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Aula Suinocultura

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Aula Suinocultura – 18/10/21 
Manejo Aplicado na Creche, Crescimento e Terminação 
 
Melhor manejo de creche consiste em amenizar o 
estresse e adaptar o leitão o mais rápido possível ao 
sistema. 
O máximo potencial de ganho de peso e conversão 
alimentar. 
 
 
Pesagem dos Leitões 
21 dias: 5,6 – 6,7 kg 
Porcas boas produtoras de leite: Leitões mais pesados: 5x seu peso inicial (média do peso inicial: 
1,3kg) 
Procedimentos Após Desmame 
Separar leitões por peso e sexo; 
Evitar formar lotes com leitões oriundos de mais de três leitegadas diferentes; 
Observar leitões no momento do arroçoamento; (Dieta a partir de 7 dias de vida) 
Verificar animais com diarreias, refugos etc.; 
Evitar entrar nas gaiolas ou baias; 
Evitar ruídos excessivos; 
Promover espaço suficiente para os leitões; 
Fornecer a mesma ração de desmame, sendo trocada de forma gradativa. Na primeira semana 
pós-desmame; 
Abasteça os comedouros diariamente, não deixando ração úmida, velha ou estragada; 
Oferecer água limpa e de boa qualidade á vontade para os animais; 
Requerimentos 
Energia de Mantença 
Energia basal 
Energia de manutenção 
 
➢ Cuidados com arraçoamento > Diarreia 
neonatal 
 
 
Garantir uma boa produção: Cuidados 
O baixo consumo de água > Desidratação > Consumo de ração 
Bebedouros suplementares: reabastecidos várias vezes ao dia > Auxilia no fornecimento de água 
até que os leitões se adaptem aos bebedouros da creche 
 
Procedimentos Após Desmame 
Ajustar toda a sala do desmame, regulação do comedouro, bebedouro e ambiência; 
Definir lotes pelo tamanho dos animais (padronização); 
Estimular o consumo através do fornecimento de 6 a 8 tratos diários; 
Utilizar termômetro de máxima e mínima para verificação das temperaturas nas salas; 
Atenção ao manejo de cortina das salas (formação de gás); 
Respeitar a relação de 10 leitões/bebedouros; 
 
Crescimento e terminação 
- Manejo mais simples e menos equipamentos 
> São as fases menos preocupantes se: 
- Peso compatível com idade 
- Boas condições sanitárias 
O sucesso nessas fases depende de um bom desempenho na maternidade e na creche 
 
Crescimento e terminação 
Crescimento 
Dos 25 – 35 aos 60 kg – até +/- 120 dias 
Terminação 
Dos 60 kg até o abate (+/- 90 – 100 kg PV) até 154 dias 
- Sistema “Todos dentro – todos fora” 
- Alojar nas baias de crescimento no dia da saída da creche 
Mantendo os mesmos grupos ou refazer os lotes por tamanho e sexo 
 
Crescimento e Terminação 
Fornecimento de Ração 
➢ Em DUAS FASES (Convencional) 
25 aos 60 kg e dos 60 ao abate 
➢ Em TRÊS FASES 
20 a 40 kg de 40 a 60 e de 60 ao abate 
➢ Em QUATRO FASES 
25 a 40 kg de 40 a 60, de 60 a 90 e de 90 ao abate 
Dispor de bebedouros de fácil acesso (com altura, vazão e pressão regulados) 
Monitorar ambiente 4 vezes ao dia (pelo menos) 
Observar as condições dos animais, bebedouros, comedouros, ração e temperatura do 
ambiente. 
 
Limpeza e desinfecção de instalações 
Limpeza seca – Varredura diária 
Evitar – Lavagem diária – Abrasividade do piso 
Desgastes do casco – exposição do tecido mole do animal 
 
Pq fazer o controle sanitário 
Qualidade do ar dentro das instalações > Presença de gases tóxicos e poeira 
Principais gases e suas consequências sobre os animais 
Amônia (nh3) 
Enfermidades respiratórias e redução no crescimento 
10ppm para suínos 
20ppm para homem 
➢ Gás associado a redução do apetite e a irritação das mucosas 
➢ Exposição a 50ppm reduz o desempenho 
➢ 100ppm leva a espirros e perda de apetite 
➢ Superior a 300ppm, pode levar a convulsões 
Formação de lotes 
Observam-se: 
Lutas (14 a 48h) 
Mordidas no pescoço e orelhas 
Cabeça no flanco do adversário 
 
 
Medidas 
Transferência – Horas mais frescas do dia 
Uniformização - idade e peso (10% de variação) 
Fornecer baia com piso – maravalha, bagaço de cana, palha... 
É utilizado mais maravalha do que palha, PQ? 
➢ Fácil manejo, absorve a umidade, melhor controle sanitário 
Densidade dos lotes 
Número ótimo > 20 animais por baia 
Evitar: refugo, perda de peso (evitar perdas econômicas) 
Canibalismo 
Causas: 
Carência de proteína e/ ou minerais nas rações 
Excesso de lotação 
Comedouros e bebedouros insuficientes 
Higienização das instalações deficiente 
Presença de vermes intestinais 
Ventilação insuficiente – Excesso de calor (20-21ºc Conforto térmico) 
Lotes desuniformes – idade e peso 
Estresse 
 
Medidas de combate 
Enriquecimento ambiental: cama sobre posta, colocação de correntes ou borrachas, brinquedos 
etc. 
Fornecimento de ração balanceadas 
Respeitar lotação e uniformização dos lotes 
Boas condições de higiene 
Espaços nos comedouros e bebedouros 
 
Enriquecimento Ambiental * Acho que vai ser uma questão de pq* 
A disposição de enriquecimento ambiental reduz a ocorrência de interações sociais negativas 
entre suínos, como vícios de sucção 
O fornecimento de bolas de plástico ou brinquedos de borracha pode diminuir a ociosidade do 
suíno e aumentar interações sociais positivas 
É comum o uso de pneus e correntes metálicas nas baias devido á sua facilidade de uso. 
Entretanto, estudos comprovam que suínos perdem o interesse rapidamente por esses 
materiais 
Apresentando resultados satisfatórios: A utilização de brinquedos, estes podem ser adquiridos 
em lojas, comercializados como artefatos para animais de companhia 
 
Manejo Reprodutivo 
Funções do macho 
Contribui com 50% do material genético de cada descendente 
Provê fonte de melhoramento genético 
Influencia o índice de concepção e o tamanho da leitegada 
 
Qualidades que o varrão deve possuir 
O macho apresentar sinais de masculinidade 
Cabeça robusta 
Peito e pescoço bem desenvolvidos 
Dorso bem desenvolvido 
Espessura de toucinho de no máximo 18mm 
 
Bom desenvolvimento dos órgãos genitais, como: 
Tamanho adequado dos testículos e epidídimos 
Simetria, mobilidade e ausência de sensibilidade nos testículos 
Prepúcio sem secreções e com mucosas integra 
Pênis sem lesões, cicatrizes e malformações 
 
 
Manejo Reprodutivo de Machos 
Defeitos que desclassificam um macho para reprodução 
Monorquídismo e criptorquidismo 
Reprodutores com problemas de aprumos, incluindo problemas de cascos 
Machos velhos > pouco vigor 
Animais que apresentem desvio da coluna vertebral (escoliose, lordose) 
Animais obesos 
Puberdade 
Tem início entre 120 – 150 d (4 a 5 meses) ou 70 – 80kg. 
Nesta fase a produção espermática é limitada, o sêmen é bastante diluído inadequado para 
realizar coberturas 
A produção espermática pode ser afetada por 
Raças 
Alimentação (restrição pode retardar o aparecimento da puberdade devido a inibição do FSH e 
LH 
Início da Reprodução 
O macho deve iniciar vida reprodutiva entre 7 – 8 meses (140kg) 
Mesmo com idade, não deve ser utilizado nas 4 primeiras semanas após a introsução no 
rebanho; 
Manter o macho em baia ao lado das baias das fêmeas 
Na 1ª monta, utilizar fêmea com +/- o mesmo tamanho do macho 
➢ Monitorar as 1ª montas 
➢ Macho entre 7 e 11 meses: 2 montas/ semana 
➢ Macho mais de 12 meses: 3 montas/ semana 
Eventos importantes 
Evitar intervalos longos de descanso 
Evitar usar macho mais de uma vez ao dia 
Não colocar varrão jovem com um grupo de matrizes mais velhas 
Evitar deixar o reprodutor com a fêmea durante todo o cio 
Descarte de machos e taxa de reposição 
Vida reprodutiva limitada: 2 – 3 anos 
Taxa de reposição 25 – 40%/ano 
Machos com saúde e sexualmente 
agressivos tem fertilidade mantida por 
mais de 3 anos 
Ideal manter um plantel com maior nº 
possível de machos maduros 
Efeito das altas temperaturas 
Suínos têm mecanismo termo reguláveis escrotais limitados, devido ausência de saco escrotal 
pendular 
Doenças febris e elevada temperatura ocasionar subfertilidade 
Estresse térmico de 3 – 4 dias pode causar subfertilidade: 4 – 6 semanas após 
Treinamento dos reprodutores 
Inicia dos 6 a 8 meses de idade (antes da vidareprodutiva) 
Deve ser apresentado ao manequim diariamente, durante 10 a 15 minutos 
Conduzido tranquilamente ao local de coleta, preferencialmente após o arroçoamento, quando 
o ambiente estiver mais calmo 
Caso o salto não ocorra ao final dos 15 minutos > retirar o cachaço do local 
Uma maior exigência dos machos pode causar o chamado 
esgotamento 
➢ Presença de espermatozoides imaturos 
➢ Redução do número de células no ejaculado 
➢ Casos extremos ausência de espermatozoides 
Longos intervalos entre coletas: entre 2 coletas alteram as características do ejaculado 
Períodos superiores a sete e 10 dias são o suficiente para que se observe o aumento do número 
de espermatozoides mortos 
Coleta Manual 
O método mais utilizado, chamado de “método da mão enluvada” 
Manejo Reprodutivo da Fêmea 
Característica de uma reprodutora 
➢ Ideal é 130 a 150 kg 
➢ 16 – 18 mm de toucinho 
➢ +/- 210 a 230 dias de idade 
➢ 3 ou 4 cios 
 
Puberdade 
É caracterizada pelo aparecimento do 1º cio 
fértil 
Inicia com 5 a 6 meses de idade, podendo 
variar em função de vários fatores: 
➢ Idade e peso: 90 e 110kg 
➢ Nutrição 
➢ Efeito macho: indução precoce da 
puberdade 
 
 
Estímulos para desencadear o 1º cio 
Contato com machos maduros e a rotação de 
machos: renovação diária de estímulos 
Apresentação diária das fêmeas ao macho 2 
vezes dia 
Efeito Flushing: aumento da quantidade de 
energia ingerida 14 dias antes da cobertura: para 
aumentar a taxa ovulatória 
A 1ª cobertura deve ser realizada por ocasião no 1 ou 4º estro/cio 
 
Ciclo Estral 
Duração de 21 dias podendo variar entre 18 a 24 dias 
É dividido em: 
Proestro 
➢ Tem duração de 2 a 3 dias 
➢ As fêmeas ficam agitadas, saltam sobre outras, mas não toleram ser montadas pelo 
macho 
Estro 
➢ Tem duração de 2 – 3 dias 
➢ Caracterizado com a fase que a fêmea aceita a cobertura 
➢ Fase em que ocorre a ovulação 
➢ Ovulação não ocorre num momento previsível 
O comportamento da fêmea muda: 
➢ Procura o macho; Vulva fica intumescida e avermelhada; pode ocorrer corrimento 
vaginal; Nervosismo e excitação; Grandes movimentos de orelhas; Micção frequente; 
Reflexo de imobilização ou tolerância 
➢ Reflexo da tolerância ao homem – RTH 
É o reflexo de imobilização da leitoa frente a monta ou pressão lombar exercida pelo 
homem 
➢ Reflexo de tolerância ao cachaço – RTC 
É o reflexo de imobilização da leitoa frente a monta exercida pelo cachaço 
 
Durante as 10 – 12 horas de estro, o homem não consegue exercer o RTH, no entanto o 
macho consegue exercer a RTC 
Metaestro 
➢ É a fase pós – ovulatória 
➢ Tem duração de aproximadamente 2 dias 
➢ Nessa fase a fêmea não aceita mais a cobertura 
Diestro 
➢ Fase que têm duração mais longas (14 dias) 
➢ Nessa fase ocorre a produção de progesterona pelos corpos lúteos, o útero prepara-se 
para receber óvulos 
➢ Se ocorrer concepção os corpos lúteos persistem 
➢ Caso não ocorra a concepção: a fêmea inicia um novo ciclo estral 
Diagnóstico do Cio 
São determinados através 
➢ Comportamento da fêmea 
➢ Sintomas externos na região vulvar da fêmea 
➢ Reflexo de tolerância ao homem (RTH) 
➢ Reflexo de tolerância ao cachaço (RTC) 
Papel do cachaço no diagnóstico do cio 
É importante por que muitas vezes a fêmea apresenta RTC, mas não apresenta RTH 
O RTH só é eficaz depois 10 – 12 h depois do início do estro 
Quando em gaiolas uma pessoa deve andar por trás da mesma observando a reação das fêmeas 
a presença do macho 
O contato com focinho – focinho 
 
Momento ideal para cobertura e inseminação artificial 
O momento exato da ovulação é imprevisível 
Mas aceita-se que o período de estro é de 66 horas e a ovulação ocorre +/- 44 horas após o início 
do estro. 
Os óvulos se degeneram 6 a 8 horas depois da ovulação 
Espermatozoides vivos 36 horas dentro do trato

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