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11Enclise e mesolise

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https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 1/6
Português Lista de Exercícios Extensivo ENEM e Vestibulares SEMANA 8
Ex. 7 Ênclise e Mesóclise
(Insper 2012)  Com mais de 50 anos de escrevinhação nas costas,
descobri algumas ideias que muita gente faz da vida de um escritor.
Por exemplo, tem quem ache que os escritores, notadamente entre
eles mesmos, só falam difícil, uma proparoxítona para abrir, uma
mesóclise para dar classe e um tetrassílabo para arrematar. "Em teu
parecer, meu impertérrito amigo", perguntaria eu ao Rubem Fonseca,
durante nosso almoço periódico, "abater-se-á hoje, sobre a nossa
urbe, uma formidanda intempérie?" Ao que o Zé Rubem reagiria com
uma anástrofe, um mais-que-perfeito fazendo as vezes do imperfeito
do subjuntivo e uma aliteração �nal show de bola, coisa de craque
mesmo. "Augure do tempo fora eu, pressagiá-lo-ia
libentissimamente", responderia ele. "Todavia, de tal não me trato."
E assim iríamos almoço afora, discutindo elevadíssimos assuntos, em
linguagem só compreensível por indivíduos especiais.
 
João Ubaldo Ribeiro, O Estado de São Paulo, 03/07/2011.
 
Ao comentar a suposta so�sticação presente nas falas dos
escritores, João Ubaldo Ribeiro faz menção a vários fenômenos de
linguagem. A respeito deles, está correto o que se a�rma em:
Ex. 4 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).
 
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de
Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos
(Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que
pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais
de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível
atualidade.
 
“(...) De uma coisa sabemos, que o homem branco 1talvez venha a
um dia descobrir: 2o nosso Deus é o mesmo Deus. 3Julga, talvez, que
pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa
terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma
maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por
Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O
homem branco também vai desaparecer, 4talvez mais depressa do
que as outras raças. 5Continua sujando a sua própria cama e há de
morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de
abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens,
6quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas
escarpadas se encherem de �os que falam, onde �carão então os
sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar
adeus à andorinha da torre e à caça; 7o �m da vida e o começo da
luta pela sobrevivência. (...)
8Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se
soubéssemos quais as esperanças transmite a seus �lhos nas longas
noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam
ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos
selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por
serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se
consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos
prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como
desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a
sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima
das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas
�orestas e praias, 9porque nós as amamos como um recém-nascido
ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra,
ama-a como nós a amávamos. 10Protege-a como nós a protegíamos.
Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com
toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, 11conserva-a
para os seus �lhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa
sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por
Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino
comum.”
 
www.culturabrasil.pro.br/seattle1.htm. Acesso em 16/04/2016.
 
 
(G1 - epcar (Cpcar) 2017)  Assinale a alternativa cuja análise está
correta.
a) Os tetrassílabos ocorrem quando as palavras contêm um grupo
de duas letras que representam um único fonema.   
 
b) A mesóclise, exempli�cada em formas como “abater-se-á”, é uma
construção que determina a colocação do pronome em relação ao
verbo.   
 
c) A anástrofe consiste em estabelecer a concordância ideológica,
isto é, de acordo com a ideia e não com as palavras que
efetivamente aparecem na oração.   
 
d) O pretérito mais que perfeito e o imperfeito do subjuntivo
expressam um processo verbal indicativo de exortação e
advertência.   
 
e) A aliteração, empregada pelo autor em “libentissimamente”,
exprime o auge da intensi�cação de uma qualidade.   
a) O acento utilizado em “compreendêssemos” justi�ca-se por se
tratar de uma palavra proparoxítona; já o utilizado em “protegíamos”
justi�ca-se pela regra do hiato tônico.   
 
b) Os acentos graves utilizados em “causar dano à terra” e “federem
à gente” justi�cam-se por se tratar de complementos verbais
intransitivos.   
 
c) Justi�ca-se o uso da ênclise em “Protege-a” (ref. 10), por iniciar
período; e, em “conserva-a” (ref. 11), por iniciar uma oração
antecedida de vírgula.   
 
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 2/6
Ex. 5 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto e responda à(s) questão(ões) a seguir.
 
EMBARQUE IMEDIATO
Não basta passar pelos dias. Viva a partir de agora, com emoção
Por Márcia de Luca
 
Neste mundo de turbulências em que estamos vivendo, muitas vezes
nos sentimos deprimidos. Em certos momentos, parece que tudo
está perdido, não é mesmo? Achamos que tudo está diferente, que
as pessoas estão __________.
Mas aqui e agora, tome uma atitude �rme em sua vida. Mude seu
jeito negativo de ser, evitando que sua vida seja insigni�cante.
Perdoe erros que você considerava imperdoáveis, troque as pessoas
insubstituíveis por gente mais leve e solta. O apego aos outros está
obsoleto. Nada nem ninguém é insubstituível. Aceite a decepção que
outros lhe causaram para que você também seja aceito. Sim, porque
todos, inclusive nós, já decepcionamos alguém.
Antes de reagir por impulso, pare, respire fundo. E, só então, aja,
com equilíbrio. Ame profundamente, __________ risadas gostosas,
abrace, proteja pessoas queridas, faça amigos. Pule de felicidade e
não tenha medo de quebrar a cara – se isso acontecer, encare com
leveza. Se perder alguém nesta vida, sofra comedidamente – e vá
em frente, pois tudo passa.
Mas, sobretudo, não seja alguém que simplesmente passa pela vida.
Viva intensamente. Abrace o mundo com a devida paixão que ele
merece. Se perder, faça-o com classe, se vencer, que delícia! O
mundo pertence a quem se atreve a ser feliz. Aproveite cada
instante dessa grande aventura.
Agora mesmo, neste __________, sente-se confortavelmente na
poltrona, com a coluna ereta e de olhos fechados. Faça vários ciclos
de respiração profunda e sinta o ar entrando e saindo. Quando sentir
seu corpo relaxado e sua mente mais calma, pense em sua nova
vida, mais leve. Desta maneira você viverá mais facilmente.
 
Fonte: Revista Gol – Linhas áreas inteligentes
 
 
 
(G1 - ifsul 2016)  A colocação pronominal em “Se perder, faça-o
com classe...” justi�ca-se por
Ex. 6 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões) a seguir.
 
Laivos de memória
 
“... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao �m dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.”
 
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
 
 
            Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia,
tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube
suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e
deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana �uminense.
A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras
era, naquele momento, su�cientementeforte para respaldar a
decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de
então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus
desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das
montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos
corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que
dolorosas – e despedidas são sempre dolorosas – não seriam
certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que
acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em
realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na
ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma
Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do
Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e
orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza,
que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele
momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E
o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas,
provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem
agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-
chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento,
como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a
bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como
mais tarde se agregaria à histórica Villegagnon em meio à sublime
baía de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência,
tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem
cientí�ca, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos
entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo,
vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida,
atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram
marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados
des�lam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a
saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com
a vida de bordo e as primeiras idas para o mar – a razão de ser da
carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas:
Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
d) Em “o nosso Deus é o mesmo Deus” (ref. 2) o adjetivo “mesmo” foi
utilizado no sentido de “próprio”.  
a) questão de estilo.   
 
b) ausência de mesóclise.   
 
c) necessidade de próclise.   
 
d) obrigatoriedade de ênclise.   
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Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque
no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens,
Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de
participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta
Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro
embarque efetivo e o verdadeiro início da vida pro�ssional – no meu
caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a
inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do
coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a
bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas
descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-
Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a
compromissos curriculares, as platinas de O�cial começariam,
�nalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do
status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-
marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: “... é a
fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a
adolescência, primavera da vida. Tudo são �ores e ilusões... Depois
começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos
cargos, o acúmulo de deveres novos”.
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a
bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e
duradouras lembranças em nossa memória. Com o passar dos
tempos, inúmeros Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram
se incorporando ao acervo pro�ssional-afetivo de cada um dos
integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah! Como é grati�cante, ainda que melancólico, repassar tantas
lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas
tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de
inesquecíveis e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados
anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de
milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas
líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas
costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas
e arribadas em um sem-número de enseadas, baías, barras, angras,
estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo,
percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos
e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no
Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis
e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com
povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às
vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos
amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-
Ceilão e hoje Sri Lanka.
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos.
Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto
visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois,
como dizia Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das
quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do
descobrimento”.
 
(CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista
de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
 
 
(Esc. Naval 2016)  Assinale a opção em que o uso da ênclise se dá
pelo mesmo motivo observado em: “Naquela ocasião, despedia-me
dos amigos de infância e da família (...)” (2º parágrafo)
Ex. 1 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
(G1 - ifsul 2019)  Acerca do texto, nas orações: “se as eleições
fossem ontem” e em “quem você teria votado e se arrependido”, é
INCORRETO a�rmar que
Ex. 2 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO
Hélio Gurovitz
 
Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o
topo da lista dos mais vendidos (...) 1A distopia de Orwel, mesmo
situada no futuro, tinha um endereço certo em seu tempo: o
stalinismo. (...) 2O mundo da “pós-verdade”, dos “fatos alternativos”
e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra
distopia, publicada em 1932: Admirável mundo novo, de Aldous
Huxley.
3Não se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez
em 1985, num livreto do teórico da comunicação americano Neil
Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo até morrer),
relembrado por seu �lho Andrew em artigo recente no The
Guardian. “Na visão de Huxley, não é necessário nenhum Grande
a) Os Aspirantes sentiam-se orgulhosos de suas conquistas
acadêmicas.   
 
b) Aqui, instalaram-se comodamente os atletas brasileiros, durante
os Jogos Olímpicos.   
 
c) A mãe da jovem Aspirante tinha-lhe observado a importância da
escolha pro�ssional.   
 
d) Relatou-nos, com detalhes, as aventuras e desventuras de sua
última viagem de barco.   
 
e) Os alunos não estavam gostando do livro, mas continuavam a lê-
lo.   
a) a classi�cação gramatical do SE, respectivamente, é conjunção e
pronome.   
 
b) a conjunção SE poderia ser substituída, sem alteração de sentido,
pelo nexo oracional CASO.   
 
c) o pronome SE é atraído pela conjunção E, havendo, portanto, uma
ênclise.   
 
d) a classi�cação do verbo utilizado na primeira oração é pretérito
imperfeito do subjuntivo.   
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares4/6
Irmão para despojar a população de autonomia, maturidade ou
história”, escreveu Postman. “Ela acabaria amando sua opressão,
adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar.
Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que não
haveria motivo para proibir um livro, pois não haveria ninguém que
quisesse lê-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de
informação. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seríamos
reduzidos à passividade e ao egoísmo. 5Orwell temia que a verdade
fosse escondida de nós. Huxley, que fosse afogada num mar de
irrelevância.”
6No futuro pintado por Huxley, (...) não há mães, pais ou
casamentos. O sexo é livre. A diversão está disponível na forma de
jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que
garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra
dez áreas civilizadas e uns poucos territórios selvagens, onde
7grupos nativos ainda preservam costumes e tradições primitivos,
como família ou religião. “O mundo agora é estável”, diz um líder
civilizado. “As pessoas são felizes, têm o que desejam e nunca
desejam o que não podem ter. Sentem-se bem, estão em segurança;
nunca adoecem; 8não têm medo da morte; vivem na ditosa
ignorância da paixão e da velhice; não se acham sobrecarregadas de
pais e mães; 9não têm esposas, nem �lhos, nem amantes por quem
possam sofrer emoções violentas; são condicionadas de tal modo
que praticamente não podem deixar de se portar como devem. E se,
por acaso, alguma coisa andar mal, há o soma.”
10Para chegar à estabilidade absoluta, foi necessário abrir mão da
arte e da ciência. “A felicidade universal mantém as engrenagens em
funcionamento regular; a verdade e a beleza são incapazes de fazê-
lo”, diz o líder. “Cada vez que as massas tomavam o poder público,
era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava.” A
verdade é considerada uma ameaça; a ciência e a arte, perigos
públicos. Mas não é necessário esforço totalitário para controlá-las.
Todos aceitam de bom grado, fazem “qualquer sacrifício em troca de
uma vida sossegada” e de sua dose diária de soma. “Não foi muito
bom para a verdade, sem dúvida. Mas foi excelente para a
felicidade.”
No universo de Orwell, a população é controlada pela dor. No de
Huxley, pelo prazer. “Orwell temia que nossa ruína seria causada
pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos”, escreve Postman. Só
precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o público
sabe a diferença entre discurso sério e entretenimento. (...) O alvo de
Postman, em seu tempo, era a televisão, que ele julgava ter imposto
uma cultura fragmentada e super�cial, incapaz de manter com a
verdade a relação re�exiva e racional da palavra impressa. 11O
computador só engatinhava, e Postman mal poderia prever como
celulares, tablets e redes sociais se tornariam – bem mais que a TV –
o soma contemporâneo. Mas suas palavras foram prescientes: “O
que a�igia a população em Admirável mundo novo não é que
estivessem rindo em vez de pensar, mas que não sabiam do que
estavam rindo, nem tinham parado de pensar”.
 
Adaptado, Revista Época nº 973 – 13 de fevereiro de 2017, p. 67.
 
 
Distopia = Pensamento, �loso�a ou processo discursivo
caracterizado pelo totalitarismo, autoritarismo e opressivo controle
da sociedade, representando a antítese de utopia. (BECHARA, E.
Dicionário da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora Nova
Fronteira, 2011, p. 533).
 
 
(Epcar (Afa) 2018)  Tendo como base o que prescreve a norma culta
padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa cuja análise
está correta.
Ex. 3 Ênclise e Mesóclise
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
O celular que escraviza
 
Eles roubam nosso tempo, atrapalham os relacionamentos e podem
até causar acidentes de trânsito. Quando é a hora de desligar?
 
Estamos viciados. Em qualquer lugar, a qualquer momento do dia,
não conseguimos deixar de lado o objeto de nossa dependência.
1Dormimos ao lado dele, acordamos com ele, o levamos para o
banheiro e para o café da manhã – e, se, por enorme azar, o
esquecemos em casa ao sair, voltamos correndo. Somos incapazes
de �car mais de um minuto sem olhar para ele. É através dele que
nos conectamos com o mundo, com os amigos, com o trabalho.
2Sabemos da vida de todos e informamos a todos o que acontece
por meio dele. Os neurocientistas dizem que ele nos fornece
pequenos estímulos prazerosos dos quais nos tornamos
dependentes. Somos 21 milhões – número de brasileiros com mais
de 15 anos que têm smartphones, os celulares que fazem muito
mais que falar. Com eles, trocamos e-mails, usamos programas de
GPS e navegamos em redes sociais. O tempo todo. Observe a seu
redor. Em qualquer situação, as pessoas param, olham a tela do
celular, dedilham uma mensagem. Enquanto conversam. Enquanto
namoram. Enquanto participam de uma reunião. E – pior de tudo –
até mesmo enquanto dirigem.
3“É uma dependência difícil de eliminar”, diz o psiquiatra americano
David Green�eld, diretor do Centro para Tratamento de Vício em
Internet e Tecnologia, na cidade de West Hartford. “Nosso cérebro
se acostuma a receber essas novidades constantemente e passa a
procurar por elas a todo instante.” 4O pai de todos os vícios, claro, é
o Facebook, maior rede social do mundo, onde publicamos notícias
sobre nós mesmos como se alimentássemos um grande jornal
coletivo sobre a vida cotidiana. Depois dele, novas redes foram
a) “Nos divertindo até morrer” (ref. 4) apresenta uma colocação
pronominal adequada, pois, além de ser a tradução de um nome
próprio, o gerúndio não admite ênclise.    
 
b) Em “...grupos nativos ainda preservam costumes e tradições
primitivos...” (ref. 7), o adjetivo poderia estar no feminino para
concordar com o último elemento, já que está posposto a ele.    
 
c) O termo sublinhado em “... não têm esposas, nem �lhos, nem
amantes por quem possam sofrer...” (ref. 9) poderá ser substituído
por os quais e não acarretará alteração sintática nem semântica na
sentença.    
 
d) Em “... não têm medo da morte; vivem na ditosa ignorância da
paixão e da velhice...” (ref. 8) os termos sublinhados exercem a
mesma função sintática: adjuntos adnominais dos substantivos a
que se referem.    
https://www.biologiatotal.com.br/medio/cursos/extensivo-enem-e-vestibulares 5/6
GABARITO
criadas e apertaram o nó da dependência. Programas de troca de
fotos como o Instagram conectam milhões de pessoas por meio das
imagens feitas pelas câmeras cada vez mais potentes dos celulares.
Os aplicativos de trocas de mensagem, como o Whatsapp,
promovem bate-papos escritos que se assemelham a uma conversa
na mesa do bar. O �nal dessa história pode ser dramático. Interagir
com o aparelho – e com centenas de amigos escondidos sob a tela
de cristal – tornou-se para alguns uma compulsão tão violenta que
pode colocar a própria vida em risco.
5Parece exagero? Pense na história da garota americana Taylor
Sauer, de 18 anos. Em janeiro, Taylor dirigia numa rodovia
interestadual que liga os Estados de Utah e Idaho quando bateu a
130 quilômetros por hora na traseira de um caminhão. Taylor
trocava mensagens com um amigo sobre um time de futebol
americano. Uma a cada 90 segundos. Seu último post foi: “Não
posso discutir isso agora. Dirigir e escrever no Facebook não é
seguro! Haha”. Se não estivesse teclando, provavelmente Taylor
teria avistado o veículo à frente, que andava a meros 25 quilômetros
por hora. O caso terrível não é uma aberração estatística. A cada
ano, 3 mil americanos morrem por causa da distração no celular, de
acordo com a agência federal National Transportation Safety Board.
No Brasil, não é diferente – pelo menos é a impressão dos
pro�ssionais que trabalham na área. “Minha experiência sugere que
essa é a quarta maior causa de acidentes, só atrás do excesso de
velocidade, uso de álcool e drogas e cansaço”, diz Dirceu Júnior,
diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego. (...) 6O
cérebro só faz bem uma coisa ou outra. (...) Dirigir falando ao
telefone duplica o risco de um acidente.
(...)
7A sensação de estar por foraé consequência da hiperconectividade,
um conceito elaborado por dois pesquisadores canadenses, Anabel
Quan-Haase e Barry Wellman. Eles criaram uma teoria para explicar
como vive o dono de um celular moderno. Ele pode se comunicar a
partir de qualquer lugar a qualquer instante. Não há fronteiras entre
ele, seus amigos e o restante do mundo 8– com exceção (maldição!)
de locais em que o sinal é fraco 9ou (pesadelo!) não chega. Um dos
efeitos colaterais da hiperconectividade é ser altamente viciante. Daí
a descon�ança de especialistas de que motoristas que não
conseguem largar o celular enquanto dirigem são, na verdade,
dependentes. Dispositivos eletrônicos como os celulares geram a
sensação de prazer para o cérebro porque ele se sente
recompensado a cada novidade recebida. 10Uma mensagem é um
pacotinho de prazer. A descarga de uma substância estimulante para
nossos neurônios, a dopamina, encarrega-se de gerar a sensação
agradável. O Instituto de Informação e Tecnologia de Helsinque, na
Finlândia, fez um estudo para analisar quanto tempo do dia
gastamos com 11o hábito de veri�car atualizações em busca desse
barato cerebral. De acesso em acesso, somamos duas horas e 40
minutos. É o mesmo tempo gasto nos Estados Unidos com televisão
e dez vezes o que se gasta com leitura. (...)
 
Reportagem de Rafael Barifouse e Isabella Ayub, Revista
Época,15/06/2012. Disponível em
<http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/o-celular-que-
escraviza.html>. Último acesso em 03 de outubro de 2017.
 
 
(G1 - cmrj 2018)  Sobre o trecho “Dormimos ao lado dele,
acordamos com ele, o levamos para o banheiro e para o café da
manhã – e, se, por enorme azar, o esquecemos em casa ao sair,
voltamos correndo.” (ref. 1), pode-se a�rmar que 
Ex. 7 Ênclise e Mesóclise
Ex. 4 Ênclise e Mesóclise
Ex. 5 Ênclise e Mesóclise
Ex. 6 Ênclise e Mesóclise
Ex. 1 Ênclise e Mesóclise
a) os verbos dormir e acordar são transitivos indiretos e regem
complementos introduzidos, respectivamente, pelas preposições “a”
e “com”.    
 
b) foi usada, de acordo com a norma padrão, a próclise com os
verbos levar e esquecer.    
 
c) as expressões “ao lado dele”, “com ele”, “para o banheiro” e “em
casa” são adjuntos adverbiais.    
 
d) caso o autor optasse pela ênclise, a colocação pronominal
resultaria nas formas esquecemos-lo e levamos-lo.    
 
e) a ênclise não é indicada nos dois casos em questão por causa de
palavras atrativas.    
b) A mesóclise, exempli�cada em formas como “abater-se-á”,
é uma construção que determina a colocação do pronome em
relação ao verbo.   
 
c) Justi�ca-se o uso da ênclise em “Protege-a” (ref. 10), por
iniciar período; e, em “conserva-a” (ref. 11), por iniciar uma
oração antecedida de vírgula.   
 
d) obrigatoriedade de ênclise.   
b) Aqui, instalaram-se comodamente os atletas brasileiros,
durante os Jogos Olímpicos.   
 
c) o pronome SE é atraído pela conjunção E, havendo,
portanto, uma ênclise.   
 
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Ex. 2 Ênclise e Mesóclise
Ex. 3 Ênclise e Mesócliseb) Em “...grupos nativos ainda preservam costumes e tradições
primitivos...” (ref. 7), o adjetivo poderia estar no feminino para
concordar com o último elemento, já que está posposto a ele.
   
 
c) as expressões “ao lado dele”, “com ele”, “para o banheiro” e
“em casa” são adjuntos adverbiais.

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