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Gestao a brasileira

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ALUNA: VITÓRIA LUIZA VALENTIM MUNHOZ 
A partir da leitura do texto “Gestão à Brasileira” o grupo deverá discutir o assunto 
e produzir um documento resumido contendo uma análise crítica do texto em 
questão. 
 
Para facilitar a produção da análise, elenco alguns pontos importantes: 
 
1º. Leitura do texto gestão a brasileira – sem a leitura do texto fica difícil contribuir 
com o grupo; Aproveitem para trazer outras experiências e leituras além deste 
texto. 
2º. Analisar cada uma das características apontadas por David Cohen em seu 
texto e “colocá-las” no contexto das empresas em que atuamos (modelo de 
empresa tradicional da maioria do grupo). 
3º. Redigir a análise crítica do grupo de maneira conclusiva acerca da questão 
central do texto: “existe um modelo tipicamente brasileiro de administrar?”. 
Utilizem exemplos para justificar a resposta de vocês 
 
A premissa do texto “Gestão à Brasileira” é de que não existe um 
jeitinho brasileiro de se administrar, mas no decorrer do texto é perceptível como 
o brasileiro de destaca no meio empresarial com seu diferente jeito de ser. 
O homem é o fruto de seu meio, então ele se parece com os que 
convivem com ele. Isso porque geralmente os filhos seguem os princípios dos 
pais, sejam eles os morais, éticos ou religiosos, bem como trabalham no mesmo 
emprego e convivem nos mesmos lugares. Por exemplo por que teria um 
brasileiro uma pá para retirar neve da calçada? Usar camelos como meio de 
transporte no deserto? Ou ir assistir ao casamento real no palácio logo ali no 
centro da capital? Simplesmente porque é não é cultural, não são costumes 
cotidianos, porque são situações que não são vividas por um brasileiro. 
Veja que as características diferem o trabalhador/gestor brasileiro 
são exatamente as condições que este é habituado. 
Primeiro a flexibilidade e adaptação, obviamente o brasileiro é 
flexível. Nesse país continental onde tem-se que sair de casa uma roupa leva, 
mas ainda assim levar consigo guarda-chuva, blusa de frio e meias extras, 
claramente a adaptação do brasileiro será superior, uma vez que um simples sair 
de casa é praticamente uma viagem. 
Isso sem mencionar as diversas leis que surgem literalmente do dia 
para o outro (as Medidas Provisórias) e medidas do STJ ou STF que tem 
cumprimento imediato. Com isso, acatar nova gestão ou normas do chefe não é 
lá uma dificuldade para o brasileiro. 
 
Para um americano seja mesmo difícil essa mutação rápida, afinal 
em termos legais, eles nunca tiveram outra Constituição, enquanto o Brasil está 
na sétima. 
Já com as relações cordiais vê-se um ponto negativo, pois o 
brasileiro tem dificuldade em discordar de seu superior. Viver em conflito para o 
brasileiro não lhe é confortável, por isso a cordialidade é sempre um bom 
caminho, agradando a gregos e troianos. 
Com o autoritarismo vem a carga que a maioria dos brasileiros 
carregam que é a falta da visão paternalista, de brasileiros criados por mães que 
tentaram fazer um papel duplo na criação de seus filhos. Além do fato de o 
autoritarismo estar ligado a escravidão. Ora, é pedir muito ao brasileiro 
questionar superiores, uma vez que a ideia de opressão ainda é forte, com a 
liberdade da escravidão recente, logo ali em 1808, e a ditadura militar que foi 
ontem na visão histórica. 
Agora, sendo o país com a maior diversidade e melhores festas do 
mundo todo como o brasileiro não seria criativo? A criatividade muitas vezes está 
ligada a necessidade e só depois vem a arte. A necessidade de resolver algo 
rápido e eficaz fez com o que os brasileiros sempre se destacassem. Afinal, 
como não chamar de artista o criador das Havaianas com prego, da 
churrasqueira de tijolos até o Aleijadinho (deficiente físico) escultor de pedra 
sabão reconhecimento mundialmente? O brasileiro é um artista nato, que tem 
insights o tempo todo, em uma empresa não seria diferente. 
Quanto a ambiguidade, já foi dito que o Brasil é continental então, 
obviamente o brasileiro tem facilidade de atuar com essas diferenças, uma vez 
que certamente um curitibano é totalmente diferente de um cearense, nem se 
compara. Num país deste tamanho o que não cabe a um brasileiro ser 
preconceituoso e avesso a pessoas diferentes, ele precisa conviver diariamente 
com um número imenso de pessoas diferentes deles. 
Para quem fala uma das línguas mais difíceis no mundo, existe 
mesmo dificuldade para um brasileiro saber outro idioma? Existe um idioma mais 
diferente entre si do que o mineiro e o nordestino? Aos ouvidos de um 
estrangeiro seriam idiomas completamente diferentes e não o mesmo bom e 
velho português brasileiro (porque o português de Portugal já é outra história). 
Não é de se espantar o exocentrismo do brasileiro, está no dia a dia. 
Um ponto de discordância seria do entuasiamo brasileiro, sendo 
que o lema dele é: eu sou brasileiro e não desisto nunca. O brasileiro só vai 
desistir do que não vale a pena. 
A visão que se é possível ter com a gestão à brasileira é que 
certamente esta nunca será monótona, terá idas e vindas, mas será um caminho 
entusiasta e que se não deu certo, ao menos foi produtivo, diversificado e 
divertido. O “jeitinho brasileiro” existe sim, só não é pejorativo, não é optar por 
uma rota que desvia das regras, mas de uma rota que busca a desburocratização 
concomitante a uma forma agradável de trabalhar.

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