostra correspondentes a 23 indivíduos disseram que, nunca tiveram nenhuma palestra que se debatia sobre o uso sustentável e a conservação dos recursos florestais. E os outros 6 indivíduos citaram que, já participaram numa palestra que tinha como a lema a protecção dos animais de grande porte que é o caso de elefante, búfalo etc. 
Table 5: Dados sobre a participação nas palestras
	Participante
	Resposta 
	Percentagem 
	23
	Não tiveram nenhuma palestra que se debatia sobre o uso sustentável e a conservação dos recursos florestais.
	91%
	6
	Já participaram numa palestra que tinha como a lemaa protecção dos animais de grande porte que é o caso de elefante, búfalo etc. 
	9%
	Total: 29
	
	100%
Fonte: Autor
Com essas declarações deixe claro que, a maioria dos moradores não participam nas palestras que têm acontecidos naquele posto por não ter interesse. Por outro lado, pode ser que as autoridades não promovem esta actividade de sensibilização aos moradores para ter conhecimento da protecção e conservação dos recursos florestais locais.
3.5.5. Replantio 
Neste ponto objectivo foi de saber se a comunidade local se engaja no plantio das novas árvores para garantir as gerações vindouras. Dos dados colhidos a maioria (25 indivíduos) da amostra, equivalente a 85% disseram que não costumam repor porque não sabem como é feito o processo. E outros 4 indivíduos correspondentes a 15% afirmaram que costumam cortar algumas estacas e plantam, outros sobrevivem e outras não.
Table 6: Dados referentes a reposição das árvores
	Participante
	Resposta
	Percentagem 
	25
	Disseram que não costumam repor porque não sabem como é feito o processo.
	86.20%
	4
	Afirmaram que costumam cortar algumas estacas e plantam, outros sobrevivem e outras não.
	13,71%
	Total: 29 
	
	100%
Fonte: Autor 
De acordo com resultados apresentados, pode-se dizer que a maioria da comunidade local não tem noção de reflorestamento, isso devido à falta de palestras de sensibilização sobre como recuperar os recursos florestais que são degradados. Com isso há necessidade de motivar e sensibilizar as populações residentes à optarem no reflorestamento. 
Conclusão
Esta pesquisa foi realizada no Posto Administrativo de Nairoto , com propósito Analisar o contributo dos recursos florestais para o desenvolvimento local do Posto Administrativo de Nairoto, utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: no âmbito dos objectivos da pesquisa é exploratória, quanto à forma de abordagem é pesquisa qualitativa, no que tange aos procedimentos é pesquisa do campo, por outra, baseou-se na pesquisa bibliográfica, entrevista semi-estruturada e observação directa.
De acordo com os dados do campo encontrou-se os seguintes resultados:
Os recursos florestais obtidos no posto administrativo de Nairoto tem sido explorados maioritariamente por operadores individuais que, se dedicam ao abate e à comercialização local de madeira em toros e por operadores industriais que, são de longe em número reduzido, cuja, a maioria são esses que não chegam nas autoridades locais nem regionais.
De acordo com resultados apresentados, pode-se dizer que a maioria da comunidade local não tem noção da reposição, a falta de informação em relação a reposição acaba preocupando a não só ao governo, mas também a população local.
Outra questão não menos importante é a falta conscientização e sensibilização por parte da comunidade local sobre a importância do uso sustentável dos recursos florestais e sobre as consequências negativas geradas no uso irracional dos recursos florestais. Assim sendo, pode dizer-se que, ao realizar-se palestras que visa a sensibilização da comunidade local em torno da fiscalização, os moradores seriam capazes de executar a fiscalização sem contar com nenhuma oportunidade.
Constatações / Sugestões
Depois de se constatar as irregularidades que tem sido vivenciadas no posto Administrativo de Nairoto:
Como forma de mediar a solução das constatações levantadas propõe-se o seguinte: com a intensificação do processo de fiscalização para que os recursos florestais não sejam explorados de forma ilegal, fará com que haja baixo desmatamento, uma vez que existira uma rigorosidade no processo de fiscalização ; e também devem optar medidas que possam acabar ou minimizar a degradação das áreas florestais e deve-se implementar e aplicar as estratégias de reposição das árvores nas áreas devastadas esses ensinamentos devem abranger aos exploradores neste caso as empresas assim como a população em geral do Posto Administrativo de Nairoto.
A pós se identificar a exploração florestal de forma desregrada sugere-se a melhoria de estratégias que possam permitir a motivação da colaboração entre o estado-comunidade e vice-versa no sentido de garantir a transparência na aplicação das receitas que provem da exploração dos recursos florestais no posto administrativo de Nairoto. 
Propõe-se igualmente que, os fiscais trabalhem de forma rigorosa de modo a neutralizar e responsabilizar os exploradores que desenvolvem as suas actividades a margem da lei de florestais e fauna bravia, promovendo as campanhas de sensibilização para consciencializar a população a parar com o desflorestamento, mas também explicar a importância das florestas. Divulgar a legislação florestal e faunística para grupos alvos mais importantes, como operadores de licença simples, concessionários, lenhadores, carvoeiros, comunidades locais com projectos de Maneio Comunitário de Recursos Naturais MCRN, em distritos ou regiões com exploração florestal intensiva. Aos moradores em caso de aproveitar os recursos florestais para lenha que tirem somente a parte morta da árvore paraservir de lenha.
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49
)
Apêndice
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