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LC154_96 obras

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Lei Complementar nº 154
De 27 de Dezembro de 1.996.
“Dispõe sobre as regras gerais e específicas a
serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução,
manutenção e utilização de obras, edificações e equi-
pamentos, dentro dos limites dos imóveis, e dá outras
providências”.
ALBERTO PEREIRA MOURÃO, Prefeito da Es-
tância Balneária de Praia Grande, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei,
Faço saber que a Câmara Municipal, em sua Oitava
Sessão Extraordinária realizada em 11 de dezembro de 1.996, Aprovou e Eu Sanciono e
Promulgo a seguinte Lei Complementar:
Artigo 1º - Fica aprovado a Legislação de Obras e Edificações, que dispõe sobre as regras
gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção
e utilização das obras, edificações e equipamentos, dentro dos limites dos imóveis, no
Município de Praia Grande, sem prejuízo das exigências previstas na Legislação de Orde-
namento do Uso, da Ocupação e do Parcelamento do Solo, Código Sanitário Estadual e
Normas Técnicas Oficiais registradas na ABNT - Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas.
Parágrafo único - Integram a presente Lei Complementar os Capítulos e Seções do A-
nexo I e tabelas constantes dos Anexos II e III assim discriminados:
Anexo I
1. Objetivos
2. Direitos e Responsabilidades
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3. Documentos para Controle da Atividade de Obras e Edificações
4. Procedimentos Administrativos
5. Preparação e Execução de Obras
6. Procedimentos Fiscais
7. Infrações e Penalidades
8. Edificações Existentes
9. Componentes - Materiais, Elementos Construtivos e Equipamentos
10.Implantação - Aeração e Insolação das Edificações
11.Compartimentos
12.Circulação
13.Estacionamento
14.Exigências Específicas Complementares
Anexo II
Tabela de Taxas devidas para o exame e verificação de projetos e construções, fixando as
alíquotas e bases de cálculo.
Anexo III
Tabela de Multas por desatendimento às disposições da Legislação de Obras e Edifica-
ções, fixando as alíquotas e bases de cálculo em razão do dispositivo infringido.
Artigo 2º - A execução de obras, em imóveis parcialmente atingidos por plano de melho-
ramento público aprovado por lei e sem decretação de utilidade pública em vigor, aplica-
se a seguinte disposição: as edificações projetadas deverão observar soluções que garan-
tam, após a execução do plano de melhoramento público, o pleno atendimento, pelas edi-
ficações remanescentes, das disposições previstas nesta Legislação de Obras e Edifica-
ções e na Legislação de Ordenamento do Uso, da Ocupação e do Parcelamento do Solo,
em relação ao lote resultante da desapropriação.
Artigo 3º - Fica assegurado aos proprietários de imóveis, quando doarem à P.E.B.P.G. da
Estância Balneária de Praia Grande a parcela necessária à execução do melhoramento, o
direito de, no cálculo do coeficiente de aproveitamento, acrescer a área doada à área re-
manescente; nestas condições, a implantação do projeto far-se-á, unicamente, sobre a área
remanescente.
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Disposições Gerais
Artigo 4º - As taxas para exame e verificação de projetos e construções, fundadas no po-
der de polícia do município têm, como fato gerador, o pedido obrigatório de licenciamen-
to.
Parágrafo Primeiro - Considera-se ocorrido o fato gerador no ato do protocolo dos pedi-
dos de:
I - Emissão de Ficha Técnica;
II - Diretrizes de Projeto;
III - Apresentação de Comunicação;
IV - Emissão de Alvará de Alinhamento e Nivelamento
V - Emissão de Alvará de Autorização;
VI - Emissão de Alvará de Aprovação;
VII - Emissão de Alvará de Execução;
VIII - Emissão de Alvará de Funcionamento de Equipamentos
IX - Emissão de Carta de Habitação, Carta de Ocupação ou Baixa de Licença;
IX - Emissão de Certificado de Mudança de Uso;
Parágrafo Segundo - A taxa deverá ser integralmente recolhida, no momento da ocor-
rência do fato gerador, pelo proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil, possuidor
a qualquer título ou por quem efetivar o pedido respectivo, com exceção do pedido de
aprovação de loteamento que poderá ser parcelado em duas vezes.
Parágrafo Terceiro - Na omissão total ou parcial do recolhimento de eventual diferença,
caberá lançamento de ofício, regularmente notificado o sujeito passivo, com prazo de 10
(dez) dias para pagamento ou impugnação administrativa.
Parágrafo Quarto - Os débitos resultantes do procedimento previsto no parágrafo ante-
rior, não pagos nas épocas próprias, ficarão acrescidos de multas de 10% (dez por cento)
do valor, sujeitos à atualização monetária, além dos juros moratórios de 1% (um por cen-
to) ao mês, contados estes últimos do mês seguinte ao do vencimento, sem prejuízo,
quando for o caso, de honorários advocatícios, das custas e demais despesas judiciais, nos
termos em que dispuser a legislação municipal pertinente
Artigo 5º - O desatendimento às disposições desta Lei Complementar ensejará os proce-
dimentos fiscalizatórios e aplicação das penalidades pecuniárias previstas nos Capítulos 6
e 7 do Anexo I e no Anexo III.
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Artigo 6º - Os prazos fixados pela presente Lei Complementar são expressos em dias
úteis, contados a partir do primeiro dia útil após o evento origem, até o seu dia final, in-
clusive; quando não houver expediente neste dia, prorroga-se automaticamente o seu tér-
mino para o dia útil imediatamente posterior.
Artigo 7º - O Executivo, à vista da evolução da técnica e dos costumes, promoverá a
constante atualização das prescrições desta lei fixando, para isso, os seguintes objetivos:
a) promoção de avaliações periódicas da legislação, reunindo os resultados dos trabalhos
técnicos que serão desenvolvidos no sentido de sua modernização e atualização;
b) promoção dos remanejamentos e adequações administrativos necessários ao processo
de modernização e atualização desta Lei Complementar, inclusive no que se refere à
estrutura operacional de fiscalização;
c) estabelecimento de novos procedimentos, que permitam a reunião do maior número de
experiências e informações de entidades e órgãos técnicos externos à P.E.B.P.G.;
d) estabelecimento de rotinas e sistemáticas de consulta à entidades representativas da
comunidade.
Disposições Transitórias
Artigo 8º - Poderá haver opção pelo exame de projetos e execução da obra, integralmente
de acordo com a legislação anterior ou, então, totalmente pelas normas da presente Lei
Complementar, nos seguintes casos:
I - De pedidos protocolados e numerados na P.E.B.P.G. até a data de início da vigência
desta Lei Complementar, ainda sem despacho decisório ou com interposição de recurso
dentro dos prazos legais, referentes a licenciamento das construções ou alterações de pro-
jetos com alvarás expedidos e ainda não caducos;
II - De pedidos, ingressados após a data de inicio da vigência desta Lei Complementar, de
alteração ou modificação de projeto com alvarás expedidos em vigor.
Parágrafo único - No caso de opção pelo exame de acordo com a legislação anterior, não
serão admitidas, seja durante o andamento no pedido referido no item I ou quando exista
licenciamento no caso do item II deste artigo, quaisquer mudanças, alterações ou modifi-
cações que impliquem no agravamento das desconformidades ou criação de novas infra-
ções a esta Lei Complementar.
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Artigo 9º - Para as obras em andamento, com Alvará Inicial de Execução dentro do prazo
de validade na data de inicio de vigência desta Lei Complementar, aplicar-se-á o disposto
no sub item 3.7.6.1 do Anexo I, mediante requerimento.
Artigo 10º - Aos processos administrativos em andamento na data de inicio de vigência
desta Lei Complementar, em especial os abaixo relacionados, deverá ser aplicado o dis-
posto nesta LOE.
a) de construção aprovada, cuja obra ainda não tenha sido iniciada e esteja com o alvará
vencido.
b) de construção em andamento, cuja obra esteja paralisada por período superior à 60
dias, constatado em vistoria e com o Alvará vencido;
c) de pedidos de aprovação em comunique-se, devidamente notificadoe com o prazo
assinado vencido.
Disposições Finais
Artigo 11º - O Executivo regulamentará a presente Lei Complementar no prazo de 180
(cento e oitenta) dias a contar da data de inicio de vigência.
Parágrafo único - O Executivo fixará as Normas Técnicas Oficiais, ou emanadas da au-
toridade competente, a serem observadas no projeto e execução das edificações, conforme
expressamente previsto nas disposições desta Lei Complementar ou sempre que sua apli-
cação seja conveniente.
Artigo 12º - Esta Lei Complementar não poderá ser alterada mais que uma vez por ano.
Artigo 13º - Esta Lei Complementar entrará em vigor em 01 de janeiro de 1.997, revoga-
das as disposições em contrário e em especial:
a) O Decreto Lei nº 93 de 24 de dezembro de 1.968 em todos os seus termos;
b) O Decreto 1120 de 07 de outubro de 1.983 em todos os seus termos;
c) A Lei 472 de 22 de março de 1.984 em todos os seus termos;
d) A Lei 471 de 22 de março de 1.984 em todos os seus termos;
e) Os Artigos nº 28, 37, 42 à 45, 48 à 53 e 55 à 67 do Decreto 1269 de 05 de dezembro de
1.985;
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f) O Decreto 1577 de 21 de junho de 1.989 em todos os seus termos;
g) Os Artigos 4 à 10 do Decreto 1646 de 11 de dezembro de 1.989;
h) A Lei Complementar 684 de 02 de maio de 1.990 em todos os seus termos;
i) O Decreto 1847 de 16 de janeiro de 1.991 em todos os seus termos;
j) Os Artigos 1 à 8, 10 e 12 da Lei 710 de 08 de abril de 1.991;
k) A Lei Complementar 063 de 28 de dezembro de 1.993 em todos os seus termos;
l) A Lei Complementar 132 de 28 de junho de 1.996 em todos os seus termos.
Artigo 14º - As despesas decorrentes com a execução da presente Lei complementar cor-
rerão por conta das verbas próprias do orçamento municipal, suplementadas se necessá-
rio.
Palácio são Francisco de Assis, Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande, aos 27
de dezembro de 1.996, ano trigésimo da emancipação.
ALBERTO PEREIRA MOURÃO
PREFEITO
RUI LEMOS SMITH
SECRETÁRIO DE GOVERNO
Registrada e Publicada na Secretaria de Administração, aos ____ de _____________de
_______.
LUIZ CARLOS DA SILVA
SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO
Anexo I
Integrante à Lei Complementar nº 154 de 27 de Dezembro de 1.996
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Índice de Capítulos e Seções
1 Objetivos
1.1 Conceitos
1.2 Siglas e Abreviaturas
2 Direitos e Responsabilidades
2.1 Do Município
2.2 Do Proprietário e do Possuidor
2.3 Do Profissional
3 Documentos para Controle da Atividade de Obras e
Edificações
3.1 Ficha Técnica
3.2 Diretrizes de Projeto
3.3 Comunicação
3.4 Alvará de Alinhamento e Nivelamento
3.5 Alvará de Autorização
3.6 Alvará de Aprovação
3.7 Alvará de Execução
3.8 Alvará de Funcionamento de Equipamentos
3.9 Carta de Habitação ou Ocupação
3.10 Baixa de Licença
3.11 Certificado de Mudança de Uso
4 Procedimentos Administrativos
4.1 Análise dos Processos
4.2 Prazos para Despachos
4.3 Prazo para Retirada de Documento
4.4 Lançamento Tributário
4.5 Procedimentos Especiais
5 Preparação e Execução de Obras
5.1 Precauções durante a execução dos serviços de edificação ou demoli-
ção
5.2 Canteiro de Obras
5.3 Fechamento de Canteiro de Obras
5.4 Paralisação das Obras
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5.5 Plataformas de Segurança e Vedação Externa das Obras
6 Procedimento Fiscais
6.1 Intimações
6.2 Verificação da Regularidade da Obra
6.3 Vistorias
6.4 Verificação da Estabilidade, Segurança e Salubridade da Edificação
7 Infrações e Penalidades
7.1 Disposições Preliminares
7.2 Advertência
7.3 Suspensão
7.4 Exclusão
7.5 Multas
7.6 Embargo
7.7 Demolição
8 Edificações Existentes
8.1 Reformas
8.2 Reconstruções
9 Componentes -
Materiais, Elementos Construtivos e Equipamentos
9.1 Desempenho
9.2 Componentes Básicos
9.3 Instalações Prediais
9.4 Equipamentos Mecânicos
9.5 Elevadores de Passageiros
9.6 Edificações de Madeira
9.7 Marquises
9.8 Toldos
9.9 Galerias
10 Implantação, Aeração e insolação da Edificações
10.1 Condições Gerais de Implantação e de Fechamento de Terrenos Edifi-
cados
10.2 Dispositivos para Atendimento da Aeração e Insolação
10.3 Mobiliário
10.4 Obras junto a Cursos d’água e Mangues
10.5 Movimento de Terra
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11 Compartimentos
11.1 Classificação e Dimensionamento
11.2 Aberturas (Portas e Janelas)
12 Circulação
12.1 Corredores
12.2 Escadas
12.3 Vestíbulos
12.4 Rampas
13 Estacionamento
13.1 Acesso
13.2 Circulação
13.3 Espaços de Manobra e Estacionamento
14 Exigências Específicas Complementares
14.1 Edificações destinadas à Habitação
14.2 Edificações destinadas a uso Comercial ou Escritórios
14.3 Edificações destinadas à Apart-Hotel ou Flat-Services
14.4 Atividades Temporárias
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1 Objetivos
Esta Legislação disciplina, no Município de Praia Grande , os procedimentos administra-
tivos e executivos, e as regras gerais e especificas a serem obedecidas no projeto, licenci-
amento, execução, manutenção e utilização de obras, edificações e equipamentos, dentro
dos limites dos imóveis em que se situam, inclusive destinados ao funcionamento de ór-
gãos ou serviços públicos, sem prejuízo do disposto nas legislações estadual e federal
pertinentes, no âmbito de suas respectivas competências.
1.1 Conceitos
Para efeito de aplicação desta Legislação, ficam assim conceituados os termos:
ANDAR: volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimen-
to e o nível superior de sua cobertura.
ÁREA EDIFICADA: área total coberta de uma edificação.
ÁTICO: pavimento no topo do edifício destinado a abrigar máquinas, reservatórios, depó-
sitos, zeladoria e outras áreas de uso comum.
BAIXA DE LICENÇA: documento final, emitido ao término da demolição total de uma
edificação e após cumpridas as demais exigências contidas nesta Lei Complementar.
CARTA DE HABITAÇÃO: documento final, emitido à obra nova, executada de acordo
com o projeto aprovado e após cumpridas as demais exigências contidas nesta Lei Com-
plementar.
CARTA DE OCUPAÇÃO: documento final, emitido aos acréscimo em edificações exis-
tentes, executadas de acordo com o projeto aprovado e após cumpridas as demais exigên-
cias contidas nesta Lei Complementar.
DEMOLIÇÃO: total derrubamento de uma edificação; a demolição parcial ou o total der-
rubamento de um bloco de um conjunto de edificações caracteriza-se como reforma.
EDIFICAÇÃO: obra coberta destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instala-
ção, equipamento e material.
EDIFICAÇÃO PERMANENTE: aquela de caráter duradouro.
EDIFICAÇÃO TRANSITÓRIA: aquela de caráter não permanente, passível de monta-
gem, desmontagem e transporte.
EQUIPAMENTO: elemento destinado a guarnecer ou completar uma edificação, a esta
integrando-se.
EQUIPAMENTO PERMANENTE: aquele de caráter duradouro.
EQUIPAMENTO TRANSITÓRIO: aquele de caráter não permanente, passível de mon-
tagem, desmontagem e transporte.
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JIRAU: mobiliário constituído por estrado ou passadiço instalado a meia altura em com-
partimento.
MEZANINO: pavimento que subdivide parcialmente um em dois andares.
MOBILIÁRIO: elemento construtivo não enquadrável como edificação ou equipamento.
MOVIMENTO DE TERRA: modificação do perfil do terreno que implicar em alteração
topográfica superior a 1,00 m (um metro) de desnível ou a 1.000 m3 (mil metros cúbicos)
de volume, ou em terrenos pantanosos ou alagadiços.
MURO DE ARRIMO: muro destinado a suportar desnível de terreno superior a 1,00 m
(um metro).
OBRA: realização de trabalho em imóvel, desde seu início até sua conclusão, cujo resul-
tado implique na alteração de seu estado físico anterior.
OBRA COMPLEMENTAR: edificação secundária, ou parte da edificação que, funcio-
nalmente, complemente a atividade desenvolvida no imóvel.
OBRA EMERGENCIAL: obra de caráter urgente, essencial à garantia das condições de
estabilidade, segurança ou salubridade de um imóvel.
PAVIMENTO: plano de piso.
PEÇA DESCRITIVA: texto descritivo de elementos ou serviços para a compreensão de
uma obra, tal como especificação de componentes a serem utilizados e índices de desem-
penho a serem obtidos.
PEÇA GRÁFICA: representaçãográfica de elementos para a compreensão de um projeto
ou obra.
PERFIL DO TERRENO: situação topográfica existente, objeto do levantamento físico
que serviu de base para a elaboração do projeto e/ou constatação da realidade.
PERFIL ORIGINAL DO TERRENO: aquele constante dos levantamentos aerofotogra-
métricos disponíveis ou do arruamento aprovado, anteriores à elaboração do projeto.
REFORMA: obra que implicar em uma ou mais das seguintes modificações, com ou sem
alteração de uso: área edificada, estrutura ou, compartimentação vertical.
PEQUENA REFORMA: reforma com ou sem mudança de uso na qual não haja supres-
são ou acréscimo de área, ou alterações que infrinjam as legislações edilícia e de parce-
lamento, uso e ocupação do solo.
RECONSTRUÇÃO: obra destinada à recuperação e recomposição de uma edificação,
motivada pela ocorrência de incêndio ou outro sinistro fortuito, mantendo-se as caracte-
rísticas anteriores.
REPARO: obra ou serviço destinados à manutenção de um edifício, sem implicar em
mudança de uso, acréscimo ou supressão de área, alteração da estrutura, da compartimen-
tação horizontal ou vertical, da volumetria, e dos espaços destinados à circulação, ilumi-
nação e ventilação.
RESTAURO OU RESTAURAÇÃO: recuperação de edificação tombada ou preservada,
de modo a restituir-lhe as características originais.
SALIÊNCIA: elemento arquitetônico proeminente, engastado ou aposto em edificação ou
muro.
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1.2 Siglas e Abreviaturas
Para efeito de citação nesta Legislação, as seguintes entidades ou expressões serão identi-
ficadas por siglas ou abreviaturas:
A.R.T.: Anotação de Responsabilidade Técnica
CODIF: Conselho Consultivo do Código de Obras
LOE: Legislação de Obras e Edificações
CSE: Código Sanitário Estadual - Decreto nº 12.342/78 e legislação posterior
LUOPS : Legislação de Ordenamento do Uso, da Ocupação e do Parcelamento do Solo
NT: Norma Técnica
NTC: Norma Técnica de Concessionária
NTO: Norma Técnica Oficial (registrada na ABNT)
P.E.B.P.G.: Prefeitura da Estância Balneária de Praia Grande
2 Direitos e Responsabilidades
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Este Capítulo trata dos direitos e responsabilidades do Município, do proprietário ou do
possuidor de imóveis, e dos profissionais atuantes em projeto e construção, observadas as
disposições desta Lei Complementar.
2.1 Do Município
Visando exclusivamente a observância das prescrições edilícias do Município, da LUOPS
e legislação correlata pertinente, a P.E.B.P.G. licenciará e fiscalizará a execução, utiliza-
ção e manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade das obras, edifi-
cações e equipamentos, não se responsabilizando por qualquer sinistro ou acidente decor-
rente de deficiências do projeto, execução ou utilização.
2.2 Do Proprietário e do Possuidor
Considera-se proprietário do imóvel a pessoa física ou jurídica, portadora do título de
propriedade registrado em Cartório de Registro Imobiliário.
Considera-se possuidor a pessoa física ou jurídica, bem como seu sucessor a qualquer
título, que tenha de fato o exercício pleno ou não do direito de usar o imóvel objeto da
obra.
2.2.1 É direito do proprietário e do possuidor do imóvel neste promover e executar obras,
mediante prévio conhecimento e consentimento da P.E.B.P.G. , respeitados o direito de
vizinhança, as prescrições desta Lei Complementar e as legislações municipal, estadual e
federal correlatas.
2.2.2 Poderá o possuidor exercer o direito previsto no item anterior, desde que detenha
qualquer dos seguintes documentos:
a) contrato, com autorização expressa do proprietário;
b) compromisso de compra e venda, devidamente registrado no Cartório de Registro de
Imóveis ou acompanhado da escritura anterior devidamente registrada e do recibo de
I.T.B.I. referente à transação recolhido.;
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c) contrato representativo da relação obrigacional, ou relação de direito existente entre o
proprietário e o possuidor direto;
d) certidão do Registro Imobiliário contendo as características do imóvel, quando o re-
querente possuir escritura definitiva sem registro ou quando for possuidor “ad usuca-
pionem” com ou sem justo título ou ação em andamento.
2.2.2.1 Quando o contrato apresentado não descrever suficientemente as características
físicas, as dimensões e a área do imóvel, será exigida a Certidão do Cartório de Registro
Imobiliário.
2.2.2.2 Em qualquer caso, o requerente responde civil e criminalmente pela veracidade do
documento apresentado, não implicando sua aceitação em reconhecimento, por parte da
P.E.B.P.G., do direito de propriedade sobre o imóvel.
2.2.3 O proprietário ou possuidor do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título é respon-
sável pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel,
suas edificações e equipamentos, bem como pela observância das prescrições desta lei e
legislação municipal correlata, assegurando-se-lhes todas as informações cadastradas na
P.E.B.P.G. relativas ao seu imóvel.
2.2.4 A análise dos pedidos de Emissão dos documentos previstos nesta LOE dependerá ,
quando for o caso, da apresentação do Título de Propriedade registrado no Cartório de
Registro de Imóveis, respondendo o proprietário pela sua veracidade, não implicando sua
aceitação por parte da P.E.B.P.G. , em reconhecimento do direito de propriedade.
2.3 Do Profissional
Profissional habilitado é o técnico registrado junto ao órgão federal fiscalizador do exer-
cício profissional, podendo atuar como pessoa física ou como responsável por pessoa
jurídica, respeitadas as atribuições e limitações consignadas por aquele organismo.
2.3.1 Toda obra, projeto ou serviço, qualquer que seja sua natureza, somente poderá ser
executada por profissional habilitado, cadastrado no órgão competente da P.E.B.P.G., que
deverá apor, em todos os documentos e peças gráficas, sua assinatura, sucedida do título
que o profissional é portador e o número do seu registro no CREA. Nas peças gráficas
deverá constar ainda o número da A.R.T. do (s) profissional (is) atuante (s).
2.3.2 Para efeito desta Lei Complementar é obrigatório o registro na P.E.B.P.G., de pro-
fissionais e firmas legalmente habilitados pelo órgão competente da P.E.B.P.G., mediante
apresentação pelo interessado dos seguintes documentos:
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a) Requerimento;
b) Carteira Profissional ou Certidão de registro profissional fornecida pelo CREA;
c) Prova de quitação de anuidade do CREA;
d) Prova de pagamento dos impostos municipais relativos ao exercício profissional ou
prova de inscrição na P.E.B.P.G. para pagamentos dos referidos impostos;
2.3.2.1 Quando se tratar de firma serão exigidos, além dos documentos especificados no
item 2.3.2, a documentação relativa à sua constituição legal, certificado de registro no
CREA, a carteira do profissional responsável, e a necessária identificação do responsável.
2.3.2.2 Não será considerado habilitado o profissional de qualquer das categorias que,
perante a P.E.B.P.G. não tenha promovido o seu registro em livro apropriado, na forma
estabelecida por esta Lei Complementar.
2.3.2.3 A falta de pagamento dos impostos municipais, importará na suspensão do profis-
sional registrado, até que apresente a prova de quitação.
2.3.3 O profissional habilitado poderá atuar, individual ou solidariamente, como Autor ou
como Dirigente Técnico da obra, assumindo sua responsabilidade no momento do proto-
colo do pedido da licença.
2.3.3.1 Para os efeitos desta Lei Complementar será considerado Autor o profissional
habilitado responsável pela elaboração de cada projeto necessário à execução da obra,
que responder pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exequibili-
dade de seu trabalho.
2.3.3.2 Para os efeitos desta Lei Complementar será considerado Dirigente Técnico da
Obra o profissional responsável pela direção técnica das obras, desde seu início até sua
total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego de materiais,
conforme projeto aprovado na P.E.B.P.G. e observânciadas NTO.
2.3.4 Será comunicado ao órgão federal fiscalizador do exercício profissional a atuação
irregular do profissional que incorra em comprovada imperícia, má fé, ou direção de obra
sem os documentos exigidos pela P.E.B.P.G.
2.3.5 É facultada a substituição ou a transferência da responsabilidade profissional, sendo
obrigatória em caso de impedimento do técnico atuante, assumir o novo profissional a
responsabilidade pela parte já executada, sem prejuízo da atuação do profissional anteri-
or.
2.3.5.1 Quando a baixa e a assunção ocorrerem em épocas distintas, a obra deverá perma-
necer paralisada até‚ que seja comunicada a assunção de nova responsabilidade.
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2.3.5.2 A P.E.B.P.G. se exime do reconhecimento de direitos autorais ou pessoais decor-
rentes da aceitação de transferência de responsabilidade técnica ou da solicitação de alte-
ração em projeto.
2.3.6 No local da obra, até a sua conclusão, deverá ser mantida, em posição bem visível,
uma placa com área mínima de 1,00 m2 (um metro quadrado) na qual conste:
a) Nome do(s) profissional(is) legalmente habilitado(s), nas condições mencionadas no
projeto em poder da P.E.B.P.G. , seguido do respectivo título profissional;
b) Nome da firma, empresa ou sociedade, quando for o caso;
c) Número da Carteira do CREA e registro na P.E.B.P.G.;
d) Endereço do(s) profissional(is).
2.3.6.1 A placa a que se refere o item 2.3.6 é isenta de quaisquer taxas.
Documentos para Controle da Atividade de Obras e Edificações
Mediante requerimento padronizado ou formalização de processo e, pagas as taxas devi-
das, a P.E.B.P.G. fornecerá dados ou consentirá na execução e implantação de obras e
serviços, através da Emissão de:
a) Ficha Técnica;
b) Diretrizes de Projeto;
c) Comunicação;
d) Alvará de Alinhamento e Nivelamento;
e) Alvará de Autorização;
f) Alvará de Aprovação;
g) Alvará de Execução;
h) Alvará de Funcionamento de Equipamentos;
i) Carta de Habitação de Ocupação;
j) Baixa de Licença
k) Certificado de Mudança de Uso.
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3.1 Ficha Técnica
Mediante procedimento administrativo acompanhado do título de propriedade e a pedido
do interessado, a P.E.B.P.G. emitirá Ficha Técnica do imóvel, da qual constarão infor-
mações relativas ao uso e ocupação do solo, a incidência de melhoramentos urbanísticos e
demais dados cadastrais disponíveis.
3.1.1 A Ficha Técnica prescreverá em 60 (sessenta) dias a contar da data do despacho
para sua Emissão, garantindo ao requerente o direito de solicitar análise de Diretrizes de
Projeto e Alvará de Aprovação conforme a legislação vigente à época do protocolo do
pedido de Ficha Técnica, caso ocorra nesse período alteração da legislação e desde que a
nova lei não disponha de modo contrário.
3.2 Diretrizes de Projeto
Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a P.E.B.P.G. analisará
Diretrizes de Projeto em etapa anterior a seu desenvolvimento total e oportuno pedido de
aprovação.
3.2.1 As peças gráficas do pedido, devidamente avalizadas por profissional habilitado
deverão conter elementos que possibilitem a análise da implantação, compartimentação,
aeração, previsão de vagas de estacionamento, índices urbanísticos, número de unidades e
áreas da edificação a ser projetada.
3.2.2 A aceitação do Projeto de Diretrizes terá validade de 60 (sessenta) dias a contar da
data do despacho de sua Emissão, garantido ao requerente, o direito de solicitar Alvará
de Aprovação conforme a legislação vigente à época do protocolo do pedido de Diretri-
zes, caso ocorra nesse período alteração da legislação e desde que a nova lei não disponha
de modo contrário.
3.2.3 Documentação necessária para obtenção da Aceitação do Projeto de Diretrizes:
a) Requerimento padronizado;
b) Titulo de propriedade;
c) Ficha Técnica;
d) Peças gráficas conforme disposto no item 3.2.1 em 2 vias;
e) A.R.T. do Autor do Projeto;
f) Certidão Negativa de Débitos Municipais.
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3.2.3.1 Tratando-se de Pedido de Diretrizes para Edificações em Gleba, deverão ser apre-
sentados os documentos exigidos na Legislação de Ordenamento do Uso, da Ocupação e
do Parcelamento do Solo
3.3 Comunicação
Em função da natureza do serviço ou obra a serem executados, ou ocorrência a ser notifi-
cada, dependerão, obrigatoriamente, de Comunicação prévia à P.E.B.P.G.:
a) execução de restauro em edificações tombadas ou preservadas, desde que obtida a pré-
via aprovação dos órgãos competentes;
b) execução de reparos externos em edificações com mais de um pavimento;
c) execução de reparos externos em fachadas situadas no alinhamento;
d) execução de pequenas reformas;
e) execução de obras emergenciais;
f) execução de muros e grades nas divisas do lote;
g) execução de passeios fronteiriços ao imóvel;
h) início de serviços que objetivem a suspensão de embargo de obra licenciada, a critério
do órgão competente da P.E.B.P.G.;
i) início, andamento, paralisação e reinicio de obras para efeito de comprovação da vali-
dade do Alvará de Execução;
j) implantação de mobiliário;
k) transferência, substituição, baixa e assunção de responsabilidade profissional;
3.3.1 A comunicação será apresentada em requerimento padronizado avalizado por pro-
fissional habilitado quando tratar-se dos itens “a”, “b”, “c”, “e” , “h”, “i”, “j” e “k”, instru-
ída com peças gráficas, descritivas ou outras julgadas necessárias para sua aceitação
3.3.2 Documentação necessária para Aceitação da Comunicação:
a) Requerimento padronizado, observado o disposto no item 3.3.1;
b) Titulo de propriedade;
c) Peças gráficas e descritivas conforme disposto no item 3.3.1 em 2 vias;
d) A.R.T. do Autor do Projeto;
e) Certidão Negativa de Débitos Municipais.
3.3.2 A Comunicação terá eficácia a partir da aceitação, cessando imediatamente sua
validade se:
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a) constatado desvirtuamento do objeto da comunicação, adotando-se, então, as medidas
fiscais cabíveis;
b) não iniciados os serviços, objeto da comunicação, 60 (noventa) dias após a aceitação,
quando enquadradas nas letras “a”, “b”, “c”, “f” , “g” e “j” .
3.4 Alvará de Alinhamento e Nivelamento
O alinhamento e nivelamento dos logradouros públicos e para construção tem como fina-
lidade regular os correspondentes à largura, direção e níveis e assegurar que toda e qual-
quer construção seja executada em concordância com o respectivo logradouro.
3.4.1 Todo e qualquer logradouro público deverá ter obrigatoriamente, projeto de alinha-
mento e nivelamento com base em levantamento para a exata localização dos alinhamen-
tos e indicações do nivelamento.
3.4.1.1 O alinhamento e nivelamento dos logradouros públicos deverão ser representados
nos respectivos projetos amarrados topograficamente em posição e altitude, à referência
firme.
3.4.1.2 O nivelamento deverá tomar por base o RN oficialmente fixado pelo Poder Públi-
co Federal.
3.4.1.3 A representação dos alinhamentos deverá ser feita nos pontos de deflexão, tanto
horizontal como vertical.
3.4.1.4 A representação do nivelamento deverá ser feita nos pontos de mudança de decli-
vidade, sempre nos eixos da faixa de rolamento.
3.4.1.5 Qualquer projeto de alinhamento e nivelamento de logradouros públicos deverá
ser submetido, mediante requerimento do interessado, à aprovação da P.E.B.P.G.
3.4.1.6 Quando o alinhamento de uma via pública sofrer deflexão igual ou superior a 10
graus, a P.E.B.P.G. estabelecerá uma curva de concordância de conformidade com as
exigências do local, não sendo permitidos, em nenhuma hipótese, cantos agudos ou chan-
frados.
3.4.1.7 Após aprovação pela P.E.B.P.G. de cada projeto de logradouro público e de cada
plano de urbanização de terrenos, a localização dos alinhamentos e a indicação do nive-
lamento passarão a figurar na planta oficial do sistema viário do Município.
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3.4.1.8 Quando for oficialmente decidido regularizar ou alargar um logradouro público,
que importe em avanços ou recuos, o órgão competente da P.E.B.P.G. elaborará novo
projeto de alinhamento do respectivologradouro público.
3.4.1.9 Após aprovação oficial do projeto referido no presente artigo, o novo alinhamento
fixado para o logradouro passará a figurar na planta oficial do sistema viário municipal.
3.4.1.10 Quando for oficialmente aprovada a modificação do nivelamento de um logra-
douro público, o órgão competente da P.E.B.P.G. deverá elaborar um novo projeto de
nivelamento do respectivo logradouro.
3.4.1.11 Após aprovação oficial do projeto referido no presente artigo, o novo nivelamen-
to fixado para o logradouro passará a figurar na planta oficial do sistema viário municipal.
3.4.2 Nenhuma construção poderá ser executada sem que sejam fornecidos pela
P.E.B.P.G. o alinhamento e o nivelamento do logradouro público correspondente e sem
que sejam os mesmo rigorosamente observados.
3.4.2.1 O alinhamento e o nivelamento para construir serão determinados pelo órgão
competente da P.E.B.P.G. em conformidade com o projeto de alinhamento e de nivela-
mento do respectivo logradouro público, oficialmente aprovado.
3.4.2.2 No alvará de alinhamento e de nivelamento deverão ficar expresso o alinhamento
e a altura do piso do pavimento térreo ou da soleira em relação ao nível do eixo da rua, no
caso da inexistência da guia.
3.4.2.3 Quando a localização da construção for em lote de esquina as exigências do pre-
sente artigo se aplicarão à ambas as vias públicas, devendo ficar determinada a curva de
concordância dos dois alinhamentos.
3.4.2.4 Para que possa ser iniciada qualquer construção, o responsável técnico deverá
estar munido do alvará de alinhamento e de nivelamento e a P.E.B.P.G. deverá ter feito
os serviços de alinhamento e nivelamento destes, dentro do prazo de 30 (trinta) dias.
3.4.2.5 Em terreno atingido por projeto modificativo de alinhamento de logradouro, ofici-
almente aprovado, a P.E.B.P.G. só poderá permitir construir mediante aprovação de pro-
jeto de edificação e concessão de licença para execução se, no caso de recuo, o projeto de
edificação respeitou à área necessária ao alargamento do logradouro público;
3.4.2.6 Quando os edifícios tiverem de ser construídos no alinhamento, as cotas de piso
do pavimento térreo serão, no mínimo às seguintes:
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a) 0,50 m (cinqüenta centímetros) acima da guia para os edifícios residenciais;
b) 0,15 m (quinze centímetros) acima da guia para os edifícios comerciais e industriais.
3.4.2.7 A cota de piso das dependências e garagens dos edifícios residenciais poderá ser
reduzida de 0,30 m (trinta centímetros) no máximo, da cota de piso considerada, em fun-
ção do projeto em causa e das dimensões do lote.
3.4.2.8 No caso de edifícios recuados, além dos mínimos exigidos nos itens do presente
artigo, deverá ser assegurada uma declividade mínima de 2% (dois por cento) entre a guia
e qualquer ponto da área do piso do pavimento térreo.
3.4.3 Documentação necessária para Emissão do Alvará de Alinhamento e Nivelamento:
a) Requerimento padronizado;
b) Titulo de propriedade;
c) Ficha Técnica;
d) Levantamento topográfico, quando necessária;
e) A.R.T. do Autor do levantamento;
f) Certidão Negativa de Débitos Municipais.
3.4.4 O Alvará de Alinhamento e Nivelamento terá validade de 6 (seis) meses a contar da
data do despacho do deferimento do pedido.
3.4.4.1 Se o alinhamento e nivelamento fornecidos não forem utilizados no prazo fixo
pelo presente item, deverá ser solicitado novo alvará.
3.5 Alvará de Autorização
Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, a P.E.B.P.G. concederá,
a título precário, Alvará de Autorização, o qual poderá ser cancelado a qualquer tempo
quando constatado desvirtuamento do seu objeto inicial, ou quando a P.E.B.P.G. não tiver
interesse na sua manutenção ou renovação. Dependerão obrigatoriamente de Alvará de
Autorização:
a) implantação e/ou utilização de edificação transitória ou equipamento transitório;
b) implantação e/ou utilização de canteiro de obras em imóvel distinto daquele onde se
desenvolve a obra;
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c) implantação e/ou utilização de estande de vendas de unidades autônomas de condomí-
nio a ser erigido no próprio imóvel;
d) avanço de tapume sobre parte do passeio público;
e) utilização temporária de edificação, licenciada para uso diverso do pretendido;
3.5.1 Documentação necessária para emissão do Alvará de Autorização:
a) Requerimento padronizado;
b) Titulo de propriedade;
c) Peças gráficas e descritivas em 3 (três) vias;
d) A.R.T. do Responsável Técnico e/ou Autor do Projeto quando a
e) Certidão Negativa de Débitos Municipais.
3.5.1.1 As peças descritivas e gráficas, deverão ser devidamente avalizados por profissio-
nal habilitado quando a natureza da obra ou serviço assim o exigir, dependendo sua reno-
vação de recolhimento semestral das taxas devidas.
3.6 Alvará de Aprovação
Mediante procedimento administrativo e a pedido do proprietário ou do possuidor do i-
móvel, a P.E.B.P.G. emitirá Alvará de Aprovação para:
a) edificação nova;
b) reforma;
3.6.1 Documentação necessária para obtenção do Alvará de Aprovação:
a) Requerimento padronizado;
b) Ficha Técnica;
c) Título de propriedade referente ao imóvel, contendo dados que permitam sua caracteri-
zação e a análise do projeto, inclusive nos aspectos relativos à LUOPS;
d) apresentação de levantamento topográfico para verificação das dimensões, área e lo-
calização do imóvel, quando necessário;
e) Peças gráficas e descritivas que permitam a perfeita compreensão e análise do projeto,
em especial quanto ao atendimento das condições mínimas previstas nesta Legislação,
no CSE e na LUOPS em 6 (seis) vias;
f) A.R.T. dos profissionais atuantes nos projetos;
g) Certidão Negativa de Débitos Municipais;
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h) Certificado de Matricula do INSS;
i) Atestado de Existência de Rede de Esgoto Domiciliar ou Projeto do Sistema de Afas-
tamento de Esgoto com Memorial de Cálculo em 3 (três) vias;
j) Relação de áreas para lançamento tributário quando tratar-se de duas unidades ou
mais;
k) Prévia anuência dos Ministérios competentes para a aprovação de edificações em lotes
situados nas zonas de proteção da Fortaleza do Itaipú e do Campo de Pouso do Aero-
clube de Praia Grande, conforme critérios por eles estabelecidos.
3.6.1.1 Somente serão aceitas divergências de até‚ 5% (cinco por cento) entre as dimen-
sões e área constantes do documento de propriedade apresentado, as apuradas no levan-
tamento topográfico e as constantes na planta aprovada do loteamento. Quando, dentro
deste limite, a área real apurada for superior à área do título de propriedade e da planta
do loteamento, os índices relativos à LUOPS serão observados em relação aos dados
constantes do título, desde que tais dados sejam iguais ou inferiores aos constantes na
planta aprovada do loteamento. Caso contrário, os índices serão aplicados sobre os dados
constantes da planta aprovada do loteamento.
3.6.1.2 Havendo divergência superior a 5% (cinco por cento) entre qualquer dimensão ou
área constante do documento de propriedade e a apurada no levantamento topográfico,
poderá ser emitido o Alvará de Aprovação, ficando a Emissão do Alvará de Execução
condicionada à apresentação de escritura reti-ratificada.
3.6.2 Quando a obra for constituída por conjunto de edificações cujos projetos foram ela-
borados por diferentes profissionais, estes responderão solidariamente apenas pela im-
plantação do conjunto.
3.6.3 A P.E.B.P.G. poderá indagar sobre o uso ou finalidade das construções no todo ou
em parte, não aceitando projetos julgados inadequados ou insalubres, ou modalidade de
utilização, bem como aquelas que se refiram a construções que possam ser facilmente
transformadas em seu uso.
3.6.4 O Alvará de Aprovação prescreverá em 2 (dois) anos a contar da data do despacho
de deferimento do pedido, podendo ser prorrogado por iguais períodos, desde que o pro-
jeto atenda à legislação em vigor na ocasião dos pedidos de prorrogação.
3.6.4.1 Quando se tratar de edificação constituída por um conjunto de mais de 1 (um)
bloco isoladoou cujo sistema estrutural permita esta caracterização, o prazo do Alvará de
Aprovação será dilatado por mais 1 (um) ano para cada bloco excedente, até o prazo má-
ximo de 5 (cinco) anos. Considera-se “edificação constituída por um conjunto de mais de
um bloco isolado, para efeito de aplicação deste sub item:
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a) a edificação cujos blocos sejam totalmente isolados;
b) a edificação cujos blocos sejam interligados somente nos pavimentos destinados à es-
tacionamento e áreas de uso comum.
3.6.4.2 A revalidação do Alvará de Aprovação não será necessária quando houver Alva-
rá de Execução em vigor.
3.6.4.3 O prazo do Alvará de Aprovação ficará suspenso mediante comprovação, através
de documento hábil, da ocorrência suspensiva, durante os impedimentos a seguir mencio-
nados:
a) existência de pendência judicial;
b) calamidade pública;
c) declaração de utilidade pública ou interesse social;
d) pendência de processo de tombamento.
3.6.4 O Alvará de Aprovação poderá, enquanto vigente o Alvará de Execução, receber
termo aditivo para constar eventuais alterações de dados, ou a aprovação de projeto mo-
dificativo em decorrência de alteração do projeto original.
3.6.5 O Alvará de Aprovação, enquanto vigente poderá a qualquer tempo, mediante ato
da autoridade competente, ser:
a) revogado, atendendo a relevante interesse público;
b) cassado, juntamente com o Alvará de Execução, em caso de desvirtuamento, por parte
do interessado, da licença concedida;
c) anulado, em caso de comprovação de ilegalidade em sua expedição.
3.7 Alvará de Execução
Mediante procedimento administrativo e a pedido do proprietário do imóvel, a P.E.B.P.G.
emitirá Alvará de Execução, indispensável à execução de:
a) edificação nova;
b) demolição total;
c) reforma;
d) reconstrução;
e) instalação de equipamentos;
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3.7.1 Documentação necessária para solicitação de Alvará de Execução:
3.7.1.1 Para edificação nova e reforma:
a) Requerimento padronizado;
b) Título de propriedade;
c) Projeto aprovado, devidamente avalizado pelo Dirigente Técnico da Obra;
d) Alvará de Aprovação;
e) Projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros para arquivo, quando for o caso;
f) Cópia para arquivo do Resultado de Sondagem para prédios com mais de 4 ( quatro)
pavimentos;
g) Cópia para arquivo do Projeto estrutural da fundação para edificações de qualquer na-
tureza com mais de um pavimento e edificações comerciais e industriais térreas;
h) A.R.T. do Dirigente Técnico e dos Responsáveis pelos Projetos de Estrutura e Preven-
ção e Combate a Incêndio.
3.7.1.2 Para demolição total :
a) requerimento padronizado avalizado pelo dirigente técnico constando o período de
duração dos serviços;
b) título de propriedade;
3.7.1.3 Para reconstrução:
a) Título de propriedade;
b) Laudo técnico de sinistros;
c) Documentos comprovantes da regularidade da obra sinistrada;
d) Peças descritivas, devidamente avalizadas pelo Dirigente Técnico da Obra;
e) A.R.T. recolhida referente os serviços a serem executados.
3.7.1.4 Para instalação de equipamentos:
a) Cópia do projeto do equipamento e/ou das especificações técnicas para arquivo; devi-
damente assinados pelo responsável técnico;
b) A.R.T. do Responsável Técnico
3.7.2 O Alvará de Execução poderá ser requerido concomitantemente ao Alvará de A-
provação e seus prazos correrão a partir da data do despacho de deferimento do pedido.
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3.7.3 Quando o Alvará de Execução for destinado ao licenciamento de um conjunto de
serviços ou obras a serem executados sob a responsabilidade de diversos profissionais,
dele constará a área de atuação de cada um.
3.7.4 Durante a vigência do Alvará de Execução somente serão permitidas alterações nas
obras mediante prévia aprovação de projeto modificativo.
3.7.5 No expediente que originou o Alvará de Execução, será comunicado obrigatoria-
mente, pelo Dirigente Técnico da Obra, a fim de dar validade ao mesmo, o andamento das
obras ou serviços durante suas etapas, até a total conclusão, quando será requerida a ex-
pedição da Carta de Habitação ou Ocupação.
3.7.5.1 Serão consideradas etapas da obra a execução:
a) Do sistema estrutural da fundação;
b) De cada laje que compõe a superestrutura da edificação, excluído o ático.
3.7.6 O prazo de validade do Alvará de Execução será de 2 (dois anos).
3.7.6.1 Quando se tratar de edificação constituída por um conjunto de mais de 1 (um)
bloco isolado ou cujo sistema estrutural permita esta caracterização, o prazo do Alvará de
Execução será dilatado por mais 1 (um) ano para cada bloco excedente, até o prazo má-
ximo de 5 (cinco) anos, desde que requerido o Alvará de Execução para todos os blocos
simultaneamente. Para efeito de aplicação deste sub item, considera-se “edificação consti-
tuída por um conjunto de mais de um bloco isolado”:
a) a edificação cujos blocos sejam totalmente isolados;
b) a edificação cujos blocos sejam interligados somente nos pavimentos destinados à es-
tacionamento e áreas de uso comum.
3.7.6.2 Quando requerido o Alvará inicial conforme disposto no sub item 3.7.6.1, as taxas
serão as mesmas previstas para as edificações constituídas de um só bloco.
3.7.7 Poderá ser requerido Alvará de Execução para cada bloco isoladamente, para as
edificações enquadradas na alínea “a” do sub item 3.7.6.1, , observado o prazo de vigên-
cia do Alvará de Aprovação.
3.7.8 O Alvará de Execução, independentemente da edificação constituir-se de 1 (um) ou
mais blocos, prescreverá em 2 (dois) anos a contar da data do despacho do deferimento do
pedido, se não for devidamente comunicada, dentro desse prazo, a conclusão do sistema
estrutural de fundação da edificação ou de pelo menos um bloco, cessando automatica-
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mente o seu efeito e arquivando-se o processo administrativo, sem prejuízo da cobrança
de taxas devidas e providências legais cabíveis.
3.7.9 Se na vigência do Alvará de Execução não forem devidamente protocolados comu-
nicados que comprovem o andamento das obras, o Alvará prescreverá ao término do pra-
zo, cessando automaticamente o seu efeito e o processo administrativo será arquivado,
sem prejuízo da cobrança de taxas devidas e providências legais cabíveis.
3.7.9.1 Dentro do prazo de validade da licença e devidamente comunicada a conclusão
do sistema estrutural de fundação, o interessado poderá requerer as prorrogações necessá-
rias à conclusão da superestrutura, por prazos sucessivos mínimos de 12 (doze) meses e
por prazo não superior ao expresso no Alvará de Execução inicial.
3.7.9.2 Concluída a superestrutura da edificação, o Alvará de Execução não mais prescre-
verá, devendo porém, ser revalidado por prazos sucessivos mínimos de 03 (três) meses,
mediante pagamento proporcional da taxa de licença devida.
3.7.9.3 Concluída a superestrutura de um bloco, o Alvará de Execução não mais prescre-
verá para este bloco, devendo porém, ser revalidado a cada 03 (três meses), mediante
pagamento proporcional da taxa de licença devida.
3.7.10 Poderá ser revogado, atendendo a relevante interesse público, o Alvará de Execu-
ção cuja obra permanecer paralisada por um período superior a 5 (cinco) anos.
3.7.11 O prazo do Alvará de Execução ficará suspenso mediante comprovação, através
de documento hábil, da ocorrência suspensiva, durante os impedimentos a seguir mencio-
nados:
a) existência de pendência judicial;
b) calamidade pública;
c) decretação de utilidade pública ou interesse social;
d) pendência de processo de tombamento.
3.7.12 As obras paralisadas e/ou com Alvará de Execução prescrito, poderão ser reinicia-
das após reexame do projeto e revalidação simultânea dos Alvarás de Aprovação e Exe-
cução, desde que esteja atendida a legislação em vigor por ocasião da concessão da nova
licença.
3.7.12.1 Poderá ser aceita, caso a caso e a critério do CODIF, a continuação de obras
paralisadas e parcialmente executadas desde que:
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a) não se agrave eventual desconformidade com a LOE e a LUOPS no que diz respeitoàs
condições de higiene, salubridade da edificação e índices urbanísticos de ocupação e
aproveitamento;
b) a edificação for utilizada para uso admitido na zona pela LUOPS;
c) a edificação for adaptada às normas de segurança.
3.7.13 O Alvará de Execução, enquanto vigente, poderá a qualquer tempo receber termo
aditivo para constar eventuais alterações de dados e execução de projeto modificativo.
3.7.14 O Alvará de Execução, enquanto vigente, poderá a qualquer tempo, mediante ato
da autoridade competente, ser:
a) revogado, atendendo a relevante interesse público;
b) cassado, juntamente com o Alvará de Aprovação, em caso de desvirtuamento, por
parte do interessado, da licença concedida;
c) anulado, em caso de comprovação de ilegalidade em sua expedição.
3.8 Alvará de Funcionamento de Equipamentos
Mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado, devidamente assistido
por Profissional habilitado, a P.E.B.P.G. emitirá Alvará de Funcionamento de Equipa-
mentos.
3.8.1 Quando se tratar de funcionamento de elevadores ou quaisquer outros aparelhos de
transporte, o pedido será instruído com o número do processo que emitiu o Alvará de
instalação, cópia do contrato de manutenção e laudo de vistoria, avalizados por profissio-
nal habilitado, com as respectivas A.R.T.s.
3.8.1.1 Poderá o executivo estabelecer a obrigatoriedade de apresentação de outros docu-
mentos além daqueles relacionados no item 3.8.1.
3.8.2 O Alvará de Funcionamento de Equipamentos inicial terá validade para o exercício
em que foi deferido o pedido.
3.8.3 Os pedidos de revalidação de Alvará de Funcionamento serão obrigatórios e formu-
lados anualmente no mês de janeiro independentemente da data de vencimento do Alvará
inicial.
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3.8.4 O Alvará de Funcionamento de Equipamentos poderá ser requerido concomitan-
temente ao Pedido de Carta de Habitação ou Ocupação.
3.9 Carta de Habitação ou Carta de Ocupação
Mediante requerimento no expediente que originou o Alvará de Execução, e a pedido do
proprietário, devidamente assistido pelo Dirigente Técnico da Obra, a P.E.B.P.G. expedi-
rá a Carta de Habitação para os imóveis novos ou a Carta de Ocupação para os acrésci-
mos em edificações existentes quando do término da obra ou serviço para a qual seja o-
brigatória Emissão de Alvará de Execução.
3.9.1 Considera-se concluída a construção de um prédio quando integralmente executado
o projeto, mais os seguintes requisitos:
a) Remoção de todas as instalações do canteiro de obras, entulhos e sobras de materiais;
b) Terem as instalações prediais sido executadas de acordo com os respectivos projetos e
sua execução aprovada pelas repartições estaduais ou municipais, ou pelas concessio-
nárias de serviços públicos, conforme o caso, mediante certificado;
c) O passeio do logradouro público correspondente à edificação estiver inteiramente
construído, reconstruído ou reparado, quando for o caso;
d) Tenha sido instalada caixa receptora de correspondência com acesso ao logradouro
público conforme dispõe a Lei Complementar nº 141 de 31/10/96;
e) Esteja afixada a placa com o número oficial;
f) Esteja afixada a placa com o nome do edifício quando for o caso;
g) Esteja afixada, quando for o caso, a placa no(s) elevador(es) com os dizeres
“PROIBIDO FUMAR - Lei Municipal nº 952, de 05 de julho de 1.996”
h) Seja apresentado, quando for o caso, o Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado de S. Paulo, aceitando as instalações e os aparelhos de
prevenção e proteção contra incêndio para o uso licenciado.
i) Seja apresentado, quando for o caso, os projetos de elétrica, hidráulica, telefonia e es-
trutural, devidamente assinados pelos responsáveis, acompanhados das respectivas
A.R.T.s;
j) Seja apresentado o Alvará de Funcionamento de elevadores e/ou escadas rolantes e/ou
monta cargas e/ou incineradores de lixo e/ou centrais de ar condicionado ou quaisquer
outro equipamento mecânico de transporte.
3.9.2 Poderão ser concedidas Cartas de Habitação ou Ocupação em caráter parcial, se a
parte concluída atender, para o uso a que se destina, as exigências mínimas previstas na
LOE e no CSE.
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3.9.2.1 A ocupação parcial para lojas poderá ser concedida independentemente do reves-
timento do piso, a ser executado juntamente com as necessárias instalações;
3.9.2.2 A Carta de Habitação parcial para conjuntos residenciais nas ruas particulares só
poderá ser concedido quando as vias passagens ou entradas estiverem totalmente conclu-
ídas
3.9.3 Poderão ser aceitas pequenas alterações que não descaracterizem o projeto aprova-
do, nem impliquem em divergência superior a 5% (cinco por cento) entre as metragens
lineares e/ou quadradas da edificação, constantes do projeto aprovado e as observadas na
obra executada.
3.9.4 A expedição da Carta de Habitação ou Ocupação depende da prévia solução de mul-
tas e débitos porventura incidentes sobre o imóvel.
3.9.5 A expedição da Carta de Habitação ou Ocupação para edificação tratada no item
9.3.4. depende da execução do sistema de armazenamento, tratamento e destinação de
esgoto.
3.9.6 Toda e qualquer edificação só poderá ter seu uso conforme indicado na licença para
execução ou compatível com ela.
3.9.7 Todo e qualquer estabelecimento industrial ou comercial só poderá iniciar seu fun-
cionamento após aceitação da edificação e das instalações pelo órgão competente da
PEBPG.
3.9.8 Todo e qualquer edifício residencial, unifamiliar ou coletivo, só poderá ser habitado
após a concessão da Carta de Habitação pela PEBPG.
3.9.9 Constatado na vistoria que a edificação não foi construída, reconstruída, reformada
ou acrescida de acordo com o projeto arquitetônico aprovado pela P.E.B.P.G., o proprie-
tário e o responsável será multado ou suspenso, segundo as disposições desta Lei Com-
plementar, bem como intimado a legalizar as obras, executando as necessárias modifica-
ções.
3.9.9.1 As exigências estabelecidas no item 3.9.9 poderão ir até à demolição parcial ou
total da edificação ou de partes da mesma.
3.9.10 Se uma edificação for habitada ou ocupada sem ter sido procedida a vistoria e con-
cedido o habite-se ou a ocupação pelo órgão competente da P.E.B.P.G., o proprietário
sofrerá as penalidades estabelecidas nesta Lei Complementar .
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3.10 Baixa de Licença
Mediante procedimento administrativo, e a pedido do proprietário do imóvel, a
P.E.B.P.G. emitirá Baixa de Licença para os serviços de demolição total após vistoria e
se constatada a remoção de todo o material demolido.
3.11 Certificado de Mudança de Uso
Mediante procedimento administrativo, e a pedido do proprietário do imóvel, a
P.E.B.P.G. emitirá Certificado de Mudança de Uso para as edificações existentes que,
atendam o disposto na LUOPS, no CSE e desta Legislação e sem necessidade de alteração
física do imóvel, venham a ter seu uso alterado.
3.11.1 O requerimento será instruído com:
a) Documento que comprove a regularidade da edificação.
b) Memorial de utilização dos compartimentos;
c) Certidão Negativa de Débitos Municipais;
d) Laudo de Vistoria de segurança, assinado por profissional legalmente habilitado, com
a respectiva A.R.T. recolhida, quando houver aumento de sobrecargas relativo ao novo
uso;
3.11.2 A expedição de Certificado de Mudança de Uso dependerá de prévia solução de
multas e débitos porventura incidentes sobre o imóvel.
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4 Procedimentos Administrativos
Os requerimentos serão instruídos pelo interessado e analisados frente a legislação Muni-
cipal, conforme a natureza do pedido, observadas as normas edilícias emanadas da
P.E.B.P.G., em especial as prescrições desta Lei Complementar, da LUOPS, do CSE,
sem prejuízo da observância, por parte do Autor de Projeto, das demais disposições esta-
duais e federais pertinentes.
4.1 Análise dos Processos
Em um único processo poderão ser analisados os diversos pedidos referentes a um mesmo
imóvel, e anexados também os eventuais pedidos de Reconsideração ou Recurso.4.1.1 Os processos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos, necessitarem
de complementação da documentação exigida por lei ou esclarecimento, serão objeto de
comunicados (“comunique-se”) para que as falhas sejam sanadas.
4.1.1.1 Os pedidos serão indeferidos caso não atendido o “comunique-se” em 10 (dez)
dias a contar da data de publicação da chamada no quadro de avisos ou do recebimento da
notificação, o que ocorrer primeiro e o processo será arquivado, sem prejuízo das taxas
devidas e providências legais cabíveis;
4.1.1.2 Poderá, mediante pagamento de taxa prevista no ANEXO II, ser desarquivado o
processo para reexame à vista da legislação vigente à época do desarquivamento.
4.1.2 O prazo para formalização de pedido de reconsideração de despacho ou recurso se-
rá de 10 (dez) dias, a contar da data de publicação do despacho de indeferimento no qua-
dro de avisos ou do recebimento da notificação, o que ocorrer primeiro.
4.2 Prazos para Despacho
O prazo para despacho não poderá exceder a 30 (trinta) dias, inclusive nos pedidos rela-
tivos a reconsideração de despacho ou recurso.
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4.2.1 O curso desse prazo ficará suspenso durante a pendência do atendimento, pelo re-
querente, de exigências feitas em “comunique-se”.
4.2.2 Prazos menores poderão ser fixados por ato do Executivo.
4.2.3 Escoado o prazo para decisão de processo de Alvará de Aprovação, poderá ser
requerido Alvará de Execução. Decorridos 30 (trinta) dias deste requerimento, sem deci-
são no processo de Alvará de Aprovação, a obra poderá ser iniciada, sendo de inteira
responsabilidade do proprietário e profissionais envolvidos a eventual adequação da obra
às posturas municipais.
4.2.4 Escoado o prazo para decisão do processo relativo a Emissão de Carta de Habitação
ou de Ocupação, a obra poderá ser utilizada a título precário, não se responsabilizando a
P.E.B.P.G. por qualquer evento decorrente de falta de segurança ou salubridade.
4.3 Prazo para Retirada de Documento
O prazo para retirada de documento será de 30 (trinta) dias a contar da data do despacho
de deferimento, após os quais o processo será arquivado por abandono, sem prejuízo da
cobrança de taxas devidas e providências legais cabíveis.
4.3.1 Arquivado o processo, o mesmo somente será desarquivado mediante pagamento da
taxa prevista no ANEXO II.
4.4 Lançamento Tributário
4.4.1 O lançamento predial no cadastro imobiliário se dará imediatamente após o despa-
cho da Carta de Habitação ou Ocupação.
4.4.1.1 Será efetuado o lançamento predial, independentemente do despacho da Carta de
Habitação ou Ocupação, quando a conclusão da obra for constatada pela fiscalização, o
contribuinte for notificado a requerer a respectiva carta e não atender a notificação no
prazo assinado, sem prejuízo do pagamento das taxas previstas e demais penalidades;
4.4.1.2 Visando o incentivo à Cultura, os proprietários de edificações em execução com
mais de um pavimento, que executarem uma obra de arte com altura mínima de 2,50 m
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(dois metros e cinqüenta centímetros) no recuo de frente com tratamento paisagístico no
seu entorno, serão beneficiados, mediante requerimento, e após vistoria do órgão compe-
tente, com o lançamento predial no Cadastro Imobiliário para o exercício seguinte ao do
despacho da Carta de Habitação ou Ocupação;
4.5 Procedimentos Especiais
Poderão ser objeto de regulamentação, por ato do Executivo, os procedimentos e prazos
diferenciados para exame de processos relativos ao licenciamento de:
a) edifícios públicos da administração direta;
b) habitações de interesse social;
c) edificações geradoras de tráfego ou de impacto ambiental;
d) serviços ou obras que, por sua natureza, admitam procedimentos simplificados.
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5 Preparação e Execução de Obras
A execução de obras, incluindo os serviços preparatórios e complementares, suas instala-
ções e equipamentos, será procedida de forma a obedecer ao projeto aprovado, à boa téc-
nica, às NTO e ao direito de vizinhança, a fim de garantir a segurança dos trabalhadores,
da comunidade, das propriedades e dos logradouros públicos, observada em especial a
legislação trabalhista pertinente.
5.1 Precauções durante a execução dos serviços de edificação ou de
demolição
Durante a execução dos serviços de edificação ou de demolição o proprietário e o dirigen-
te técnico deverão adotar as medidas necessárias à segurança e proteção dos trabalhado-
res, do público e das propriedades vizinhas observando-se as prescrições sobre segurança
no trabalho estabelecidas pela legislação Federal Pertinente.
5.1.1 É obrigatória a adoção de medidas adequadas para que o leito do passeio e do logra-
douro no trecho compreendido pelas obras, seja permanentemente mantido em perfeito
estado de conservação e limpeza.
5.1.2 Em caso de acidentes por falta de precauções ou de segurança, devidamente apura-
das pelo órgão competente da P.E.B.P.G., serão multados o proprietário e o dirigente téc-
nico, sem prejuízo das penalidades legais cabíveis.
5.1.3 Quaisquer detritos caídos das obras ou resíduos de materiais que fixarem sobre tre-
chos do leito do passeio e do logradouro, deverão ser imediatamente recolhidos, inclusive
com a varredura dos referidos trechos, além da irrigação a fim de impedir levantamento
de pó.
5.1.4 O proprietário deverá adotar medidas capazes de evitar incômodos à vizinhança,
pela queda de detritos nas propriedades vizinhas ou pela produção de poeira ou ruídos
excessivos.
5.1.5 Não será permitida a preparação de reboco ou argamassa nos passeios e logradou-
ros.
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5.2 Canteiro de Obras
O canteiro de obras compreenderá a área destinada à execução e desenvolvimento das
obras, serviços complementares, implantação de instalações temporária necessárias à sua
execução, tais como alojamento, escritório de campo, depósitos, estande de vendas e ou-
tros.
5.2.1 Durante a execução das obras será obrigatória a manutenção do passeio desobstruí-
do e em perfeitas condições, conforme legislação municipal vigente, sendo vedada sua
utilização, como canteiro de obras, salvo no lado interior dos tapumes que avançarem
sobre o logradouro.
5.2.2 Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da rua, a
iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito, e outras instala-
ções de interesse público.
5.3 Fechamento do Canteiro de obras
5.3.1 Para todas as construções, excetuadas as residências unifamiliares, será obrigatório
o fechamento no alinhamento, do canteiro de obras, por alvenaria ou tapume, observados
os seguintes requisitos:
a) Altura mínima de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros);
b) Que assegure o fechamento do canteiro de trabalho e apresentem bom acabamento;
c) Terem afixadas de forma bem visível a placa de numeração do prédio;
d) Terem afixadas de forma bem visível as placas indicadoras de tráfego de veículos
quando forem localizadas em esquinas de logradouros;
5.3.1.1 Quando localizados nos logradouros classificados como Vias de Interesse Turísti-
co, Arteriais de 1ª e 2ª Categorias e Coletoras Principais e Secundárias, os tapumes deve-
rão satisfazer, ainda, as seguintes condições:
a) Serem feitos de madeira, pintados a tinta lavável nas faces voltadas para o logradouro e
providos de ripas ou outro processo capaz de assegurar perfeita vedação das juntas ou
outro material tecnicamente adequado, que apresente aspecto esteticamente satisfató-
rio;
b) Serem conservados com as faces externa em estado de completa limpeza.
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5.3.1.2 Os tapumes deverão ser dispensados nos seguintes casos:
a) Em edificações ou demolições afastadas do alinhamento de logradouros destituídos de
meio fios;
b) Em pinturas ou remendos em fachadas, exceto nos logradouros classificados como
Vias de Interesse Turístico, Arteriais de 1ª e 2ª Categorias e Coletoras Principais e Se-
cundárias, desde que sejam armados andaimes protetores suspensos a uma altura de
3,00m (três metros).5.3.2 No caso de ser indispensável a retirada de qualquer instalação, equipamento ou apa-
relho ou a poda em árvores do logradouro, para colocar tapumes ou facilitar a construção
ou a demolição, o interessado deverá requerer providências à P.E.B.P.G..
5.3.3 Durante o desenvolvimento das obras será permitido, mediante emissão de Alvará
de Autorização, o avanço do tapume sobre o passeio até, no máximo, metade de sua lar-
gura, limitado em 3,00 m (três metros), desde que a área remanescente do passeio tenha
largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros),de forma a proteger o pedestre.
No caso em que for tecnicamente indispensável, para execução da abra, maior ocupação
do passeio do que a prevista neste item, o responsável pela execução da abra deverá soli-
citar autorização ao órgão competente da P.E.B.P.G., apresentando a correspondente jus-
tificativa.
5.3.4 Concluídos os serviços de fachada, ou quando constatada a paralisação da obra por
período superior a 60 (sessenta) dias, devidamente anotado em processo, será obrigatória
a remoção dos tapumes e andaimes, bem como o fechamento das obras, no alinhamento
do logradouro, por meio de muro de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altu-
ra, dotado de portão de entrada.
5.3.4.1 Se o proprietário, responsável pela remoção dos tapumes e andaimes e pela cons-
trução do muro, não atender a intimação da P.E.B.P.G. para executar as determinações do
item 5.3.4, ficará sujeito, além das penalidades previstas nesta Lei Complementar , ao
pagamento dos custos dos serviços efetuados pela P.E.B.P.G., acrescidos de 20% (vinte
por cento).
5.3.4.3 Quando a edificação for localizada no alinhamento do logradouro, uma das aber-
turas deverá ser guarnecida por porta, ficando as demais aberturas convenientemente fe-
chadas com alvenaria.
5.3.4.3 Retirados os tapumes deverão ser feitos, imediatamente, pelo construtor responsá-
vel, os reparos dos estragos acaso verificados nos passeios e logradouros, sob pena de
multa.
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5.4 Paralisação das Obras
A paralisação dos serviços de edificação ou de demolição deverá ser obrigatoriamente
comunicada ao órgão competente da P.E.B.P.G..
5.4.1 Decorrido mais de 60 (sessenta) dias de paralisação das obras, o órgão competente
da P.E.B.P.G. deverá fazer a necessária vistoria, a fim de verificar se a edificação oferece
perigos à segurança pública e de intimar o proprietário a executar no prazo máximo de 30
(trinta) dias, as medidas que se fizerem necessárias.
5.4.2 Tratando-se de logradouros classificados como Vias de Interesse Turístico, Arteriais
de 1ª e 2ª Categorias e Coletoras Principais e Secundárias, no qual, a juízo do órgão
competente da P.E.B.P.G., o aspecto da edificação prejudique a estética da cidade, o pro-
prietário deverá ser intimado a reiniciar os serviços no prazo máximo de 3 (três) dias, a
fim de concluir as obras.
5.4.3 No caso de paralisação dos serviços de demolição por mais de 60 (sessenta) dias, o
órgão competente da P.E.B.P.G. deverá intimar o proprietário a reiniciá-los imediatamen-
te e concluí-los dentro de um prazo devidamente fixado sob pena de multa.
5.5 Plataformas de segurança e Vedação Externa das obras
5.5.1 Nas obras ou serviços que se desenvolverem a mais de 9,00 m (nove metros) de
altura ou construção, reforma ou demolição de prédio construído no alinhamento, será
obrigatória a execução de:
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a) plataformas de segurança a cada 8,00 m (oito metros) ou 3 (três) pavimentos contado a
partir da primeira plataforma de segurança que deverá ser instalada no nível da laje de
cobertura do térreo;
b) vedação externa que a envolva totalmente.
5.5.2 Concluída a estrutura do edifício, poderão ser instalados andaimes mecânicos e,
mediante comunicação prévia à P.E.B.P.G..
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6 Procedimentos Fiscais
Toda obra deverá ser vistoriada pela P.E.B.P.G., devendo o servidor municipal incumbi-
do desta atividade ter garantido livre acesso ao local.
6.1 Intimações
A intimação terá lugar, sempre que for necessário promover o cumprimento de qualquer
das disposições desta Lei Complementar .
6.1.1 Da intimação constarão os dispositivos desta Lei Complementar a cumprir e os pra-
zos dentro dos quais os mesmos deverão ser cumpridos.
6.1.2 Em geral, os prazos para cumprimento de disposições desta Lei Complementar , não
deverão ser superiores a 10 (dez) dias.
6.1.2.1 Decorrido o prazo fixado na intimação e verificado seu não cumprimento, será
aplicada a penalidade cabível e expedida nova intimação por edital.
6.1.2.2 Mediante requerimento ao Prefeito e ouvida a chefia do órgão competente da
P.E.B.P.G. , poderá ser dilatado o prazo fixado para cumprimento da intimação.
6.1.3 Se for feita interposição de recurso contra intimação, o mesmo deverá ser levado ao
conhecimento do órgão competente da P.E.B.P.G., a fim de ficar sustado o prazo da inti-
mação.
6.1.3.1 No caso de despacho favorável ao recurso referido, no item 6.1.3, cessará o expe-
diente da Intimação.
6.1.3.2 No caso de despacho denegatório ao recurso referido no item 6.1.5, será provi-
denciado novo expediente de intimação, contando-se a continuação do prazo a partir da
ciência do referido despacho.
6.2 Verificação da Regularidade da Obra
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Deverá ser mantido no local da obra o documento que comprove a regularidade da ativi-
dade edilícia em execução, sob pena de intimação e autuação, nos termos desta lei e legis-
lação pertinente.
6.2.1 Constatada irregularidade na execução da obra, pela inexistência dos documentos
necessárias, pelo desvirtuamento da atividade edilícia como indicada, autorizada ou li-
cenciada, ou pelo desatendimento de quaisquer das disposições desta lei, o proprietário
ou possuidor e o Dirigente Técnico da Obra serão intimados e autuados, ficando as obras
embargadas.
6.2.1.1 O prazo máximo para o início das providências pendentes à solução das irregula-
ridade apontadas será de 10 (dez) dias.
6.2.1.2 Durante o embargo só será permitida a execução dos serviços indispensáveis à
eliminação das infrações.
6.2.1.3 Em se tratando de obra aceita, autorizada ou licenciada pela P.E.B.P.G., o embar-
go somente cessará após a eliminação das infrações que o motivaram e o pagamento das
multas impostas.
6.2.1.4 Em se tratando de obra sem o documento que comprove a regularidade da ativida-
de, o embargo somente cessará após o cumprimento de todas as seguintes condições:
a) eliminação de eventuais divergências da obra em relação às condições indicadas, auto-
rizadas ou licenciadas;
b) pagamento das multas impostas;
c) aceitação de comunicação, ou expedição da Autorização ou Alvará de Execução.
6.2.1.5 Decorrido o prazo assinado, a P.E.B.P.G. nos 5 (cinco) dias subseqüentes vistoria-
rá a obra e, se constatada resistência ao embargo, deverá o funcionário encarregado da
vistoria:
a) expedir novo auto de infração e aplicar multas diárias até que a regularização da obra
seja comunicada, e verificada pela P.E.B.P.G. em prazo de 5 (cinco) dias contados a
partir da comunicação, à repartição competente;
b) requisitar força policial, requerendo a imediata abertura de inquérito policial para apu-
ração da responsabilidade do infrator pelo crime de desobediência, previsto no Código
Penal, bem como para as medidas judiciais cabíveis.
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6.2.1.6 A resistência ao embargo ensejará ao profissional responsável pela obra, também,
a aplicação da multa diária prevista.
6.2.1.7 Para os efeitos desta lei, considera-se resistência ao embargo a continuação dos
trabalhos no imóvel sem a adoção das providências exigidas na intimação.
6.2.2 Lavrado o auto de flagrante policial e aberto o respectivo inquérito será o processo
encaminhado para as providências de ajuizamento da ação judicial cabível, sem prejuízo
da incidência das multas, no caso de continuação das irregularidades.
6.2.3 O servidor municipal que lavrar o auto de infração, por ocasião da abertura do in-
quérito policial, será responsável pela inexatidãodos dados que possam prejudicar as
medidas administrativas ou judiciais cabíveis.
6.3 Vistorias
As vistorias administrativas de obras serão providenciadas pelo órgão competente da
P.E.B.P.G..
6.3.1 As vistorias nas edificações terão lugar nos seguintes casos:
a) Quando, por motivos de segurança, for considerada necessária a imediata demolição
de qualquer obra em andamento ou paralisada, bem como o imediato desmonte das
instalações;
b) Quando, em quaisquer edificação e instalação existentes, forem observados indícios de
desmoronamento ou ruína, ameaçando a segurança pública;
c) Quando deixar de ser cumprida, dentro do prazo fixado, a intimação para demolição
parcial ou total de uma edificação ou para desmonte parcial ou total de qualquer insta-
lação;
d) Quando o órgão competente da P.E.B.P.G. julgar necessário a fim de assegurar o cum-
primento de disposições desta lei ou de resguardar o interesse público;
e) Para efeito de legalização de obra clandestina.
6.3.2 Em geral, a vistoria deverá ser realizada na presença do proprietário da edificação
ou de seu representante legal, salvo nos casos considerados de risco iminente.
6.3.2.1 Não sendo conhecido nem encontrado o proprietário ou seu representante legal,
far-se-ão as intimações por meio de aviso na imprensa.
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6.3.3 No caso de existir suspeita de iminente desmoronamento ou ruína, o órgão compe-
tente da P.E.B.P.G. deverá proceder imediata vistoria, mesmo que seja necessário realizar
o arrombamento do imóvel, ouvida previamente a Procuradoria Jurídica da Municipalida-
de.
6.3.4 Em toda vistoria é obrigatório que as conclusões do órgão competente da
P.E.B.P.G. sejam consubstanciadas em laudo, observando-se os seguintes requisitos mí-
nimos:
a) Natureza do edifício, obra ou instalação;
b) Condições de segurança, conservação e higiene;
c) Se existe licença para realizar as obras ou instalações;
d) Se foram feitas modificações em relação ao projeto aprovado;
e) Se as obras ou instalações são legalizáveis;
f) Providências a serem tomadas, em vista dos dispositivos desta Lei Complementar ,
bem como prazos que devam ser cumpridos.
6.3.4.1 Lavrado o laudo de vistoria, o interessado deverá ser imediatamente intimado, na
forma prevista por esta Lei Complementar, a fim de tomar conhecimento das conclusões.
6.3.4.2 Não sendo cumpridas as determinações do laudo de vistoria no prazo fixado deve-
rá ser imediatamente renovada a intimação..
6.3.4.3 Decorrido o prazo fixado na intimação, e não tendo sido cumpridas as providên-
cias estabelecidas no laudo de vistoria, deverá ser executado o despejo e interdição do
edifício ou qualquer medida de proteção e segurança, por determinação do órgão compe-
tente da P.E.B.P.G., ouvida previamente a Procuradoria Jurídica da Municipalidade.
6.3.4.4 Nos casos de ameaça à segurança pública, pela iminência de desmoronamentos de
qualquer natureza, que exijam imediatas medidas de proteção e segurança, o órgão com-
petente da P.E.B.P.G. ouvida previamente a Procuradoria Jurídica da Municipalidade,
deverá determinar a sua execução, de conformidade com as conclusões do laudo de visto-
ria.
6.3.5 Quando os serviços decorrentes do laudo de vistoria forem executados ou custeados
pela P.E.B.P.G., as despesas correspondentes, acrescidas de 20% (vinte por cento), serão
pagas, na forma da lei, pelo proprietário das obras ou instalações.
6.3.6 Dentro do prazo fixado na intimação resultante do laudo de vistoria, o interessado
poderá apresentar recurso ao Prefeito, por meio de requerimento.
6.3.6.1 O requerimento referido neste artigo terá caráter de urgência, devendo seu enca-
minhamento ser feito de maneira a chegar a despacho final do Prefeito, antes de decorrido
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o prazo marcado pela intimação para cumprimento das exigências estabelecidas no laudo
de vistoria.
6.3.6.2 O despacho do Prefeito deverá tomar por base as conclusões do laudo de vistoria e
a contestação do órgão competente da P.E.B.P.G., que realizou a vistoria, às razões for-
muladas no requerimento.
6.3.6.3 O recurso em qualquer hipótese, não suspenderá a execução das medidas urgentes
a serem tomadas nos casos de ameaças de desabamentos com perigo para a segurança
pública.
6.4 Verificação da Estabilidade, Segurança e Salubridade da Execução
Verificada a inexistência de condições de estabilidade, segurança e salubridade de uma
edificação, será o proprietário ou o possuidor intimado a promover, nos termos da lei, o
início das medidas necessárias à solução da irregularidade, no prazo máximo de 5 (cinco)
dias, devendo a P.E.B.P.G., nos 5 (cinco) dias subsequentes ao prazo assinado na intima-
ção, vistoriar a obra a fim de constatar a regularidade exigida.
6.4.1 No caso de a irregularidade constatada apresentar perigo de ruína ou contaminação,
poderá ocorrer a interdição parcial ou total do imóvel e, se necessário, o do seu entorno,
dando-se ciência aos proprietário e ocupantes dos imóveis.
6.4.1.1 O não cumprimento da intimação, para a regularização necessária ou interdição,
implicará na responsabilização exclusiva do intimado, eximindo-se a P.E.B.P.G. de res-
ponsabilidade pelos danos decorrentes de possível sinistro.
6.4.2 Durante a interdição somente será permitida a execução dos serviços indispensá-
veis à eliminação da irregularidade constatada.
6.4.3 Decorrido o prazo concedido, sem o cumprimento da intimação, ou verificada deso-
bediência à interdição, deverá o funcionário encarregado da vistoria:
a) expedir auto de infração e aplicar multas diárias ao infrator até serem adotadas as me-
didas exigidas;
b) requisitar força policial, requerendo imediatamente abertura de inquérito policial para
apuração da responsabilidade do infrator pelo crime de desobediência previsto no Có-
digo Penal, bem como para adoção das medidas judiciais cabíveis.
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6.4.4 Lavrado o auto de flagrante policial e aberto o respectivo inquérito será o processo
encaminhado para as providências de ajuizamento da ação cabível, sem prejuízo da inci-
dência das multas, no caso de continuação das irregularidades.
6.4.5 O atendimento da intimação não desobriga o proprietário ou o possuidor do cum-
primento das formalidades necessárias à regularização da obra ou serviço, sob pena da
aplicação das sanções cabíveis.
6.4.6 Não sendo atendida a intimação, estando o proprietário ou o possuidor autuado e
multado, os serviços, quando imprescindíveis à estabilidade da edificação, poderão ser
executados pela P.E.B.P.G. e cobrados em dobro do proprietário ou do possuidor, com
correção monetária, sem prejuízo da aplicação das multas e honorários profissionais cabí-
veis.
6.4.7 Independentemente de intimação e assistido por profissional habilitado, o proprietá-
rio ou possuidor de imóvel que constatar perigo de ruína ou contaminação, poderá dar
início imediato às obras de emergência, comunicando por escrito à P.E.B.P.G., justifican-
do e informando a natureza dos serviços a serem executados.
6.4.7.1 Comunicada a execução dos serviços, a P.E.B.P.G., vistoriando o imóvel objeto
da comunicação, verificará a veracidade da necessidade de execução de obras emergên-
cias.
6.4.8 O servidor municipal que lavrar o auto de infração, na ocasião da abertura do inqué-
rito policial, será responsável pela inexatidão dos dados que possam prejudicar as medi-
das administrativas ou judiciais cabíveis.
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7 Infrações e Penalidades
A inobservância de qualquer disposição legal ensejará a lavratura do competente auto de
infração e multa, com notificação simultânea do infrator para, no prazo de 10 (dez) dias
corridos, pagar ou apresentar defesa à autoridade competente sob pena de confirmação da
penalidade imposta e de sua subseqüente inscrição como dívida ativa.
7.1 Disposições Preliminares
A notificação far-se-á ao infrator, pessoalmente ou por via postal, com aviso de recebi-
mento ou, ainda, por edital, nas hipótese de não localização do notificado.
7.1.1 Para os efeitos desta lei, considera-se infrator

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