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Desafio EFedra e Ipeca oi solicitada a você, como membro da equipe médica, a análise das informações expostas sobre o caso para responder as seguintes questões: a) Por quais motivos alguns atletas utilizam suplementos ricos em Efedrina? Explique os benefícios da Efedrina para o organismo de um atleta. b) Comente brevemente qual seria o provável mecanismo fisiopatológico responsável pelo infarto do miocárdio do jovem atleta sem histórico pregresso de problemas cardíacos. c) Descreva os principais efeitos adversos dos suplementos constituídos por Efedrina. A) Efedrina é usada como suplementos alimentares para emagrecer ou como estimulantes, sua ação da efedrina é mais prolongada do que a da adrenalina e tem a vantagem de poder ser administrada por via parenteral e oral. A efedrina estimula o sistema nervoso central porque atua sobre os receptores adrenérgicos, gerando energia e aumentando o estado de alerta, acelera o metabolismo do organismo, o que favorece a queima de gorduras e açúcar com maior eficácia. B) Pelas doses aumentadas, uma das reações adversas é o ataque cardíaco, pelo vasoespasmo na circulação coroniana. C) Complicações mais leves (dor de cabeça, palpitação, nervosismo, insônia e irritabilidade) até ataques cardíacos, hipertensão, batimento cardíaco irregular, derrames, problemas psiquiátricos e morte. Enviado em: 19/07/2021 21:13 Padrão de resposta esperado a) A Efedrina tem efeito semelhante ao da Adrenalina, uma substância fabricada pelo próprio organismo e que ativa os mecanismos de defesa (estado de alerta). Assim, além de acelerar o metabolismo e favorecer o emagrecimento (perda de 12kg em até 20 dias, por exemplo), o efeito da Efedrina estimula o SNC, dando vigor, força e melhores reflexos ao indivíduo. Ou seja, sob a ação dessa substância, o atleta perde a noção da fadiga e pode realizar esforços além do limite do seu corpo e obter melhor desempenho durante alguma competição esportiva. b) A Efedrina pode causar vasoespasmo na circulação coronariana, principalmente em indivíduos com tônus vagal aumentado (bem condicionado fisicamente), como o jovem atleta tratado nesse caso. Esse parece ser o mecanismo fisiopatológico de muitos dos casos relatados de síndrome coronariana aguda associada ao consumo de Efedrina, sendo que os pacientes apresentam cinecoronariografia normal. Já a trombose in situ, como foi relatada no caso, pode ocorrer associadamente por diferentes razões: além da lenhificação do fluxo coronariano, o espasmo pode ser a causa de rotura da capa fibrosa de placas ateroscleróticas ainda jovens, que têm extenso núcleo lipídico. No caso de pacientes que fazem uso de substâncias como a Efedrina, isso ocorre na presença de significativa ativação plaquetária pela atividade simpatomimética dessa substância. Assim, a associação de espasmo e trombose in situ pode ter ocorrido nesse caso, pois a cinecoronariografia demonstrou oclusão completa da artéria descendente anterior, porém sem evidência de qualquer comprometimento de outros vasos. c) A Efedrina é uma substância que incentiva a liberação de catecolaminas endógenas, estimulando receptores α-1, β-1 e β-2 adrenérgicos presentes no SNC e cardiovascular. Assim, os efeitos da Efedrina variam desde complicações mais leves, como dores de cabeça, midríase, insônia, vertigem, falta de apetite, ansiedade, palpitação, nervosismo e irritabilidade, até ataques cardíacos, hipertensão, batimento cardíaco irregular, derrames, convulsões, alucinações, problemas psiquiátricos e morte. Tais efeitos podem ser intensificados durante a prática de exercícios físicos e quando associados a outros fármacos estimulantes do SNC, como a cafeína, por exemplo. Além disso, a Efedrina também pode causar o fenômeno de taquifilaxia e o risco de dependência, já que esse alcaloide atua de modo semelhante ao Ecstasy.
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