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Paisagismo e Conforto Ambiental

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Paisagismo e conforto ambiental
APRESENTAÇÃO
O paisagismo e o conforto ambiental estão relacionados com a sensação de bem-estar dos 
indivíduos nos espaços, internos e externos, em resposta aos estímulos presentes no ambiente. 
As estratégias para a criação de um espaço adequado às atividades humanas são muitas, dentre 
as quais destacam-se algumas técnicas de projeto paisagístico, como uso adequado da 
vegetação. Dessa forma, o tema vem ganhando maiores proporções à medida em que as cidades 
crescem e se desenvolvem.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender diferentes formas de aplicação dos 
elementos paisagísticos ambientes de pequena e média escalas. Vai reconhecerá a relação 
estabelecida entre conforto ambiental e paisagismo, além de identificar formas de empregar os 
elementos paisagístico visando a promover ambientes adequados ao uso dos indivíduos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o conforto ambiental relacionado ao paisagismo.•
Aplicar elementos paisagísticos para obter conforto ambiental em pequena e média 
escalas.
•
Empregar elementos paisagísticos como forma de promover o conforto ambiental nas 
cidades.
•
DESAFIO
Além de ser esteticamente agradável aos usuários, a vegetação pode ser utilizada como 
ferramenta de projeto para garantir condições climáticas ambientais mais confortáveis. Seu uso 
adequado permite controle de parâmetros como temperatura e umidade do ar e incidência de 
ventos.
Você é arquiteto e foi contratado para fazer o paisagismo do pátio de uma escola, localizada em 
uma cidade com clima temperado. O lote da escola se localiza em uma baixada, em que é 
possível observar fortes correntes de vento. Esse pátio recebe crianças de diversas idades e 
engloba as seguintes funções:
Dadas as informações, as funções do pátio e do clima da cidade, apresente e justifique: 
Estratégias de utilização de vegetação ou elemento paisagístico indicadas para cada um dos 
espaços apresentados no pátio (você também pode incluir elementos não vegetais que possam 
otimizar os usos do pátio).
INFOGRÁFICO
Os espaços urbanos qualificados podem trazer um sentimento de felicidade e sensação de 
relaxamento. Dessa forma, a criação de espaços com qualidade ambiental é um desafio, uma vez 
que a prancheta e os modelos computacionais não são suficientes para medir o nível de conforto. 
Para facilitar o projeto de espaços qualificados, o dinamarquês Jan Gehl estipulou 12 critérios 
para aferir a qualidade de um ambiente urbano de maneira mais sistemática. O autor atribui ao 
paisagismo a aproximação do usuário ao espaço urbano, já que o paisagismo é projetado com 
foco na escala humana.
Confira neste Infográfico os 12 critérios que podem ser aplicados em projetos paisagísticos 
urbanos, adquirindo maior qualidade no ambiente da cidades. 
CONTEÚDO DO LIVRO
O conceito de conforto ambiental compreende as condições do ambiente necessárias ao bem-
estar térmico, acústico, visual e antropométrico do homem. Tais condições estão, cada vez mais, 
sendo ameaçadas pelo crescimento e pela urbanização das cidades. O uso da vegetação, assim 
como de outros elementos paisagísticos, pode ser uma estratégia interessante para controle de 
conforto e de habitabilidade dos espaços, qualquer que seja a sua escala.
No capítulo Paisagismo e conforto ambiental, da obra Projeto de paisagismo I, você vai 
identificar o emprego dos elementos paisagísticos em espaços de pequena e média escalas e 
verificar como podem ser aplicados nas cidades. Além disso, vai analisar a relação entre o 
conforto ambiental e o paisagismo.
Boa leitura. 
PROJETO DE 
PAISAGISMO I
Anna Carolina Manfroi Galinatti
Paisagismo e conforto 
ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Relacionar o conforto ambiental ao paisagismo.
  Aplicar elementos paisagísticos para obter conforto ambiental em 
pequena e média escalas.
  Empregar elementos paisagísticos como forma de promover o con-
forto ambiental nas cidades.
Introdução
O conforto ambiental é um tema discutido dentro da disciplina de 
Arquitetura e Urbanismo há muitos séculos. Vitrúvio, em sua obra Dez 
livros sobre a arquitetura, já demonstrava preocupações com a iluminação 
natural nos ambientes, estabelecendo regras de composição e distri-
buição dos espaços, de modo a aproveitar os condicionantes naturais 
do sítio. A habitabilidade de um espaço não se resume, no entanto, à 
iluminação. O conceito de conforto abrange questões relacionadas à 
temperatura e à umidade do ar, à acústica e à estética. Uma vez que 
um projeto paisagístico é capaz de responder satisfatoriamente a tais 
questões, ele se torna um excelente aliado na criação de ambientes 
agradáveis e confortáveis.
Neste capítulo, você conhecerá a relação entre conforto ambiental e 
paisagismo, bem como identificará formas de aplicação dos elementos 
paisagísticos para obter conforto ambiental em projetos de pequena e 
média escalas. Por fim, reconhecerá o emprego dos elementos paisagís-
ticos em uma cidade, de forma a promover o conforto ambiental.
Conforto ambiental e paisagismo
A arquitetura e o paisagismo devem servir aos indivíduos, oferecendo, como 
uma de suas funções, condições térmicas compatíveis ao conforto humano no 
interior dos edifícios, quaisquer que sejam as condições climáticas externas 
(FROTA; SCHIFFER, 2001). O conceito de conforto ambiental, apesar de 
subjetivo, está relacionado à sensação de bem-estar e à resposta dos sentidos 
humanos aos estímulos externos. De forma simplifi cada, pode-se dizer que o 
conforto ambiental é a adequação das características físicas de um ambiente, 
como luz, temperatura, som e visual, às necessidades dos usuários.
O crescimento urbano, muitas vezes desordenado, tem comprometido 
o desempenho ambiental da cidade. Conforme coloca Pivetta (2010, p. 14):
O aumento da temperatura nas á reas urbanas, devido à grande impermeabilizaç ã o 
do solo com construç õ es ou com pavimentaç ã o, ao aumento da concentraç ã o de 
poluentes, aos materiais de vedaç ã o altamente refletores e absorventes, contribui 
para a formaç ã o das ilhotas té rmicas. O descaso com a vegetaç ã o també m está 
aliada a este fato, lesionadas ou até mesmo banidas, causam desequilí brio té rmico 
nas aglomeraç õ es urbanas e conseqü entemente no interior das edificaç õ es.
A crescente impermeabilização do solo urbano, com as grandes áreas 
construídas e pavimentadas, contribui para a elevação da temperatura do ar. 
Somado a isso, o escasso ou incorreto uso da vegetação causa desequilíbrio 
térmico nos ambientes externos, refletindo no desempenho das edificações.
Bueno (1998) atribui à falta de vegetação, aliada aos materiais utilizados, 
a alteração significativa do clima dos agrupamentos urbanos. Isso ocorre em 
função da incidê ncia direta da radiaç ã o solar nas construç õ es. Uma boa parte 
da radiação de onda curta absorvida acaba retornando ao exterior na forma 
de onda longa, que, devido à poluição atmosférica, dissipa-se muito pouco, 
elevando a temperatura do ar.
Quase toda a energia do planeta Terra provém da radiação solar, uma onda curta. 
A radiação que a Terra emite para o espaço, por meio da emissão dos gases atmosféricos 
e de superfícies líquidas e sólidas, é uma onda longa. A radiação que um corpo emite 
tem comprimento de onda inversamente proporcional à sua temperatura; é por isso 
que a radiação emitida pelos materiais sobre a Terra tem comprimento de onda maior, 
se comparado ao comprimento de onda da radiação emitida pelo Sol. 
Paisagismo e conforto ambiental2
O projeto paisagístico, ao definir o uso de vegetações e de pisos perme-
áveis, é uma estratégia muito interessante para o controle da temperatura 
ambiente. Por meio dos processos biológicos de fotossíntese e transpiração, 
as plantas absorvem a radiação solar emitida. Um superfície vegetada, quandoexposta ao sol, consome parte do calor recebido, para que seja possível fazer 
a fotossíntese (Figura 1). O calor que não é consumido para essa finalidade é 
absorvido para realizar a evapotranspiração (evaporação da água), processo 
que gera um microclima mais ameno no ambiente.
Figura 1. Processo de fotossíntese. 
Fonte: sumstock/Shutterstock.com.
Além dos processos naturais pelos quais as plantas passam, sua disposição, 
tamanho e geometria também podem ser utilizados como estratégias de projeto 
para reduzir o uso de recursos artificiais de climatização. Sua capacidade de 
bloqueio físico da incidência solar em uma fachada, por exemplo, pode ser 
um recurso eficiente para minimizar o efeito da radiação na edificação. São 
inúmeros os benefícios da vegetação para o conforto ambiental. De acordo 
com Pivetta (2010 apud ALVES et al., 2016, documento on-line):
3Paisagismo e conforto ambiental
As á rvores, por suas caracterí sticas naturais, proporcionam inú meras vantagens 
ao homem nas á reas urbanas, como; bem-estar psicoló gico, efeito esté tico, 
sombra, protegem e direcionam o vento, amortecem o som, reduzem impacto 
da á gua de chuva, auxiliam na diminuiç ã o da temperatura, refrescam o am-
biente pela grande quantidade de á gua transpirada pelas folhas, melhoram a 
qualidade do ar, preservam a fauna silvestre.
Conforto ambiental por meio do paisagismo 
em pequena e média escalas
Em pequena e média escalas, a radiação solar pode ser interceptada pelos 
elementos vegetais e topográfi cos do local. Ao contrário dos elementos que 
simplesmente bloqueiam a radiação solar, o uso da vegetação pode, ao mesmo 
tempo, permitir e bloquear essa passagem. Isso é possível por meio do uso 
de árvores com folhas caducas, que permitem a incidência solar no inverno 
e a bloqueiam no verão, sendo possível interceptar até 90% da radiação 
(Figura 2) (PIVETTA, 2010).
Figura 2. As árvores exercem múltiplas funções no paisagismo. Filtrar ou 
bloquear a incidência solar e gerar áreas de sombreamento são algumas delas.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (1997, p. 282).
A influência da vegetação em um espaço envolve, além da diminuição da 
temperatura, o aumento da umidade relativa do ar, o suprimento de ar fresco, 
a filtragem do ar, a absorção de ruídos e a produção de oxigênio.
Além da incidência solar, outro aspecto importante do conforto de um 
ambiente pode ser controlado com o uso de elementos vegetais: a incidência 
Paisagismo e conforto ambiental4
de ventos (Figura 3). Uma massa vegetada, se disposta na direção dos ventos 
predominantes de inverno, por exemplo, pode funcionar como barreira física, 
reduzindo perdas de calor por infiltração (Figura 4).
Figura 3. Conforme a disposição da vegetação em relação à edificação, os 
ventos podem ser absorvidos, bloqueados ou direcionados.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (1997, p. 182).
Figura 4. Barreira vegetal influenciando nas perdas de calor.
Fonte: Lamberts, Dutra e Pereira (1997, p. 180). 
5Paisagismo e conforto ambiental
A escolha da vegetação em um projeto não deve ser feita de modo aleatório. 
Deve-se fazer uma análise das condições naturais do local, como topografia e 
clima. A partir disso, traçam-se estratégias para amenizar possíveis condições 
extremas, como calor, frio, ventos, entre outras.
É natural que, com tantas espécies de árvores, cada uma possua caracterís-
ticas físicas próprias. Uma variável importante a ser analisada é a forma das 
copas, que proporcionam geometrias de sombra diferentes. Segundo Pivetta 
(2010), o porte e a forma de uma árvore afetam diretamente a área coberta por 
sua sombra; árvores de forma esférica lançam amplas sombras, ideais para 
o controle solar, ao contrário de árvores altas e estreitas, que têm sombras 
reduzidas, devido ao seu porte (Figura 5).
Figura 5. Formas diferentes de árvores.
Fonte: Parrot Ivan/Shutterstock.com.
O desenho da paisagem e da vegetação contribui para a eficiência energética 
dos espaços construídos. Uma vez que a as plantas externas podem afetar a 
exposição ao sol e ao vento, as condições de conforto no interior melhoram, 
Paisagismo e conforto ambiental6
e o uso da energia diminui. Um projeto paisagístico eficiente baseia-se no 
sol e no vento, as duas maiores forças que influenciam o funcionamento do 
edifício (PIVETTA, 2010).
Recomenda-se o uso de plantas nativas, visto que, dessa forma, os gastos com 
manutenção são menores e há garantia de desenvolvimento da espécie vegetal. 
A seleção de uma espécie ideal para sombreamento dependerá da orientação 
do que se deseja sombrear, da direção do vento dominante, do tipo de solo, da 
topografia, do espaço disponível no lote e do clima da região. 
Para cumprir com o microclima de um espaço, a massa vegetada deve representar, 
no mínimo, 30% da superfície construída.
Conforto ambiental nas cidades
As cidades são ambientes construídos que podem apresentar vegetação primi-
tiva de suas áreas naturais ou espécies que foram implantadas posteriormente. 
As áreas verdes, principalmente as árvores, oferecem diversos benefícios nos 
centros urbanos. Dentre eles, pode-se citar o benefício estético, ecológico e 
social (ALVES et al., 2016).
No benefício estético, considera-se que a vegetação é responsável por 
adicionar cor aos cenários urbanos, além de fornecer a identidade local e a 
dinâmica da paisagem. Sob o ponto de vista ecológico, a vegetação melhora 
as condições do solo da cidade e de sua drenagem, além de auxiliar na 
redução da poluição atmosférica e oferecer estabilidade microclimática. 
A vegetação também equilibra os ecossistemas, trazendo maior diversidade 
de fauna para o meio urbano. Socialmente, oferece mais opções de lazer 
e recreação para seus habitantes.
Dentre esses fatores, o que exerce maior impacto é o ecológico. Há diversas 
condições que podem colaborar com o conforto ambiental nas cidades, 
como o material utilizado nas edificações, a relação entre espaços abertos 
e construídos e os elementos vegetais. A vegetação pode auxiliar muito 
7Paisagismo e conforto ambiental
na atenuação da temperatura, tanto na pequena como na média escala da 
cidade. Pivetta (2010) coloca que a árvore, além ser a forma vegetal mais 
característica da paisagem urbana, fomenta um microclima mais confor-
tável, tanto dentro das construções quanto no espaço aberto. Para que o 
potencial da vegetação seja otimizado, as espécies não devem ser escolhidas 
aleatoriamente, e sim levando-se em consideração o porte, que deve ser 
proporcional à área que se deseja sombrear, bem como as correntes de ar 
no ambiente.
Em climas tropicais, o sombreamento é um elemento fundamental para 
a obtenção de conforto nos espaços abertos. A copa das árvores exerce a 
função de obstruir a radiação solar direta, difusa, refletida e de onda larga 
(PIVETTA, 2010), em maior ou menor porcentagem. Além do sombreamento, 
que reduz a temperatura dos objetos sombreados, a evapotranspiração na 
superfície da folha resfria o ar adjacente.
Você sabia que uma árvore pode transpirar até 380 litros de água por dia? Isso equivale 
ao resfriamento de cerca de 20 horas de funcionamento de cinco aparelhos de ar-
-condicionado de médio porte (GREY; DENEKE, 1986 apud ALVES et al., 2016).
Na hora de definir as espécies de árvores, é preciso levar em conside-
ração, juntamente com os objetivos que se precisa alcançar, alguns outros 
critérios, de forma que a árvore se implante sem prejuízo ao sistema urbano. 
O tamanho das raízes, por exemplo, é um fator importante, pois não deve 
prejudicar ruas, passeios públicos e fundações; o porte e a altura da árvore 
adulta precisam ser previstos, a fim de preservar a rede elétrica, a segurança 
e o bem-estar. É preciso decidir, também, entre árvores de folhas decíduas ou 
não. Em regiões frias, esse tipo de vegetação é bem-vinda, pois, nos períodos 
mais frios do ano, as árvores de folhas caducas permitem a passagem de luz 
solar, auxiliando no aquecimento dos ambientes (Figura 6). O correto uso 
de vegetaçãoem áreas urbanas pode, sim, reduzir o consumo de energia, 
transformando-se em gerador de economia. Em locais com alta taxa de 
utilização de combustíveis fósseis, a vegetação também é responsável pela 
promoção de sustentabilidade.
Paisagismo e conforto ambiental8
Figura 6. Árvores decíduas permitem a passagem de sol em parques urbanos, 
gerando mais conforto para os usuários.
Fonte: saulpaz/Shutterstock.com.
Por fim, a presença de vegetação indica uma cidade viva, que oferece qua-
lidade de vida para seus habitantes, oportunizando convívio social e educação 
ambiental melhores, além de bloquear a incidê ncia dos raios solares nas á reas 
pavimentadas e construí das como estraté gia para o controle da temperatura 
nos centros urbanizados.
9Paisagismo e conforto ambiental
FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto té rmico: arquitetura, urbanismo. 5. ed. 
Sã o Paulo: Studio Nobel, 2001.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiê ncia energé tica na arquitetura. Sã o Paulo: 
PW, 1997.
PIVETTA, J. Influê ncia de elementos paisagí sticos no desempenho té rmico de edificaç ã o 
té rrea. 2010. Dissertaç ã o (Mestrado em Engenharia de Edificaç õ es e Saneamento) − 
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2010.
Leituras recomendadas
BUENO, C. L. A influê ncia da vegetaç ã o no conforto té rmico urbano e no ambiente 
construí do. 2003. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia 
Civil, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
SATTLER, M. A. Mediç õ es de campo da transmissã o da radiaç ã o solar atravé s de á rvores. 
In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO TÉ RMICO NO AMBIENTE CONSTRUÍ DO, 1., 
1992, Gramado. Anais [...]. Porto Alegre: Associaç ã o Nacional de Tecnologia no Ambiente 
Construí do, 1992.
SATTLER, M. A.; SHARPLES, S.; PAGE, J. K. The geometry of the shading of buildings by 
various tree shapes. Solar Energy, [s. l.], v. 38, n. 3, p. 187–201, 1987.
Paisagismo e conforto ambiental10
DICA DO PROFESSOR
O projeto paisagístico tem diversas funções. Dentre elas, podemos citar a função estética, a 
oportunidade de usos diferenciados e a promoção do conforto ambiental. Dessa forma, em um 
projeto de paisagismo, uma série de conhecimentos são aplicados na busca das melhores 
soluções para essas funções. 
Veja, na Dica do Professor, como um projeto paisagístico multidisciplinar pode colaborar para o 
conforto de uma residência. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Considere as seguintes assertivas sobre o conforto ambiental relacionado ao 
paisagismo:
I – A preocupação com o conforto ambiental das edificações remonta à Antiguidade e 
aos primeiros tratados sobre Arquitetura.
II – Conforto ambiental é um conceito associado à habitabilidade das edificações, 
contemplando a iluminação, redução da emissão de gases poluentes e conforto 
acústico.
III – Conforto ambiental contempla elementos de ordem subjetiva, como adequação 
estética dos espaços.
Quais estão corretas?
A) Somente I.
B) Somente II.
C) Somente II e III.
D) Somente I e II.
E) Somente I e III.
2) Questões relacionadas ao conforto ambiental nas cidades têm sido cada vez mais 
discutidas na sociedade. Assinale como verdadeira (V) ou falsa (F) as afirmações a 
seguir:
( ) A urbanização das cidades não tem relação com o aumento da temperatura do ar.
( ) A impermeabilização do solo contribui para as elevações térmicas.
( ) O uso da vegetação serve tanto para renovação do ar quanto para controle da 
incidência solar.
( ) A geometria da vegetação não influencia no comportamento térmico dos espaços.
Qual das alternativas mostra a sequência correta?
A) F - V - V - F.
B) F - F - V - F.
C) V - F - V - V.
D) F - V - F - F.
E) V - V - F - V.
Além de elemento de composição estética do projeto de paisagismo, a vegetação pode 
ser utilizada como elemento estratégico para resolver questões de Conforto 
3) 
Ambiental. Assinale com V ou F se as assertivas a seguir são verdadeiras ou falsas, 
respectivamente:
( ) É possível perceber a influência da vegetação no aumento da umidade relativa do 
ar.
( ) A vegetação pode ter função protetiva, impedindo a incidência de ventos 
diretamente na edificação.
( ) As características formais das espécies vegetais extrapolam preocupações de 
ordem estética e devem ser avaliadas tendo em vista o papel que se espera que a 
vegetação desempenhe no projeto.
( ) Características próprias das espécies vegetais devem ser consideradas 
conjuntamente com fatores relacionados, porém externos, como a incidência de luz 
solar nas diferentes estações do ano. 
A) V - F - V - F.
B) F - V - F - V.
C) V - V - F - F.
D) F - F - F - F.
E) V - V - V - V.
4) Diversos são os fatores que podem influenciar o conforto ambiental. Um deles é o 
paisagismo, que pode oferecer grandes potencialidades ao ambiente interno. Dentro 
dos fatores que podem ser melhorados com estratégias paisagísticas, a que se refere a 
perda de calor por infiltração e como é possível amenizá-la?
A) Perda de calor por infiltração se refere à ventilação cruzada; pode ser amenizada com o 
plantio de árvores de copa alta.
B) Perda de calor por infiltração se refere à redução da temperatura interna em função da 
entrada de vento; pode ser amenizada com o plantio de massa vegetada na direção dos 
principais ventos.
C) Perda de calor por infiltração se refere à redução da temperatura interna em função da 
entrada de vento; pode ser amenizada com o plantio de árvores de copa alta.
D) Perda de calor por infiltração diz respeito à permeabilidade do solo; pode ser amenizada 
com a pavimentação dos jardins.
E) Perda de calor por infiltração se refere à ventilação cruzada; pode ser amenizada com o 
plantio de massa vegetada na orientação dos principais ventos.
5) Considerando que as cidades são ambientes artificiais nos quais a vegetação pode 
estar presente de maneira originária ou ter sido inserida posteriormente, relacione os 
benefícios trazidos pelo uso de elementos naturais no espaço urbano com as 
afirmativas a seguir:
I – A vegetação é um dos elementos com maior potencial para a criação de cenários 
urbanos e espaços de descompressão diante do ambiente artificial construído pelo 
homem.
II – Uma das preocupações associadas ao planejamento das cidades é a sua eficiência 
em termos de infraestrutura; é possível citar a drenagem urbana como questão 
relevante para gestores municipais.
III – Ambientes com elementos naturais são pontos naturais de agregação de pessoas 
nos espaços urbanos.
( ) Benefício estético
( ) Benefício ecológico
( ) Benefício social
A ordem correta de associação é a seguinte:
A) III - I - II.
B) I - III - II.
C) II - I - III.
D) III - II - I.
E) I - II - III.
NA PRÁTICA
Os elementos de um projeto paisagístico podem ser combinados de forma a trabalhar em 
conjunto. Tal estratégia pode ser útil quando há necessidade de resolver um problema ambiental 
específico do espaço de intervenção, como ocorre no Paley Park, em Nova Iorque.
Confira as estratégias adotadas no pocket park urbano, cujo projeto de arquitetura e paisagismo 
deveria garantir conforto acústico aos usuários, mesmo em meio à movimentada cidade.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O que são árvores de folha caduca?
O uso de vegetação caduca pode ser uma boa estratégia de controle da incidência solar. O vídeo 
ilustra de maneira simples esse tipo de vegetação.
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Arquitetura e paisagismo vertical
A vegetação está, cada dia mais, sendo incorporada nos projetos de Arquitetura. Além dos 
benefícios estéticos, seu uso garante melhores condições ambientais e de habitabilidade. Saiba 
mais sobre esse assunto neste artigo.
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Árvores conseguem absorver mais da metade da poluição do ar
Você sabia que as árvores podemabsorver até 50% da poluição atmosférica? Entenda mais 
lendo este artigo.
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