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1 2 Arquitetura bioclimáticaFerramenta externa

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Arquitetura bioclimática
APRESENTAÇÃO
Considerando o impacto significativo e a importância da construção civil, muitas das novas 
ferramentas estão voltadas para os mais diversos projetos, desde casas pequenas e tradicionais 
até grandes e imponentes edificações, porém sempre pensando em ações que levam em conta a 
sustentabilidade. As tendências arquitetônicas atuais se preocupam muito com tal questão, 
visando não só à integração ao meio ambiente e diminuição da poluição, mas também a 
economia e o melhor aproveitamento dos recursos naturais durante a construção e em toda a 
vida útil do imóvel.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer mais acerca da arquitetura bioclimática, os 
procedimentos e materiais utilizados, além de conhecer alguns projetos construídos e 
reconhecidos pelo uso dessas técnicas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir arquitetura bioclimática.•
Identificar os materiais e as tecnologias bioclimáticas disponíveis para a construção civil.•
Exemplificar projetos de arquitetura bioclimática.•
DESAFIO
A ideia principal da arquitetura bioclimática é respeitar e agregar elementos sustentáveis à 
construção a fim de garantir mais conforto às pessoas.
 
Você foi o engenheiro contratado pela família de Ana Lúcia para construir sua residência 
sustentável sonhada há vários anos. Quais são as estratégias sustentáveis à arquitetura de 
interiores, considerando aspectos de conforto térmico, acústico e lumínico que você indicaria? 
Explique.
INFOGRÁFICO
A ideia principal da arquitetura bioclimática é gerar a própria energia para cada família. São 
aproveitados, assim, os recursos naturais e preservando o meio ambiente, além de redução ao 
máximo da dependência até de fornecimento de água externa por meio de poços e minas de água 
locais ou captação de águas de chuva.
Se uma economia enorme é conseguida apenas diminuindo o consumo de maneira tradicional, 
imagine o que aconteceria se existisse consciência coletiva no caso do uso dos recursos naturais 
e preservação do meio ambiente.
No Infográfico, observe algumas medidas a fim de obter arquitetura de qualidade que não 
impacte tanto o meio ambiente.
CONTEÚDO DO LIVRO
Em busca de soluções inteligentes que integrem o homem ao meio ambiente, arquitetos e 
engenheiros se esforçam para aplicar os sistemas construtivos que se tem hoje de maneira mais 
eficaz e desenvolvem tecnologias a fim de aprimorar o uso de recursos naturais.
No capítulo, Arquitetura bioclimática, da obra Conforto ambiental, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você verá as principais características que baseiam o conceito de arquitetura 
bioclimática e questões teóricas e práticas mais comuns que podem ser aplicadas facilmente em 
projetos de qualquer tipo.
Boa leitura.
CONFORTO 
AMBIENTAL
Arquitetura bioclimática
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Conceituar arquitetura bioclimática.
  Identificar os materiais e as tecnologias bioclimáticas disponíveis para 
a construção civil.
  Exemplificar projetos de arquitetura bioclimática.
Introdução
Muito se fala de arquitetura ecológica, sustentável, verde e eficiente. 
Na verdade, os primeiros estudos de uma arquitetura integrada com a 
natureza e o clima surgiram há aproximadamente 45 anos. Neste capítulo, 
você vai estudar a chamada arquitetura bioclimática, que surgiu na década 
de 1960. Esta consiste na adequada e harmoniosa relação entre ambiente 
construído, clima e os seus processos de troca de energia, tendo como 
objetivo final o conforto ambiental humano em todas as suas formas 
(térmico, luminoso, acústico, etc.). Você também vai identificar materiais 
e tecnologias bioclimáticas destinadas à construção civil e vai verificar 
exemplos de projetos que empregam a arquitetura bioclimática.
O que é arquitetura bioclimática?
A chamada arquitetura bioclimática é um conceito que visa à harmonização das 
construções com o meio ambiente, de forma a otimizar a utilização dos recursos 
naturais disponíveis (como a luz solar e o vento), proporcionando conforto ao 
homem em harmonia com a natureza.
Corbella e Yannas (2003) apresentam o conceito de arquitetura biocli-
mática como sendo uma arquitetura focada na integração com o clima local, 
visando à habitação centrada no conforto ambiental do ser humano e na sua 
influência sobre o planeta. Esse conceito surgiu em decorrência da crise de 
energia decorrente do grande aumento no preço do petróleo, em 1973.
Esse tipo de arquitetura visa à estruturação do projeto arquitetônico de 
acordo com as características bioclimáticas de cada local nos mínimos deta-
lhes. Assim, consegue-se aumentar a eficiência energética das construções e 
reduzir os impactos ambientais destas.
A arquitetura bioclimática envolve também o desenvolvimento de técnicas 
e equipamentos necessários para a melhoria da eficiência energética nas 
edificações. No entanto, o fator predominante ainda é o aproveitamento da 
energia proveniente do sol, seja na forma de calor, quando pode ser usada 
para o aquecimento da água, por exemplo, ou na forma de luz, que pode ser 
melhor aproveitada com o intuito de reduzir o uso da iluminação artificial, 
conforme aponta Figueiredo (2017).
Figueiredo (2017) afirma ainda que são quatro os princípios básicos da 
arquitetura bioclimática:
  criação de espaços em ambiente saudável para os moradores e usuários;
  eficiência energética e consideração do ciclo de vida da estrutura 
edificada;
  minimização de desperdícios;
  uso de fontes renováveis de energia e materiais que não agridem o 
meio ambiente.
A importância da sustentabilidade foi evidenciada inicialmente com a 
primeira definição de desenvolvimento sustentável concebida pelo Relatório 
Brundtland, em 1987 (NASCIMENTO, 2002). Segundo o Relatório, o de-
senvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, 
sem comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras. Tal 
conceito foi ampliado e aperfeiçoado em uma nova visão do próprio processo 
de desenvolvimento sustentável. Segundo Ribeiro et al. (1996, p. 99):
Desenvolvimento Sustentável poderia ser, então, o resultado de uma mudança 
no modo da espécie humana se relacionar com o ambiente, no qual a ética não 
seria apenas entendida numa lógica instrumental, como desponta no pensa-
mento eco- capitalista, mas sim, embasada em preceitos que ponderassem 
as temporalidades alteras à própria espécie humana, e, porque não, também 
as internas à nossa própria espécie.
O desenvolvimento sustentável surge para harmonizar o desenvolvimento 
econômico com a preservação ambiental, visando a obter melhor qualidade 
Arquitetura bioclimática2
de vida e melhores condições de sobrevivência por meio do equilíbrio entre 
tecnologia e ambiente. 
O desenvolvimento sustentável deve ser compreendido como parte integrante 
do processo de desenvolvimento e não ser considerado de forma isolada. Isso 
implica o surgimento de uma consciência ecológica criada a partir de um modelo 
de educação, sendo a chave para a inversão dos valores da sociedade em direção a 
uma nova ordem econômica que compreende, com o mesmo grau de importância, 
o ambiente e o futuro. 
Segundo o site do Ministério das Relações Exteriores brasileiro (MRE, 
2018, online), foram concluídas em 2015 as negociações que culminaram 
na adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), após a 
Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu 
de 25 a 27 de setembro de 2015 (BRASIL, 2016). Esses objetivos deverão 
orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos 
próximos anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento 
do Milênio (ODM).
Após essas negociações, chegou-se a um acordo que contempla 17 Objetivos 
e 169 metas envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, 
segurançaalimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, 
redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis 
de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção 
e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento 
econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança e meios 
de implementação. 
O papel do Brasil foi fundamental na implementação dos ODM, e o 
País tem mostrado empenho desde a Conferência Rio +20, que ocorreu 
em 2012, promovendo a Agenda Pós-2015. As inovações brasileiras em 
termos de políticas públicas também são vistas como contribuições para 
a integração das dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvi-
mento sustentável.
3Arquitetura bioclimática
Se quiser saber mais sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados, 
acesse o link a seguir.
https://goo.gl/6ZMQRr
Corbella e Yannas (2003) afirmam que a arquitetura sustentável é a 
continuidade mais natural da arquitetura bioclimática, considerando também 
a integração do edifício à totalidade do meio ambiente, de forma a torná-lo 
parte de um conjunto maior. O tema da arquitetura sustentável começou a ser 
discutido na arquitetura dos edifícios em conjunto com o ambiente urbano. 
Atualmente, na escala urbana, as discussões e propostas vêm abordando as 
seguintes questões:
  estruturas morfológicas compactas;
  adensamento populacional;
  transporte público;
  resíduos e reciclagem;
  energia;
  água;
  diversidade;
  pluralidade socioeconômica, cultural e ambiental.
Isso reforça o papel do edifício como um elemento do projeto urbano 
e da sustentabilidade da cidade. Discute-se principalmente a localização e 
infraestrutura, a qualidade ambiental dos espaços internos, o impacto na 
qualidade do entorno imediato, a otimização do consumo de recursos como 
água, energia e materiais, e o potencial de contribuição para as dinâmicas 
socioeconômicas do lugar, conforme apontam Gonçalves e Duarte (2006).
Estratégias de arquitetura bioclimática
O objetivo do projeto de arquitetura bioclimática é prover um ambiente cons-
truído com conforto físico, que seja sadio, agradável e adaptado ao clima 
Arquitetura bioclimática4
local, que minimize o consumo de energia convencional e que exija o mínimo 
de instalações elétricas possível, o que também leva à mínima produção de 
poluição, conforme apontam Corbella e Yannas (2003).
Pode-se projetar, hoje, com tecnologia disponível no Brasil, uma ar-
quitetura bioclimática que funciona perfeitamente, integrada ao clima e à 
tradição local e com baixo consumo de energia convencional. No Quadro 1, 
podemos visualizar os diferentes aspectos a serem considerados em cada 
tipo de construção.
Aspectos
Construção 
convencional
Construção 
bioclimática
Construção 
ecoeficiente
Configuração 
do edifício
Outras 
influências
Influenciada 
pelo clima
Influenciada 
pelo meio 
ambiente
Orientação 
do edifício
Pouco 
importante
Crucial Crucial
Fachadas e 
janelas
Outras 
influências
Dependentes 
do clima
Dependentes 
do meio 
ambiente
Fontes de 
energia
Gerada Gerada/ambiente Gerada/
ambiente/local
Controle do 
ambiente interno
Eletromecânico 
(artificial)
Eletromecânico/
natural
Eletromecânico/
natural
Consumo de 
energia
Geralmente 
elevado
Reduzido Reduzido
Fontes de 
matérias-primas
Pouco 
importante
Pouco importante Reduzido 
impacto 
ambiental
Tipos de 
materiais
Pouco 
importante
Pouco importante Reutilizáveis
Quadro 1. Tipos de construção (convencional, bioclimática e ecoeficiente) e aspectos da 
edificação
5Arquitetura bioclimática
Há diversas técnicas de projeto capazes de amenizar o sobrecarregamento dos recursos 
naturais, seja por meio de elementos construídos, como as coberturas verdes, ou por 
meio da seleção de materiais. Na escala urbana, os princípios de ecologia industrial 
— ou seja, agrupar indústrias pequenas para que elas compartilhem os processos de 
calefação e refrigeração por meio de suas fontes de aproveitamento de resíduos e 
perdas térmicas — oferecem inúmeros benefícios por meio de uma única estratégia. 
Em escala menor, encontra-se a substituição de serviços, um método que envolve 
a troca da propriedade individual de produtos por um modelo que se baseia no 
compartilhamento de recursos com fins semelhantes, conforme lecionam Keeler e 
Burke (2010).
O conceito de tecnologia apropriada é relevante para edificações susten-
táveis e para o meio ambiente, visto que as comunidades rurais e os países 
em desenvolvimento que utilizam essa tecnologia se baseiam mais na mão 
de obra do que nos recursos materiais na hora de construir infraestruturas e 
edificações. Os resultados são construções duráveis e com pouca necessidade 
de manutenção, que utilizam materiais e tecnologias apropriados para a região, 
como adobe e taipa.
Segundo Keeler e Burke (2010), as chamadas edificações integradas têm 
como meta a eficiência de recursos por meio de técnicas que envolvem tanto 
materiais como métodos de construção. Essas técnicas incluem:
  reduzir a quantidade de matéria-prima utilizada em materiais, produtos 
e sistemas de produção;
  utilizar produtos que minimizem os impactos da nova construção ou 
reforma;
  projetar utilizando componentes reutilizáveis visando à flexibilidade 
ou à adaptabilidade;
  projetar pensando na desconstrução, o que reduz o impacto na hora 
da demolição;
  projetar utilizando componentes pré-fabricados, como painéis de con-
creto pré-fabricado do sistema tilt-up — esse tipo de construção reduz 
o impacto da construção no sítio e diminui as perdas da obra como 
um todo;
  selecionar produtos, materiais e sistemas com base em atributos rela-
cionados à pré-ciclagem.
Arquitetura bioclimática6
As chamadas edificações integradas, então, são aquelas nas quais se considera 
que cada decisão de projeto tem inúmeras consequências, não um efeito isolado. 
O projeto integrado de qualidade demanda o entendimento das inter-relações de 
cada um dos materiais, sistemas e elementos espaciais. Durante o seu processo, 
o projetista deve estar ciente de um conjunto mais amplo de impactos, incluindo 
a estética, a energia, o meio ambiente e a experiência do usuário.
O conceito de pré-ciclagem pode ser aplicado a um produto que é reusável, durável 
e reparável e feito de recursos renováveis ou não renováveis; a sua embalagem não 
deve ser exagerada, ou deve ser reusável/reciclável.
Alguns aspectos que ocorrem no ambiente externo deverão ser levados em 
consideração para que se tenha um bom projeto de arquitetura bioclimática. 
Segundo Gonçalves e Duarte (2006), ao focarmos o projeto no desempenho 
ambiental da arquitetura, atrelado ao conforto e à eficiência energética dentro 
do conceito de sustentabilidade, partindo da fase conceitual e da definição 
do partido arquitetônico, o projeto de um edifício deve incluir o estudo dos 
seguintes tópicos:
  orientação solar e dos ventos;
  forma arquitetônica, arranjos espaciais, zoneamento dos usos internos 
do edifício e geometria dos espaços internos;
  características condicionantes ambientais — como vegetação, corpos 
de água e ruídos — deverão ser consideradas, assim como o tratamento 
do entorno imediato;
  materiais da estrutura e das vedações internas e externas e cores, con-
siderando o desempenho térmico;
  tratamento das fachadas e coberturas, de acordo com a necessidade 
de proteção solar;
  áreas envidraçadas e de abertura, considerando a proporção quanto à 
área de envoltória, o posicionamento na fachada e o tipo de fechamento, 
seja ele vazado, transparente ou translúcido;
  detalhamento das proteções solares, considerando tipo e dimensionamento;
  detalhamento das esquadrias.
7Arquitetura bioclimática
Na Figura 1 é possível visualizar algumas soluções arquitetônicas que 
atendem à critérios de economia de energia, com a aplicação de algumas 
tecnologias.
Figura 1. Diagrama de uma casa moderna apontando sugestões de tecnologiasque 
economizam energia. 
Fonte: Adaptada de Slavo Valigursky/Shutterstock.com.
Esses aspectos terão papel determinante no uso das estratégias de venti-
lação natural, reflexão da radiação solar direta, sombreamento, resfriamento 
evaporativo, isolamento térmico, inércia térmica e aquecimento passivo.
A sustentabilidade de um projeto arquitetônico começa na leitura e no 
entendimento do contexto no qual o edifício se insere e nas decisões iniciais 
de projeto. No que se relaciona aos recursos tecnológicos envolvendo os 
sistemas prediais, são muitas as opções para minimizar o impacto ambiental 
dos edifícios, tais como painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas para geração 
Arquitetura bioclimática8
de energia (Figura 2), painéis solares para aquecimento de água, sistemas de 
reaproveitamento de águas cinzas e outros. Essas técnicas devem ser aplica-
das desde a concepção do projeto, para que possam contribuir para o melhor 
desempenho.
Figura 2. Ilustração de uma casa com painéis solares e turbinas eólicas, promovendo o 
uso de energia sustentável e a conservação ambiental.
Fonte: Adaptada de Grimgram/Shutterstock.com.
Uma alternativa à demolição e à construção de novos edifícios, cujo impacto 
ambiental é característico, ocorre a partir da reabilitação tecnológica, ou 
retrofit. O retrofit tem como objetivos adaptar o edifício a novos usos, melhorar 
a qualidade ambiental dos ambientes internos, otimizar o consumo de energia 
em médio e longo prazos, aumentar o valor arquitetônico e econômico de 
um edifício existente ou mesmo restaurar o seu valor inicial. A reabilitação 
tecnológica deverá incluir o tratamento da estrutura, da envoltória, dos espaços 
internos e dos sistemas prediais de uma maneira integrada, conforme apontam 
Gonçalves e Duarte (2006).
9Arquitetura bioclimática
Arquitetura bioclimática na prática 
O alto desenvolvimento tecnológico, gerando novos materiais e sistemas pre-
diais, pode diminuir impactos e promover um aumento do bem-estar humano 
e um incremento no ecossistema local. Exemplo disso são as edifi cações que 
integram materiais orgânicos e inorgânicos, utilizam coberturas verdes e 
minimizam os impactos ambientais sem abrir mão do emprego de alta tecno-
logia, como apresentado na Figuras 3. Nos projetos de edifícios que utilizam 
recursos da própria natureza, como coberturas verdes, deve-se considerar 
a altura e as espécies orgânicas utilizadas, pois, à medida que as vegetações 
fi cam mais altas, mais alterações pode sofrer o microclima, e algumas espécies 
podem não se desenvolver adequadamente.
Outro exemplo de construção sustentável que não implica necessariamente 
em emprego de materiais naturais são as edificações construídas com materiais 
pré-fabricados. Na maioria das vezes, os materiais pré-fabricados podem ser 
montados, desmontados, transportados e mesmo reciclados ou reaproveitados 
facilmente. Essas construções geralmente são projetadas de forma modular e 
apresentam planta flexível, podendo incorporar mais ambientes, se necessário, 
sem desperdício de materiais.
Figura 3. ACROS Building, Fukuoka, Japão, 1989-95. Edificação sustentável projetada pelo 
arquiteto Emílio Ambasz.
Fonte: Adaptada de Thanya Jones/Shutterstock.com.
Arquitetura bioclimática10
Integrando-se os princípios da ecoeficiência com as condicionantes eco-
nômicas, a equidade social e o legado cultural, é possível apresentar uma 
lista de prioridades — como se pode observar no quadro da Figura 4 — que 
podem ser consideradas os pilares da construção sustentável. Essa aborda-
gem integra todas as fases que compõem o ciclo de vida de uma construção, 
como leciona Mateus (2004): projeto, construção, operação/manutenção e 
demolição/deposição.
Figura 4. Abordagem integrada e sustentável das fases do ciclo de vida de uma construção.
Fonte: Adaptada de Mateus (2004).
Na prática
Você sabe como funciona a geração de energia elétrica em uma residência por meio 
de soluções sustentáveis? 
Aponte para o QR code ou acesse o link 
https://goo.gl/RtwuxK para ver o recurso.
.
11Arquitetura bioclimática
Podemos identificar o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, como um dos 
mais representativos desse tipo de arquitetura no Brasil. Ele demonstrou na 
prática o que vem a ser essa arquitetura, empregando-a em belos projetos de 
forma confortável, prática, suntuosa, regional, nacional e internacionalmente 
reconhecida, reconhecendo nossa riqueza bioclimática e utilizando-se dela 
com maestria.
Projeto de Lelé de 1994, o Hospital do Aparelho Locomotor da Rede de 
Hospitais Sarah Kubitschek, em Salvador, na Bahia, é um bom exemplo de 
adoção das técnicas bioclimáticas. O aproveitamento das brisas devido à 
implantação do edifício em terreno elevado, a inércia térmica e umidifica-
ção e o uso de luz natural para a produção de conforto dominam o espaço 
arquitetônico. Nesse projeto, fica evidente a preocupação do arquiteto em 
integrar o projeto à paisagem, com ventilação natural e proteção da radiação 
solar, sem causar conflito com a natureza e a topografia do lugar. É também 
um exemplo da utilização da tecnologia da construção industrializada no 
Brasil, no qual se reuniu toda a experiência acumulada a partir do primeiro 
hospital da rede, construído em 1980, em Brasília, conforme apontam Cor-
bella e Yanna (2003).
Outros projetos pelo mundo podem ser reconhecidos como bons exemplos 
dessa prática, como o California Academy of Sciences, em São Francisco, na 
Califórnia. Trata-se de um projeto do arquiteto Renzo Piano em parceria com 
o escritório Chong Partners Architecture, de 2008, e oferece, dentre as várias 
soluções, a cobertura verde (Figura 5), que cobre um hectare com seis espécies 
de plantas nativas do Estado da Califórnia, que se conectam com os sistemas 
fotovoltaicos integrados às marquises. Placas de fibra de coco foram usadas 
para configurar as grandes ondulações da cobertura, além de a edificação ser 
dotada de ventilação natural, com janelas de abrir, e ainda possuir brises e 
claraboias (Figura 6) que abrem automaticamente com o auxílio de sensores, 
conforme lecionam Keeler e Burke (2010).
Arquitetura bioclimática12
Figura 5. Imagem da cobertura verde da edificação do California Academy of Sciences, 
em São Francisco, conectada aos sistemas fotovoltaicos integrados às marquises. 
Fonte: Adaptada de huangcolin/Shutterstock.com.
Figura 6. Imagem interna com a entrada de luz zenital.
Fonte: Adaptada de Teecom (c2018).
13Arquitetura bioclimática
Nas estratégias do conceito de edifício passivo, considera-se que é sempre 
necessária uma renovação de ar nas divisões do edifício, de forma a garantir os 
requisitos de qualidade do ar interior. Essas estratégias de arquitetura passiva 
se baseiam na tradição da arquitetura vernacular, mas foram desenvolvidas 
para satisfazer ao conforto climático de um usuário contemporâneo durante 
o ano inteiro.
Dessa forma, o resultado das estratégias apresentadas difere da concepção das 
antigas casas passivas e corresponde a uma interpretação moderna mais adequada 
aos padrões atuais de vida, conforto e construção, como no exemplo da Figura 7, 
em que foram utilizadas técnicas e tecnologias como a energia solar, o aquecedor 
solar de água, os painéis solares e as claraboias instaladas em telhado de betume.
Figura 7. Exemplo de residência com uso eficaz da energia renovável: aquecedor 
solar para água, painéis solares e claraboias instaladas em telhado de betume, 
garantindo a iluminação e a ventilação naturais.
Fonte: Adaptada de Radovan1/Shutterstock.com.
O arquiteto tem a responsabilidade ambiental de conhecer o clima e suas 
vantagens e desvantagens, principalmente diante do panorama de crise am-
biental atual. Mais do que inter-relacionar o ambiente construído com o clima 
local, o arquiteto deverá ter uma visão interdisciplinar, capaz de agregar e 
harmonizar outras importantes variáveis nos seus projetos, visando a um 
futuro sustentável para nossa geração e para as que estão por vir. 
Arquiteturabioclimática14
Cabe aos profissionais ligados à construção civil retomar, nos seus pro-
jetos, os conceitos de bioclimatologia básicos, simples e eficientes, pois nem 
todas as edificações visam a serem certificadas, e nem todo cliente quer a 
certificação. O projeto, certificado ou não, necessita nascer resolvido no seu 
âmbito bioclimático.
Os selos de certificação como BREEAM e LEED visam à sustentabilidade 
e à gestão em todo o processo, que vai do lançamento do projeto até sua 
execução, relacionando as edificações ao ambiente. Já o certificado WELL 
Building Certification tem como foco o bem-estar e a saúde mental do ser 
humano e atende às demandas relacionadas ao edifício e seus ocupantes, 
conforme lecionam Cole e Valdebenito (2013).
O Ministério do Meio Ambiente tem uma ferramenta eletrônica para orientar a constru-
ção de prédios sustentáveis, principalmente residenciais, com informações bioclimáticas 
de aproximadamente 400 cidades brasileiras. Chama-se Projeteee (Projetando Edifícios 
Energicamente Eficientes) e conta com 20 mil consultas por mês pela internet.
Se quiser saber mais sobre essa ferramenta que orienta a construção de edifícios 
sustentáveis, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/exRP3r
Só se atingirá um futuro sustentável com a redução do consumo de 
energia das cidades e com a mudança da atual concepção economicista-
-consumista de mundo por seus habitantes. Para isso, devemos reavaliar a 
dimensão espacial do processo de desenvolvimento em busca da ecoefici-
ência das cidades, proporcionando conforto ao homem e preservação ao 
meio ambiente. Nesse contexto, deverá ser dada ênfase ao planejamento 
urbano sustentável, com especial destaque para o ambiente construído, 
responsável por grande parte da poluição e do desperdício energético do 
planeta. Quanto mais adaptada ao clima e mais passiva energeticamente, 
mais sustentabilidade bioclimática terá nossa arquitetura e urbanismo, uma 
questão fundamental. Além disso, não podemos esquecer da arquitetura 
bioclimática, que conta com projetos regionais, adaptados ao clima, passivos 
e acessíveis a qualquer classe social, conforme expõe Ferreira (2015) — o 
conforto ambiental nesses projetos é vital.
15Arquitetura bioclimática
No Brasil, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), em parceria 
com universidades e instituições, visa à definição de uma regulamentação nacional 
para a adoção de edificações mais eficientes, além de fomentar o desenvolvimento 
de tecnologias e pesquisas relacionadas ao tema.
Outras iniciativas brasileiras incluem o Concurso Estudantil Latino-Americano de 
Arquitetura Bioclimática, que faz parte da Bienal José Miguel Aroztegui, promovida 
pelo Grupo de Conforto e Eficiência Energética da Associação Nacional de Tecnologia 
do Ambiente Construído, em parceria com outras instituições. 
Saiba mais sobre o programa PROCEL, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia 
e executado pela Eletrobras, no link a seguir.
https://goo.gl/YHTbvv
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Coordenadoria-geral de Desenvolvimento 
Sustentável. Objetivos de desenvolvimento sustentável. Brasília, DF, 2016. Disponível em: 
<http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_desenvsust/ODSportugues12fev2016.pdf>. 
Acesso em: 8 nov. 2018.
COLE, R. J; VALDEBENITO, M. J. The importation of building environmental certification 
systems: international usages of BREEAM and LEED. Building Research & Information, v. 
41, n. 6, p. 662-676, 2013.
CORBELLA, O.; YANNAS, S. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: 
conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
FERREIRA, D. B. Por uma arquitetura bioclimática brasileira. AECweb, 27 fev. 2015. Dis-
ponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/a/por-uma-arquitetura-bioclimatica-
-brasileira_10869>. Acesso em: 7 nov. 2018.
FIGUEIREDO, L. Arquitetura da paz. São Paulo: Scortecci, 2017.
GONÇALVES, J. C. S.; DUARTE, D. H. S. Arquitetura sustentável: uma integração entre 
ambiente, projeto e tecnologia em experiências de pesquisa, prática e ensino. Ambiente 
Construído, Porto Alegre, v. 6, nº. 4, p. 51-81, out./dez. 2006.
KEELER, M.; BURKE, B. Fundamentos de projeto de edificações sustentáveis. Porto Alegre: 
Bookman, 2010.
Arquitetura bioclimática16
MATEUS, R. Novas tecnologias construtivas com vista à sustentabilidade. Dissertação 
(Mestrado) — Escola de Engenharia, Departamento de Engenharia Civil, Universidade 
do Minho, Guimarães, 2004. Disponível em: <https://repositorium.sdum.uminho.pt/
bitstream/1822/817/5/Parte%20I.pdf>. Acesso em: 7 nov. 2018.
NASCIMENTO, E. P. Trajetória da sustentabilidade: do ambiental ao social, do social ao 
econômico. Estudos avançados, v. 26, nº. 74, 2012. Disponível em: < http://www.scielo.
br/pdf/ea/v26n74/a05v26n74.pdf>. Acesso em: 9 nov. 2018.
RIBEIRO, W. C. et al. Desenvolvimento sustentável: mito ou realidade? Terra Livre, São 
Paulo, n. 11/12, 1996.
TEECOM. California Academy of Sciences. c2018. Disponível em: < http://teecom.com/
media/CAS_Hero-Image-1.jpg>. Acesso em: 9 nov. 2018.
Leituras recomendadas
HERNANDÉZ, A. (Coord.). Manual de desenho bioclimático urbano. Manual de orientações 
para a elaboração de normas urbanísticas. Bragança [Portugal]: Instituto Politécnico 
de Bragança, 2013.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. 3. ed. 
Rio de Janeiro: Eletrobrás, PROCEL, Procel Edifica, 2018. Disponível em: <http://
www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Livro%20-%20Efici%C3%AAncia%20
Energ%C3%A9tica%20na%20Arquitetura.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2018.
MASCARÓ, L. R. Energia na edificação: estratégia para minimizar seu consumo. 2. ed. 
São Paulo: Projeto, 1991. 213 p.
VAN LENGEN, J. Manual do arquiteto descalço. Rio de Janeiro: Casa do Sonho, 2002. 724 p.
17Arquitetura bioclimática
DICA DO PROFESSOR
Em todo o mundo, cidades expandiram-se rapidamente no século XXI, resultando em aumento 
considerável da população urbana, a qual representa 54% da população mundial total hoje. A 
previsão é de que tal número seja de 66% até 2050, indicando que as cidades mundiais abrigarão 
mais de 6 bilhões de pessoas nas próximas décadas.
Os planejadores urbanos estão enfrentando imensa pressão para acomodar a crescente população 
sem esgotar as limitadas reservas naturais que nos restam. O desenvolvimento sustentável é 
fundamental a fim de alcançar equilíbrio entre os dois e garantir a segurança dos recursos às 
gerações futuras.
No vídeo da Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais a sustentabilidade no 
planejamento e projeto urbano das cidades. 
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EXERCÍCIOS
1) Para Corbella e Yannas (2009), arquitetura bioclimática é aquela preocupada com 
sua integração ao clima local, visando à habitação centrada sobre o conforto 
ambiental do ser humano e sua repercussão no planeta. Alguns aspectos que ocorrem 
no meio ambiente externo deverão ser levados em consideração a fim de que se tenha 
adequado projeto. As decisões adotadas com foco na resolução de cada caso devem 
ser integradas, buscando propiciar bom nível de conforto ambiental e contemplando 
aspectos térmicos, visuais e acústicos, além de promover um ambiente construído 
sadio, agradável e adaptado ao clima local.
Sendo assim, conforme os princípios da arquitetura bioclimática, a alternativa que 
apresenta os elementos do clima a serem controlados é:
A) temperatura, ventos, umidade e radiação solar.
B) temperatura, massa de ar, umidade e pressão atmosférica.
C) pressão atmosférica, ventos, altitude e radiação solar.
D) altitude, massa de ar, umidade e radiação solar.
E) altitude, massa de ar, pressão atmosférica e radiação solar.
2) A arquitetura bioclimática visa a promover ambiente construído com conforto físico, 
sadio e agradável, adaptado ao clima local, que minimize o consumo de energia 
convencional e necessite de instalação da menor potência elétrica possível, reduzindo, 
assim, a produção de poluição.Tendo como objetivo aumentar a dissipação de 
energia do espaço habitado em clima tropical úmido, deve‐se:
A) promover níveis maiores de ventilação quando a temperatura externa for maior que a 
interna.
B) estimular o uso de aberturas que deixarão entrar a luz natural e a radiação solar direta.
C) combinar a possível ventilação noturna com a inércia térmica.
D) transferir o calor para zonas com temperatura maior do que a do ambiente habitado.
E) inibir o movimento do ar e sua renovação no período em que as pessoas estejam ocupando 
o ambiente.
O setor da construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos 
globais do desenvolvimento sustentável. Além dos impactos relacionados ao consumo 
de matéria e energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e 
gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das 
atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, 
3) 
somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as 
relações entre construção e meio ambiente. Na busca pela minimização dos impactos 
ambientais provocados pela construção, surge o paradigma da construção 
sustentável. Pode-se chamar de construção sustentável aquela que:
A) é capaz de se sustentar financeiramente apenas com os próprios recursos advindos da 
comercialização de suas unidades.
B) é sustentada por fundação exclusiva, sem a interferência das construções vizinhas.
C) pode ser apoiada facilmente por reforços de simples execução caso não seja capaz de 
sustentar a carga a que é submetida.
D) possibilita aos usuários garantir o próprio sustento a partir das receitas geradas pelo 
aluguel de cada fração.
E) consiste na redução e otimização do consumo de materiais e energia, redução dos resíduos 
gerados, preservação do ambiente natural e melhoria da qualidade do ambiente construído.
4) A adoção de telhado verde na edificação pode trazer algumas vantagens e 
desvantagens. Assinale a alternativa que aponta, respectivamente, uma vantagem e 
uma desvantagem no uso desse tipo de cobertura.
A) Drena a água da chuva e aumenta a temperatura ambiente.
B) Reduz a temperatura ambiente e requer frequente manutenção para manter sua estrutura 
saudável e bonita.
C) Reduz os ruídos urbanos e pode drenar a água das chuvas.
D) Diminui a temperatura ambiente e não altera a condição dos ruídos externos.
E) Leva a vegetação para ambientes urbanos, mas não tem relação com a temperatura 
ambiente.
5) Uma alternativa à demolição e construção de novos edifícios em que o impacto 
ambiental é característico ocorre por meio da reabilitação tecnológica (retrofit). 
Dentre os objetivos do retrofit está:
A) restaurar o antigo uso do edifício.
B) melhorar a qualidade ambiental dos ambientes internos.
C) otimizar o consumo de energia a curto prazo.
D) fazer especulação imobiliária em um edifício existente.
E) restaurar o seu valor inicial.
NA PRÁTICA
O projeto integrado é a prática de projetar de maneira sustentável. Esse tema é abrangente e 
orienta a tomada de decisões referentes ao consumo de energia, recursos naturais e qualidade 
ambiental.
Uma vez que cada decisão de projeto tem inúmeras consequências e não efeito isolado, o projeto 
integrado de qualidade demanda o entendimento das inter-relações de cada um dos materiais, 
sistemas e elementos espaciais.
Anderson é engenheiro e foi contratado por Juliana a fim de construir um prédio ecologicamente 
sustentável que vai ao encontro à filosofia de vida de Juliana. No entanto, ela não conhece todas 
as possibilidades que a arquitetura bioclimática tem a lhe oferecer para atingir o objetivo e o 
sonho de ter o prédio ecologicamente sustentável.
Assim, a primeira coisa que o profissional fez foi dar explicações acerca dessa possibilidade na 
primeira reunião. Veja a explicação de Anderson a Juliana.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Princípios de Engenharia Ambiental
O livro tem como foco os aspectos mais importantes da tomada de decisão em Engenharia 
Ambiental. O texto utiliza o conceito de balanço de massa como ferramenta para a solução dos 
problemas mais comuns da área. Os conteúdos relevantes da química, biologia, hidrologia, 
qualidade da água, o tratamento de efluentes domésticos e industriais, poluição 
atmosférica/sonora e gestão de resíduos sólidos urbanos são apresentados detalhadamente.
Meio ambiente e sustentabilidade
O livro trata da busca de soluções para os problemas ambientais economicamente eficientes e 
socialmente justas.
Passivhaus aplicado ao Instituto de Artes Lygia Pape
O artigo tem como objetivo estudar a aplicação do conceito passivhaus e de seus preceitos 
fundamentais no projeto arquitetônico do Instituto de Artes Lygia Pape, verificando a adaptação 
dessa norma à Zona Bioclimática Brasileira 8.
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