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MANUAL DOS TÉCNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 2 
Caros técnicos, 
É meu grande prazer apresentar o Manual dos Técnicos da AIBA. Este documento é o resultado 
de muitas horas de trabalho de nossos membros da Comissão Técnica e representa o primeiro 
manual técnico padronizado para se tornar disponível para todas as federações membro da 
AIBA e será parte importante do programa de desenvolvimento da AIBA. 
Nós só podemos desejar desenvolver o esporte do boxe mundialmente se tivermos técnicos 
suficientemente qualificados em todos os níveis. Até agora, os técnicos confiaram em manuais 
desenvolvidos de acordo com estilos locais, cada um se utilizando dos documentos de suas 
próprias federações nacionais de boxe ou emprestando-os de outras federações. Em última 
análise, os técnicos frequentemente acham difícil adaptar manuais criados em diferentes 
culturas de boxe às suas próprias necessidades. 
A fim de resolver este problema, a Comissão dos Técnicos da AIBA e a Academia AIBA 
trabalharam juntos durante junho de 2010 em Becancour, Canadá, para produzir o primeiro 
Manual dos Técnicos da AIBA. 
A Primeira Parte do Manual dos Técnicos da AIBA objetiva técnicos de nível iniciante que 
apenas começaram em suas carreiras de técnico e mira desenvolver suas habilidades para 
qualificação como Técnicos AIBA 1-Estrela. Ela trata de assuntos como estilos de treinamento, 
métodos de ensino e treinos, técnicas básicas, avaliações, responsabilidade em competição e 
anti-doping. A Parte 2 almeja Técnicos 2 e 3 Estrelas que objetivam futuramente reforçar suas 
habilidades e conhecimentos, finalmente permitindo a eles ganhar experiência em diferentes 
estilos de boxear e adaptar seu conhecimento e habilidades para sua cultura local de boxe. 
O Manual dos Técnicos da AIBA foi escrito de forma muito simples e com ilustrações para 
auxiliar o entendimento de seu conteúdo e para permitir aos técnicos implementar as 
habilidades e conhecimento do manual sem dificuldade. 
Eu gostaria de aproveitar a oportunidade de agradecer a todos os envolvidos nesse projeto – 
em particular aos membros da Comissão dos Técnicos da AIBA – por todo seu trabalho duro. 
Estou convencido que técnicos aspirantes irão encontrar nesse novo Manual dos Técnicos um 
trabalho de referência indispensável e um incentivo a estudá-lo em profundidade a fim de 
ajudá-los a desenvolver suas carreiras de técnico. 
Saudações pugilísticas, 
Ching-Kuo Wu - Presidente da AIBA. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 4 
 
Início 
Como uma iniciativa da AIBA este Manual dos Técnicos foi desenvolvido a fim de auxiliar os 
técnicos que estão trabalhando com atletas jovens e iniciantes 
O objetivo deste manual é desenvolver uma carreira de técnico e sua habilidade de iniciante 
até avançado, para padronizar os métodos de ensino e para criar material de referência 
utilizável pelos técnicos. 
O treinamento contemporâneo do boxe é um processo complexo e segmentado. Técnicos 
iniciantes devem fatores fundamentais que irão determinar e influenciar o resultado dos 
treinamentos. Para controlar e gerenciar o processo de treinamento adequadamente é 
necessário ter conhecimento e habilidades abrangentes, porque o técnico é totalmente 
responsável pelo desenvolvimento e progresso esportivo de seu boxeador. Finalmente é 
importante lembrar que o treino de boxe é variável, um processo não-constante e que deve 
ser adaptado a várias condições. 
Neste manual, você poderá encontrar recomendações, verificações, caminhos metodológicos 
e racionais de alcançar objetivos de treinamento. 
É impossível cobrir todo o conhecimento de boxe em um manual. Ainda assim, este manual 
cobre apenas os aspectos mais importantes de treinamento, como a organização dos ciclos de 
treinamento, técnica, tática e preparação física. As ilustrações selecionadas e a parte 
descritiva deste manual apresenta técnicas elementares de boxe de um jeito fácil de ser 
entendido. 
Alguns aspectos adicionais também estão cobertos brevemente. Os exemplos de métodos 
básicos de ensino serão úteis aos técnicos e irão ajuda-los a se tornar melhores treinadores. 
 
 Comissão Técnica da AIBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 06 
Índice 
Capítulo 1: Técnicos.................................................................................................................9 
1.1. Definições..............................................................................................................11 
1.1.1. O Técnico........................................................................................................11 
1.1.2. O Segundo.......................................................................................................11 
1.2. Sistema de Gestão de Técnicos da AIBA...............................................................11 
1.2.1. Política de Qualificação de Técnicos..............................................................11 
1.2.2. Gestão de Desenvolvimento de Qualidade dos Técnicos...............................12 
1.2.3. Gerenciamento do Rendimento dos Técnicos – Avaliação dos Técnicos.......12 
1.2.4. Gerenciamento dos Técnicos em Competições.............................................13 
1.2.5. Banco de Dados dos Técnicos.........................................................................13 
1.2.6. Gerenciamento Acadêmico dos Técnicos.......................................................14 
1.2.7. Gerenciamento de Técnicos do World Series of Boxing (WSB).....................14 
1.3. Habilidades e Responsabilidades..........................................................................15 
1.4. Estilos de Treinamento..........................................................................................16 
1.4.1.O Treinamento autocrático..........................................................................16 
1.4.2. O Treinamento Democrático.......................................................................16 
1.4.3. O Treinamento Casual.................................................................................16 
 
CAPÍTULO 2: TREINAMENTO ................................................................................17 
2.1. Treinamento com Iniciantes............................................................................19 
 2.1.1. Estágios de Treinamento........................................................................19 
 2.1.1.1. Estágio de iniciação/inicial.....................................................20 
 2.1.1.2. Estágio Básico.........................................................................20 
 2.1.1.3. Estágio de Especialização.......................................................21 
 2.1.1.4. – Estágio de Alto Rendimento................................................21 
2.2. Treinamento em Grupo..................................................................................22 
2.3. Métodos de Ensino e Treinamento................................................................23 
 2.3.1. Métodos de Ensino................................................................................23 
 2.3.2. Métodos de treinamento......................................................................25 
2.4. Organizando Sessões de Treinamento...........................................................27 
 2.4.1. Instalações.............................................................................................27 
 2.4.2. Equipamento.........................................................................................28 
 2.4.3. Preparando Programas de Treinamento..............................................292.5. Técnicas de Boxe ...........................................................................................32 
 2.5.1. Postura no Boxe.....................................................................................32 
 2.5.2. Passos de Boxe.......................................................................................34 
 2.5.3. Golpes Básicos........................................................................................38 
 2.5.3.1. Golpes retos............................................................................39 
 2.5.3.2. Cruzado (hook)........................................................................44 
 2.5.3.3. Upper Cut................................................................................49 
 2.5.4. Defesas Básicas.......................................................................................54 
 2.5.5. Combinações de Golpes .........................................................................67 
 2.5.6. Fintando...................................................................................................68 
 2.5.7. Boxe nas várias distâncias.......................................................................69 
2.6. Treinamento Físico...........................................................................................70 
 2.6.1. Resistência. .............................................................................................70 
 2.6.2. Força .......................................................................................................71 
 2.6.3. Velocidade...............................................................................................72 
 2.6.4. Coordenação............................................................................................73 
 
2.7. Treinamento Tático ..........................................................................................74 
 2.7.1. Boxeando contra os diversos tipos de boxe. ...........................................75 
 2.7.2. Boxe nas cordas e no corner. ..................................................................76 
2.8. Treinamento Sem Equipamento.......................................................................77 
2.9. Motivação do Atleta. ........................................................................................78 
2.10 Recuperação....................................................................................................79 
2.11. Avaliação ....... ................................................................................................80 
 2.11.1. Sessões de Treinamento. ......................................................................80 
 2.11.2. Desenvolvimento Técnico......................................................................81 
 2.11.3. Desenvolvimento Físico.........................................................................82 
 2.11.4. Desenvolvimento Tático........................................................................83 
 
CAPÍTULO 3 – COMPETIÇÃO..................................................................................85 
3.1. Antes da Competição........................................................................................87 
3.2. Durante a Competição .....................................................................................95 
 3.2.1. Antes da Luta...........................................................................................95 
 3.2.2. Durante a Luta.........................................................................................98 
 3.2.3. Depois da Luta.........................................................................................99 
3.3. Depois da Competição ...................................................................................100 
3.4. Regras e Regulamentos ...................... ..........................................................101 
 3.4.1. Classificação por Idade..........................................................................101 
 3.4.2. Categorias de Peso.................................................................................101 
 3.4.3. Elegibilidade dos Boxeadores................................................................103 
 3.4.4. Duração e número de Rounds. .............................................................103 
 3.4.5. A Decisão. .............................................................................................103 
 
CAPÍTULO 4 – ASPECTOS ADICIONAIS NO BOXE ...............................................107 
 
4.1. Aspectos Médicos...........................................................................................109 
 4.1.1. Ferimentos.............................................................................................109 
 4.1.2. Prevenção de Ferimentos......................................................................109 
 4.1.3. Tratamento de Ferimentos Menores...................................................110 
 4.1.4. Tratamento de ferimentos graves. ......................................................112 
4.2. Nutrição .........................................................................................................113 
4.3. Monitoramento do Peso.................................................................................114 
4.4. Teste anti-doping............................................................................................114 
4.4.1. Teste de doping em competição.................................................................114 
4.4.2. Teste de doping fora de competição...........................................................115 
 
CAPÍTULO 5 – TÉCNICAS AVANÇADAS..................................................................117 
5.1. Técnicas Avançadas – Europa. .......................................................................121 
 5.1.1. Postura de boxe.....................................................................................121 
 5.1.2. Trabalho de Pés.....................................................................................129 
 5.1.3. Ataques..................................................................................................133 
 5.1.4. Defesas...................................................................................................134 
 5.1.5. Fintas......................................................................................................135 
 5.1.6. Desenvolvimento de um Plano de Treinamento. .................................136 
 5.1.7. Preparação psicológica..........................................................................142 
 5.1.8. Táticas....................................................................................................143 
 5.1.9. Atividades durante a Competição.........................................................144 
5.2. Técnicas Avançadas – Rússia.........................................................................146 
 5.2.1. Postura de boxe.....................................................................................146 
 5.2.2. Trabalho de Pés.....................................................................................153 
 5.2.3. Ataques..................................................................................................157 
 5.2.4. Defesas..................................................................................................159 
 5.2.5. Fintas......................................................................................................161 
 5.2.6. Desenvolvimento de um Plano de Treinamento. ..................................162 
 5.2.7. Preparação psicológica..........................................................................173 
 5.2.8. Táticas....................................................................................................174 
 5.2.9. Atividades durante a Competição..........................................................1755.3. Técnicas Avançadas Estados Unidos...............................................................177 
 5.3.1. Postura de boxe.....................................................................................177 
 5.3.2. Trabalho de Pés.....................................................................................181 
 5.3.3. Ataques..................................................................................................186 
 5.3.4. Defesas..................................................................................................187 
 5.3.5. Fintas.....................................................................................................190 
 5.3.6. Desenvolvimento de um Plano de Treinamento. ................................191 
 5.3.7. Preparação psicológica.........................................................................201 
 5.3.8. Táticas...................................................................................................202 
 5.3.9. Atividades durante a Competição.........................................................203 
5.4. Técnicas Avançadas – Cuba ..........................................................................204 
 5.4.1. Postura de boxe.....................................................................................204 
 5.4.2. Trabalho de Pés.....................................................................................212 
 5.4.3. Ataques..................................................................................................214 
 5.4.4. Defesas...................................................................................................216 
 5.4.5. Fintas......................................................................................................218 
 5.4.6. Desenvolvimento de um Plano de Treinamento...................................219 
 5.4.7. Preparação psicológica.........................................................................230 
 5.4.8. Táticas....................................................................................................231 
 5.4.9. Atividades durante a Competição.........................................................232 
5.5. Treinamento Avançado..................................................................................234 
 5.5.1. Treinamento Isométrico........................................................................234 
 5.5.2. Treinamento Pliométrico......................................................................235 
 5.5.3. Excesso de Treinamento – over training..............................................236 
 
CAPÍTULO 6: INDIVIDUALIZAÇÃO . ....................................................................237 
6.1. Unidade de Treinamento..............................................................................239 
6.2. Controle e Monitoração de Treinamento....................................................241 
 
Apêndice A – Treinamento Físico – Exemplos de Exercícios 
Apêndice B – Treinamento Isométrico 
Apêndice C – Treinamento Pliométrico 
Apêndice D – Avaliação das Habilidades dos Boxeadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 10 
 
 
CAPÍTULO I 
TÉCNICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 12 
 
 
1.1 DEFINIÇÕES 
 
1.1.1. O TÉCNICO 
O técnico é um professor, um modelo e um amigo no boxe que organiza, 
supervisiona e conduz o treinamento para ajudar alcançar o melhor potencial do 
atleta. 
 
“Todo técnico leva o jogador onde ele não pôde levar a si mesmo”. 
 – Bill McCartney (Técnico de Futebol Americano 
 
“Eu acho que ser pai e ser treinador ou professor são a mesma coisa. E estas são as 
duas mais importantes profissões do mundo.” 
 – John Wooden (Técnico de Basquete). 
 
“Um bom técnico fará seus jogadores perceberem que eles podem ser melhores do 
que já são.” 
 - Ara Parasheghian (Técnico de Futebol Americano) 
 
1.1.2. O SEGUNDO 
 
Quando o técnico entra no FOP* a ele/ela deve-se referir como o Segundo. O 
Segundo deve ser um técnico que toma conta de um lutador antes, durante e 
depois da luta. Ele/ela deve seguir as regras e regulamentos da AIBA. A primeira 
prioridade do segundo é a segurança do boxeador. 
 Filed Of Play significa a área de competição que se estende por pelo menos 6 
metros para fora da plataforma do ringue. 
 
 
1.2. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE TÉCNICOS DA AIBA 
 
1.2.1. POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO DE TÉCNICOS 
 
- Todos os Técnicos da AIBA devem ser membros de Federações Nacionais. 
- A AIBA apenas reconhece técnicos filiados as Federações Nacionais. 
- Apenas Técnicos certificados da AIBA receberão todos os benefícios do Fundo de 
Solidariedade IOC e serão permitidos estar presentes na AIBA e nas competições 
de Confederações. 
- Os Técnicos AIBA se tornarão Técnicos WSB após terem seguido o programa de 
técnicos WSB 
- Os Técnicos WSB poderão ser Técnicos AIBA sem quaisquer restrições. 
- Técnicos AIBA também podem ocupar cargos nas Federações Nacionais como 
membros eleitos. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 13 
 
1.2.2. GERENCIAMENTO DO APRIMORAMENTO DA QUALIDADE DOS TÉCNICOS 
 
Novas iniciativas em desenvolver novas competições e metodologia dos Técnicos, 
implementação do Sistema de Gerenciamento R&J e as orientações em eventos aprovadas 
pela AIBA, requerem o desenvolvimento de um plano de aprimoramento global na 
competições de boxe. 
 
Normalmente existe uma falta de melhoria no nível de qualidade dos Técnicos pelas 
nações e continentes. O ensino dos Técnicos, o treinamento e a certificação não é 
implementada e os técnicos deveriam ser instruídos sobre ética, trajes recomendados, etc. 
 
1.2.3. GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO DOS TÉCNICOS – AVALIAÇÃO DOS TÉCNICOS 
 
A fim de se tornar um Técnico AIBA qualificado, seus dados devem ser submetidos a AIBA 
que deverá avalia-los através da Comissão dos Técnicos da AIBA. No Apêndice E você 
encontra um exemplo desse formulário de dados. Apenas os dados submetidos pela 
Federação Nacional serão levados em consideração. Todos os dados dos Técnicos enviados 
por uma Federação Nacional receberão o status de dados oficiais da AIBA. A avaliação será 
de acordo com os seguintes critérios: 
 
TÉCNICO 3 ESTRELAS 
- Diretor Técnico atual da Federação Nacional 
- Ex Diretor Técnico da Federação Nacional nos últimos 10 anos. 
- O Técnico que possua o mais alto certificado por escola nacional. 
- O Técnico com mais de 20 anos de experiência ininterrupta 
(*) Qualquer técnico que satisfaça 3 condições dessas 4 exigências. 
 
TÉCNICO DUAS ESTRELAS 
- Diretor Técnico atual da Federação Nacional 
- Ex Diretor Técnico da Federação Nacional nos últimos 10 anos. 
- O Técnico que possua o mais alto ou o segundo mais alto certificado por escola nacional. 
- O Técnico com mais de 20 anos de experiência ininterrupta 
(*) Qualquer técnico que satisfaça 2 condições dessas 4 exigências. 
 Ou 
- O atual assistente do Diretor Técnico Nacional 
- Um técnico que possua um certificado da escola nacional 
- Um técnico com mais de 10 anos de experiência ininterrupta 
 
TÉCNICO UMA ESTRELA 
- Atual Diretor Técnico Nacional. 
- Um Técnico com mais de 5 anos de experiência técnica ininterrupta. 
- Um Técnico que possua um Certificado de escola nacional. 
(*) qualquer técnico que satisfaça duas condições dessas 3 exigências. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 14 
 
1.2.4. GESTÃO DE TÉCNICOS EM COMPETIÇÕES 
 
Para todos os Eventos AIBA 3 Estrelas cada federação participante deve ter pelo menos um 
técnico nível 3 Estrelas porque somente Técnicos 3 Estrelas são permitidosna posição de 
Segundos. Neste caso, cada país (federação) pode ter um Técnico 3 Estrelas obrigatório 
junto com um técnico de outro nível. 
 
No registro do formulário da equipe da delegação, uma cópia do certificado de Técnico 3 
Estrelas será submetido e os Técnicos precisarão da validação do seu cartão de 
identificação da AIBA. 
 
Ainda a inscrição de eventos 3 estrelas deverá ser verificada pela base de dados AIBA para 
se ter certeza de que a inscrição é válida. 
 
Até o novo Sistema de Gestão dos Técnicos estar funcionando, um período de graça de 
dois anos está ativo até o final de dezembro de 2012 para todos os técnicos. 
 
TÉCNICO NÍVEL 1 ESTRELA 
- Todos os técnicos que são qualificados até o nível nacional e estão ativos em eventos 
nacionais e eventos AIBA 1 Estrela apenas. 
TÉCNICO NÍVEL DUAS ESTRELAS 
- Todos os técnicos que são qualificados até o nível nacional e internacional e estão ativos 
em eventos continentais e eventos AIBA 2 Estrelas apenas. 
TÉCNICO NÍVEL 3 ESTRELAS 
- Todos os Técnicos que são qualificados como Técnicos Nacionais e estão ativos em 
eventos AIBA 3 Estrelas. 
TESTE DE CONTROLE DOS TÉCNICOS 
Para assegurar que os técnicos continuem ativos e atualizados com as exigências técnicas 
da AIBA os Técnicos devem estar ativos em eventos sancionados pela AIBA 
correspondente a seu status de acordo com a frequência mencionada abaixo. Se não, o 
técnico perde seu status de Estrela e um Teste de Controle de Técnicos da AIBA precisará 
ser realizado. 
- técnico uma estrela – a cada 4 anos 
- técnico duas estrelas – a cada 3 anos 
- técnico 3 estrelas – a cada 2 anos. 
O período de validade da licença será estendido de 4 a 2 anos da data em que o torneio 
teve início. 
 
1.2.5. BASE DE DADOS DOS TÉCNICOS 
Todos os formulários de dados dos Técnicos enviados por suas Federações Nacionais serão 
registrados na base de dados dos Técnicos da AIBA. Neste caso, as federações nacionais 
são responsáveis por enviar os arquivos das fichas de dados dos Técnicos (encontrada no 
APÊNDICE E) para o escritório central da AIBA. Todos os técnicos inscritos receberão uma 
certificação da AIBA quando forem avaliados. 
 MANUAL DOS TÉCNICOS - 15 
1.2.6. Gerenciamento Acadêmico de técnicos 
 
A Comissão de Técnicos da AIBA não apenas avalia o nível atual dos Técnicos, ela também 
ministra cursos de formação e exames em cada nível. Isso permite que todos os técnicos 
possam obter o nível correto de certificações. 
 
- Graduação de técnico 2 estrelas para tornar-se Técnico 3 Estrelas, todo o curso e exames 
serão organizados pela Comissão de Técnicos e só podem ter lugar na AIBA BOXING 
ACADEMY*nota do tradutor: atualmente, http://www.aiba.org/aiba-world-boxing-academy/ 
- Para obtenção de graduação de Técnico 1 ou de 1 para se tornar 2 Estrelas, exames terão 
lugar em diferentes regiões pelos Instrutores da Academia e pelos examinadores designados 
pela AIBA. 
- Para obtenção de certificações 1 ou 2 estrelas, o formulário dos Técnicos deve ser enviado ao 
escritório central da AIBA e uma avaliação pela Comissão de Técnicos determinará seu nível de 
acordo com os critérios estipulados. 
 
Detalhes dos cursos, exames e treinamentos dos instrutores da Academia ainda estão em 
desenvolvimento pela BOXING ACADEMY para abrir suas portas, mas o Treinamento é um dos 
principais pilares da Academia. 
 
1.2.7. GESTÃO DE TÉCNICOS DO WORLD SERIES OF BOXING (W.S.B.) 
Com o lançamento do WSB em 2010 o desenvolvimento futuro e orientações são definidos em 
direção aos treinadores envolvidos neste novo e excitante programa. As seguintes questões 
são aplicáveis aos Técnicos WSB: 
 
- Todos os Técnicos WSB devem ser treinados por Técnicos AIBA atuais. 
- Todos os Técnicos WSB devem se desenvolver a partir da graduação de Técnico 3 Estrelas. 
- A AIBA irá preparar um grupo de técnicos disponíveis para cada franquia a contratar. 
- Os Técnicos AIBA poderão se tornar Técnicos WSB após terem seguido o programa de 
Treinamento WSB. 
- A AIBA deve também permitir que Técnicos WSB voltem a AIBA sem restrições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNJCOS – 16 
 
http://www.aiba.org/aiba-world-boxing-academy/
1.3. HABILIDADES E RESPONSABILIDADES 
 
HABILIDADES 
 A fim de se comunicar efetivamente com os boxeadores e todas as outas 
pessoas envolvidas no processo de treinamento, habilidades de comunicação 
são necessárias. 
 A fim de efetivamente transferir os conhecimentos e ajudar na compreensão 
do boxeador, é necessário habilidade para o ensinamento. Habilidades de 
ensinamento incluem demonstração, explanação e habilidades de liderança. 
 A fim de efetivamente planejar e conduzir o treinamento, preparar boxeadores 
para competição, habilidades de organização são necessárias. 
 
RESPONSABILIDADES 
 
 - A primeira e mais importante tarefa do Técnico é a segurança do boxeador. O 
Técnico deve se assegurar que o boxeador está saudável o tempo todo. 
 - Deve providenciar um ambiente seguro para o boxeador treinar, competir, 
viajar e outras atividades relacionadas ao boxe. 
 - Uma abordagem de ensino apropriada deve ser aplicada de forma não 
abusiva. Nem todos os boxeadores tem a mesma capacidade de aprendizado. 
 - Planejar e preparar sessões de treinamento antes das sessões de 
treinamento. O Calendário de Competições deve ser considerado durante o 
planejamento. 
 - Comunicação com os boxeadores e todos os outros envolvidos. 
 - Avaliação do Programa de Treinamento, do progresso dos boxeadores, e do 
desempenho do boxeador durante a competição. 
 - Deve saber e conhecer as regras de competição e os regulamentos da AIBA e 
obedecer o Código de Conduta*. 
*(nota do tradutor: este outro manual da AIBA será traduzido posteriormente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 17 
 
1.4. ESTILOS DE TREINAMENTO 
 
1.4.1. TREINAMENTO AUTOCRÁTICO 
 
O Técnico toma todas as decisões relacionadas ao treinamento e todos os outros aspectos 
no boxe. O boxeador deverá seguir o comando, ouvir e cumprir. 
Permite que os boxeadores sejam muito disciplinados e estruturados. Contudo, esse estilo 
de treinamento pode também impedir que o boxeador desenvolva seus/suas próprias 
habilidades de raciocínio. 
 
 
1.4.2. TREINAMENTO DEMOCRÁTICO 
 
O Técnico toma decisões baseado nas opiniões e sugestões do boxeador. O boxeador 
participa do processo de formação e de todos os outros aspectos do boxe. 
Permite aos técnicos construir um relacionamento excelente com o boxeador, contudo, 
esse estilo requer um Técnico altamente conhecedor e experiente para trabalhar de forma 
eficaz. 
 
1.4.3. TREINAMENTO CASUAL 
 
O Técnico tem uma pequena participação no treinamento e outros aspectos do boxe. Aos 
boxeadores é permitido executar seu próprio programa de treinamento em seu ritmo e 
condição. Permite aos boxeadores apreciar seu treinamento e ajuda a desenvolver 
habilidades de raciocínio. Contudo, esse estilo pode atrasar o desenvolvimento do 
boxeador em aspectos físicos e técnicos do boxe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 18 
_________________________________________ 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
TREINAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL DOS TÉCNICOS – 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNJCOS - 20 
2.1. TREINAMENTO COM INICIANTES 
 
- Desenvolvimento de uma boa forma geral deve ser uma prioridade para o boxeador iniciante, 
independente de idade ou experiência. 
- Nessa etapa em particular, é também importante desenvolver a coordenação e a velocidade. 
O desenvolvimento de coordenação e um treinamento de velocidade devem ser 
implementados. 
- O treinamento de força com pesos elevados não é recomendado, especialmente para 
boxeadores de idade mais jovem. Esse tipo de treinamento pode interferir em seu 
desenvolvimentofísico. 
- Cada sessão de treinamento deve ser planejada em conformidade para ensinar e treinar 
ambos os elementos físico e técnico. 
- Sempre iniciar o ensino partindo de tarefas simples para tarefas complexas. Quanto mais 
complexas as tarefas, mais fácil é o boxeador perder a atenção e o interesse. 
- Devem-se incorporar jogos diferentes e brincadeiras nas sessões de treinamento para criar 
um apreciável e interessante ambiente de treinamento. 
 
2.1.1. ESTÁGIO DE TREINAMENTO 
Quando trabalhar com boxeadores iniciantes, o Técnico deve ter em mente que os resultados 
virão em estágios mais tardios e todo o processo de treinamento deve ser dividido em etapas 
separadas de acordo com a condição de crescimento físico e de idade do boxeador, melhoria 
de sua boa forma e aquisição de habilidades técnicas. 
 
 Etapa inicial. 
 Etapa básica 
 Etapa de especialização 
 Etapa de alto rendimento 
 
- Expor os boxeadores iniciantes a vários movimentos e habilidades técnicas, através da realização de um 
treinamento multilateral físico e técnico. 
- Desenvolver uma estrutura corporal harmoniosa e uma correta postura corporal 
- Desenvolver resistência aeróbica básica 
- Desenvolver velocidade, coordenação, flexibilidade, equilíbrio e conscientização através de movimentos 
naturais. 
 
 - Desenvolve a capacidade de trabalhar aplicando exercícios físicos gerais e específicos 
- Desenvolve e melhora a coordenação, flexibilidade e resistência aeróbica 
- Desenvolve corretas técnicas de execução 
- melhora a concentração, determinação e motivação 
- desenvolve uma tática individual com ênfase nas defesas. 
 
 
- melhora coordenação, velocidade e resistência 
- Desenvolvimento Técnico 
- Melhoria nas habilidades táticas 
- desenvolve habilidades psicológicas 
- desenvolve táticas e estratégias de competição 
 
 
- Alcança o maior nível de rendimento. 
- Melhora habilidades psicológicas 
- Melhorar no boxeador o conhecimento relacionado ao boxe 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 21 
 
 
 
 
 
2.1.1.1. ESTÁGIO DE INICIAÇÃO 
 
OBJETIVOS DE TREINAMENTO 
 
- De maneira geral, treinamento multilateral físico e técnico, expondo o boxeador iniciante a 
vários movimentos e habilidades técnicas. 
- Desenvolver uma estrutura corporal harmoniosa e uma correta postura corporal 
- Desenvolver resistência aeróbica básica, sem expor o iniciante a cargas de treinamento muito 
pesadas. 
- Desenvolver velocidade, coordenação, flexibilidade, equilíbrio e conscientização através dos 
movimentos naturais. 
 
REALIZAÇÃO 
 
- Introdução dos elementos básicos das técnicas do boxe 
- Execução de exercícios de correr, saltar e arremessar 
- Treinamento de exercícios de força com o próprio peso corporal ou do parceiro, não com 
equipamentos com pesos. 
- Participação em sparring técnico com diferentes socos, com ênfase em golpes retos. 
- Participar de vários eventos de boxe; Ênfase em ganho de experiência, com diversão e 
motivação para vencer, mas sem colocar stress na vitória. 
- Participar em vários esportes, jogos esportivos com regras simplificadas, como basquete, 
futebol e outros esportes de equipe. 
- Variar os exercícios a fim de gerar interesse no boxeador. 
 
2.1.1.2. ESTÁGIO BÁSICO 
 
 OBJETIVOS DE TREINAMENTO 
 
- Desenvolver a capacidade de trabalhar aplicando exercícios físicos gerais e específicos 
- Desenvolver e melhorar a coordenação, flexibilidade e resistência aeróbica 
- Desenvolver corretas técnicas de execução 
- melhorar a concentração, determinação e motivação 
- desenvolver táticas individuais com ênfase nas defesas. 
 
IMPLEMENTAÇÃO 
 
- Exercícios para boa forma, como corrida, pular corda e etc. 
- Exercícios para coordenação e flexibilidade 
- Exercícios de resistência com todos os esportes de equipe, corrida de longa distância e 
corrida alternada com caminhada em diferentes condições. 
- Exercícios de força com o próprio peso corporal ou o do parceiro. 
- Técnicas de boxe: aprendendo e melhorando as habilidades técnicas básicas. 
- Participação em algumas lutas de exibição de acordo com as capacidades individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 22 
2.1.1.3. ESTAPA DE ESPECIALIZAÇÃO 
 
OBJETIVOS DE TREINAMENTO 
 
- Desenvolver habilidades motoras que são prevalentes no boxe, como coordenação, 
velocidade, resistência 
- Desenvolvimento Técnico 
- Melhorar as habilidades táticas 
- Desenvolver habilidades psicológicas, como a de antecipação, para superar ansiedade, 
tomada de decisões e etc. 
- desenvolver táticas e estratégias de competição 
 
REALIZAÇÃO 
 
- Exercícios específicos de boxe, como o saco pesado (heavy bag), sparing, manoplas e etc. 
- Continuidade dos exercícios de boa forma 
- Exercícios de coordenação e velocidade 
- Exercícios para uma melhora geral na resistência 
- A adoção de uma resistência específica. 
- Treinamento de força com pesos 
- Participação em diferentes competições contra oponentes variados 
- Aumento do volume e intensidade da carga de trabalho sem alcançar a fadiga completa 
 
2.1.1.4. ETAPA DE ALTA PERFORMANCE 
 
OBJETIVOS DE TREINAMENTO 
 
- Alcançar a melhor forma esportiva. 
- melhorar as habilidades psicológicas, como iniciativa, autocontrole, lidar com o stress no 
treinamento e em competição. 
- melhora o conhecimento do boxeador relacionado ao boxe 
- Determinação para vencer 
 
REALIZAÇÃO 
 
- Continuação dos exercícios de habilidades motoras com ênfase no potencial individual e nas 
necessidades pessoais. 
- Aumento no volume e intensidade de treinamento. 
- Exercícios para melhoria nas habilidades físicas individuais. 
- Continuidade no treinamento técnico e tático. 
- Focar em vencer. 
- Administrar a recuperação adequada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 23 
2.2. TREINAMENTO EM EQUIPE 
 
- Quando for treinar uma equipe, é essencial que os técnicos se posicionem onde puderem 
observar todos os movimentos e ações e serem vistos por todos os boxeadores. 
 
 
 
- Quando estiver treinando um grupo de boxeadores que tenha diferentes conjuntos de 
habilidades e características físicas, é recomendado dividir os grupos baseado nos conjuntos 
de habilidades e nas características físicas. Por exemplo, boxeadores de habilidade avançada 
com avançados, garotos mais baixos com boxeadores mais baixos, boxeadores altos com 
boxeadores altos e por categorias de peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 24 
 
 
2.3. MÉTODOS DE ENSINO E TREINAMENTO 
 
 2.3.1. MÉTODO DE ENSINO 
 
 MÉTODO DEMONSTRATIVO 
 
Demonstrar, passo a passo, usando a demonstração física exata se possível. Enquanto 
demonstrando, explicar a razão e o significado de cada passo. Para ser efetivo, planejar 
a demonstração a fim de que o Técnico possa se assegurar de mostrar os passos na 
sequência apropriada e incluir todos os passos. 
 
Esse método é recomendado para o ensino de habilidades relacionadas à técnica 
porque ele cobre todos os passos necessários a um efetivo aprendizado organizado. 
Essa etapa demonstrativa dá aos alunos a oportunidade de ver e ouvir. 
 
Eficácia 
- Treinamento técnico 
- treinamento físico 
 
MÉTODO EXPLANATIVO 
 
A explanação é o uso de afirmações para descrever fatos que irão clarear questões de 
contextos obscuros. Para ser eficaz usando o método explanativo no ensinamento, o 
técnico ou instrutor deve ter um claro entendimento dos fatos ou da pessoa de quem 
se vai explanar. 
Esse método é diferente do demonstrativo. Enquanto o demonstrativo é bom para 
clarear ou ajudar a entender a maneira de agir, fisicamente, o método explanativo 
ajuda o aprendiz a entender os assuntos. 
 
Eficácia 
- treinamento tático 
- compreensão do programa de treinamento 
- compreensão do gerenciamento do Peso e Nutrição. 
 
 MÉTODO ARGUMENTATIVO 
 
A discussão é um fórum aberto no qual técnico e instrutor expressam suas opiniões e 
situações, assim como os alunos também expressam suas opiniões. O Método 
Argumentativo é uma oportunidade natural para o aluno e o técnico interagire 
construir um entendimento. O Método Argumentativo pode auxiliar o técnico e o 
atleta a dividir uma variedade de informações incluindo atitudes, opiniões, inspirações 
(insights) e talentos. 
 
Eficácia 
- treinamento tático 
- treinamento mental 
- motivação 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 25 
MÉTODO ANALÍTICO 
 
O ensinamento do Método Analítico decompõe um assunto complexo ou informação em 
partes pequenas para ajudar o aprendiz com uma melhor compreensão do assunto ou 
informação. Para ser eficaz, o técnico tem que apresentar um planejamento e um pré-estudo 
do assunto ou informação. 
 
Este método é recomendado durante a revisão do treinamento do boxeador, desempenho em 
competição e o progresso do desenvolvimento do boxeador. 
 
Eficácia 
- Treinamento técnico 
- Treinamento físico 
- revisão de sessões de treinamento 
- revisão de desempenho em competição 
 
MÉTODO VISUAL 
 
Materiais visuais são ferramenta muito importante no ensinamento. Dependendo de uma 
ferramenta diferente, o método visual pode ensinar os atletas do aspecto físico ao mental. O 
técnico deve selecionar o produto visual apropriado, a fim de aumentar a efetividade e atingir 
o propósito. 
 
Contudo, uma desvantagem do método visual é a falta de interação e o material visual possível 
é muito generalista para se focar em questões específicas. 
 
Eficácia: 
- Treinamento Técnico 
- Treinamento Físico 
- Treinamento tático 
- Treinamento mental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 26 
2.3.2. MÉTODO DE TREINAMENTO 
 
Métodos de treinamento, que são aplicáveis ao processo de treinamento, são divididos em 
dois grupos: Método ininterrupto e método interrompido. O método Ininterrupto é o 
treinamento de exercícios específicos, sem período de descanso entre os intervalos. O Método 
Interrompido é o treinamento de exercícios com períodos de descanso entre os intervalos. 
 
Terminologias 
- Sets (séries): grupo de repetições. 
- Repetições: número de exercícios 
- Rest period: intervalo para descanso 
- Frequência cardíaca: número de batidas do coração durante certo período de tempo. 
- Período de trabalho: Duração do exercício 
 
MÉTODO ININTERRUPTO 
 
O princípio essencial do método ininterrupto é a falta de período de descanso entre exercícios. 
O Método Ininterrupto pode também ser dividido em duas categorias: de intensidade estável 
e intensidade instável/variável. A intensidade refere-se a quanto trabalho e esforço os atletas 
colocam nos exercícios. 
 
A intensidade pode ser medida pela frequência cardíaca do atleta. Quando a frequência 
cardíaca é muito além (quase o dobro) de uma frequência cardíaca normal, significa que a 
intensidade do exercício foi alta, quando a frequência cardíaca estiver próxima do normal 
significa que o exercício foi realizado com baixa intensidade. 
 
MÉTODO ININTERRUPTO DE INTENSIDADE ESTÁVEL 
 
Realiza o exercício sem mudanças constantes de dificuldade ou intensidade. Por exemplo, 
corrida de longa distância num campo com superfícies macias, num local estável. 
 
Efeitos do treinamento: Desenvolvimento de uma resistência geral e uma resistência de força 
 
MÉTODO ININTERRUPTO DE INTENSIDADE INSTÁVEL/VARIÁVEL 
 
Realiza o exercício com constantes mudanças na dificuldade para mudar a intensidade. Por 
exemplo, corrida de longa distância num local com subidas, descidas, superfícies macias e 
duras. 
 
Efeitos do treinamento: Desenvolvimento de uma resistência geral e uma resistência de força 
em grau avançado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 27 
 
MÉTODO INTERROMPIDO 
 
O princípio essencial no Método Interrompido é a combinação e a relação entre intensidade e 
duração do exercício e período de descanso. 
 
MÉTODO REPETITIVO 
 
O método repetitivo é uma combinação de 3 elementos: duração do exercício, número de 
repetições do exercício e período de descanso. No método de treinamento repetitivo, a 
intensidade do exercício deve ser máxima, entretanto, a fim de alcançar melhores resultados, 
a execução do exercício deve ser familiar ao atleta. 
 
O período de descanso no método repetitivo deve ser longo o suficiente para que o atleta 
consiga se recuperar totalmente (próximo de uma frequência cardíaca normal). A razão pela 
qual o atleta deve alcançar a recuperação total é porque ele ou ela devem continuar no 
mesmo exercício novamente, com intensidade máxima. Sem a recuperação total, o método de 
exercícios com repetições não pode ser realizado adequadamente. 
 
No método repetitivo, uma série de exercícios não deve ter mais que 6 ou 8 repetições 
e deve ter não mais que 3 ou 4 séries. 
 
Efeitos do Treinamento: Desenvolvimento de velocidade, resistência de velocidade, 
força máxima e força dinâmica. 
 
MÉTODO INTERVALADO 
 
Para o método intervalado, o técnico tem que programar a sessão de treinamento com 
cuidado, considerando a duração do exercício, a intensidade do exercício e o período 
de descanso. Diferente do Método Repetitivo, o atleta não deve ter períodos de 
descanso suficientes a sua recuperação total. Por exemplo, uma corrida de curta 
distância com máxima intensidade por 30 segundos, seguida de 30 segundos de 
descanso, começando em seguida outra corrida de curta distância com intensidade 
máxima por 30 segundos, com 30 segundos de descanso e assim sucessivamente. Em 
consonância com os objetivos do treinamento, o técnico deve selecionar a duração e o 
esforço apropriados, a duração do descanso e o número de repetições. 
 
Eficácia do Treinamento: Desenvolvimento de resistência específica, resistência de 
velocidade, resistência de força. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 28 
2.4. ORGANIZANDO SESSÕES DE TREINAMENTO 
 
2.4.1. INSTALAÇÃO 
 
EQUIPAMENTO DE GINÁSTICA 
 
- Ringue de boxe com 4 cordas (Dimensão mínima: 4,9m x 4,9m) 
- Saco de pancada pesado (heavy bag) de 20kg (Dimensão mínima 120 cm x 40 cm) 
- Maize Bag de 8 kg (*bolsa para uppercut pesada de 8kg) 
- Double ended bags (Tetos-solos) 
- Speed Bags (Pêra) 
- Diferentes tipos de luvas 
- colchonetes (Dimensão mínima 2 metros x 1 metro x 0,05 mm de espessura) 
- escadas de madeira* (dimensão mínima: 2,5m x 1m) *step e escada de agilidade 
- paredes almofadadas e espelhos na parede 
- Medicine Balls (de pesos diferentes). 
- pesos livres e halteres (de pesos diferentes) 
- bolas de tênis 
- cordas de pular 
- balança eletrônica 
- Timer/ cronômetro 
 
ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA 
 
- Academia/ginásio de BOXE 
- O material do piso da academia deve ser antiderrapante 
- iluminação apropriada em toda academia 
- A ventilação apropriada do ginásio é essencial, não apenas pelo odor, mas também 
pela qualidade do ar e questões de higiene. 
- Seguir as leis de construção nacionais, regionais e locais (estaduais e municipais) 
- Vestiários separados para homens e mulheres. 
- o ringe de boxe deve ser posto a no mínimo 2 metros das paredes 
- para cada ringue de boxe, os corners devem bem almofadados, as cordas e lonas de 
boxe devem estar em boas condições (não desgastadas) 
- O saco pesado (heavy bag) deve ser preso de forma segura 
- Havendo vários sacos pesados (heavy bags), cada um deve ser colocado a dois metros 
do outro e longe da parede 
- Todo equipamento deve ser mantido guardado e preso na parede ou no teto. 
- Todo equipamento deve estar em boas condições (não desgastado) 
- Todos os atletas na academia devem usar calçados apropriados ou de solado plano. 
- Abordagem de Segurança pelo Técnico: 
- Todas as atividades na academia e nos armários individuais devem ser 
supervisionadas o tempo todo pelo técnico ou assistentes. 
- todo o equipamento deve ser constantemente examinado durante o dia. 
- manter anotações com as informações sobre o atleta, incluindo: 
- Contato em caso de emergência 
- informação física do boxeador (altura, peso, etc) 
- Data do primeiro exame médico. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 29 
- Ferimentos e doenças passados. 
- Condições médicas atuais (ferimentos, doenças, alergias) 
 
2.4.2. EQUIPAMENTO 
 
 - EQUIPAMENTO DE TREINAMENTODO BOXEADOR 
- Protetor de cabeça com proteção de bochecha e queixo. 
- Luvas de boxe de 12 a 16 onças. 
- protetor bucal e bandagens 
- coquilha (homens) e protetor de seios (mulheres) 
- equipamento pessoal (calções, camisetas e calçados) 
 
 - EQUIPAMENTO DO TÉCNICO 
- Manopla de foco 
- assobio 
- protetor de corpo 
- cronômetro 
- agasalho de corrida 
- tênis de corrida 
- Diário do Técnico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 30 
2.4.3. PREPARANDO O PROGRAMA DE TREINAMENTO 
 
PROGRAMA DE TREINAMENTO DIÁRIO 
 
O programa de treinamento diário é um elemento essencial no desenvolvimento do atleta. O 
programa de treinamento pode ser planejado diariamente, semanalmente, mensalmente e 
anualmente e etc. O Técnico deve monitorar o progresso do atleta e mudar o programa de 
treinamento de acordo com seu desenvolvimento. 
 
Cada programa de treinamento deve incluir: 
 Objetivo da sessão de treinamento 
 Método de treinamento 
 exercícios 
 carga de trabalho: Duração dos exercícios e períodos de descanso entre os exercícios e 
número de repetições. 
 Organização do Treinamento (localização, instalações, equipamento). 
 
Programas de treinamento devem ser bem organizados e planejados antecipadamente a 
maximizar o benefício e cada sessão de treinamento deve incluir um aquecimento apropriado 
e sessões de resfriamento para evitar lesões e internações. 
 
- Começo – Aquecimento 
o - Alongamento 
o - Jogging (corrida leve) 
 
- Principal - treinamento 
o - Treinamento técnico 
o ´Treinamento Tático 
o - Treinamento Físico 
 
- Encerramento - resfriamento 
o - Alongamento 
o - Jogging 
o - Relaxamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANUAL DOS TÉCNICOS 31 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 32 
PROGRAMA DE TREINAMENTO SEMANAL 
NOME Joe Boxeador DATA 15/06/2010 
EXERCÍCIOS Decurso 
(MIN) 
OBJETIVOS LOCALIZAÇ
ÃO 
DURAÇÃO OBSERV
AÇÕES 
Segunda 15 de junho Aprender e treinar 
golpes retos com a 
mão da frente na 
cabeça 
academia 90 min 
Terça 16 de junho Desenvolver 
resistência e 
velocidade 
Ao ar livre 60 min 
Quarta 17 de junho Aprender e treinar 
defesa contra golpe 
reto com a mão da 
frente na cabeça (jab) 
Ginásio 90 min 
Quinta 18 de junho Desenvolver 
resistência geral 
(jogging) 
Ao ar livre 60 min 
Sexta 19 de junho Aprender e treinar 
golpe reto com a mão 
de trás na cabeça 
Academia 90 min 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 33 
2.5. TÉCNICAS DE BOXE 
 
2.5.1. POSTURA DE BOXE 
 
Uma postura apropriada no boxe permite ao boxeador efetivamente mover-se no ringue, 
tanto atacar quanto defender-se enquanto mantém constantemente uma postura equilibrada. 
*Nota do tradutor: Orthodox: Destro; southpaw: canhoto. 
 
 
 
1-O boxeador se posiciona lateralmente (num ângulo aproximado de 45 graus) 
2- Posiciona os pés alinhados com a largura dos ombros 
3- Distribui igualmente o peso corporal em ambos os pés. 
4- Dobra seus joelhos ligeiramente para baixo e para dentro 
5- Dedos do pé da frente apontam ligeiramente para dentro enquanto os dedos do pé de trás 
apontam para frente. 
6- O tronco gira para dentro 
7- Eleva levemente o calcanhar do pé de trás 
8- Posiciona a mão da frente no nível dos olhos 
9- Mantém o queixo para dentro e o protege com o ombro da frente 
10-Maneja o cotovelo do braço de trás próximo ao corpo (quase tocando a área das costelas) 
11-Mantém o punho do braço de trás erguido e próximo ao queixo 
12- Pulso alinhado (reto), a fim de que as costas da mão estejam em linha reta com o 
antebraço. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 34 
 
ERROS COMUNS NA POSTURA DE BOXE 
 
 Pés muito abertos – dificultando movimentos rápidos 
 Pés muito estreitados – perturba o equilíbrio 
 Os dois calcanhares planos, rentes ao solo – dificultando um movimento 
fluente 
 Manter-se muito ereto – criando um alvo maior para o oponente 
 levantando o queixo para cima – uma chance maior de ser atingido no 
queixo, que é um ponto de ocorrência de nocaute. 
 
A postura no Boxe, de um ângulo diferente: 
(nota do tradutor: orthodox – destro; southpaw: canhoto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 35 
2.5.2. OS PASSOS DE BOXE 
 
Os passos no boxe – o modo como os boxeadores se movem no ringue. O pé que fica mais 
próximo da direção de movimento é o que inicia o movimento primeiro. 
 
Erros comuns nos passos de boxe: 
 
 A postura de boxe com os pés muito estreitos ou muito separados. 
 movimentos com os pés muito rentes ao solo (*no original, flat footed) 
 movimentos sob os calcanhares 
 peso corporal não distribuído igualmente nas duas pernas 
 
Postura de boxe vista de um ângulo diferente: 
Passo a frente (forward step) 
 
 
(nota do tradutor: orthodox – destro; southpaw: canhoto) 
1- Permanecer na postura de boxe 
2- Erguer ligeiramente o pé da frente 
3- Empurrar o corpo para frente usando o pé de trás 
4- Após os dedos do pé da frente tocarem o solo, deslizar o pé de trás para frente 
5- Manter os pés na largura dos ombros e manter a distribuição do peso nas duas 
pernas 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS -36 
 
PASSO PARA TRÁS 
 
 
 
 
(nota do tradutor: orthodox – destro; southpaw: canhoto) 
 
 
 
1.Manter a postura de boxe 
2.Erguer o pé de trás bem superficialmente 
3.Empurrar o corpo para trás com o pé da frente 
4.Após a parte da frente do pé de trás tocar o chão, deslizar o pé da frente para trás. 
5.Manter pés alinhados na distância dos ombros e peso distribuído entre as duas pernas. 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 37 
PASSO LATERAL PARA A ESQUERDA 
1- Destro e canhoto: Manter a postura de boxe 
 
 
 PASSO LATERAL PASSO LATERAL 
 DESTRO (orthodox) CANHOTO (southpaw) 
 
Passo lateral à esquerda para destro: 
2- Erguer o pé da frente levemente 
3- Empurrar o corpo para o lado esquerdo com o pé de trás 
4- Após dedos do pé da frente tocar o solo, o pé de trás o segue 
 
Passo lateral à esquerda para canhoto 
2- erguer o pé de trás devagar 
3- empurrar o corpo para o lado esquerdo com o pé da frente 
4 - após os dedos do pé de trás tocarem o solo, o pé da frente o segue 
 
Ambos: 
5- Manter pés alinhados com ombros e a distribuição do peso entre as pernas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 38 
PASSO LATERAL PARA A DIREITA 
 
1- Manter a postura de boxe 
 
 
DESTRO 
2- Erguer o pé de trás levemente 
3- Empurrar o corpo para o lado 
direito com o pé da frente 
4- Depois que os dedos do pé de 
trás tocam o solo, o pé da 
frente segue 
 
CANHOTO 
2- erguer o pé da frente 
suavemente 
3- empurrar o corpo para o 
lado direito com o pé de 
trás 
4 Depois que os dedos do 
pé da frente tocarem o solo, 
o pé de trás o segue 
 
5- AMBOS: Manter pé e ombros alinhados e a distribuição do peso entre as pernas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 39 
 
2.5.3. GOLPES BÁSICOS DE BOXE 
 
Nos estágios iniciais das técnicas de aprendizado, todos os socos, golpes retos, 
cruzados e uppercut devem ser praticados e dominados na postura de boxe antes 
do treinamento dos passos do boxe. Então, praticar os golpes em conjunto com os 
passos do boxe. O ensinamento e a abordagem de treinamento para socos deve 
seguir a seguinte sequência: 
 
 golpes na postura parado 
 golpes com passos a frente e para trás 
 golpes com passos laterais 
 
Aprender a golpear na postura e então em movimento, aprender o próximo golpe 
na postura parado E com movimento. Após dominar pelo menos dois golpes tanto 
parado quanto em movimento, aprender a usar esses dois golpes como uma 
combinação de golpear parado e em seguida, em movimento. 
 
Erros comuns nos golpes básicos do boxe: 
 
 golpes sem rotacionar (girar) o corpo 
 peso corporal deslocado para o lado errado 
 queixo erguido para cima 
 queixo não protegido cabeça inclinada para frente, para trás ou para os lados 
 pernas na postura errada antes e depois de golpe com passos 
 os punhos não giram corretamente 
 recolher o braço para baixo ou para os lados após acertar um golpe 
 recolher a mão muito devagar de volta a postura básica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 40 
2.5.3.1. GOLPES RETOS 
 
OBJETIVOS DE TREINAMENTO 
 
Golpes retos são muito úteis contra oponentes situados na longa distância. A longa distância 
refere-se a distância entre dois boxeadores estando longe o suficiente para que o boxeador 
não consiga atirar o soco sem precisar dar um passo a frente. 
 
O golpe reto é um golpe importante que pode ser usado como preparação para o ataque 
principal numa luta. Pode também ser usado para medir a distância apropriada do oponente, 
para perturbar as ações do oponente e para pontuar golpes. 
 
Existem dois tipos de golpes retos, golpes retos na cabeça e golpes retos no corpo. Ainda estes 
são divididos entre golpes retos na cabeça ou corpo usando o braço da frente e golpe reto na 
cabeça ou no corpo usando o braço de trás. 
 
A fim de treinar efetivamente um boxeador, a seguinte sequência de ensinamento e 
treinamento é recomendada: 
 
- Golpe reto na cabeça com o braço da frente na postura parado 
- Golpe reto na cabeça com o braço da frente e passo a frente 
- golpe reto na cabeça com o braço da frente com passo para trás e passos laterais. 
- golpe reto na cabeça com o braço de trás na postura parado 
- golpe reto na cabeça com o braço de trás e passo a frente 
- golpe reto na cabeça com o braço de trás com passo para trás e passos laterais 
- golpe reto no corpo com o braço da frente na postura parado 
- golpe reto no corpo como braço da frente e passo a frente 
- golpe reto no corpo com o braço da frente e passo para trás e passos laterais 
- golpe reto no corpo com o braço de trás na postura parado 
- golpe reto no corpo com o braço de trás e passo a frente 
- golpe reto no corpo com o braço de trás e passo para trás e passos laterais 
 
Após o boxeador dominar os socos com movimentação, o técnico deve começar o 
ensinamento básico de defesas contra os golpes que ele/ ela aprendeu. Após dominar a defesa 
básica, o técnico deve começar a ensinar e treinar o contra ataque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual dos técnicos 41 
GOLPE RETO COM A MÃO DA FRENTE NA CABEÇA 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Mirar o queixo do oponente com as juntas dos dedos da mão da frente 
3- Mudar o peso corporal da perna de trás para a perna da frente 
4- Girar o corpo em direção ao lado de trás* (*nota do tradutor: lado que se refere ao 
braço de trás é o lado de trás; que se refere ao braço da frente, o lado da frente) 
5- Manter o queixo para baixo 
6- Estender o braço da frente em direção ao alvo 
a: nós dos dedos (juntas dos dedos) para cima, palmas das mão para baixo 
7- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente pelo mesmo caminho realizado 
8- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 42 
GOLPE RETO COM O BRAÇO DE TRÁS NA CABEÇA 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Mirar o queixo do oponente com os nós dos dedos (juntas) do punho da frente 
3- Deslocar o peso corporal para a perna da frente 
4- Girar o corpo para o lado da frente 
5- Manter a mão da frente erguida para proteger a cabeça e o cotovelo para proteger o 
corpo 
6- Estender o braço de trás direto para o alvo 
a. Nós dos dedos, ou juntas dos punhos erguidos com palmas para baixo 
7- Após ter acertado o alvo, retrair rapidamente o braço pelo mesmo caminho que o 
golpe foi entregue. 
8- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 43 
GOLPE RETO COM A MÃO DA FRENTE NO CORPO 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos para deixar o ombro da frente alinhado com o alvo no corpo do 
oponente 
3- Manter os olhos na área alvo do oponente 
4- O peso corporal muda para a perna da frente 
5- Girar o quadril e o ombro levemente em direção ao lado da frente 
6- O braço da frente estende-se em direção ao alvo 
7- Juntas dos dedos para o alto, palmas para baixo 
8- O queixo está protegido pelo ombro da mão da frente e pela mão de trás com a 
guarda alta. 
9- Após ter atingido o alvo, retraia o braço rapidamente pelo mesmo caminho que o 
golpe foi entregue 
10- Retorne a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 44 
GOLPE RETO NO CORPO COM A MÃO DE TRÁS 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos para que o ombro que está à frente se alinhe com o alvo no corpo 
do oponente. 
3- Manter o queixo para baixo 
4- Manter o braço da frente erguido e rígido para proteger a cabeça 
5- Manter os olhos na área alvo do oponente 
6- Peso corporal muda para a perna da frente 
7- Girar o corpo para o lado da frente 
8- Braço de trás se estende direto para o alvo 
a- Juntas dos dedos para o alto, palmas para baixo 
9. Após ter atingido o alvo, retrair o braço rapidamente ao longo do mesmo 
caminho que o golpe foi entregue. 
10. Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 45 
2.5.3.2. CRUZADOS – (*nota: no original do manual, “Hooks”) 
 
OBEJTIVOS DE TREINAMENTO 
 
Cruzados são socos usados geralmente na média distância. A média distância refere-se a 
distância entre dois boxeadores num alcance onde os boxeadores não tenham que dar passo a 
frente para entregar os golpes. 
 
Similar a golpes retos, os cruzados também tem dois tipos diferentes: cruzado na cabeça 
usando o braço da frente , cruzado na cabeça usando o braço de trás, cruzado no corpo 
usando o braço da frente e cruzado no corpo usando o braço de trás. 
 
Novamente, similar aos golpes retos, a fim de efetivamente treinar o boxeador, a seguinte 
sequência de ensinamento e treinamento é recomendada: 
 
- cruzado na cabeça com o braço da frente em postura parado. 
- cruzado na cabeça com o braço da frente e passo a frente 
- cruzado na cabeça com o braço da frente com passo atrás e passos laterais 
- cruzado na cabeça com o braço de trás na postura parado 
- cruzado na cabeça com o braço de trás e passo a frente 
- cruzado na cabeça com o braço de trás com passo atrás e passos laterais 
- cruzado no corpo com o braço da frente em postura parado. 
- cruzado no corpo com o braço da frente e passo a frente 
- cruzado no corpo com o braço da frente com passo atrás e passos laterais 
- cruzado no corpo com o braço de trás na postura parado 
- cruzado no corpo com o braço de trás e passo a frente 
- cruzado no corpo com o braço de trás com passo atrás e passos laterais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 46 
CRUZADO NA CABEÇA COM O BRAÇO DA FRENTE 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe parado 
2- O corpo gira levemente para o lado da frente 
3- O peso corporal muda para a perna da frente 
4- Manter a mão de trás erguida, próxima ao queixo e rígida 
5- Fazer uma curva com o braço da frente em direção ao alvo sem esticar o braço reto 
(quando fizer a curva com o braço, mantenha o cotovelo dobrado próximo a um 
Ângulo de 90 graus. 
6- Manter os olhos no oponente. 
6-A- Deve observá-lo por cima do braço, não por baixo 
7- Punhos apontam para o oponente, punhos nunca devem apontar para cima ou para 
baixo 
8- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente em direção ao caminho mais curto 
possível 
9- Retrair rapidamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 47 
CRUZADO NA CABEÇA COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Mire o queixo do oponente com as costas dos punhos da mão da frente 
3- O corpo gira levemente para o lado de trás 
4- O peso corporal muda para a perna da frente 
5- Manter a mão da frente para cima e próxima ao queixo e rígida 
6- Fazer uma curva com o braço de trás em direção ao alvo sem estender o braço em 
linha reta 
6-A- Quando fizer a curva com o braço, manter o cotovelo dobradopara dentro 
próximo a um ângulo de 90 graus 
7- Manter os olhos no oponente 
7-a- Deve-se observar o oponente por cima do braço, não por baixo 
8- Juntas do punho apontam para o oponente, as juntas nunca devem apontar para cima 
ou para baixo 
9- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente pelo menor caminho possível 
10- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 48 
CRUZADO NO CORPO COM O BRAÇO DA FRENTE 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobre os joelhos até o ombro estar alinhado com o alvo 
3- Mantenha os olhos no oponente 
4- Manter a mão de trás rígida e próxima ao corpo 
5- O corpo gira ligeiramente para o lado da frente 
6- O peso corporal é trocado para a perna da frente 
7- Fazer uma curva com o braço da frente em direção ao alvo sem estender o braço reto. 
7-a- Manter os cotovelos dobrados num ângulo de 90 graus ou próximo 
8- Os punhos apontam para o oponente, os punhos não devem nunca apontar para cima 
ou para baixo 
9- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente seguindo o menor caminho possível 
10- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 49 
CRUZADO NO CORPO COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos até que os ombros estejam alinhados com o alvo 
3- O corpo gira levemente para o lado de trás 
4- O peso corporal é trocado para a perna da frente 
5- Manter a mão da frente erguida e próxima ao queixo e rígida para proteger a cabeça 
6- Faça uma curva com o braço de trás em direção ao alvo sem esticar o braço reto 
6-a- Quando estiver encurvando o braço, manter o cotovelo dobrado próximo a 90 
graus 
7- Manter os olhos no oponente 
7.a- Observar por cima do braço, não por baixo 
8- Os punhos apontam para o oponente, punhos nunca devem apontar para cima ou 
para baixo 
9- Após atingir o alvo, recolher o braço de volta pelo menor caminho possível 
10- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 50 
2.5.3.3. UPPERCUT* 
*(nota do tradutor: numa tradução literal, poderia significar corte para cima). 
 
O uppercut é um golpe utilizado normalmente na curta e média distância. Curta distância 
significa a pequena distância entre dois boxeadores. As luvas dos boxeadores quase ou 
realmente se tocam. 
 
Novamente, o uppercut também tem 4 tipos diferentes, uppercut na cabeça usando o braço 
da frente, uppercut na cabeça usando o braço de trás, uppercut no corpo usando o braço da 
frente e uppercut no corpo usando o braço de trás. 
 
Novamente, igualmente a outros golpes básicos, a fim de treinar o boxeador eficazmente, 
seguir a sequência de ensinamento e treinamento é recomendado: 
 
- uppercut na cabeça com o braço da frente na postura parado 
- uppercut na cabeça com o braço da frente com passo a frente 
- uppercut na cabeça com o braço da frente com passo para trás e passos laterais 
- uppercut na cabeça com o braço de trás na postura parado 
- uppercut na cabeça com o braço de trás com passo a frente 
- uppercurt na cabeça com o braço de trás com passo para trás e passos laterais 
- uppercut no corpo com o braço da frente na postura parado 
- uppercut no corpo com o braço da frente com passo a frente 
- uppercut no corpo com o braço da frente com passo para trás e passos laterais 
- uppercut no corpo com o braço de trás na postura parado 
- uppercut no corpo com o braço de trás com passo a frente 
- uppercurt no corpo com o braço de trás com passo para trás e passos laterais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 51 
UPPERCUT COM O BRAÇO DA FRENTE NA CABEÇA 
 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos bem levemente 
3- Girar a parte de cima do corpo muito ligeiramente para o lado da frente 
4- O peso corporal muda para a perna da frente 
5- O braço de trás fica erguido e rígido para proteger a cabeça e o corpo. 
6- Girar levemente o braço da frente para ter os punhos apontando para o oponente 
7- Estender o braço da frente para cima em direção ao queixo do oponente 
7-A- Mantenha os cotovelos dobrados 
8- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente pelo mesmo caminho do golpe 
9- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 52 
UPPERCUT NA CABEÇA COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar bem levemente os joelhos 
3- Girar a parte de cima do corpo para o lado de trás muito levemente. 
4- O peso corporal muda para a perna de trás 
5- O braço da frente continua para cima e rígido para proteger a cabeça e o corpo 
6- Girar o braço de trás levemente para que os punhos apontem para baixo 
7- Estenda o braço de trás para cima em direção ao queixo do oponente 
7.a. Manter os cotovelos dobrados 
7.b. Mudar o peso corporal para a perna da frente 
8- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente pelo mesmo caminho do golpe 
9- Voltar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 53 
UPPERCUT NO CORPO COM O BRAÇO DA FRENTE 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos 
3- Girar a parte superior do corpo para o lado da frente 
4- O peso corporal muda para a perna da frente 
5- O braço de trás mantém-se para cima e rígido para proteger a cabeça e o corpo 
6- Girar o braço da frente levemente para que as palmas apontem para cima 
7- Estender o braço da frente para frente e ligeiramente para cima em direção ao alvo no 
corpo do oponente 
7-A- Manter os cotovelos dobrados 
8- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente pelo mesmo caminho do golpe. 
9- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 54 
UPPERCUT NO CORPO COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos 
3- Girar a parte superior do corpo para o lado de trás 
4- O peso corporal muda para a perna de trás 
5- O braço da frente mantém-se rígido e erguido para proteger a cabeça e o corpo. 
6- Girar o braço de trás levemente para que as palmas apontem para cima 
7- Estender o braço de trás para frente e ligeiramente para cima em direção ao alvo no 
corpo do oponente 
7-a- manter cotovelos dobrados 
7-b- trocar o peso corporal para a perna da frente 
8- Após atingir o alvo, retrair o braço rapidamente ao longo do mesmo caminho do golpe 
9- Retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 55 
2.5.4. DEFESA BÁSICA 
 
Nos estágios iniciais das técnicas de aprendizado, todas as defesas devem ser ensinadas e 
treinadas após o domínio de golpes em particular. Toda defesa básica é projetada para 
defender contra golpes específicos. A fim de ensinar e treinar defesas básicas eficazmente, 
iniciar o ensino da defesa na postura parado e então com um parceiro. O parceiro pode 
realizar golpes básicos enquanto o boxeador se defende utilizando a defesa básica. 
Após dominar a defesa básica, o Técnico deve ensinar a movimentação de contra ataque, onde 
o boxeador se defenda contra os golpes do parceiro e então, utiliza um golpe básico para 
contra atacar. 
 
Erros Comuns na Defesa Básica do Boxe: 
 
- falta de contato visual com o oponente 
- olhos fechados e/ou boca aberta 
- defesas realizadas muito cedo ou tarde demais 
- Defesa realizada incorretamente 
- sem proteção contra o próximo soco do oponente 
- movimentos de defesa são muito abertos ou muito fechados ou muito distantes 
- movimento travado (rígido) 
- não retorna a postura de boxe após realizar a defesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 56 
BLOQUEIO COM OS DOIS BRAÇOS (DOUBLE ARM COVER) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Juntar os punhos e cotovelos para que eles possam quase se tocar 
3- Manter o queixo para baixo 
4- Manter os braços rígidos 
5- Retornar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto com o braço da frente na cabeça/corpo 
- golpe reto com o braço de trás na cabeça/corpoMANUAL DOS TÉCNICOS – 57 
 
APANHAR / BLOQUEAR 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Abrir a palma da mão de trás e movê-la para frente para acomodá-la bem em frente 
ao nível do queixo para agarrar o golpe que virá. 
3- Manter o braço de trás rígido para que a luva não seja forçada de volta para o rosto 
4- Apanhar o golpe do oponente 
5- Retornar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto na cabeça com o braço da frente 
- uppercut com o braço da frente na cabeça 
- uppercut na cabeça com o braço de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 58 
BLOQUEIO COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Girar o corpo ligeiramente para o lado da frente 
3- Erguer o antebraço de trás para cima e rígido 
4- Manter o braço da frente rígido e para cima 
5- Manter os olhos no oponente 
6- Voltar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- cruzado na cabeça com o braço da frente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 59 
BLOQUEIO COM COTOVELO 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Girar o corpo para o lado que tiver a preferência 
2-A- Girar o corpo para o lado de trás para bloquear com o cotovelo do braço da frente 
2-B- Girar o corpo para o lado da frente para bloquear com o cotovelo do braço de trás 
3- Bloquear o golpe com o antebraço 
4- Retornar a postura de boxe 
 
 
Defende contra: 
- golpe reto no corpo com o braço da frente 
- golpe reto no corpo com o braço de trás (usar o cotovelo do braço da frente para bloquear) 
- cruzado no corpo com o braço da frente 
- cruzado no corpo com o braço de trás 
- uppercut no corpo com o braço da frente 
- uppercut no corpo com o braço de trás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 60 
BLOQUEIO DE OMBRO 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Girar o corpo para o lado de trás 
3- Mudar o peso corporal para a perna de trás 
4- Manter os olhos no oponente 
5- Manter o queixo para baixo para escondê-lo atrás do ombro 
6- Manter o cotovelo da frente rígido próximo a área das costelas e o braço de trás 
elevado em volta da região do queixo 
7- Bloquear o golpe do oponente com o ombro de trás 
7-a- o boxeador não deve se inclinar para frente 
8- voltar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto com a mão de trás na cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 61 
APARANDO (*PARRY) COM O BRAÇO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Girar o corpo levemente para o lado da frente 
3- Usar a borda da mão de trás para aparar a mão da frente do oponente 
3.A. Não estender o braço ou mover o corpo para frente enquanto aparando. 
3.B. Após aparar (desviar) a mão do oponente, a mão de trás não deve ficar em frente 
ao rosto. 
4- Retornar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto na cabeça com o braço da frente 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 62 
 
DUCKING (imergindo, encolhendo) 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos para baixo e para dentro 
3- Manter os olhos no oponente 
4- O antebraço e os cotovelos protegem o corpo 
4-A- Estar certo que a cabeça não está abaixo da linha de cintura do oponente 
5- Retornar a postura de boxe 
 
 Defende contra: 
 - golpe reto na cabeça com a mão da frente 
 - golpe reto na cabeça com a mão de trás 
 - cruzado na cabeça com as mãos da frente e de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 63 
IMERGIR (ENCOLHER) PARA O LADO DA FRENTE 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os dois joelhos, o corpo e o joelho de trás giram para o lado da frente. 
3- Manter os olhos no oponente 
4- O antebraço e os cotovelos protegem a cabeça e o corpo 
5- Retornar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto na cabeça com o braço de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 64 
IMERGIR/encolher PARA O LADO DE TRÁS 
 
 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar ambos os joelhos e girar o corpo e o joelho da frente para o lado de trás 
3- Manter os olhos no oponente 
4- O antebraço e os cotovelos do braço da frente protegem a cabeça e o corpo 
 5- Retornar a postura de boxe 
 
 
Defende contra: 
 
 - golpe reto na cabeça com o braço da frente 
 - golpe reto na cabeça com o braço de trás 
 - cruzado com o braço da frente na cabeça 
 - cruzado com o braço de trás na cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 65 
BALANÇANDO PARA TRÁS (SWAYING BACK) 
 
 
 1- Da postura de boxe 
 2- Mudar o peso corporal para a perna de trás 
 3- Manter ambos os braços erguidos para proteção 
 4- Usar apenas a parte superior do corpo para inclinar-se para trás 
 5- Retornar a postura de boxe 
 
Defende contra: 
- golpe reto na cabeça com o braço da frente 
- golpe reto na cabeça com o braço de trás 
- cruzado na cabeça com o braço da frente 
- cruzado na cabeça com o braço de trás 
- uppercut na cabeça com o braço da frente 
- uppercut na cabeça com o braço de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUA,L DOS TÉCNICOS - 66 
ROTAÇÃO/GIRO/PÊNDULO 
 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Dobrar os joelhos para baixo 
3- Mover a parte de cima do corpo na direção do cruzado do oponente enquanto dobra 
os joelhos para baixo 
4- Mover a parte superior do corpo para a direção oposta ao movimento do golpe do 
oponente que passa por cima da cabeça 
5- Retornar a postura de boxe, erguendo-se. 
 
Defende contra: 
- cruzado com o braço da frente na cabeça 
- cruzado com o braço de trás na cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 67 
CAMINHANDO PARA TRÁS 
 
 
1- Da postura de boxe 
2- Recuar rapidamente com passo para trás 
 
 
Defende contra: 
 
- todos os golpes básicos 
 
 
 
SALTANDO PARA TRÁS 
 
1- Da postura de boxe 
2- Salto para trás 
A. Diferente do passo para trás, os dois pés devem se mover juntos ao mesmo tempo. 
 3- O boxeador deve permanecer na postura de boxe quando aterrissar. 
 
 
Defende contra: 
- Todos os golpes básicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 68 
2.5.5. COMBINAÇÕES DE GOLPES 
 
Duas ou 3 combinações de golpes podem ser realizadas com boas habilidades de coordenação. 
As combinações de golpes podem ser realizadas na postura parado ou em movimento com 
passo a frente ou passo atrás. Quando ensinando ou treinando combinações de golpes, 
primeiro ensinar e treinar na postura parado e então com movimentos sem parceiros. o 
técnico deve focar no giro dos quadris e ombros do boxeador, entre os movimentos e na 
posição de boxear apropriada. 
 
EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES DE DOIS GOLPES 
 
- gole reto com o braço da frente na cabeça – golpe reto com o braço de trás na cabeça* (nota 
do tradutor: o mesmo que a combinação jab-direto) 
- golpe reto com o braço da frente no corpo – golpe reto com o braço de trás na cabeça 
- cruzado com o braço da frente na cabeça – golpe reto com o braço de trás na cabeça 
 
EXEMPLOS DE COMBINAÇÕES DE 3 GOLPES 
 
- golpe reto com o braço da frente na cabeça - golpe reto com o braço da frente na cabeça - 
golpe reto com o braço de trás na cabeça 
- golpe reto com o braço da frente na cabeça - golpe reto com o braço de trás na cabeça - 
golpe reto com o braço da frente na cabeça 
- golpe reto com o braço da frente na cabeça - golpe reto com o braço de trás no corpo - golpe 
reto com o braço da frente na cabeça 
- golpe reto com o braço da frente na cabeça - golpe reto com o braço de trás na cabeça - 
cruzado com o braço da frente na cabeça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 69 
2.5.6. FINTAS 
 
Fintas são movimentos falsos usando as mãos, o corpo, as pernas e a cabeça a fim de enganar 
um oponente. As fintas podem ser um único movimento usando qualquer parte do corpo ou 
uma combinação de várias partes do corpo. 
 
- A finta pode ser considerada uma preparação para o ataque 
- A finta pode vir antes da realização de quaisquer golpes 
- A finta pode ser realizada simultaneamente a movimentação para frente, para trás ou para os 
lados- A finta pode ser um movimento bem rápido e a ação seguinte também deve ser rápida. 
- O boxeador deve praticar fintas continuamente 
 . usar um espelho para checar a rapidez e efetividade. 
 
 
Exemplos de fintas: 
 
- Constantemente esticar ligeiramente e retrair o braço da frente para fingir que executa um 
golpe reto na cabeça com o braço da frente 
- flexionar o joelho da perna da frente para fingir que dará um passo a frente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 70 
2.5.7. BOXE DE VÁRIAS DISTÂNCIAS 
 
Dependendo da força ou fraqueza de um boxeador ou da força e fraqueza de seu oponente, os 
boxeadores podem escolher competir usando variadas distâncias taticamente. As distâncias 
podem ser divididas em 3: longa distância, média distância e curta distância. Nessas diferentes 
distâncias, diferentes golpes e movimentos são feitos para acertar golpes com sucesso. 
 
LONGA DISTÂNCIA 
A longa distância é o alcance onde a distância do oponente é longa o suficiente para que o 
boxeador não possa acertar seus golpes sem caminhar para frente. Por esse motivo, quando o 
boxeador quer acertar golpes na longa distância, ele/ela tem que dar um passo a frente. 
 
A maioria dos golpes retos é utilizada quando se está boxeando em longa distância. Por essa 
razão, a longa distância é preferida por boxeadores altos com braços longos. O boxe na longa 
distância geralmente acontece no centro do ringue e no boxe em longa distância, os 
movimentos são mais visíveis para os juízes. 
 
MÉDIA DISTÂNCIA 
A média distância é o alcance onde você pode acertar os golpes sem se mover para frente. Por 
esse motivo, quando boxeadores lutam na média distância um contra o outro, golpes retos 
sem total extensão dos braços ou cruzados são utilizados. 
 
Esse estilo requer boxeadores que se movimentem mais, porque os socos podem ser trocados 
sem o esforço extra de se mover para frente. Assim sendo, esse estilo é recomendado para 
boxeadores que estão fisicamente bem preparados e tem bons níveis de forma esportiva. 
 
CURTA DISTÂNCIA 
A curta distância é o alcance onde as luvas dos boxeadores quase se tocam. No boxe na curta 
distância, os boxeadores podem trocar apenas golpes de curta distância como cruzados curtos 
ou uppercuts. 
 
Esse estilo é geralmente preferido de boxeadores de baixa estatura e que são fisicamente 
fortes. Também, similar ao boxe na média distância, o boxe na curta distância também requer 
um bom preparo físico e nível de boa forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 71 
2.6. TREINAMENTO FÍSICO 
 
O Treinamento físico desenvolve as habilidades motoras, tais como resistência, força, 
velocidade e coordenação que são cruciais para os boxeadores. O treinamento físico deve ser 
conduzido em conjunto com o treinamento técnico. O treinamento físico é um treinamento 
muito importante para os atletas. 
 
2.6.1. TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA 
 
Exemplos de exercícios de treinamento de resistência geral: 
 
- corrida de longa distância na baixa e na média velocidade. 
- natação de longo percurso 
- pular corda 
- quaisquer exercícios com métodos de treinamento diferenciados/intervalados etc 
- jogos em equipe 
 
Exemplos de exercícios de treinamento de resistência específicos de boxe: 
 
- Golpear todos os sacos de pancada, golpear os outros equipamentos de boxe. 
- Sparring 
- Sombra 
- Manoplas com técnico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 72 
2.6.2. TREINAMENTO DE FORÇA 
 
Força é a habilidade de aplicar forças a objetos físicos usando a musculatura. A força física 
também é referida como força muscular. É fácil ligar um treinamento de força a um 
treinamento com pesos, contudo, nos estágios iniciais de treinamento, o treinamento com 
pesos muito elevados não é recomendado. 
 
Exemplos de exercícios de treinamento geral de força: 
 
- várias formas de flexão de braços/punhos 
 . Flexão de braços/punhos padrão 
 . Flexão de braços/punhos batendo palmas 
- Barra fixa 
- Extensão vertical (nota do tradutor: canguru, salto vertical) 
- Balanço com Halteres 
- mergulho/flexões em barras paralelas 
- arremesso de bola de exercícios 
- Arremesso de pedras 
- exercícios usando halteres 
- exercícios usando o próprio peso do corpo ou do parceiro 
- várias formas de saltos, multi-saltos. 
 
Exemplos de exercícios de treinamento de força específicos do boxe: 
 
- sombra usando pesos bem leves 
- sombra em superfícies macias (força nas pernas) 
- sombra e outros exercícios na água com pesos leves 
- exercícios de socos com luvas mais pesadas 
- exercícios de resistência com elástico 
 
 
 
*** Favor referir-se ao Apêndice B: Exemplos de Exercícios de Treinamento Físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 73 
2.6.3. TREINAMENTO DE VELOCIDADE 
 
Velocidade é a habilidade de realizar movimentos do modo mais rápido no tempo mais curto 
possível. O treinamento de velocidade pode ser feito para desenvolver tempo de reação, 
movimentos rápidos e frequência de movimentos. 
 
Exercícios Gerais de Treinamento de Velocidade – exemplos: 
 
- corrida de curta distância (20-60 metros) 
- corrida e exercícios físicos com método de treinamento de repetição – sprints (nota do 
tradutor: sprints, também conhecidos como” tiros”: corridas de curta distância na máxima 
velocidade possível repetidas vezes com intervalos de descanso) 
- Corrida morro abaixo – condições mais fáceis 
- Pular corda com acelerações 
- jogos e brincadeiras em equipe 
 
Exercícios de treinamento de velocidade específicos do boxe: 
 
- Manoplas com técnico 
- Sombra em ritmos diferentes ao sinal do técnico 
- todos os sacos de pancada em ritmos alternados, baseados no sinal do técnico. 
- exercícios de técnica de boxe com parceiro de categoria de peso mais baixa 
- exercícios de sombra com espaço para movimentação limitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 74 
2.6.4. COORDENAÇÃO 
 
Coordenação é a capacidade de controlar os movimentos do seu próprio corpo no espaço e no 
tempo e isso inclui equilíbrio, orientação espacial e ritmo. Durante o treinamento de 
coordenação, o técnico deve considerar que algumas pessoas estão menos coordenadas e 
mostram progressos menores que pessoas naturalmente coordenadas. Habilidades de 
coordenação podem ser melhoradas. Assim sendo, tente encorajar os atletas que fazem 
progressos mais lentos no desenvolvimento da coordenação. 
 
Exercícios de Treinamento de Coordenação Geral 
 
- caminhando e balançando os braços 
- Caminhando e realizando golpes retos 
- Exercícios de zigue-zague. 
- Exercícios com bola de tênis (com ou sem parceiro) – Arremessar e pegar 
- Exercícios de equilibrar em uma perna*** 
- Jogos (futebol, mini-hockey, baquete ou vôlei) 
- Rolamentos para a frente e para trás e para os dois lados 
- cambalhotas, saltos etc. 
- pular corda de várias maneiras – para trás, em uma perna e etc. 
 
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO DE COORDENAÇÃO ESPECÍFICA PARA O BOXE: EXEMPLOS: 
 
- Sombra em diferentes posturas de boxe 
- sparring contra boxeadores com diferentes posturas de boxe (boxeador ortodoxo (destro), 
canhoto (southpaw) e vice-versa). 
- passos de boxe com golpes (mesmo braço e perna, alternar braço e perna) 
- várias combinações técnicas 
 
 
*** Favor referir-se ao Apêndice B: Exemplos de Exercícios de Treinamento Físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 75 
 
2.7. TREINAMENTO TÁTICO 
 
Táticas são as estratégias usadas em competições. Os técnicos podem construir e planejar 
táticas baseado no estilo de boxear do boxeador, suas forças e fraquezas; Nos estilos de 
boxear do oponente e suas forças e fraquezas. 
 
Boxeadores podem se beneficiar das táticas, porque boas táticas permitirão aos boxeadores 
usar menos esforço físico e técnicas nos combates. Isto permite aos boxeadores ficar em boa 
condição física e psicológica, contudo, táticas não são responsabilidadeexclusiva dos técnicos. 
Técnicos e boxeadores podem discutir e compartilhar experiências e conhecimentos a fim de 
construir forças e táticas que se encaixem com os boxeadores. Essas táticas devem ser 
treinadas durante sessões de treinamento para os boxeadores recordarem e executarem 
durante as competições. 
 
Em competição, técnicos e boxeadores devem se lembrar que eles devem usar diferentes 
táticas, de acordo ou adequadas a luta. A fim de fazer ajustes na tática no ringue: 
 
- Manter-se relaxado, não ficar muito tenso. 
- Nunca subestimar ou se impressionar muito com um oponente. 
- Agir com confiança no ringue; evitar qualquer forma de desconforto e chateação. 
- Manter as mãos elevadas o tempo todo, adequadamente a situação no ringue. 
- Manter o queixo para baixo observando o oponente através de suas sobrancelhas. 
- Achar os erros e fraquezas do oponente o mais cedo possível. 
- Não usar movimentos desnecessários que desperdiçam energia. 
- Manter o equilíbrio o tempo todo, golpear apenas quando o oponente estiver no raio de 
alcance e quando vir uma abertura. 
- iniciar a terminar uma combinação de golpes com a mão da frente. 
- atirar golpes dinâmicos com diferentes movimentos. 
- todos os golpes podem ser realizados como contra golpes enquanto na defensiva. 
- mover-se o tempo todo, especialmente quando o oponente preparar-se para golpear. 
- seu oponente também está ficando cansado 
- não desista – é necessário apenas um golpe para mudar a luta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 - MANUAL DOS TÉCNICOS 
 
 
2.7.1. BOXEANDO CONTRA DIFERENTES TIPOS DE BOXE 
 
Técnicos e boxeadores devem estar cientes que todo boxeador tem diferentes características e 
a aplicação da tática correta contra estes oponentes pode aumentar as chances de vencer a 
luta. 
 
CONTRA OPONENTE MAIS ALTO 
- Manter a movimentação para os dois lados 
- Tomar a iniciativa e mover-se para a curta distância 
- Após mover-se para a curta distância, usar diferentes golpes na cabeça, como cruzados e 
uppercuts. 
 
 
CONTRA OPONENTE MAIS BAIXO 
- Não dar passo atrás em linha reta, usar passos laterais e trabalhar pelas laterais. 
- Usar golpes retos e uppercuts. 
- O trabalho dos pés deve ser executado rapidamente 
- Passo atrás quando o oponente tentar acertar um golpe e então acertar o contra golpe 
- Mover-se para trás constantemente, a fim de boxear na longa distância. 
- Acertar golpes constantemente 
 . Se o golpe acertar o oponente, dar sequência com outro golpe 
 . Se errar o golpe, clinch 
 
 
CONTRA OPONENTE QUE USA CONSTANTEMENTE GOLPE RETO COM A MÃO DA FRENTE (JAB) 
- Manter o corpo abaixado 
- Mover-se por baixo dos golpes retos do oponente 
- Ziguezaguear para ambos os lados 
- Usar diferentes golpes no corpo. 
 
 
CONTRA O OPONENTE MAIS PESADO 
- Continuar se movendo 
- tornar difícil ao oponente se preparar para acertar golpes 
- Lançar ataques surpresas 
- não trocar golpes, afastar-se imediatamente. 
- mover-se em volta do ringue em todas as direções 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77- MANUAL DOS TÉCNICOS 
 
 
CONTRA UM CONTRA-GOLPEADOR 
- Forçá-lo, através de fintas, a tomar a iniciativa de golpear e então usar contra-ataque. 
- Quando o oponente usar um contragolpe, tentar outro contragolpe de volta. 
- tentar impor um estilo ofensivo e constantemente atacar para impedir o contragolpe do 
oponente 
 
 
 
 
CONTRA OPONENTE DE POSTURA CONTRÁRIA (nota do tradutor: p.ex.,destro vs canhoto) 
- force-o (a) a tomar a iniciativa 
- circular para o lado cego ou desprotegido do oponente, para ficar longe das mãos 
dominantes. 
- sempre ajustar o pé da frente para o lado de fora do pé da frente do oponente, isto facilitará 
evitar os ataques do oponente 
- usar o braço de trás para proteger cabeça e tronco. 
- Atacar usando o braço da frente com mais frequência 
- Usar golpes duplos, atacando com o braço de trás, quando for o SEU ataque 
 
 
 
 
2.7.2. TÁTICA NAS CORDAS E NO CORNER 
 
Quando estiver aprisionado nas cordas ou encurralado no corner, o boxeador deve aprender a 
escapar rapidamente. 
 
- Usar o espaço dentro do ringue de boxe para não ser aprisionado nas cordas ou corner 
- aplicar ataques dinâmicos e tentar trocar de posição com o oponente 
- contra golpear com combinações e passos laterais para ambos os lados 
- atrair o oponente para si e usar as fintas para enganá-lo e então rapidamente sair do corner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 78 
 
 
2.8. TREINANDO SEM EQUIPAMENTO 
 
Muitas sessões de treinamento podem ser feitas sem que se tenha equipamento da academia 
ou equipamento de treinamento. 
 
TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA 
- corrida de longa distância em qualquer superfície 
- natação 
- jogos e brincadeiras 
 
TREINAMENTO DE FORÇA 
- levantar e carregar madeira, pedras ou o parceiro 
- barra fixa em galhos de árvores ou quaisquer barras 
- subir em árvores 
- corrida de obstáculos 
 
TREINAMENTO DE VELOCIDADE 
- corrida curta (tiros ou sprints de 20-60 metros) em qualquer superfície. 
- correr em condições facilitadas, por exemplo: correr morro abaixo 
- correr usando vários e diferentes métodos de treinamento 
- exercícios com objetos pequenos, como pedras, cones, etc. 
- corridas de velocidade, ou tiros (sprints) com obstáculos, por exemplo, corrida de velocidade 
entre árvores 
 
TREINAMENTO DE COORDENAÇÃO 
- Exercícios de equilíbrio, por exemplo, equilibrar-se em uma perna. 
- Jogo do espelho (atleta imitando o movimento do outro atleta). 
- Exercícios, por exemplo, braços circulando em direções opostas (o braço direito circula para 
trás enquanto o esquerdo para frente e vice versa). 
- Exercícios de equilíbrio em pedras e outros obstáculos 
 
Assim como treinar no ginásio, os boxeadores devem estar onde o técnico possa ver e 
observar a movimentação de todos e próximo o suficiente onde os boxeadores possam ouvir a 
demonstração e explanação dos exercícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 79 
 
 
2.9. MOTIVAÇÃO DO ATLETA 
 
 
- Ajuda a desenvolver autoestima 
- ajuda a desenvolver autoconfiança através de pequenas vitórias 
- ajuda a desenvolver a coragem 
- aponta seus pontos fortes 
- usa as opiniões positivas de seus pares e do ambiente sobre ele/ela 
- usa premiações e avaliações negativas na proporção apropriada de 50%-50% 
- estabelece objetivos possíveis de alcançar 
- ajusta a carga de trabalho de acordo com as capacidades individuais 
- gradualmente aumenta as dificuldades dos exercícios de treinamento 
- apoia mais os atletas quando não forem bem sucedidos 
- Ensina a utilizar a derrota como motivação para aumentar os esforços 
- ensiná-lo (a) como aceitar a derrota com dignidade 
- não desista de um boxeador que perdeu uma luta. O boxeador pode aprender com as 
derrotas e ganhar experiência através delas. 
- Manter a família e os amigos envolvidos no processo de treinamento e manter contato com 
um parente para ajudar na motivação dos atletas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 80 
 
 
2.10 RECUPERAÇÃO 
A recuperação é parte importante do treinamento, mesmo nos estágios de iniciantes. Nos 
estágios iniciais do treinamento, é importante para o atleta recuperar-se através do sono, 
relaxamento e descanso ativo* ao invés de usar ferramentas ou métodos especiais. *(nota do 
tradutor: descanso ativo são exercícios de intensidade e volume reduzidos) 
 
Quando os atletas puderem maximizar seus esforços para se recuperar, isto ajudará os atletas 
a ter uma preparação adequada para realizar tarefas futuras e alcançar o sucesso. 
 
A seguir mostramos boas ferramentas de descanso para os boxeadores: 
 
SONO 
O sono é a melhor ferramenta de descanso para qualquer atleta e ele acelera o processo de 
recuperação melhor do que qualquer outra ferramenta de recuperação. Oito a dez horas de 
sono é o adequado para boxeadores. 
 
DESCANSO ATIVO 
Como, por exemplo, natação, caminhada, tênis de mesa, corrida de bicicleta realizada em 
baixíssima intensidade, etc.,pode ajudar os atletas a se recuperar física e psicologicamente. 
 
RELAXAMENTO 
Música, televisão e outras fontes de mídia enquanto se descansa fisicamente, pode ajudar no 
relaxamento, diminuir a tensão psicológica e criar uma atitude positiva. 
 
MASSAGEM 
A massagem manipula o corpo utilizando pressão para o relaxamento muscular. Pode ser 
aplicado no corpo todo ou em áreas dolorosas. A massagem pode ser feita por outros ou por si 
mesmo. Existe uma limitação aos grupos musculares que podem ser massageados quando o 
atleta massageia a si mesmo (a). 
A massagem pode ser aplicada antes de uma luta ou como parte do aquecimento ou após uma 
luta para acelerar o processo de recuperação. A massagem pode ser aplicada do mesmo modo 
antes e depois do aquecimento. A realização apropriada de massagem pode acelerar o 
processo de recuperação em aproximadamente 30 %. 
 
SAUNA 
A sauna é uma sala pequena ou um lugar com temperatura entre 60ºC a 100ºC. Descansar 
numa sauna pode induzir o relaxamento muscular, aumentar a circulação sanguínea e liberar 
as toxinas pela pele através do suor. 
Mesmo que a sauna seja uma boa maneira de relaxar, pode ser perigoso. Longos períodos 
numa sauna podem causar desidratação e insolação. A melhor maneira de utilizar a sauna não 
é permanecer nela por um longo período de tempo; 15- 20 minutos de cada vez é o ideal e 
periodicamente tomar goles de água ou drinks esportivos enquanto permanecer na sauna. 
 
COMPRESSAS COM GELO 
A aplicação de compressas com gelo poderá manter os boxeadores alerta e revigorados e 
auxiliar na recuperação de quaisquer músculos contundidos. A vantagem da compressa com 
gelo é que ela pode ser feita durante as lutas em competições e durante sessões de sparring. 
Aplicando na parte de trás do pescoço entre os rounds pode beneficiar o boxeador na 
recuperação. 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 81 
 
 
2.11. AVALIAÇÃO 
 
 
2.11.1. SESSÕES DE TREINAMENTO 
 
 
Como parte da preparação de treinamento todos os técnicos devem planejar seu trabalho. 
Após completar as tarefas, o técnico deve analisar e avaliar se o objetivo foi alcançado ou não, 
a fim de encontrar a razão do sucesso ou da falha. A avaliação é um instrumento maravilhoso 
para o desenvolvimento da qualidade do treinamento e da habilidade em treinar. A avaliação 
não completa sessões de treinamento; ela deve ser utilizada e referida nas próximas sessões 
de treinamento e assim por diante, para aprimorar e preparar melhores sessões de 
treinamento para os boxeadores e para o próprio técnico. Assim sendo, o técnico deve 
encontrar uma resposta para as seguintes questões: 
 
 
- O objetivo da sessão/unidade de treinamento foi alcançado? 
- A carga de trabalho selecionada foi apropriada? 
- Os exercícios eram muito fáceis ou muito difíceis? 
- A sessão de treinamento foi organizada adequadamente? (equipamento, participantes, etc)? 
- Houve alguma ocorrência de ferimentos durante o treinamento? 
- O feedback* do boxeador foi positivo ou negativo? (*nota do tradutor: feedback pode ser 
entendido como o parecer, os comentários feitos a respeito, neste caso, da sessão de 
treinamento). 
- A comunicação com os boxeadores foi efetiva? 
- A sessão de treinamento foi conduzida de acordo com o planejado? 
- A sessão de treinamento foi interessante? 
- Utilizou métodos de treinamento apropriados para desenvolvimento da coordenação 
motora? 
- O método de treinamento utilizado para ensinar as técnicas foi correto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 82 
 
 
2.11.2. DESENVOLVIMENTO TÉCNICO 
 
A execução apropriada das técnicas é importante no boxe. Para que os técnicos produzam 
uma avaliação exata das técnicas do boxeador, ele/ela pode usar uma câmera de vídeo para 
gravar a sessão de treinamento. 
 
A avaliação das técnicas nos estágios iniciais de treinamento é muito importante, porque os 
boxeadores podem adquirir e desenvolver hábitos ou movimentação errados, e se o técnico 
passar por cima da movimentação errada nos estágios iniciais, será muito difícil corrigi-los nos 
estágios mais avançados. Desta forma, o técnico deve prestar atenção particular a cada 
movimentação e avaliar cuidadosa e conscienciosamente. 
 
Após a avaliação, o técnico deve discutir os problemas dos boxeadores na execução das 
técnicas, ensiná-los a forma correta e encorajá-los a se tornar melhores. 
 
Quando avaliando as técnicas do boxeador, o técnico deve prestar especial atenção ao que 
segue: 
 
- Postura de boxe 
- posição dos pés 
- na postura de boxe 
- passos de boxe 
- posição dos braços 
- execução exata da movimentação dos braços nos golpes 
- guarda apropriada com os braços 
- se o braço retrai pelo mesmo caminho percorrido após lançar os golpes 
- movimento de rotação/giro do corpo 
- uso de defesa apropriada contra os diferentes golpes 
- execução apropriada de movimentos de defesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 83 
 
 
2.11.3. DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
 
A fim de avaliar o desenvolvimento físico dos atletas, o técnico deve implementar ferramentas 
de avaliação. O técnico pode conduzir simples testes físicos. Estes testes físicos devem ser 
conduzidos nos estágios mais iniciais do treinamento do atleta, de preferência na primeira 
semana de treinamento. A avaliação inicial das condições físicas do atleta na parte inicial do 
treinamento permitirá aos técnicos conceber programas de treinamento eficazmente. A 
avaliação do desenvolvimento físico pode ser realizada 3 a 4 vezes ao ano. 
 
A avaliação do desenvolvimento físico deverá monitorar resistência, força, velocidade e 
coordenação dos atletas. A fim de obter resultados exatos, o método de avaliação deve ser o 
mesmo dos anteriores. Por exemplo, se o técnico usar tiros (sprints) de 100 metros de corrida 
como um método avaliativo de velocidade numa avaliação anterior, este exercício (tiros ou 
sprints de 100 metros) deve ser o método de avaliação de velocidade em avaliações futuras. 
 
O resultado do teste deve ser gravado e guardado por um longo período de tempo, de 
preferência até a aposentadoria ou retirada do atleta. Os resultados de testes gravados podem 
ser comparados não apenas com os resultados antigos do atleta, anteriormente gravados, mas 
também pode ser comparado com os diferentes resultados dos testes de outros atletas. O 
técnico pode analisar o resultado dos testes para encontrar as forças e as fraquezas do atleta, 
ajustar o programa de treinamento e partilhar o programa com os atletas, para motivá-los e 
mantê-los interessados. 
 
Exemplos de métodos de avaliação do desenvolvimento físico: 
 
Resistência 
- corrida de longa distância (1km) 
 
Força 
- flexões de braço/punho em um minuto 
- barra fixa, elevações na altura do queixo em um minuto 
- abdominais em um minuto 
 
Velocidade: 
- corrida de curta distância (50 metros) de velocidade (sprints, tiros). 
 
Coordenação 
- corrida de obstáculo, por exemplo, corrida de saco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 84 
 
 
2.11.4. DESENVOLVIMENTO TÁTICO 
 
Devido a natureza do boxe, onde boxeadores são lutadores solitários contra seus oponentes 
no ringue, é importante para os boxeadores aprender aspectos táticos do boxe. A avaliação do 
desenvolvimento tático pode ser feita usando diferentes métodos. 
 
Um, dos métodos avaliativos pode ser a utilização de métodos visuais, como filmes e vídeos. 
Enquanto assistir essas ferramentas visuais, o técnico pode fazer perguntas ao boxeador sobre 
seus pensamentos a respeito das táticas conduzidas que ocorreram e que podem ser usadas. 
 
Além do método visual, o técnico pode avaliar o desenvolvimento tático do boxeador, 
colocando-o em sessões de sparing com diferentes parceiros que usam diferentes estilos de 
boxe. Comandando sessões de sparing sem nenhuma instrução tática e deixando o boxeador 
criar suas próprias táticas durante a sessão de sparing, o técnico pode avaliar as táticas usadas 
pelos boxeadores durante as sessões de sparring a fim de calcularo uso de diferentes táticas e 
execuções. 
 
Antes de conduzir uma avaliação, o técnico deve preparar e planejar critérios de avaliação 
como: 
 
- O boxeador compreendeu completamente as táticas ensinadas? 
- O boxeador, rápida e corretamente, identificou o estilo de boxe do oponente? 
- O boxeador tratou de fazer algum ajuste nas táticas? 
- o boxeador sabe quais táticas devem ser usadas contra seu oponente? 
- o boxeador sabe executar apropriadamente as táticas? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO III 
COMPETIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 88 
 
 
3.1. ANTES DA COMPETIÇÃO 
 
Quando o boxeador está pronto para entrar num torneio: 
 
- Registrar o boxeador com o comitê organizador da competição 
- O ciclo de treinamento do boxeador deve estar ajustado à agenda de competições 
- O técnico deve checar o peso do boxeador 
- O técnico deve checar o Programa de Competição e se familiarizar com ele. 
 
Ainda, o técnico deve ter certeza que o boxeador tem todo equipamento necessário que inclui: 
 
- inscrição e documentos 
- uniforme (camisetas e calções azul e vermelho) 
- botas e meias de boxear 
- coquilha (protetor genital masculino) para os homens, protetor de seios para as mulheres. 
- protetor bucal 
- toalhas limpas, garrafa de água pessoal 
- agasalhos e mala para equipamentos 
- bandagens 
- capacete e luvas de boxe (a não ser que seja providenciado pelo Comitê Organizador) 
 
REGISTRO E DOCUMENTOS 
 
De acordo com as Regras Técnicas e de Competição da AIBA, o boxeador deve possuir os 3 
documentos seguintes, a fim de participar em qualquer dos eventos sancionados pela AIBA: 
 
 
- Passaporte 
- Livro de registro do boxeador emitido pela Federação Nacional (nota: no Brasil, a CBBOXE) 
- Cartão de Acreditação da Competição 
 
UNIFORME 
 
Será exigido dos boxeadores usar calção e camiseta ou azul ou vermelhos, de acordo com a cor 
de seu corner durante a competição 
 
Quando camiseta e calção tiverem a mesma cor, a linha da cintura deve ser claramente 
indicada e os calções não podem exceder o comprimento dos joelhos. 
 
MEIAS E BOTAS DE BOXE 
 
Meias, botas leves ou calçados sem cravos e sem saltos. Uma joelheira discreta é aceitável, 
sem metal ou plástico duro. 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 89 
 
 
PROTETOR 
 
Para competições masculinas, uma coquilha (protetor genital masculino) deve ser utilizada 
pelos boxeadores masculinos em todas as lutas e um suporte para coquilha pode ser usado 
adicionalmente. 
 
Para competições femininas, um protetor de seios e um protetor púbico podem ser usados por 
mulheres boxeadoras. 
 
PROTETOR BUCAL 
 
O protetor bucal deve ser utilizado em qualquer competição. Deve ser modelado e não são 
permitidos protetores bucais vermelhos ou parcialmente vermelhos. 
 
Por favor, procure mais detalhes no Apêndice F: REGRAS TÉCNICAS E DE COMPETIÇÃO DA AIBA 
(nota do tradutor: não disponível em conjunto com este manual, que tem até o apêndice D, 
vide parte final do Indice ou Sumário. Será traduzido posteriormente). 
 
EXAME MÉDICO OFICIAL 
 
Todos os boxeadores que participarem de eventos aprovados pela AIBA, devem ser 
considerados aptos para competir e devem ser examinados por um médico oficial indicado 
antes da competição. 
 
O técnico deve estar ciente do momento e local do exame indicado pelo Comitê Organizador 
da competição. No dia do exame, os meninos e homens boxeadores devem estar barbeados 
antes da realização do exame médico. 
 
PESAGEM GERAL 
 
Verifique o peso do boxeador antes dele/dela entrar na sessão de pesagem geral. As escalas 
de peso devem estar disponíveis no local de pesagem geral antes da entrada na sala de 
pesagem. 
 
Todos os boxeadores que competirem em eventos aprovados pela AIBA devem comparecer a 
pesagem geral na manhã do primeiro dia de competição. 
 
Na pesagem geral, o peso registrado do boxeador não pode exceder o máximo de sua 
categoria de peso nem estar abaixo do mínimo de sua categoria de peso. 
 
Os boxeadores também devem comparecer a pesagem diária em cada dia em que o boxeador 
for lutar, para assegurar que o peso real do boxeador não excedeu nem está abaixo da 
categoria de peso do boxeador. 
 
Em muitos eventos, a Pesagem Geral ocorre imediatamente após o exame médico. Contudo, a 
pesagem diária pode ser realizada em locais diferentes. O técnico deve estar ciente do local e 
do horário da Pesagem Geral e da Pesagem Diária. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 90 
 
 
SORTEIO OFICIAL 
 
O sorteio oficial de eventos aprovados pela AIBA será realizado logo que o exame médico 
oficial e a pesagem geral forem concluídos. Deverá se concluir em não mais do que 3 horas 
antes da primeira luta do primeiro dia de competição. 
 
O sistema de sorteio por computador é usado em todos os eventos aprovados pela AIBA e a 
agenda de lutas será organizada baseada nos resultados do sorteio oficial. 
 
O técnico deve comparecer ao sorteio oficial para confirmar se o boxeador está posicionado na 
categoria de peso correta e garantir que ele/ela saiba o resultado do sorteio e da agenda de 
lutas. O resultado do Sorteio deve ser gravado nas anotações pessoais e informado aos 
boxeadores. 
 
PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO NO SORTEIO OFICIAL 
 
Para assegurar a justiça do sorteio e para evitar que os melhores Boxeadores Ranqueados do 
Mundo enfrentem-se nas rodadas iniciais, o sorteio deve ser selecionado ou arranjado de 
acordo com as restrições a diferentes eventos aprovados AIBA conforme segue: 
 
- Campeonatos mundiais 
 . Oito selecionados por categoria de peso para campeonatos Mundiais Masculino Elite. 
 
-Jogos Olímpicos 
 . Máximo de 2 selecionados se houver menos de 16 inscrições por categoria de peso 
 . Máximo de 4 selecionados se existe entre 16 e 31 inscrições por categoria de peso 
 . Máximo de 8 selecionados se existe entre32 a 63 inscrições por categorias de peso 
 
Campeonatos da Confederação: 
 . Máximo de 2 selecionados se houver menos de 16 inscrições por categoria de peso 
 . Máximo de 4 selecionados se existe entre 16 e 31 inscrições por categoria de peso 
 . Máximo de 8 selecionados se existe entre31 a 63 inscrições por categorias de peso 
 
Para eventos aprovados pela AIBA, a seleção do sorteio deve ser controlada pela AIBA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 91 
 
 
PROCEDIMENTO DE SORTEIO 
 
Quando o número de boxeadores for 4, 8, 16, 32, 64, 128, ou qualquer potência matemática* 
maior que 2, eles devem ser ordenados em pares na ordem do sorteio, como no Diagrama 1, 
elaborado para 8 boxeadores. 
 
As entradas selecionadas deverão destinar-se aos melhores boxeadores do mundo ranqueados 
pela AIBA que estejam participando no evento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTA: winner: vencedor; 
 
Quando o número de boxeadores não for uma potência* de 2, haverá eliminações na primeira 
rodada de lutas. O número de eliminações deve ser igual a diferença entre a próxima maior 
potência de 2 e o número de boxeadores. (exemplo, com 17 boxeadores, a próxima maior 
potência de 2 (depois de 16, que não podemos usar, pois no exemplo há 17 boxeadores) é 32. 
Então, se há 17 boxeadores, onde 32 - 17 = 15 eliminações). 
 
Dependendo do número de selecionados como listado acima no tópico “PROCEDIMENTO DE 
SELEÇÃO NO SORTEIO OFICIAL”, as entradas selecionadas 2 e 4 devem ser tratadas como 
segue adiante e demonstrada nos Diagramas 2 e 3 abaixo (ex. 1 selecionado, 2 , 3 e 4 
selecionados). 
 
 Número 1 é colocado no topo da seleção 
 Número 2 é colocado no final da seleção 
 Número 3 é colocado na primeira metade da parte inferior da seleção 
 Número 4 é colocado na metade inferior dotopo da seleção 
 Números 5 a 8 irão ser selecionados por um painel independente de observadores dos 
8 restantes da seleção conforme demonstrado no Diagrama 2 e Diagrama 3 (ex., 5-8 
selecionados) 
 As vagas restantes deverão ser preenchidas com boxeadores não selecionados 
aleatoriamente pelo sistema de sorteio por computador. 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOTAS: 
Seed: seleção; bye: eliminação 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 96 
 
 
3.2. DURANTE A COMPETIÇÃO 
 
3.2.1. ANTES DA LUTA 
 
No dia da luta, o técnico deve assegurar que os boxeadores compareçam ao exame médico e à 
pesagem diária. O técnico deve ainda ter certeza que o boxeador tem todos os equipamentos 
pessoais, incluindo camisetas e calções tanto azuis como vermelhos, para o caso de mudança 
de corners antes da luta. 
 
É benéfico ao boxeador chegar ao local de competição ao menos uma hora antes de lutar. 
Após a chegada ao local de competições, o técnico deve assegurar que a agenda de 
competições diária é a mesma agenda que a dele. Em alguns casos, a ordem de competição 
pode ser alterada sem aviso. 
 
Após a confirmação da agenda de competição diária, o técnico deve pegar o protetor de 
cabeça, as luvas de boxe e bandagens da mesa de checagem de equipamento, se estiver 
disponível pelo comitê organizador. O equipamento deve ser pego pelo menos até 20-30 
minutos antes da luta. 
 
PROTETOR DE CABEÇA 
 
Em todos* os eventos aprovados pela AIBA, os boxeadores devem usar um protetor de cabeça. 
O protetor de cabeça deve ser da mesma cor do seu corner. Em todos os eventos AIBA, o 
comitê organizador providenciará os protetores. 
 
*vide mudanças no uso do protetor de cabeça, depois da criação deste manual. 
 
LUVAS DE BOXE 
 
Em todos os eventos, os boxeadores devem usar luvas de boxe que são manufaturadas por 
empresas licenciadas e aprovadas pela AIBA. AS luvas de boxe devem ser da mesma cor do 
corner. Quando o comitê organizador providenciar as luvas de boxe, os boxeadores não podem 
usar suas próprias luvas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 97 
 
 
BANDAGENS 
 
Em todos os Eventos 3 Estrelas, o comitê organizador deverá providenciar bandagens para 
cada luta. Elas podem ser colhidas na mesa de equipamentos. As bandagens podem ser 
colocadas no vestiário na presença de um anfitrião da Federação Oficial e deve ser checada e 
marcada pelo Gerente do Equipamento Oficial na mesa de checagem do equipamento antes 
da luta. 
 
Se as bandagens não forem providenciadas pelo comitê organizador, o boxeador deverá usar 
suas próprias bandagens. 
 
Uma bandagem não pode ser maior que 4,5 metros (ou 14,76 pés), e não mais curtas que 2,5 
metros (ou 8.2 pés). A bandagem deve ter 5,7 cm (2 e ¼ polegadas) de largura. Deve ser feita 
de material elástico e deve ter um sistema de fecho aprovado pela AIBA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 98 
 
 
OBJETOS PROIBIDOS 
 
Quaisquer objetos além de uniforme, protetor de cabeça, luvas de boxe, botas e bandagens 
não são permitidos durante a luta. Objetos proibidos também incluem body piercings e 
acessórios para o corpo e não podem ser usados durante a luta. 
 
 
 
AQUECIMENTO 
 
Até o boxeador alcançar o nível de atleta de elite, o técnico deve ficar com ele e ajudá-lo a se 
aquecer apropriadamente, antes da luta. O técnico deve observar o progresso contínuo da 
competição e conduzir atividades de aquecimento adequadas. Algumas das atividades de 
aquecimento antes da luta incluem: 
 
 alongamento 
 exercícios de ginástica 
 sombra 
 manoplas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 99 
 
 
3.2.2. DURANTE A LUTA 
 
Conforme mencionado no Capítulo 1, quando o técnico entrar na área de competição (FOP ou 
Field of Play) com o boxeador, ele deve ser chamado de Segundo. Como Segundo, ele/ela deve 
sentar no corner do ringue que lhe foi designado, monitorar o desempenho do boxeador e 
auxiliar o boxeador entre os rounds. 
 
O Segundo deve monitorar o progresso da luta. Os Segundos tem permissão de possuir uma 
toalha e se ele/ela acredita que o boxeador não está em condições de lutar, ou incapaz de 
continuar, ou sendo castigado pelo boxeador oponente, ele deve retirar o boxeador atirando 
uma toalha no ringue. Contudo, o Segundo não deve retirar o boxeador enquanto o árbitro 
estiver realizando uma contagem. 
 
Quando o gongo soar isto indica o final do round. O Segundo tem permissão de subir na 
plataforma e um dos Segundos pode entrar no ringue para auxiliar o boxeador. Auxiliar o 
boxeador entre os rounds pode incluir: 
 
 Manter o boxeador sentado ou em pé no corner para tomar fôlego. 
 Checar a condição do boxeador e assegurar que ele/ela tem condições de lutar o 
round seguinte. 
 Aconselhar sobre as táticas de maneira rápida, clara e compreensível. 
 Incentivar 
 Fornecer uma boa recuperação, como fornecer água, colocar sacos de gelo na parte de 
trás do pescoço e gerar uma brisa com a toalha para baixar a temperatura corporal do 
boxeador. 
 
Antes do início do round seguinte, os Segundos devem se afastar e não permanecer na 
plataforma. Ainda, antes do início do round, tudo (balde, esponjas, toalhas e etc) na 
plataforma deve ser retirado. 
 
 
 
WALK OVER – W.O. 
 
Em qualquer caso de W.O. o boxeador deve entrar no ringue totalmente vestido para boxear. 
O boxeador deve seguir o mesmo procedimento de quando os oponentes estão no ringue. 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 100 
 
 
3.2.3. APÓS A LUTA 
 
No final do último round, o técnico deve retirar as luvas, o protetor de cabeça e o protetor 
bucal do boxeador e apreciar e reconhecer o boxeador (a) por seu esforço. 
 
APERTO DE MÃOS 
 
Após o árbitro anunciar o resultado da luta, os boxeadores devem se dirigir ao corner do 
oponente e o Segundo deve apertar as mãos dos boxeadores oponentes como um sinal de 
espírito desportivo e rivalidade amigável (sadia) de acordo com as Regras do boxe. 
 
SAINDO DA ÁREA DE COMPETIÇÃO (FPO OU FIELD OF PLAY) 
 
 Após deixar o ringue, o Segundo e o boxeador deverão se dirigir a Zona Mista 
 Antes de deixar o FOP, o boxeador que perdeu a luta deve pegar o livro de 
anotações/registros. 
 Após sair do FOP, o boxeador deve caminhar até a Zona Mista. A Zona Mista é a área 
reservada a mídia. 
 Assim que o boxeador passar pela Zona Mista. Ele/ela deve visitar a sala de exames 
médicos antes de voltar para seu vestiário, mesmo que não existam sinais de lesões. 
 
Apesar do resultado da luta, o Técnico deve esperar por várias horas ou até o dia 
seguinte para avaliar e discutir o desempenho com o boxeador. O Técnico deve se 
focar mais na saúde e aspecto do boxeador neste ponto do que no desempenho e nos 
resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 101 
 
3.3. APÓS A COMPETIÇÃO 
 
Como técnico, ele/ela deve criar uma atmosfera positiva no ginásio e nas sessões de 
treinamento. O técnico também precisa focar nas emoções do boxeador mais do que em suas 
próprias. Se o boxeador estiver desapontado com o resultado da competição, o técnico deve 
ficar com o boxeador e ter certeza que ele está mantendo suas emoções sob controle e não 
está prejudicando ou criando uma atmosfera negativa no ginásio e durante as sessões de 
treinamento. Tentar encorajar o boxeador e prepara-lo para a avaliação de seu desempenho 
na competição. 
 
Análises de lutas devem ser feitas sem levar em conta as emoções do boxeador, quando as 
emoções do boxeador forem levadas em consideração, o técnico pode não ser capaz de 
pontuar o que o boxeador fez de errado. Quandoanalisar lutas junto com os boxeadores, 
prestar atenção especial a: 
 
 Quais foram as técnicas e habilidades mais utilizadas? 
 Quais foram as táticas usadas e como o boxeador as implementou? 
 Quais foram as habilidades de defesa usadas durante os ataques do oponente? 
 Qual foi a razão para o resultado da luta? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 102 
 
 
3.4. REGRAS E REGULAMENTOS 
 
 3.4.1. CLASSIFICAÇÃO POR IDADE 
 
A idade do boxeador é determinada pelo ano de seu nascimento: 
Entre 15 a 16 anos, meninos e meninas boxeadores são “Boxeadores Junior” (nota do tradutor: 
No Brasil, conhecidos como CADETES) 
Entre 17 e 18 anos , meninos e meninas boxeadores são categorizados como “Boxeadores 
Juvenis” 
Idade entre 19 a 40 anos*, homens e mulheres boxeadores são categorizados como 
“Boxeadores Elite”. (*nota do tradutor: no texto original, de 2010, 34 anos era o limite máximo 
de idade, mas as regras mudaram em 2013 e agora o limite de idade é 40 anos, razão da 
alteração). 
 
3.4.2. CATEGORIAS DE PESO 
 
BOXEADORES ELITE E JUVENIL MASCULINO – 10 CATEGORIAS 
 
Após o anúncio da decisão da luta pelo árbitro, os boxeadores devem ir até o corner do 
oponente e o segundo deve apertar as mãos com os boxeadores oponentes como sinal de 
espírito esportivo e rivalidade sadia de acordo com as regras do boxe. (nota do tradutor: o 
trecho acima está fora de contexto no manual original e é uma repetição do contido no item 
3.2.3 – aperto de mãos) 
 
Categoria Peso mínimo (kg) Peso 
 máximo (kg) 
 
Mosca ligeiro (light fly) 46 49 
 
Mosca (fly) 49 52 
 
Galo (Bantam) 52 56 
 
Leve (light) 56 60 
 
Médio- ligeiro (light welter) 60 64 
 
Meio- médio (welter) 64 69 
 
 Médio (middle) 69 75 
 
 Meio- pesado (light heavy) 75 81 
 
 Pesado (heavy) 81 91 
 
 Superpesado (super heavy) 91 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 103 
 
ELITE E JUVENIL FEMININO DE BOXEADORAS MULHERES – 10 CATEGORIAS 
 
 Categoria Peso mínimo (kg) Peso 
 máximo (kg) 
 
 Mosca ligeiro (light fly) 45 48 
 
 Mosca (fly) 48 51 
 
 Galo (bantam) 51 54 
 
 Pena (feather) 54 57 
 
 Leve (light) 57 60 
 
 Médio-ligeiro (light welter) 60 64 
 
 Meio-médio (welter) 64 69 
 
 Médio (middle) 69 75 
 
 Meio pesado (light heavy) 75 81 
 
 Pesado (heavy) 81 - 
 
 
CADETE (JUNIOR) MASCULINO E FEMININO - 13 
CATEGORIAS 
 
 Categoria de peso Peso mínimo em kg Peso 
 máximo em 
 kg 
 
 Alfinete/PALHA (pin) 46 
 
 Mosca ligeiro (light fly) 46 48 
 
Mosca (fly) 48 50 
 
Galo ligeiro (light bantam) 50 52 
 
Galo (bantam) 52 54 
 
Pena (feather) 54 57 
 
Leve (light) 57 60 
 
Leve-ligeiro/meio-ligeiro (light welter) 60 63 
 
Ligeiro (welter) 63 66 
 
Médio-ligeiro (light middle) 66 70 
 
Médio (middle) 70 75 
 
Meio pesado (light heavy) 75 80 
 
Pesado (heavy) 80 - 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 104 
 
 
3.4.3. ELEGIBILIDADE DE BOXEADORES 
 
 Qualquer boxeador participando de um evento sancionado AIBA, deve ser natural de 
um país onde a Federação Nacional filiada a AIBA participe dessas competições. 
 Se um boxeador é natural de dois ou mais países ao mesmo tempo, este boxeador 
deverá selecionar apenas uma Federação Nacional para participar em eventos 
sancionados AIBA. 
 Um vez que o boxeador escolha a Federação Nacional, ele/ela não pode participar de 
nenhum evento sancionado pela AIBA com outra Federação Nacional por três (3) anos. 
 
 
3.4.4. DURAÇÃO E NÚMERO DE ROUNDS 
 
 ROUNDS MINUTOS INTERVALO ENTRE ROUNDS 
 
Masculino Elite e Juvenil 3 3 1 
 
Feminino elite e juvenil 4 2 1 
 
Cadete masculino e 3 2 1 
feminino 
 
 
 
3.4.5 A DECISÃO 
*nota do tradutor: este manual foi elaborado em 2010 e houve algumas alterações até a 
tradução, em 2015, que podem ser encontradas no link 
http://aiba.s3.amazonaws.com/2015/02/AIBA-Technical-Rules-01.02.2015.pdf - Essas 
alterações, dada sua complexidade e a fim de preservar o valor histórico desse manual, serão 
objeto de tradução futura nas Regras e Regulamentos Técnicos da AIBA 
 
 vitória por pontos 
 vitória por desistência 
 vitória porque o árbitro parou o combate (RSC) 
 vitória por desqualificação 
 vitória por Knock Out 
 vitória por RSCH 
 vitória por W.O. - Sem resultado 
 no contest 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 105 
 
http://aiba.s3.amazonaws.com/2015/02/AIBA-Technical-Rules-01.02.2015.pdf
 
3.4.6. AS FALTAS 
 golpear abaixo da linha de cintura; segurar, tropeçar, chutar e empurrar com o pé ou 
joelho 
 pancadas ou golpes com a cabeça, ombro, antebraço, cotovelo, estrangular o 
oponente, comprimir com o braço ou cotovelo o rosto do oponente, pressionar a 
cabeça do oponente contra as cordas. 
 bater com a luva aberta, bater com o lado de dentro da luva, pulso ou lateral da mão. 
 golpes nas costas do oponente e especialmente qualquer golpe na parte de trás do 
pescoço ou cabeça e golpes nos rins 
 golpear girando sobre o próprio corpo (pivot blows) 
 Atacar enquanto segura as cordas ou fazer qualquer uso injusto das cordas 
 Deitar, fazer movimentos de wrestling e jogar com o clinch 
 Atacar oponente caído ou que está se levantando 
 Segurar, segurar e bater ou puxar e bater. 
 segurar, ou travar o braço ou cabeça do oponente ou empurrar um braço por baixo do 
braço do oponente 
 abaixar para abaixo da linha de cintura do oponente, de uma maneira que seja 
perigosa para ele 
 Defesa completamente passiva por dupla cobertura* e falta intencional, correr ou 
virar de costas para evitar um golpe. (*double cover é uma técnica de defesa passiva 
que consiste em elevar os dois braços e se encolher para evitar golpes, sem revidar) 
 Expressões sem sentido, ofensivas ou agressivas durante o round 
 não se afastar quando receber a ordem de “break” (separar) ou tentar atacar o 
oponente depois que o juiz ordenou “break”. 
 Agredir ou se comportar de forma agressiva em relação ao árbitro em qualquer 
momento. 
 cuspir o protetor bucal 
 manter a mão da frente esticada e reta a fim de obstruir a visão do oponente. 
 
3.4.7. SEGUNDOS 
 cada boxeador tem direito a ter até 2 Segundos 
 Os Segundos devem ser os técnicos que são qualificados em suas Federações 
Nacionais e devem respeitar e seguir as Regras e Regulamentos da AIBA 
 Apenas um Segundo pode entrar no ringue durante o intervalo entre rounds. 
 O Segundo não pode permanecer na plataforma do ringue após o início do combate. 
Ele também é responsável por remover banquetas, toalhas, baldes e etc da 
plataforma. 
 Qualquer Segundo que esteja incitando ou encorajando expectadores de qualquer 
modo, será removido do FOP (Field of Play, área de competição) e não poderá mais 
atuar como segundo naquela luta. 
 Se a ofensa ocorrer uma segunda vez, o Segundo será afastado da competição. 
 O uso de qualquer equipamento de comunicação no FOP como, por exemplo, mas não 
limitado a, telefones celulares, walkie-talkies, smartphones, fones de ouvido, rádios de 
ondas curtas e etc é proibido. 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO IV 
ASPECTOS ADICIONAIS 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 107 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 108 
 
4.1. MÉDICOS 
 
4.1.1. FERIMENTOS 
 
AS lesões podem ocorrer a qualquer momento do dia, em qualquer lugar. Pode acontecer 
durante o treinamento, ou durante a competição. Durante a competição, os médicos de ringue 
e o pessoal médico deverá cuidar imediatamente dos ferimentos, contudo, é responsabilidade 
do Técnico cuidar e proteger o boxeador de ferimentos, mas também providenciar tratamento 
de primeiros socorros, em caso de qualquer ferimento ocorrer durante o treinamento. 
 
Tipos de ferimentos no boxe: 
 
 sangramento nasal nariz fraturado 
 mandíbula fraturada 
 fratura do boxeador (nota do tradutor: no jargão médico, refere-se à fratura de algum 
dos ossos da mão). 
 Fratura de Stave Bennet (nota do tradutor: no jargão médico, refere-se à fratura do 
polegar) 
 Ferimentos dentro das órbitas dos olhos (intra orbitais) 
 Olhos roxos –ferimentos em volta dos olhos ou periorbitais. 
 lacerações 
 hematomas 
 sensibilidade facial 
 orelha de couve-flor 
 tímpano perfurado 
 concussão 
 
4.1.2. PREVENÇÃO DE FERIMENTOS 
 
A fim de prevenir lesões, a primeira e a mais importante atitude que o técnico deve ter é 
fornecer um ambiente de treinamento seguro. Os seguintes critérios podem também ajudar os 
boxeadores a evitar lesões durante o treinamento ou em competição. 
 
 Deve seguir as orientações de segurança ao usar as instalações e os equipamentos. 
 Se o equipamento estiver usado ou faltando partes, não o utilizar. 
 durante o treinamento técnico com o parceiro, o boxeador deve estar completamente 
trajado com protetor de cabeça, protetor bucal, calçados para treinamento e etc 
 quando fizer sparring durante o treino, o boxeador deve usar um protetor de cabeça 
que cubra a maior parte da cabeça e do rosto e luvas de boxe maiores (por exemplo, 
de 16 onças). 
 Para o sparring, o parceiro dever ser selecionado de acordo, baseado nos níveis físico e 
de habilidade do boxeador e baseado no objetivo principal do sparring 
 o boxeador deve ter o aquecimento apropriado antes do treinamento e da 
competição. 
 providenciar ao boxeador tempo de recuperação suficiente antes e depois do treino e 
da competição 
 Esfregar vaselina ou lubrificação própria no rosto antes do sparring para prevenir 
lesões. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 109 
 
4.1.3. TRATAMENTO DE FERIMENTOS/LESÕES MENORES 
 
Em todos os casos, se os ferimentos forem mais severos do que cortes ou arranhões menores, 
o Técnico deve chamar a assistência médica de emergência antes de conduzir seus primeiros 
socorros. 
 
SANGRAMENTO NASAL 
 
 Sentar-se reto e pender a cabeça ligeiramente para frente. 
 não inclinar a cabeça para trás. Isso pode fazer com que o sangue volte para a 
garganta e você pode ter de engolir 
 respirar pela boca 
 aplicar pacote de gelo no nariz, bochechas e pescoço (o frio vai parar o sangramento e 
o inchaço) 
 Use o polegar e o dedo indicador e firmemente pressione a área mostrada em cinza a 
figura abaixo por 10 a 20 minutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 110 
 
 
MACHUCADO 
 
 aplicar pacote de bolsa de gelo na área machucada por aproximadamente 20 minutos 
para acelerar a cicatrização e reduzir o inchaço. Após um rápido intervalo, este 
processo pode ser repetido. 
 não aplicar gelo diretamente na pele. Envolver o pacote de gelo num pano de enxugar 
ou toalha. 
 
CORTE 
 
 Certificar-se que a ferida está bem limpa com sabão desinfetante ou similar. 
 Aplicar gaze para gesso (bandagem) 
 
DISTENSÃO 
 
 Deitar o atleta em uma superfície plana. 
 elevar a área distendida. 
 aplicar pacote/bolsa de cubos de gelo na parte ferida. 
 não aplicar mais que 20 minutos por vez 
 usar fita elástica para prender a área ferida, sobreponha a fita elástica sempre na 
metade da largura dela. Certificar-se que a fita não cortou a circulação sanguínea, a 
fita deve estar confortável. Se a área distendida do atleta se tornar fria, azul ou 
ardente, refazer a colocação da fita. 
 
FRATURA 
 
 Se a fratura parecer severa, chamar a assistência médica ou transportar a pessoa para 
um serviço de emergência. 
 manter o atleta deitado em solo plano 
 se houver sangramento, aplicar pressão na área que está sangrando para parar o 
sangramento antes da colocação de tala. 
 Para ossos quebrados de braço ou perna, colocar uma tala (feita de madeira, plástico, 
metal ou outros materiais rígidos e acolchoar com gaze contra a área para prevenir 
movimentos). 
 envolver a tala na área fraturada usando bandagem. Então, elevar a área fraturada. 
 transportar os atletas a emergência médica ou esperar até o pessoal médico chegar. 
 
CONCUSSÃO CEREBRAL 
 
 Aplicar pacote de gelo ou bolsa de gelo na área machucada 
 não aplicar diretamente na pele. Enrolar o pacote usando um pano de secar ou toalha 
 aplicar gelo por 20 a 30 minutos 
 transportar os atletas para a emergência médica/pronto socorro. 
 Sinais de alerta de concussão mais sérias inclui náusea e vômito, confusão, tontura, 
nestes casos, o atleta precisa ser transportado a hospital imediatamente ou ser 
chamado o serviço de pronto atendimento de emergência. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS -111 
 
 
4.1.4. TRATAMENTO PARA FERIMENTOS SEVEROS 
 
Em qualquer caso de machucado severo durante o treinamento, o técnico deve chamar o 
número de emergência imediatamente. Até a chegada do pessoal da emergência, o técnico 
deve ficar com o atleta machucado o tempo todo e não realizar nenhum tratamento no 
boxeador. 
 
Em caso de knock-down durante o treinamento: 
 
 deitar o boxeador em posição confortável e segura 
 remover o protetor bucal e segurar a cabeça em posição segura (talvez devamos 
adicionar ilustrações demonstrando a posição segura) 
 Aplicar esponjas frias na testa e pescoço 
 cuidadosamente, remover o protetor de cabeça 
 se o boxeador sofrer concussão do knock-down, isto deve ser anotado no diário do 
professor 
 O Técnico deve acompanhar o boxeador para ver um médico e verificar que ele/ela 
está em condições normais. 
 o Boxeador deve realizar outro check-up médico de acordo com as Regras Técnicas e 
de Competição da AIBA e seus regulamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 112 
 
4.2. NUTRIÇÃO 
- A meta principal da dieta é fornecer energia adequada para recuperação e um reparo 
rápido e eficiente ao tecido muscular sem aumento de gordura corporal. 
- A melhor estratégia é criar um plano alimentar de um ano que inclua monitoramento 
do peso e assegure que o boxeador não saia da margem de 10% de seu peso em 
competição. 
- é recomendável comer a cada 3-4 horas (comer no mínino 4 refeições por dia em 
intervalos regulares) 
- beber água ou drink esportivo para manter uma hidratação apropriada, 
especialmente durante o treinamento. 
- evitar substâncias que imitam água, como refrigerantes ou limonadas. Embora 
possam conter água e alguns carboidratos, eles contém uma enorme quantidade de 
carboidratos inúteis. 
- Não esquecer minerais e vitaminas 
- planejar dietas que consistam numa grande variedade de comidas e ter em mente os 
grupos alimentares básicos: Esta é a maior garantia de ter recebido os nutrientes 
necessários. (nota do tradutor: pesquisar por pirâmide alimentar) 
- A dieta de atletas jovens deve se basear na seleção apropriada de nutrientes como: 
- carboidratos – arroz integral, macarrão de cereal integral, aveia, pão de cereal 
integral, vegetais, frutas e batatas. 
- proteínas: tofu (queijo de soja), ovo, peixe, frango, bife, porco e queijo 
cottage light/queijo magro. 
- gordura: manteiga, sementes, nozes, peixe de água salgada, óleos vegetais e 
de oliva 
- vitaminas: vegetais, frutas e outros produtos, ricos em vitaminas C/B/D/A/K. 
- minerais: sódio, potássio, magnésio e ferro 
- Para atletas, é recomendável compor suas dietas, nos índices calóricos que segue: 
- 55% de carboidratos 
- 1 grama de carboidrato = 4 calorias 
- baseado num consumo de 2000 calorias, 1100 calorias derivam dos 
carboidratos - 1100 calorias = 275 gramas 
- 15% de proteínas 
Proteínas diárias admitidas: 1,6 – 1,8 gramas por quilo de peso 
- 30% de gordura 
- 1 grama de gordura = 9 calorias 
- baseado num consumo de 2000 calorias, 600 calorias deriva de gordura 
- 600 calorias = por volta de 66/67 gramas 
- Tentar consumir adicionais 300 a 500 calorias a mais do que o nível de manutenção 
do peso durante as sessões de treinamento. 
- Beber bebidas livres de gordura ou leite desnatado ou semi-desnatado 
- aumentara quantidade de proteína para 2 gramas por quilo de peso. 
- fora de época de competição, os boxeadores devem esforçar-se para aumentar sua 
massa magra e/ou melhorar suas fraquezas físicas. 
 
ANTES E DEPOIS DA SESSÃO DE TREINAMENTO 
- 30-40 minutos antes do treinamento, consumir 30-40 gramas de carboidrato e 20 
gramas de proteína 
- consumir bebidas esportivas ou bebidas contendo carboidratos e proteínas durante 
a sessão de treinamento e imediatamente após, para evitar desidratação, prevenir a 
queda nos níveis de glicose do sangue e manter os níveis de glicogênio do corpo. 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 113 
 
4.3. MONITORAMENTO DE PESO 
O peso corporal colocará os boxeadores em categorias de peso especificas na competição. Em 
muitos casos, os boxeadores começam a controlar seu peso apenas alguns dias antes da 
competição começar e esses hábitos podem ser arriscados, não apenas para o bem estar do 
boxeador, mas também o boxeador pode não conseguir alcançar o peso específico. 
 
É essencial ao técnico monitorar constantemente e ajudar o boxeador a manter seu 
peso fora de competição. 
 
 antes e depois de cada sessão de treinamento ou competição, o peso corporal deve 
ser medido para ver o impacto do treinamento no peso corporal. 
 é perigoso reduzir o peso corporal por desidratação ou dietas radicais. 
 o técnico deve monitorar a ingestão de líquidos pelo boxeador e o auxiliar a tomar 
quantidades suficientes de líquido durante o treinamento. 
 perder peso pode fazer o boxeador se cansar mais rápida e facilmente, o técnico deve 
providenciar um plano alimentar adequado que inclua o tempo, a quantidade e o que 
o boxeador deve comer. 
 se o boxeador quer ganhar peso e construir uma massa muscular para que possa 
competir em categorias de peso superiores, o técnico deve arranjar um plano 
alimentar com uma ingestão maior de calorias. 
 os atletas devem reduzir a ingestão de comidas não saudáveis, como refrigerantes, 
óleos, manteigas, doces, muito café e chá, pão branco, fast food. 
 O plano nutricional deve ser baseado em frutas/vegetais, arroz, carnes magras, 
bebidas naturais, macarrão e grãos. 
 
4.4. EDUCAÇÃO ANTIDOPING 
 
O Programa Antidoping da AIBA procura preservar o que é intrinsicamente valioso sobre o 
esporte. Este valor intrínseco é comumente mencionado como “espírito esportivo”. É a 
essência do Olimpianismo; é como jogamos verdadeiramente. Contudo, o doping é 
essencialmente contrário ao espírito esportivo. 
Assim sendo, a AIBA aceitou o Código Mundial Antidoping 2009 revisado. Regras Antidoping 
foram adaptadas e implementadas de maneira profissional e a AIBA continuará seus esforços 
para erradicar o doping do esporte do boxe. 
 
4.4.1. TESTE DE DOPAGEM EM COMPETIÇÃO 
 
Todos atletas sob jurisdição de uma Federação Nacional são sujeitos a testes em competição 
pela AIBA, a Federação Nacional dos Atletas e quaisquer outras organizações antidoping 
responsáveis por testes em competições ou eventos dos quais tenham participado. 
 
 em eventos aprovados pela AIBA, ela é a organização responsável pelos testes. 
 em todos os outros eventos, o Comitê Organizador local é responsável pelos testes. 
 
SELEÇÃO DE ATLETA PARA SER TESTADO EM COMPETIÇÃO 
 
Em eventos internacionais, cada atleta que terminar entre 1 dos 3 primeiros lugares em todas 
as categorias de peso na competição, mais um boxeador competindo selecionado 
aleatoriamente. 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 114 
 
4.4.2. DOPAGEM FORA DE COMPETIÇÃO 
 
AIBA tem um sistema de controle de testes para aqueles atletas que são chamados a cumprir 
com as exigências dos formulários de localização do atleta (whereabout requirements) do 
padrão de testagem internacional. O propósito do sistema de controle de testes da AIBA é 
identificar atletas de alto nível internacional, os quais a AIBA exige que providenciem suas 
informações de paradeiro para facilitar a testagem fora de competição pela AIBA ou outra 
organização Antidoping com jurisdição sobre os atletas. 
 
SELEÇÃO DO ATLETA PARA ESTAR NO GRUPO DE CONTROLE DE TESTES DA AIBA 
 
- Durante o período de Qualificação Olímpica, todo atleta que tiver obtido uma colocação por 
seu país, independentemente de ele estar participando dos Jogos Olímpicos. 
- Os vencedores de medalhas na categoria elite dos últimos WORLD CUP (campeonato 
mundial), WORLD & CONTINENTAL CHAMPIONSHIP (Campeonato Mundial e Continental). 
- os vencedores de medalhas na categoria elite dos últimos Jogos Olímpicos. 
- qualquer atleta, membro de um time nacional, selecionado aleatoriamente pela 
Comissão Médica da AIBA. 
- a lista dos atletas estará disponível no site da AIBA (http://www.aiba.org) 
- mesmo que o atleta não cumpra nenhum dos critérios acima, ele/ela deverá 
permanecer no Grupo de Controle de Testagem Registrado até o final do calendário 
anual. 
 
RESPONSABILIDADES DOS ATLETAS NO GRUPO DE TESTAGEM REGISTRADA AIBA 
 
- Necessário apresentar relatórios trimestrais com formulários fornecidos pela AIBA que 
especificará diariamente os locais e horários onde os atletas estarão residindo, treinando e 
competindo. 
- necessário atualizar suas informações conforme for preciso de forma corrente 
- estar disponível para testagem nos paradeiros indicados 
 
A responsabilidade definitiva em fornecer informações de paradeiro é de cada atleta. 
Todavia, deve ser responsabilidade de cada técnico e de cada Federação Nacional empreender 
seus melhores esforços para auxiliar a AIBA em obter informações de paradeiro quando forem 
requisitadas pela AIBA. 
 
VIOLAÇÕES ÀS REGRAS ANTIDOPING 
 
- a presença de substância proibida em seu metabolismo ou marcadores numa amostra do 
atleta 
- o uso ou tentativa de uso por um atleta de substância ou métodos proibidos. 
- A recusa ou a falta de justificação válida de enviar a coleção de amostras após notificação 
como autorizado nas regras antidoping da AIBA, ou de outro modo fugir da coleta de amostras 
- a falta de aviso à AIBA de seu paradeiro de coleta 
- deixar de estar disponível para testagem no local declarado para coletas. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 116 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
TÉCNICAS AVANÇADAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 117 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 118 
 
Na parte inicial do Manual dos Técnicos, nós cobrimos a parte básica das habilidades 
para boxear, técnicas e informações relacionadas ao boxe que se encaixam com o nível 
de técnicos iniciantes a nível Técnicos 1 Estrela. Na parte avançada do Manual dos 
Técnicos, nós exploraremos as técnicas de boxe e as preferências técnicas em 4 
diferentes países e regiões. Esses países e regiões incluem Europa, Russia, Estados 
Unidos e Cuba. 
Mais adiante, na parte avançada do Manual dos Técnicos, o nível avançado de 
exercícios de treinamento e metodologia será apresentado junto com a 
individualização do treinamento e o controle e monitoramento (avaliação) do 
desempenho e habilidades do boxeador. 
Antes de seguir para o aprendizado da técnica avançada, o técnico deve entender e ter 
certeza que o boxeador dominou a postura básica do boxe, os golpes básicos, defesa e 
movimentações como troca de peso corporal, movimento corporal para cima sem 
movimentar os pés, movimento dos pés sem perda de equilíbrio, etc. Dominar essas 
habilidades básicas permitirá ao boxeador lançar diferentes ataques livre e 
efetivamente. 
Os golpes básicos aprendidos na parte anterior do Manual dos Técnicos é a base e 
fundação das habilidades de ataque de um boxeador. É muito importante para o 
boxeador entender que as habilidades de ataque ensinadas na parte técnica avançada 
são variações do básico ensinado anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 119MANUAL DOS TÉCNICOS – 120 
 
 
5.1. TÉCNICA AVANÇADA – EUROPA 
A Europa é um continente que consiste de muitos países e seu estilo de boxe tem influenciado 
países como Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Polônia, Russia e outros. Cada país 
desenvolveu seu próprio sistema de locais/campos de treinamento, competições, análises, 
avaliações, controle e monitoramento dos treinamentos esportivos. Contudo, após a Segunda 
Guerra Mundial, esses estilos foram misturados e os técnicos de cada país adicionaram 
diferentes elementos de seu conhecimento e experiências, especialmente mirando na 
melhoria das habilidades individuais e preparação dos boxeadores. 
 
Os técnicos europeus trabalharam para desenvolver as habilidades técnicas e táticas dos 
boxeadores baseados nas capacidades individuais físicas e fisiológicas dos boxeadores assim 
como seu nível de preparo psicológico. O boxeador executa uma série de curtos e dinâmicos 
golpes com uma boa movimentação de pernas e combinações de golpes após suas ações 
defensivas. 
 
 5.1.1. POSTURA DE BOXE 
 Com os esforços dos técnicos para desenvolver as habilidades técnicas dos boxeadores 
com suas forças e fraquezas individuais, cada boxeador avançado tem diferentes posturas de 
boxe. Entretanto, todos os boxeadores alternam suas posturas de boxe com diferentes 
distribuições de peso nas pernas, ombros, braços, posição das costelas e quadris mais em pé 
ou encurvado. A decisão em alternar a postura de boxe é baseada em situações ofensivas e 
defensivas e táticas das lutas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESO TRANSFERIDO PARA A PERNA DA FRENTE 
 Utilizado quando o oponente está no alcance de ataque. Essa postura permite ao 
boxeador atacar sem movimento preparatório e poder constantemente lançar 
combinações de golpes. 
 Pode ser usado para atrair o oponente. 
 nessa postura, é mais difícil dar um passo ou se mover do que na postura clássica, 
assim sendo, necessário que o boxeador tenha boas habilidades defensivas. 
 em algumas situações, o boxeador deve ser capaz de distribuir seu peso para as duas 
pernas, entretanto, o boxeador deve treinar praticar trocando seu peso corporal para 
frente e para trás. 
 
1- Da postura de boxe clássica 
2- Alinhar os pés levemente mais largos que largura entre os ombros 
3- O peso corporal é transferido levemente em direção ao pé da frente* e ele 
plana no solo (*nota do tradutor: no original, perna da frente que plana no 
solo, em português perde o sentido, por isso mudei para pé da frente). 
4- Dobrar levemente os joelhos 
5- Manter o rosto reto em linha reta com o oponente. 
 
 
122- MANUAL DOS TÉCNICOS 
 
 
PESO TRANSFERIDO PARA A PERNA DE TRÁS 
 Esta postura de boxe é utilizada para o boxeador que prefere boxear na longa 
distância, defensivamente e que tem fortes contra golpes. 
 Esta postura de boxe permite ao boxeador ficar longe da distância de ataque do 
oponente 
 o boxeador usa o pé da frente e a mão da frente para medir a distância do oponente 
 o boxeador pode trocar o peso corporal rapidamente para o pé da frente para ficar na 
distância de ataque antes que o oponente prepare-se para a defesa. 
 
 
 
1- Da postura clássica de boxe. 
2- Trocar o peso do corpo levemente em direção a perna de trás e manter o pé da 
frente plano no solo. 
3- Pé de trás levemente girado para dentro. 
4- Dobrar o joelho da perna de trás levemente 
5- Manter o rosto alinhado com o oponente 
6- Braço da frente ligeiramente para cima e para frente 
7- Manter a mão de trás próxima ao queixo 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 123 
 
OMBRO ALTO E BRAÇO DA FRENTE ALTO 
 Essa posição permite ao boxeador proteger seu queixo com a lateral da mão da frente 
 encaixa com boxeador que tem um tempo de resposta mais lento 
 encaixa com boxeador que prefere usar a mão da frente 
 
1- Da postura clássica de boxe 
2- Encolher o ombro no braço da frente próximo ao queixo 
3- Manter o cotovelo do braço da frente próximo a um ângulo de 90 graus, 
alinhado com a área superior da caixa do tórax 
4- Trazer a mão de trás próxima a bochecha 
5- Joelhos levemente dobrados 
6- Peso corporal distribuído igualmente nos dois pés 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 124 
 
 
BRAÇOS BAIXOS 
 Facilita para o boxeador observar os movimentos do oponente 
 encaixa com um boxeador com boa velocidade, tempo de resposta e coordenação 
 encaixa com boxeador de golpes rápidos 
 encaixa com um boxeador com uma forte auto confiança e preparo psicológico 
 
1- Girar o corpo levemente em direção ao lado de trás, num ângulo de 45 graus 
2- Posicionar os pés levemente mais abertos do que a largura dos ombros. 
3- O peso corporal é distribuído igualmente nos dois pés 
4- Dobrar os joelhos levemente para baixo 
5- Levemente erguer o calcanhar do pé de trás 
6- Girar ambos os calcanhares dos pés aproximadamente 45 graus em direção ao 
lado de trás 
7- Manter a mão de trás no nível do peito e guardar o cotovelo próximo ao corpo 
8- Posicionar o braço da frente para baixo, dobrar levemente o cotovelo e a mão 
próxima a linha da cintura 
9- Manter o rosto alinhado na direção do oponente 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 125 
 
 
 
POSTURA VERTICAL (EM PÉ) 
 encaixa com boxeador que prefere golpes retos longos e lutar no centro do ringue com 
movimentos de pernas muito bons. 
 perigoso quando o boxeador está contra as cordas ou no corner. 
 
1- Da postura clássica do boxe 
2- Postura vai para a vertical, em pé 
3- Manter as duas mãos elevadas próximas ao nível dos olhos 
4- Manter os dois calcanhares acima do solo 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 126 
 
POSTURA AGAIXADO 
- Encaixa com boxeador que prefere boxear na curta e média distância. 
 
1- Da postura clássica de boxe 
2- Peso corporal distribuído igualmente entre as pernas 
3- Dobrar os joelhos para baixo levemente 
4- Pé da frente rente ao solo 
5- Dobrar os dois cotovelos e recolhê-los junto ao corpo 
6- Manter as mãos próximas das sobrancelhas e juntar ambos os braços um na direção 
do outro 
7- Manter o queixo próximo ao peito 
8- Manter o rosto apontado reto em direção ao oponente 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 127 
 
 
POSTURA FRONTAL 
 Encaixa com boxeadores que preferem boxear na curta distância 
 Encaixa com boxeadores que tem golpes fortes 
 Encaixa com boxeadores que tem pegada e velocidade de golpe nos dois braços 
 
1- Da postura clássica de boxe 
2- Manter-se reto/alinhado e girar a parte superior do corpo levemente para o 
lado de trás 
3- O peso corporal é distribuído igualmente entre as pernas 
4- Os dois pés apontam para frente 
5- Dobrar levemente os joelhos 
6- Pé da frente rente ao solo 
7- Dobrar os cotovelos e recolhê-los junto ao corpo 
8- Manter as mãos próximas ao queixo 
9- Manter o queixo próximo ao peito 
10- Manter o rosto reto apontado em direção ao oponente 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 128 
 
 
5.1.2. TRABALHO DE PÉS 
Na parte anterior do Manual dos Técnicos, discutimos os passos básicos do boxe. O boxeador 
deve dominar deslocamentos a frente, para trás, para a esquerda e direita com boa 
coordenação e equilíbrio, a fim de poder avançar para o nível de trabalho/movimentação de 
pés. 
Como o boxeador tem um espaço de luta limitado no ringue, o boxeador deve aprender a fazer 
movimentos de giro como mostrado no diagrama abaixo antes de aprender movimentos de pé 
adicionais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 129 
 
 
 
 
TRABALHO DE PÉS ADICIONAL/SUPLEMENTAR 
Deslizando 
- movimento básico utilizado tanto para ataque quanto para defesa. (*nota do tradutor para a 
figura abaixo: sliding forward: deslizando para a frente; sliding backward: deslizando para trás) 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 130 
 
 
STRIKE-GLIDING – DESLIZAMENTO-ATAQUE 
- deve ser feito mais rapidamente que o deslizamento 
- geralmente usado para cortar o movimento do oponentee por pressão nele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 131 
 
 
SPRING-GLIDING – SALTO-DESLIZAMENTO 
- Permite ao boxeador mover-se rapidamente para se afastar do oponente após o ataque 
- para criar brechas e tempo de recuperação, assim como para relaxar após as ações e 
assegurar um ponto de vantagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 132 
 
 
5.1.3. ATAQUES 
O ataque avançado consiste na combinação de diferentes elementos, como movimentação, 
fintas e diferentes golpes. Quando o boxeador dominar os elementos básicos dos golpes, 
movimentação, fintas e defesas, o técnico deve combinar os elementos do boxe e tentar 
diferentes variações de acordo com a tática, situações e as características do boxeador (suas 
forças e fraquezas). 
 
COMBINAÇÕES DE GOLPES 
 séries de golpes curtos - ataque com diferentes combinações de cruzados e uppercuts 
constantemente na curta distância contra o oponente. 
 séries de golpes longos - ataque com combinações de golpes retos constantemente na 
média para a longa distância contra o oponente. 
 golpes acentuados – nem todos os golpes são lançados com força e velocidade 
máxima. Entre as séries de golpes, o boxeador escolhe jogar um dois golpes com 
máxima força e velocidade. 
 
ATAQUE COM PREPARAÇÃO 
 A preparação inclui quaisquer manobras para atrair o movimento do oponente. Isto 
inclui fintas, escapadas ou manobras ofensivas. 
 quando o boxeador criar uma abertura, imediatamente atacar o oponente 
 
ATAQUE SEM PREPARAÇÃO 
 O boxeador observa a movimentação do oponente para criar uma abertura 
 quando o boxeador vê uma abertura, imediatamente ataca o oponente 
 usar a combinação apropriada de golpes para tirar vantagem da abertura. 
 
GOLPES DE ENCONTRO 
 Golpes de Encontro na cabeça 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente realiza com a mão da frente ou de trás um golpe reto na cabeça do 
mesmo lado que o oponente está realizando o seu golpe reto. 
o Simultaneamente, mover a cabeça para longe do golpe do oponente 
 
 Golpes de encontro no corpo: 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente usa a mão da frente ou de trás para golpe reto no corpo em direção ao 
lado do oponente onde ele está realizando seu golpe reto. 
 
CONTRA ATAQUE 
 Ação de resposta após realizar movimentos defensivos contra o ataque do oponente 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 133 
 
 
 
5.1.4 DEFESAS 
 
DEFESA PASSIVA 
 
- O boxeador não toma ações imediatas e fica observando o oponente após ele o atacar. 
 
DEFESA ATIVA 
 
- o boxeador toma ações imediatas após o ataque do oponente com contra ataque ou ação 
antecipada 
 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE DEFESA 
 
A ação da defesa pode ser dividida em 3 categorias: 
 
1. Defesa de mão, braço e ombro – usa a mão e o ombro tanto para boquear quanto para 
evitar o ataque do oponente 
o . Defesa com a mão ou bloqueio com os dois braços 
o . pegar/bloquear 
o . bloqueio de braço/bloqueio de cotovelo/bloqueio de ombro 
o . aparar 
 
2. Defesa de corpo – usa a parte superior do corpo ou inferior do corpo para fazer 
movimentos defensivos 
o . encolher 
o - girar 
o - balançar para trás 
o - mover a parte superior do corpo tanto para a direita quanto para a esquerda 
 
3. Defesa de perna – usa o movimento dos pés para se afastar da distância de ataque do 
oponente 
o - passo para trás 
o - salto para trás 
o - passo ou salto laterais para a direita e esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 134 
 
5.1.5. FINTAS 
 
 - esconder a intenção do boxeador através de uma ação enganosa 
 - diferentes tipos de fintas podem ser aplicados a certas táticas e situações 
 - fintas devem ser rápidas e provocativas 
 - fintas devem ser feitas na distância apropriada 
 - as fintas também podem ser usadas para aproximar a distância; o boxeador usa a 
finta para se aproximar do oponente movendo-se para frente ou atraindo o oponente 
a se mover para perto ou fazer o oponente se mover para trás em direção às cordas ou 
corner 
 - para fazer com que o oponente realize qualquer ação de ataque que irá criar uma 
abertura para o contra-ataque. 
 
TIPOS DE FINTAS 
 fintas de cabeça 
o Mover a cabeça para a frente e encolhê-la 
o Mover a cabeça lateralmente 
 finta com os olhos 
o Olhar para a área do abdômem do oponente 
o olhar para os pés do oponente 
 finta com os braços 
o Esticar o braço da frente levemente para a cabeça ou corpo do oponente e 
então retrair o braço, imita o movimento de ataque 
 Finta com o corpo 
o Mover a parte superior do corpo (ombros) em direção ao oponente ou às suas 
laterais para imitar a intenção de acertar um golpe e então retornar a postura 
original 
 - Finta com as pernas 
o Flexionar um ou os dois joelhos levemente para baixar o corpo e então ficar 
de pé novamente, fingindo que o boxeador está realizando a preparação para 
um movimento de ataque 
o fixar com firmeza uma perna no chão, enquanto a outra perna se move em 
diferentes direções 
 
COMBINAÇÕES DE FINTAS 
Cada tipo de finta pode ser aplicado individualmente ou pode ser combinado com dois 
ou mais elementos. Por exemplo, a mão com os olhos ou a perna com a mão e etc. 
Quando realizando movimentos de finta, o boxeador deve considerar sua própria 
defesa, para antecipar quaisquer contra-ataques do oponente. Enquanto isso, o 
boxeador deve também pensar sobre as ações após a finta. As fintas devem ser 
utilizadas como ações preparatórias para um ataque mais importante. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 135 
 
 
5.1.6. DESENVOLVIMENTO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO 
O programa de treinamento é um elemento essencial no desenvolvimento de um boxeador. O 
Programa de Treinamento deve ser muito bem planejado e organizado com a individualização 
de acordo com o nível de habilidades e preparo do boxeador. 
 
Quando desenvolver o programa de treinamento, os técnicos devem considerar o que segue: 
 . Metas e objetivos do boxeador 
 . habilidade e nível de preparo do boxeador 
 . Agenda dos campeonatos principais 
 
Um dos métodos de desenvolvimento de um plano de treinamento de um ano para o grupo 
Europeu é dividir o ano em dois ciclos de 6 meses. Ao final de cada ciclo, o técnico seleciona 
uma competição que se tornará a competição alvo onde o boxeador irá focar seu treinamento. 
(*nota do tradutor: abaixo, na ordem: azul-amarelo-rosa-roxo-verde, traduzindo são: azul, período de preparação 
geral; amarelo, período de preparação específica; rosa, período de competição; roxo, competição-alvo e verde, 
período de transição). 
 
 1º ciclo 2º ciclo 
 
 
 
 Janeiro dezembro 
Cada ciclo consiste de 4 períodos: Preparação Geral, Preparação Específica, Competição e 
Período de Transição. Em cada período, o boxeador treina com diferentes metas e objetivos 
para preparar-se para a “competição-alvo” no final de cada ciclo. 
 
Quando desenvolver um plano de treinamento de um ano: 
 deve estar ciente de quando e onde as competições de controle, as competições alvo e 
a competição principal tem lugar. 
 desenvolver de trás para frente, do final do calendário (competição principal) até o 
primeiro dia. 
 participar de torneios pequenos e médios antes e entre as principais competições para 
controlar e monitorar (avaliar) o nível de preparo e o progresso do boxeador. 
 selecionar os torneios de acordo com o nível de preparo do boxeador. Torneios mais 
duros podem ter um efeito negativo no nível psicológico do boxeador. 
 o programa de treinamento e a agenda deverão mudar conforme o aumento ou 
diminuição de intensidade, misturando-se diferentes exercícios de treinamento para 
manter o interesse dos boxeadores e o nível motivacional alto. 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 136 
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO GERAL 
O foco do treinamento do período de preparaçãogeral é o desenvolvimento de habilidades 
físicas como resistência, força, velocidade, coordenação e flexibilidade que são a base para 
alcançar o objetivo de um boxeador nas competições Principal e nas Competições-alvo. É 
importante perceber que exercícios de treinamento neste período devem ser limitados às 
habilidades físicas dos boxeadores, mesmo que o foco do período de preparação geral seja o 
desenvolvimento de habilidades físicas. O Técnico deve incorporar os elementos de 
treinamento específicos assim como elementos táticos e técnicos. O Técnico deve lembrar de 
agendar o treinamento específico de boxe de resistência, força, velocidade, coordenação e etc. 
O período de preparação geral pode durar cerca de 10 a 15 semanas, contudo, baseado no 
calendário anual de competições e no progresso do nível de habilidades e desempenho de um 
boxeador, esse período pode ser ajustado de acordo. Cada programa de treinamento nesse 
período pode ser planejado com diferentes exercícios enquadrados em sessões de duas horas 
de duração, duas sessões por dia. 
Quando desenvolver o plano de treinamento deste período, o treinador deve estar ciente que 
a intensidade nesse período deve ser baixa, enquanto o volume de treinamento deve ser alto. 
EXERCÍCIO DURAÇÃO CARGAS DE 
TREINAMENTO 
COMENTÁRIOS 
1.Aquecimento 
Exercícios de ginástica 
-dobrar, virar, girar, saltar 
25 minutos moderada Exercitar-se caminhando ou fazendo jogging*(corrida 
leve) simultaneamente 
2 treino principal 
- 6 sprints de 10 metros 
- 6 sprints de 20 metros 
- exercícios com bolinha de 
tênis: arremessar ao 
parceiro e dribles 
50 
minutos 
Moderado 
ou alto 
Método de treinamento de repetição com o treinamento de Sprints 
Exercícios de corrida devem ser conduzidos na máxima velocidade 
O exercício com bola de tênis deve ser feito com arremessos únicos, 
duas bolas arremessadas e/ou pegas de volta juntas e outros 
movimentos ou exercícios adicionais 
3. resfriamento 
- alongamento 
-exercício de relaxamento 
20 minutos 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 137 
 
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO ESPECÍFICA – CONNHECIDO COMO PERÍODO PRÉ-COMPETIÇÃO 
O período de preparação específica, também conhecido como período pré-competição é o 
período onde os boxeadores se preparam para competições maiores ou a principal. Assim 
sendo, o foco do treinamento é o desenvolvimento de habilidades físicas específicas para o 
boxe, como resistência, força, velocidade, coordenação e flexibilidade com movimentação de 
boxe, técnicas e táticas. 
Esse período pode durar entre 5 a 7 semanas. A duração pode ser ajustada baseada no 
calendário anual de competições, e no nível de preparo do boxeador para competição. Em 
cada programa de treinamento desse período podem ser planejados exercícios específicos de 
boxe, com 1 a 1 hora e meia de duração e intensidade média ou alta. 
EXERCÍCIO DURAÇÃO CARGAS COMENTARIOS 
1.AQUECER 
Ex. gerais, corda, 
sombra 
5, 10 e 10 minutos 
respectivamente 
moderada Aquecimento de 
acordo com os 
esforços que 
ocorrerão 
2.treinamento 
Sparring (luvas de 
16 onças) 
 
Saco pesado (16 
onças) 
 
Sombra com 
halteres 
 
Pular corda 
3min/1min descanso 
(4x) 
 
3 min x 1 descanso (2x) 
 
 
3 min x 1 descanso (2x) 
 
3 min x 1 descanso (2x) 
 
Muito alta 
 
 
Alta 
 
 
Alta 
 
alta 
Método de treino 
intervalado 
3. resfriamento 
Treino abdominal 
Pular corda 
15 minutos 
10 minutos 
Alta Mudar posição das 
pernas e tronco 
para treinar 
musculatura 
abdominal 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 138 
 
PERÍODO DE COMPETIÇÕES 
Período de Competições são os períodos que se iniciam aproximadamente a 2 ou 3 semanas 
antes das competições principal e alvo e duram até o último dia de competição. Durante este 
período, cada sessão de treinamento está programada para durar 1 a uma hora e meia com 
alta intensidade e pouco volume para reduzir o cansaço do boxeador antes da competição. 
 
No período de competição, o técnico deve trabalhar com o boxeador para revisar e melhorar 
as habilidades específicas para o boxe físicas, técnicas e táticas. O boxeador irá treinar alguns 
movimentos táticos e sessões de aprimoramento psicológico para ter a preparação final para 
as competições alvo. 
 
EXERCÍCIOS 
 
DURAÇÃO 
 
CARGAS DE 
TREINO 
 
COMENTÁRIOS 
 
1- 1. aquecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aquecimento geral 
Alongamento 
Sombra 
 
 
 
15 minutos 
 
10 minutos 
 
moderado 
 
moderado 
Exercícios gerais com caminhada ou 
jogging simultâneo 
alongamento 
praticar movimentos defensivos contra 
golpes retos 
 
 
2. treinamento 
Treinamento técnico com parceiro (3 minutos x 6 séries / 1 
min descanso entre séries)- treinar diferentes movimentos 
defensivos 
Medicine ball com parceiro (3minx 6séries x 1 min 
descanso) 
- lançar com a mão esquerda, com a mão direita e de 
diferentes posturas 
 
25 minutos 
 
 
25 minutos 
Moderado –
alto 
 
Moderado/alt
o 
 
 
 
 
Cada boxeador recebe tarefas diferentes 
designadas pelo técnico 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 139 
 
 
3. resfriamento 
Abdominais e relaxamento 15 minutos total moderado Vários ângulos de curvatura e diferentes movimentos 
 
PERÍODO DE TRANSIÇÃO 
Após o boxeador ter competido nas competições alvo ou principal, o técnico deve permitir que 
o boxeador tenha um período de transição também conhecido como o período de descanso. O 
período de transição deve ser ajustado de acordo com o calendário anual de competições ou 
do programa de treinamento e agenda, contudo, deve ser entre 2 a 4 semanas. 
 
Este período pode ser dividido em duas fases, fase do descanso ativo e fase preparatória. 
Durante a fase de descanso ativo, o boxeador deverá focar na recuperação do cansaço 
fisiológico e psicológico, relaxando e participando de esportes diferentes ou jogos que não 
sejam boxe. O boxeador deve utilizar esse período para cuidar ou tratar de quaisquer lesões. 
 
Na fase preparatória, o boxeador deve começar a se preparar fisiológica e psicologicamente 
para o próximo ciclo de treinamento conduzindo um treinamento de resistência e força geral 
de baixa intensidade. 
Exercício Duração Carga de 
treino 
Comentários 
1- aquecimento 
- alongamento 15 min moderada Aquecer apropriadamente para 
evitar possíveis lesões 
2. treinamento 
- basquete 
(2 x 25 min) 
50 minutos moderada Esquema de jogo de equipe 3 em 
3/5 em 5 
3. resfriamento 
- alongamento 10 minutos moderado 
 
5.1.7 PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 
O preparo psicológico no boxe é muito importante. O boxe é um esporte de combate que 
requer boas habilidades físicas e técnico-táticas, mas também um bom preparo psicológico, 
como bravura, superação dos medos, dor e outras circunstâncias. 
 
Foi testemunhado muitas vezes que um boxeador com um fraco preparo psíquico não 
desempenha com a capacidade total suas habilidades nas competições, entretanto, o aspecto 
psicológico do boxeador é também um elemento muito importante para o sucesso. 
 
PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA EM GERAL 
 
- O técnico deve conhecer a personalidade do boxeador e trabalhar com família, amigos, 
empregador, professores e pessoas próximas. 
- Desenvolver laços sólidos e relacionamento entre técnico e boxeador. Construir a confiança 
permitirá ao boxeador a confiar mais nas palavras do técnico. 
- orientar o boxeador para que ele seja capaz de desenvolver suas habilidades próprias de 
confiança e tomada de decisões. 
- não permitir o abandono do boxeador antes de terminadas as rotinas de treinamento 
- não permitir ao boxeador trair os exercícios de treinamento 
 - se é solicitado ao boxeador correr 4 km, assegurar-se que o boxeador correu os 4 km 
e não 3-3,5 km. 
 - Se é solicitado ao boxeador que faça 100 flexões de braços, assegurar-se que o 
boxeador fez apropriadamente e que fez toda a carga de exercícios que lhe foi dada. 
- Gradualmente aumentar a carga de trabalhoe intensidade após sessões de treinamento 
determinadas. 
- elogiar o sucesso das sessões de treinamento, isto permitirá ao boxeador que ganhe 
confiança e mire em objetivos maiores. 
- Críticas construtivas devem ser feitas em quaisquer execuções erradas (trapacear, pular a 
sessão de treinamento sem razão, desistir sem tentar, etc). 
- se possível, obter ajuda psicológica no desenvolvimento do aspecto psicológico do boxeador 
é recomendável, contudo, o técnico é o único que deve trabalhar com um boxeador para 
treinar e desenvolver seu aspecto psicológico. 
- Conduzir treinamento psicológico é recomendável por sessões de aproximadamente 30 
minutos, uma a 2 vezes por semana. Alguns exemplos de treinamento psicológico são: 
- relaxamento 
- pensamento positivo 
- treinamento visual (visualização) 
 
PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA PARA COMPETIÇÃO 
- Selecionar torneios e competições que encaixem com o nível de desempenho do boxeador 
- encorajar o boxeador a ter confiança em suas habilidades e desempenho 
- Estabelecer sessões de sparing similares a competição (criar uma atmosfera e um ambiente 
parecidos com o de competição). 
- antes e depois da luta, certificar-se que o boxeador não se sente sozinho 
- respeitar as preferências, hábitos e rituais do boxeador 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 142 
 
5.1.8. TÁTICAS 
 
Assim como os aspectos físico, técnico e psicológico do boxeador, as táticas tem um papel 
importante em toda luta em torneios e competições. Boas táticas permitem aos boxeadores 
vencer lutas com menos esforço físico e ficar em boas condições para as próximas lutas. A 
aplicação de táticas gerais depende do nível de habilidades individual do boxeador e de táticas 
de lutas depende o nível de habilidades do oponente. Na Europa, devido ao grande número de 
competições disponível, os boxeadores tem mais oportunidades de implementar as táticas 
aprendidas e ganhar experiência para rapidamente se adaptar a mudanças de tática contra o 
oponente. 
 
No estilo europeu de boxear, muitas táticas não são mais aplicadas ou modificadas nos 
torneios e competições devido as mudanças nas regras e na utilização de novas tecnologias, 
como, por exemplo, luvas e protetor de cabeça e máquina de pontuação. Por exemplo, 
antigamente, alguns técnicos ordenavam aos boxeadores que fossem mais agressivos no início 
da luta e lutassem passivamente nos dois rounds finais. Agora essa tática tornou-se ineficaz, 
diante das mudanças nas regras*. (nota do tradutor: este manual foi traduzido em 2015, mas 
foi elaborado em 2010, de lá para cá muitas regras também mudaram) 
 
TÁTICA GERAL 
 
- ganhar conhecimento sobre o oponente 
 . observando o oponente em competição ou em vídeo 
 . esboçar, projetar cenários das táticas do oponente 
- Ritmo elevado – boxe em ritmo elevado durante todos os rounds 
- knock-out – procurar acertar golpe forte no oponente para vencer uma luta pro knock-out. 
- defesa – principalmente se concentrar na defesa e esperar por erros do adversário 
- universal – adaptar e executar táticas baseado na situação 
- ritmo irregular – o boxeador controla o ritmo da luta, seja rápido ou mais lento. 
- 3º round – boxear agressivamente no terceiro round ou boxear defensivamente (se estiver 
vencendo) 
- combinação – combinação de duas ou mais táticas 
 
Algumas das táticas recentes que foram mostradas por técnicos europeus e boxeadores 
durante a competição foram: 
 
- mirar golpes em direção a cabeça e então golpear o corpo 
- não jogar golpes com a mesma força ou velocidade 
- constantemente mudar a velocidade de movimentação para mudar a velocidade da luta 
- ensinar e treinar boxeadores para tirar vantagem dos erros do oponente no ringue 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 143 
 
5.1.9. ATIVIDADES EM COMPETIÇÃO 
Antes da luta 
- planejar a preparação baseado na condição física, tática, técnica e psicológica do boxeador 
- duração do aquecimento individual deve ser de 30-40 minutos 
 . corrida de baixa intensidade 
 . exercícios de ginástica 
 . alongamento 
 . manoplas 
 . pular corda 
 . sombra 
- Se disponível, trabalhar com fisioterapeuta para massagens ou massagear os músculos do 
boxeador para que se soltem para a luta que está próxima 
- procurar por lugares menos cheio de gente para atividades de aquecimento a fim de evitar 
distrações, especialmente para o preparo psicológico. 
- foco nas forças do boxeador e nas fraquezas do oponente durante a preparação psicológica 
- discutir a preparação tática momentos antes da luta 
- para o aquecimento específico de boxe, o boxeador deve trabalhar baseado na estratégia que 
ele irá desenvolver no ringue 
- antes de deixar o vestiário, certificar-se que o boxeador esteja vestindo todos os 
equipamentos e material para boxear. 
- certificar-se que o boxeador está concentrado e focado para a luta do vestiário até o ringue 
(sem conversas bobas ou brincadeiras com outros boxeadores em seu caminho para o ringue). 
 
DURANTE A LUTA 
- No corner 
 . Durante os rounds, os técnicos devem se sentar calmamente e tranquilamente no 
corner e observar o desempenho dos dois boxeadores. 
- No ringue 
 . O boxeador precisa ser brevemente informado de suas forças e oportunidades 
perdidas nos rounds anteriores 
 . Aconselhar o boxeador com aspectos positivos e táticas para o próximo round 
 = seja breve 
 = tenha certeza que o boxeador entendeu o conselho 
 = transmitir pensamentos positivos 
 . Após cada round, ajustar as táticas de acordo com a pontuação e a condição do meu 
e do outro boxeador 
 . Considerar cada round e cada luta como uma extensão das sessões de treinamento. 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 144 
 
 
 
 
 
APÓS A LUTA 
. Permitir ao boxeador realizar algumas atividades de esfriamento por 15 a 20 minutos 
para melhorar sua recuperação antes da próxima luta. 
 
 - alongamento 
 - sombra 
 - jogging 
 - exercícios de ginástica 
 
. permanecer com o boxeador 
- controlar o peso para a próxima lujta 
- observar a luta do próximo oponente 
- antes de analisar o vídeo da luta, o técnico deve ver o vídeo ele mesmo antes de assistir 
com o boxeador. O técnico deve observar o seguinte a respeito do oponente: 
 
 = ataques e defesas usadas 
 = movimentação 
 = táticas aplicadas 
 = nível de resistência e habilidades físicas 
 = forças e fraquezas 
 = que ataques foram premiados com pontos. 
 = como o oponente terminou cada round 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 145 
 
 
 
 
5.2. TÉCNICAS AVANÇADAS – RUSSIA 
O estilo russo de boxe, originário do estilo de boxe da União Soviética, manteve muitas 
características do seu núcleo de origem, famoso por seu estilo habilidoso de boxear com 
socos precisos nas áreas alvo do oponente. O estilo foi gradualmente modificado no seu 
modelo e orientação do boxe contundente para o boxe de movimento ativo e do boxe 
agressivo para atualmente o estilo universal de boxe que transportou combinações de 
todos os estilos de boxe anteriores. Do passado até hoje, o estilo de boxe russo ainda é o 
maior dos estilos de boxe dominantes, com técnicas avançadas e habilidades que 
influenciam muitos países vizinhos. 
 
A preparação técnica dos boxeadores é uma habilidade mais importante que outras na 
Russia, contudo, essas técnicas são individualizadas pelas habilidades físicas e fisiologicas 
do boxeador, por isso a preparação física e o aspecto fisiologico do boxeador também tem 
papel importante no estilo russo de boxe. 
 
No nível avançado do boxe Russo, os boxeadores alteram suas posturas e aplicam 
diferentes golpes, movimentações e técnicas de defesa, deslocando a distribuição de pesos 
corporais, o boxeador usa mudança equilibrada do peso corporal para a perna dianteira ou 
perna de trás, dependendo das táticas e situações em lutas. Além disso, os pugilistas usam 
a mão da frente para fintas e outras preparações e o ataque principal tem um forte e 
acentuado golpe com a mão de trás, ou séries de golpes. 
 
5.2.1. POSTURA DE BOXE 
 
Com mudanças graduaisno estilo e forma de boxear, muitos boxeadores hoje possuem 
uma distribuição do peso corporal equilibrada em ambas as pernas para desempenhar seu 
estilo unversal de boxear. Dependendo do oponente e das táticas, os boxeadores alternam 
sua postura de boxe mudando os pesos corporais e alterando a posição de braços e mãos. 
 
No estágio inicial do aprendizado do nível avançado de posturas de boxe, o boxeador deve 
aprender a postura frontal antes de outras posturas de boxe, pois isso permitirá aos 
boxeadores aprender e desenvolver: 
 - troca de peso corporal de um pé para outro 
 - posicionamento correto de ombros e quadris 
 - aumentar a distância do golpe nos dois braços num movimento de girar a parte 
superior do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 146 
 
 
 
Mão da frente alta 
- girar o corpo ligeiramente em direção ao lado de trás, num ângulo de 45 graus 
- Posicionar os pés ligeiramente mais abertos que a largura dos ombros 
- o peso corporal é deslocado mais para a perna de trás 
- dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- girar os dois pés aproximadamente 45 graus em direção ao lado de trás 
- posicionar a mão de trás próxima ao queixo e cotovelo próximo ao corpo 
- posicionar o braço da frente levemente para frente com o cotovelo dobrado e a mão próxima 
ao nível da sobrancelha 
- rosto reto em direção ao oponente 
- ombro do braço da frente próximo ao queixo para proteção 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 147 
 
MÃO DA FRENTE BAIXA 
- girar o corpo ligeiramente em direção ao lado de trás, num ângulo de 45 graus 
- Posicionar os pés ligeiramente mais abertos que a largura dos ombros 
- o peso corporal é deslocado mais para a perna de trás 
- dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- girar os dois pés aproximadamente 45 graus em direção ao lado de trás 
- posicionar a mão de trás próxima ao queixo e cotovelo próximo ao corpo 
- posicionar o braço da frente para baixo, dobrar o cotovelo levemente e a mão próxima a 
linha de cintura 
- manter o rosto posicionado reto em direção ao oponente 
- manter o ombro do braço da frente próximo ao queixo 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 148 
 
 
 
BRAÇOS FECHADOS (COM O PESO CORPORAL PARA FRENTE) 
- girar a parte superior do corpo em direção ao oponente 
- posicionar os pés na largura da distância dos ombros 
- o peso corporal é deslocado ligeiramente em direção a perna da frente 
- dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- girar os dois pés num ângulo de 45 graus 
- dobrar os cotovelos e recolhê-los junto ao corpo 
- posicionar as mãos próximas do nível das sobrancelhas e fechar os dois braços um em 
direção ao outro 
- manter o queixo próximo do peito 
- manter o rosto apontado em direção ao oponente 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 149 
 
 
BRAÇOS ABAIXADOS (COM PESO CORPORAL NA FRENTE) 
- girar a parte superior do corpo em direção ao oponente 
- posicionar os pés na largura da distância dos ombros 
- o peso corporal é deslocado ligeiramente em direção a perna da frente 
- dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- girar os dois pés num ângulo de 45 graus 
- braços para baixo, dobrar os cotovelos e manter as mãos próximas a linha de cintura 
- manter o rosto apontado para o oponente 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 150 
 
 
MÃO DA FRENTE ALTA (COM DISTRIBUIÇÃO DE PESO CORPORAL EQUILIBRADA) 
- girar o corpo ligeiramente em direção ao lado de trás, num ângulo de 45 graus 
- posicionar os pés na largura da distância dos ombros 
- o peso corporal é distribuído igualmente nas duas pernas 
 - dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- girar os dois pés num ângulo de 45 graus 
- posicionar a mão de trás próxima ao queixo e o cotovelo próximo ao corpo 
- posicionar o braço da frente ligeiramente para frente com o cotovelo dobrado e a mão 
próxima ao nível da sobrancelha 
- manter o rosto apontado na direção do oponente 
- manter o ombro do braço da frente próximo ao queixo 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 151 
 
 
 
 
POSTURA FRONTAL COM BRAÇOS FECHADOS 
- manter-se alinhado sem girar o corpo 
- posicionar os pés na largura da distância dos ombros 
- dedos dos dois pés devem estar alinhados 
 - o peso corporal é distribuído igualmente nas duas pernas 
 - dobrar os joelhos ligeiramente para baixo 
- dois pés rentes ao solo 
- dobrar os cotovelos e recolhê-los junto ao corpo 
- posicionar as mãos próximas ao nível da sobrancelha e fechar os dois braços em direção um 
ao outro 
- manter o queixo próximo ao peito 
- manter o rosto apontado na direção do oponente 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 152 
 
 
 
 
5.2.2. TRABALHO DE PÉS 
Na parte anterior do Manual dos Técnicos, nós discutimos sobre os passos básicos do boxe. O 
boxeador deve dominar deslocamentos a frente, para trás, esquerda e direta com boa 
coordenação e equilíbrio, a fim de avançar de nível do trabalho de pés / movimentação de pés. 
Como o boxeador luta num espaço limitado no ringue, o boxeador deve aprender a realizar 
movimentos circulares conforme mostrado no diagrama, antes de aprender a movimentação 
de pés adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 153 
 
 
TRABALHO DE PÉS ADICIONAL 
SHUTTLE 
1. - da postura de boxe 
2. - o boxeador saltita para frente e para trás enquanto mantém os pés na largura de 
distância dos ombros 
3. - o boxeador faz um movimento similar ao “passo para frente”, só que com um 
pequeno salto. 
4. - aterrissar apenas com o pé da frente 
5. - enquanto o pé de trás ainda não está no solo, empurrar o corpo com o pé da frente 
para o lado de trás fazendo um pequeno salto 
6. - aterrissar apenas com o pé de trás 
7. - enquanto o pé da frente ainda está no solo, empurrar o corpo com o pé de trás para 
o lado da frente fazendo um pequeno salto 
8. - repetir constantemente os passos 3 a 7 
9. - a distância entre as duas pernas deve continuar a mesma 
10. - o movimento de shuttle é usado para se mover para perto ou para longe do 
oponente 
11. - o movimento de shuttle é usado para enganar o oponente 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 154 
 
 
CHASSE (nota do tradutor: em francês, “caça”. Também conhecido movimento utilizado em 
algumas danças, em inglês “chase”, “perseguir”). 
- Da postura de boxe, o boxeador faz rápidos e curtos passos para frente 
- quando se movimentar para trás, fazer pequenos e rápidos passos para trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 155 
 
 
PIVOTS (no dicionário Priberan de Língua Portuguesa, pivô é Movimento de rotação sobre o 
corpo ou uma parte do corpo. in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 
- Da postura de boxe 
- o boxeador “planta” (fixa) ou a perna da frente ou a de trás enquanto move a outra perna 
para frente, para trás ou para o lado 
- a perna “plantada” (fixada) deve permanecer no mesmo lugar sem se movimentar 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 156 
 
 
5.2.3. ATAQUES 
O ataque avançado consiste na combinação de diferentes elementos, como movimentação, 
fintas e diferentes golpes. Quando o boxeador dominar os elementos básicos dos golpes, 
movimentação, fintas e defesas, o técnico deve combinar os elementos do boxe e tentar 
diferentes variações de acordo com a tática, situações e as características do boxeador (suas 
forças e fraquezas). 
COMBINAÇÕES DE GOLPES 
- séries de golpes curtos - ataque com diferentes combinações de cruzados e uppercuts 
constantemente na curta distância contra o oponente. 
- séries de golpes longos - ataque com combinações de golpes retos constantemente na média 
para a longa distância contra o oponente. 
- golpes acentuados – nem todos os golpes são lançados com força e velocidade máxima. Entre 
as séries de golpes, o boxeador escolhe jogar um dois golpes com máxima força e velocidade. 
 
ATAQUECOM PREPARAÇÃO 
- A preparação inclui quaisquer manobras para atrair o movimento do oponente. Isto inclui 
fintas, escapadas ou manobras ofensivas. 
- quando o boxeador criar uma abertura, imediatamente atacar o oponente 
 
ATAQUE SEM PREPARAÇÃO 
- O boxeador observa a movimentação do oponente para criar uma abertura 
- quando o boxeador vê uma abertura, imediatamente ataca o oponente 
- usar a combinação apropriada de golpes para tirar vantagem da abertura. 
 
GOLPES DE ENCONTRO 
 
-Golpes de Encontro na cabeça 
 - quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
 - rapidamente realizar com a mão da frente ou de trás um golpe reto na cabeça do 
mesmo lado que o oponente está realizando o seu golpe reto. 
 - simultaneamente, mover a cabeça longe do golpe do oponente 
 
- golpes de encontro no corpo: 
 - quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
 - rapidamente usar a mão da frente ou de trás para golpe reto no corpo em direção ao 
lado do oponente onde ele está realizando seu golpe reto. 
 
CONTRA ATAQUE 
- Ação de resposta após realizar movimentos defensivos contra o ataque do oponente 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 157 
 
 
 
 
 
ATAQUES ADICIONAIS 
 
ATAQUES COM DESLOCAMENTO PARA TRÁS E PASSO LATERAL 
 
- quando o oponente faz uma aproximação vindo direto para frente ou costurando (weaving) . 
- realizar passos a frente enquanto faz séries de golpes (3 a 4 vezes) 
- quando o oponente está num alcance muito próximo, rapidamente girar (pivot) todo o corpo 
para o lado da mão da frente do oponente e dar um passo ou salto para trás bem ligeiramente. 
- simultaneamente desferir um golpe reto na cabeça do oponente 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 158 
 
 
 
5.2.4. DEFESAS 
DEFESA PASSIVA 
- O boxeador não toma ações imediatas e permanece observando o oponente após o ataque 
do oponente. 
DEFESA ATIVA 
- o boxeador toma ações imediatas após o ataque do oponente com contra ataque ou ação 
antecipada 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE DEFESA 
A ação da defesa pode ser dividida em 3 categorias: 
1- Defesa de mão - usa a mão, braço e ombro tanto para boquear quanto para desviar 
(ou evitar, aparando com a mão) o ataque do oponente 
 Defesa com a mão ou bloqueio com os dois braços 
 pegar/bloquear 
 bloqueio de braço/bloqueio de cotovelo/bloqueio de ombro 
 aparar 
 
2- Defesa de corpo – usa a parte superior do corpo ou parte superior do corpo? Para faer 
movimentos defensivos 
 encolher-se 
 girar 
 balançar para trás 
 
3- Defesa de perna – usa o movimento dos pés para se afastar da distância de ataque do 
oponente 
 passo para trás 
 salto para trás 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 159 
 
 
 
 
MOVIMENTOS ADICIONAIS DE DEFESA 
MOVIMENTAÇÃO LATERAL PARA O LADO DA FRENTE 
 “plantar” o pé de trás 
 Mover o pé da frente para o lado enquanto o pé de trás ainda permanece no solo 
(movimento pivô). 
 Simultaneamente, girar todo o corpo em direção do lado da frente rapidamente 
 Deslocar o peso corporal em direção ao pé da frente 
 Perna de trás é estendida quase em linha reta 
 A parte superior do corpo parece mais com o balanço do corpo para trás como medida 
de defesa 
 
Ao trocar o pé plantado para o pé da frente, o boxeador será capaz de realizar o 
“movimento lateral para o lado de trás”. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 160 
 
5.2.5. FINTAS 
 Esconder a intenção do boxeador por uma ação enganosa 
 Diferentes tipos de fintas podem ser aplicadas a certas táticas e situações 
 Fintas devem ser rápidas e provocativas 
 Fintas devem ser feitas na distância apropriada 
 As fintas também podem ser usadas para aproximar a distância; o boxeador usa a finta 
para se aproximar do oponente movendo-se para frente ou atraindo o oponente a se 
mover para perto ou fazer o oponente se mover para trás em direção a corda ou 
corner 
 Para fazer com que o oponente realize qualquer ação de ataque que irá criar uma 
abertura para o contra-ataque. 
 
TIPOS DE FINTAS 
 - fintas de cabeça 
 . Mover a cabeça para frente e encolhê-la 
 . Mover a cabeça lateralmente – de lado a lado 
 - finta com os olhos 
 . Olhar para a área do abdômem do oponente 
 . olhar para os pés do oponente 
 - finta com os braços 
 . Esticar o braço da frente levemente para a cabeça ou corpo do oponente e 
então retrair o braço, imita o movimento de ataque 
- Finta com o corpo 
 . Mover a parte superior do corpo (ombros) em direção ao oponente ou às 
suas laterais para imitar a intenção de acertar um golpe e então retornar a postura 
original 
 - Finta com as pernas 
 . Flexionar um ou os dois joelhos levemente para baixar o corpo e então ficar 
de pé novamente, fingindo que o boxeador está realizando a preparação para um 
movimento de ataque 
 . fixar com firmeza uma perna no chão, enquanto a outra perna se move em 
diferentes direções 
 
COMBINAÇÕES DE FINTAS 
 Cada tipo de finta pode ser aplicado individualmente ou pode ser combinado com dois 
ou mais elementos. Por exemplo, a mão com os olhos ou a perna com a mão e etc. 
 
 Quanto realizando movimentos de finta, o boxeador deve considerar sua própria 
defesa, para antecipar quaisquer contra-ataques do oponente. Enquanto isso, o boxeador 
deve também pensar sobre as ações após a finta. As fintas devem ser utilizadas como ações 
preparatórias para um ataque mais importante. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 161 
 
 
 
5.2.6. DESENVOLVIMENTO DE PLANO DE TREINAMENTO 
O plano de treinamento é um dos mais importantes aspectos no desenvolvimento do 
boxeador. O propósito do plano de treinamento é: 
 
 estabelece um eficiente processo de treinamento 
 controle e gerenciamento do processo de treinamento 
 permite aos boxeadores manterem-se prontos para competir. 
 melhora as habilidades físicas, fisiológicas, psicológicas, técnicas e táticas 
 
Na verdade, o plano de treinamento de 1 ano é desenvolvido baseado no calendário de 
competições, no nível de habilidades e metas e objetivos anuais do boxeador. As metas e 
objetivos dos boxeadores é que determinará as cargas de treinamento, a participação em 
competições e torneios e quando estiver desenvolvimento o programa de 1 ano de 
treinamento, o técnico deve considerar em quanto tempo até onde o torneio terá lugar. Mais 
que a competição principal e as competições alvo, o técnico seleciona diferentes torneios e 
competições para participar com o propósito de controle, monitoramento e avaliação. Sendo 
esses torneios grandes ou pequenos, importantes ou não, o boxeador irá se preparar para 
esses torneios com cada ciclo de treinamento que teoricamente pode permitir 6 ciclos em 1 
ano de treinamento. 
Obs: GP: fase preparação geral / SP: fase de preparação física 
especial / DP: Fase de preparação direta / C: período de 
competições / T: período de transição 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 162 
 
 
Cada ciclo consiste em período de preparação, período de competição e período de transição. 
Num plano de 1 ano o número de ciclos dependerá do número de torneios e competições que 
um boxeador participará. Para preparar um boxeador para a ótima forma esportiva para as 
competições principais, é recomendável ter participado de 2 a 3 torneios ou competições 
antes. Assim sendo, antes de uma competição principal, o boxeador deve ter passado por 3 ou 
4 ciclos. 
 
Quando desenvolver o programa de 1 ano de treinamento: 
 
 estar ciente de quando e onde será as competições alvo e principal 
 começar a agendar do dia da competição-alvo para o primeiro dia do ciclo (de trás p. 
frente) 
 o programa e a agenda de treinamento devem mudar de acordo com o aumento ou 
redução da intensidade, a mistura de diferentes exercícios de treinamento para 
manter o interesse do boxeador e o nível de motivação alto. 
 É importante contar com muitos períodos de descanso ativo ou períodos de transição. 
Após um trabalho pesado,o cansaço permanece no corpo humano mesmo após uma 
boa noite de sono. Períodos de descanso curto ou uma pequena quantidade de 
descanso pode estressar o boxeador fisicamente, psicologicamente e aumentar as 
chances de lesões. 
 dependendo do nível de preparação do boxeador, pular ou diminuir certas fases ou 
períodos de treinamento e treinar com maior foco na melhoria dos pontos fracos do 
boxeador. 
 o técnico deve estar ciente que o boxeador pode ganhar um melhor desempenho e 
experiência após ter participado de pelo menos 2 ou 3 pequenos torneios antes das 
competições principais 
 Torneios devem ser selecionados de acordo com o nível de preparação do boxeador. 
Torneios muito duros podem ter um impacto negativo no preparo psicológico do 
boxeador. 
 dependendo das oportunidades, participar mais em torneios internacionais do que 
nacionais ou locais. Em torneios internacionais, o boxeador tem a oportunidade de 
experimentar e observar o nível internacional do boxe e futuros oponentes. 
 o técnico deve utilizar os pequenos torneios e competições para monitorar e avaliar o 
progresso do treinamento do boxeador e seu preparo para as competições alvo e 
principais. 
 após um longo período de transição ou período de descanso ativo, é benéfico ir a um 
campo de treinamento ou conseguir treinar em áreas de alta altitude como 
montanhas. 
 o ciclo de treinamento antes da principal competição deve ser conduzido com 
intensidade máxima e submáxima. O volume de treinamento deve ser reduzido. É 
crucial lembrar disso para que o boxeador não tenha um overtraining. 
 durante o plano de treinamento de um ano, o técnico deve orientar um boxeador a ir 
fazer check-ups médicos pelo menos 2 vezes. 
 Se existir mais do que duas competições principais no período de um ano (similar a 
agenda mostrada no exemplo de treinamento de período de 1 ano), o técnico deve 
decidir entre 2 de 3 competições para se focar. Não é recomendável treinar mais que 
3 ciclos de treinamento com esforço máximo. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 163 
 
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO 
 
O período de preparação é dividido em 3 fases A fase de preparação geral, a fase de 
preparação física especial e a fase de preparação direta. Em cada fase pode haver 6 a 9 
semanas ou menos que 6 semanas, dependendo do calendário de competições. O foco do 
treinamento é diferente, assim como suas metas e objetivos. Entre cada fase, uma semana de 
período de descanso ativo será dada para permitir ao boxeador que tenha uma boa 
recuperação física e psicológica, não apenas para cada fase e período, mas também durante o 
ano. 
 
FASE DE PRAPARAÇÃO FÍSICA GERAL 
 
O foco do treino na fase física geral é o desenvolvimento de habilidades físicas como 
resistência, força e velocidade, coordenação, incluindo agilidade e flexibilidade. Essas 
habilidades físicas são a fundação básica do desenvolvimento do boxeador e de suas metas e 
objetivos, assim sendo, essa fase é muito importante para o boxeador. Nessa fase, o técnico 
também deve incluir o treinamento de técnicas, táticas e aspectos psicológicos. 
 
O boxeador deverá treinar de duas a 3 semanas com duas sessões ao dia. A duração da fase 
pode ser ajustada de acordo com o calendário de competições e com as condições do 
boxeador. Sessões de 2 a 3 horas de baixa intensidade e alto volume por sessão de 
treinamento é recomendável. 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 164 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO GERAL – EXEMPLO DE SESSÃO DE TREINO DE FORÇA 
Exercícios Duração Cargas Comentários 
1. aquecimento 
- instruções 
 
- exercícios físicos gerais 
5 minutos 
10 minutos 
 
BAIXA 
Exercícios gerais 
como saltos, 
natação, etc. 
2. treinamento principal 
Exercício 1: - passo lateral esquerda e direita; - cada 5 passos dar 
um golpe reto, cruzado e uppercut. (- Após 5 minutos fazendo 
golpes, ir para a direção oposta 
Exercício 2: - passo a frente e cruzado na cabeça com braço de trás; 
- passo atrás e cruzado na cabeça com braço de trás 
 
Exercício 3: - passo a frente e pêndulo p/ esquerda e p/ direita com 
golpe reto na cabeça; 
 
Exercícios de força: flexão com punhos fechados: 120 a 150) 
 
alongamento 
 
10 minutos 
 
10 minutos 
 
10 minutos 
 
20 minutos 
 
20 minutos 
 
Moderada 
 
 
 
Após encerrar o 
exercício 3, 
retornar ao 
técnico fazendo 
jogging 
3. resfriamento 
- jogging 
- agarrar-se na barra fixa e elevação de pernas 
- relaxamento 
25 minutos 
10 minutos 
25 minutos 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 165 
 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO FÍSICA ESPECÍFICA 
O foco do treino na fase física específica é o desenvolvimento da habilidade física associada 
com o boxe. Esta fase não é uma fase de desenvolvimento técnico. Durante a fase de 
preparação física específica, os boxeadores treinarão aumentar sua força, resistência, 
velocidade e coordenação de golpes e movimentos. Assim como na fase de preparação física 
geral, o técnico deverá incluir pequenas quantidades de unidades de treinamento para 
desenvolver e treinar as técnicas, táticas e aspectos psicológicos do boxeador. 
É recomendável treinar na fase de preparação física específica entre 2 a 3 semanas com 2 
sessões por dia, contudo, o técnico deve adaptar de acordo com o calendário de competições 
e as condições do boxeador. Uma hora e meia a duas horas de aumento na intensidade na fase 
de preparação física geral com diminuição do volume de trabalho é recomendável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 166 
 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO FÍSICA ESPECÍFICA. EXEMPLO DE SESSÃO DE TREINAMENTO DE 
VELOCIDADE 
EXERCICIOS DURAÇÃO CARGAS 
 
COMENTÁRIOS 
1- Aquecimento 
- instruções 
- exercícios gerais 
- alongamento 
5 min 
10 min 
7 min 
 
Moderados 
moderado 
Exercícios gerais 
como pular corda, 
balançar e etc 
2. treino principal 
 
 
Melhoria da técnica: 
- golpes retos c mão da frente com fintas 
(3rds x 3.5 min) 
- golpes retos c mão de trás na cabeça ou 
corpo com fintas (2rds x 3.5 min) 
- upper c mão de trás na cabeça com 
fintas (2rds x 3,5min) 
- combinação (upper na cabeça c mão de 
trás e cruzado c mão da frente) com 
fintas (2rds x 3.5 min) 
- cruzado com os 2 braços e movimentos 
de defesa (2rds x 3.5 min) 
Técnica recomendada pelo técnico (2 rds 
x 3.5 min) 
 
Pular corda 
 
Exercícios de força 
- ex de força com pesos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 minutos 
(2 x 5 min) 
 
20 minutos 
Moderado a alto 
 
 
O técnico aconselha 
que técnicas ou 
 táticas melhorar 
resfriamento 
- jogging leve 
- alongamento 
- relaxamento 
10 min 
5 min 
8 min 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 167 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO DIRETA 
Durante a fase de preparação direta, o boxeador se focará em treinar para aprimorar sua 
técnica de boxe individual e suas habilidades táticas. Adicionalmente, o boxeador irá treinar 
para melhorar suas forças específicas para o boxe e acelerar ainda mais. O técnico deve 
aumentar a quantidade de tempo de treinamento para o desenvolvimento psicológico do 
boxeador durante esta fase. 
É recomendado atravessar a fase de preparação direta por 2 a 3 semanas com um total de 3 
horas de tempo de treinamento divididas em duas sessões por dia, contudo, a duração da fase 
e o numero de sessões pode mudar de acordo com o calendário de competições e as 
condições do boxeador. O volume de trabalho é recomendável que seja baixo, mas a 
intensidade do treinamento deve ser alta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 168 
 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO DIRETA EXEMPLO DE SESSÃO DE TREINAMENTO 
EXERCICIOS DURAÇÃO CARGAS DE 
TREINAMENTO 
COMENTÁRIOS 
1 Aquecimento 
- instruções 
- exercícios gerais 
- alongamento 
5 min 
10 min 
7 min 
 
Moderados 
moderado 
Exercícios físicos gerais e 
exercícios de velocidade 
2. treino principal 
 
 
Técnica e tática 
- ex.de golpes retos c os 2 
braços (2rds x 3.5 min) 
- defesas seguidos de contra-
ataques (2rds x 3.5 min) 
- golpe reto e upper na 
cabeça (2rds x 3,5min) 
- uso de todas as técnicas 
 
Pular corda 
 
 
 
2 rds x 3.5 
min 
2 rds x 3.5 
min 
2 rds x 3.5 
min 
2 rds x 3.5 
min 
 
7 minutos (2 x 3.5 
min) 
 
 
Alto 
 
 
Trabalhar com parceiro e tentar 
criar uma atmosfera de 
competição 
3.resfriamento 
- jogging leve 
- bater bolinha de tenis 
- alongamento 
12 min 
3 min x 2 rep. 
10 min 
Moderado 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 169 
 
PERÍODO DE COMPETIÇÕES 
O período de competições se inicia no dia de chegada ao local de competições. Durante este 
período, o boxeador deve continuar seu treinamento para ficar em boas condições para a 
competição. 
 
O treinamento deve ser conduzido num curto período de tempo com baixo volume. A 
intensidade deve ser ajustada de acordo com as condições do boxeador. Se o nível de 
excitação do boxeador estiver alto, o técnico então deve planejar o treinamento com uma 
intensidade aumentada para diminuir a tensão. Se o boxeador estiver calmo e seu nível de 
excitação estiver baixo, o técnico deve planejar treinos de baixa intensidade. 
EXERCICIOS DURAÇÃO CARGAS 
 
COMENTÁRIOS 
1 Aquecimento 
- exercícios gerais 
 
5 min 
 
 
moderado 
Exercícios físicos gerais com o corpo todo (barras, 
alongamentos, saltos etc) 
2. treino principal 
 
 
 
Sombra 
 
 
 
 
manopla 
 
3min x 3 rds 
/ 1min 
descanso 
 
 
 
3min x 3 rds 
/ 1min 
descanso 
 
 
 
 
 
 
Alto ou baixo, 
dependendo da 
condição do 
boxeador 
 
 
 
Todos os exercícios devem ser conduzidos com esforço 
máximo 
3.resfriamento 
- alongamento 
- relaxamento 
-massagem 
5 min 
5 min 
5 min 
Moderado 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 170 
 
 
 
 
PERÍODO DE TRANSIÇÃO 
Após o boxeador ter competido nos torneios ou competições, o boxeador terá o período de 
transição para aliviar a tensão da competição, a recuperação psicológica e o tratamento de 
quaisquer lesões. Também dependendo do número ou dureza das lutas que o boxeador 
competiu, o técnico pode permitir ao boxeador passar um tempo em casa, de folga, durante o 
período de transição. 
O período de transição deve ser cerca de 1 a 3 semanas após a competição e durante esse 
período, o boxeador pode treinar ou participar de diferentes esportes ou jogos além do boxe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 171 
 
 
 
5.2.7. PREPARAÇÃO PSICOLÓGICA 
 
A preparação psicológica é um elemento importante no esporte do boxe. É um fator 
fundamental para se alcançar um bom resultado para a carreira do boxeador no ringue. O 
boxe é um dos esportes olímpicos mais direcionados para o aspecto físico e a exigência de 
preparação psicológica surge onde um boxeador não usa apenas altas doses de energias 
físicas, mas também, a ação de ofensa física pelo oponente pode tirar o foco do boxeador. 
 
PREPARO PSICOLÓGICO EM GERAL 
 
- aprender métodos de recuperação psíquica (p.ex., relaxamento) 
- O comportamento do técnico se torna um modelo para os seus/suas boxeadores, assim 
sendo é muito importante para os técnicos portarem-se de forma gentil em quaisquer lugares 
e ocasiões 
- criar um ambiente de treino confortável e amigável, com assistência de um psicólogo, se 
disponível. 
- gradualmente desafiar um boxeador, aumentando o nível de dificuldades dos exercícios no 
treino e aumentar o nível das competições 
- A carga de treinamento e o objetivo devem corresponder ao preparo do boxeador e sua 
habilidade em adotar aquela carga de trabalho 
- discutir com o boxeador sobre a sessão de treinamento e a carga de trabalho 
- começar a competir de pequenos torneios para preparar-se para as competições alvo e 
principal. 
- quando discutir com o boxeador sobre o resultado de seu desempenho, elogiar o boxeador 
por seus sucessos, mas fornecer um forte apoio ao boxeador em qualquer resultado que seja 
do treinamento ou da competição. 
- ao invés de criticar, ajudar o boxeador a aprender a superar suas fraquezas 
- enfatizar que pequenos torneios e competições não são apenas para vencer e para ganhar 
confiança e efeitos psicológicos positivos, mas também para ganhar experiência e praticar as 
táticas aprendidas. 
- quando o boxeador está decaindo 
 . mudar as atividades de treinamento 
 . mudar o ambiente de treinamento 
 
PREPARO PSICOLÓGICO PARA COMPETIÇÃO 
 
- tornar o boxeador ciente e familiarizado com a atmosfera de competição, por exemplo, 
iluminação, oponentes, plateia e etc 
- tornar o boxeador familiarizado e ensinado a lidar com qualquer situação inesperada no 
ambiente de competição – preparar o boxeador com todos os cenários “e se?” 
 . e se o boxeador for vaiado pela plateia 
 . e se o boxeador tiver um forte oponente na luta pela frente 
- após a competição, organizar uma sessão de recuperação psicológica 
 . descanso ativo 
 . SPA, sauna, massagem 
 . curto período de dias sem treinamento 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 173 
 
 
 
5.2.8 TÁTICA 
 
Tática é a arte de vencer uma competição com ajuda dos métodos mais eficientes. Existem 
muitas táticas disponíveis hoje em dia, contudo, nem todas as táticas são usadas e ensinadas a 
cada boxeador. O ensino e o aprendizado das táticas é altamente dependente da habilidade 
individual do boxeador e de seu oponente, como habilidades anatômicas, físicas, psicológicas e 
técnicas. 
 
TÁTICAS GERAIS 
 
 - Ritmo Elevado: Boxear em ritmo elevado durante todos os rounds 
 - obter conhecimentos sobre o oponente 
 . observando o oponente em competição e em vídeo 
 . esboçar, projetar cenários das táticas do oponente 
 - Ritmo elevado – boxe em ritmo elevado durante todos os rounds 
 - knock-out – procurar acertar golpe forte no oponente para vencer uma luta por 
knock-out. 
 - defesa – principalmente se concentrar na defesa e esperar por erros do 
adversário 
 - universal – adaptar e executar táticas baseado na situação 
 - ritmo irregular – o boxeador controla o ritmo da luta, seja rápido ou mais lento. 
 - 3º round – boxear agressivamente no terceiro round ou boxear defensivamente 
(se estiver vencendo) 
 - combinação – combinação de duas ou mais táticas 
 
Algumas das recentes táticas que foram mostradas por Técnicos Russos e boxeadores 
durante competições foram: 
 
 - inícios rápidos – assim que o árbitro ordena “box”, imediatamente começar a 
atacar o oponente 
o . permite suprimir o oponente psicologicamente 
o . permite iniciar e liderar a luta 
o . permite ganhar pontos rapidamente 
 - constantemente acertar golpes acentuados em um lado do oponente, então, 
quando o oponente perder a concentração na defesa do outro lado, imediatamente 
jogar um golpe acentuado do outro lado que abriu. 
 - preparação de golpe de encontro do oponente com postura de boxe oposta. 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 174 
 
 
 
5.2.9. EM COMPETIÇÃO 
 
Antes da luta 
 - antes da luta, o técnico analisa as técnicas mais usadas pelo oponente; as táticas e o 
estilo de boxe, observando a nacionalidade do oponente e também analisando suas 
habilidades físicas e anatômicas. Com a análise, o técnico irá listar um plano preliminar 
de táticas para a luta que está por vir. 
 - comunicar-se e discutir com o boxeador sobre seu plano e táticas e encorajá-lo a usar 
suas habilidades mais fortes. 
 - conduzir atividades de aquecimento individual de 20 a 50 minutos 
o . corrida ou jogging de baixa intensidade 
o . alongamento 
o . pular corda 
o . sombra / treino de manoplas 
o . sombra com simulação das lutas por vir. 
 - manter o boxeador calmo e motivado para a vitória 
 - permitir ao boxeador que se aproxime sozinho do ringue. 
o . algum boxeador pode preferir ir rápido para o ringue direto do vestiário 
DURANTE A LUTA 
 - No corner 
o . analisar o round mensurando as forças e fraquezas do oponente 
o . pensar nas táticas e recomendaçõesque o técnico vai querer informar ao boxeador 
para o próximo round 
 - No ringue 
o . os primeiros 30-40 segundos, permitir ao boxeador recuperar-se usando qualquer 
ações de recuperação. 
o . gastar cerca de 15-20 segundos para instruir o boxeador com táticas ou o que o 
técnico quiser informar o boxeador. 
o . quando o técnico instruir o boxeador com táticas, repetir várias vezes para permitir 
ao boxeador que se lembre 
o . mostrar uma firme confiança para o boxeador de que ele/ela vai vencer, mesmo que 
esteja perdendo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 175 
 
 
 
APÓS A LUTA 
 - fazer uma abordagem individual com o boxeador dependendo do resultado da luta. 
 
o se o boxeador venceu a luta 
 - dependendo do nível de emoção do boxeador, conduzir um treinamento logo após a 
luta para aliviar a tensão e acalmar o boxeador, contudo, se o nível emocional do 
boxeador não está alto ou se ele/ela está calmo, então, ele/ela pode pular o 
treinamento logo após a luta. 
 - se o boxeador vence por nocaute ocorrido antes do final de 3 rounds, conduzir o 
treino após a luta para que o boxeador gaste uma quantidade parecida de energia que 
ele poderia ter usado se tivesse lutado os 3 rounds inteiros. 
 - observar e analisar o combate dos futuros oponentes 
 
o se o boxeador perdeu a luta 
 - acalmar o boxeador e ajudá-lo/a a aliviar a tensão e o estresse do combate com 
métodos de recuperação psicológica. 
 - discutir e instruir o boxeador sobre a próxima competição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 176 
 
 
 
5.3. TÉCNICAS AVANÇADAS – ESTADOS UNIDOS 
 
O estilo de boxe olímpico dos EUA é diverso por conta das culturas, origens etnicas, 
métodos de ensino, filosofias e estilos ensinados por uma ampla variedade de técnicos 
Americanos. O elemento principal observado no estilo de boxe dos EUA é o atleticismo do 
boxeador. O atleticismo permite ao boxeador utilizar seu/sua velocidade, energia, força, 
rapidez e agilidade. Esses atributos são nutridos pelos técnicos dentro do Programa de 
Boxe dos EUA. 
 
Um fator ímpar no boxe americano são as ilimitadas competições locais fornecidas pelas 
Silver Gloves (luvas de prata), Golden Gloves (luvas de ouro), National Police Athletic League 
(Liga Atlética da Polícia Nacional), Forças Armadas e os Programas Olímpicos Junior. Essses 
programas contribuem com o boxeador americano conforme eles desenvolvem a 
experiência necessária, tal qual as técnicas e táticas para ter sucesso em competições em 
idade avançada. 
 
5.3.1. POSTURA DE BOXE 
 
A maioria dos boxeadores americanos boxeam com uma postura de boxe equilibrada, 
então o boxeador prepara seu ataque usando golpes retos com a mão da frente seguido de 
diferentes combinações de golpes e trabalho para atacar de uma varidade de ângulos com 
movimentação. 
 
Na postura de boxe equilibrada o boxeador tem os pés na largura dos ombros, o peso 
corporal distribuído igualmente entre os pés. Isto permite ao boxeador mover-se no 
ringue com grande facilidade em todas as direções sem perder o equilíbrio. 
 
No estágio inicial, a postura de boxe do boxeador é determinada por suas características 
fisiológicas e a filosofia de treinamento. Durante o curso do desenvlvimento, os 
boxeadores fazem adaptações baseados nos fatores e situações nas competições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 177 
 
 
 
 
 
CLÁSSICA 
 
 ficar num angulo lateral de 45 graus com o ombro da mão não dominante para frente 
 manter os dois pés na largura dos ombros com o pé da frente apontado para frente 
 dobrar ligeiramente ambos os joelhos 
 elevar ligeiramente o calcanhar do pé de trás 
 manter o pé da frente rente ao solo 
 pender o queixo ligeiramente para frente 
 mão da frente erguida na linha dos olhos com o cotovelo cobrindo a caixa torácica no 
lado da frente do corpo 
 mão de trás erguida no nível dos olhos com cotovelo cobrindo a caixa torácia do lado 
de trás do corpo 
 peso corporal distribuído ligeiramente mais para o pé de trás 
 enquanto estiver deslocando o peso corporal mais para a perna de trás, ligeiramente 
inclinar a parte superior do corpo para frente para criar equilíbrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 178 
 
 
GUARDA ALTA 
 
 da postura básica 
 peso corporal é distribuído mais para a perna de trás 
 joelhos ligieramente dobrados 
 ligeiramente elevar o calcanhar do pé de trás 
 empurrar os cotovelos apertados junto ao corpo, cobrindo costelas e corpo 
 as duas mãos e braços cobrem o rosto e a parte superior do corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 179 
 
 
GUARDA DUPLA 
 
 ficar num ângulo aproximado de 45º com o ombro do lado da frente apontado para 
frente, isso o tornará um alvo menor 
 manter os pés do mesmo modo da postura básica, distribuir o peso igualmente nos 
dois pés 
 elevar ligeiramente o calcanhar do pé de trás 
 elevar ligeiramente o ombro da frente 
 mão de trás é presa contra o lado da frente do rosto, como um escudo de defesa com 
o cotovelo do braço de trás na caixa torácica 
 mão da frente é presa em volta do estômago acima da linha da cintura, logo abaixo do 
cotovelo do braço de trás, mas pode ser elevada ligeiramente, a escolha do boxeador. 
 mão de trás agarra ou bloqueia quaisquer golpes que venham na direção do lado da 
frente do rosto 
 mão da frente agarra ou bloqueia quais golpes vindos do lado de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 180 
 
 
 
 
5.3.2. TRABALHO DE PÉS 
 
Na parte anterior do Manual dos Técnicos, nós discutimos sobre os passos básicos do 
boxe. O boxeador deve dominar deslocamentos a frente, para trás, passo para a esquerda e 
para a direita com boa coordenação e equilíbrio, a fim de avançar de nível no tabalho ou 
movimentação de pés. 
 
Como o lutador luta num espaço limitado no ringue, ele deve aprender a fazer movimentos 
giratórios conforme mostrados no diagrama antes de aprender movimentos de pé 
adicionais. 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 181 
 
 
 
TRABALHO DE PÉS ADICIONAL 
 
SALTITANDO 
 
 para cima e para baixo na sola dos pés, alternando saltitar na esquerda e então na 
direita (mesmo movimento de pular corda) 
 os pés podem se movimentar de lado a lado ou de dentro para fora 
 mover-se em todas as direções com equilíbrio 
o é muito importante manter o equilíbrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 182 
 
 
 
 
 
PASSO E DESLIZE 
 
 da postura de boxe 
 passo com pé da frente e desliza com pé de trás na direção do pé da frente 
 manter uma postura equilibrada durante o movimento 
 retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 183 
 
 
PASSO PULO 
 
 da postura de boxe 
 passo com pé da frente enquanto o boxeador desliza o pé de trás na direção do pé 
da frente 
 fazer um pequeno salto com o pé da fente 
 retornar a postura de boxe 
 manter postura equilibrada durante todo o movimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 184 
 
 
SHUFFLING (EMBARALHANDO) 
 
 da postura de boxe 
 embaralhar os dois pés ligeiramente saltitando e deslizando na direção desejada 
 importante manter o equilíbrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 185 
 
 
 
5.3.3. ATAQUES 
 
O ataque avançado consiste em combinações de diferentes elementos como movimentação, 
fintas e diferentes golpes. Quando o boxeador dominar os elementos básicos dos golpes, 
movimentação, fintas e defesas, o técnico deve combinar os elementos do boxe e tentar 
diferentes variações de acordo com a tática, as situações e as características do boxeador (suas 
forças e fraquezas). 
 
COMBINAÇÕES DE GOLPES 
 séries curtas de golpes – ataques com combinaçõs de cruzados e uppers 
constantemente na curta distância contra o oponente 
 séries longas degolpes – artaques com combinações de golpes retos constantemente 
na média para longa distância contra o oponente. 
 golpes acentuados – nem todos os golpes são lançados com força e velocidade 
máxima, entre as séries de golpes, o boxeador escolhe lançar um ou dois golpes com 
força e velocidade máxima 
 
ATAQUE COM PREPARAÇÃO 
 A preparação inclui quaisquer manobras para atrair o movimento do oponente. Isto 
inclui fintas, escapadas ou manobras ofensivas. 
 quando o boxeador criar uma abertura, imediatamente atacar o oponente 
 
ATAQUE SEM PREPARAÇÃO 
 O boxeador observa a movimentação do oponente para criar uma abertura 
 quando o boxeador vê uma abertura, imediatamente ataca o oponente 
 usar a combinação apropriada de golpes para tirar vantagem da abertura. 
 
GOLPES DE ENCONTRO 
-Golpes de Encontro na cabeça 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente realiza com a mão da frente ou de trás um golpe reto na cabeça do 
mesmo lado que o oponente está realizando o seu golpe reto. 
o simultaneamente, move a cabeça para longe do golpe do oponente 
 
- golpes de encontro no corpo: 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente usa a mão da frente ou de trás para golpe reto no corpo em direção ao 
lado do oponente onde ele está realizando seu golpe reto. 
 
CONTRA ATAQUE 
 
 - Ação de resposta após realizar movimentos defensivos contra o ataque do oponente 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 186 
 
 
5.3.4 DEFESAS 
 
DEFESA PASSIVA 
 O boxeador não toma ações imediatas e fica observando o oponente após ele o atacar. 
 
DEFESA ATIVA 
 o boxeador toma ações imediatas após o ataque do oponente com contra ataque ou 
ação antecipada 
 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE DEFESA 
 
A ação da defesa pode ser dividida em 3 categorias: 
 
1. Defesa de mão - usa mãos, braços e ombros tanto para boquear quanto para evitar o 
ataque do oponente 
 
o Defesa com a mão ou bloqueio com os dois braços 
o pegar/bloquear 
o bloqueio de braço/bloqueio de cotovelo/bloqueio de ombro 
o aparar 
 
2. Defesa de corpo – usa a parte superior do corpo sem mover a parte inferior do corpo 
para fazer movimentos defensivos 
o encolher-se 
o girar 
o balançar para trás 
 
3. Defesa de perna – usa o movimento dos pés para se afastar da distância de ataque 
do oponente 
o passo para trás 
o salto para trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 187 
 
 
 
MOVIMENTOS ADICIONAIS DE DEFESA 
 
BALANÇANDO E COSTURANDO (OU ZIGUEZAGUEANDO) 
 
 da postura de boxe 
 dobrar os dois joelhos enquanto sumultaneamente dá um passo na direção do golpe 
que está vindo 
 mover-se por baixo do golpe do oponente (a cabeça deve estar mais baixa que o golpe 
do oponente, manter o contato visual com o oponente) 
 virar a cintura para a esquerda ou direita, a fim de acertar o golpe de encontro 
 realizar o golpe de encontro 
 retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 188 
 
 
 
PIVÔ POR DENTRO 
 
 da postura de boxe 
 fixar o pé da frente em posição, levar o pé de trás num ângulo de 90 graus para trás 
enquanto gira o corpo todo 
 manter o equilíbrio e retornar a postura de boxe 
 
 
 
PIVÔ POR FORA 
 da postura de boxe 
 fixar o pé da frente em posição, levar o pé de trás num ângulo de 90 graus para frente 
enquanto gira o corpo todo 
 manter o equilíbrio e retornar a postura de boxe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 189 
 
 
 
5.3.5. FINTAS 
 esconder a intenção do boxeador por uma ação enganosa 
 diferentes tipos de fintas podem ser aplicadas a certas táticas e situações 
 fintas devem ser rápidas e provocativas 
 fintas devem ser feitas na distância apropriada 
 as fintas também podem ser usadas para aproximar a distância; o boxeador usa a finta 
para se aproximar do oponente movendo-se para frente ou atraindo o oponente a se 
mover para perto ou fazer o oponente se mover para trás em direção a corda ou 
corner 
 para fazer com que o oponente realize qualquer ação de ataque que irá criar uma 
abertura para o contra-ataque. 
 
TIPOS DE FINTAS 
 fintas de cabeça 
 . Mover a cabeça para a frente e encolhê-la 
 . Mover a cabeça lateralmente 
 finta com os olhos 
 . Olhar para a área do abdômem do oponente 
 . olhar para os pés do oponente 
 - finta com os braços 
 . Esticar o braço da frente ligeiramente para a cabeça ou corpo do oponente, então 
retrair o braço, imitando o movimento de ataque 
 
 Finta com o corpo 
 . Mover a parte superior do corpo (ombros) em direção ao oponente ou às suas 
laterais para imitar a intenção de acertar um golpe e então retornar a postura original 
 
 Finta com as pernas 
 . Flexionar um ou os dois joelhos levemente para baixar o corpo e então ficar de pé 
novamente, fingindo que o boxeador está realizando a preparação para um movimento de 
ataque 
 . fixar com firmeza uma perna no chão, enquanto a outra perna se move em diferentes 
direções 
 
COMBINAÇÕES DE FINTAS 
 Cada tipo de finta pode ser aplicado individualmente ou pode ser combinado com dois 
ou mais elementos. Por exemplo, a mão com os olhos ou a perna com a mão e etc. 
 Quanto realizando movimentos de finta, o boxeador deve considerar sua própria 
defesa, para antecipar quaisquer contra-ataques do oponente. Enquanto isso, o boxeador 
deve também pensar sobre as ações após a finta. As fintas devem ser utilizadas como ações 
preparatórias para um ataque mais importante. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 190 
 
 
5.3.6. DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE TREINAMENTO 
Um plano de treinamento de 1 ano é desenvolvido para prever e preparar a agenda de 
treinamento baseada na competição alvo do boxeador. O propósito do plano de treinamento é 
capacitar os técnicos a planejar com antecedência o que está por vir nos treinos e 
competições, contudo, o mais importante, o plano de treinamento é desenvolvido para 
organizar e gerenciar melhores processos de treinamento para o boxeador e prepara-lo para a 
competição principal e/ou alvo de acordo com seu/sua meta. 
 
Quando desenvolver um plano de treinamento de 1 ano, um dos fatores a considerar é o 
tempo entre uma competição e outra, o técnico deve calcular o intervalo e providenciar uma 
quantidade adequada de descanso e preparação para o boxeador. O técnico também deve 
analisar o calendário de competições com cuidado, levando em consideração o nível de 
competições agendadas durante o ano e elaborar o programa de treinamento e preparar o 
boxeador para cada período e ciclo de treinamento. 
 
Um dos métodos que os técnicos dos EUA utilizam para desenvolver um programa de 
treinamento de 1 ano é dividindo um ano em dois a quatro ciclos de treinamento baseado no 
nível do boxeador e no calendário de competições. Ao final de cada ciclo, o boxeador deverá 
participar de torneios ou competições que possam ajuda-lo a alcançar seus objetivos. 
 
 
PC: PERÍODO DE PRÉ CONDICIONAMENTO / GC: PERÍODO DE CONDICIONAMENTO GERAL / SC: 
PERÍODO DE CONDICIONAMENTO ESPECÍFICO / PrC: PERÍODO PRÉ-COMPETIÇÃO / C: PERÍODO 
DE COMPETIÇÃO / R: PERÍODO DE DESCANSO 
 
Cada ciclo consiste de 6 períodos, PERÍODO DE PRÉ CONDICIONAMENTO; PERÍODO DE 
CONDICIONAMENTO GERAL; PERÍODO DE CONDICIONAMENTO ESPECÍFICO; PERÍODO PRÉ-
COMPETIÇÃO; PERÍODO DE COMPETIÇÃO e PERÍODO DE DESCANSO. Em cada um desses 
períodos, o boxeador treina com metas e objetivos diferentes para se preparar para cada 
competição no final de cada ciclo e mirar a competição-alvo em direção ao final do ciclo 
planejado de 1 ano. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 191 
 
 
 
QUANDO ESTIVER DESENVOLVENDO UM CICLO DE TREINAMENTO DE UM ANO 
 Deve estar ciente de quando e onde a competição principal e alvo terão lugar 
 Começar a agendar do dia da competição alvo para o primeiro dia (trabalhar de trás 
para frente) 
 participar de torneios pequenos e médios antes e durante as competiçõesprincipais 
para controlar e monitorar (avaliar) o nível de preparo do boxeador e seu progresso 
 selecionar o torneio de acordo com o nível de preparo do boxeador. Torneios mais 
duros podem ter um impacto negativo no nível psicológico do boxeador. 
 um programa de treinamento e agenda pode mudar de acordo com o aumento ou 
decréscimo de intensidade, mistura de diferentes exercícios de treinamento para 
manter o interesse do boxeador e o nível motivacional, assim como a forma esportiva, 
num nível elevado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 192 
 
 
PERÍODO DE PRÉ-CONDICIONAMENTO 
 
A meta de treinamento do período de pré-condicionamento é a preparação física do boxeador, 
para seguir para o próximo nível de treinamento que é o período de condicionamento geral. 
Assim sendo, neste período, muitas atividades de treinamento incluem exercícios que 
melhoram e desenvolvem a boa forma cardiovascular do boxeador, força corporal, técnicas 
básicas de boxe, táticas e treinamento psicológico para ajudar o boxeador a ser capaz de focar 
e concentrar nas agendas de treinamento. 
 
A duração do período de pré-condicionamento num ciclo de treinamento pode ser de uma a 
três semanas, dependendo do calendário de competições e do nível de preparo do boxeador. 
O número e as horas das sessões de treinamento podem ser ajustados de acordo com o 
técnico, contudo, não é recomendado treinar mais que 3 horas em uma sessão de treinamento 
e 3 sessões por dia. 
EXERCÍCIOS DURAÇÃO CARGAS DE 
TREINO 
COMENTÁRIOS 
Aquecimento 
-Sombra – 3 min 
trabalho por 30 s 
descanso 
-alongamento leve 
15 min 
 
10 min 
Baixa intensidade 
 
Baixa a moderada 
Foco deve ser movimentação, 
técnica e relaxamento 
Foco na flexibilidade 
 
Treino principal 
- jogging 2 milhas* 
 
- 5 lifts de 50 
jardas** 
 
14-20 min 
Baixa a moderada 
 
Moderada a alta 
Gradualmente aumentar a 
velocidade através de 50 jardas** 
de distância. Retornar ao ponto 
de início e começar o segundo 
lift*** de 50 jardas 
resfriamento 
 
- alongamento 
10-15 min Moderado 
Notas do tradutor: 
*1 milha tem 1609,34 metros 
** 1 jarda tem 91,444 centímetros 
***não encontrado correspondente, talvez similar ao Sprint – tiros, corridas de velocidade. 
MANUAL DOS TÉCNICOS 193 
 
 
 
CONDICIONAMENTO GERAL 
 
O objetivo de treinamento do período de condicionamento geral é elevar, melhorar e 
desenvolver o nível de treinamento cardiovascular e de treinamento de força do boxeador. 
Além disso, técnicas avançadas, táticas e exercícios de boxe são treinados durante o 
condicionamento geral. Continuamente, o desenvolvimento psicológico do boxeador e o 
treinamento de sua preparação serão conduzidos por uma agenda de treinamento mais dura e 
robusta 
 
A duração do período de condicionamento geral num ciclo de treinamento é o mesmo que o 
período de pré-condicionamento e vai de uma a 3 semanas dependendo do calendário de 
competições e do nível de preparo do boxeador. Novamente, o técnico deve ser responsável 
por acertar a intensidade intermediária do programa de treinamento com o número de horas 
e sessões por dia. 
 
EXERCÍCIOS 
 
DURAÇÃO 
 
Cargas de 
treinamento 
 
Comentários 
 
aquecimento 
Exercícios de 
aquecimento dinâmicos 
25 min Moderado Preparado para aquecimento, 
flexibilidade, força de explosão e 
agilidade 
treino principal 
-2 rds sombra 
-4 rds sparring leve 
 
- 2 rds saco pancada 
pesado 
- 2 rds teto-solo 
- trabalho de saco de 
pancada intervalado 
3x1 min descanso 
3x1 min descanso 
 
3x1 min descanso 
 
3x1 min descanso 
3x1 min descanso 
Alta 
Média p 
moderada 
Alta 
 
Alta 
alta 
 
Foco na técnica 
Simular situações 
 
Sequencias de combinações 
 
Sequencias de combinações 
Trabalho e descanso iguais (p.ex, 10 seg. 
trabalho e 10 seg. descanso 
resfriamento 
 
 
Alongamento 10-15 min Moderado flexibilidade 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 194 
 
 
 
PERÍODO DE CONDICIONAMENTO ESPECÍFICO 
 
No período de condicionamento específico, o programa de treinamento, como treinamento de 
energia e boa forma muscular deve ser mais intensificado. Exercícios de treinamento de 
corrida de longas distâncias nos dois períodos anteriores são substituídos por programas de 
corrida intervalada e treinamentos de força que são aprimorados pelo desenvolvimento de um 
programa individual de levantamento de pesos; tal individualização permitirá reforçar grupos 
musculares específicos que precisam e devem ser desenvolvidos. 
 
Além disso, programas de treinamento visando técnicas e táticas de boxe são mais 
especificados e se focam mais na resistência, força, velocidade e coordenação. O técnico deve 
cuidadosamente avaliar o aspecto psicológico do boxeador, monitorando sua habilidade de 
lidar e superar a carga de trabalho aumentada. Aumenta-se a carga de trabalho e os 
boxeadores que superaram as dificuldades podem ganhar confiança e concentração. 
 
O período de coordenação específica com programas de treinamento de alta intensidade pode 
durar de 1 a 3 semanas dependendo do calendário de competição e do nível de preparo do 
boxeador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 195 
 
 
 
 
EXEMPLO DE TREINO DE PERÍODO DE CONDICIONAMENTO ESPECÍFICO 
 
exercício duração Carga de treino comentarios 
aquecer 
Pular corda 
Pular corda 
Pular corda 
 
 
Pular corda 
2 min 
2 min 
2 min 
 
 
5 min 
Baixa 
Moderada 
Moderada com 
aumento/decréscimo 
 
Alta 
aumento/decréscimo 
/ joelhos altos / 
ritmo / direção 
 
 
s/descanso 
 
90 seg descanso 
 
 
5 min descanso 
treino principal 
.sparring (4rdx3min /1 
min descanso) 
- sprints com aumento e 
decréscimo 
- força 
15 min 
 
15-25 min 
 
10 min 
Alta 
 
Alta 
 
moderada 
Começar com 10, 
20, 30, 40...até 100 
jardas então 
decrescer 100, 90, 
80... até 10. 
1. resfriamento 
- vídeo revisão 30 minutos baixa Rever vídeo de 
competição/sparring 
para permitir ao 
boxeador que 
aprenda pelo 
método visual 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 196 
 
 
 
PRÉ-COMPETIÇÃO 
O período pré-competição é o treinamento mais duro de todos. Todos os exercícios de 
treinamento devem ser conduzidos na intensidade máxima. Treinos de corrida são 
substituídos por sprints (*nota do tradutor: tiros, ou corridas curtas de explosão, já abordado 
antes) de curta distância com uma mistura de exercícios de treinamento de máxima resistência 
aeróbica (também conhecida como VO2 máximo). Nos exercícios de treinamento de força, o 
boxeador deverá usar pesos leves e realizar cada repetição mais rápido possível para 
desenvolver a musculatura de contração rápida no corpo. 
Todos os exercícios técnicos e táticos devem ser formatados individualmente com programas 
de treinamento de nível de elite. O treinamento tático é consistente com sparring intenso e 
sacos de pancada e manoplas com técnicos. O boxeador deve ter em conta que o sparring e os 
programas de treinamento devem ser realizados com similar intensidade e esforço que ele/ela 
deve ter nas competições e isto trará um efeito psicológico positivo no boxeador. 
O período de pré-competições usualmente começa uma a três semanas antes do início da 
competição e dura até o dia depois da competição. O boxeador não deve treinar com máxima 
intensidade até o dia depois da competição, pois isto deixaria o boxeador exausto para a 
competição e não permitiria que o desempenho de toda sua capacidade, portanto, quando o 
técnico programar o plano de treino do período pré-competição, a intensidade e a carga de 
trabalho devem ser reduzidas conforme a data da competição se aproxima e invés disso, o 
técnico deve por maior ênfase nas estratégias de competição e nas táticas, relaxamento e 
descanso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 197 
 
 
EXEMPLO DE TREINAMENTO DO PERÍODO PRÉ-COMPETIÇÃO 
exercicios duração Cargas 
de treino 
comentários 
1.aquecimento-sombra 
- pular corda 
8-10min 
2rds.4min 
Moderada 
Moderada 
p/ alta 
 
Atleta no auge em direção a competição 
2. treino principal 
-manoplas 
- saco pesado 
- exerc c. parceiro 
- manoplas 
3minx2rd 
3minx2rd 
3minx2rd 
3minx2rd 
Alta 
Alta 
Alta 
Alta 
 
1 minuto de descanso após todos os 
rounds. 
Treinamento deve se focar nas 
estratégias estabelecidas antes do início 
do treino do dia. 
3resfriamento 
-alongamento e 
movimentação 
- técnico e boxeador 
irão discutir 
estratégias e táticas 
usadas durante os 
dias de treinamento 
10-15min 
 
20-30min 
 
Moderado e 
relaxado 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 198 
 
 
PERÍODO DE COMPETIÇÕES 
É o período de competição que inicia e termina com a agenda do torneio ou competição 
Durante esse período, o técnico deve programar um plano de treinamento com exercícios de 
baixa intensidade que irão permitir ao boxeador ficar solto (relaxado) e aquecido para as lutas 
que se aproximam na agenda de competição. 
DESCANSO 
Após o torneio ou competição, o técnico deve permitir ao boxeador descansar por cerca de 
uma semana. Esse período destina-se a permitir que os boxeadores relaxem e tenham o 
tratamento e cuidados por quaisquer ferimentos no torneio ou competição. Além disso, 
enquanto os boxeadores estão tendo um tempo para o descanso e relaxamento, deles será 
esperado que façam pouco tempo de treino de baixa intensidade e exercícios de resistência 
como jogging, corrida de longa distância e pular corda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 199 
 
 
 
 
Obs: major: principal; target: alvo 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 200 
 
 
 
5.3.7. PREPARO PSICOLÓGICO 
 
O preparo psicológico, que inclui a motivação, autoestima, espírito esportivo, comunicação 
efetiva e disciplina do boxeador, tem um papel importante em sua participação no boxe. Por 
exemplo, se a motivação do boxeador está alta, ele/ela deve continuar no esporte com 
interesse e emoção, contudo, com uma baixa motivação é provável que eles vão cair fora do 
esporte ou diminuir seu aprimoramento. 
 
 
PREPARO PSICOLÓGICO EM GERAL 
 
 o técnico deve entender porque os boxeadores estão participando de esportes, para 
aumentar sua autoestima, discutindo sobre metas e explicando suas responsabilidades 
para com o esporte. 
 o boxeador determina a meta com assistência do técnico 
 criar metas possíveis 
 regularmente discutir a situação envolvendo a ética no boxe 
 o técnico deve ter expectativas realistas 
 as habilidades aprendidas e treinadas devem tornar o boxe divertido 
 proporcionar recompensas e encorajamento 
 a atenção individual para cada boxeador deverá aumentar sua motivação 
 preparar-se e praticar para apresentações midiáticas. 
 
PREPARO PSICOLÓGICO EM COMPETIÇÃO 
 
 motivar fazendo os boxeadores se tornarem cientes de seu progresso, em treino e em 
competição 
 planejar e formatar treinos e competições divertidas 
 ajudar o boxeador a entender o significado do sucesso, “vencer não é tudo” 
 dar um contínuo encorajamento 
 enfatizar o espírito esportivo 
 o boxeador deve ter confiança mutua – respeito, confiança – cooperação com o 
técnico. 
 praticar rotinas psicológicas, como foco nos resultados positivos ou uso positivo de 
palavras chave que motivam como “rápido”, “forte”, “agora”, etc. 
 visualização (autoimagem) 
o preparo mental - começa bem antes da competição 
o visualização é uma ferramenta poderosa: 
 - leva a tensão embora mas ensina a trabalhar sob pressão 
 - transforma a pressão em energia positiva por resultados melhores 
 - Treina como em competição 
 - Encontra o que funciona, a fim de relaxar. 
 - Cada boxeador desenvolve técnicas que funcionam individualmente 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS 201 
 
 
5.3.8. TÁTICAS 
Táticas são usadas para obter vantagem com o menor esforço de modo que se tenha melhor 
chance de um resultado de sucesso no combate. As táticas podem mudar baseadas no 
indivíduo e seu oponente, nas habilidades e experiência. O sistema de pontuação também tem 
um papel nas táticas. Por exemplo, golpes no corpo podem não ser bem reconhecidos pelos 
juízes e muitos boxeadores tentam usar menos golpes no corpo, contudo, os golpes no corpo 
não devem ser eliminados da estratégia dos boxeadores já que são um fator importante no 
plano de jogo. 
 
TÁTICAS GERAIS 
 
 obter conhecimentos sobre o oponente: 
o observando o oponente em competição e em vídeo 
o esboçar, projetar cenários das táticas do oponente 
 Ritmo elevado – boxe em ritmo elevado durante todos os rounds 
 knock-out – procurar acertar golpe forte no oponente para vencer uma luta por 
knock-out. 
 defesa – principalmente se concentrar na defesa e esperar por erros do adversário 
 universal – adaptar e executar táticas baseado na situação 
 ritmo irregular – o boxeador controla o ritmo da luta, seja rápido ou mais lento. 
 3º round – boxear agressivamente no terceiro round ou boxear defensivamente 
(se estiver vencendo) 
 combinação – combinação de duas ou mais táticas 
 
Algumas das recentes táticas que foram mostradas por Técnicos Americanos e boxeadores 
durante competições foram: 
 
 ocupar o centro do ringue e manter o oponente perto das cordas e do corner 
 fazer a movimentação do lado contrário ao lado mais forte do oponente 
 quando o oponente usar velocidade e movimentação: 
o cortar o ringue para restringir ou limitar a movimentação do oponente (sem o 
seguir) 
o melhorar o ritmo ofensivo para que o oponente use mais energia. 
o Paciência para trazer ou fazer o oponente vir para você. 
 
 Dar um passo pelo lado de fora do pé da frente do oponente, irá diminuir a reação 
e movimentação do oponente. 
 Tornar a iniciativa de golpe o mais precisa possível, combinações sucessivas 
dependem dos golpes anteriores. 
 usar os melhores atributos dos boxeadores e tirar vantagem das fraquezas do 
oponente. 
 observar e analisar sobre como o árbitro conduz a luta e se as pontuações dos 
juízes são altas ou baixas. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 202 
 
 
 
 
 
5.3.9. Em competição 
 
ANTES DA LUTA 
 
 Começar a preparação com antecedência de 30-45 minutos antes da luta 
 aquecer em área sem aglomerado de pessoas para ter menos perturbações possíveis 
para um preparo psicológico e relaxamento. 
 Encontrar uma área para aquecimento grande o suficiente para o aquecimento, como: 
o alongamento 
o sombra 
o manoplas 
 discutir a estratégia da luta com o boxeador. 
 Estar hidratado o suficiente para evitar perda de resistência durante a luta. 
 Evitar contatos de fora que podem prejudicar a concentração do boxeador, necessária 
para a luta que está por vir. 
 
DURANTE A LUTA 
 no corner 
o Continuamente, concentrar-se nas ações do boxeador durante cada round, a fim 
de ele obter instrução e aconselhamento adequado. 
o observar cuidadosamente qual o estilo de arbitragem do árbitro. 
o estar preparado próximo ao final do round para entrar no ringue 
 no ringue 
o oferecer um mínimo, mas, importante conselho relacionado ao desempenho 
o manter-se positivo em relação a opinião dos técnicos sobre a performance da luta. 
 
APÓS A LUTA 
 
 manter-se positivo tanto para vitória, como para derrota 
 fornecer ao boxeador algum tempo sozinho e suficiente para relaxar antes de discutir os 
resultados 
 evitar quaisquer cobertura midiática imediatamente após a luta 
 se o boxeador venceu, permitir um curto descanso, em seguida, assistir as outras lutas do 
evento para observar possíveis táticas dos oponentes e seu desempenho. 
 Deixar o boxeador consumir comida e nutrientes após observar outras lutas do evento. 
 usar elogios positivos todo o tempo enquanto discutir sobre lutas e táticas passadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 203 
 
 
 
 
 
5.4. TÉCNICAS AVANÇADAS – CUBA 
 
Um estilo de boxe influenciado por sua própria cultura,música e dança, o estilo de boxe 
Cubano é caracterizado como rítmico com movimentos bem coordenados, possuindo 
habilidades técnicas com bom conhecimento tático, que é similar a dançar. De sua raiz original, 
esse estilo de boxe se desenvolveu de muitas formas incorporando, combinando e misturando 
bem os melhores aspectos do boxe nos países onde ele é avançado. Por exemplo, as 
habilidades de golpear do boxeador cubano e sua força tem sido adotada do estilo de boxe 
Europeu, enquanto que a habilidade de movimentação corporal e trabalho de pés foi adotada 
e desenvolvida a partir do estilo de boxe Americano. Além disso, o estilo de boxe cubano 
adotou da ex-União Soviética as metodologias de preparação para treinamento e competições. 
 
5.4.1. POSTURA DE BOXE 
 
A postura clássica de boxe Cubano é única, de forma que proporciona muita proteção para o 
boxeador, ainda assim permitindo atacar eficientemente com movimentação de pernas e 
quadris. Baseado na especialidade e características do boxeador, os boxeadores aprendem 
posturas com variações da postura clássica. 
 
A vantagem que a postura de boxe clássico cubano possui é que ela permite ao boxeador 
executar uma trajetória de golpes muito mais rápidos e longos usando a rotação dos quadris e 
o pé de trás. A posição dos braços permitirá aos boxeadores se defender facilmente contra 
golpes retos e cruzados. Ao mesmo tempo, ela não interrompe a visão periférica do boxeador 
sobre a movimentação do oponente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 204 
 
 
 
 
 
CLASSICA 
 
 O boxeador se posiciona lateralmente num ângulo aproximado de 45 graus. 
 Posiciona os pés na largura dos ombros 
 Posiciona o pé da frente diagonalmente em frente ao pé de trás. 
 Distribui o peso corporal igualmente nos dois pés. 
 Posiciona o pé da frente rente ao solo enquanto o de trás é ligeiramente elevado e se 
posiciona na área do meio do pé. 
 dobra ligeiramente os joelhos 
 dependendo da lateralidade do boxeador, inclina a parte superior do corpo para 
direita ou esquerda. 
 posicionar a mão da frente em frente a face, ligeiramente abaixo do nível dos olhos 
 posicionar a mão de trás sobre o nível do nariz, levemente tocando o queixo. 
 manter cotovelos dobrados ligeiramente mais de um ângulo de 45 graus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 205 
 
 
 
 
POSTURA DA LONGA DISTÂNCIA 
 
 o boxeador deverá boxear na longa distância quando o oponente for mais baixo ou 
tiver menor envergadura de braço. 
 da postura clássica de boxe, girar o pé de trás ligeiramente para fora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSTURA DA MÉDIA DISTÂNCIA 
 
 quando o boxeador tem boas habilidades de combinação de ataques, reações 
defensivas e contra ataques. 
 da postura clássica de boxe, girar a parte superior do corpo ligeiramente para dentro. 
 trazer o cotovelo que está à frente próximo ao corpo 
 trazer o cotovelo que está atrás próximo ao corpo e tocando a caixa torácica 
 posicionar as duas mãos próximas ao queixo 
 encolher o queixo próximo ao corpo e olhar para o oponente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 207 
 
 
 
 
POSTURA PARA CURTA DISTÂNCIA 
 
 O boxeador deverá boxear na curta distância contra opoente mais alto e com 
envergadura do braço mais longa. 
 o pé de trás é girado ligeiramente para dentro e eleva-se levemente o calcanhar. 
 os dois braços são empurrados próximos ao corpo e os cotovelos tocam a área das 
costelas. 
 encolher o queixo pra dentro, elevar o ombro e fechar os braços para ter máxima 
proteção. 
 sempre manter os olhos no oponente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 208 
 
 
 
POSTURAS COM VARIAÇÕES 
 
 em situações diferentes, os boxeadores devem usar diferentes posturas de boxe além 
da clássica. Diferentes situações podem incluir: 
o Nível do boxeador 
o Características do boxeador 
o Forças e fraquezas 
o Experiências em competições 
o Características do oponente 
 
 
 
VARIAÇÃO 1: POSTURAS COM PESO TROCADO PARA A PERNA DE TRÁS 
 
 Da postura clássica de boxe 
 ligeiramente trocar o peso corporal mais para a perna de trás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 209 
 
 
 
 
VARIAÇÃO 2: POSTURAS COM GUARDA FECHADA 
 
 pé de trás é girado ligeiramente para dentro e eleva-se levemente o calcanhar 
 os dois braços são empurrados próximos ao corpo e cotovelos tocam a área das 
costelas 
 encolher o queixo para dentro, elevar o ombro e fechar os braços para ter proteção 
máxima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 210 
 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO 3: POSTURAS COM OS BRAÇOS PARA BAIXO 
 
 pé de trás é girado levemente para dentro e o calcanhar levemente elevado 
 os dois braços estão abaixados em volta da linha de cintura, a mão da frente é 
ligeiramente mais baixa que a linha da cintura e a mão de trás ligeiramente acima da 
linha de cintura. 
 braço de trás próximo ao corpo e cotovelos tocam área das costelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 211 
 
 
 
 
 
5.4.2. TRABALHO DE PÉS 
Na parte anterior do Manual dos Técnicos, discutimos sobre os passos básicos do boxe. O 
boxeador deve dominar deslocamentos para frente, para trás, passos para a direita e esquerda 
com boa coordenação e equilíbrio, a fim de poder avançar de nível no trabalho de pés/ 
movimentação de pés. 
 
Desde que o boxeador luta num espaço limitado no ringue, ele deve aprender a fazer 
movimentos circulares, conforme demonstrado no diagrama antes de aprender movimentação 
de pés adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 212 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE PÉS ADICIONAL 
 
 
PASSOS-PÊNDULO 
 
 constante movimentação para frente e para trás 
 deve ser feito num bom ritmo. 
 
 
PASSOS-PULOS (PASSOS SALTANDO) 
 
 deve ser feito num bom ritmo. 
 o boxeador pode rapidamente se mover para frente e para trás para estar no final da 
distância de ataque. 
 mais rápido que passos-pêndulo. 
 
 
GIROS (PIVÔS) 
 
 movimento de defesa útil contra golpes retos 
 também útil para contra-ataques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 213 
 
 
 
 
5.4.3. ATAQUES 
Ataques avançados consistem na combinação de diferentes elementos, como fintas, 
movimentação e diferentes golpes. Quando o boxeador dominar os elementos básicos dos 
golpes, movimentação, fintas e defesas, o técnico deve combinar os elementos de boxe e 
tentar diferentes variações de acordo com as táticas, situações e características do boxeador 
(forças e fraquezas) 
 
COMBINAÇÃO DE GOLPES 
 séries curtas de golpes - ataques com combinação de cruzados e uppercuts 
constantemente na curta distância contra oponente 
 longas séries de golpes – ataques com combinações de golpes retos constantemente na 
média para longa distância contra o oponente 
 golpes acentuados – nem todos os golpes são jogados com máxima força e velocidade, 
entre as séries de golpes, o boxeador escolhe jogar um ou dois golpes com máximas força 
e velocidade. 
 
ATAQUE COM PREPARAÇÃO 
 A preparação inclui quaisquer manobras para atrair o movimento do oponente. Isto inclui 
fintas, escapadas ou manobras ofensivas. 
 quando o boxeador criar uma abertura, imediatamente atacar o oponente. 
 
ATAQUE SEM PREPARAÇÃO 
 O boxeador observa a movimentação do oponente para criar uma abertura 
 quando o boxeador vê uma abertura, imediatamente ataca o oponente. 
 usar a combinação apropriada de golpes para tirar vantagem da abertura. 
 
 GOLPES DE ENCONTRO 
 
 Golpes de Encontro na cabeça 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente realiza com a mão da frente ou de trás um golpe reto na cabeça do mesmo 
lado que o oponente está realizando o seu golpe reto. 
o Simultaneamente, mover a cabeça para longe do golpe do oponente 
 
 -golpes de encontro no corpo: 
o quando o oponente mostra um movimento para realizar um golpe reto com a mão da 
frente na cabeça 
o rapidamente usa a mão da frente ou de trás para golpe reto no corpo em direção ao lado 
do oponente onde ele está realizando seu golpe reto. 
 
 CONTRA ATAQUE 
 Ação de resposta após realizar movimentos defensivos contra o ataque do oponente 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 214 
 
 
 
 
ATAQUES ADICIONAIS 
DUAS E TRÊS COMBINAÇÕES SIMPLES DE GOLPES 
 golpe reto e direto com a esquerda no rosto 
 2 golpes retos com a esquerda no rosto e um cruzado com a esquerda no tronco 
 golpe reto com direita e cruzado com esquerda no rosto 
 golpe reto com esquerda no rosto, golpe reto com esquerda no tronco e cruzado no 
rosto com esquerda 
 
COMPLEXO 
 3 golpes com a mesma mão, 1 com a outra 
 Golpe Reto, cruzado e direto com esquerda e reto de direita no rosto 
 golpe reto com esquerda, direto com direita no rosto, clinch com a esquerda no 
tronco, cruzado com esquerda no rosto 
 reto de esquerda, direto de direita no rosto, clinch com esquerda no tronco, clinch 
com esquerda no rosto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 215 
 
 
 
5.4.4 DEFESAS 
DEFESA PASSIVA 
 O boxeador não toma ações imediatas e fica observando o oponente após ele o atacar. 
DEFESA ATIVA 
 o boxeador toma ações imediatas após o ataque do oponente com contra ataque ou ação 
antecipada 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE DEFESA 
A ação da defesa pode ser dividida em 3 categorias: 
1- Defesa de mão - usa mãos, braços e ombros tanto para boquear quanto para evitar o 
ataque do oponente 
o Defesa com a mão ou bloqueio com os dois braços 
o pegar/bloquear 
o bloqueio de braço/bloqueio de cotovelo/bloqueio de ombro 
o aparar 
 
2- Defesa de corpo – usa a parte superior do corpo sem mover a parte inferior do corpo 
para fazer movimentos defensivos 
o encolher-se 
o girar 
o balançar para trás 
 
3- Defesa de perna – usa o movimento dos pés para se afastar da distância de ataque do 
oponente 
o passo para trás 
o salto para trás 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 216 
 
 
 
ATAQUES ADICIONAIS 
 
PEGAR COM A MÃO DA FRENTE 
O boxeador, com a mão da frente girando o punho para o lado de dentro* parando o golpe 
com o movimento do pulso em direção no sentido para baixo. 
*nota do tradutor: no original está escrito para a esquerda, ou to the left, mas só canhotos giram o pulso para a 
esquerda para agarrar golpes com a mão da frente, os destros usam a esquerda como mão da frente e seu 
pulso gira para direita, assim sendo, a tradução que melhor encaixa, na visão particular deste tradutor, é 
aquela onde “to the left” signifique “para dentro”. 
 
 
BLOQUEIO DE ANTEBRAÇO 
O boxeador usa o antebraço para parar o golpe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 217 
 
 
 
5.4.5. FINTAS 
 esconder a intenção do boxeador por uma ação enganosa 
 diferentes tipos de fintas podem ser aplicadas a certas táticas e situações 
 fintas devem ser rápidas e provocativas 
 fintas devem ser feitas na distância apropriada 
 as fintas também podem ser usadas para aproximar a distância; o boxeador usa a finta 
para se aproximar do oponente movendo-se para frente ou atraindo o oponente a se 
mover para perto ou fazer o oponente se mover para trás em direção a corda ou corner 
 para fazer com que o oponente realize qualquer ação de ataque que irá criar uma abertura 
para o contra-ataque. 
 
TIPOS DE FINTAS 
fintas de cabeça 
 . Mover a cabeça para a frente e encolhê-la 
 . Mover a cabeça lateralmente 
finta com os olhos 
 . Olhar para a área do abdômem do oponente 
 . olhar para os pés do oponente 
finta com os braços 
 . Esticar o braço da frente levemente para a cabeça ou corpo do oponente e então 
retrair o braço, imita o movimento de ataque 
Finta com o corpo 
 . Mover a parte superior do corpo (ombros) em direção ao oponente ou às suas 
laterais para imitar a intenção de acertar um golpe e então retornar a postura original 
Finta com as pernas 
 . Flexionar um ou os dois joelhos levemente para baixar o corpo e então ficar de pé 
novamente, fingindo que o boxeador está realizando a preparação para um movimento de 
ataque 
 . fixar com firmeza uma perna no chão, enquanto a outra perna se move em diferentes 
direções 
 
COMBINAÇÕES DE FINTAS 
Cada tipo de finta pode ser aplicado individualmente ou pode ser combinado com dois ou mais 
elementos. Por exemplo, a mão com os olhos ou a perna com a mão e etc. 
Quanto realizando movimentos de finta, o boxeador deve considerar sua própria defesa, para 
antecipar quaisquer contra-ataques do oponente. Enquanto isso, o boxeador deve também 
pensar sobre as ações após a finta. As fintas devem ser utilizadas como ações preparatórias 
para um ataque mais importante. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 218 
 
 
 
5.4.6. DESENVLVIMENTO DO PLANO DE TREINAMENTO 
O plano de treinamento de um ano é desenvolvido como parte do plano quadrienal do 
boxeador. A cada ano o plano é embasado no desempenho individual do boxeador, 
desenvolvimento psicológico, desenvolvimento das habilidades e agenda de competições. O 
plano é desenvolvido para auxiliar os técnicos a monitorar de perto o desenvolvimento do 
boxeador e dar aos técnicos flexibilidade para gerenciar e organizar o treinamento para 
permitir aos boxeadores ter melhor forma esportiva para a competição. 
 
Quando desenvolvendo um plano de treinamento, o técnico deve considerar a meta de 
competição do boxeador, sua capacidade e espaço de crescimento para o desenvolvimento e 
crescimento dentro de 4 anos. Então, cuidadosamente dividir esses 4 anos em ciclos de um 
ano cada e a cada ano, o técnico formula o plano de treinamento e desenvolvimento 
mapeado de acordo com a agenda de competições e o desenvolvimento do boxeador. 
 
Um dos conceitos de desenvolvimento de um plano de 1 ano é dividir um ano em dois ciclos 
baseados no nível dos boxeadores ou na agenda ade competição, ao fim de cada ciclo, o 
boxeador deverá participar de um torneio ou competição que irá permitir aos técnicos 
controlar e monitorar o desenvolvimento das habilidades dos boxeadores e seu nível de 
realização. 
 
VSP: PREPARAÇÃO ESPECIAL VARIADA 
SP: PREPARAÇÃO ESPECÍFICA 
OS: CALIBRAGEM/MODELAGEM 
SS: ESTABILIZAÇÃO 
 
Cada ciclo consiste de 3 períodos, o PREPARATÓRIO, o de COMPETIÇÃO e o de TRANSIÇÃO. 
Cada período é individualizado e focado no treinamento do boxeador para reforçar a área de 
força e corrigir as fraquezas. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 219 
 
 
 
 
QUANDO DESENVOLVER UM PLANO DE TREINO DE UM ANO 
 Estar ciente de quando e onde a competição alvo e a principal terão lugar 
 participar de torneios pequenos ou médios antes e durante as maiores competições com 
propósitos preparatórios e de fundamentação e cada torneio deve ter seu próprio 
propósito de participação (Exemplo, para monitorar o progresso, ou aumentar a confiança 
psicológica etc) 
 selecionar o torneio de acordo com o nível de preparo do boxeador. Torneios mais duros 
podem ter um impacto negativo no nível psíquico do boxeador. 
 Os desenvolvimentos tático, teórico, psicológico e a educação devem começar no início do 
ciclo e serem incluídos em todos os períodos. 
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO 
 
O período de preparação é dividido em 3 fases: preparação física geral, preparação especial 
variada e fase da preparação especial. O boxeador gasta entre 16 a 24 semanas no período de 
preparação dependendo do calendário de competição. O foco do treinamento é diferente, 
assim como as metas e objetivos. Nas duas primeiras fases, o treinamento pode ser feito em 
grupo com boxeadores que possuem características semelhantes ou níveis de habilidades, 
contudo, a última fase do período de preparação deve ser preparada individualmente de 
acordo com as características de cada boxeador. 
 
FASE DE PREPARAÇÃO GERAL 
 
O focodo treino da fase de Preparação Física Geral é o desenvolvimento de habilidades físicas 
como força, velocidade, coordenação e etc, que são a fundação básica das habilidades técnicas 
e táticas. Nesta fase, o técnico marca cerca de duas sessões de treino por dia de 2.5 a 3 horas 
de duração cada com o nível dos exercícios de alto volume e baixa intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 220 
 
 
 
EXEMPLO DE PLANO DE TREINO – FASE DE PREPARAÇÃO GERAL – PERÍODO DE PREPARAÇÃO 
Exercícios Duração Cargas Comentários 
aquecimento 
- exercícios gerais 
- exercícios específicos de boxe 
 20 
min 
moderado Mix de exercícios 
diferentes 
2 treino principal 
- braço da frente, golpe reto na cabeça 
- braço da frente, golpe reto na cabeça, braço de trás golpe 
reto na cabeça 
- braço da frente, golpe reto na cabeça, braço de trás golpe 
reto na cabeça com passo a frente e para trás 
- variações dos 3 exercícios anteriores 
 
- trabalho com parceiro I 
. ataque: braço da frente, golpe reto na cabeça, braço de trás 
golpe reto na cabeça 
. defesa: pegar e aparar 
 qualquer ação defensiva 
 
trabalho com parceiro II 
. ataque: braço da frente, golpe reto na cabeça, braço de trás 
golpe reto na cabeça 
. defesa: qualquer ação defensiva 
 
- pular corda 
- golpear speed bag (*conhecido como punching ball, ou pêra) 
- saco pesado 
- abdominais, flexões de braço e agachamentos 
5min 
5min 
 
5min 
 
15min 
 
4minx1min 
descanso em 3 
rounds 
 
 
 
4minx1min 
descanso em 3 
rounds 
 
 
10min 
10min 
10min 
5min 
Médio 
Médio 
 
Médio 
 
médio 
 
médio 
 
 
 
 
 
médio 
 
 
 
 
máximo 
médio 
máximo 
baixo 
Na postura 
de boxe, 
sem luvas 
 
 
 
com luvas 
resfriamento 
- agarrar-se na barra de alongamento (parede sueca) 
- chacoalhar braços e pernas 
- jogging leve no ginásio 
1 min 
1 min 
5 min 
Baixo 
Baixo 
baixo 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 221 
 
 
 
 
FASE DE PREPARAÇÃO ESPECIAL VARIADA 
Esta fase é uma fase preparatória para a competição que está por vir, assim sendo muitos 
exercícios de treinamento foram elaborados para dirigir o boxeador a alcançar certo nível que 
é aceitável para competir em torneios ou competições e ter um bom desempenho. O volume 
de trabalho durante essa fase decai comparado com a fase de preparação geral e ligeiramente 
aumenta a intensidade para um nível médio. O treinamento deve ser conduzido em duas 
sessões por dia por 1.5 horas a 2 horas em cada sessão pela duração de 3 a 4 semanas 
dependendo da duração do torneio ou dia da competição e do calendário de competições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 222 
 
EXEMPLO DE PLANO DE TREINO DO PERIODO DE PREPARAÇÃO-FASE DE PREAPRAÇÃO 
ESPECIAL VARIADA 
exercício duração cargas comentários 
1-aquecimento 
-ex gerais 
-ex específico de boxe 
 
15 minutos 
 
moderada 
Mix de diferentes 
exercícios 
2- treino principal 
 
 
 
 
 
- com parceiro: I 
. ataque: golpe reto com mão da frente na 
cabeça e corpo 
. defesa: Pegar e bloqueio de antebraço 
 
Com parceiroII 
- ataque: braço da frente golpe reto na 
cabeça e braço de trás upper no corpo 
- defesa: pegar e bloquear com antebraço 
 
Com parceiro III 
Ataque: braço da frente golpe reto na 
cabeça, de trás upper no corpo e cruzado 
na cabeça c braço da frente. 
Defesa: pegar, bloqueio de antebraço e giro 
 
Circuit training 
corda 
speed bag 
saco pesado 
sombra 
 
 
basquete/ jogos 
 
 abdominais/ flexões/ agachamentos 
 
 
 
10 minutos 
 
 
 
 
8 minutos 
 
 
 
 
3.5minx1mindesc em 3 rds 
 
 
 
 
 
3.5minx1mindesc em 4 rds 
 
 
 
 
 
 
20 minutos 
 
10 minutos 
 
 
 
média 
 
 
 
 
médio 
 
 
 
 
média 
 
 
 
 
 
média 
 
 
 
 
 
 
media 
 
media 
 
Sem luvas 
 
 
 
 
Sem luvas 
 
 
 
 
Com luvas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em times 
 
Em circuito 
resfriamento 
 
 
 
 
 
 
 
- treinamento auto gênico (relaxamento) 5 minutos Baixa 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 223 
 
 
 
Fase de preparação especial 
Nesta fase, o boxeador começa treinamentos maiores em direção ao torneio ou competição 
por vir. Os exercícios de treinamento são mais focados em direção a técnica e táticas enquanto 
é aumentado o numero de sessões de sparring e exercícios similares são adotados. Essa fase 
dura cerca de 7 a 8 semanas com 2 a 3 sessões de treinamento por dia por 1 a 1,5 horas por 
sessão com baixo volume e intensidade elevada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 224 
 
 
 
EXEMPLO DE PLANO DE TREINO DO PERÍODO DE PREPAAÇÃO - FASE DE PREPARAÇÃO 
ESPECIAL 
 
Exercícios 
Duração 
 
Carga de 
treino 
 
comentários 
 
aquecimento 
-ex. gerais 
- ex específicos de boxe 
15min moderado Mix de 
diferentes 
exercícios 
2.treino principal 
- fintas com braço, parte superior do corpo e pernas 
- finta então golpe reto com braço da frente então golpe reto com braço 
de trás na cabeça e então defesa 
- fintas então golpe reto com braço da frente na cabeça então defesa 
 
 - fintas então golpe reto com braço da frente então golpe reto com braço 
de trás na cabeça então defesa 
- fintas então golpe reto com braço da frente na cabeça então defesa 
- fintas com braços, pt superior do corpo, pernas e diferentes golpes 
- fintas e ataques 
 
Circuit training: 
 
 1sombra 
 
2corda 
 
3-punchingball 
 
 
- sprints de 5 e 10 metros 
 
-abdominais, flexões e agachamentos 
 
 
2 min 
6 min 
 
6 min 
 
3m/1mdescx3rd 
 
3m/1mdescx3rd 
3m/1mdescx3rd 
3m/1mdescx2rd 
 
 
 
3m/1mdescx 
E 4 rounds 
 
 
 
 
 
4x5m e 4x10m 
 
5 minutos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
média 
Trabalhar 
diferentes fintas 
instruídas pelo 
técnico – sem 
luvas 
Com luvas 
 
 
Com luvas 
 
Com luvas 
 
 
 
Boxeadores 
competem um 
contra o outro 
num ambiente 
competitivo de 
corrida 
 
Circuito de 
treino 
 
resfriamento 
Andar no ginásio ou no campo e respirar fundo 3 min baixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 225 
 
 
 
 
PERÍODO DE COMPETIÇÃO 
O período de competição pode ser dividido em duas fases, fase de moldagem (shaping) e fase 
de estabilização (stabilizing). A duração de cada fase é de 3 semanas e o foco do treinamento 
e objetivos são diferentes. A fase de shaping foca na obtenção do nível de competência 
almejado e o resultado do treinamento para o torneio ou competição que se aproxima, 
enquanto a fase de estabilização se foca em direção à manutenção do auge conquistado, 
enquanto se controla a condição do boxeador para a competição. 
 
FASE DE SHAPING 
Na fase de shaping, o número de exercícios específicos de boxe aumenta com uma maior 
intensidade e o técnico agenda dois treinamentos por dia por cerca de uma hora cada. Além 
disso, espera-se que os boxeadores tenham algum treinamento individual para corrigir 
quaisquer fraquezas ou áreas debilitadas. Na fase de shaping, o boxeador tem muitas sessões 
de sparring e o técnico deve arranjar as sessões de sparring de acordo com as características 
e/ou a agenda do torneio ou competição. Por exemplo, se o boxeador vai lutar a cada a dois 
dias, de acordo com a agenda da competição que se aproxima, o técnico deve providenciar 
sessões de sparing de dois em dois dias. 
EXEMPLO DE PLANO DE TREINAMENTO PARA PERÍODO DE COMPETIÇÃO – FASE DE SHAPING 
Exercícios Duração 
 
Cargas comentários 
 
Aquecimento 
´ - exercícios genéricos 
- exercícios específicos de boxe 
15 minutos moderado Mix de diferentes 
exercícios 
2. treinamento 
- exercícios de habilidades em 
ataque e contra ataque 
– exercícios com váriados 
ataques e defesas 
-circuit training (ircuito de 
treinamento) 
1. sombra 
2.Corda (pular) 
3. Punching Bag (Pera, punching 
ball) 
3min/1min.desc.x3rds. 
 
 
3min/1min.desc.x3rds. 
 
 
3min/1 min desc x3rds 
 
3min /1min desc x3rds 
 
3min/1min desc x3rds 
Muito alta 
 
 
Máxima 
 
 
 
 
Muito alta 
Médio 
alta 
 
Trabalhar em grupos, cada 
par de boxeadores 
mantém sua distância 
 
À decisãoindividual de 
cada um 
A decisão individual de 
cada um 
3. resfriamento 
- caminhar(ginásio/campo com 
atividades de relaxamento e 
conversas motivacionais 
 
3 minutos 
 
baixa 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 226 
 
 
FASE DE ESTABILIZAÇÃO 
Na fase de estabilização, o boxeador está em competição e o objetivo desta fase é manter e 
condicionar o boxeador. O treinamento é orientado sobre as táticas e cada sessão de 
treinamento pode durar por cerca e 40 a 50 minutos e duas vezes por dia se possível. Na fase 
de estabilização, alguns treinamentos físicos incluem corridas de 1 a 2 km ou sprints de curta 
distância. 
EXEMPLO DE PLANO DE TREINAMENTO PARA O PERÍODO DE COMPETIÇÃO – FASE DE SHAPING 
EXERCÍCIOS DURAÇÃO CARGAS COMENTÁRIOS 
aquecimento 
- exercícios gerais. 
- exercícios específicos de 
boxe. 
 
15 minutos 
 
Moderado 
 
Mix de diferentes 
exercícios 
2 treinamento 
-jogging 
-sprints curtos 
 
- circuit training, com: 
1. sombra 
2. corda 
3 punching bag, ou pera 
10 min 
1minx1min 
desc x 5rds*ou 
seja, 5 sprints) 
 
3min/1min 
desc x 3rds 
 
Moderado 
Máximo 
 
 
Muito alta 
Médio 
alta 
 
 
 
3 resfriamento 
Caminhar ginásio/campo com 
atividades de relaxamento e 
conversas motivacionais 
3 minutos Baixa 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 227 
 
 
 
 
PERIODO DE TRANSIÇÃO 
 
O período de transição é um período de descanso para o boxeador. O boxeador pode perder 
alguma resistência, força, velocidade e outras habilidades físicas, contudo, é necessário para o 
boxeador ter um período de transição, porque isto permitirá ao boxeador se recuperar da 
fadiga física e psicológica dos treinamentos durante os ciclos e competições. Além disso, o 
boxeador se recuperará da perda de suas habilidades físicas muito rapidamente quando o 
novo ciclo de treinamento começar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 228 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 229 
 
5.4.7. PREPARO PSICOLÓGICO 
O preparo psicológico no boxe é muito importante, ele ajuda o boxeador a reduzir o nível de 
ansiedade elevada e permite aos boxeadores evitar a sobrecarga mental que pode afetar seus 
desempenhos. 
Foi muitas vezes testemunhado, que o boxeador com um preparo psicológico fraco não 
desempenha na capacidade total de suas habilidades nas competições, portanto, o aspecto 
psicológico do boxeador é também um elemento muito importante para suceder (*na 
tradução livre deste tradutor, levar seu sucesso a frente). 
 
PREPARO PSICOLÓGICO EM GERAL 
 
 No início da carreira do boxeador, os treinadores os entrevistam e aprendem sobre 
dados pessoais do boxeador, como seu histórico de participação desportivo, sucesso 
em esportes onde participou, relacionamentos em família, o ambiente e suas 
condições de vida. 
 Organizar um programa diário de treinamento balanceado com os exercícicos, 
aprendizado, descanso e atividades pessoais. 
 os técnicos preparam o aspecto psicológico através de conversas, exercícios de 
relaxamento e exercícios de relaxamento combinados com métodos inspiradores. 
 elogiar o sucesso durante sessões de treinamento, isto permitirá ao boxeador ganhar 
confiança e mirar objetivos maiores 
 observar e lembrar das características dos boxeadores durante o treinamento e outras 
atividades 
 estabelecer situações de treinamento com diferentes situações de combates para 
deixar o boxeador ganhar confiança em quaisquer situações de combates futuros. 
 
PREPARO PSICOLÓGICO PARA COMPETIÇÃO 
 Selecionar o primeiro torneio ou competição onde é possível o boxeador vencer. Isso 
fornecerá ao boxeador o sentimento de ser um vencedor desde o início de sua 
carreira. 
 encorajar o boxeador a ter habilidade em suas habilidades e desempenho. 
 ensinar as regras para o boxeador, assim, caso qualquer problema ocorra, ele/ela 
poderá resolver ele mesmo. Isto dará ao boxeador um sentimento positivo de 
confiança do técnico no boxeador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 230 
 
 
5.4.8. TÁTICAS 
As táticas são consideradas tão importantes quanto às técnicas e o aspecto psicológico dos 
boxeadores. As táticas não representam apenas o que os boxeadores devem e irão fazer 
dentro do ringue, também incluem nutrição, treinamento e descanso, assim sendo, as táticas 
mudam de acordo com mudanças fisiológicas nos boxeadores, condições, mas também com as 
regras das competições. 
As táticas são ensinadas e explicadas continuamente através de ciclos de treinamento (por 
exemplo, as táticas sendo ensinadas por 50% do tempo durante o período de preparação 
geral, e gradualmente aumentado em 10% em períodos posteriores). Porque as táticas podem 
variar, dependendo das características do oponente, como nacionalidade, anos de experiência 
técnica e psicológica, não é possível ensinar num curto período de tempo ou não deveria ser 
ensinado levemente ou brevemente. 
 
AS TÁTICAS PODEM SER ENSINADAS EM 3 FASES: 
 
- Sem movimentar os pés. 
- com os passos básicos 
- com vários movimentos 
 
É preferível que essas táticas se tornem a movimentação habitual do boxeador do que partir 
do processo pensar-agir. O técnico pode examinar se o boxeador fez as táticas conforme sua 
movimentação habitual cobrindo os olhos do boxeador pedindo aos boxeadores que realizem 
diferentes movimentos táticos para se testar. 
 
TÁTICA GERAL 
 - obter conhecimentos sobre o oponente 
o . observando o oponente em competição e em vídeo 
o . esboçar, projetar cenários das táticas do oponente 
 - Ritmo elevado – boxe em ritmo elevado durante todos os rounds 
 - knock-out – procurar acertar golpe forte no oponente para vencer uma luta por 
knock-out. 
 - defesa – principalmente se concentrar na defesa e esperar por erros do adversário 
 - universal – adaptar e executar táticas baseado na situação 
 - ritmo irregular – o boxeador controla o ritmo da luta, seja rápido ou mais lento. 
 - 3º round – boxear agressivamente no terceiro round ou boxear defensivamente (se 
estiver vencendo) 
 - combinação – combinação de duas ou mais táticas 
 
ALGUMAS DAS TÁTICAS RECENTES QUE FORAM MOSTRADAS POR TÉCNICOS E BOXEADORES 
CUBANOS DURANTE CMPETIÇÕESD INCLUEM: 
 
- Sempre estar preparado para vencer. Preparar muitas diferentes táticas para serem usadas e 
analisar as características do oponente e selecionar as táticas corretas para vencer. 
- boxear nas 3 distâncias (longa, média e curta), deve dominar todas as 3 distâncias. 
- Sempre iniciar o primeiro ataque. Começar a luta atacando o oponente antes de ser atacado. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 231 
 
 
 
 
5.4.9. EM COMPETIÇÃO 
 
ANTES DO COMBATE 
 
- é recomendável aos boxeadores que cheguem ao local de competições cerca de uma hora 
antes da competição começar para se familiarizar com o ambiente. Também, se permitido, é 
recomendável que os boxeadores entrem no ringue e se familiarizem eles mesmos com aquele 
ringue específico (tocando, apalpando ou pisando no solo, sentindo as cordas, etc). 
- aos boxeadores é ensinado a respeitar as regras de competição e as regras e 
regulamentos*(R&Js) 
- treinamento de aquecimento deve ser conduzido por 15 a 20 minutos em 3 fases. Enquanto 
os boxeadores estão treinando, o técnico deve falar e guiar o boxeador a respeito das táticas 
da luta que está por vir. 
 . a primeira fase será consistente com exercícios geras de aquecimento do corpo todo 
 .a segunda fase será de aquecimento específico, onde os boxeadores conduzirão 
alguns exercícios específicos de boxe 
 . a última fase será de aquecimento especial, 
- quando treinando com Manoplas, os técnicos devem considerar a altura do oponente e se o 
boxeador é ortodoxo (destro) ou pata do sul (canhoto, southpaw). 
- o aquecimento prévio das lutas deve ser individualizado conforme a personalidade e as 
características do boxeador. Alguns boxeadores requerem mais tempo de preparo psicológico 
do que de preparo técnico ou tático e vice-versa.- respeitar o comportamento ritual do boxeador que é anterior a luta. 
 
DURANTE A LUTA 
 
- no corner 
 continuamente, se concentrar nas ações do boxeador durante cada round, a fim de 
ganhar instrução e aconselhamento apropriados. 
 aconselhar com uma ou duas frases (por exemplo, “mantenha sua vantagem” ou 
“melhore seu ritmo” e etc). 
 Estar preparado para estar próximo ao final do round, pronto a entrar no ringue. 
 
. no ringue 
 deixar os primeiros 15 a 20 segundos apenas para refrescar o boxeador 
 quando um dos Segundos dá conselhos, o outro Segundo repete e confirma o conselho 
e a orientação dados. 
 não demonstrar raiva ou descontentamento ao boxeador 
 orientar o boxeador com táticas baseadas na pontuação. 
 não mencionar a pontuação para o boxeador, apenas sobre técnicas e táticas. 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 232 
 
 
 
APÓS A LUTA 
 Felicitar ou fornecer um encorajamento positivo ao boxeador após a luta não 
importando se ele perca ou vença. 
 Não falar ou discutir sobre os combates até que o boxeador tenha se recuperado 
 se o boxeador venceu a luta mais cedo por quaisquer razões, ele/ela deve treinar os 
rounds remanescentes no vestiário (por exemplo, se o boxeador venceu a luta no 
primeiro round, treina por 2 rounds). 
 dependendo da personalidade e das características do boxeador. Não é bom que ele 
veja o próximo oponente, para o caso disso criar situações anormais. 
 durante a análise do vídeo, o técnico foca no que o boxeador fez durante o combate, 
então dá aconselhamento para sua melhoria. 
 se o boxeador está acima do peso, ele/ela deve treinar após a luta 
 não é bom acordar e se exercitar cedo na manhã do encontro para pesagem. O 
boxeador deve se exercitar e manter seu peso antes dele ir para a cama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 233 
 
 
 
5.5. TREINAMENTO AVANÇADO 
 
5.5.1. TREINAMENTO ISOMÉTRICO 
 
O treinamento isométrico é para preparar exercícios que serão desempenhados sem nenhum 
movimento corpóreo ou muscular visível. Também conhecidos como exercícios estáticos, 
como o alongamento. Esse programa de treinamento é usado para desenvolver uma 
musculatura mais forte, através de resistência. O treinamento isométrico irá melhorar a força, 
mas para melhores resultados, o treinamento de força deve ser combinado com exercícios de 
força dinâmica como treinamento com pesos. 
 
De quatro a 6 exercícios isométricos podem ser integrados a uma sessão de treinamento. 
 
O princípio básico do exercício isométrico não é para o volume, frequência ou repetição do 
exercício. Pelo contrário, é mais focado na duração dos exercícios. Exercícios isométricos 
podem trabalhar no princípio da sobrecarga. Gradualmente aumentar o peso ou resistência 
para aumentar a intensidade dos exercícios 
 
PROGRAMA DE TREINAMENTO ISOMÉTRICO 
- exercícios podem ser feitos sem nenhum tipo de máquinas ou equipamentos em qualquer 
tempo e qualquer lugar. 
– ótima forma e força podem ser desenvolvidas usando 4 a 6 repetições com 20-40 segundos 
por repetição com descanso apropriado entre cada repetições. 
- o próprio corpo dos boxeadores pode ser usado para exercícios de resistência, além de pesos 
e as estruturas existentes. 
- permite que mais fibras musculares trabalhem do que nos exercícios de força normais. Uma 
ativação maior das fibras musculares permite aos boxeadores desenvolver músculos mais 
fortes por todo o corpo. 
- exercícios podem ser feitos em qualquer lugar, a qualquer hora e de qualquer posição. 
- variar a intensidade, duração e repetições do exercício baseada nas capacidades dos 
boxeadores. 
 
POR FAVOR, Consulte " Apêndice B: treinamento isométrico " para exemplos de exercícios 
isométricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 234 
 
 
 
 
5.5.2. TREINAMENTO PLIOMÉTRICO 
 
O treinamento pliométrico consiste numa série de exercícios realizados para desenvolver a 
força em diferentes partes do corpo com sequências e movimentos velozes e poderosos. É 
baseado em exercícios feitos com o próprio peso dos boxeadores e não envolve pesos 
adicionais. Dois ou mais exercícios pliométricos podem ser integrados a uma sessão de 
treinamento e preferentemente para ser feito de manhã para eu haja menos fadiga muscular. 
 
O princípio básico do exercício pliométrico é o da carga progressiva, o que, quando seguido, 
tem mostrado muito sucesso em desenvolver força dinâmica, poder. 
 
Sobrecarga 
O treinamento deve suportar até um limite ou a sobrecarga do sistema corporal pode ocorrer. 
Assim como o corpo se adapta a carga de treinamento aumentada, mais treinamento deve ser 
adicionado. 
 
Para experimentar as adaptações estimuladas pelo princípio da sobrecarga, a carga de 
treinamento não deve ser aumentada rapidamente senão, o corpo não se adaptará e irá 
colapsar. A sobrecarga deve ser cuidadosamente controlada, assegurando uma taxa alta de 
sucesso e evitando os perigos do over training*(nota do tradutor, conhecido no Brasil com o 
mesmo nome, mas significa acima do limite de treino). 
 
PROGRAMA DE TREINANENTO PLIOMÉTRICO 
- força ótima e poder podem ser desenvolvidos usando 6 a 10 repetições por exercícios com 3 
séries ou ciclos. 
- construir e incorporar diferentes programas de circuit training. 
- Exercícios de flexibilidade devem ser incluídos no aquecimento 
- os técnicos devem considerar as necessidades especiais do boxeador quando selecionando 
exercícios de treinamento. 
- os exercícios são formulados com limites, movimentos rápidos, saltos e viradas. 
- exercícios capacitam boxeador a mudar de direção, movimentação corporal e de posição 
- variar a intensidade, duração e frequências dos exercícios. A ênfase de treinamento deve 
estar sob o controle do técnico. 
- melhoria da velocidade pode ser obtida realizando movimentos de boxe mais rápido do que 
na velocidade usual. 
 
POR FAVOR REFERIR-SE AO “APENDICE C”: EXEMPLOS DE EXERCÍCOS DE TREINAMENTO 
PLIOMÉTRICO 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 235 
 
 
 
5.5.3 –OVER TRAINING 
O over training ocorre quando os exercícios excedem o limite da capacidade física e psicológica 
do boxeador. O overtraining pode ocorrer, por exemplo, devido a cargas de treinamento 
inapropriadas (intensidade e volume) que não se adaptam aos limites dos boxeadores, a 
seleção inapropriada dos exercícios de treinamento, má estrutura ou um plano de treino de 
muito curto ou muito longo tempo, um planejamento de um número errado de competições 
planejadas para o boxeador e etc. É importante para os técnicos evitar causar overtraining nos 
boxeadores. 
 
SINAIS FISIOLÓGICOS DE OVERTRAINING 
 Distúrbios do sono, inquietação, excitabilidade 
 Perda de coordenação 
 Sensação de sede aumentada 
 Perda de apetite 
 Dores de cabeça, náusea. Aumento da dor muscular 
 Perda do desejo de competir 
 
SINAIS PSICOLÓGICOS DE OVERTRAINING 
 sente desespero e autoestima diminuída. 
 sensível ao ambiente e estresse emocional 
 medo de competição e resistência a desafios 
 
A fim de evitar o overtraining, o conhecimento do boxeador é crítico, permitindo ao técnico 
ver um problema antes que saia de controle e monitorar continuamente a frequência cardíaca 
do boxeador e seus comportamentos. 
 
A prevenção é a chave para evitar o overtraining. Com um bom planejamento, esforços, um 
estruturado, divertido e benéfico programa esportivo pode ser construído e as sessões de 
treinamento devem ser cuidadosamente monitoradas ou gravadas para aprender sobre o 
boxeador e providenciar descanso suficiente é vital para reduzir a incidência de overtraining. 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 236 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6 
INDIVIDUALIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 237 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 238 
 
 
 
6.1. INDIVDUALIZAÇÃO 
Quando um boxeador entra num nível de elite avançado, a maioria dos técnicos começa a criarsessões de treinamento individuais para o boxeador. A individualização do treinamento 
permite ao boxeador superar quaisquer forças e fraquezas e a desenvolver as habilidades 
individuais do boxeador. 
 
O plano de treinamento de individualização deve ser desenvolvido em bases anuais, 
modificado e atualizado frequentemente, a intensidade e a carga de trabalho devem se basear 
na melhoria de nível do boxeador. 
 
PROPÓSITO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DO TREINAMENTO 
 aumenta o aprendizado e a compreensão das habilidades. 
 melhora a preparação geral física, técnica e tática. 
 melhora a preparação psicológica 
 melhora o nível de preparação de acordo com o calendário de competições. 
 
PASSOS PARA DESENVOLVER UM PLANO DE TREINAMENTO INDIVIDUALIZADO 
 
Fase 1: 
 analisar as forças do boxeador 
 analisar a fraqueza do boxeador 
 Conhecer mais o boxeador (gastar mais tempo e ter mais conversas). 
 Conhecer os objetivos a curto e longo prazo do boxeador 
 
Fase 2 
 criar um programa de treino individualizado junto com o boxeador 
 criar um programa de treinamento individualizado, especialmente para competições 
 riar um programa de melhoria das habilidades físicas 
 criar um programa de melhoria das habilidades técnico-táticas 
 criar um programa para melhoria das habilidades psicológicas 
 criar um programa para construir a personalidade do pugilista 
 
Fase 3 
 iniciar e discutir com o boxeador sobre o programa de treinamento individualizado. 
 explicar e discutir com o boxeador sobre as metas e os benefícios do programa 
 permitir ao boxeador compreender o programa e suas habilidades de boxe e 
desempenho 
 
Fase 4 
 avaliar o programa baseado no desempenho em treinamento e em competição 
 modificar e atualizar o programa baseado no resultado da avaliação. 
 
Em complemento com os objetivos traçados pra o plano de treinamento individual, o técnico 
deve selecionar os exercícios apropriados, o volume, a intensidade e a carga de trabalho para 
maximizar o plano de treinamento e o efeito do treinamento. 
MANUAL DOS TÉCNICOS – 239 
 
 
INDIVIDUALIZAÇÃO DO TREINAMENTO PARA JOVENS BOXEADORES 
Quando o programa de treinamento de individualização for para boxeadores cadete ou juvenil, 
o técnico deve ter em consideração o que segue: 
 
CARACTERÍSTICAS NATURAIS E CRESCIMENTO DOS BOXEADORES 
 saber e entender as limitações físicas da idade sendo treinadas. 
 compreender a sequencia geral de desenvolvimento encontrada nos boxeadores cadetes 
(junior) e juvenis (youth). 
 conhecer e entender os estágios de desenvolvimento dos boxeadores junior e juvenis e 
como eles relacionam isso aos esportes como também limites ou pré-requisitos da 
performance. 
 
EXPERIÊNCIA APROPRIADA AO DESENVOLVIMENTO 
 preparar objetivos sazonais que reflitam o desenvolvimento físico e motor dos 
boxeadores. 
 selecionar habilidades específicas e atividades que permitam aos boxeadores de vários 
níveis experimentar o sucesso. 
 usar uma variedade de atividades para ajudar o boxeador de vários níveis de habilidade a 
desenvolver habilidades específicas. 
 
ANALISE DA PERFORMANCE RELACIONADA AO DESENVOLVIMENTO 
 entender como o nível de desenvolvimento dos boxeadores determina suas performances. 
 estabelecer metas de desempenho que reflitam os níveis de desenvolvimento do 
boxeador. 
 preparar uma adaptação e avaliação que reflitam o progresso do boxeador relativo ao seu 
nível de desenvolvimento. 
 
IDENTIFICAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO, TREINAMENTO E 
CONDICIONAMENTO 
 conhecer o nível apropriado de condicionamento do boxeador da idade que está sendo 
treinado. 
 estar ciente dos níveis inapropriados de treinamento e necessidades de condicionamento 
baseadas na idade e no nível de desenvolvimento. 
 reconhecer as atividades que fornecem um nível básico de condicionamento 
 distinguir entre níveis iniciante e avançado de treinamento e condicionamento 
 algumas vezes, muitos objetivos definidos por um plano de treinamento são mais 
ensinados e treinados para aparecer do que dominar cada uma das habilidades. 
 distribuir a prática através de vários objetivos. Então dedicar tempo suficiente para cada 
objetivo onde o aprendizado significativo e o domínio das habilidades possa ocorrer. 
 
ANALISE DO INTERESSE DO BOXEADOR E DE SUAS HABILIDADES PARA O BOXE: 
 - ajuda o boxeador a chegar a uma avaliação realista de suas habilidades. 
 - tem um senso de status elevado do boxe, para que o boxeador fique ciente dos 
benefícios e das oportunidades disponíveis a ele por sua participação. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 240 
 
 
 
 
 
6.2. CONTROLANDO E MONITORANDO O TREINAMENTO 
 
Controlar e monitorar o treinamento é parte integral de todo o processo de treinamento. Sem 
controlar e monitorar estágios, tanto técnico quanto boxeador não podem melhorar sua 
performance. 
 
O controle é a avaliação dos programas de treinamento e seu resultado nos boxeadores. O 
controle do treinamento pode gerenciar diferentes avaliações e medir o nível de habilidade 
relacionado ao boxe do boxeador depois dos programas de treinamento. O técnico deve ser 
capaz de avaliar a melhoria do boxeador baseado nos resultados do controle de treinamento e 
modificar o programa de treinamento de acordo com o status do boxeador aferido no 
processo de controle. 
 
Monitoramento do treinamento é uma das atividades diárias do técnico. O técnico deve 
monitorar o desempenho do boxeador em toda sessão de treinamento e gravar no diário do 
técnico. O técnico deve usar a gravação acumulada do desempenho do boxeador e utilizar isso 
no controle do processo de treinamento. O técnico pode também recomendar ao boxeador 
que tenha seu próprio diário para gravar seu desempenho e monitorar o progresso de seu 
treinamento. 
 
A FIM DE MONITORAR O TREINAMENTO EFICAZMENTE, O TÉCNICO DEVE: 
 
 estabelecer as orientações e padronizar medidas para todos os desempenhos relacionados 
ao boxe. 
 analisar a habilidade do boxeador em seguir instruções do técnico 
 analisar as áreas de fraqueza do boxeador em todos os aspectos relacionados ao boxe. 
 comunicar-se com o boxeador sobre seu desempenho. 
 gravar continuamente, mesmo em atividades fora do ginásio 
 
Após conduzir o processo de controle, o técnico deve analisar o plano de treinamento, o nível 
de carga de trabalho, a habilidade de adaptação do boxeador às tarefas de treino e o resultado 
da avaliação. Com a conclusão elaborada a parir da análise, o técnico deve fazer a correção 
apropriada nos planos de treinamento. 
 
Importante, o processo de controle e monitoramento é um processo contínuo, o qual deve ser 
conduzido ao longo da carreira do boxeador no ringue. Isto não é um processo de uma vez e 
deve ser feito diariamente e continuamente. 
 
POR FAVOR SE REFERIR AO APENDICE D: AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES DO BOXEADOR, PARA 
EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS - 241 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fim da 242 do original. Fim do manual. Todo conhecimento deve ser transmitido! 
Foi um prazer. Espero que apreciem! 
Antonio Sammartino 
Em 22/12/2015, às 23:55. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE EXERCÍCIOS 
DE TREINAMENTO FÍSICO 
Apêndice A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINAMENTO DE FORÇA 
Flexão avançada batendo palmas 
 
 
 
 
- usar uma escada de ginásio e enganchar os pés por volta do 6º degrau 
1. posição de flexão de braço. 
2. dobrar os braços para flexionar para baixo 
3. estender o corpo com força 
4. bater palmas 
5. retornar a posição de flexão. 
 
- se esse exercício for muito difícil, enganchar os pés num degrau inferior ou no solo. 
 
Barra Fixa 
 
 
 
 
 
1. Segurar a barra na largura dos ombros 
2. Erguer os pés para fora do chão 
3. Empurrar o corpo para cima até o queixo estar acima da barra 
4. Retornar lentamente aposição inicial 
 
 
 
 
Extensões Verticais 
 
 
 
 
1. Ficar de costas com um parceiro 
2. Passar a bola por cima da cabeça para o parceiro 
3. O parceiro devolve a bola por entre os joelhos 
4. Após algumas repetições, mudar a ordem. 
 
 
 
 
 
 
Balançar Halteres 
 
 
1. Agarrar halteres bem leves com ambas as mãos 
2. Balançá-los por cima da cabeça 
3. Seguir o mesmo caminho e balançar de volta 
 
 
 
 
 
 
Mergulho nas Barras Paralelas 
 
 
1. Manter cada mão na barra e não dobrar os cotovelos 
2. Erguer o corpo para cima de modo a que os pés saiam do solo 
3. Devagar dobrar os cotovelos e baixar o corpo até que os ombros 
fiquem no nível das barras. 
4. Esticar de volta até que os cotovelos estejam totalmente estendidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arremessando a Bola 
 
 
 
 
 
 
1. Agarrar a bola com as duas mãos e trazê-las até atrás da cabeça. 
2. Arremessar a bola por cima da cabeça com as mãos na vertical 
enquanto move uma perna para frente 
 
 
EXERCÍCIOS DE COORDENAÇÃO 
 
Caminhar girando os braços 
1. Enquanto caminhar para frente ou para trás, balançar os braços para cima ou para baixo 
2. Usar o mesmo pé e braço ou alterná-los. 
a. Braço direito – pé direito 
b. Braço esquerdo – pé esquerdo 
c. Braço direito – pé esquerdo 
d. Braço esquerdo – pé direito 
 
Caminhando e realizando golpes retos 
- Seguir o mesmo procedimento de caminhar girando os braços, só que ao invés de balançar os 
braços, realizar golpes retos. 
 
Ziguezague (weave in – weave out) 
 
 
1. Manter 4 cones em linha reta separados por 3 metros um do outro 
2. Nos espaços entre cada par de cones colocar outro cone cerca de 3 metros a esquerda 
3. Correr rapidamente de um cone ao próximo cone tocando cada um com uma mão 
4. Tentar realizar rápidos passos laterais, ao invés de virar o rosto para olhar o marcador e 
correr para frente. 
 
Exercício de Equilíbrio em uma perna 
1. Ficar em uma perna erguendo o outro pé para cima 
2. Ao toque do apito do técnico, os boxeadores se movem em uma perna ou ficam 
equilibrados numa perna durante certo período de tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINAMENTO 
ISOMÉTRICO 
APÊNDICE B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRANCHA 
 
1. Deitar rente ao solo 
2. Posicionar os dois braços dobrados num ângulo de 90 graus e sobre 
os ombros, com as mãos apontando reto para frente. 
3. Manter as costas retas e ligeiramente elevar o corpo todo, apoiado 
com os antebraços e dedões dos pés no solo 
4. Contrair a área abdominal e manter essa posição pelo tempo que 
for possível 
5. Descansar 30 segundos e continuar os passos 3 e 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS DE OMBRO 
1. Postura com pés separados na largura dos ombros e as costas retas 
2. Dobrar os joelhos levemente 
3. Segurar um haltere ou objeto pesado em cada mão 
4. Dobrar o cotovelo 90 graus e erguer os braços até que estejam 
paralelos ao solo (não erguer os braços até o alto) 
5. Manter a posição o maior tempo possível 
6. Descansar por 30 segundos e continuar os passos 4 e 5 
 
 
 
 
 
Agachamentos Isométricos 
1. Posição com os pés na largura dos ombros e as costas retas 
2. Erguer os braços retos para frente 
3. Dobrar os joelhos até que as coxas fiquem paralelas ao solo 
4. Manter a postura o máximo possível 
5. Descansar por 30 segundos e continuar os passos 2 e 3 
6. Para aumentar a dificuldade, o boxeador pode segurar objetos pesados na 
mão. 
 
 
 
 
 
 
Flexão de peito isométrica 
1. Na postura de flexão de braço 
2. Baixar o corpo até a metade do caminho 
3. Manter a postura o maior tempo possível 
4. Descansar 30 segundos e continuar os passos 2 e 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINAMENTO 
PLIOMÉTRICO 
APENDICE C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Double Leg Bound (duas pernas unidas) 
Desenvolve força e musculatura das pernas e quadris 
1. Posicionar-se confortavelmente com os pés juntos 
2. Dobrar os joelhos e agachar até o meio do caminho para uma postura de meio 
agachamento, os braços ficam para baixo nas laterais do corpo, os ombros para frente e 
para fora em relação aos joelhos. 
3. Manter as costas retas e a cabeça erguida com os olhos olhando para frente 
4. Saltar para cima e para frente estendendo os quadris e braços 
5. Tentar saltar o mais alto e o mais distante possível 
6. Tentar aterrissar na mesma posição inicial 
7. Saltar para cima e para frente novamente, sem parar. 
 
 
 
 
 
 
SALTO LATERAL 
Desenvolve força e musculatura das pernas e quadris e desenvolve movimentação lateral 
 
1. Ajustar os cones de lado a lado, 70 cm a 100 cm entre eles (a altura dos cones não 
pode ser maior que a altura na qual o boxeador consegue pular por cima). 
2. Ficar no fim dos cones alinhados 
3. Posição com os pés juntos, dedos dos pés retos para frente e braços na lateral do 
corpo. 
4. Saltar lateralmente por cima do primeiro cone e então do próximo cone sem 
interrupção. 
5. Após saltar o último cone, rapidamente mudar a direção e saltar de volta por cima até 
o ponto de partida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agachamento com salto (squat jumps) 
Desenvolve a força e a musculatura dos quadris, quadríceps, tendões e glúteos. O técnico deve 
enfatizar o alcance máximo de altura em cada esforço. 
 
1. Postura com os pés na largura dos ombros e as costas retas 
2. Manter as mãos atrás da cabeça com os dedos entrelaçados: isso irá minimizar o 
envolvimento dos braços nessa movimentação 
3. Dobrar os joelhos e agachar até a metade do caminho para a postura de meio 
agachamento 
4. Saltar para cima forçando os dois joelhos para alcançar o ponto mais alto 
5. Quando aterrissar, voltar para a postura de meio agachamento 
6. Saltar novamente, sem intervalos 
 
 
 
 
 
 
MEDICINE BALL – GIRO E LANÇAMENTO 
Desenvolve a força e os músculos abdominal, oblíquos, inferior das costas, 
quadris, bíceps e músculos peitorais 
1. Selecionar a Medicine Ball com o peso apropriado de acordo com o peso do boxeador 
2. Esse exercício deve ser praticado com parceiro 
3. Manter os pés na largura dos ombros 
4. Joelhos levemente dobrados, costas retas 
5. Inclinar a parte superior do corpo levemente para frente 
6. Segurar a medicine ball com duas mãos em frente ao estômago 
7. Girar a parte superior do corpo na direção oposta a do parceiro 
8. Girar de volta a parte superior do corpo em direção ao parceiro rapidamente e lançar a 
bola para o parceiro usando a força dos quadris, ombros e braços 
9. Após receber a medicine ball do parceiro, girar a parte superior do corpo para a 
direção oposta a do parceiro e girar novamente as costas rapidamente em direção ao 
parceiro e lançar a medicine ball novamente. 
 
 
 
 
 
LANÇAMENTO DO SACO DE PANCADA PESADO 
1. Posicione-se em frente ao saco de pancada pesado 
2. Dê meio passo para esquerda, a fim de que a metade lateral direita do corpo fique atrás do 
saco pesado. 
3. Manter as costas retas 
4. Trazer o pé direito meio passo a frente, enquanto pé esquerdo dá meio passo para trás (o 
boxeador deve ser posicionar com os pés ligeiramente mais abertos que a distância entre 
os ombros 
5. Posicionar a palma da mão direita no saco de pancada pesado e manter o cotovelo 
dobrado 90 graus 
6. Erguer o braço esquerdo direto para frente 
7. Empurrar o saco de pancada o mais forte possível, usando a força da parte superior do 
corpo 
8. Quando o saco de pancada retornar, segurá-lo com o braço direito e retornar a posição 
inicial 
9. Esperar alguns segundos para baixar a energia e então empurrar o saco de pancada para 
frente novamente 
10. Alternar a posição para trabalhar com o braço esquerdo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DAS 
HABILIDADES DOS 
BOXEADORES 
APÊNDICE D 
 
 
 
 
 
 
A avaliação e as estimativas das habilidades dos boxeadores são muito 
importantes tarefas antes que os boxeadores entrem no nível avaçadoou 
elite de sua carreira pugilística. O Técnico deve identificar o nível de 
preparo do boxeador e suas habilidades de modo preciso, antes de 
começar a treinar o boxeador num estilo específico. 
Análises precisas dos diferentes níveis de habilidade dos boxeadores e o 
nível de preparação e treinamento em um estilo específico que permita ao 
boxeador realizar sua capacidade total, aumentarão as oportunidades do 
boxeador desenvolver-se para um nível de classe mundial. 
AS HABILIDADES DOS BOXEADORES PODEM SER AVALIADAS EM 3 
CATEGORIAS: 
 - habilidades físicas 
 - habilidades técnico-táticas 
 - psicológicas 
Os dados de cada uma dessas categorias permitirá ao técnico analisar e 
medir o progresso e melhorias do boxeador através dos antigos processos 
e programas de treinamento. Além disso, esses resultados permitirão aos 
técnicos antecipar as possibilidades de melhorias futuras do boxeador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES FÍSICAS 
Da observação das características psicológicas dos boxeadores, não é 
possível analisar ou avaliar as habilidades físicas dele. A fim de produzir 
dados consistentes de suas habilidades físicas, o técnico deve conduzir 
avaliações nas seguintes áreas: 
- resistência 
- força 
- velocidade 
- coordenação 
EXEMPLOS DE AVALIAÇÕES DE RESISTÊNCIA 
CORRIDA 
1. Deve ser conduzida na pista de corrida ou em campo aberto. 
2. Três séries de 3 minutos correndo sem parar e um minuto de 
descanso entre cada série. 
3. Distância e frequência cardíaca devem ser medidas. 
4. Frequência cardíaca deve ser medida antes, durante, entre cada 
série e imediatamente após o teste. 
 
GOLPES NAS BOLSAS 
1. Deve ser realizado no ginásio com quaisquer tipos de sacos de 
pancada 
2. 3 séries de 3 minutos golpeando sem parar e um minuto de 
descanso entre cada série 
3. Número de golpes e frequência cardíaca deve ser medida 
4. O técnico conta o número de golpes contando uma mão e 
multiplicando por dois 
5. Frequência cardíaca deve ser medida antes, durante, entre cada 
série e imediatamente após o teste. 
 
 
TESTE DE COOPER 
 
1. Deve ser conduzido na pista de corridas ou campo aberto. 
2. O boxeador deve correr 12 minutos com intensidade e esforço máximos. 
3. Distância e frequência cardíaca devem ser medidas. 
4. Frequência cardíaca deve ser medida antes, durante, entre cada série e 
imediatamente após o teste. 
 
SOCOS NO SACO PESADO E SALTOS 
 
1. Coloque um pequeno cone próximo ao saco pesado (aproximadamente 1 a 2 metros 
distante) 
2. Ao apitar do técnico, o boxeador golpeia o saco de pancada em estilo competitivo (não 
na velocidade máxima) por 30 segundos 
3. Boxeador vai para o cone e salta o cone pequeno com os dois pés juntos (pulando 
lateralmente ou para frente e para trás) por 30 segundos 
4. Repetir por 3 minutos os passos 1 a 3 
5. O técnico deve contar quantas séries o boxeador conseguiu completar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOLPEANDO O SACO PESADO 
1. Boxeador fica em frente ao saco pesado 
2. Ao apitar do técnico, o boxeador realiza quantos golpes retos com a mão da frente 
ele conseguir em um minuto 
3. Após um minuto, o boxeador realiza golpes retos com a mão de trás por mais um 
minuto com toda sua força 
4. Após, conduzir combinações de 1-2 golpes por cada minuto 
5. O técnico conta o numero total de golpes realizados 
 
MÁQUINA DE PLATAFORMA DE FORÇA ACOPLADA AO SACO DE PANCADA 
1. Plataforma de força é o saco de pancada enganchado na máquina mostrada na 
figura abaixo. Mede a força e frequência dos golpes. 
2. A máquina automaticamente medirá a força e frequência de golpes 
3. Técnico deve medir frequência cardíaca antes e imediatamente após o teste 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO DE FORÇA 
 
 
 
 
SUPINO 
PRIMEIRO MÉTODO DE TESTE – PESO MÁXIMO 
- O boxeador faz supinos erguendo o peso máximo. O peso máximo é medido como o peso 
máximo que o boxeador pode levantar por apenas uma vez (uma repetição) 
- O técnico deve medir o peso máximo 
 
 
SEGUNDO MÉTODO DE TESTE – AJUSTE DE PESO 
- o técnico ajusta os pesos que o boxeador deve erguer 
- o boxeador ergue o peso ajustado pelo técnico quantas vezes for possível 
- esse método permite medir resistência e força muscular 
 
 
 
FLEXÕES 
- o técnico sinaliza o início do teste 
- o boxeador faz flexões por 30 segundos 
- o boxeador deve fazer quantas flexões conseguir 
- o técnico deve medir o número de flexões realizados 
 
 
 
ABDOMINAIS 
- o técnico sinaliza o início do teste 
- o boxeador faz abdominais por mais 30 segundos 
- o boxeador deve fazer quantos abdominais conseguir 
- o técnico deve medir o número de abdominais realizados. 
 
 
 
BARRAS 
o técnico sinaliza o início do teste 
- o boxeador faz elevações na barra fixa por mais 30 segundos 
- o boxeador deve fazer quantas elevações conseguir 
- o técnico deve medir o número de elevações realizadas. 
 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
MERGULHOS (flexão de palmas mergulhando) 
 
- o técnico sinaliza o início do teste 
- o boxeador faz flexões com “mergulho” por mais 30 segundos 
- o boxeador deve fazer quantos “mergulhos” conseguir 
- o técnico deve medir o número de “mergulhos” realizados. 
 
SALTOS VERTICAIS 
 
- Este exercício DEVE ser conduzido em local fechado 
- o boxeador se posiciona e faz um salto vertical com uma mão erguida, o 
boxeador marca o ponto mais alto que a ponta de seu dedo alcançar 
- o boxeador salta pra tentar alcançar o ponto mais alto da parede 
- o técnico deve medir a distância entre o primeiro ponto ao ponto mais 
alto onde o boxeador alcançou 
 
SALTOS EM DISTÂNCIA 
 
- Podem ser conduzidos em ambiente interno ou externo 
- O técnico marca a linha ou ponto de partida 
- O boxeador dá um salto a frente a partir da linha ou ponto de partida 
- o técnico deve medir a distância entre a linha de partida e o calcanhar do 
pé do boxeador. 
- o boxeador deve refazer o teste, se ele/ela cair de costas ou dar um 
passo antes de efetuar um salto. 
 
ARREMESSOS DE MEDICINE BALL 
 
- O boxeador se mantém na postura de boxe 
- mantém uma medicine ball de 3 kg na mão de trás 
- arremessa a medicine ball enquanto o boxeador faz um golpe com a 
mão de trás 
- o técnico deve medir a distância entre o boxeador e a medicine ball 
- O boxeador troca de postura (destro para canhoto ou canhoto para 
destro) 
- Repete o teste para medir a força dos dois braços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLATAFORMA DE FORÇA COM PERA (PUNCHING BAG) 
 
- Uma plataforma de força com um punching bag enganchado na 
máquina) mostrado na figura. Mede a força e frequência do golpe. 
- a máquina vai automaticamente mensurar a frequência e a força do 
golpe 
- o técnico deve medir batimentos cardíacos, antes e imediatamente após 
o teste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO DE VELOCIDADE 
 
 
SPRINT DE 30 METROS 
- pode ser conduzido em ambiente interno ou externo 
- na marc a de partida com a postura parado ou início em movimento (passa correndo pela 
marca) 
- ao apito do técnico, o boxeador corre 30 metros 
- o técnico deve medir o tempo 
 
SPRINT DE 60 METROS 
- pode ser conduzido em rua ou campo 
- na marc a de partida com a postura parado ou agaixado 
- ao apito do técnico, o boxeador corre 60 metros 
- o técnico deve medir o tempo 
 
GOLPES NO SACO DE PANCADA OU MANOPLA 
- o boxeador fica em frente a um saco de pancada pesado ou às manoplas 
- ao apito do técnico, o boxeador realiza tantos golpes quanto possível 
- após 10 segundos, o técnico para o teste 
- o técnico conta o número de golpes, contando os golpes de uma mão e multiplicando esse 
resultado por 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOLPEANDO DOIS SACOS DE PANCADA PESADOS 
 
- boxedor fica entre os sacos de pancada 
- a distância entre os sacos deve ser 3 metros 
- o saco deve ser seguro por outro boxeador ou o técnico,para garantir que não se mova 
muito 
- ao apito do técnico, o boxeador se move rapidamente na postura de boxe para o primeiro 
saco e o golpeia 3 vezes (golpe com a mão da frente – de trás – da frente ou de trás - da 
frente – de trás) 
- após golpear 3 vezes, virar-se e mover-se rapidamente na postura de boxe para o outro saco 
e golpear 3 vezes 
- após 10 segundfos, o técnico para o teste 
- o técnico deve contar quantas repetições o boxeador completou (após golpear os dois sacos 
é uma reptição) 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO DE COORDENAÇÃO 
 
CORRIDA DE OBSTÁCULOS (ENVELOPE RUNS) 
 
- pode ser conduzida em ambiente externo ou interno 
- Requer um espaço mínimo de 5 metros por 3 metros 
- colocar um cone, bandeira ou bastão em cada canto e um no centro desse espaço 
- o boxeador começa da linha de partida e faz uma volta em torno do espaço como mostrado 
no diagrama 
- o boxeador corre 3 vezes o percurso para completar o teste 
- o técnico deve medir o tempo e o desempenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE FLEXIBILIDADE DO OMBRO PARADO 
 
- o boxeador pode usar um bastão 
- agarrar o bastão na largura máxima dos ombros 
- segurá-lo em frente a cintura, manter os braços retos 
- mover os braços por cima da cabeça e para trás enquanto as mãos ficam atrás da parte 
superior das costas 
- não flexionar os braços 
- o técnico deve medir a distância entre as duas mãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMINHADA COM GOLPES 
 
- O técnico ajusta um cone a cada 10 metros de distância. 
- o boxeador caminha de um a outro cone 
- enquanto caminha, o boxeador realiza golpes retos 
- golpe reto com braço direito e pé direito a frente 
- golpe reto com braço esquerdo e pé esquerdo a frente 
- o técnico deve medir através da observação 
 
PASSOS NA DIAGONAL 
 
- Deve ser executado com precisão e velocidade para evitar que o boxeador se desequilibre; o 
boxeador se posiciona na sua perna da frente 
- Deve ser ensinada a combinação de dois ou mais golpes 
- é usada para exercitar a coordenação e não é muito utilizada por conta de sua complexidade. 
 - Exemplo: quando executar um direto de esquerda no rosto, o passo diagonal para 
frente é usado para corrigir a postura inicial, a qual necessita um passo adicional à frente para 
se recuperar. 
- quando um passo diagonal é executado em contra ataque, isto indica uma ação ofensiva 
antecipada. Por exemplo: na mesma direção dum golpe reto de esquerda no rosto, o passo 
diagonal e o contra ataque é realizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MERGULHANDO E DESLIZANDO 
 
- desenhar duas linhas paralelas de 10 metros com 1,5 metros entre elas- 
- disponha de uma corda longa de 10 metros 
- fixe a corda, seguindo a linha de partida, na parede e no ponto de chegada, fixe em algo na 
altura do ombro do boxeador 
- o boxeador se posiciona lateralmente à corda 
- o boxeador faz movimentos de deslizar para a esquerda em direção a linha paralela esquerda 
desenhada abaixo da corda 
- o boxeador deve fazer um movimento de mergulho e tentar não tocar a corda com a cabeça 
ou ombro. 
- após esse movimento de mergulho, o boxeador realiza um golpe reto 
- o boxeador faz outro movimento de deslizar para a linha paralela direita abaixo da corda 
- o boxeador deve fazer um movimento de mergulho e tentar não tocar a corda com a cabeça 
ou ombro. 
- após esse movimento de mergulho, o boxeador realiza um golpe reto 
- o boxeador continua a se movimentar para frente até a linha de chegada e quando ele a 
alcançar, imediatamente se move para trás seguindo o mesmo procedimento. 
- o técnico deve medir o tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES TÉCNICO-TÁTICAS 
 
É difícil incorporar dados padronizados na avaliação das habilidades técnicas e táticas. Assim 
sendo, estas habilidades devem ser medidas pela observação do técnico. A fim de produzir 
uma avaliação mais exata, é recomendável que se tenha tantos técnicos quantos possíveis 
para uma avaliação. 
 
Cada técnico pode dar pontos numa escala de 1 a 10 pontos para cada habilidade técnico-
tática avaliada. O objetivo da avaliação não é só observar o nível de habilidade do boxeador, 
mas também identificar se o boxeador está assimilando corretamente os elementos técnicos, 
como postura de boxe, movimentação, golpes, defesas e etc. 
 
EXEMPLOS TÉCNICOS E TÁTICOS 
 
PERGUNTAS E RESPOSTAS 
 - Para medir a compreensão das táticas 
 
SOMBRA 
- para medir habilidades técnicas 
 
TRABALHO DE MANOPLAS 
- para medir habilidades técnicas 
 
SPARRING DIRIGIDO 
- para medir ambas habilidades táticas e técnicas 
 
SPARRING 
- medir habilidades técnico e táticas 
 
COMPETIÇÕES 
- pra medir habilidades técnico e táticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES TÉCNICO-TÁTICAS 
 
O objetivo de uma avaliação psicológica é medir o nível de preparo psíquico do boxeador. O 
aspecto psicológico é importante, porque mesmo que o boxeador tenha habilidades físicas e 
técnicas de nível mundial, um fraco nível psicológico pode limitar o desempenho do boxeador 
nos treinos e competições. 
 
A avaliação psicológica pode ser conduzida convidando-se psicólogos para fazê-la. Se os 
psicólogos não estiverem disponíveis ou for difícil convidá-los, o técnico deve avaliar o preparo 
psicológico do boxeador seguindo os exemplos: 
 
EXEMPLOS PSICOLÓGICOS 
 
- conversar com o boxeador 
- monitoramento durante as sessões de treinamento 
- monitoramento durante as competições 
 
A avaliação psicológica deve ser feita em longo prazo e é mais efetiva se o técnico monitora as 
atividades e comportamentos do boxeador fora do ginásio, conversando com amigos 
próximos, familiares e professores do boxeador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUBLISHER / PRODUCER: AIBA – International Boxing Association 
EDITOR: AIBA Coaches Commission 
PREPARED BY: AIBA HQs Office 
COORDINATOR: Adam Kusior, AIBA Coaches Commission Chairman 
Philip Jun 
GRAPHIC DESIGNER: Fabio Zeppetella 
DATE: August 2011 
CONTRIBUTIONS FROM: (by area and in alphabetical order) 
CHAPTER 1 – CHAPTER 4 
Bodo Andreass (Australia) 
Matt Mizerski (Canada) 
Valentyn Ostianov (Ukraine) 
CHAPTER 5.1, 5.5 - 6 
Bodo Andreass (Australia) 
Gurbaksh Sandhu (India) 
Tibor Hlavacka (Slovakia) 
CHAPTER 5.2, 5.5 - 6 
Olim Mukhamedov (Uzbekistan) 
Victor Baranov (Belarus) 
Yuriy Tshkay (Kazakhstan) 
Zofer Khusyaynov (Russia) 
CHAPTER 5.3, 5.5 - 6 
Ed Rivas (USA) 
Joe Zanders (USA) 
Thomas Coulter (USA) 
CHAPTER 5.4, 5.5 - 6 
Alcides Sagarra Caron (Cuba) 
Jesus Dominguez Garcia (Cuba) 
Joela Eugenio Sobr Arrate (Cuba) 
Raul Angel Fernandez Liranza (Cuba) 
 
 Copyright Statement 
The copyright in all of the content contained in the Coaches Manual is owned by AIBA. 
Copyright © AIBA – International Boxing Association 2010. All rights reserved. You may not 
copy, reproduce, republish, disassemble, decompile, reverse engineer, download, post, 
broadcast, transmit, make available to the public, or otherwise use the Coaches Manual, or 
any part thereof, in any way except for your own personal, non-commercial use. You also 
agree not to adapt, alter or create a derivative work from the Coaches Manual except for your 
own personal, non-commercial use. Any other use of the Coaches Manual requires the prior 
written permission of AIBA. Any use of the Coaches Manual not expressly permitted in this 
Copyright Statement is strictly prohibited and will constitute an infringement of the copyright 
and other intellectual property rights of AIBA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB 
Suplemento do MANUAL DOS TÉCNICOS AIBA 
Publicado em agosto de 2011* 
*o original, em inglês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
PREFÁCIO 
O Manual dos Técnicos de Boxe Profissional da AIBA foi criado em adição ao MANUAL DOS 
TÉCNICOS AIBA paraajudar os técnicos a compreender os fundamentos do Boxe Profissional 
da AIBA. 
O Manual dos Técnicos de Boxe Profissional da AIBA auxilia o desenvolvimento dos técnicos e 
melhora suas qualidades técnicas, suprindo o técnico com o conhecimento e as habilidades 
pessoais para gerenciar uma carreira de sucesso no Boxe Profissional da AIBA. 
 
Comissão dos Técnicos da AIBA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
ÍNDICE DE CONTEÚDO 
 
PREFÁCIO ....................................................................................................................................2 
 
Parte 1 – Sobre o treinamento na APB .......................................................................................5 
1.1. Definição de Boxeador na APB .............................................................................................5 
1.2. Diferença entre AOB e APB, aspectos técnicos.....................................................................6 
1.3. O que é fundamental na APB ...............................................................................................7 
 
Parte 2 . O técnico na APB .........................................................................................................8 
 
2.1. O papel do técnico no APB....................................................................................................8 
 
2.2. A responsabilidade antes, durante e depois da competição ................................................8 
2.2.1. O papel do Técnico na APB ................................................................................................8 
2.2.2. O papel do Segundo ...........................................................................................................9 
2.2.3. O papel do Cutman ...........................................................................................................10 
 
Parte 3. Estrutura do Processo de Treinamento na APB.............................................................12 
 
3.1. Plano de treinamento ..........................................................................................................12 
3.2. Exemplo de plano de treinamento da semana 4 (2ª semana do período de intensidade).16 
3.3. Exemplo de plano de treinamento da semana 9 (2 semanas antes da competição)...........17 
3.4. Exemplo de plano de treinamento da semana 10 (1 semana antes da competição)..........18 
3.5. Pouco antes da competição ................................................................................................19 
 
Parte 4 Metodologia de treinamento .........................................................................................20 
 
4.1. Dez Princípios de Treinamento ............................................................................................20 
4.2. Preparação geral ..................................................................................................................21 
4.2.1. Treinamento intervalado ..................................................................................................21 
4.2.2. Força e condicionamento .................................................................................................24 
 
4.3. Preparação específica..........................................................................................................24 
4.3.1. Técnica .............................................................................................................................24 
4.3.2. Tática ...............................................................................................................................25 
4.4. Preparação Mental e Psicológica .........................................................................................26 
 
3 
 
Sparring no APB ..........................................................................................................................27 
 
Parte 5 – Aspectos Médicos .......................................................................................................28 
 
5.1. Nutrição ...............................................................................................................................28 
5.1.1. Fatores nutricionais ..........................................................................................................28 
5.1.2. Funções dos nutrientes ....................................................................................................28 
5.1.3. Nutrientes energéticos .....................................................................................................30 
5.1.4. Dieta balanceada...............................................................................................................30 
5.1.5. Divisão ou proporção entre os alimentos ingeridos.........................................................30 
5.1.6. Desidratação .....................................................................................................................31 
5.1.7. Dicas para ajustar o peso ..................................................................................................31 
5.1.8. Após a pesagem ................................................................................................................32 
 
5.2. Ferimentos ...........................................................................................................................33 
5.2.1. Diferentes ferimentos ......................................................................................................33 
 
5.3. Prevenção a ferimentos ......................................................................................................34 
 
5.4. Tratamento de ferimentos ..................................................................................................34 
5.4.1. Corte..................................................................................................................................34 
5.4.2. Hematomas ......................................................................................................................35 
5.4.3. Fraturas ............................................................................................................................36 
 
Apêndice 1...................................................................................................................................37 
 
Apêndice 2...................................................................................................................................38 
 
Apêndice 3 ..................................................................................................................................39 
 
Apêndice 4...................................................................................................................................40 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
Parte 1 – Sobre o treinamento na APB 
 
O técnico deve ter a habilidade e compreensão das capacidades individuais de um boxeador 
relacionadas a suas forças e fraquezas. É importante identificar as áreas fracas e fortes e 
trabalhar nelas de forma consistente. O técnico deve ter a habilidade em desenvolver os 
planos de treinamento de acordo com cada boxeador individualmente. Relacionado a isto, ele 
deve entender que aquilo que é bom para um, pode não ser para outro. 
 
1.1. DEFINIÇÃO DE BOXEADOR NA APB 
 
 APB é ocupação e carreira de um boxeador 
 Um boxeador APB é alguém que treina o tempo todo 
 Um boxeador APB está em busca de perfeição. 
 O objetivo principal de um Boxeador APB é chegar ao topo e vencer um título para que 
ele possa ser bem sucedido. 
 O Boxeador APB é o boxeador que representa seu país no mundo do Boxe Profissional 
 Componentes do desempenho de um boxeador. 
- Coordenação - habilidade de mudar de um a outro tipo de movimentação, que 
depende da agilidade corporal do atleta 
- Resistência – habilidade de resistir ao cansaço 
- flexibilidade – amplitude de movimentoque em que uma articulação pode ser 
movida 
- energia – aplicação de força durante um período de tempo 
- força - quantidade de força que um músculo pode exercer 
- velocidade – combinação de coordenação, resistência, flexibilidade e energia 
- habilidades técnicas 
- habilidades táticas 
- preparação mental 
 
 
 
 
5 
 
1.2. Diferença entre AOB e APB, aspectos técnicos: 
 AOB ASPECTO APB 
Treinamento em grupo, ambiente de equipe treinamento Foco individual 
Lutas curtas de 3 rounds Luta Lutas mais longas 
Várias lutas por ano Intensidade das 
Competições 
Máximo de 6 lutas por ano 
O objetivo do boxeador é marcar os pontos e 
vencer o round por entregar golpes limpos nas 
áreas alvo do oponente 
Meta ou objetivo O boxeador profissional busca ser preciso com 
seus golpes e danificar o oponente assim como 
vencer o round 
Prontidão para lutar múltiplas vezes durante 
uma competição ou torneio contra diferentes 
oponentes 
Modo de preparação Busca antecipar seu oponente num período de 
preparo mais longo 
Baixo risco de ferimentos graves Segurança Mais perigoso 
Conhecer sobre o oponente e saber de um 
plano de jogo dá ao boxeador a confiança 
necessária 
Preparo mental A maior preocupação do boxeador antes da 
luta é com a duração do combate. 
Treinamento para enfrentar 4-5 oponentes 
em uma semana 
Estratégia Treinar para um oponente 
Por conta do curto intervalo de tempo, as 
táticas não são sempre claras 
Tática Táticas e estratégia vão se clareando conforme 
a luta vai durando mais tempo 
O técnico seleciona o boxeador Técnico O boxeador seleciona o técnico 
Capacetes, luvas, bandagens e roupas Equipamento Bandagens profissionais (ver apêndice 1), 
diferentes tipos e tamanhos de luvas além das 
luvas AOB 
Sistema de pontuação computadorizado grava 
socos apenas 
Pontuação Os juízes marcam nas papeletas manuais e 
avaliam a maioria dos componentes da luta 
(não apenas os golpes) 
 
 
6 
 
 
 
 
 
1.3. O que é fundamental no APB 
 Um plano de competição claro e estruturado 
 O boxeador fica com a federação nacional, assim sendo recebe suporte total de sua 
federação nacional, incluindo equipe (técnico, instrutor, Cutman, nutricionista, 
conselheiro médico, fisioterapeuta, psicólogo), dinheiro, instalações de treinamento, 
plano de aposentadoria e seguro de saúde. 
 O boxeador tem a oportunidade de treinar efetivamente a fim de evitar ferimentos e 
ter sucesso em sua carreira. 
 Mais motivação para o boxeador, oportunidades de recompensas financeiras pelo 
sucesso na carreira do boxeador. 
 O boxeador deve sentir-se confortável nesta estrutura 
 Mais fãs e expectadores, mais exposição na TV. 
 O boxeador mantém a elegibilidade olímpica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
PARTE 2. O TÉCNICO NA APB 
 
2.1. O papel do Técnico na APB 
 
Para fornecer um adequado treinamento e oportunidades para melhorar o boxeador. A meta 
deve ser levar o boxeador ao nível mais alto. 
 
Qualidades de um técnico: 
 
 Liderança 
 Conhecimento técnico 
 Habilidade técnica 
 Comunicador 
 Motivador 
 Disciplinador 
 Fisiologista 
 Adaptabilidade ao estresse 
 Organizador 
 Flexível 
 
 
2.2. Responsabilidade antes, durante e depois da competição 
 
2.2.1. Papel do técnico na APB 
 
 Saúde e segurança do boxeador deve ser a primeira preocupação do técnico sempre 
 O técnico deve buscar formar relações com o boxeador a fim de ganhar sua confiança 
e segurança. 
 O técnico deve agir no melhor interesse do boxeador e aconselhá-lo corretamente o 
tempo todo. 
 O técnico deve proteger o boxeador de quaisquer influências negativas 
 Para desenvolver um programa de treinamento para o boxeador que vá fornecer a ele 
os elementos apropriados de ordem técnica, física, tática e mental que o fará ter 
sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2.2.2. Papel do Segundo 
 
 Antes da Luta 
 
o Levar o boxeador ao local de competição no horário e com o equipamento 
correto 
o Certificar-se que o boxeador está no peso e pronto para competir 
o Certificar-se que o vestiário é uma área restrita e confortável para o boxeador 
o Certificar-se que ele está ciente do tempo faltante para a sua luta, fazendo 
checagens frequentes, a fim de preparar o boxeador para a luta e evitar o 
estresse adicional. 
o Enfaixar a mão do boxeador para ter certeza que suas mãos estão protegidas 
o Enviar um representante para o vestiário do oponente, a fim de observá-los 
fazendo as bandagens e assinar as bandagens se ele concordar com elas. 
o Aquecer e preparar taticamente o boxeador para que ele seja bem sucedido 
o Preparar o boxeador mentalmente e se assegurar que ele está calmo e focado 
(o técnico deve manter suas emoções pessoais sob controle) 
o Ter o boxeador totalmente preparado para entrar no ringue na hora certa 
o Certificar-se de que todo o equipamento necessário foi trazido para a lateral 
do ringue (toalha, garrafas de água, pacote de gelo) 
 
 Durante a luta 
 
o A segurança do boxeador deve ser uma prioridade durante todos os 
estágios da competição. Se o boxeador estiver em perigo o técnico 
deve se sentir confiante o suficiente para parar o combate. 
o Deve orientar o boxeador durante a luta assim como sobre o que está 
acontecendo e dar a ele os conselhos certos e relembrar as táticas e 
técnicas o tempo todo 
o Observar o oponente e tomar decisões adequadas. Aconselhar o 
boxeador em relação às fraquezas físicas, técnicas e táticas do 
oponente durante a luta 
o Fornecer a quantidade adequada de água ao boxeador 
o Manter os boxeadores o mais tranquilo possível 
o Deve estar ciente das atitudes do boxeador e encorajá-lo com 
conselhos sensatos o tempo todo 
 
 Após a luta 
 
o Certificar-se que o boxeador está seguro e sadio 
o Parabenizar o boxeador após a luta 
o Remover luvas e bandagens no ringue 
 
9 
 
 
o Acompanhar o boxeador para ver o médico 
o Se o boxeador for solicitado para teste de dopagem, 
acompanhar o boxeador até o controle de dopagem. 
o Orientar o boxeador nos vestiários 
o Hidratar o boxeador 
o Dar um tempo para o boxeador se ajustar mentalmente, não 
importando se ele venceu ou perdeu. 
o Se o boxeador foi nocauteado ou recebeu golpes severos após 
ele ter visto o médico no local, ou o técnico ou um membro da 
equipe ou família do boxeador devem manter o boxeador em 
observação pelas próximas 24 horas. 
 
 
 
2.2.3. Papel do Cutman 
 
A fim de manter uma harmonia perfeita na equipe, cada membro do time deve estar ciente de 
seu papel, antes e durante a luta. O Cutman usualmente é um intermediário entre o técnico e 
o boxeador. Algumas vezes, o Cutman é responsável pelas bandagens antes da luta. Cada 
Cutman tem sua técnica favorita para assegurar ao boxeador uma proteção máxima de 
ferimentos durante a luta. 
 
 Antes da luta 
o Certificar-se de possuir todo o equipamento necessário e produtos requisitados para o 
tratamento de ferimentos durante a luta 
o Preparar-se para enfaixar as mãos dos boxeadores para a luta quando for requisitado 
pelo segundo 
o Colocar a quantidade adequada de vaselina no rosto do boxeador 
o Certificar-se que há gelo e água suficientes para a luta 
o Colocar luvas médicas por razões de higiene e mantê-las durante a luta 
 
 Durante a luta 
o Agir rapidamente do modo adequado 
o O cutman é muito importante no corner do boxeador conforme ele traz calma, 
confiança e segurança, no caso de acidentes: Ele está tratando cortes, parando 
sangramentos e reduzindo hematomas 
o Fazer o seu melhor para evitar quaisquer pausas prematuras do árbitro ou médico de 
ringue 
o Ser capaz de em um curto intervalo de tempo (menos de 1 minuto) estancar um 
sangramento nasal ou corte no rosto. 
o Tratar hematomas que possam prejudicar a visão do boxeador 
 
 
10 
 
o Manter em mente que a integridade física do boxeador deve ser uma prioridade e 
deve, portanto,ser preservada. 
 
o Não pode e não deve ser um expectador da luta, nem tomar o lugar do técnico, mas 
deve constantemente procurar por potenciais ferimentos. 
 
o Na verdade, a antecipação e o tempo de reação devem estar entre os principais 
poderes do Cutman. Sua posição no corner é estratégica, baseando-se na extensão dos 
ferimentos, por exemplo, o Cutman tomará posição junto ao técnico dentro do ringue 
SE necessário. 
 
o Não deve considerar-se um médico. Apenas o médico de ringue, devido a sua 
qualificação médica, pode aconselhar o Árbitro a parar o combate. 
 
 
 
 O material do Cutman 
 
O Cutman usa produtos que irão ajuda-lo a parar e reduzir cortes e inchaços 
 
o Adrenalina (coagulante) 
o Vaselina 
o Todos os produtos adicionais que o Cutman escolher usar devem estar na lista dos 
produtos autorizados 
 
Além disso, o Cutman usa cotonetes, compressas, enswell* e gelo. (nota do tradutor: enswell é 
a peça de metal fria, comumente utilizada no rosto do boxeador para diminuir rapidamente o 
inchaço). 
 
Sempre está sob a responsabilidade do Segundo, avaliar a importância do ferimento e parar a 
luta ou permitir sua continuidade. É responsabilidade do Cutman aconselhar o Segundo para 
parar a luta se ele acredita que a saúde do boxeador está em perigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Parte 3. Estrutura do Processo de Treinamento na APB 
 
3.1. Plano de treinamento 
Ciclo de treinamento pré-competição de 10 semanas 
 
Treinamento preliminar e plano individual para o boxeador. O plano de treinamento listado 
abaixo é para uma luta de 12 rounds. 
 
Preparação para uma luta de 12 rounds – total 10 semanas (2-6-1-1) 
Notas de tradução do gráfico abaixo: 
-moderate: moderado 
- general preparation: preparação geral 
- intense: intensidade 
- specific preparation: preparação específica 
- intense competition preparation: preparação intensa para competição 
- Direct preparation: preparação direta 
- competition period: period de competição 
- light training: treinamento leve 
- transition period> period de transição 
- competition: competição 
W1 W2 W3 e etc: W vem de week, que quer dizer semana. 
 
 
Fase 1: Duas semanas (preparação geral) 
Cada dia treinado deve consistir das seguintes sessões: 
o Sessão matutina (ex: 07:00 – 08:00) – Corrida de 1 hora (exemplo de planejamento de 
exercício de corrida, consulte o Apêndice 2) 
o Sessão 2 (exemplo 10:30 – 11:30) – Força e condicionamento e técnicas de boxe 
(sombra) – 1 hora 
o Sessão 3 (ex:16:00 – 18:00) – Sessão de boxe - 2 horas 
 
Nos intervalos das sessões o boxeador deve ter o descanso apropriado. 
 
12 
 
 
Condicionamento (Preparação física básica) 
 Força e condicionamento (incluir treinamento com pesos) 
 Trabalho aeróbico (corrida, treino de Rapid Fire work*) 
o *nota: Sucessivos tiros de corrida na velocidade máxima, intervalados por descansos rápidos) 
 Nutrição 
 Trabalho no ginásio utilizando equipamento de boxe apropriado 
o Circuito/velocidade em circuito de treinamento 
o Sparring (usando a estratégia desenvolvida para a competição) 
o Sacos de pancada e equipamento de trabalho 
o Fundamentos básicos e técnica 
o Treino de velocidade 
 Velocidade das mãos 
 Movimentação no ringue 
 Boxeadores + Atitude mental dos Técnicos 
FASE 2 – SEIS SEMANAS - INTENSIFICAÇÃO 
Cada dia de treinamento deve consistir das seguintes sessões: 
 -Sessão matutina (ex: 07:00 – 08:00) – Corrida de 1 hora 
 -Sessão 2 (exemplo 10:30 – 11:30) – Força e condicionamento e técnicas de boxe 
(sombra) – 1 hora 
 -Sessão 3 (ex:16:00 – 18:00) – Sessão de boxe - 2 horas 
 
Nos intervalos das sessões o boxeador deve ter o descanso apropriado. 
 
- Corrida de Resistência – melhorar o sistema cardiovascular 
 
A primeira semana deve ser de corrida de distância apenas para ajustar o conjunto do 
treinamento. Não introduzir velocidade durante a primeira semana. 
 
A segunda semana introduz o treino intervalado que inclui o seguinte: 
 
- Saco de pancada e sombra, manoplas, boxeador a boxeador, manoplas entre técnico e 
boxeador. 
As práticas e os assuntos podem ser discutidos durante a sombra, o saco de pancadas e o 
sparing. 
Debater a prática da combinação de golpes, trabalho de pés, movimentações e posição 
defensiva das mãos 
 
13 
 
 
 
 Equipamento de Boxe 
 Trabalho de força 
 Sparring técnico e prática com parceiro de sparring (não sparring livre ou aberto) 
 Táticas básicas (análise do desempenho, estudo de filmes, posição dos oponentes, 
análises de vídeo) 
 Exercícios de técnica 
 
Fase 3 – Duas semanas - período de intensidade final do treinamento 
 
Na nona semana, cada dia de treino deve consistir das seguintes sessões: 
 -Sessão matutina (ex: 07:00 – 08:00) – Corrida de 1 hora 
 -Sessão 2 (exemplo 10:30 – 11:30) – Força e condicionamento e técnicas de boxe 
(sombra) – 1 hora 
 -Sessão 3 (ex:16:00 – 18:00) – Sessão de boxe - 2 horas 
 
Nos intervalos das sessões o boxeador deve ter o descanso apropriado. 
 
Fase 4 – Período de competição 
Décima semana: treino leve na semana final deve incluir sombra, trabalho com equipamento e 
manoplas. Nada de exercícios de força e condicionamento e nada de sparring. Corridas de 
velocidade de curta distância. 
Fase 5 – Período de Transição 
O boxeador precisa ter uma semana de descanso. 
Nos 3 primeiros dias de descanso após a luta, o boxeador deve manter-se. O boxeador precisa 
fazer caminhadas longas e leves, consultar-se com um fisioterapeuta e fazer jogging leve no 
final da semana. 
No domingo, após a semana de descanso, o boxeador precisa voltar aos treinos. 
No intervalo entre dois ciclos de treinamento durante o período de manutenção o boxeador 
deve se concentrar em seu bem estar geral (estilo de vida). 
 
 
14 
 
O plano de treinamento e o período de transição devem ser adaptados pelo técnico 
dependendo da duração do combate. Como exemplo, veja abaixo planos de preparação para 
lutas de 6 e de 8 rounds. 
Preparação para uma luta de 6 rounds – total 6 semanas (1-4-1-) 
*nota: vide a tradução nas notas do tradutor de fls. 12. 
 
Preparação para uma luta de 8 rounds – total 8 semanas - (2-5-1) 
 
 
15 
 
 
3.2. Plano de treinamento, exemplo da Semana 4 (segunda semana do período de intensidade) 
hora Segunda terça quarta Quinta sexta Sábado dom 
 
07:00 
Corrida de 
distancia 
 
8km em 40’ 
-Aquecer jogging 1,6 km 
 
-3 r de 3’ por 1’ em corrida de 
aceleração 
 
- resfriar: 
Corrida leve 800 metros 
-1,6km jogging 
p/ aquecer 
 
- Sprint/tiro -corrida 
intervalada com aumento e 
decréscimo do esforço 
 
4 x 200 m em 40 segs por 
cada 200m e 
 
 2 x 60m na máxima 
velocidade = 1 série 
 
4 séries com 1’ descanso 
entre series 
 
800 metros 
resfriamento 
 
 
 
 
- aquecimento 10 
minutos 
 
- jogging leve 
 
Jogging 1,6 km 
 
8 séries de 400 metros 
 
em 90 segundos 
 
com 400 metros de 
descanso 
Corrida leve , 
 
Opcional 
 
 No 
 
] momento 
Des 
Can 
so 
 
 
 
10:30 
força e cond. 
 
- 10’ aquecer 
 
- sombra técnica (5 
rounds de 3’ por 1 
descanso 
 
- sombra com força 
e para 
condicionamento 
 
Sessão de força e 
condicionamento usando força 
do corpo 
 
- 10’ aquecer 
 
- pés de chinelo, flexões e 
abdominais 
 
- resfriamento 
 
- alongamento 
 
 
(ou sombra) 
 
 3 x 3’/1’ pad work ou 
manopla 
 
 resfriamento 
 
Sessão de força e 
condicionamento 
 
Aquecer 10’ 
 
Medicine ball 
 
Trabalho de 
resistência 
 
Treinamento com 
pesos 
 
resfriamento 
 
Aquecer 10’ 
 
5x3’x1’ sombra 
 
resfriamento 
descanso Des 
Can 
so 
 
 
16:00 
Sessão de boxe: 
 
-aquecer 10’ 
 
-10’ pular corda p 
aquecer e 1 min de 
descanso 
 
-2 r de 3’ de 
sombra no espelho 
(combinações e 
movimentos) 
 
- 1’ descanso 
 
- 4 r de 3’/1’ de 
sparring técnico 
com parceiro 
 
Sessão de boxe 
 
- 10’ aquecer 
 
- 8x3’ por 1’ de descanso 
trabalho saco 
pancada/manoplas com 
técnicos e instrutores e 1 
minuto de descanso 
 
- circuitode velocidade: 4 r de 3’ 
por ‘ 
 
- resfriamento 
 
- alongamento 
 
- 10 ‘ aquecimento 
 
- sparring técnico: 
4 r de 3’ por 1 ‘ 
 
- sparring livre: 4r de 3’x1’ 
 
- 2 r de 3 ‘ por 1 ‘ desc saco 
de pancadas: movimentação 
e combinações 
 
- 15 min trabalho de chão: 
abdominais, core abdominal, 
agachamentos e flexões 
 
- resfriamento 
-10’ aquecimento 
 
(combinação e 
movimentos) 
 
técnico 
 
 
’ sparring livre 
 
 
 
 
 
Aquecer 10’ 
 
4rx3’x1’ manoplas 
 
6rx3’x1’ saco pancadas 
pesado (movimentações e 
combinações) 
 
2rx3’x1’ circuito de 
velocidade 
 
5’ corda 
 
resfriamento 
descanso Des 
Can 
so 
22:00 recomendado Ir para A cama Nesse horário 
 
 
 
 
16 
 
3.3 Plano de treinamento exemplo da semana 9 (2 semanas antes da competição) 
 
hora Segunda terça quarta Quinta sexta Sábado dom 
 
07:00 
Aquecer 10’ 
 
Corrida de 36’ em 
ritmo bom, 
dependendo da 
habilidade do 
atleta 
-10’ aquecer 
 
-corrida intervalada: 
4 séries de 3’ de corrida por 1” 
descanso 
 
- alta velocidade 
 
- resfriamento 
Aquecer 10’ 
 
Corrida em subida, com tiros 
intervalados 
4x60m 
4x40m 
 
Correr 10’ 
 
esfriar 
- aquecimento 10 
minutos 
 
- corrida de 4 milhas 
(*ou 6,43km) 
 
- resfriamento 
10’ aquecer 
 
Corrida de tiro de costas 
4x40m 
4x60m 
4x30 
 
6’ corrida 
resfriamento 
 
 
 
 
 
descanso 
Des 
Can 
so 
 
 
 
10:30 
- 10’ aquecer 
 
 
Força e 
condicionamento: 
10 exercícios de 10 
repetições em 3 
séries com 1’ 
descanso nos 
intervalos. Alterar 
grupos musculares, 
exemplo, 
arrancadas, 
elevações, 
agachamentos 
 
Sombra 3rx3’x1’ 
 
Aquecer 10’ 
 
Força, condicionamento e 
flexibilidade – medicine ball, 
elásticos 
8x(3x(1’trabalhox30’’ descanso) 
 
Após 4 exercícios com 1’ 
descanso 
 
Resfriar 
 
Alongar 
 
 
Sessão 
 
 
De 
 
 
Alongamento 
Aquecer 10’ 
 
Força e 
condicionamento – 
resistência corpo, 
pernas braços peito 
(5x(3x(8rep+40’ 
descanso) 
 
 
Sessão 
 
De 
 
alongamento 
descanso Des 
Can 
so 
 
 
16:00 
Corda 10’ 
 
Aquecimento 10’ 
 
Sparring livre 
10rx3’x1’ 
 
Resfriamento 
 
Alongamento 
 
 
- 10’ aquecer 
 
-manopla 6rx3’x1’ de descanso 
 
Saco pancadas: 4rx3’x1’ 
 
Sombra 
2rx3’x1’ descanso 
 
 
Corda 6’ 
 
Trabalho de chão 
 
 
- alongamento 
 
- 10 ‘ aquecimento 
 
- sombra: 
2 r de 3’ por 1 ‘ 
 
- saco pancadas 
10r de 3’x1’ 
 
- intensidade 10’ 
 
- trabalho de chão 
 
- alongamento 
-10’ aquecimento 
 
4’ x 3’/1’ de sombra 
 
Manopla 
6 x 3’/1’ 
 
Saco pancadas 
2r de 3’x1’descanso 
 
10 minutos de 
intensidade 
 
Trabalho de chão 
 
Alongamento 
Aquecer 10’ 
 
Sparring livre 
 
12x3’trabalho/1’descanso 
 
 
 
Resfriamento 
 
Alongamento 
descanso Des 
Can 
so 
Obs: Manoplas, saco, 
sombra = trabalho 
ritmado 
Obs: Plano de aquecimento: 
adaptar antes de cada 
sessão de treino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.4. – Plano de treinamento – exemplo da 10ª semana (ou 1 semana antes da competição) 
 
hora Segunda terça quarta Quinta sexta Sábado dom 
 
07:30 
Aquecer 10’ 
 
Corrida de 3 milhas 
em ritmo elevado 
-aquecer 1 milha 
 
-corrida tiro de costas 
3tirosx30metros 
3x40m / 3x60m 1x80m 
 
- resfriamento 
Aquecer 10’ 
 
Corrida de duas milhas, 
intervalo; ritmo bom 
 
resfriar 
Descansar Caminhada leve 30’ 
 
Dia da pesagem 
 
 
CAFÉ DA MANHÃ: 
Cereais; mingau de 
aveia;frutas;torradas 
 
Caminhar 30’ 
Des 
Can 
so 
 
 
 
10:30 
- 10’ aquecer 
 
Alongar 
 
Sombra tática 
3rx3’x1’descanso 
 
 
Aquecer 10’ 
 
 
Força e condicionamento 
leves, de 30’ 
 
 
Alongar 
 
 
Descanso 
 
 
 
 
 
Caminhada 
leve 30’ 
 
 
Almoço 
 
Arroz/arroz integral/ 
frango/peixe/salada 
 
Sem comida 
apimentada 
 
Sem pele de frango 
 
 
 
16:00 
Aquecimento 10’ 
 
Corda 10’ 
 
Manopla 6rx3’x1’ 
 
Saco 2ex3’x1’ 
 
 
Resfriamento 
 
Alongamento 
 
 
- 10’ aquecer 
 
-manopla 6rx3’x1’ de descanso 
 
Saco pancadas: 4rx3’x1’ 
 
Sombra 
4rx3’x1’ descanso 
 
 
Corda 6’ 
 
Trabalho de chão leve 
 
 
- alongamento 
 
- 10 ‘ aquecimento 
 
- manopla: 
6 r de 3’ por 1 ‘ 
 
- sombra 
2r de 3’x1’ 
 
- corda 6’ 
 
- alongamento 
Caminhada leve 
 
30 minutos 
16 horas: pesagem oficial 
 
Hidratar-se 
 
Jantar: 
 
Arroz integral / frango / 
peixe / salada 
 
Nada de comida 
apimentada 
 
E sem de pele de frango 
21:00 competição 
 
12ex3’x’ 
 
Obs: Todo trabalho de 
sparing: não duro, 
apenas trabalho 
de velocidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5. Imediatamente, ou logo antes da competição 
 
 
 70’ antes: trocar de roupa 
 
 1 hora antes: bandagens/mãos (25 a 30 minutos) 
 
 30’ antes: aquecimento lento – alongamento (escolher lugar, repetição do trabalho de 
sombra por 30’, etc) 
 
 15’ antes da luta: luvas, manoplas leves (5’=4/5 vezes x 30’’ trabalho) 
 
 10’ antes da luta: 5’ manopla x 30’’ rápido 
 
 5’ antes da luta: sombra (2x(30” trabalho x 1’ descanso) 
 
 2’ antes da luta : descanso e concentração totais 
 
 Luta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APB Manual dos Técnicos – 19 
 
 
PARTE 4: METODOLOGIA DE TREINAMENTO 
 
4.1. Dez princípios (ou fundamentos) do treinamento: 
 
 Resposta individual – atletas respondem diferente ao mesmo treinamento. 
Hereditariedade, dieta, sono e outros fatores ambientais e pessoais influenciam a 
habilidade do atleta e sas atitudes em relação ao treino 
 Adaptação – mudanças rápidas ocorrem no corpo conforme ele se adapta às 
demandas adicionais impostas pelo treinamento. Melhoras cardiovasculares, ganhos 
em força muscular e resistência, etc. 
 Sobrecarga – o treinamento deve ter uma exigência de sobrecarga no sistema corporal 
para que melhorias venham ocorrer. Conforme o corpo se adapta à carga aumentada, 
mais carga deve ser adicionada 
 Progressão: para sentir as adaptações simuladas pelo princípio da sobrecarga, o 
treinamento deve ser progressivo. SE a carga de treinamento é aumentada muito 
rápido o corpo não consegue se adaptar e vai colapsar. Um controle cuidadoso das 
cargas de treinamento assegurará um taxa de sucesso estável e irá evitar os perigos do 
overtraining 
 Especificidade: como um esporte anaeróbico, o treino de boxe deve se concentrar no 
fitness anaeróbico. Foco em treinos de curta duração. No tempo gasto em corridas de 
longa distância é improvável melhorar o desempenho 
 Variações – programas de treino devem ser variados para manter o interesse do s 
atletas e evitar o tédio. O conceito de tabalho/descanso e fácil/difícil são as bases do 
princípio da variação. 
 Aquecimento e resfriamento – todo trabalho físico deve incluir tempo para se aquecer 
e tempo para resfriar. O aquecimento reduzirá o risco de ferimentos. O resfriamento 
ajudará o corpo a remover impurezas geradas durante o treinamento e retornar o 
corpo a condição normal. 
 Treinamento de longo prazo – atletas experimentam efeitos de longo prazo pela 
regularidade e sobrecarga progressiva de seu sistema corporal. Técnicos devem ser 
pacientes e monitorar o progresso de seus atletas. Evite forçar muito, ou muito rápido, 
ou muito cedo. Pesquisas mostram que atletas campeões treinam 8 anos antes de 
alcançar o pico. 
 Reversibilidade – a adaptação estimulada pelo treinamento é reversível. Quando um 
atleta para de treinar, ele gradualmente perde suas qualidades fisiológicas que 
mantinham seu desempenho esportivo. Os técnicos devem criar programas de 
treinamento que mantenham a boa forma adquirida ao longo do ano, especialmente 
fora de temporada. 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS – 20 
 
 
 
 Moderação – o sucesso em longo prazo é obtido através da moderação de todas as 
coisas, incluindo o treinamento. Manter o treino dentro do possível. Dar aos atletas a 
chance de comparecer a compromissos familiares, cumprir as tarefas escolares e 
manter relações sociais. Nada irá mandar o atleta para longe de um esporte mais 
rápido do que uma ênfase muito acentuada no condicionamento físico. 
 
 
4.2. – Preparação GeralO técnico deve preparar o boxeador para lutas longas. O boxeador deve alcançar o nível de 
boa forma que tornará possível a ele boxear durante toda a duração da competição e levar à 
cabo suas técnicas e táticas durante uma luta de 12 rounds. 
 
O técnico deve concentrar-se numa maior intensidade de treinamento que inclua resistência, 
energia no treinamento e treinamento mental. Isto significa mais treinos intervalados e mais 
repetições. 
 
O técnico deve ter um bom conhecimento e uma boa compreensão das cargas de treinamento 
para o boxeador e adaptar a agenda de treinamento e cargas de modo apropriado. 
 
4.2.1. Treinamento Intervalado: 
 
É aconselhável que o boxeador faça 3 corridas intervaladas por semana que se misturem com 
corridas em subida e de distância em dias alternados (veja o apêndice 3). 
 
Embora a maioria dos treinos intervalados seja feita nas pistas, é aconselhável que a corrida na 
grama e corrida em colina (subida) seja inclusa. Em alguns desses trabalhos, um cronômetro é 
necessário, mas em muitos segmentos um relógio não é necessário. 
 
Intervalos são uma série de corridas onde as taxas de distância e velocidade são 
predeterminadas, num ritmo geralmente mais rápido do que o de atletas em trabalho normal 
de corridas de distância. Cada corrida de velocidade é alternada com períodos quilometrados 
de jogging leve ou caminhada. O uso apropriado do trabalho intervalado, inquestionavelmente 
aumentará o desenvolvimento cardiovascular e a histamina do atleta. 
 
Os intervalos da técnica “pare-continue” permitirão ao atleta ir mais longe e mais rápido que 
numa sessão de trabalho sem variações. A sessão de corrida do atleta deve ser desenvolvida 
para incluir (continua na próxima página).... 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB -21 
 
(...) corridas de distância, trabalho ritmado e de velocidade, que pode variar de 50 jardas (=45 
metros) até 5 milhas (8km). Cada sessão será planejada como sendo a distância (número total 
de milhas que o atleta pode completar); tempo de recuperação e tipo (jogging ou caminhada); 
tempo de recuperação e regulação dos níveis de pulsação; número de intervalos realizados e 
taxa de intensidade. (os esforços de corrida nos segmentos de sprints ou tiros, por exemplo, 
deve aumentar a frequência cardíaca do atleta para, pelo menos, 180 batidas por minuto. O 
coração então tem 90 segundos para voltar ao nível mínimo, de 120-125 batidas por minuto. 
Se o atleta está em forma eo tempo de recuperação requerido for maior que 90 segundos, isso 
significa que o esforço individual foi muito grande ou a distância muito longa. Algumas vezes, 
atletas em forma não necessitam 90 segundos de recuperação. Nestes casos, o atleta deve 
começar a correr assim que sua frequência cardíaca tenha alcançado o mínimo de 120-125 
batidas por minuto. 
 
Esses exercícios aumentarão a habilidade do atleta em competir com falta de ar, forçar seu 
corpo até um estado de fadiga e melhora a habilidade de adaptar um ritmo rápido no ringue, 
por conta de seu conhecimento de sua resistência medida. 
 
As distâncias intervaladas usuais são de 50, 100, 200 e 400 metros. É importante que todos os 
intervalos sejam feitos no mesmo ritmo. Isto significa que o atleta deve controlar os intervalos 
iniciais, a fim de que mesmo que os intervalos finais sejam difíceis, a manutenção do ritmo 
ainda deve permitir a conclusão de cada treino. 
 
 
Compreendendo o treinamento intervalado 
 
1. Após utilizar um período de preparação de treino aeróbico de corridas de longa 
distância para condicionar o atleta até um ponto onde suas forças físicas tenham 
alcançado um nível que permita a ele lidar com o trabalho intervalado, o técnico deve 
começar a usar um bem planejado programa de corrida anaeróbico, que desenvolverá 
as forças do atleta a um nível competitivo. 
2. A premissa geral é adaptar o corpo a quantias substanciais de estresse físico, usando 
uma série de corridas curtas com distâncias e tempo predeterminados pelo técnico. 
3. Conforme os níveis de força e histamina do atleta aumentam, o programa é reajustado 
para manter o estresse em sintonia com os ganhos físicos do atleta. Este treinamento 
continuará até que a boa forma corporal eleve-se bem acima do nível competitivo. 
4. Estes tipos de exercícios de estresse podem ser programados dentro do treinamento 
do ginásio, usando equipamentos tais como sacos de pancada, cordas de pular, 
medicine balls e etc. A mesma teoria é usada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS 22 
 
 
 
 
assim como ocorre no programa de corrida. Períodos de stress de resistência rápida em curtos 
regimes construirão força muscular e cardíaca. 
 
Vantagens do Treino Intervalado 
 
1. Mais trabalho pode ser alcançado em um curto período de tempo 
2. Programas podem ser criados para s encaixar em cada necessidade individual do atleta 
e níveis de estresse 
3. O programa desenvolve tanto o sistema cardiovascular quanto força muscular 
4. O técnico tem total controle físico e visual de cada exercício e pode fazer adaptações 
conforme requerido. 
 
O treino intervalado envolve 
 
1. A distância envolvida ou a sequência de treinamento 
2. A velocidade ou tempo de cada 
3. O número de repetições 
4. A duração da recuperação 
 
Coisas para relembrar 
 
1. Cada atleta é fisicamente diferente. O que é bom para um pode não ser para outro. 
2. Cada cronograma de treino do atleta deve ser desenvolvido acerca de suas habilidades 
individuais. 
3. Tentar manter o exercício suave e confortável. Lembre-se que o atleta está treinando, 
não numa corrida. 
4. O objetivo é aumentar a boa forma do atleta sem que ele perca o interesse no 
trabalho. Mantenha o programa divertido. 
5. Mantenha o nível de trabalho no ritmo ou ligeiramente mais rápido que o nível de 
resistência necessária para completar o tempo de competição. 
6. Durante o exercício, o atleta deve: 
a. Manter o nível de energia alto 
b. Manter um alto nível de interesse 
c. Evitar exagerar no exercício, se ferindo ou ficando enjoado. 
d. Estabelecer metas alcançáveis e manter esses níveis quando eles forem alcançados 
7. O resultado de um treinamento intervalado apropriado não será apenas físico, mas 
com a boa forma também virá uma boa atitude competitiva e confiança. 
8. A perseverança mental desenvolvida não pode ser equalizada. É a combinação da 
perseverança com as habilidades do atleta que irá prduzir campeões. 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB - 23 
 
 
4.2.2. Força e Condicionamento 
 
A força de todo o corpo e o trabalho de condicionamento são fundamentais para o boxeador 
moderno – isso inclui o treinamento de todos os aspectos e áreas, tais como; a força da parte 
abaixo da cintura é importante para melhorar o poder dos socos e sustentar pernas mais 
fortes para corrida; a parte superior do corpo adiciona resistência ao boxeador para absorção 
de golpes, melhora o trabalho interno. Sobre ganho de massa muscular, é um processo muito 
duro e, portanto, o pensamento histórico de que você ficar “grande”, fazendo pesos, é fallho. 
Mantendo baixas repetições (abaixo de 6 repetições) num trabalho de força com pesos 
ajudará a reforçar isso. Para força do core, não é apeans sobre abdominais – os músuclos do 
core precisam de pesos extras para se tornar mais fortes...assim como todos os músculos 
precisam. 
 
O condicionamento e o ritmo de trabalho são mais fortes no novo estilo de boxear, 
especialmente WSB e APB. Melhore-os, fazendo diferentes circuitos que envolvam o boxeador 
ter de repetir esforços de alta intensidade, não apenas com o peso corporal, mas com 
exercícios de movimentação com pesos apropriados. 
 
Encontrar maneiras de tentar e prevenir ferimentos é a chave - o boxeador só pode usar esse 
talento se ele está em forma e com saúde. 
 
Uma boa forma e condicionamento geral visa criar um atleta mais completo no todo, para que 
os técnicos possam desenvolvê-lo num melhor boxeador. 
 
(Exemplo de plano de treinamnto, ver no Apêndice 4)4.3. PREPARAÇÃO ESPECÍFICA 
 
 
4.3.1. Técnica 
 
 Em princípio, os técnicos são os mesmos que na AOB. 
 No APB o técnico deve por mais estgresse no seguinte: 
 AS luvas são menores, portanto, os golpes podem ter mais impacto. O técnico deve 
por mais ênfase na defesa com o movimento e posicionamento da mão. 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 24 
 
 
 
 
 
 O boxeador precisa se mover para dentro para golpear e para fora para defender. O 
boxeador não deve se posicionar na mesma posição por muito tempo ou receberá 
muitos golpes. 
 O boxeador deve procurar retornar os golpes (contragolpear) do oponente. O 
boxeador deve procurar desviar dos golpes, por exemplo, o boxeador pode desviar de 
um jab com um pequeno movimento de cabeça e contragolpear com um uppercut. O 
boxeador também pode bloquear golpes a retornar golpes se estiver na posição 
correta e o boxeador pode também aparar os golpes. 
 A finta é uma parte importante no boxe, onde se pode enganar ou induzir em erro o 
oponente, fingindo um golpe enquanto joga outros golpes fortes. A finta é necessária 
para atrair o oponente para uma posição vulnrável. Isso dá uma vantagem ao 
boxeador. 
 O técnico deve se focar na força dos golpes. O boxeador deve finalizar a combinação 
com um golpe real (não fintado). Nem todos os golpes devem ser poderosos. 
 O boxeador precisa ter suas luvas erguidas quando entra em contato com a cabeça do 
oponente ele precisa se mover para o lado e ser evasivo para proteger-se da cabeça e 
dos golpes do oponente. 
 
3.2. TÁTICA 
 
O técnico precisa fornecer um plano para o boxeador e um programa de treinamento para 
preparar o boxeador para combater as forças do oponente e levar vantagens nas fraquezas 
dele. 
É importante assistir com o boxeador filmes das lutas do oponente e criar um plano baseado 
nas táticas para derrotar o oponente. Um estudo recente mostra que boxeadores que estão 
cientes do estilo do oponente tem melhores resultados. 
O técnico deve então encontrar o parceiro correto de sparring ou parceiros que se igualem 
com o estilo do oponente para ser taticamente bem sucedido. Um parceiro de sparring 
parecido no estilo do oponente ajudará o boxeador a se preaprar adequadamente para o 
oponente. O técnico deve trabalhar junto com o boxeador, desenvolvendo as táticas / 
estratégia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 25 
 
4.4. Preparação mental e psicológica 
 
 O técnico precisa passar confiança ao boxeador. O boxeador não estará 100% 
comprometido se ele não tiver confiança nele mesmo ou em seu técnico e em seu 
programa de treinamento. 
 O técnico sempre deve da mais importância às forças do boxeador e às fraquezas do 
oponente. 
 O técnico nunca deve ter uma atitude negativa em relação ao boxeador e deve se 
focar no potencial do boxeador. 
 O técnico deve desenvolver as habilidades mentais do boxeador o tempo todo, 
durante os treinamentos. 
 O técnico deve também mostrar ao boxeador, durante o treinamento, exemplos de 
como o boxeador poderá vencer a luta. 
 É útil fazer a revisão em vídeo juntos e elogiar o boxeador por seu desempenho (em 
treino e em competição) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS - 26 
 
 
Sparring na APB 
A agenda de sessões de sparring deve ser ajustada pelo técnico de modo a adequar o 
treinamento à duração do combate. Para lutas mais curtas é necessário menos sessões de 
sparing. 
O exemplo a seguir é um plano de uma luta de 12 rounds 
Semana 1 Sem sparring 
 
 
 
Semana 2 
Sparring técnico (não mais de 6 rounds) durante as sessões da parte da tarde 
Durante o sparring técnico o boxeador precisará praticar os seguintes temas: 
 Combinações e defesas de boxe 
 Contra golpes 
 Estágios a incluir 
o Ofensivo (combinações, posição das mãos, antecipação dos golpes, movimentação) 
o Defensivo (contra golpes, bloqueios, desvios e aparar golpes, movimentos 
defensivos) 
o Trabalho corporal e ofensivo por dentro 
Sem 3 /4 
 
Sparring intenso de 6 rounds (e vezes durante a semana: segunda, quarta e sexta) 
Semana 5 Dois sparrings intensos de 8 rounds (exemplo, segunda e sexta) e um sparring de 6 rounds 
(por exemplo, na quarta) 
Semana 6 Sem sparring 
Semana 7 3 sessões de sparring de 8 rounds 
Semana 8 
Semana 9 
Imitação da luta. Um sparring de 10 rounds no início da semana e um de 12 rounds no final 
da semana 
Semana 10 Sem sparring, pois é semana de competição 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS – 27 
 
PARTE 5 – ASPECTOS MÉDICOS 
 
5.1. Nutrição 
5.1.1. Fatores nutricionais 
 O tipo, a quantidade e o intervalo entre o consumo de comidas e bebidas pelos atletas 
terá um papel chave no desempenho e na adaptação ao estresse do treinamento. 
 Por via de regra, não existem alimentos bons ou ruins, apenas dietas ruins. 
 Que são nutrientes? – proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais 
 Os nutrientes suprem o atleta de energia e dá a solidez necessária para o corpo 
crescer, restaurar tecidos danificados e regular o metabolismo. 
 Os atletas devem encontrar o equilíbrio correto dentro de sua dieta que forneça os 
nutrientes necessários para energia e recuperação nos treinos e em competição, a fim 
de manter um sistema imunológico forte e prevenir a fadiga e o overtraining. 
 A dieta é ainda mais crítica para o desempenho dos boxeadores que também querem 
subir de peso. 
 Vitaminas e minerais não fornecem energia, mas são necessários para ajudar no uso 
de energia pelo corpo e no metabolismo. Os atletas geralmente obtém vitaminas e 
minerais de uma dieta balanceada, contudo, pode ser necessária a suplementação 
durante períodos de fabricação de peso. 
5.1.2. Funções dos nutrientes: 
 Proteínas: grandes quantidades não são necessárias para manutenção da massa 
corporal (1,2 a 1,6 gramas por quilo de massa corporal por dia). A ingestão de 
quantidades maiores pode ser necessária durante períodos de ganho de peso 
(hipertrofia), ou para reduzir a ruptura muscular (atrofia) durante a fabricação de peso 
e é necessário quando o corpo está infectado, ferido ou com outro tipo de estresse. 
 Carboidratos: Eles são essenciais para um desempenho de alta intensidade e se 
consumido nas quantidades corretas no período certo para suportar o treinamento, 
não causará um indesejável aumento de peso. 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB - 28 
 
 
Os carboidratos normalmente são responsáveis por 50% da quantidade obtida de energia do 
atleta e boxeadores devem focar em alcançar entre 4 a 10 gramas por quilo de massa corporal 
por dia, dependendo da carga de treino. 
 Gorduras – importantes para fornecer um número de ácidos graxos essenciais e 
vitaminas lipossolúveis. Os atletas devem focar em obter fontes suficientes de ômega-
3 em comidas ricas nisso, na dieta semanal. 
 Fibras – Importantes para regular a movimentação intestinal e promover saciedade 
(grãos integrais, pão, feijão, uvas, pipoca, favas secas, farelos de cereais, cenouras) 
 Vitaminas- não contém calorias ou energia, mas são necessárias para um elevado 
número de funções corporais. Eals auxiliam na conversão dos carboidratos, gorduras e 
proteínas em energia, ajuda a resistir a infecções e ajuda na absorção de cálcio e ferro. 
 Minerais – funcionam como construtores, ativadores, regulando transmissores e 
controladores. 
Exemplos: 
o Ferro - componente essencial do sangue 
o Cálcio/ fósforo - componente principal dos ossos e dentes 
o Enxofre – importante componente da proteína. 
 
Os minerais são compostos de enzimas e hormônios que auxiliam na limpeza do sangue, 
contração muscular e equilíbrio do líquido corporal. 
 
 
 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS - 29 
 
 
 
 
5.1.3. – Nutrientes energéticos 
NUTRIENTE FONTE FUNÇÃO 
PROTEÍNAS Carne, peixe, frango, leite, 
ovos, ervilhas e feijões secos, 
amendoim e outros grãos 
Construir massa para o crescimento, reparar 
tecidos corporais danificados,ajudar na produção 
de hormônios, enzimas e anticorpos 
GORDURAS Mantega, margarina, lite 
integral, ovos, carne e queijos 
Amortecer e proteger os órgãos, ajuda na 
regulação da temperatura corporal, fornece 
ácidos graxos 
CARBOIDRATOS Açúcar, mel, pão, massas, 
macarrão, arroz, ervilhas e 
feijões secos ou desidratados 
Principal fonte de energia para trabalhos de alta 
intensidade, manutenção das funções corporais 
normais e metabolismo 
 
5.1.4. Dieta Balanceada 
 10%-15% de gorduras 
 65% - 75% de carboidratos 
 15%-20% de proteínas 
 
5.1.5. Proporção entre alimentos ingeridos 
 2 porções de carne, ave ou peixe 
 2 porções de frutas e vegetais 
 5-10 copos de água 
 2 porções de queijo e leite 
 Incluir potássio 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB - 30 
 
 
5.1.6. – Desidratação 
Fatos sobre a desidratação 
 A água compõe mais de 50% do peso corporal. 
 A perda tão pequena quanto 2% do peso corporal já restringirá o desempenho do 
atleta 
 A hidratação fornece os meios nos quais as reações químicas ocorrem 
 Serve como um componente do sistema de resfriamento do corpo. 
 A desidratação aumenta o estresse cardíaco e dos vasos sanguíneos. 
 Leva muitas horas para substituir e alcançar um equilíbrio na hidratação 
 Não use tabletes de sal 
o Podem irritar o estômago 
o Podem causar diarreia 
o Aumentam a desidratação 
 A desidratação pode causar ataque cardíaco. Sinais de um ataque cardíaco são os que 
seguem: 
o Temperatura aumentada, dores de cabeça, cólicas 
o Aumento na pulsação, fraqueza, desmaio 
 Não se exercite em roupas de borracha ou plástico 
 Fique longe de saunas e salas de vapor 
 
Diminuir a desidratação 
 Usar roupas leves e soltas durante os exercícios 
 Agendar descansos e pausas para água 
 Substituir roupas molhadas por roupas secas para promover o resfriamento por 
evaporação. 
5.1.7. Dicas para fabricar peso 
 O limite de ganho de peso entre lutas é aproximadamente 5% do peso limite. 
 Planejar as metas de peso com antecedência e mantê-las por um período de 5-6 
semanas. 
 Limitar a perda de peso a não mais que meio quilo por semana. Quanto menos, 
melhor. Qualquer perda acima de 0,5 kg por semana limitará sua habilidade de se 
recuperar do treinamento, reduzir sua função imune e o risco de lesão da massa 
muscular. 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS – 31 
 
 O objetivo durante esta fase é queimar gordura corporal e manter massa muscular. 
Reduzir a ingestão de carboidratos para 500 kcal por dia fará alcançar isso sem 
dificuldade. Manter uma boa ingestão de proteínas de 1,5 a 2 gramas por quilo de 
peso corporal por dia irá ajudar a preservar a massa muscular e ajudar na recuperação 
muscular após o treinamento. Aumentar o consumo de frutas e vegetais durante essa 
fase pode ajudar a reduzir o apetite, aumentar a ingestão de fibras, vitaminas e 
antioxidantes. 
 Limitar desidratações perigosas para não mais que 2% a 3% do peso limite., Evitar o 
uso de saunas, plásticos e exercícios em ambiente quente. 
 Apenas considerar a desidratação nas últimas 12-24 horas! Manter-se desidratado 
antes desse período (p. exemplo, 1 semana antes da competição) não irá apenas 
limitar sua habilidade de treinar apropriadamente e queimar gordura. O deixará 
fatigado e correndo o risco de ficar doente e lesionado! 
 
5.1.8 Após a pesagem 
 Após a pesagem, a reidratação é a primeira prioridade. Consumir imediatamente MEIO 
LITRO de fluído que contenha algum tipo de concentração de alto índice glicêmico de 
carboidratos e eletrólitos. 
 Dar pequenos goles, devagar, em mais uma quantia de MEIO LITRO pela próxima hora. 
Se os boxeadores se desidratarem seriamente deve-se conceder uma hora para 
reidratação antes do consumo de qualquer alimento sólido. 
 Não fazer farra ou se embebedar ou superaquecer após a pesagem, isto apenas o 
deixará inchado, sentindo-se lento e pesado. Seu corpo só pode absorver bastante 
comida e bebida, o resto é “peso morto”! 
 Comer porções pequenas e frequentes a cada 3 horas. Alta em barboidratos, com 
proteína moderada e baixa em gordura. 
 Continue dando golinhos em líquidos durante o dia para matar sua sede. Continue 
adicionando eletrólitos se foi desidratado significativamente. 
 Levante cedo no dia da luta e saia para uma caminhada mesmo antes ou depois do 
café para tomar um sol, ajustar o relógio biológico se necessário e estimular o apetite. 
 Continue com sua rotina normal durante ambos os dias. Consumindo regularmente 
porções pequenas de comida e golinhos de líquidos para matar a sede e manter-se 
hidratado. 
 Nessa altura, você não está comendo apenas para elevar a taxa de açúcar no sangue e 
armazenar carboidratos para o fígado, satisfaça seu apetite e sinta-se bem. 
 Os boxeadores devem evitar comidas gordurosas ao longo do dia. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 32 
 A última refeição antes da luta deve ter como foco principal o baixo a moderado 
consumo de carboidratos de índice glicêmico nas 3 a 4 horas antes de soar o sino. 
 As horas finais o foco deve retornar para pequenas porções de fluídos e um consumo 
de bebidas ou lanches com carboidratos de alto índice glicêmico. 
 
 
5.2. – Ferimentos 
 
As causas mais frequentes de ferimentos são: 
 
 Golpes precisos 
 Golpes incorretos ou involuntários (golpe na cabeça ou cotovelada) 
 Movimentos inapropriados (torcer os tornozelos, joelhos) 
 Equipamento incorreto (calçados de má qualidade, protetor bucal mal adaptado) 
 Má forma física 
 
5.2.1. Diferentes ferimentos 
 
Ferimentos mais frequentes. 
 
 Cortes 
o Sobrancelha 
o Pálpebra 
o Maçã do rosto (*nota do tradutor, osso malar ou zigomático) 
o Couro cabeludo 
o Testa 
o Lábios superiores e inferiores 
o Nariz 
o Tímpano rasgado 
o Descolamento de retina 
 
 Hematomas (a seguir os mais frequentes hematomas encontrados no boxe) 
o Osso frontal (*nota do tradutor: osso da frente do crânio, acima da testa). 
o Ouvido externo 
o Osso malar ou zigomático ou maçã do rosto 
o Subdural e epidural (*nota do tradutor: são hemorragias iniciadas em locais 
diferentes da cabeça, mas ambas são hemorragias cerebrais) 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB - 33 
 
 
 AVISO: Este hematoma é muito severo e pode comprometer o bem estar do boxeador. 
É importante sempre identificar este tipo de hematoma o mais cedo possível. 
o Outros hematomas 
 Fraturas 
o Nariz 
o Mandíbula (observar também a tensão na mandíbula) 
o Costelas (fratura, rasgo na musculatura entre as costelas) 
o Mãos 
 
5.3. – Prevenção a ferimentos 
 
A fim de prevenir ferimentos, o Cutman deve fazer o que segue: 
 
Aplicar vaselina no rosto (pálpebra, ouvidos e bochechas) 
Enfaixar as mãos corretamente ajuda a prevenir lesões nas mãos 
Massagear o boxeador irá ajudar a mantê-lo aquecido e preparar os 
músculos para o esforço e reduzir ainda mais o risco de lesões musculares. 
A massagem deve ser feita paralelamente ao aquecimento do boxeador, e 
vem como um adicional ao aquecimento clássico. 
 
5.4. – Tratamento de ferimentos 
 
É importante ter em mente que todos os ferimentos devem ser 
considerados importantes e devem ser tratados tão logo apareçam. 
 
5.4.1. – Cortes 
 
Usar diferentes tamanhos de cotonetes e gaze de acordo com o tamanho 
da abertura do corte (cortes maiores e mais fundos) 
Limpar a área ao redor do corte com uma toalha úmida antes de tratar a 
ferida 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 34 
 
 
 
Quando aparecer um corte, o produto a ser usado é Adrenalina 1/1000. 
o Em cortes visíveis: A Adrenalina deve ser aplicada com pressão constante 
na ferida. Favor repetir o mesmo método para cortes grandes. Aplicação 
pressão conforme o caso. Para um sangramento nasal, é bom usar 
Adrenalina porque ela irá parar o sangramento. 
o 10 segundos antes do início do round, tirar a pressão do corte e aplicar 
vaselinao Repetir o processo durante todo o intervalo de 1 minuto entre os rounds. 
É necessário levar o boxeador ao médico para dar pontos no máximo uma 
hora após o final da luta. Também é necessário enfaixar os cortes antes de ir 
para o hospital, a fim de diminuir o risco de infecções. Não colocar água ou 
líquidos no corte e não permitir ao boxeador tomar banho antes de dar os 
pontos no corte porque o banho amolece a pele e isso não é recomendado 
para quem vai levar pontos ou ser costurado. 
Por favor, tenha em mente que existem certas áreas no corpo que são mais 
delicadas (como as pálpebras). Assim que uma ferida é notada na pálpebra 
próxima ao olho e a córnea, o Cutman deve informar o Segundo sobre a 
severidade do ferimento. É importante compreender a diferença entre um 
corte na sobrancelha que pode ser consertado e um ferimento próximo a 
pálpebra que deve ser tratado para o bem estar do boxeador e de sua visão. 
Será responsabilidade do segundo decidir se o corte pode ser ou não tratado 
e agir de acordo. 
5.4.2. – Hematomas 
Hematomas podem ser controlados com a ajuda do equipamento do Cutman 
assim como o enswell (bimetálico). O enswell deve estar recém retirado do 
gelo para reduzir o hematoma. 
É bom aplicar uma leve pressão no hematoma a fim de permitir que o frio se 
espalhe pelo hematoma, evitando perturbar o boxeador durante a luta. 
Mesmo que o hematoma esteja sob controle, ele não vai parar de inchar. Por 
favor, lembre-se que o objetivo do Cutman é manter a luta ocorrendo e evitar 
qualquer interrupção por ferimentos. 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 35 
 
5.4.3. Fraturas 
 Fratura de mandíbula nem sempre é visível. Mas o Cutman será capaz 
de verifica-la por diversos sinais, tais como: 
o Veias escurecidas (nem sempre) 
o A posição da mandíbula (mandíbula aberta) 
o A fala do boxeador 
Se o boxeador se queixar de dor severa devido à fratura na mandíbula é tarefa 
do Segundo informar o médico do problema imediatamente. 
 Fratura no nariz: dependendo da fratura (Aberta ou fratura interna; 
fratura total ou leve rachadura) o Cutman irá localizá-la pela cor do 
sangue saidno do nariz. De acordo com a fratura, é necessário usar 
Adrenalina, pressionando fortemente uma ou outra narina durante 10 
a 15 segundos a fim de reduzir ou parar o sangramento. 
 Fratura das costelas: Esta deve ser considerada uma fratura severa. 
Ela pode vir acompanhada de hematoma e dor severa. 
 Fratura de mão: a fratura não é visível já que as mãos estão 
protegidas pelas luvas. A informação vinda do boxeador irá ajudar seu 
corner a avaliar a situação e agir de acordo. 
 
Nas fraturas acima, a única fratura que pode ser tratada durante a luta 
será a de nariz já que o sangramento pode ser parado ou reduzido. A 
situação terá que ser analisada durante a luta toda. A luta deve ser 
interrompida se o Cutman acreditar que o bem estar do boxeador está 
em perigo. A decisão final fica a cargo do Médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB - 36 
 
 
APÊNDICE 1 
BANDAGENS 
(de acordo com as regras de competição da APB) 
 
1.Uso de bandagens (fita crepe e gaze) 
 
As bandagens devem ser colocadas nos vestiários, na presença de inspetores autorizados APB. 
Os inspetores APB irão assinar diretamente em cima das bandagens colocadas para verificar 
sua adequação às Regras de Competição APB, 11.2*(*nota: regras serão posteriormente 
traduzidas, após a tradução deste Manual) 
 
2. Especificações 
 
Em todas as categorias, a bandagem deverá ser feita de não mais que 12 (doze)metros por 5 
(cinco) centímetros de largura de fita crepe e faixa de gaze e não mais que 2,5 metros de fita 
cirúrgica com 2,5 centímetros de largura para cada mão. 
Em todas as categorias, a fita cirúrgica, de não mais de 5 milímetros de largura, pode ser 
aplicada entre os dedos. 
A amarração da fita cirúrgica não pode ser aplicada a menos de 2,5 centímetros das juntas das 
mãos do lutador. O boxeador pode usar essa bandagem conforme ele quiser, contanto que as 
juntas dos dedos de sua mão não sejam encobertas pela fita cirúrgica. 
O uso de qualquer substância ou bandagem é proibido 
 
3. Equipamentos de ataduras (para ambas as mãos) 
 
 Gaze: 3 rolos de gaze de 5centímetros de largura x 4 metros de comprimento 
 Gaze (para o topo da mão e proteção das cabeças dos metacarpos*nota do tradutor: 
ou nós dos dedos) 
 Fitas: 3 rolos de 2,5 cm x 10 metros 
 
4. Regras gerais de bandagens na APB 
 
A grossura da gaze que será colocada nas cabeças dos metacarpos poderá sr decidida pelo 
técnico e seu boxeador. O espaço da fita entre os dedos a fim de sustentar a gaze não deve ser 
maior 5 mm. A fita deve cobrir a gaze até 2,5 cm das cabeças dos metacarpos mas nunca mais 
perto que isso. Uma boa bandagem é garantia de proteção máxima às mãos do boxeador. 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS - 37 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 2 
 
SUGESTÃO INICIAL DE PROGRAMA DE 2 SEMANAS DE CORRIDA E SISTEMA DE GRAVAÇÃO 
S 
 
Semana 1 Semana 2 
d 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 
S 
 
E 
 
S 
 
S 
 
à 
 
O 
30 
min 
 
cor 
rer 
 
rit 
mo 
 
le 
ve 
a 
me 
dio 
2x15min/ 
/ 3min 
de 
Intervalo 
 
Ritmo de 
Corrida 
Entre 
Médio e 
estável 
 
4x8 min/ 
/2min 
de 
intervalo 
 
Ritmo 
de 
Corrida 
Estável 
3x10min/ 
/3 min 
de 
intervalo 
Ritmo de 
corrida 
Médio a 
estável 
30 
minutos 
 
Ritmo 
de 
corrida 
fácil 
para 
médio 
60 
Minutos 
 
Ritmo 
de 
corrida 
fácil 
para 
médio 
3x15min/ 
/3min de 
Intervalo 
 
Ritmo de 
Corrida 
Entre 
Médio e 
estável 
5x8 min 
/2min 
de 
intervalo 
 
Ritmo 
de 
Corrida 
estável 
4x10min/ 
3 min de 
intervalo 
 
 
Ritmo de 
Corrida 
Médio a 
estável 
45min 
 
Ritmo 
De 
Corrida 
Entre 
Fácil 
e 
Médio 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 38 
 
 
Exemplo de folha de registro ou gravação 
Nome: Data: 
Tipo da Sessão: (selecione a corrida apropriada aqui) 
Distância percorrida no bloco (quantidade “x” de milhas ou 
quilômetros) 
 
APÊNDICE 3 
 
SUGESTÃO DE PROGRAMA DE CORRIDA INTERVALADA E SISTEMA DE GRAVAÇÃO 
 
 
 EXEMPLO DE UMA SEMANA DE CORRIDA DE INTENSIDADE 
 
 
DIA 
 
SEGUNDA 
 
TERÇA 
 
QUARTA 
 
QUINTA 
 
SEXTA 
 
 
 
 
CONTEÚDO 
DA 
SESSÃO 
 
 
 
 
 
CORRIDA INTERVALADA 
EM PISTA 
100 metros de corrida 
por 100 metros 
andando. 
Fazer 5 séries 
Com 3 minutos de 
descanso 
Fazer isso 2x 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORRIDA EM 
SUBIDA –20 
minutos. Garantir 
que a parte mais 
íngreme da subida 
seja feita cinco 
vezes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Períodos 
intervalados 
30 segundos de 
corrida / 15 
segundos de 
caminhada = 
6x2 minutos de 
descanso 
Repetir isso 5 x 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrida de 
distância 
(mileage run) 
- 3 milhas num 
bom ritmo. 
*nota do 
tradutor: 1 milha 
é igual a 
1,609km ou 1609 
metros, 3 milhas, 
4.820mtros ou 
4,82km) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 3 minutos / por 
um minuto de 
descanso x 6 
séries 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo – folha de gravação 
 
 
Nome: 
 
 
Data: 
 
 
 
 
Tipo da sessão: 
Selecionar corrida apropriada 
 
Usar apropriadamente a caixa de gravação abaixo: 
 
 
Tempo a completar: 
X minutos 
 
Distância percorrida 
 
X milhas * 
*(ou km) 
 
 
 
APB MANUAL DOS TÉCNICOS 39 
 
APÊNDICE 4 
SUGESTÃO DE PLANO DE FORÇA DE 10 SEMANAS 
 
 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 
Objetivo 
chave 
Preparação 
Geral de 
campo 
Fase de Preparação Geral Fase de 
Preparação 
Específica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
L 
U 
T 
A 
 
Foco 
Do 
treinamento 
Melhorar 
o nível de 
Condicio- 
namento 
Geral 
Construir força*, poder** e melhorar o 
condicionamento geral. 
*nota do tradutor. Há uma diferença entre força e poder no 
treinamento esportivo. Poder é definido como a habilidade 
de gerar uma quantia máxima de força o mais rápido 
possível. Exercícios que podem desenvolver poder são os 
pliométricos, como salto em profundidade, saltos laterais e 
flexões com palmas. **Força é a quantidade de força que 
um músculo, ou grupomuscular, deve exercer contra uma 
carga externa. Um teste de fazer apenas uma repetição com 
força máxima é realizado onde o atleta acessa o maior peso 
que ele pode erguer do modo apropriado. A velocidade do 
movimento não é importante quanto se está testando a força. 
Velocidade e 
movimentos 
preparatórios 
Pontos 
chave 
Exrcícios 
geralmente 
baseados 
no peso 
corporal; 
ou com 
adição de 
halters e 
barras 
leves 
Ponto chave para o desenvolvimento físico 
o uso de exercícios de força principal – 
agachamento, levantamento de terra, 
supino, barra, etc; O objetivo é aumentar o 
peso em cada um dos exercícios ao longo 
do bloco de 6 semanas 
Mais exercícios 
baseados 
especificamente 
na velocidade – 
flexões com 
palmas, saltos 
canguru, barras 
com palmas 
 3-4 séries 
X 8-12 
reptições 
3 s 
De 8 
Repe- 
tições 
 
4s de 
6 
repe- 
tições 
5s de 
5 
Repe 
tições 
3 s de 
6 
Repe 
tições 
4 s de 
4 
Repe 
tições 
 
5 s de 
3 
Repe 
tições 
3-4 séries x 3 
descanso em 5 
repetições 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS APB – 40 
 
 
PUBLISHER / PRODUCER: 
AIBA – International Boxing Association 
EDITOR: 
AIBA Coaches Commission 
PREPARED BY: 
AIBA HQs Office 
COORDINATORS: 
Adam Kusior, AIBA Coaches Commission Chairman 
Alexandra Volkova Jurema, AIBA Development Senior Manager 
DATE: 
January 2013 
CONTRIBUTIONS FROM: 
Adam Kusior (Poland) 
Thomas Coulter (USA) 
Robert McCracken (England) 
Laurent Boucher (France) 
 
Tradução para o português – BR: ANTONIO SAMMARTINO – em 12/05/2016, às 15:27. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DOS TÉCNICOS – APB – 41

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