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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO MICAELLEN CRISTINA GONÇALVES ANDRADE NATHALIE OLIVEIRA DE SOUZA ROSIELLEN LEITE PALMEIRA Dimensões inteiras e fracionárias Roteiro de Física Experimental 1 Experimento 1 Maceió 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO MICAELLEN CRISTINA GONÇALVES ANDRADE NATHALIE OLIVEIRA DE SOUZA ROSIELLEN LEITE PALMEIRA Roteiro de Física Experimental 1 Experimento 1 Relatório apresentado ao Professor Noelio D. na disciplina de Física Experimental I, para apresentação de resultados de experimento. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO Maceió 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO Sumário 1. Introdução............................................................................................................................. 4 2. Objetivo................................................................................................................................. 5 3. Material................................................................................................................................. 5 4. Procedimento........................................................................................................................ 5 5. Discussão................................................................................................................................ 6 6. Conclusão.............................................................................................................................. 8 Referências................................................................................................................................ 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO 1. Introdução Da geometria euclidiana, sabemos que a dimensão d de um objeto representa a dimensionalidade do espaço em que está inserido. Para formas geométricas elementares d tem um valor inteiro, assim se trabalharmos com esferas de aço maciças de densidade uniforme, teremos: 𝑀 = 𝜌𝑉 = 𝜌 4 3 𝜋 ( 𝐷 2 ) 3 = 𝜌 𝜋 6 𝐷³ (1) Onde M é a massa, ρ a densidade volumétrica de massa, V o volume e D o diâmetro. A equação (1) pode ser escrita da seguinte forma: 𝐷 = 𝐾𝑀 1 𝑑 (2-a) Onde, 𝐾 = ( 6 𝜋𝜌 ) 1 𝑑 e d=3 (2-b) A versão bidimensional das equações (1) e (2) será: 𝑀 = 𝜎𝐴 = 𝜎𝜋 ( 𝐷 2 ) 2 (2-c) 𝐷 = 𝐾𝑀 1 𝑑 Onde, 𝐾 = ( 4 𝜋𝜌 ) 1 𝑑 𝑒 𝑑 = 2 Já na forma unidimensional temos: 𝐷 = 𝐾𝑀1/𝑑 (2-d) 𝐾 = ( 1 𝜋𝜌 ) 1 𝑑 e d=1 Por sua vez um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhantes ao objeto original, entretanto, das características que definem um fractal, a mais importante é a dimensão. Esta dimensão representa o nível de irregularidade de um fractal por isso, tal dimensão pode assumir valores fracionários como, por exemplo: 1,6 ou UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO 2,5. Assim diferentemente da dimensão Euclidiana, a dimensão fractal representa o nível de ocupação do espaço pelo objeto e não o espaço onde o objeto está inserido. Neste experimento entraremos em contato com esta dimensão. Para isso analisaremos a dimensão de uma folha de papel amassada em bolas compactas com diâmetros variados. Material de apoio disponibilizado pelo prof. Dr. Noelio Dantas. 2. Objetivo Medir a dimensão dos corpos com formas geométricas irregulares. 3. Material Descrição Quantidade Régua milimetrada de 30 cm 1 Paquímetro 1 Folhas de papel 2 4. Procedimento Foi construído sete bolas de papel amassado, sendo uma bola oriunda de uma folha inteira e as outras seis foram obtidas dividindo a folha em 6 partes. Foi atribuído a menor fração da folha massa 1 e as seguintes massas 2, 4, 8, 16, 32 e 64. Figura 1: Diagrama de divisão de uma folha para experimento de fractais. Para cada uma das bolas de papel foram realizadas sete medidas do diâmetro em pontos diferentes, determinando o diâmetro médio para cada uma delas a fim de construir o gráfico loglog do diâmetro versus a massa. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO 5. Discussão Após realizada as medições foi montada a tabela abaixo, mostrando a incerteza estimada ΔD associada ao tamanho de cada bola e a media <D>. Tabela 1: Medidas de diâmetro Como é possível notar pelos dados da tabela 1, a bola de papel de forma irregular apresenta uma variabilidade significativa na sua medida, apresentado assim uma imprecisão ao que diz respeito ao seu diâmetro. De acordo com os dados da tabela 1, temos o gráfico log-log do diâmetro versus massa. -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 L o g d e D Log de M M D 1 2 4 8 16 32 64 D1 5,35 9,55 11,4 14,95 19,75 31,65 32,7 D2 6,1 8,2 9,55 13,2 21,6 29,15 35,85 D3 5,2 9,7 9,75 13,45 19 26,3 33 D4 5,8 8,7 11,15 15,2 16,75 26,55 33 D5 5 9,1 10,6 14,85 18,5 28,55 34 D6 5,65 7,2 8,5 15,6 19,8 27,1 37,9 D7 6,25 9,2 10,65 15,1 19,4 29,2 34,75 <D> 5,6 8,8 10,2 14,62 19,25 28,36 34,46 ∆D 0,4 0,8 0,9 0,8 1,4 1,7 1,7 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO Tomando o logaritmo em ambos os lados da equação D = KM1/d obtemos: log (D) = log (K) + 1/d . log (M) log (D) = 1/d . log (M) + log (K) A partir do gráfico obtemos o coeficiente angular “a” igual a 0,44 e o coeficiente linear “b” igual a 0,77, assim podemos calcular a dimensão d e a constate K: 1/d = 0,44 => d = 2,27 log (K) = -0,77 => K = 10-0,77 => K = 0,17 Questões: 1. Que valor você esperaria de d para uma esfera tridimensional de densidade uniforme? E para uma “esfera” bidimensional – um objeto circular, como uma moeda, de densidade uniforme? E para uma esfera unidimensional? R: Para uma esfera tridimensional d = 3, bidimensional d = 2 e unidimensional d = 1. 2. Qual a expressão de K para os três tipos de objetos a que se refere à pergunta (a)? R: Tridimensional: K = ( 6/πρ )1/d Bidimensional: K = ( 4/πρ )1/d Unidimensional: K = ( 1/πρ )1/d 3. Baseando-se nos valores de d e Δd encontrados e na resposta do item (a), como você interpreta o valor de d obtido? R: d não é um número inteiro porque a bola de papel tem forma irregular não sendo totalmente tridimensional, sendo assim uma dimensão fracionária, com 2 < d < 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE ENSINO 6. Conclusão Com esse experimento, foi possível compreender a existência e a dimensão dos objetos fractais. Ao obter um valor de dimensão fracionário, pode-se comprovar a existência de objetos fractais, pois possuindo formas irregulares o objeto não teve dimensões 2 ou 3 exatamente, mas sim, entre esses dois valores. Apesar do objeto de medição utilizado ter sido a régua, isso não garante um valor exato dos diâmentos, porém esta medida garantiu um resultado satisfatório. Referências Backes, André Ricardo, Martinez, Odemir Bruno, Técnicas de Estimativa da Dimensão fractal: Um Estudo Comparativo. Disponivel em:<http://www.dcc.ufla.br/infocomp/artigos/v4.3/art07.pdf>. Acessado em: 15/07/2009. DIONISIO, P.H. Sensibilidade do equipamento x precisão da medida. Revistade Ensino de Física, Vol. 13, 1991, 30-33. HELENE, O.; VANIN, V.R. Tratamento estatístico de dados em física experimental. Ed. Edgar blucher, 1980, São Paulo. INMETRO. Sistema internacional de Unidades. Disponivel em: http://www.inmetro.gov.br. Acesso em agosto de 2021. Material de apoio de dimensões inteiras e fracionárias disponibilizado pelo prof. Dr. Noelio Dantas. http://www.dcc.ufla.br/infocomp/artigos/v4.3/art07.pdf http://www.dcc.ufla.br/infocomp/artigos/v4.3/art07.pdf
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