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Psicologia Orientação Profissional Bárbara Beda Psicóloga CRP-09/012407 (62)98237-4934 Projeto de Orientação Profissional Objetivos ✓ Realizar um mapeamento do processo de orientação e destacar os pontos técnicos e práticos que permeiam a atuação na área. ✓ Possibilitar o engajamento e o desenvolvimento do potencial dos orientandos. ✓ Teoria junto à prática. ✓ Apreender a relevância do planejamento e estudos na área. ✓ Estudos relacionados à Psicoterapia Breve. Contribuições da Psicoterapia Breve ✓ Alguns de nossos problemas existenciais demandam uma resposta mais rápida e pontual e, nesse quesito, a psicoterapia breve garante-nos essa possibilidade. ✓ A psicoterapia breve não é uma abordagem superficial. ✓ Trabalha-se com um tempo menor, porém, aprofundando em um foco. ✓ Pode ser de curta duração e ainda sim ser profunda, breve no tempo cronológico e duradoura em seus efeitos. ✓ Segundo o autor Hegenberg (2004), a definição exata da psicoterapia breve não está pautada no fator duração, e sim na especificidade do processo, que é a sua focalização. ✓ O trabalho da psicoterapia breve gira em torno de reforçar as partes saudáveis do ego, fortalecendo as funções egoicas. ✓ Propõe um trabalho predominantemente cognitivo, de esclarecimento, voltado para o futuro e para a realidade factual do paciente. ✓ A orientação profissional promove ao orientando reflexões sobre si mesmo, exploração de sua personalidade, aprendizado sobre a própria forma de escolher, critérios, valores, prioridades, desejos e fantasias. E inclui aspectos de ordem terapêutica, em especial ao abordar situações conflitivas que podem comprometer toda a personalidade, implicada na problemática da escolha. ✓ Colocando em evidência a problemática do sujeito e suas disposições patológicas, condensando o passado e antecipando o futuro. ✓ A crise da escolha pode tornar-se uma manifestação da impossibilidade de solucionar a tensão dada entre eu, outros, futuro e ambiente, incluindo os aspectos familiares, socioeconômicos e culturais. ✓ O processo de orientação profissional, segundo Bohoslavsky “assemelha-se a uma terapia breve, cujo foco é a escolha profissional”. ✓ A Orientação Profissional se beneficia da psicoterapia breve, pois, também se desenrola em uma problemática específica, com objetivos limitados e prazo definidos. ✓ Ponto relevante é também o fator terapêutico, quando conceituamos uma relação terapêutica, que se caracteriza pela postura diferente do profissional que a executa, ou seja, estar profissionalmente em uma relação com outra pessoa, significa que tudo que decorrer desse contato será analisado e trabalhado com uma finalidade terapêutica. O que difere o atendimento do contato social do nosso convívio habitual. “Durante um processo psicoterápico, o terapeuta deixa de reagir ao comportamento do paciente para compreendê-lo. Se somos agredidos em um ambiente social, podemos reagir a isso, mas dentro do processo psicoterápico o analista não reagiria à agressão, a reação é substituída pela compreensão e interpretação daquele comportamento” (Hegenberg, 2004, p. 27). ✓ Em orientação profissional, a relação com o indivíduo ou com o grupo também é terapêutica e deve seguir os trâmites necessários para tal propósito. ✓ A configuração de cada encontro, deve ter uma perspectiva com objetivos definidos e com técnicas condizentes com esses objetivos levantados. ✓ Enquanto para a psicoterapia breve os aspectos terapêuticos constituem os objetivos do processo, na orientação profissional, eles podem também estar presentes, mesmo que sejam consequentes do percurso ou secundários. ✓ Chegar a uma escolha profissional (quando parte de um processo que visa à elaboração e resolução de conflitos intrapsíquicos e relacionais) não seria terapêutico? “A orientação profissional reiteradamente funciona como uma porta de entrada para a psicoterapia, assim como temas vocacionais surgem em psicoterapias, em geral, dando a entender que os campos se entrecruzam, embora possam se diferenciar.” Levenfus (2010) Planejamento ✓ Se faz necessário um planejamento para a estruturação de cada etapa do processo. ✓ Planejamento significa ter uma orientação de atuação. ✓ O orientador deverá estruturar cada um desses encontros, destacando os objetivos e buscando as técnicas adequadas para cada momento. ✓ Deve-se sempre considerar que o plano serve de orientação e deve ser visto como tal, ou seja, no decorrer dos encontros pode-se ter de redefinir alguns objetivos e corrigir trajetórias anteriormente estabelecidos. ✓ É importantíssimo que o processo tenha este caráter dinâmico. ✓ Como visto anteriormente, a orientação profissional pode ser desenvolvida individualmente ou em grupos, e a opção que se mostra mais produtiva é o trabalho com grupos. ✓ Geralmente os grupos se formam à partir de uma inscrição espontânea dos interessados. ✓ Geralmente também, o maior número de inscrição é composto por jovens que já visam o ingresso na universidade. O primeiro atendimento Objetivos: ✓ Apresentação e integração entre os participantes do grupo. ✓ O vínculo entre os participantes poderá proporcionar confiança e cumplicidade necessárias ao bom andamento do trabalho de orientação e terapêutico. ✓ Relatarem suas expectativas. ✓ O orientador neste momento, deve ter uma fundamentação teórica que o embase para identificar e compreender as questões centrais que permeará o desenvolvimento do público que estará trabalhando. ✓ Estabelecimento do enquadre do grupo. (Enquadre – deve ser considerado como um contrato entre as partes, favorecer clareza e compromisso a essa relação de trabalho, expor os objetivos, estabelecer tempo, horários e regras plausíveis e necessárias, falar sobre a ideia de regularidade e responsabilidade com o processo) ✓ Formação de vínculo entre orientador e orientando, isto irá direcionar o processo, favorecendo o diálogo e trocas. ✓ Desenvolver capacidade de observação técnica e sistemática. Entrevista inicial ✓ Deve ser semidirigida, espontânea. ✓ Deve possuir certa estrutura de condução. ✓ Determinar alguns eixos a serem explorados pelo grupo, tais como: • Histórico de vida no trabalho; • Significado de trabalho; • Expectativas quanto ao processo de orientação; • Entre outros... ✓ Coletar informações, de modo flexível. ✓ Coletar informações de cada indivíduo e também do grupo como um todo. ✓ O orientador poderá propor algumas atividades, visando a integração, expectativas e interesses, sugerindo técnicas, que facilitarão o engajamento dos participantes. ✓ O uso de técnicas de grupo, neste momento, não têm um fim em si mesmo, ou seja, não é a atividade o foco do processo, servirão como instrumentos aos participantes, para que apresentem seus conflitos e interesses. ✓ É válido que as técnicas apresentem objetivos claros e temas condizentes com o trabalho do grupo. (Pode-se adaptar técnicas para o interesse do grupo). ✓ No uso da técnica e observação da dinâmica entre os participantes, pode ser possível reconhecer alguns conteúdos relevantes, alinhados com a observação sistemática do grupo. ✓ Observação esta, que se difere grandemente de uma observação informal. ✓ A observação sistemática, pode fornecer subsídios para reconhecimento de situações-problema, direcionar o orientador de forma segura quanto a técnicas e procedimentos mais eficazes. Observação: ✓ Instrumentos e testes psicológicos, são muito utilizados em processos de orientação profissional, embora alguns autores afirmam que em todo processo avaliativo, podemos considerar o seu uso como um recurso, mas não como o único recurso, não devem ser utilizados de modo isolado, pois, fora de contexto não traz contribuição ao processo. ✓ Avaliação ≠ Aplicação de testes. "[...] para muitas pessoas e também para muitos psicólogos, a Avaliação e a Testagem (ou, como mais erradamente ainda hoje se diz de testes psicotécnicos) são quase sinônimos” (Duarte; Bardagi; Teixeira, 2011, s.p.). ✓ Esse mal-entendido se dá por uma antigacompreensão no meio psicológico de que os testes forneceriam informações necessárias para colocar o homem certo no lugar certo. ✓ Em orientação profissional o uso de testes deve ser visto com cautela, principalmente testes importados, que podem trazer problemas junto a tradução, amostragem e funções. ✓ Um teste pode ser eficiente em determinada cultura e ineficiente em outra determinada cultura. ✓ Ao escolher fazer uso de algum teste psicológico, deve-se inicialmente conferir sua validade no site do Conselho Federal de Psicologia (CFP). ✓ Diversas técnicas podem ser inseridas no processo de orientação profissional, que não seja o uso de testes e ainda assim enriquecer cada vez mais o encontro no momento de trabalho. ✓ Não invalidamos o uso de testes, mas sim, analisamos criticamente a posição de destaque que tiveram durante muitos anos, dentro de diversos contextos de avaliação. ✓ Testes psicológicos não podem substituir a atuação, escuta e atenção do profissional de psicologia.
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