Buscar

Industrialização e imperialismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Industrialização e imperialismo
A Revolução Industrial ocasionou um aumento extraordinário da população mundial.
Entre 1750 e 1850, a população mundial dobrou.
Esse aumento extraordinário deveu-se à modernização da agricultura, à queda
drástica nos índices de mortalidade infantil e ao avanço da medicina. Um exemplo
de avanço, foi o surgimento da primeira vacina, a vacina contra Varíola.
O crescimento da população foi acompanhado por um grande processo de
deslocamento da população do campo para a cidade, a urbanização. Que
aconteceu em um ritmo jamais visto.
Com o crescimento das cidades, cresciam também os problemas urbanos, que
atingiam principalmente os mais pobres. Quem em sua maioria vinham do campo e
eram operários, que enfrentavam longas jornadas de trabalho em troca de salários
que mal davam para sobreviver. Além disso, tinham que se adaptar a um novo
modo de trabalhar.
Na Grã-Bretanha da década de 1830, havia um grande número de pobres e
indigentes, para reprimi-los, o governo baixou a Lei dos Pobres: com base nela, a
polícia recolhia os pobres a centros de trabalhos, semelhantes a penitenciárias. Lá,
os maridos eram separados das esposas e desencorajados a ter filhos; homens e
mulheres eram submetidos a uma rotina exaustiva de trabalho, em troca de comida.
Mas os operários reagiram a essas condições, formando associações, sindicatos e
organizando greves para lutar por seus direitos. Nesse cenário tenso, três teorias
ganharam destaque: o liberalismo, o socialismo e o anarquismo.
Aceleração industrial
O capitalismo ganhou um forte impulso, embalado por uma industrialização
acelerada conhecida como Segunda Revolução Industrial. É atribuído a esse
fenômeno dois fatores principais:
● o extraordinário crescimento dos mercados consumidores europeus;
● os capitais acumulados na Europa na Primeira Revolução Industrial.
A Segunda Revolução Industrial caracterizou-se pela estreita relação entre ciência e
tecnologia.
Na indústria: o aço se tornou mais barato e aos poucos substituiu o ferro. Foi
inventado o gerador, aparelho que transforma energia mecânica em elétrica, o que
possibilitou o aproveitamento da energia elétrica em indústrias.
Nos transportes: houve a substituição de cavalos por locomotivas, o crescimento
das ferrovias e o uso do barco a vapor, e a fabricação dos primeiros automóveis, por
volta de 1890.
Nas comunicações: houve a invenção do telégrafo em 1836 e do telefone em 1876,
o que permitiu a comunicação em várias partes do globo
.
Taylorismo, fordismo e produtividade
O estadunidense Frederick W. Taylor propôs “a administração científica do trabalho”,
segundo essa teoria a produção de cada trabalhador poderia ser medida
cientificamente. Bastava, para isso, controlar seus movimentos, fazendo-o evitar
gestos desnecessários e impondo um ritmo e uma quantidade a ser produzida por
dia.
Henry Ford aplicou o taylorismo na sua fábrica. Além disso, inovou introduzindo
esteiras rolantes que conduziam o chassi e demais peças do automóvel pela
fábrica, enquanto os operários perfilados nas laterais, e executando uma única
tarefa, iam montando o veículo.
A adoção do sistema taylorista-fordista na Ford Motor Company fez crescer a
produtividade e o lucro, porém para os operários, no entanto, significou aumento de
trabalho repetitivo.
A concentração de capitais
A fim de monopolizar a produção e a distribuição de um ou mais produtos, os
grandes capitalistas da época compravam as empresas dos concorrentes ou os
levavam à falência, esse processo de compras e/ou fusão deu origem a empresas
gigantes ou associações de empresas.
Holding: nasceu da associação da associação de várias empresas a uma grande
empresa, que centraliza e controla as suas associadas e detém a maior parte de
suas ações.
Truste: originou-se da fusão de várias empresas em uma única. Essa empresa
gigante passa, então, a controlar desde a obtenção de matéria prima até a
comercialização do produto final. Com isso, passa a regular a oferta e a impor os
preços finais.
Cartel: resulta de acordos entre empresas independentes do mesmo ramo que, para
evitar os desgastes da concorrência, dividem o mercado entre si e fixam preços
comuns.
Nesse processo, foi comum também os bancos passarem a controlar muitas
empresas de outro ramo, ganhando com isso grande poder e influenciando decisões
de seus governos. Esse fenômeno é chamado de “Capitalismo Financeiro” ou
“Monopolista”.
O imperialismo
As potências europeias intensificaram a busca por mercados consumidores e por
áreas produtoras de matéria prima, buscavam também oportunidades para investir
suas capitais e colônias para acomodar parte de seu excedente populacional. Por
isso lançaram-se em uma disputa acirrada pela Ásia, África e Oceania. Essa disputa
é chamada de Imperialismo ou Neocolonialismo.
Pensadores europeus formularam uma teoria chamada Darwinismo Social, segundo
essa teoria, as raças humanas, assim como as espécies, também passam por uma
longa evolução, durante o qual ocorre uma seleção natural e só as mais aptas
sobrevivem. Na luta pela vida só as “raças superiores” triunfam, o que torna as
guerras inevitáveis. Os racistas daquela época acreditavam em duas ideias
equivocadas: a primeira é a de que existem raças humanas e a segunda é a de que
a “raça branca” é superior à “raça negra”, à “raça amarela” e aos mestiços.
Com base nessas e em outras teorias racistas, os europeus assumiram a tarefa de
levar a civilização, isto é, o progresso e os “bons costumes” àqueles povos que
consideravam incivilizados e racialmente inferiores. Defendiam então que eles
tinham uma missão civilizadora.
África: dominação e resistência
Em 1880, os europeus ocupavam apenas 10% do continente Áfricano (pontos na
faixa do litoral); em 1900, já eram senhores de 90%. E por meio da ciência, do uso
da metralhadora, do barco a vapor e do quinino foram retalhando e se apossando
de territórios africanos.
Franceses na África:
A França iniciou conquistando terras onde hoje é a Argélia, inicialmente os
franceses instalaram nessas terras um protetorado, obrigando os governantes locais
a exercerem a sua política. Posteriormente, assumiram o governo local, tomaram as
terras dos nativos e os obrigaram a trabalhar. O governo francês prometia integrar
os argelinos à “civilizção”, mas na prática, impedia que tivessem acesso a direitos
básicos.
Belgas na bacia do rio Congo:
Leopoldo II apossou-se do Congo - um território dezenas de vezes maior que a
Bélgica - e conseguiu que outras nações europeias reconhecem esse país africano
como uma propriedade particular sua. Depois, dividiu o Congo em unidades,
nomeou civis e militares belgas para administrá-lo e encarregou-os de forçar os
congoleses a trabalhar na extração de borracha e marfim. Por meio da intimidação e
da propaganda, o rei conseguiu manter um manto de silêncio sobre as atrocidades
que ele e seus súditos vinham praticando no Congo.
Britânicos na África:
Os ingleses tiveram o domínio de vários lugares, como Egito, Sudão, Uganda,
Quênia e etc. Os ingleses adotaram principalmente a administração indireta: os
antigos chefes locais eram mantidos no poder e transformados em colaboradores
dos ingleses.
Os habitantes mulçomanos do Sudão, chamados de dervixes, resistiram ao
imperialismo inglês pelas armas e chegaram a retomar Cartum, capital do país. A
luta era vista por eles como “guerra santa” apesar de utilizar os armamentos mais
modernos da época. Os ingleses os venceram na Batalha de Omdurman.
Outros europeus que dominaram a África: Portugal, Espanha e Alemanha.
A conferência de Berlim
As principais potências perceberam que essa corrida imperialista poderia gerar uma guerra
entre elas, então, no dia 28 de fevereiro de 1885, reuniram-se na Conferência de Berlim,
que foi convocada para criar regras e condições favoráveis à ocupação da África. Com isso
foi decidido:
● Permitir a livre navegação nas bacias dos rios Congo e Níger, duas rotas
importantes para a penetração do continente;
● Liberar o comércio na bacia do rio Congo;
● Considerar que uma naçãoeuropeia só teria direito sobre um território
africano se comunicasse sua ocupação as demais nações e enviasse para a
área uma autoridade capaz de manter a ordem;
● Reconhecer o Estado Livre de Congo como propriedade particular do rei
Leopoldo II da Bélgica. Esse território imenso serviu como Estado-tampão
separando as demais áreas ocupadas pelos territórios europeus;
● Fixar regras para as futuras ocupações das costas da África.
Os europeus dividiram a África segundo seus próprios interesses, fixando fronteiras
artificiais : separaram povos de culturas semelhantes e misturaram, em um mesmo
território, povos rivais, com línguas e costumes diferentes, o que alimentou e
continua alimentando rivalidades e conflitos entre africanos.
A partilha da Ásia
Britânicos na Índia:
Aos poucos, foram se impondo por meio da palavra e/ou da força. Ora criavam
pequenas guerras contra marajás (príncipes e potentados da Índia) e nababos
(equivalente a governador da Índia), ora aliaram-se a eles. Por volta de 1750,
apoderaram-se de quase todo o território hindu, transformando-o em um protetorado
inglês.
Passaram a vender seus tecidos na Índia por preços baixos e aumentaram os
impostos sobre os tecidos indianos, forçando o aumento dos seus preços, levando
os produtos indianos à falência. Para os trabalhadores a situação piorou:
trabalhavam mais tempo e apesar disso, viviam endividados, pois os impostos
retiravam a maior parte daquilo que eles produziam. A Índia foi atingida por seis
crises de fome, que mataram cerca de 15 milhões de hindus.
A revolta dos Sipaios
Os abusos das autoridades inglesas, o empobrecimento dos hindus e o racismo
inglês provocaram a explosão da Revolta dos Sipaios. Os Sipaios começaram a
rebelião atacando oficiais ingleses e logo obtiveram apoio popular, Porém a
superioridade bélica dos ingleses acabou prevalecendo.
O governo inglês dissolveu a Companhia Inglesa das Índias Orientais, que detinha o
monopólio do comércio, e nomeou um vice-rei para governar o país.
Britânicos na China
Com uma civilização antiga e uma cultura material e espiritual variada e rica, a
China sempre atraiu os Europeus, porém como os chineses não se interessavam
por artigos europeus o comércio era sempre favorável a ela. Por volta de 1820, a
situação mudou, quando os ingleses descobriram um produto - o ópio - que poderia
ter grande aceitação entre os chineses, pois era capaz de viciar quem
experimentasse.
O ópio prejudicava a saúde dos chineses e arruinava famílias inteiras que se
viciaram no consumo da droga. Em 1839, Lin Zexu, conselheiro do imperador
chines, reclamou, em carta à rainha Vitória, dos prejuízos que o tráfico da droga
trazia ao povo chines. A resposta da rainha foi o silêncio, então, o povo lançou ao
mar 1400 toneladas de ópio que estavam em navios ingleses. Alegando prejuízos à
propriedade privada, a Inglaterra iniciou uma guerra contra a China, a primeira
Guerra do ópio - 1839 - 1842, e depois de vencê-la, obrigou-a a assinar o Tratado
de Nanquim, que estabelecia:
● a abertura de cincos portos da China para que os mercadores ingleses
pudessem comerciar livremente;
● o pagamento aos ingleses de uma indenização de 21 milhões de dólares
pela perda do ópio jogado ao mar e pelos prejuízos causados pela guerra;
● o controle de Hong Kong pelos ingleses;
● o direito de os britânicos serem julgados por suas próprias leis, caso
cometessem crime em território chines.
Depois os estadunidenses, franceses e russos obtiveram dos chineses, por meio da
intimidação, acordos que abriram os portos da China às grandes potências.

Continue navegando