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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Prof. Liur Jorge Cusinato (2004) . SUMÁRIO 1. PROJETO ELÉTRICO...........................................................................................................1 1.1. ESQUEMA ELÉTRICO .......................................................................................................1 1.2. SIMBOLOGIA .....................................................................................................................1 1.3. ACIONAMENTO DE LÂMPADAS INCANDESCENTES ATRAVÉS DE UM INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO (SIMPLES) ............................................................5 1.4. ACIONAMENTO DE LÂMPADAS I NCANDESCENTES ATRAVÉS DE UM INTERRUPTOR DE DUAS SEÇÕES (DUPLO) ..........................................................5 1.5. ACIONAMENTO DE TRÊS LÂMPADAS INCANDESCENTES ATRAVÉS DE UM INTERRUPTOR DE TRÊS SEÇÕES (TRIPLO) E INSTALAÇÃO DE UMA TOMADA MONOFÁSICA COM CONDUTOR DE PROTEÇÃO A TERRA (PE).................6 1.6. ACIONAMENTO DE LÂMPADAS INCANDESCENTES ATRAVÉS DE DOIS INTERRUPTORES PARALELOS (HOTEL) .............................................................6 1.7. ACIONAMENTO DE LÂMPADAS INCANDESCENTES ATRAVÉS DE TRÊS INTERRUPTORES SENDO DOIS PARALELOS ( TIPO HOTEL ) E UM INTERMEDIÁRIO (TIPO CRUZ) .........................................................................7 1.8. ACIONAMENTO DE UMA CAMPAINHA ATRAVÉS DE INTERRUPTOR DE PRESSÃO (BOTÃO DE CAMPAINHA) ................................................................................................7 1.9. EXERCICÍOS DE ESQUEMAS ELÉTRICOS ...................................................................8 1.10. EXERCICÍOS DE ESQUEMAS ELÉTRICOS .................................................................9 1.11. EXERCICÍOS DE ESQUEMAS ELÉTRICOS ...............................................................10 1.12. EXERCICÍOS DE ESQUEMAS ELÉTRICOS ...............................................................11 2. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM BAIXA TENSÃO ...........................12 2.1. FORNECIMENTO MONOFÁSICO (TIPO A) ....................................................................12 2.2. FORNECIMENTO BIFÁSICO (TIPO B) ............................................................................12 2.3. FORNECIMENTO TRIFÁSICO (TIPO C)..........................................................................13 3. CONDUTORES ELÉTRICOS.............................................................................................14 3.1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................14 3.2. TIPOS DE CONDUTORES ..............................................................................................14 3.3. DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DOS CONDUTORES ...............................................14 4. ELETRODUTOS...................................................................................................................18 5. CÁLCULO DA DEMANDA .................................................................................................19 5.1. MÉTODO DE CÁLCULO ...............................................................................................19 5.2. PREVISÃO DE CARGA.................................................................................................20 5.3. MÉTODO DE CÁLCULO PARA PRÉDIOS DE MÚLTIPLAS UNIDADES....................20 5.4. CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ...........................................................................20 5.5. EXEMPLOS DE CÁLCULOS DE DEMANDA ..............................................................20 6. NORMAS, REGULAMENTOS E RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA INICIAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO PREDIAL DOMICILIAR....................................................29 6.1. TIPO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ................................................29 6.2. CONDUTORES DO RAMAL DE ALIMENTAÇÃO ........................................................29 6.3. DIVISÃO DOS CIRCUITOS TERMINAIS......................................................................29 6.4. CARGA OU POTÊNCIA MÍNIMA DE ILUMINAÇÃO....................................................30 6.5. NÚMERO MÍNIMO DE TOMADAS DE USO GERAL ..................................................30 6.6. CARGA OU POTÊNCIA PARAS AS TOMADAS DE USO GERAL .............................31 6.7. CARGA OU POTÊNCIA DAS TOMADAS DE USO INDEPENDENTE OU INDIVIDUAL .................................................................................................................31 6.8. SEÇÕES DOS CONDUTORES ....................................................................................31 6.9. NÚMERO MÍNIMO DE PONTOS TELEFÔNICOS NAS RESIDÊNCIAS......................31 6.10. OBSERVAÇÕES QUE NORMALMENTE ACOMPANHAM O PROJETO..................31 6.11. ITENS QUE NORMALMENTE ACOMPANHAM UM PROJETO ELÉTRICO ........31 6.12. TABELA COM POTÊNCIAS APROXIMANDAS DOS EQUIPAMENTOS MAIS COMUMENTE UTILIZADOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DOMICILIARES.. .32 6.13. LOCALIZAÇÃO DO MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA PARA PRÉDIO INDIVIDUAL .................................................................................................................32 6.14. SISTEMA DE ATERRAMENTO ..................................................................................33 6.15. CONDUTOR DE PROTEÇÃO.....................................................................................33 6.16. CORES DOS CONDUTORES ....................................................................................33 6.17. EXEMPLO DE MEMORIAL DESCRITIVO ..................................................................33 6.18. EXEMPLO DE QUADRO DE CARGAS ......................................................................35 6.19.TIPOS DE CAIXAS PARA UNIDADES CONSUMIDORAS INDIVIDUAIS...................36 6.20. COMPONENTES DA ENTRADA DE ENERGIA .........................................................37 6.21. ALTURAS MÍNIMAS DO RAMAL DE LIGAÇÃO AO SOLO .......................................38 6.22. ENTRADA DE ENERGIA COM MEDIÇÃO INSTALADA EM MURO OU MURETA LATERAL, COM POSTE PARTICULAR ......................................................................39 6.23. ENTRADA DE ENERGIA COM MEDIÇÃO INSTALADA EM MURO OU MURETA FRONTAL, COM POSTE PARTICULAR .....................................................................40 6.24. ENTRADA DE ENERGIA COM MEDIÇÃO INDEPENDENTE DA ÁREA, COM POSTE PARTICULAR..................................................................................................42 6.25. ENTRADA DE ENERGIA COM RAMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO.................44 6.26. EXEMPLO DE DETALHE DE ENTRADA DE ENERGIA ELÉTRICA, TELEFONE E TV A CABO DE UMA RESIDÊNCIA COM POSTE PARTICULAR ..........................45 7. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ALTA TENSÃO .............................47 7.1. PREVISÃO DE SUBESTAÇÃO.....................................................................................47 7.2. LOCALIZAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES EM EDIFÍCIOS DE USO COLETIVO .............47 7.3. DIMENSÕES MÍNIMAS INTERNAS DAS SUBESTAÇÕES.........................................47 7.4. DIAGRAMA TÍPICO DE FORNECIMENTO EM TENSÃO PRIMÁRIA ........................48 7.5. EXEMPLO DE SUBESTAÇÃO ABRIGADA PARA EDIFÍCIO DE USO COLETIVO COM DEMANDA CALCULADA ATÉ 500 KVA ...........................................................49 8. FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA PRÉDIOS COLETIVOS ...............................50 8.1. CAIXAS PARA AGRUPAMENTO DE MEDIDORESPERTENCENTES A PRÉDIOS DE MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMUDORAS COM UM CENTRO DE MEDIÇÃO ....................................................................................................................50 8.2. PAINEL PARA AGRUPAMENTO DE MEDIDORES OCUPANDO DUAS PAREDES ( PRÉDIO RESIDENCIAL)............................................................................................51 8.3. PAINEL PARA AGRUPAMENTO DE MEDIDORES OCUPANDO DUAS PAREDES ( PRÉDIO COMERCIAL) .............................................................................................52 8.4. PAINEL PARA AGRUPAMENTO DE MEDIDORES OCUPANDO TRÊS PAREDES ( PRÉDIO RESIDENCIAL) ...........................................................................................53 8.5. PAINEL PARA AGRUPAMENTO DE MEDIDORES OCUPANDO TRÊS PAREDES ( PRÉDIO COMERCIAL) ..............................................................................................54 9. EXEMPLO DE DIAGRAMA UNIFILAR OU COLUNA MONTANTE DE UM EDIFÍCIO DE USO COLETIVO COM UM CENTRO DE MEDIÇÃO ................................55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................56 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Liur Jorge Cusinato* 1. PROJETO ELÉTRICO É a representação de uma instalação, com todos os seus detalhes, localização dos pontos de luz, comandos, tomadas de energia, centro de distribuição, medidor de energia, trajeto dos condutores, divisão dos circuitos, seção dos condutores, diâmetro dos eletrodutos, relação dos materiais, orçamento, etc. 1.1. Esquema elétrico É a representação gráfica de uma instalação elétrica, ou parte dela, por meio de símbolos gráficos. Existem diversos tipos de esquemas elétricos, porém, em nossos estudos adotaremos somente os dois tipos seguintes: • Esquema elétrico explicativo desenvolvido - Apresenta o funcionamento do circuito elétrico com clareza e simplicidade utilizando a simbologia completa. Os condutores elétricos são representados por meio de retas sem inclinação na horizontal ou vertical. Este esquema não se preocupa com a posição física dos componentes da instalação. • Esquema elétrico unifilar - Este tipo de esquema é utilizado nos projetos elétricos. O esquema unifilar utiliza a simbologia simplificada e não representa com clareza o funcionamento dos circuitos. Neste esquema cada traço representa um eletroduto que pelo interior do mesmo podem passar diversos condutores. Os diferentes componentes da instalação são representados na sua verdadeira posição física. 1.2. Simbologia Para a execução de um projeto elétrico é necessário adotar uma simbologia que represente os diversos materiais e equipamentos utilizados. Por se tratar de uma forma de linguagem a simbologia deve ser exata, clara e de fácil interpretação. Existem diversas normas estrangeiras e nacionais que apresentam os símbolos gráficos adotados em projetos elétricos. O leitor encontrará na ABNT normas relacionadas com a simbologia de projetos elétricos prediais, entre as quais: • NBR-5444/86 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais. • NBR-5446/80 - Símbolos gráficos de relacionamento usados na confecção de esquemas. • NBR-5453/77 - Sinais e símbolos para eletricidade. Nesta disciplina serão desenvolvidos projetos elétricos, utilizando a simbologia usual regional, por já ser consagrada pelo uso em nossa região. * Mestre em Engenharia, Professor dos Cursos de Engenharia Elétrica, Arquitetura, Engenharia Mecânica, Engenharia Civil eEngenharia de Produção da UNISINOS. 2 Tabela 1. Símbolos e convenções de instalações elétricas prediais. Representação gráficaItem N° Descrição Altura (m) Caixa (mm) simplificada Completa 1 Ponto de luz incandescente no teto Pé direito 100x100 octogonal 2 Ponto de luz fluorescente no teto Pé direito 100x100 octogonal - 3 Ponto de luz na parede 2,00 50x50 4 Ponto de luz na parede com comando local 2,00 1,20 50x50 100x50 - 5 Interruptor simples 1,20 100x50 6 Interruptor duplo 1,20 100x50 7 Interruptor triplo 1,20 100x50 8 Interruptor paralelo ( Hotel ) 1,20 100x50 9 Interruptor intermediário (Cruz ) 1,20 100x50 10 Interruptor duplo com dois paralelos 1,20 100x50 11 Interruptor duplo com um simples e um paralelo 1,20 100x50 12 Interruptor triplo com dois simples e um paralelo 1,20 100x50 13 Interruptor triplo com dois paralelos e um simples 1,20 100x50 14 Interruptor triplo paralelo (hotel) 1,20 100x50 15 Interruptor dimmer (com ajuste da luz) 1,20 100x50 - 16 Interruptor com sensor de presença 1,20 100x50 - 3 Representação gráficaItem N° Descrição Altura (m) Caixa (mm) simplificada Completa 17 Interruptor ou relé fotoelétrico (fotocélula) 2,50 100x50 - 18 Interruptor sensistron (com ajuste da luz) 1,20 100x50 - 19 Botão de campainha 1,20 100x50 20 Campainha 2,20 100x50 21 Tomada alta 1,20 100x50 22 Tomada baixa 0,30 100x50 23 Tomada dupla alta 1,20 100x50 24 Tomada dupla baixa 0,30 100x50 25 Tomada alta seguida de tomada baixa a -1,20 b - 0,30 100x50 100x50 - 26 Tomada especial (com 1500 W ou mais) a - 0,30 b -1,20 c -1,80 100x50 27 Tomada de piso - 100x50 28 Tomada de piso especial (com 1500 W ou mais) - 100x50 29 Espera ou tomada baixa de telefone 0,30 100x100 quadrada - 30 Espera ou tomada alta de telefone 1,20 100x100 quadrada - 31 Espera de interfone (porteiro eletrônico) 1,20 100x100 quadrada - 32 Espera alta de antena externa deTV/TV a cabo 1,20 100x100 quadrada - 4 Representação gráficaItem N° Descrição Altura (m) Caixa (mm) simplificada Completa 33 Espera baixa de antena externa de TV/TV a cabo 0,30 100x100 - 34 Chuveiro elétrico 2,20 100x50 - 35 Centro de distribuição 1,20 da parte inferior da caixa - - 36 Caixa do medidor 1,60 +15 da parte superior da caixa - - 37 Tubulação elétrica embutida em parede ou teto - - - 38 Eletroduto ou tubulação que desce - - - 39 Eletroduto ou tubulação que sobe - - - 40 Tubulação elétrica embutida no piso - - - 41 Tubulação telefônica - - - 42 Tubulação de antena externa de TV/TV a cabo - - - 43 Condutores: neutro, fase, retorno, retorno de campainha e proteção a terra (PE). - - - 44 Haste de aterramento com condutor de proteção a terra (PE) - - - 45 Haste de aterramento com condutor terra (neutro) - - - 46 Haste de aterramento com condutor neutro (terra) e condutor de proteção a terra(PE) - - - 5 1.3. Acionamento de lâmpadas incandescentes através de um interruptor de uma seção (simples). Esquema elétrico explicativo desenvolvido Esquema elétrico simplificado ou unifilar 1.4. Acionamento de lâmpadas incandescentes através de um interruptor de duas seções (duplo). Esquema elétrico explicativo desenvolvido Esquema elétrico simplificado ou unifilar 6 1.5. Acionamento de três lâmpadas incandescentes através de um interruptor de três seções (triplo), e instalação de uma tomada monofásica com condutor de proteção a terra (PE). Esquema elétrico explicativo desenvolvido e simplificado 1.6. Acionamento de lâmpadas incandescentes através de dois interruptores paralelos (hotel). Esquema elétrico explicativo desenvolvido Esquema elétrico simplificado ou unifilar 7 1.7. Acionamento de lâmpadas incandescentes através de três interruptores sendo dois paralelos (tipo hotel) e um intermediário (tipo cruz). Esquema elétrico explicativodesenvolvido Esquema elétrico simplificado ou unifilar 1.8. Acionamento de uma campainha através de um interruptor de pressão (botão de campainha). Esquema elétrico explicativo desenvolvido e simplificado 8 1.9. Complete os esquemas elétricos simplificados a seguir: Observação: Inicialmente execute no verso da f referentes aos esquemas simplificados. olha os e quemas elétricos explicativos desenvolvidos s 9 1.10. Complete os esquemas elétricos simplificados a seguir: Observação: Inicialmente execute no verso da folha os referentes aos esquemas simplificados. esquemas elétricos explicativos desenvolvidos 10 1.11. Complete os circuitos elétricos da planta baixa a seguir: Complete o quadro de cargas da instalação elétrica acima: Circ. No Iluminação (W) Tomadas coletivas (W) Tomadas especiais (W) Potência total (W) Condutor (mm2) Disjuntor (A) Distribuição das fases (R, S e T) Potência total instalada (W) 11 1.12 .Complete os circuitos elétricos da planta baixa a seguir: Complete o quadro de cargas da instalação elétrica acima: Circ. No Iluminação (W) Tomadas coletivas (W) Tomadas especiais (W) Chuveiro elétrico (W) Potência total (W) Condutor (mm2) Disjuntor (A) Distribuição das fases (R, S e T) Potência total instalada (W) 12 2. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM BAIXA TENSÃO (B. T.) 2.1. Fornecimento monofásico (tipo A) A1→ 127 V → C ≤ 10 KW A2→ 220 V → C ≤ 15kW C = carga instalada = somatório das potências individuais dos equipamentos Taxa mínima mensal = 30 kWh I cond. aliment. (A) ϕcos).( )( VUf WPtotal= Uf = 127 V Porto Alegre, Canoas, etc. Uf = 220 V grande parte do interior do RGS . 2.2. Fornecimento bifásico (tipo B) B1→ 220/127 V → C ≤ 15 KW B2→ 380/220 V → C ≤ 25 KW Taxa mínima mensal = 50 kWh I cond. aliment. (A) ϕcos).(2 )( VUf WPtotal= Exemplos: Porto Alegre Uf = 127 V Interior Uf = 220 V U = 220 V U = 380 V 13 2.3. Fornecimento trifásico (tipo C) C1 até C12 → 220/127V → C ≤ 75 KW C13 até C20 → 380/220V → C ≤ 75 KW Taxa mínima mensal = 100 kWh I cond. aliment.(A) ϕcos).(3 )( VUf WPdemandada= Observação: A potência demandada deve ser calculada conforme RIC (2002). Exemplos: Porto Alegre Uf = 127 V Interior Uf = 220 V U = 220 V U = 380 V 14 3. CONDUTORES ELÉTRICOS 3.1. Introdução Condutor elétrico é todo material que possui a propriedade de transportar energia elétrica ou transmitir sinais elétricos. Na fabricação de condutores elétricos o cobre e o alumínio são os metais mais utilizados, devido as suas excelentes propriedades elétricas e mecânicas, bem como o seu baixo custo. Nas instalações elétricas prediais domiciliares só podem ser empregados condutores de cobre, com exceção dos condutores do ramal de ligação que poderão ser de alumínio. Nas instalações elétricas prediais comerciais é permitido o emprego de condutores de alumínio com seção igual ou superior a 50 mm2 , desde que a instalação e manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas. Em instalações elétricas industriais podem ser utilizados condutores de alumínio, desde que a instalação seja alimentada por subestação própria, que a seção nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2 e que a instalação e manutenção sejam realizadas por pessoas qualificadas. 3.2. Tipos de condutores Devido a grande diversidade de utilização, os condutores elétricos são fabricados em diversos tipos, cuja finalidade é atender com eficiência as mais variadas aplicações. Por serem mais utilizados em instalações elétricas prediais, abordaremos, neste estudo, os condutores para baixa tensão, mais freqüentemente fabricados para tensões de 750 volts. Em geral, os fios e cabos são designados em termos do seu comportamento quando submetidos à ação do fogo, isto é, em função do material de sua isolação e cobertura. No ramal de entrada (condutores compreendidos entre o ponto de entrega e a medição) são utilizados fios e cabos rígidos (sólidos) de cobre com isolação de um composto termoplástico de cloreto de polivinila (PVC) de especiais características não propagantes ao fogo (antichama), conforme tabela 4 e 5. No ramal alimentador (condutores compreendidos entre o medidor e o centro de distribuição) e nos ramais parciais (condutores compreendidos entre o centro de distribuição e os equipamentos) são utilizados os mesmos tipos de fios e cabos do ramal de entrada. No ramal de ligação (condutores compreendidos entre o ponto de derivação da rede da concessionária e o ponto de entrega) são utilizados cabos rígidos (sólidos) de alumínio do tipo multiplex. 3.3.Dimensionamento da seção dos condutores Numa instalação elétrica predial um condutor e sua respectiva proteção mal dimensionados representam um elevado risco de incêndio para o patrimônio, além de implicar o funcionamento inadequado dos equipamentos. O dimensionamento do condutor é um procedimento para verificar a seção mínima mais adequada para satisfazer, simultaneamente, aos três critérios seguintes: • Capacidade de condução de corrente. Após o cálculo da intensidade de corrente elétrica do circuito, procede-se o dimensionamento do condutor capaz de permitir, sem excessivo aquecimento, a passagem da corrente elétrica. Numa instalação elétrica, é necessário definir a maneira como os condutores serão instalados ( ao ar livre, em eletrodutos aparentes ou embutidos, em canaletas, subterrâneos, etc.). A maneira de instalar e a temperatura ambiente exercem influência na capacidade de troca térmica entre os condutores e o ambiente, e em conseqüência, na capacidade ou limite de condução de corrente dos mesmos. O valor da temperatura ambiente a utilizar é a temperatura do meio circundante quando o condutor 15 considerado não estiver conduzindo corrente. Entende-se por temperatura ambiente aquela do meio onde o cabo esta instalado. Normalmente, é considerada a temperatura média máxima, do dia mais quente do ano. • Limite de queda de tensão. Neste critério de dimensionamento a seção do condutor deve ser escolhida para proporcionar uma queda de tensão igual ou inferior a queda de tensão predeterminada, de acordo com a NBR 5410 (1997). O valor da tensão de uma instalação não é o mesmo ao longo de toda instalação. O que ocorre é uma queda de tensão produzida pela passagem da corrente elétrica em todos elementos do circuito ( condutores, interruptores, disjuntores, fusíveis, emendas, etc.). Esta queda de tensão faz com que os equipamentos recebam entre os seus terminais de ligação um valor de tensão inferior aos valores nominais, prejudicando o seu funcionamento. A queda de tensão nas instalações elétricas produz efeitos que poderão levar os equipamentos, desde a redução da vida útil até a sua queima. A queda de tensão entre a origem da instalação (medidor) e qualquer ponto de utilização não deve ser superior aos valores indicados pela NBR 5410 ( 1997), conforme tabela a seguir: Tabela 2. Limites de queda de tensão. Instalações Iluminação Outros usos A- Alimentadas diretamente por um ramal de baixa tensão, a partir de uma rede de distribuição pública de baixa tensão. 4% 4% B- Alimentadas diretamente por subestação de transformação, a partir de uma instalação de alta tensão 7% 7% C- Que possui fonte própria 7% 7% Notas: 1. Nos casos B e C as quedas de tensão nos circuitos terminais não devem ser superiores aos valores indicados em A. 2. Para o cálculo da queda de tensão em um circuito, deve ser utilizada acorrente de projeto do circuito. • Capacidade de condução de corrente de curto-circuito e de sobrecarga por tempo limitado. Durante a elaboração do dimensionamento, os condutores são dimensionados inicialmente pelos dois primeiros critérios, adotando-se como solução aquela correspondente à condição mais desfavorável. Assim, quando do dimensionamento das proteções, baseado, entre outros parâmetros, na corrente nominal do circuito, na corrente de sobrecarga, na corrente de curto-circuito e nos respectivos tempos de duração das mesmas é necessário confrontar os valores destas com os valores máximos admitidos pelo isolamento dos condutores utilizados. Quando ocorrer um curto-circuito, o dispositivo de proteção deverá interromper a corrente, antes que os efeitos térmicos e mecânicos da mesma possam tornar- se perigosos aos condutores, terminais e equipamentos. 16 Tabela 3. Maneiras de instalar de fios e cabos de cobre do tipo rígido, com isolação em PVC resistente à chama. Tabela 4. Capacidade de condução de corrente e queda de tensão unitária para fios e cabos de cobre do tipo rígido com isolação em PVC antichama, à temperatura de 30 °C, para as maneiras de instalar 1,2,3,5 e 6. Capacidade de corrente (ampéres) Queda de tensão (V/A.km)Seção nominal (mm²) 2 condutores carregados (sistemas tipo A e B) 3 condutores carregados (sistema tipo C) Sistemas monofásico e bifásico (eletroduto de PVC) Sistema trifásico (eletroduto de PVC) Eletrodutos magnéticos (aço) 1,0 13,5 12 34,00 29,00 34,00 1,5 17,5 15,5 23,00 20,00 23,00 2,5 24 21 14,00 12,00 14,00 4 32 28 8,70 7,50 8,70 6 41 36 5,80 5,10 5,80 10 57 50 3,50 3,00 3,50 16 76 68 2,30 1,95 2,30 25 101 89 1,50 1,27 1,50 35 125 111 1,10 0,95 1,10 50 151 134 0,83 0,72 0,83 70 192 171 0,61 0,53 0,61 95 232 207 0,47 0,41 0,47 120 269 239 0,39 0,34 0,40 150 309 272 0,34 0,30 0,35 185 353 310 0,30 0,26 0,31 240 415 364 0,25 0,22 0,26 300 473 419 0,23 0,20 0,24 400 566 502 0,20 0,18 0,22 500 651 578 0,19 0,16 0,21 17 Tabela 5. Capacidade de condução de corrente e queda de tensão unitária para fios e cabos de cobre do tipo rígido com isolação em PVC antichama, à temperatura de 30 °C, para as maneiras de instalar 12 e 13. Capacidade de corrente (Ampères) Queda de tensão (V/A.km)Seção nominal (mm²) 2 condutores carregados (sistemas tipo A e B) 3 condutores carregados (sistema tipo C) Sistemas monofásico e bifásico Sistema trifásico 1,0 15 13,5 34,00 29,50 1,5 19,5 17,5 23,00 19,86 2,5 26 24 14,00 12,32 4 35 32 9,00 7,81 6 46 41 6,17 5,34 10 63 57 3,83 3,32 16 85 76 2,55 2,21 25 112 101 1,75 1,51 35 138 125 1,35 1,17 50 168 151 1,08 0,94 70 213 192 0,85 0,73 95 258 232 0,69 0,60 120 299 269 0,61 0,53 150 344 309 0,55 0,47 185 392 353 0,49 0,43 240 461 415 0,44 0,38 300 526 473 0,40 0,35 400 631 566 0,37 0,32 500 725 651 0,34 0,29 Tabela 6. Fatores de correção de temperatura Temperatura Ambiente (°C) Fator de Correção 15 1,17 20 1,12 25 1,07 30 1,00 35 0,93 40 0,87 45 0,79 50 0,71 18 4. ELETRODUTOS São canalizações destinadas a colocação e à proteção dos condutores elétricos. Os eletrodutos utilizados em instalações elétricas podem ser classificados em: • Metálicos rígidos; • PVC rígidos; • Metálicos flexíveis; • PVC flexíveis. Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto exclusivo de PVC, quando tal condutor destina-se a aterramento. Em princípio, os eletrodutos têm as seguintes funções gerais: • Proteger os condutores contra ações mecânicas e contra corrosão; • Proteger o meio ambiente contra perigos de incêndio, provenientes do superaquecimento ou da formação de arcos elétricos por curto-circuito. De acordo com a NBR 5410 ( 1997), a área útil do eletroduto e respectivos acessórios de ligação devem permitir instalar e retirar facilmente os condutores, para viabilizar esta exigência é necessário que: a) à taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos eletrodutos não seja superior a: • 53% no caso de um condutor (fio ou cabo); • 31% no caso de dois condutores (fios ou cabos); • 40% no caso de três ou mais condutores (fios ou cabos). b) não haja trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos) retilínios de tubulações maiores que 15 m, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida de 3 m para cada curva de 90°. Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades, ou entre extremidade e caixa, podem ser previstas no máximo três curvas de 90° ou o seu equivalente até no máximo 270°. Em nenhuma hipótese devem ser prevista curvas com deflexão superior a de 90°. Para o dimensionamento do diâmetro externo nominal de eletrodutos de PVC antichama, utiliza-se as tabela 7 e 8. Tabela 7. Área ocupada em eletrodutos por condutores com isolação de PVC antichama Área ocupada nos eletrodutos por condutores com isolação de PVC antichama (mm²) Número de condutores no eletrodutoSeção nominal do condutor (mm²) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1,5 6,15 12,3 18,4 24,6 30,7 36,9 43 49,2 55,3 61,5 2,5 9,07 18,1 27,2 36,2 45,3 54,4 63,4 72,5 81,6 90,7 4 1,94 23,8 35,8 47,7 59,7 71,6 83,5 95,5 107,4 119,34 6 16,61 33,2 49,8 66,4 83,0 99,6 116,2 132,8 149,4 166 10 27,33 54,6 81,9 109,3 136,6 163,9 191,3 218,6 245,9 273,2 16 37,39 74,7 112,1 149,5 186,9 224,3 261,7 299,1 336,5 373,9 25 56,74 113,4 170,1 226,8 283,5 340,2 396,2 453,6 510,3 567 35 70,88 141,6 212,4 283,2 354,0 424,8 495,6 566,4 637,2 708,1 50 103,86 207,6 311,4 415,2 519,0 622,1 726,6 830,4 934,2 1038,1 19 Tabela 8. Diâmetro externo nominal de eletrodutos de PVC rígidos antichama Número de condutores ou cabos no eletroduto 1 2 3 ou mais Condutor com isolação de PVC antichama Taxa máxima de ocupação da área da seção transversal do eletroduto Referência de rosca ( polegadas). Diâmetro externo nominal ( mm) Área mm² 53% 31% 40% ½ 20 176,7 93 54 70 ¾ 25 346,3 183 107 139 1 32 572,5 303 177 229 1 ¼ 40 962,1 505 298 384 1 ½ 50 1320,2 699 409 528 2 60 2206,1 1169 683 882 2 ½ 75 3319,0 1600 935 1207 3 85 4478,3 2373 1388 1791 5. CÁLCULO DA DEMANDA O cálculo da demanda deve ser feito para a unidade consumidora atendida a quatro condutores, com carga instalada superior a 15kW (220/127V) ou 25kW (380/220V). Serve para determinar a categoria de fornecimento de cada unidade consumidora e do conjunto, e para o dimensionamento das entradas de serviço, conforme ANEXO J. Nota: A demanda mínima a ser considerada para fins de dimensionamento dos condutores dos circuitos deve ser: a) para 220/127V – 15 kVA; b) para 380/220V – 25 kVA. 5.1. Método de cálculo A demanda para entrada de serviço individual ou agrupamento não pertencente a prédio de múltiplas unidades, deve ser calculada a partir da carga declarada, compatibilizada com as previsões mínimas do ANEXO D e item 5.2 através da seguinte expressão: D(kVA) = ( a+b+1,2c+d+e+f ), sendo: (a) = demanda de iluminação e tomadas coletivas, calculada conforme ANEXO D; (b) = demanda dos aparelhos para aquecimento (chuveiros, aquecedores, fornos, fogões, máquinas de lavar louças, máquinas de secar roupas, máquinas de lavar roupas com aquecimento elétrico, etc.), calculada conforme ANEXO I; (c) = demanda dos aparelhos de condicionador de ar, tipo janela, calculada conforme ANEXOS E e F, (unidade em cv); (d) = demanda das unidades centrais de condicionadores de ar, calculadas a partir das respectivas correntes máximas totais (valores a serem fornecidos pelos fabricantes), considerando o fator de demanda de 100%; (e) = demanda dos motores elétricos ( motor da hidromassagem,motor do portão automático, motor da bomba d'água da piscina) e máquina de solda a motor, calculada conforme ANEXO G; (f) = demanda das máquinas de solda a transformador, aparelhos de eletrogalvanização e de raio X, calculada conforme ANEXO H; Nota: No caso de reforma poderá ser usado os dados de placa dos aparelhos existentes para elaboração do cálculo da demanda. 20 5.2. Previsão de carga Nos cálculos de demanda, além dos valores de carga mínima para iluminação e tomadas, conforme ANEXO D, os seguintes limites mínimos de potência para força motriz devem ser considerados: a) residências individuais: 1 cv para condicionador de ar tipo janela; b) unidades consumidoras não residenciais de entradas coletivas: 1 cv/unidade consumidora com até 40m² de área construída, 1,5 cv/unidade consumidora com área entre 40 e 50m² e 2 cv/unidade consumidora com área superior a 50m²; c) salas e escritórios: 1 cv/15m2 de área construída quando não for prevista refrigeração central; d) lojas e semelhantes: 3 cv/unidade consumidora com até 30m² de área construída e 5 cv/unidade consumidora com área construída superior a 30m2. Nota: As ampliações de cargas previstas, devem ser consideradas. 5.3. Método de cálculo para prédios de múltiplas unidades Em prédios de múltiplas unidades residenciais, para dimensionamento da demanda e entrada de serviço, conforme ANEXO J, deve-se utilizar a seguinte metodologia: a) toma-se a demanda individual de cada apartamento em função de sua área, conforme ANEXO T; b) toma-se o Fator de Diversidade, em função do número de apartamentos do edifício, conforme ANEXO U; c) multiplicam-se os valores obtidos em "a" e "b". Este produto deve ser multiplicado por 1,20 (fator de crescimento vegetativo), para aumento de cargas futuras; d) ao valor do produto obtido em “c“ acrescenta-se a demanda dos serviços de condomínio, calculada conforme item 5.1, obtendo-se a demanda total. Notas: 1 Na utilização deste critério, deve ser observada a seletividade da proteção; 2 Em prédios mistos de múltiplas unidades, comercial e residencial, o cálculo da demanda da parte comercial deve ser de acordo com item 5.1. Este valor deve ser somado à demanda da parte residencial, a qual deve ser calculada conforme a metodologia acima. 5.4. Cálculos de queda de tensão A queda de tensão do circuito alimentador não pode exceder a 2%, conforme NBR 5410. 5.5. Exemplos de cálculos de demanda. ENTRADAS INDIVIDUAIS EXEMPLO 1: residência com 180m2 de área construída, atendida por 380/220V. 1 Carga instalada Iluminação e tomadas coletivas = 6.700 W 3 Chuveiros de 6.500W cada = 19.500W 1 Máquina de lavar louças = 2.500 W 1 Máquina de secar roupas = 2.500 W 1 Forno de microondas = 2.500 W 3 Condicionadores de ar de 1 cv cada ≅ 4.290 W (conforme anexo G) 1 Motor de 3/4 de cv (conforme anexo G) ≅ 1.240 W 1 Motor de 1 cv (conforme anexo G) ≅ 1.430 W Total = 40.660 W Como 40,66kW >25kW, a demanda deve ser calculada, conforme indicação do ANEXO J 21 2. Compatibilização da carga instalada com as previsões mínimas exigidas pelo RIC ( 2002). 2.1. Iluminações e tomadas coletivas: Conforme ANEXO D 30W/m2 x 180m2 = 5.400W Como 5.400W < 6.700W, adotar 6.700W de iluminação e tomadas coletivas. Adotada = 6.700W 2.2. Aparelhos de aquecimento (6 aparelhos): Conforme ANEXO I carga instalada = 3 x 6.500W + 2.500 + 2.500 + 2.500 = 27.000W Adotada = 27.000W 2.3. Condicionador de ar tipo janela: mínimo previsto no item 5.2 (Previsão de carga) = 1 cv Adotada = 3 cv 2.4. Motores: carga instalada: 2 motores sendo um de 1 cv e outro de 3/4 de cv. Adotada = conforme a carga declarada 3. Cálculo da demanda 3.1. Iluminação e tomadas coletivas: Conforme ANEXO D a = 6,7x 0,40 = 2,68 KVA a = 2,68 kVA Conforme ANEXO D - Nota 3, minímo 2,2kW por unidade. 3.2. Aparelhos de aquecimento: Conforme ANEXO I b = 27 x 0,59 = 15,93 kVA b = 15,93 KVA 3.3. Condicionadores de ar tipo janela: Conforme ANEXO E c = 3 x 1,0 = 3 cv c = 3 cv 3.4. Motores: Conforme ANEXO G 1 motor de 1 cv = 1,43 KVA 1 motor de 3/4 de cv = 1,24 KVA total 2,67 KVA e = 2,67 x 0,9 = 2,403 KVA e = 2,403 KVA 4. Demanda total da residência D(kVA) = a + b + 1,2c + e D(kVA) = 2,68 + 15,93 + (1,2 x 3) + 2,403 = 24,613 KVA D = 24,613 KVA ≅ 24,613 KW ( Aproximação válida somente para instalações prediais domiciliares, onde as cargas resistivas são predominantes em relação as cargas indutivas). 22 No ANEXO J , com a demanda calculada é possível determinar: Ö Fornecimento tipo: C14; Ö Tipo de medição: Direta; Ö Disjuntor termomagnético junto ao medidor: 3 x 40 A; Ö Condutores do ramal aéreo de ligação: Cabo multiplex de alumínio com seção de 4 x 10 mm2; Ö Condutores do ramal de entrada: Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 4 x 10 mm2; Ö Condutores do ramal alimentador: Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 4 x 10 mm2; Ö Aterramento do condutor neutro (ligado na haste de aterramento junto ao medidor): Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 10 mm2; Ö Aterramento do condutor de proteção a terra “PE” (ligado na haste de aterramento junto ao medidor): Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 10 mm2; Ö Eletroduto do ramal de entrada: Eletroduto de PVC com φ = 32 mm; Ö Eletroduto do ramal alimentador: Eletroduto de PVC com φ = 32 mm; Ö Eletroduto do condutor terra: Eletroduto de PVC com φ = 20 mm. ENTRADAS COLETIVAS EXEMPLO 2: prédio com 24 apartamentos. Atendidos na tensão de 220/127V. Área útil construída por apartamento 70m2 Área útil construída destinada condomínio 140m2 Uma única sala de medidores. 1 Cargas instaladas Carga instalada no condomínio ( serviço): iluminação e tomadas coletivas = 3.400W 2 elevadores 10 cv (conforme anexo G) = 18.400W 2 bombas de 5 cv, sendo uma de reserva ( conforme anexo G) = 5.400W Total = 27.200W Como 27,2 > 15kW, deve ser calculada a demanda (conforme anexo J). 2 Compatibilização das cargas instaladas com as previsões mínimas Iluminação e tomadas coletivas do condomínio: Conforme ANEXO D 5W/m2 x 140m2 = 700W instalada = 3.400W Adotada = 3.400W 3 Cálculo das demandas 3.1. Demanda dos apartamentos: 24 Apto. fator multiplicador 19,86 Conforme ANEXO U Área de 70m² útil demanda 1,65 kVA/Apto. Conforme ANEXO T d = 1,65 x 19,86 = 32,77 kVA d = 32,77 kVA 23 3.2. Demanda do serviço ( condomínio): - Iluminação e tomadas coletivas: Conforme ANEXO D a = 3,4 x 0,86 = 2,92 kVA a = 2,92 kVA - Motores: Conforme ANEXO G e = (5,4 + 9,2 + 9,2) x 0,8 = 19,04 KVA e = 19,04 kVA Demanda total do serviço ( condomínio) D(kVA) = a + e D(kVA) = 2,92 + 19,04 = 21,96kVA D = 21,96 kVA 4 Demanda total do prédio D(kVA) = (demanda dos Aptos. x 1,2) + demanda do Serviço D(kVA) = (32,77 x 1,2 ) + 21,96 = 61,28 (conforme item 5.3) D(kVA) = 61,28 KVA No ANEXO J , com a demanda calculada é possível determinar: Ö Fornecimento tipo: C8 com entrada subterrânea; Ö Tipo de medição: indireta; Ö Disjuntor termomagnético junto ao medidor: 3 x 175 A; Ö Condutores do ramal de entrada subterrâneo:Cabo multipolar de cobre com isolação EPR com cobertura de PVC com seção de 4 x 95 mm2; Ö Condutores do ramal alimentador: Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 4 x 95 mm2; Ö Aterramento do condutor neutro (ligado na haste de aterramento junto ao medidor): Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 25 mm2; Ö Aterramento do condutor de proteção a terra “PE” (ligado na haste de aterramento junto ao medidor): Cabo ou fio rígido de cobre com isolação de um termoplástico antichama com seção de 50 mm2; Ö Eletroduto do ramal de entrada: Eletroduto de PVC com φ = 60 mm; Ö Eletroduto do ramal alimentador: Eletroduto de PVC com φ = 60 mm; Ö Eletroduto do condutor terra: Eletroduto de PVC com φ = 20 mm. 24 ANEXO J Dimensionamento da entrada de serviço PROTEÇÃO CONDUTOR (mm²) ELETRODUTO DN (mm) LIMITE DE POTÊNCIA F O R N E C IM E N T O RAMAL DE LIGAÇÃO RAMAL DE ENTRADA A te rr a m e n to P ro te çã o RAMAL DE ENTRADA A te rr a m e n to MAIOR MOTOR OU SOLDA A MOTOR (CV) T E N S Ã O (V ) T IP O CARGA INSTALADA C (KW) DEMANDA CALCULADA D (KVA) T IP O D E M E D IÇ Ã O D IS JU N T O R T E R M O -M A G N E T IC O ( A ) COBRE ALUMÍNIO COBRE ISOLADO (PVC 70° C) AÇO PVC FN FF FFF A1 C ≤ 10 40 10 D-10 6 6 6 20 25 20 1 B1 C ≤ 15 50 10 T-10 10 10 10 20 25 20 2 3 C1 D ≤ 10 30 10 Q-10 6 6 6 20 25 20 1 2 3 C2 10<D≤15 40 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 1 2 5 C3 15<D≤19 50 10 Q-10 16 10 16 25 32 20 2 3 15 C4 19<D≤27 70 10 Q-16 25 10 16 32 40 20 2 5 20 C5 27<D≤38 D IR E T A 100 16 Q-25 35 10 16 32 40 20 3 7,5 25 C6 38<D≤47 125 50 16 25 40 50 20 5 7,5 30 C7 47<D≤57 150 70 25 35 50 60 20 7,5 10 30 C8 57<D≤66 175 95 25 50 50 60 20 7,5 12 30 C9 66<D≤76 200 120 35 70 65 75 20 7,5 15 30 C10 76<D≤86 225 150 50 70 100 100 25 C11 86<D≤95 250 185 50 95 100 100 25 2 2 0 /1 2 7 C12 C ≤75 95<D≤115 IN D IR E T A 300 ENTRADA SUBTERRÂNEA 240 70 120 100 100 25 A2 C ≤ 15 40 10 D-10 6 6 6 20 25 20 3 B2 C ≤ 25 50 10 T-10 10 10 10 20 25 20 3 5 C13 D ≤19 30 10 Q-10 6 6 6 20 25 20 2 3 15 C14 19<D≤26 40 10 Q-10 10 10 10 25 32 20 3 5 20 C15 26<D≤32 50 10 Q-10 16 10 16 25 32 20 3 5 25 C16 32<D≤46 70 10 Q-16 25 10 16 32 40 20 5 10 30 C17 46<D≤66 D IR E T A 100 16 Q-25 35 10 16 32 40 20 7,5 12 40 C18 66<D≤82 125 50 16 25 40 50 20 7,5 12 50 C19 82<D≤99 150 70 25 35 50 60 20 3 8 0 /2 2 0 C20 C ≤ 75 99<D≤115 IN D . 200 ENTRADA SUBTERRÂNEA 95 35 50 65 75 20 A3 C ≤ 10 50 10 D-10 10 10 10 20 25 20 1 B3 10 < C ≤ 15 50 10 T-10 10 10 10 20 25 20 1 5 2 2 0 / 1 2 7 B4 15 < C ≤ 20 D IR . 70 10 T-16 25 10 16 25 32 20 1 5 Notas: 1 O valor de "D (kVA)" refere-se a demanda calculada conforme o item 5.1; 2 Os disjuntores foram dimensionados com base na sua capacidade nominal definida para a temperatura de operação de 40ºC; 3 Os condutores foram dimensionados para uma temperatura ambiente de 30ºC; 4 As dimensões dos eletrodutos de aço referem-se ao tipo leve I (NBR 5624); 5 A potência máxima para motor ou solda a motor, dentro de cada categoria, foi determinada em função da sobrecorrente que o disjuntor pode suportar no tempo requerido para a partida do motor. 25 ANEXO D Carga mínima e fatores de demanda para iluminação e tomadas coletivas DESCRIÇÃO CARGA MÍNIMA (W/m2) FATOR DE DEMANDA % Bancos 50 86 Clubes e semelhantes 20 86 Igrejas e semelhantes 15 86 Lojas e semelhantes 30 86 Restaurantes e semelhantes 20 86 Auditórios, salões para exposições e semelhantes 15 86 Barbearias, salões de beleza e semelhantes 30 86 Garagens, depósitos, áreas de serviço e condomínios 5 86 Escolas e semelhantes 30 86 para os primeiros 12kW 50 para o que exceder de 12kW Escritórios e salas 50 86 para os primeiros 20kW 70 para o que exceder de 20kW Hospitais e semelhantes 20 40 para os primeiros 50kW 20 para o que exceder de 50kW Hotéis e semelhantes 20 50 para os primeiros 20kW 40 para os seguintes 80kW 30 para o que exceder de 100kW Residências 30 Potência P (kW) 5 < P ≤ 6 45 0 < P ≤ 1 86 6 < P ≤ 7 40 1 < P ≤ 2 75 7 < P ≤ 8 35 2 < P ≤ 3 66 8 < P ≤ 9 31 3 < P ≤ 4 59 9 < P ≤ 10 27 4 < P ≤ 5 52 10 < P 24 Notas: 1 Instalações em que, por sua natureza, a carga seja utilizada simultaneamente, devem ser consideradas com o fator de demanda de 100%; 2 Não estão considerados nesta tabela os letreiros luminosos e a iluminação de vitrinas; 3 O valor da carga para iluminação e tomadas de unidades residenciais, além de satisfazer a condição mínima de 30W/m2 de área construída, nunca deve ser inferior a 2,2kW por unidade. ANEXO H Fatores de demanda para aparelhos especiais APARELHO POTÊNCIA FATOR DE DEMANDA (%) Solda a arco e galvanização 1º Maior 2º Maior 3º Maior Soma dos demais 100 70 40 30 Solda a resistência Maior Soma dos demais 100 60 Raio X Maior Soma dos demais 100 70 Nota: Máquinas de solda tipo motor-gerador devem ser consideradas como motores. 26 ANEXO I Fatores de demanda para aparelhos de aquecimento resistivos NÚMERO DE APARELHOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 FATOR DE DEMANDA (%) 100 75 70 66 62 59 56 53 51 49 47 45 43 NÚMERO DE APARELHOS 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 ou mais FATOR DE DEMANDA (%) 41 40 39 38 37 36 35 34 33 32 31 30 Nota: Para o dimensionamento de ramais de entrada destinados a atender a mais de uma unidade consumidora, devem ser aplicados fatores de demanda para cada tipo de aparelho, separadamente, sendo a demanda total de aquecimento o somatório das demandas obtidas: b = chuveiros + aquecedores + torneiras +....... ANEXO E Fatores de demanda para condicionadores de ar tipo janela instalados em residências/apartamentos POTÊNCIA INSTALADA EM APARELHOS (cv) FATOR DE DEMANDA (%) 1 a 10 100 11 a 20 85 21 a 30 80 31 a 40 75 41 a 50 70 51 a 75 65 Acima de 75 60 ANEXO F Fatores de demanda para condicionadores de ar tipo janela instalados em escritórios / salas POTÊNCIA INSTALADA EM APARELHOS (cv) FATOR DE DEMANDA (%) 1 a 25 100 26 a 50 90 51 a 100 80 Acima de 100 70 Nota: Quando se tratar de unidade central deve ser considerado um fator igual a 100% e a demanda em kVA determinada através dos dados fornecidos pelo fabricante. 27 ANEXO G Cargas individuais de motores POTÊNCIA (cv) 1/6 1/4 1/3 1/2 3/4 1 1 ½ 2 3 CARGA (kVA) 0,45 0,63 0,76 1,01 1,24 1,43 2,00 2,60 3,80 POTÊNCIA (cv) 5 7 ½ 10 15 20 25 30 40 50 CARGA (kVA) 5,40 7,40 9,20 12,70 16,40 20,30 24,00 30,60 40,80 Fatores de demanda NÚMERO TOTAL DE MOTORES 1 2 3 a 5 Mais de 5 FATOR DE DEMANDA (%) 100 90 80 70 Nota: A demanda de 1 conjunto de motores será o produto do somatório das cargas individuais pelo fator de demanda correspondente ao número total de motores que compõem o conjunto. ANEXO T Cálculo da demanda dos apartamentos em função da área Área Útil m² KVA Área Útil m² kVA Área Útil m² KVA Área Útil m² kVA Área Útil m² kVA 16 0,51 61 1,47 111 2,35 201 4,01 501 9,14 21 0,62 66 1,57 121 2,54 221 4,36 551 9,91 26 0,73 71 1,67 131 2,73 241 4,72 601 10,71 31 0,84 76 1,76 141 2,91 261 5,07 651 11,8136 0,95 81 1,86 151 3,1 281 5,42 701 12,3 41 1,05 86 1,96 161 3,29 301 5,76 801 13,86 46 1,16 91 2,06 171 3,47 351 6,81 901 15,4 51 1,26 96 2,16 181 3,65 401 7,45 1000 16,93 56 1,36 101 2,16 191 3,83 451 8,28 Notas: 1 Para apartamentos com área intermediária entre as faixas da tabela pode ser aplicado o incremento de 0,02 kVA/m² sobre a demanda da faixa anterior; 2 A tabela acima destina-se a prédio de múltiplas unidades consumo. 28 ANEXO U Fatores de diversidade de carga em função do número de apartamentos no prédio de múltiplas unidades No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator No Apto. Fator 1 1,00 32 24,69 63 42,62 94 59,98 125 69,59 156 75,49 187 79,54 218 81,74 249 82,69 2 1,96 33 25,29 64 43,18 95 60,54 126 69,79 157 75,64 188 79,64 219 81,79 250 82,72 3 2,92 34 25,90 65 43,74 96 61,1 127 69,99 158 75,79 189 79,74 220 81,84 251 82,73 4 3,88 35 26,50 66 44,30 97 61,66 128 70,19 159 75,94 190 79,84 221 81,89 252 82,74 5 4,84 36 27,10 67 44,86 98 62,22 129 70,39 160 76,09 191 79,94 222 81,94 253 82,75 6 5,80 37 27,71 68 45,42 99 62,78 130 70,59 161 76,24 192 80,04 223 81,99 254 82,76 7 6,76 38 28,31 69 45,98 100 63,34 131 70,79 162 76,39 193 80,14 224 82,04 255 82,77 8 7,72 39 28,92 70 46,54 101 63,59 132 70,99 163 76,54 194 80,24 225 82,09 256 82,78 9 8,68 40 29,52 71 47,10 102 63,84 133 71,19 164 76,69 195 80,34 226 82,12 257 82,79 10 9,64 41 30,12 72 47,66 103 64,09 134 71,39 165 76,84 196 80,44 227 82,14 258 82,80 11 10,42 42 30,73 73 48,22 104 64,34 135 71,59 166 76,99 197 80,54 228 82,17 259 82,81 12 11,20 43 31,33 74 48,78 105 64,59 136 71,79 167 77,14 198 80,64 229 82,19 260 82,82 13 11,98 44 31,94 75 49,34 106 64,84 137 71,99 168 77,29 199 80,74 230 82,22 261 82,83 14 12,76 45 32,54 76 49,90 107 65,09 138 72,19 169 77,44 200 80,84 231 82,24 262 82,84 15 13,54 46 33,10 77 50,46 108 65,34 139 72,39 170 77,59 201 80,89 232 82,27 263 82,85 16 14,32 47 33,66 78 51,02 109 65,59 140 72,59 171 77,74 202 80,94 233 82,29 264 82,86 17 15,10 48 34,22 79 51,58 110 65,84 141 72,79 172 77,89 203 80,99 234 82,32 265 82,87 18 15,88 49 34,78 80 52,14 111 66,09 142 72,99 173 78,04 204 81,04 235 82,34 266 82,88 19 16,66 50 35,34 81 52,70 112 66,34 143 73,19 174 78,19 205 81,09 236 82,37 267 82,89 20 17,44 51 35,90 82 53,26 113 66,59 144 73,39 175 78,34 206 81,14 237 82,39 268 82,90 21 18,04 52 36,46 83 53,82 114 66,84 145 73,59 176 78,44 207 81,19 238 82,42 269 82,91 22 18,65 53 37,02 84 54,38 115 67,09 146 73,79 177 78,54 208 81,24 239 82,44 270 82,92 23 19,25 54 37,58 85 54,94 116 67,34 147 73,99 178 78,64 209 81,29 240 82,47 271 82,93 24 19,86 55 38,14 86 55,50 117 67,59 148 74,19 179 78,74 210 81,34 241 82,49 272 82,94 25 20,46 56 38,70 87 56,06 118 67,84 149 74,39 180 78,84 211 81,39 242 82,52 280 83,00 26 21,06 57 39,26 88 56,62 119 68,09 150 74,59 181 78,94 212 81,44 243 82,54 290 83,00 27 21,67 58 39,82 89 57,18 120 68,34 151 74,74 182 79,04 213 81,49 244 82,57 300 83,00 28 22,27 59 40,38 90 57,74 121 68,59 152 74,89 183 79,14 214 81,54 245 82,59 29 22,88 60 40,94 91 58,30 122 68,84 153 75,04 184 79,24 215 81,59 246 82,62 30 23,48 61 41,50 92 58,86 123 69,09 154 75,19 185 79,34 216 81,64 247 82,64 31 24,08 62 42,06 93 59,42 124 69,34 155 75,34 186 79,44 217 81,69 248 82,67 29 6. NORMAS, REGULAMENTOS E RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA INICIAÇÃO DE UM PROJETO ELÉTRICO PREDIAL DOMICILIAR. 6.1. Tipo de fornecimento de energia elétrica. A determinação do tipo de fornecimento e o dimensionamento dos dispositivos da entrada de energia ( condutores do ramal de ligação e do ramal de entrada, disjuntor geral, condutor de aterramento, eletrodutos, acessórios, etc.) devem ser realizados através do anexo J. 6.2. Condutores do ramal de alimentação. Estes condutores devem ser dimensionados pelo método já estudado. Porém, na prática adota-se para os condutores deste ramal a mesma seção dos condutores utilizada no ramal de entrada ( determinado no anexo J). 6.3. Divisão dos circuitos terminais. Os circuitos terminais partem do quadro ou centro de distribuição e alimentam diretamente os equipamentos elétricos de toda instalação. Qualquer instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, de forma a proporcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção, bem como evitar que, por ocasião de um defeito em um circuito, toda uma área fique desprovida de alimentação, por exemplo, circuitos de iluminação. Circuitos terminais distintos devem ser previstos para partes das instalações que necessitem de controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros. Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para iluminação e tomadas de corrente. Nas instalações alimentadas por duas ou três fases, os circuitos terminais devem ser distribuídos entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. Os circuitos terminais basicamente podem ser de quatro tipos: • Circuito terminal coletivo de lâmpadas. Neste circuito adota-se condutores com seção de 1,5 mm2 e disjuntor de 15A, sendo que a lotação do circuito em 127 volts ocorre com 1200 watts e em 220 volts com 2000 watts. • Circuito terminal coletivo de tomadas de uso geral na cozinha e área de serviço. Para estas tomadas devem ser previstos um ou mais circuitos coletivos independentes das demais tomadas dos outros ambientes da residência. Utiliza-se neste tipo de circuito condutores com seção de 2,5 mm2 e disjuntor de 20A. A lotação do circuito em 127 volts ocorre com 1800 watts e em 220 volts com 3000 watts. • Circuito terminal coletivo de tomadas de uso geral para dormitórios, salas, banheiros, garagens, escritórios, áreas de circulação, varandas, etc. Para este tipo de circuito adota-se condutores com seção de 2,5 mm2 e disjuntor de 20A. A lotação do circuito em 127 volts ocorre com 1800 watts e em 220 volts com 3000 watts. • Circuito terminal independente ou individual. Equipamentos com potência igual ou superior a 1500 watts devem ser alimentados por circuitos terminais individuais. Os condutores destes circuitos devem ser calculados pelo método já estudado. Na prática normalmente são utilizados os valores exemplificados na tabela 9, nesta tabela também esta indicado a proteção dos circuitos. 30 Tabela 9. Disjuntor e seção dos condutores de circuitos terminais individuais. Equipamento Condutor (mm²) Disjuntor (A) Condicionador de ar tipo janela (com até 10.000 B.T.U.) 3x2,5 20 Chuveiro elétrico (5.000 W) 2x4,0 + 1x2,5 (220 V) 2x6,0 + 1x2,5 (127 V) 30 (220 V) 40 (127 V) Torneira elétrica (2.000 W) 3x2,5 20 Máquina secar roupas (2.500 W) 3x2,5 20 Forno de microondas (1.500 W) 3x2,5 20 Máquina de lavar louças (2.000 W) 3x2,5 20 Máquina de lavar roupas com aquecimento elétrico (2.500 W) 3x2,5 20 Motor do portão automático (1.500 W) 3x2,5 20 Motor da banheira de hidromassagem (1.500 W) 3x2,5 20 Fogão elétrico ( 6.000 W) 2x6,0 + 1x2,5 (220 V) 2x10,0 + 1x2,5 (127 V) 40 (220 V) 50 (127 V) 6.4. Carga ou potência mínima de iluminação. As cargas mínimas de iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação da NBR 5413. Em unidades residenciais, como alternativa, para a determinação das cargas de iluminação pode ser adotado o seguinte critério: • em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² deve ser prevista uma carga mínima de 100 W; • em cômodos ou dependências com área superior a 6m² deve ser prevista uma carga mínima de 100 W para os primeiros 6m², acrescida de 60 W para cada aumento de 4m² inteiros. Nota: Os valores apurados correspondemà potência destinada a iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos terminais, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas a serem utilizadas. 6.5. Número mínimo de tomadas de uso geral. Nas unidades residenciais o número mínimo de tomadas de uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte critério: • em banheiros, independentemente da área, pelo menos uma tomada junto ao lavatório; • em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias e áreas de serviço, no mínimo uma tomada para cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada bancada com largura igual ou superior a 0,30 m, deve ser prevista pelo menos uma tomada; • em subsolos, garagens, sótãos, halls de escadarias, halls de entrada, varandas, salas de bombas e locais análogos, deve ser prevista no mínimo uma tomada; • nos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou inferior a 6m², pelo menos uma tomada, se a área for superior a 6m², pelo menos uma tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível. 31 6.6. Carga ou potência para as tomadas de uso geral. Nas unidades residenciais devem ser atribuídas as seguintes potências: • em banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias e áreas de serviço, no mínimo 600 W por tomada, até no máximo três tomadas, e 100 W por tomada para as excedentes, considerando cada um destes ambientes separadamente; • nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 W por tomada. Notas: 1. Os equipamentos que exigem tomadas de 600 W são os seguintes : refrigerador, freezer, ferro de passar roupas, máquina de lavar roupas sem aquecimento elétrico, secador de cabelos, computador, etc. 2. A campainha não é contada como carga, podendo pertencer a qualquer circuito. 6.7. Carga ou potência das tomadas de uso independente ou individual. Para estas tomadas deve ser atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado, porém, nunca inferior a 1500 watts. Quando esta potência nominal do equipamento não for conhecida, deve-se atribuir uma potência equivalente ao equipamento mais potente existente no mercado. 6.8. Seções dos condutores. A seção mínima permitida para condutores de instalações elétricas prediais residenciais são as seguintes: • circuitos de iluminação 1,5 mm2; • circuitos de tomadas coletivas ou individuais 2,5 mm2; • circuitos de sinalização e controle 0,5 mm2. 6.9. Número mínimo de pontos telefônicos nas residências : • de até dois dormitórios = 1 ponto; • de até três dormitório = 2 pontos ; • de quatro ou mais dormitórios = 3 pontos. 6.10. Observações que normalmente acompanham o projeto : • as tomadas não especificadas são de 100 W; • os eletrodutos não especificados são de diâmetro externo nominal de 20mm; • os condutores não especificados são de seção 2,5mm². 6.11. Itens que normalmente acompanham um projeto elétrico: • tabela de convenções; • quadro de cargas; • detalhe da entrada da energia elétrica; • observações; • memorial descritivo das instalações; • relação do material; • orçamento dos materiais; • cálculo da demanda, etc. 32 6.12. Tabela com potências aproximadas dos equipamentos mais comumente utilizados em instalações elétricas domiciliares. Tabela 10. Potência aproximada dos equipamentos domiciliares Aparelho Potência Condicionador de ar tipo janela de até 10000 BTU / 2500kcal/h 1500 Exaustor 100 a 200 Forno de microondas 1500 Máquina de lavar louças 2000 Máquina de secar roupas 2500 Máquina de lavar roupas sem aquecimento elétrico 600 Máquina de lavar roupas com aquecimento elétrico 2500 Televisão 100 Motor da banheira de hidromassagem 1500 Motor do portão da garagem 1500 Chuveiro elétrico 5000 Ferro de passar roupas 600 a 1200 Torneira elétrica 1500 a 2500 Secador de cabelos 600 a 1200 Barbeador elétrico 100 Aparelho de som 100 a 600 Aspirador de pó 600 Liquidificador 200 Fogão elétrico 5000 a 12000 Aquecedor de ambiente portátil 600 a 1200 refrigerador 600 Freezer ou geladeira duplex 600 Ventilador 100 Torradeira 600 a 1.200 Computador 600 6.13. Localização do medidor de energia elétrica para prédio individual. O ponto de entrega de energia elétrica deve situar-se dentro da propriedade do consumidor, o mais próximo possível da via pública e no máximo a 0,5 metros do alinhamento da mesma. O medidor pode ser instalado em muro ou mureta com auxílio de um poste particular ou embutido no próprio prédio, com a frente voltada para a via pública, desde que o prédio esteja construído junto ao limite da propriedade do mesmo, conforme desenhos anexos. Os medidores não devem ser localizados: • em locais de dificil acesso, com má iluminação e sem condições de segurança; • em escadarias; • no pavimento superior de qualquer tipo de prédio com residência única; • no interior de vitrines; • nas proximidades de máquinas, bombas, tanques e reservatórios; • em locais sujeitos a gases corrosivos, inundações, poeira, e trepidações excessivas; • em áreas entre prateleiras; • em subsolos, garagens e depósitos. 33 6.14. Sistema de aterramento: • a haste de aterramento pode ser do tipo cantoneira de aço zincado, haste de cobre, aço zincado ou aço revestido de cobre, de comprimento igual 2 m ou 2,4 m. O valor da resistência de aterramento não deve ser superior a 25 ohms, em qualquer época do ano; • o condutor de aterramento deve ser de cobre com seção igual a dos condutores fase, e ser tão curto e retilínio quanto possível, sem emendas ou dispositivos que possam causar a sua interrupção; • o condutor de aterramento deve estar protegido por eletroduto de PVC rígido. Para dimensionar o condutor e o eletroduto, consultar o anexo J. 6.15. Condutor de proteção. O condutor de proteção a terra (PE) deve ser ligado diretamente na haste de aterramento independente do condutor neutro. Deve também ser disponibilizado dentro da caixa de medição. O condutor de proteção deve ter as seguintes seções: • quando o condutor neutro apresentar seção de 6 a 10 mm2 deve ser utilizada a mesma seção para o condutor de proteção; • Quando o condutor neutro apresentar seção de 16 a 35 mm2, usar condutor de 16 mm2; • Quando o condutor neutro apresentar seção acima 35 mm2, usar a metade da seção do condutor utilizado. 6.16. Cores dos condutores. De acordo com a NBR 5410 (1997) as cores dos condutores devem ser as seguintes: • condutor neutro – azul claro; • condutor de proteção – verde ou verde com anilhas amarelas; • condutor fase – qualquer cor diferente das anteriores; • condutor retorno – qualquer cor diferente das anteriores. 6.17. Exemplo de memorial descritivo. MEMORIAL DESCRITIVO OBRA : Residência Unifamiliar ENDEREÇO : Rua Bento Gonçalves 1280 – Novo Hamburgo - RS 1. APRESENTAÇÃO Esse projeto apresenta as instalações elétricas, telefônicas, de TV e de TV à cabo de uma residência unifamiliar. O mesmo foi elaborado de acordo com a Norma Brasileira para instalações elétricas de baixa tensão NBR-5410 (1997), Código Municipal de Obras de Novo Hamburgo, Regulamento das Instalações consumidoras do Rio Grande do Sul (RIC-2002) e Regulamento de Instalações Telefônicas (Brasil Telecom ) . 2. TIPO DE FORNECIMENTO De acordo com a carga instalada, a mesma teve a demanda calculada conforme o Regulamento de Instalações Consumidoras (RIC 2002), sendo o fornecimento do tipo C13 (trifásico: quatro condutores, três fase e um neutro + 1 condutor de proteção à terra “PE”). 34 3. ENTRADA DE ENERGIA Será ligada a rede pública através de um ramal de ligação aéreo do poste da concessionária até o poste particular, este ramal utilizará cabo multiplex de alumínio com seção de 4x 10 mm². O ramal de entrada, ou seja, do topo do poste particular até a entrada do medidor, será feito com condutores de cobre com seção de 4x 6 mm². Da mediçãoaté o centro de distribuição será executado um ramal de alimentação subterrâneo com condutores de cobre com seção de 5x 6 mm², embutidos em um eletroduto de PVC com 25 mm de diâmetro. A tensão de alimentação será de 380/220 V. 4. MEDIÇÃO O medidor de energia será instalado na caixa do medidor, de acordo com o RIC 2002. Neste mesmo local, será instalado um disjuntor tripolar de 30 A , para proteger os condutores do ramal de alimentação. 5. ATERRAMENTO Junto ao medidor será executado um aterramento constituído por uma haste de cobre de 20 mm de diâmetro com 2,40 m de comprimento. O condutor neutro, de cor azul clara, será ligado a esta haste por um condutor de cobre com seção de 6 mm², de acordo com anexo J do RIC 2002. Nesta mesma haste será ligado o condutor de proteção à terra “PE”, de cor verde com anilhas amarelas, com seção de 6 mm², este condutor será conectado ao centro de distribuição. A partir do centro de distribuição todos circuitos terminais de tomadas serão servidos pelo mesmo condutor de proteção à terra “PE” com seção de 2,5 mm². 6. CONDUTORES Todos os condutores foram calculados obedecendo aos critérios exigidos pela NBR 5410 (1997), sendo sempre escolhido o critério que apresentasse maior seção. As cores dos condutores devem ser as seguintes: • condutor neutro – azul claro; • condutor de proteção – verde ou verde com anilhas amarelas; • condutor fase – qualquer cor diferente das anteriores; • condutor retorno – qualquer cor diferente das anteriores. 7. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO Esta previsto a instalação de dois centros de distribuição, sendo que o CD1 abrigará 10 disjuntores e o CD2 8 disjuntores, todos unipolares. Para que os 18 circuitos terminais sejam protegidos adequadamente, as capacidades dos disjuntores estão especificadas no quadro de cargas. 8.TELEFONE Está prevista tubulação para 6 esperas telefônicas com 20mm de diâmetro de acordo com o regulamento de instalações telefônicas (Brasil Telecom). 9. ANTENA DE TV Está prevista a instalação de 5 esperas de antena de TV, sendo que as mesmas podem ser utilizadas para TV à cabo ou para antena externa de TV. Todas esperas serão interligadas entre si por uma tubulação de PVC com diâmetro de 20 mm . 10. EXECUÇÃO DE SERVIÇOS No que se refere aos condutores observa-se o seguinte : • As emendas serão executadas somente no interior das caixas, devendo ser soldadas e isoladas adequadamente; • A colocação dos condutores nos eletrodutos só será executada após a conclusão do reboco das paredes e tetos, e toda a tubulação estiver seca e limpa. 35 11. CÁLCULO DA DEMANDA 12. RELAÇÃO DE MATERIAL E ORÇAMENTO 6.18. Exemplo de quadro de cargas. Tabela 11. Quadro de cargas Quadro de cargas 380/220V Fornecimento tipo C14 CD Circuito Iluminação (W) Tomadas coletivas (W) Tomada individual (W) Total (W) Condutor (mm²) Disjuntor (A) Fase 1 1700 - - 1700 2 x 1,5 15 R 2 2500 - 2500 3 x 2,5 20 T 3 Forno de microondas 1500 1500 3 x 2,5 20 T 4 Máquina de lavar louças 2500 2500 3 x 2,5 20 R 5 Chuveiro elétrico 6500 6500 2x 4 + 1x2,5 30 R 6 Máquina de secar roupas 2500 2500 3 x 2,5 20 T 7 Máquina lavar roupas 2500 2500 3 x 2,5 20 S 1 8 - 2600 - 2600 3 x 2,5 20 T 9 1640 - 1640 2 x 1,5 15 S 10 2300 - 2300 3 x 2,5 20 T 11 Condicionador de ar 1500 1500 3 x 2,5 20 R 12 Chuveiro elétrico 6500 6500 2x 4 + 1x2,5 30 S 13 Motor portão garagem 1500 1500 3 x 2,5 20 R 14 Condicionador de ar 1500 1500 3 x 2,5 20 S 15 Condicionador de ar 1500 1500 3 x 2,5 20 S 2 16 Condicionador de ar 1500 1500 3 x 2,5 20 T Total instalado 41240 - Demanda calculada 21510 4 x 10 3x40 R = 13700 W S = 13640 W T = 13900 W 36 6.19. Tipos de caixas para unidades consumidoras individuais. Figura 33 página 41 (RIC 2002). MEDIDAS (cm) TAMANHO MODELO A B C 1 CI-CE 30 40 15 1A CLI-CLE 30 30 15 2 CI-CE 60 60 24 2A CLI-CLE 50 50 18 3 CI-CE 80 60 24 4 CI-CE 60 40 15 5 CI-CE 60 80 15 7 CI-CE 150 130 24 Notas: 1 As caixas devem ser confeccionadas conforme a especificação da concessionária; 2 Para determinar o tamanho, consulte item 9.2.3 do RIC. 37 6.20. Componentes da entrada de energia. Figura 1 página 1( RIC 2002). 38 6.21. Alturas mínimas do ramal de ligação ao solo. Figura 2 página 2 (RIC 2002). 39 6.22. Entrada de energia com medição instalada em muro ou mureta lateral, com poste particular. Figura 9 A página 13 (RIC 2002). 40 6.23. Entrada de energia com medição instalada em muro ou mureta frontal, com poste particular. Figuras 9B e 9C páginas 14 e 15 (RIC 2002). Figura 9 B (RIC 2002) 41 Figura 9 C (RIC 2002) Nota: 1 A disposição do isolador deve ser de acordo com a figura 14 e 17. 2 Utilizar no máximo três (03) curvas de 90º no eletroduto de entrada. 3 Na medição frontal, pode ser no alinhamento da rua ou no máximo a 0,5m. 4 Medidas em centímetros. 42 6.24. Entrada de energia com medição independente da área privada, com poste particular. Figuras 5 A e 5B páginas 5 e 6 (RIC 2002). Figura 5 A (RIC 2002) 43 Figura 5 B (RIC 2002) 44 6.25. Entrada de energia com ramal de entrada subterrâneo. Figura 15 página 21 (RIC 2002).. Notas: 1 O eletroduto junto ao poste deve ser de diâmetro nominal de no mínimo 50mm, com altura mínima de 5,70m para cabos unipolares ou 2,70m para cabos multipolares, do solo. 2 Medidas em centímetros. 45 6.26. Exemplo do detalhe de entrada de energia elétrica, telefone e TV a cabo de uma residência com poste particular. Fornecimento tipo C15. 46 47 7. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ALTA TENSÃO ( A.T.) 7.1. Previsão de Subestação Deve ser prevista a construção de subestação nas seguintes condições : a) Nas ligações individuais com carga instalada superior a 75 KW; b) Nas ligações de prédios com múltiplas unidades consumidoras residenciais e/ou mistos com demanda total superior a 115 KVA, deve ser prevista uma área do condomínio para a subestação conforme indica o RIC de MT (Regulamento de Instalações Consumidoras em Média Tensão); c) Por razões de ordem técnica, estética, de segurança ou a critério da concessionária, independente das condições acima, poderá ser estabelecido valores diferentes aos limites mencionados. 7.2. Localização das subestações em edifícios de uso coletivo A localização das subestações deve atender as seguintes condições: • estar situada nas dependências do consumidor; • apresentar facilidade de instalação e remoção dos equipamentos; • não estar situada em áreas previstas para alargamento de ruas e ajardinamentos, exceto com autorização da Prefeitura Municipal; • não ser instalada em telhados, terraços ou marquises; • não ficar sujeita a inundações ou infiltrações d'água. • a subestação deve ser do tipo abrigada, estar localizada em área do condomínio e no pavimento térreo. Quando não houver condições para tal, a subestação poderá se localizar no primeiro subsolo, desde que tenha acesso por rampa e drenagem permanente, sujeita a aprovação da concessionária. A distância máxima da subestação ao alinhamento do prédio é 20m, exceção feita a conjuntos de blocos, nos quais a aceitação fica a critério da concessionária; • O Acesso à subestação deve ter em toda sua extensão, no mínimo, 1,20m de largura por 2,10m de altura, sem obstáculos que impeçam ou dificultem o transporte dos equipamentose, preferencialmente, estar voltado para a área coberta de pouca circulação. A critério da concessionária estas dimensões podem ser superiores a estes valores. 7.3. Dimensões Mínimas Internas das Subestações Para subestações de um único transformador de potência nominal até 500 kVA, devem ser observadas as medidas abaixo: • Largura : 2,5m; • Comprimento: 3,20m; • Pé-direito : 2,80m; • Porta de acesso: 1,40 x 2,10m; • Ventilação : 3,7m². 48 Notas: 1 Dependendo da localização dos eletrodutos de entrada e saída, caixas e porta de acesso, as medidas acima devem ser ajustadas, cabendo à concessionária o direito de modificar as dimensões, quando da análise do projeto; 2 A medição de energia elétrica deve ser feita segundo padrões descritos no RIC de BT (2002). 7.4. Diagrama típico de fornecimento em tensão primária 49 7.5. Exemplo de subestação abrigada para edifício de uso coletivo com demanda calculada até 500 KVA. Notas : 1 O tapete de borracha deve ter 0,50 x 0,50 e ser isolado para 15kV; 2 O terminal de reserva deve ficar do lado oposto ao da entrada de energia; 3 As janelas devem ser metálicas com venezianas fixas, com 1,50 x 0,70; 4 A tela de proteção, constituída de arame n°14 BWG deve ter 2,10 de altura e malha de 0,015 x 0,015 , e ser do tipo otis; 5 A chave seccionadora deve permitir, quando da sua abertura uma excursão mínima de 0,18 entre a parte móvel e o borne energizado; 6 A laje do piso deve ter uma espessura de 0,10 quando em contato com o solo e 0,15 quando em pavimento superior; 7 As portas e as janelas devem ser confeccionadas em chapa metálica n° 14 USG (1,98mm); 8 As dimensões são indicadas em metros. 50 8. FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA PRÉDIOS COLETIVOS. 8.1. Caixas para agrupamento de medidores pertencentes a prédios de múltiplas unidades consumidoras com um centro de medição (residencial e comercial). Figura 25 página 31 ( RIC 2002). Notas: 1 Aspectos construtivos, conforme item 9.5. 2 Instrução para a montagem da CED conforme item 9.4.1 3 Numerar a CP de serviço com o número do prédio. 4 Medidas em centímetros. 51 8.2. Painel para agrupamento de medidores ocupando duas paredes ( prédio residencial). Figura 27 página 33 (RIC 2002). Notas: 1 Aspectos construtivos, conforme item 9.5. 2 Instrução para a montagem da CED conforme item 9.4.1 3 Numerar a CP de serviço com o número do prédio. 4 Medidas em centímetros. 52 8.3. Painel para agrupamento de medidores ocupando duas paredes (prédio comercial). Figura 28 página 34 (RIC 2002). Notas: 1 Aspectos construtivos, conforme item 9.5. 2 Instrução para a montagem da CED conforme item 9.4.1 3 Numerar a CP de serviço com o número do prédio. 4 Medidas em centímetros. 53 8.4. Painel para agrupamento de medidores ocupando três paredes ( prédio residencial). Figura 29 página 35 (RIC 2002). Notas: 1 Aspectos construtivos, conforme item 9.5. 2 Instrução para a montagem da CED conforme item 9.4.1 3 Numerar a CP de serviço com o número do prédio. 4 Medidas em centímetros. 54 8.5. Painel para agrupamento de medidores ocupando três paredes (prédio comercial). Figura 30 página 36 (RIC 2002). Notas: 1 Aspectos construtivos, conforme item 9.5. 2 Instrução para a montagem da CED conforme item 9.4.1 3 Numerar a CP de serviço com o número do prédio. 4 Medidas em centímetros. 55 9. EXEMPLO DE DIAGRAMA UNIFILAR OU COLUNA MONTANTE DE UM EDIFÍCIO DE USO COLETIVO COM UM CENTRO DE MEDIÇÃO ( fornecimento 220/127 V). Notas: 1 Seção dos condutores em mm²; 2 Diâmetro dos eletrodutos em mm. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CAVALIN, Geraldo e CERVELIN, Severino. Instalações Elétrica Prediais. São Paulo. Editora Érica Ltda. 1998. 2. COSTA, Gilberto José Correa da. Iluminação Econômica, Cálculo e Avaliação. 2a edição. Porto Alegre. EDIPUCRS. 2000. 3. COTRIM, Ademaro. Instalações Elétricas. 4a edição. São Paulo. Makron Books. 2003. 4. CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 14a edição. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 2000. 5. NBR - 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1998. 6. NBR-5382 - Verificação de iluminância de interiores – Procedimentos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro. 1985. 7. NBR - 5413 - Iluminância de interiores. Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1992. 8. NISKIER, J. e MANCINTYRE, A. J. Instalações Elétricas. 4a edição. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 2000. 9. MAMEDE, João. Instalações Elétricas Industriais. 6a edição. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 2001. 10. KINDERMANN, Geraldo e CAMPAGNOLO, Jorge Mário. Aterramento Elétrico. Porto Alegre. 1992. 11. RIC - Regulamento de Instalações Consumidoras. CEEE, AES e RGE. Rio Grande do Sul. 2002. 12. SILVÉRIO, Visacro filho. Aterramento Elétrico. São Paulo. Artliber Editora Ltda. 2002.
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