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DADAISMO
Em 1916, os artistas e agitadores culturais Hugo Ball, Emmy Hennings, Marcel Janco, Richard Huelsenbeck, Tristan Tzara, Sophie Tauber-Arp e Jean Arp fundam o Cabaret Voltaire.
O espaço foi feito com o intuito de ser um lugar para manifestações políticas e artísticas em Zurique, na Suiça. Lá, um grupo de artistas refugiados com tendências anarquistas, dentre escritores, pintores e poetas, reuniram-se para inaugurar uma nova manifestação de arte.
É nesse contexto que o poeta romeno Tristan Tzara (1896-1963) cria o movimento Dadaísta, em meados da primeira guerra mundial, junto aos artistas Hugo Ball (1886-1927) e Hans Arp (1886-1966).
Essa proposta de arte era irreverente e espontânea, pautada na irracionalidade, na ironia, na liberdade, no absurdo e no pessimismo. O intuito principal era de chocar a burguesia da época e criticar a arte tradicionalista, a guerra e o sistema.
Foi assim que aleatoriamente foi escolhido o termo "dadaísmo". Os artistas reunidos resolveram escolher um termo num dicionário que, de certa maneira, já indicava o caráter ilógico do movimento que surgia. Do francês, o termo “dadá” significa "cavalo de madeira".
Nesse sentido, o dadaísmo é considerado um movimento antiartístico, uma vez que questiona a arte e busca o caótico e a imperfeição.
Considera-se que o Dadaísmo morreu em 1922, depois que um dos seus precursores, Tristan Tzara, realizou uma palestra dizendo que, como tudo na vida, o Dadaísmo era inútil. Em 1924, o Dadaísmo converteu-se ao Surrealismo com o manifesto de André Breton.
Características do Dadaísmo:
Podemos destacar algumas características do movimento dadaísta, a saber:
· Rompimento com os modelos tradicionais e clássicos;
· Espírito vanguardista e de protesto;
· Espontaneidade, improvisação e irreverência artística;
· Anarquismo e niilismo;
· Busca do caos e desordem;
· Teor ilógico e irracional;
· Caráter irônico, radical, destrutivo, agressivo e pessimista;
· Aversão à guerra e aos valores burgueses;
· Rejeição ao nacionalismo e ao materialismo;
· Crítica ao consumismo e ao capitalismo.
Obras e Artistas:
“A Fonte” e “L.H.O.O.Q.” - Marcel Duchamp
Esta obra chamava-se Fonte, criada pelo francês Marcel Duchamp (1887-1968), em abril de 1917. O mais impressionante na história desta famosa obra de arte é que ela jamais foi vista pelo público, pois nunca foi exibida e desapareceu logo depois de sua criação. Era nada menos do que um simples mictório industrial de porcelana, comprado dias antes, em conluio com outros dois colegas da sociedade, Duchamp pegou o urinol e transformou-o em obra de arte apenas com dois procedimentos: girou a peça em ângulo de 45 graus da posição original (ficando a parte da parede do mictório repousada sobre uma base) e simplesmente a assinou – “R. Mutt, 1917”.
A Fonte de Marcel Duchamp 1
A sigla, lida em francês, parece dizer "Elle a chaud au cul", que em português seria "Ela tem um rabo quente".[2] O trabalho é considerado por Duchamp como um ready-made.
Os ready-mades envolvem a utilização de objetos mundano e utilitários que geralmente não são considerados arte e sua transformação por adição, mudança ou (no caso de seu trabalho mais famoso, "Fonte") simplesmente por renomeá-los e exibi-los em uma galeria.
Em L.H.O.O.Q., o objet trouvé ("objeto encontrado") é um cartão postal que reproduz a obra da Mona Lisa de Leonardo da Vinci na qual Duchamp desenhou um bigode e um cavanhaque em lápis e atribuiu o título. Na literatura da arte, este gesto é continuamente interpretado como uma insinuação por parte de Duchamp em termos de especulação em relação à suposta homossexualidade de Leonardo. Publicada em 1919 usando a técnica de artwork copy
O Crítico de Arte - Raoul Hausmann
É uma obra do artista feita em 1919 que satiriza jornalistas que vendiam suas críticas de arte ou eram influenciados pelo dinheiro, como mostra um pedaço de célula presente atrás do pescoço do crítico. Trata se de uma fotomontagem, através da qual Hausmann faz uma crítica ferina às autoridades do mundo da arte. Essa obra usa a técnica de litografia e fotocolagem em papel.
Fontes: https://www.todamateria.com.br/dadaismo/ ; https://brasilescola.uol.com.br/artes/dadaismo.htm ; https://www.margs.rs.gov.br/midia/a-fonte-de-duchamp-100-anos-da-arte-contemporanea-acervo-do-margs/ ; https://virusdaarte.net/hausmann-o-critico-de-arte/ ; https://pt.wikipedia.org/wiki/L.H.O.O.Q.

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