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caracterização e simulação de reservatório

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Campus Universitório de Viana 
Universidade Jean Piaget de Angola 
Criada pelo Decreto Executivo nº 44-A/01 de Julho de 2001 
 
 
Faculdade de Ciencia e Tecnologia 
 
PROJECTO FINAL 
 
ESTUDO ANALÍTICO DA CARACTERIZAÇÃO DA 
BACIA SEDIMENTAR DO CONGO 
 
 
Braúlio Kennedy 
Chinha Manuel 
Hedson Manico 
Laurentina Mota 
Pedro Fortunato 
Silvio Almeida Quiçama 
Engenharia de petróleo 
Pesquisa e Produção 
Engº Marculino Matandi 
 
 
Viana, Dezembro de 2020 
 
 
Campus Universitório de Viana 
Universidade Jean Piaget de Angola 
Criada pelo Decreto Executivo nº 44-A/01 de Julho de 2001 
 
 
Faculdade de Ciencia e Tecnologia 
 
PROJECTO FINAL 
 
ESTUDO ANALÍTICO DA CARACTERIZAÇÃO DA 
BACIA SEDIMENTAR DO CONGO 
 
 
 
 
 
 
Braúlio Kenedi 
Chinha Manuel 
Hedson Manico 
Laurentina Mota 
Pedro Fortunato 
Silvio Almeida Quiçama 
Engenharia de petróleo 
Pesquisa e Produção 
 
Epígrafe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça.” 
(Coco Chanel) 
 
Dedicatória 
Dedicamos este trabalho a Deus, o maior orientador das nossas vidas. Ele nunca 
abandonou-nos em momentos de necessidades. 
Dedicamos também aos nossos pais, amigos e colegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
Agradecemos a todos que direta ou indiretamente contribuiram para a realização 
deste trabalho. Agradecer também ao senhor pela oportuidade de poder explorar um 
tema tão pertinente para o nosso curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abreviaturas, Siglas 
NW_SE …………………………………………………………… Noro este- Sul oeste 
BOPD…………………………………………………………….…barrels of oil per day 
TOC……………………………………………..…………………Total Organic Carbon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
Bacia sedimentar é um tipo de formação geológica rochosa formada nas 
depressões de relevo que com o tempo, foram acumulando sedimentos. A bacia do 
Congo está localizada na margem Áfricana, corresponde a uma margem passiva, ela faz 
parte de um conjunto de sub-bacias da margem Oeste Áfricana, que se formaram a 
partir da fragmentação do super continente Pangea e abertura do Oceano Atlântico Sul. 
A sequência pré-salífera e salífera, além do embasamento cristalino que constitui 
parte do escudo Pré-Cambriano Africano, comoposto de uma mistura de rochas 
vulcânicas, metamíorficas e ígneas como o granitos, granito-gnaisses, xistos, 
micaxistos, gnaisses. Na coluna litoestratigráficas da bacia do Congo a sequência pré-
sal vai desde a Formação Lúcala até a Formação Chela (Formação Local), concentrando 
algumas das principais formações geradoras de petróleo do Baixo Congo. 
A tectónica salífera teve um papel fundamental na geração e distribuiçã o de 
armadilhas na Bacia do Baixo Congo. Ao longo da história da bacia desenvolveram -se 
diversos tipos de armadilhas estruturais e estratigráficas. As armadilhas estruturais estão 
principalmente associadas à tectónica salífera, na qual se desenvolveram diversas falhas, 
anticlinais ou geração de estruturas do tipo rollover bem como diversas estruturas 
salinas como por exemplo domos salinos. A evolução tectónica da costa Angolana está 
relacionada com a natureza e o avanço da separação dos continentes Africano e Sul-
americano, as oscilações do nível do mar e a própria geometria tectónica da costa. 
 
Palavras Chaves: Bacia sedimentar. Rift. Sequências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
Sedimentary basin is a type of rocky geological formation formed in depressions 
of relief that over time, accumulated sediments. The Congo basin is located on the 
African margin, corresponds to a passive margin, it is part of a set of sub-basins on the 
West African margin, which were formed from the fragmentation of the super continent 
Pangea and the opening of the South Atlantic Ocean. 
The pre-salt and salt range, in addition to the crystalline base that forms part of 
the African Precambrian shield, as a mixture of volcanic, metamorphic and igneous 
rocks such as granites, granite-gneisses, shales, mica-schists, gneisses. In the 
lithostratigraphic column of the Congo basin, the pre-salt sequence ranges from the 
Lúcala Formation to the Chela Formation (Local Formation), concentrating some of the 
main oil-producing formations in the Lower Congo. 
Salt tectonics played a key role in the generation and distribution of traps in the 
Lower Congo Basin. Throughout the basin's history, different types of structural and 
stratigraphic traps have developed. Structural traps are mainly associated with salt 
tectonics, in which several failures, anticlinals or generation of rollover structures have 
developed, as well as various salt structures such as saline domes. The tectonic 
evolution of the Angolan coast is related to the nature and progress of the separation of 
the African and South American continents, sea level oscillations and the tectonic 
geometry of the coast itself. 
Keywords: Sedimentary basin. Rift. Strings 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
Epígrafe ........................................................................................................................ 3 
Dedicatória ................................................................................................................... 4 
Agradecimentos ............................................................................................................ 5 
Abreviaturas, Siglas ...................................................................................................... 6 
Resumo ......................................................................................................................... 7 
Abstract ........................................................................................................................ 8 
Índice de figuras ......................................................................................................... 10 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11 
OBJECTIVOS ............................................................................................................ 12 
CAP I .......................................................................................................................... 13 
BACIA SEDIMENTAR .............................................................................................. 14 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES ............................. 14 
AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS................................................................. 15 
SEDIMENTO ............................................................................................................. 17 
TIPOS DE ROCHAS SEDIMENTARES .................................................................... 18 
IMPORTÂNCIA DAS BACIAS SEDIMENTARES ................................................... 18 
BACIA DO CONGO .................................................................................................. 19 
ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO ......................................................................... 21 
CAP II ........................................................................................................................ 24 
BACIA DO CONGO .................................................................................................. 25 
COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA BACIA DO CONGO ................................ 25 
PERFIL GEOLÓGICO INTERPRETATIVO DA BACIA DO BAIXO CONGO ........ 31 
SISTEMA PETROLÍFERO DA BACIA DO BAIXO CONGO................................... 34 
CAP III ....................................................................................................................... 38 
EVOLUÇÃO TECTÓNICA DA COSTA ANGOLANA .............................................39 
FASE PRÉ-RIFT ........................................................................................................ 39 
FASE SYN-RIFT ........................................................................................................ 40 
FASE POS-RIFT ........................................................................................................ 40 
FASE DE SUBSIDÊNCIA REGIONAL ..................................................................... 41 
POTENCIAIS BLOCOS DA BACIA DO CONGO .................................................... 42 
Conclusão ................................................................................................................... 44 
Referências Bibliográficas .......................................................................................... 45 
 
 
Índice de figuras 
Figura 1.1……………………………………………………………………………….14 
Figura 1.2……………………………………………………………………………….15 
Figura 1.3……………………………………………………………………………….16 
Figura 1.4……………………………………………………………………………….20 
Figura 1.5……………………………………………………………………………….20 
Figura 1.6……………………………………………………………………………….22 
Figura 2.1……………………………………………………………………………….26 
Figura 2.2……………………………………………………………………………….27 
Figura 2.3……………………………………………………………………………….31 
Figura 2.4……………………………………………………………………………….32 
Figura 2.5……………………………………………………………………………….33 
Figura 3.1……………………………………………………………………………….39 
Figura 3.2……………………………………………………………………………….41 
Figura 3.3……………………………………………………………………………….41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 A indústria petrolífera tem cada vez mais direccionado a exploração de 
hidrocarbonetos para o domínio das águas profundas. Este ambiente sedimentar 
marinho é particularmente interessante para esta indústria dado que se podem formar 
importantes reservatórios de hidrocarbonetos associados, por exemplo, a sistemas de 
canais de areia submarinos ou canais turbidíticos. A sua extensão e natureza detrítica 
torna-os potenciais reservatórios de hidrocarbonetos, bastante promissores. Dada a sua 
importância têm havido um crescente estudo da caracterização morfológica de canais de 
areia submarinos em diversas áreas do conhecimento (Babonneau, et al., 2010). 
Bacia sedimentar são rochas localizadas em áreas de depressões relativas ou 
absolutas, que acumulam espessas camadas ou estratificações formadas por rochas 
sedimentares. Caracterizam-se por serem formadas a partir da deposição de material 
sedimentar que, ao longo de milhões de anos, consolida-se e transforma-se em 
formações rochosas. 
A análise de atributos sísmicos, é um complemento à interpretação sísmica, 
tendo como objectivo a identificação morfológica de elementos estruturais ou 
estratigráficos no interior de um reservatório e a caracterização das suas propriedades 
físicas, como por exemplo a porosidade. Os atributos sísmicos correspondem a toda a 
informação obtida directa ou indirectamente a partir dos dados sísmicos e constituem 
importantes ferramentas analíticas (qualitativas e quantitativas) para a previsão de fácies 
e caracterização de um reservatório (Taner, 2001). 
 A Bacia do Baixo Congo situa-se na costa Oeste de África, flanqueada a Norte 
pelo Gabão e a Sul pela Bacia do Kwanza respectivamente. A evolução Tectónica 
estratigráfica do Baixo Congo é controlada por dois principais factores, o maior 
embasamento falhado ocorre durante a fase Rift., a Tectónica de sal deve-se a 
mobilização do sal no Apciano. 
 
 
 
 
 
OBJECTIVOS 
a) Objectivo Geral 
 
 - Estudar os dados da bacia do Congo; 
 
b) Objectivos específicos 
 
 - Analisar a litologia da bacia do Baixo Congo; 
 - Conhecer a evolução Tectónica e estratigráfica do Baixo 
Congo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAP I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACIA SEDIMENTAR 
 É um tipo de formação geológica rochosa formada nas depressões de relevo 
(áreas rebaixadas) que com o tempo, foram acumulando sedimentos. São formadas por 
várias camadas de sedimentos superpostas que podem ser restos de animais e vegetais, 
rochas, conchas, ossos e outros tipos de sedimentos. 
 
 
 
Figura 1.1: Bacia Sedimentar 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS BACIAS SEDIMENTARES 
Quando as rochas se desgastam em função da ação dos agentes externos ou 
exógenos de transformação do relevo, elas dão origem aos sedimentos. Um destes 
sedimentos é a areia da praia, formada a partir do desgaste das rochas litorâneas pela 
água do mar, outro é o pó que se forma a partir do desgaste de rochas pela ação da água 
das chuvas e dos ventos. 
 
Esses sedimentos são carregados pelas movimentações do ar, principalmente 
pela água, tanto dos rios quanto das chuvas. Assim, pela força da gravidade, eles tendem 
a ser levados para as áreas mais baixas e acumularem-se ali, geralmente em regiões 
oceânicas. 
Então, com o passar dos milhões de anos, esses sedimentos acumulados vão 
sendo sobrepostos por mais e mais conjuntos de novos sedimentos, que vão exercendo 
um “peso” cada vez maior. Assim, as camadas mais inferiores vão sendo “esmagadas” 
por uma pressão que está sempre aumentando, fazendo com que as partículas de rochas 
unam-se, formando as rochas sedimentares. 
À medida que esse processo vai se repetindo ao longo das eras geológicas, mais 
e mais camadas de rochas sedimentares vão se formando. Quando elas ocupam grandes 
áreas e significativas profundidades, temos a formação das bacias sedimentares. 
 
 
Figura 1.2: Processo de formação da bacia sedimentar 
AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS 
METEORIZAÇÃO: é a etapa inicial da destruição das rochas na superfície 
terrestre e realiza-se nos locais onde as rochas se encontram. A erosão é a continuação 
do processo de desgaste e alteração do relevo, transportando os materiais das rochas 
desgastadas e depositando em outros lugares. Como resultado da meteorização, enormes 
depósitos de materiais se formam em rochas sedimentares. 
 
 
 
Figura 1.3: Processo de meteorização 
EROSÃO: altera as rochas de forma lenta e contínua, desgastando-as e 
transportando suas partículas para locais mais baixos, como o leito dos rios, lagos e 
oceanos, onde são depositadas, é feita pelo vento ou água. 
INTEMPERISMO: também produz mudanças químicas que afetam os 
minerais componentes das rochas. Esse processo ocorre principalmente em razão da 
presença de gases, como o gás carbônico, na da atmosfera, que, dissolvido pelas chuvas, 
transforma-se em ácido e, quando entra em contato com as rochas, ataca os minerais, 
fragmentando-os ou dissolvendo-os. 
Esse processo é lento e difícil de ser percebido, mas, ao longo do tempo, os 
fragmentos de rocha são transportados pelas águas ou pelos ventos para outros locais, 
onde se acumulam. Os sedimentos, ao depositarem-se uns sobre os outros, exercem 
pressão, compactando a rocha. 
 
 
 
 
 
https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/erosao
 
SEDIMENTO 
 São particulas com diferentes granolumetrias resultantes da erosão de rochas, da 
precipitação química a partir de oceanos, vales, rios, materia biologica proveniente de 
organismos vivos ou mortos, depositados na superfície da Terra ou nos corpos hídricos. 
A deposição dos sedimentos ocorre camadas de partículas soltas quando diminui a 
energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento. As características dos 
sedimentos dependem da composição da rocha erodida, do agente de transporte, da 
duração do transporte e das condições físicas da bacia de sedimentação. 
ROCHAS SEDIMENTARES 
 Formações naturais resultantes da consolidação de fragmentos de outras rochas 
(chamados de sedimentos) ou da precipitação de minerais salinos dissolvidos em 
ambientes aquáticos. Em geral, esse tipo de rocha é menos duro do que as demais e de 
formação geológica mais recente, embora a sua presença seja um indício de que o 
relevo local é antigo. 
 
Em virtude das ações do intemperismo, há um desgaste natural de rochas 
preexistentes, oque faz com que elas transformem-se em incontáveis sedimentos. Um 
exemplo é a água do mar que, de tanto se chocar com as rochas litorâneas, lentamente as 
desgasta, dando origem à areia da praia. Assim, os sedimentos oriundos dessas rochas 
erodidas são transportados pela água e pelo vento para outras áreas, geralmente o fundo 
dos oceanos, onde são depositados. 
Após o depósito dessas partículas de rochas, há lentamente o acúmulo em razão 
da sobreposição de várias camadas de sedimentos no fundo dos oceanos, aumentando o 
peso e a pressão sobre as camadas inferiores, dando origem a um processo chamado 
de diagênese ou litificação. Nesse processo, os sedimentos unem-se e consolidam-se, 
dando origem às rochas sedimentares. 
 
Como se trata de uma ocorrência ininterrupta, vão se formando sobre os solos-
novas e novas camadas de rochas sedimentares sobrepostas entre si. Por esse motivo, 
nas áreas onde se concentram essas formações rochosas – chamadas por bacias 
sedimentares , é notável a organização de suas camadas, também chamadas de extratos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corpos_h%C3%ADdricos
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vento
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/bacias-sedimentares.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/bacias-sedimentares.htm
 
TIPOS DE ROCHAS SEDIMENTARES 
ARENITO: é um tipo de rocha sedimentar formada principalmente por 
grãos de areia que se juntam. É pouco resistente, desgastando-se com 
facilidade pela acção dos ventos e das chuvas. 
ARGILITO OU ARGILA: é um importante tipo de rocha sedimentar, 
formada de argila. 
CARVÃO MINERAL: conhecido também como carvão de pedra, é 
considerado um importante combustível fóssil. O carvão de pedra formou-
se pela decomposição de florestas soterradas há milhões de anos. 
CALCÁRIO: rocha formada principalmente por carbonato de cálcio, que 
pode ser reconhecida ao com ácido ou vinagre, é o observado o 
desprendimento de gás carbônico. 
SÍLEX: É uma rocha sedimentar altamente resistente, constituída por um 
único material o quartzo. 
Segundo a origem do processo de formação das rochas sedimentares, elas são 
classificadas: 
 Rochas Sedimentares Clásticas: oriundas do acúmulo de partículas de rochas já 
existentes. 
 Rochas Sedimentares Químicas: oriundas de restos de minerais e de processos 
químicos. 
 Rochas Sedimentares Orgânicas: oriundas de restos de animais. 
IMPORTÂNCIA DAS BACIAS SEDIMENTARES 
A despeito de servirem para o aprofundamento dos estudos de geologia e dos 
fósseis, revelando a evolução da vida na terra, as bacias sedimentares possuem grande 
importância econômica, visto que os sedimentos acumulados durante milhões de anos, 
são responsáveis pela presença de recursos orgânicos utilizados como fontes de energia, 
por exemplo, o carvão mineral, a hulha, gás natural e o petróleo. 
 
 
 
BACIA DO CONGO 
 A bacia do Congo é limitada ao norte pela bacia do Gabão as quais estão 
separadas por uma cordilheira transversal do embasamento Pré-Cambriano. Ao Sul é 
limitada com a bacia do Kwanza, separadas por uma cordilheira similar à anterior, 
conhecida como Ponta de Ambrizete. 
 As rochas sedimentares da bacia do Congo repousam sobre o embasamento Pré-
Cambrico, conhecido como complexos Mayombe e Pré-Mayombe, que se estendem até 
a plataforma continental Angolana. 
 Similar a todas as bacias de margem continental Oeste Africana, a bacia do 
Congo tem a sua origem associada ao ªrifteamentoª e consequente a separação entre os 
continentes Sul Americano e Africano. 
 A consequência estrutural da bacia é predominantemente de diversas famílias de 
falhas normais que se estendem por grandes dimensões e quilómetros de „‟Horst‟‟ e 
„‟Gabren‟‟. Em Cabinda, essas falhas dividem a bacia entre a parte terrestre e a 
plataforma continental, forma uma sequência de grandes blocos, vistos em Malongo, 
Likouala e outras localidades. Apesar de existirem várias famílias de falhas normais, as 
principais possuem orientação NW_SE. 
As descobertas de reservatórios de hidrocarbonetos na Bacia do Baixo Congo 
começaram na década de cinquenta, tendo sido feitas as primeiras explorações onshore 
nessa altura. As explorações em regime de águas profundas tiveram início nos anos 
noventa, após a descoberta de potenciais reservatórios de hidrocarbonetos, 
especialmente associados ao delta submarino do Rio Congo (Brownfield & Charpentier, 
2006). 
Esta área passou a ser de enorme interesse econômico para a indústria 
petrolífera, tendo por isso sido desenvolvidos nos últimos anos diversos trabalhos de 
investigação para o estudo desta área, que representa o segundo maior leque submarino 
do mundo. As suas características revelaram-se particularmente interessantes, pelo facto 
de desde o Terciário existir uma ligação directa da zona de descarga do Rio Congo às 
planícies abissais, o que possibilitou a deposição de uma extensa sequência sedimentar 
constituida por canais turbidíticos (Anka, et al., 2009; Savoye, et al., 2009). 
 
 
 
Figura 1.4: Mapa da Bacia do Baixo Congo, com a indicação da localização do leque submarino do Rio 
Congo. Os sedimentos são transferidos directamente para o leque submarino pelo canhão do Rio Congo 
desde o Terciário 
A Bacia do Baixo Congo tem uma área de cerca de 115.000km2, podendo a 
profundidade da água do mar ultrapassar os 3.500m (Labourdette, et al., 2006; Nombo-
Makaya & Han, 2009). 
 
Figura 1.5: Localização Geográfica da Bacia do Baixo Congo, na margem Oeste Africana (retirado de 
Brownfield & Charpentier, 2006). 
 
 
ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO 
 A bacia do Congo está localizada na margem Áfricana, corresponde a uma 
margem passiva, ela faz parte de um conjunto de sub-bacias da margem Oeste Áfricana, 
que se formaram a partir da fragmentação do super continente Pangea e abertura do 
Oceano Atlântico Sul (Brownfield & Charpentier, 2006). Na era Mesozoica (251-65,5 
Ma), ocorreu a fragmentação do Superior ao Jurássico, o Pangea separou-se pela zona 
equatorial, a partir da abertura de um rift com direcção Este-Oeste, dando origem à 
formação de dois grandes continentes, o Gondwana a Sul e o Laurásia a Norte. No 
Cretácio Inferior (150 Ma), deu-se a abertura do rift médio Atlântico com direcção Sul-
Norte, levando à fragmentação do Gondwana e à formação do Oceano Atlântico 
(Nurnberg & Muller, 1991; Selley, 1988). A evolução tectônica e sedimentar da bacia 
do Congo estão marcadas por três fases de rift, que deram origem a unidades 
estratigráficas distintas (Valle, et al., 2001; Anderson, et al., 2000; Savoye, et al., 2009). 
A fase rift na margem Oeste Africana ocorreu no Cretácio Inferior, Durante o 
Neocomiano, tendo-se iniciado há cerca de 144-140 Ma e terminado há 
aproximadamente 127-117 Ma (Gay, et al., 2007; Broucke, et al., 2004). 
A fase de pré-rift está representada pelas formações do Jurássico Superior e 
correspondeu a uma fase de rift intra-cratónico que deu origem a uma série de fraturas 
paralelas entre si, que levaram à formação de grabens, nos quais se instalaram grandes 
lagos. Durante este período predominou o ambiente fluvial e lacustre. Com a 
continuação da estensão sequència sedimentos (aproximadamente 600m de espessura) 
de natureza lacustre, fluvial e aluvionar, ricos em matéria orgânica (Nombo-Makaya & 
Han, 2009), que deram origem às principais rochas geradoras de hidrocarbonetos em 
pré-sal da costa Oeste Áfricana (Brownfield & Charpentier, 2006; Nombo-Makaya & 
Han, 2009). 
A fase de Sin-rift que representa a passagem de um ambiente continental para 
um ambiente marinho ocorreu no Cretácio Inferior (Neocomiano-Aptiano) dando assim 
a formação do Oceano Atlântico, paragem da extensão crustal e o início da subsidência 
da bacia, ao longo do Aptiano a ligação da bacia ao oceano foi intermitente,o que levou 
ao isolamento de grandes massas de água salgada de baixa profundidade. Este 
fenômeno associado à grande dimensão do Gondwana proporcionou um ambiente árido 
 
no qual formou uma estensa sequência de rochas evaporíticas, que corresponde à 
Formação de Loeme (Anderson, et al., 200; Lavier, et al., 2009). 
A fase de pos-rift ocorreu desde o Cretácio Superior ao Quaternário. Nesta fase 
estabeleceu-se um regime marinho de margem passiva, como resultado de um episódio 
transgressivo, devido à acreção oceânica e subsidência térmica da bacia (Anka & 
Séranne, 2004; Brownfield & Charpentier, 2006). Este fenômeno terá provocado 
tamném um ligeiro declive na mesma (Duval, et al., 1992; Cramez & Jackson, 2000; 
Valle, et al., 2001). A base da sequência pos-rift testemunha o início dessa 
sedimentação marinha. 
 
Figura 1.6: Evolução paleogeográfica da abertura do Atlântico Sul e da separação da placa Africana da 
placa Sul-americana durante o Cretácio, que levou ao estabelecimento de um domínio marinho aberto 
(adaptado de Beglinger, et al., 2012). 
A passagem do Eocénio para o Oligocénio está marcada por uma 
inconformidade regional, que representa um enorme evento erosivo e a mudança súbita 
no padrão de sedimentação (Anka & Séranne, 2004; Brownfield & Charpentier, 2006; 
Savoye, et al., 2009). Vários factores poderão ter contribuído para tal, como a descida 
do nível domar resultante do arrefecimento global da temperatura no planeta, associado 
a um evento glaciar durante a passagem Eocénico-Oligocénico (Séranne, 1999_ Lavier, 
et al., 2001) e alteração nas correntes oceânicas, que poderão ter provocado erosão 
 
sunmarina e redistribuição dos sedimentos de fundo (Séranne & Nzé Abeigne, 1999; 
Lavier, et al., 2001). O Oligocénico marca a passagem de um regime transgressivo (e de 
uma fase de acreação que durou desde o Albiano e na qula existiu predominância de 
sedimentação carbonada, pelágicae siliclástica de natureza marinha, que possibilitou a 
formação da plataforma de talude continental, como referido anteiormente), para um 
regime regressivo marcado pela sucessiva progradação dos sedimentos de naturaza 
siliclásticas provenientes da intensa erosão do continente, em especial durante o 
Neogénico (Séranne & Nzé Abeigne, 1999; Lavier, et al., 2001) o que levou á formação 
do enorme sistema submarino do Rio Congo (Anderson, et al., 2000; Anka & Séranne, 
2004; Savoye, et al., 2009). 
Ao longo do Oligocênico-Miocênico existiram algumas variações climáticas que 
provocaram flutuações no nível do mar, no entanto a posição geográfica da bacia do 
Congo „‟próxima da zona equatorial‟‟ permitiu a manutenção das condições tropicais 
durante alguns períodos de tempo, o que favoreceu a erosão continental (Lavier, et al., 
2001; Broucke, et al., 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAP II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACIA DO CONGO 
Encontra-se distribuída para um e outro lado da margem do rio congo, cujo 
limite setentrional se encontra a Norte da Ponta Negra, na Ponta da Mayumbe 
(Republica Democrática do Congo) e seu limite meridional a Norte da Ponta Musserra. 
 A bacia sedimentar do Congo constitui uma das quarto principais bacias da orla 
sedimentar Angolana. Segundo o modelo genético, estas bacias classificam-se em 
bacias de margens passivais e desenvolveram-se durante as eras Mesozóica e 
Cenozóica, como consequência do movimento das placas tectónicas que provocaram a 
fracturação do super continente Gondwana (início do Cretácico), levando à separação 
dos continentes Áfricano e Sul-americano (Cretácico médio) e a subsequente formação 
do Atlântico Sul 
COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA BACIA DO CONGO 
 Pode ser descrita resumidamente em duas sequências principais: 
 A sequência pré-salífera e salífera, além do embasamento cristalino que constitui 
parte do escudo Pré-Cambriano Africano, comoposto de uma mistura de rochas 
vulcânicas, metamíorficas e ígneas comoo granitos, granito-gnaisses, xistos, micaxistos, 
gnaisses, etc. 
 A sequência pré-salífera cujos sedimentos de idade Neocomiano (início do 
Cretáceo), de origem essencialmente lacustre, sem influência marinha, e cujas estruturas 
indicam comop sendo resultado do „‟rifteamento‟‟ associado à deriva continental. 
Nessas sequências observam-se grãos imaturos, arenitos de meio fluvial e sequências 
sedimentares grânulo decrescentes como areias, siltes, argilas e carbonatos entre as 
descontinuidades erosivas. 
Na coluna litoestratigráficas da bacia do Congo a sequência pré-sal vai desde a 
Formação Lúcala até a Formação Chela (Formação Local), concentrando algumas das 
principais formações geradoras de petróleo do Baixo Congo. 
A sequência Pré-salífera é constituída de sedimentos predominantemente 
marinhos. São formações de rochas carbonáticas e evaporítica que contêm principais 
reservatórios de petróleo em Angola 
 
 
Figura 2.1: Coluna Litoestratigráfica genérica da Bacia do Baixo Congo (retirado de Valle, et al., 2001). 
Uma breve descrição das formções que compõem a coluna litoestratigráfica da 
bacia do Congo é feita a seguir, iniciando-se pela sua base. 
Formação Lúcala é constituida por diversos sedimentos principalmente os 
arenitos e conglomerados de espessuras variáveis, pertecentes à idade cretácica. Essa 
formação comporta importantes rochas reservatórias. Essa sequência, essencialmente de 
arenitos turbidíticos, rochas reservatórias. 
 Formação Bucomazi é formada por sedimentos finíssimos de cor preta, ricos 
em matéria orgânica. A predominância de argilas marrom escuras, cinza esverdeada e 
calcários dolomíticos. As argilas de Bucomazi, ricos em matéria orgânica, são 
consideradas como rochas cuja origem é relacionadaa sequência pré-sal, rocha geradora. 
Formação Toca é constituída principalmente de carbonatos, a sequência de 
arenitos da Formação Chela, de idade Aptioano-Albino, precede o episódio salífero que 
depositou a Formação Loeme, e é depositada sobre superfície erodida e aplanada. 
 
Após os arenitos da Chela, seguem-se os depósitos de sal da Formação Loeme, 
de idade Albiano-Aptiano. Essa formação é composta principalmente de evaporitos. 
Observa-se a presença de halita e sais de potássio associados a níveis de anidrita, 
dolomitas e argilas acastanhadas. 
Formação Mavuma É formada de calcários dolomiticos, dolomitas arenosa e 
anidritas, sobrepõe-se à formação salífera de Loemo, marcando assim o início de uma 
sedimentação de plataforma. 
 Formação Pínda constituída por arenitos, dolomites e anidritas migra 
lateralmente para uma sequência de carbonatos marinhos que são chamados de Pinda, 
reservatório. 
Formação Iabe é constituída na sua maior parte por argilas e margas na parte 
superior. Na parte intermediária da formação, encontram-se níveis de argilas pretas 
intercaladas com arenitos e carbonatos que são grandes reservatórios de 
hidrocarbonetos, rocha geradora. 
 
Figura 2.2: Coluna Estratigráfica da Bacia do Baixo Congo (Arquivos da Academia 
SONANGOL, 2019). 
 
A partir do Cenomaniano (Cretácio Superior) o regime marinho ficou 
completamente estabelecido. Até ao Eocénio (Terciário) a taxa de sedimentação foi 
baixa, tendo ocorrido deposição de sedimentos marinhos ricos em matéria orgânica, 
como black shales (argila negras ou argila betuminosas), argilitos silticos, que deram 
origem a uma sequência condensada, que está representada pela Formação Iabe do 
Cretácico Superior, formação Landana do Paleoc énico – Eocénico . 
A coluna estratigráfica da bacia do Congo completa-se com as duas unidades 
terciárias no topo: são as formações de Landana do Paleocénico – Eocénico e Malembo. 
A primeira é constituída basicamente de sedimentos finos como argilas, margas, 
siltitos marrons e calcários areníticos, e a segunda é composta por arenitos, 
conglomerados intercalados com argilas, dolomites, arenitos grossas inconsolidadose 
conglomerados. 
Em alguns casos foram reconhecidos alguns níveis turbidíticos de granulometria 
variável, que variam de conglomerático a argiloso. Durante alguns períodos existiram 
condições anóxicas que proporcionaram um ambiente redutor, o que possibilitou a 
geração de hidrocarbonetos especialmente associados a black shales. Com a 
continuação do preenchimento da bacia, a sequência evapor ítica funcionou como 
superfície de descolamento e provoca a instabilidade das formações e levando à geração 
de diversos deslizamentos gravitacionais com formação de falhas lístricas (falhas 
normais com componente rotacional) e abertura de grabens, ao longo da margem e no 
talude da plataforma continental, afectando toda a sequência post-rift. A tectónica 
salífera desempenhou um papel fundamental na história estrutural e sedimentar da 
bacia, tendo levado à formação de estruturas como grabens, raft, rollovers, dolmos e 
diapiros salinos, que condicionaram a sedimentação no interior da bacia. 
A passagem do Eocénico para o Oligocénico está marcada por uma 
inconformidade regional, que representa um enorme evento erosivo e a mudança súbita 
no padrão de sedimentação. 
Vários factores poderão ter contribuído, como a descida do nível do mar 
resultante do arrefecimento global da temperatura no planeta, associado a um evento 
glaciar durante a passagem Eocénico-Oligocénico e alterações nas correntes oceânicas, 
que poderão ter provocado erosão submarina e redistribuição dos sedimentos. 
 
 O Oligocénico marca a passagem de um regime transgressivo e de uma fase de 
acreção que durou desde o Albiano e na qual existiu predominância de sedimentação 
carbonatada, pel ágica e Siliclasticos de natureza marinha, que possibilitou a formação 
da plataforma e talude continental, como referido anteriormente, para um regime 
regressivo marcado pela sucessiva progradação dos sedimentos de natureza siliclástica 
provenientes da intensa erosão do continente, em especial durante o Neogénico o que 
levou à formação do enorme sistema submarino do Rio Congo. 
Ao longo do Oligocénico-Miocénico existiu algumas variações climáticas que 
provocaram flutuações no nível do mar. No entanto, a posição geográfica da Bacia do 
Baixo Congo, próxima da zona equatorial, permitiu a manutenção das condições 
tropicais durante alguns períodos de tempo, o que favoreceu a erosão. 
O início da sedimentação siliclástica de natureza continental, no Oligocénico 
corresponde ao início da formaçã o do leque Terciário do Rio Congo e ao início da 
deposição de sequências turbidíticas com canais de areia, que se prolongou durante todo 
o Neogénico até à actualidade. Durante o Miocénico a taxa de sedimentação foi 
variável, tendo sido menor no Miocénico Inferior do que no Miocénico Superior. 
Durante o Miocénico Superior ocorreu o levantamento generalizado (uplift) da placa 
Africana, que provocou um basculamento regional da plataforma para Oeste. 
Este acontecimento, juntamente com o arrefecimento global do planeta, que 
provocou a descida do nível do mar no início do Miocénico e proporcionou por um 
lado, o aumento progressivo da taxa de sedimentação no interior da bacia, devido à 
intensa erosão da linha de costa e por outro, a incisão do canhão submarino do Rio 
Congo no Miocénico Superior, que por sua vez permitiu um fluxo sedimentar contínuo, 
levando à progradação do leque submarino e consequente a deposição de uma extensa 
sequência detrítica no interior da Bacia do Baixo Congo, representada pela formação de 
Malembo. 
Esta formação é constituída por sequências turbidíticas, com canais de areia 
compostos por sedimentos de natureza clástica como areias, conglomerados e siltes, 
alternados com sedimentos de natureza pelágica. 
 
Durante o Miocénico, com a continuação do preenchimento da bacia, ocorreu 
reactivação da tectónica salina que deu origem à Escarpa Angolana, o que condicionou 
o padrão de distribuição dos canais turbidíticos. 
A Escarpa Angolana é um de grau batimétrico com cerca de 500 a 1000m de 
desnível e com direcção Norte-Sul, que se localiza a Sul do canhão submarino do Rio 
Congo.Actualmente encontra -se na base do talude Angolano e delimita a zona de 
influência da tectónica salina, activa até aos dias de hoje. 
O início do desenvolvimento da Escarpa Angolana ocorreu no final do 
Miocénico e resultou a reactivação da tectónica salina, como consequência do aumento 
sedimentar associado ao delta submarino do Rio Congo. Conjuntamente com o 
basculamento para Oeste da margem Angolana, que originou um domínio compressivo 
no interior da bacia, dominado pela tectónica salina. A migração vertical de grandes 
massas de sal provocou o levantamento da Escarpa Angolana. Do Pliocénico ao 
Quaternário a sedimentação foi composta principalmente por sedimentos finos de 
natureza pelágica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL GEOLÓGICO INTERPRETATIVO DA BACIA DO BAIXO 
CONGO 
 Com indicação dos principais domínios tectónicos gerados por mecanismos 
gravitacionais. Junto ao talude: domínio extensivo com direcção para Oeste que levou à 
geração de falhas normais de componente gravitacional, formação de grabens e 
estruturas do tipo raft. No interior da bacia: domínio compressivo com geração de falhas 
inversas, diapirismo e dobramentos. 
 
Figura 2.3: Perfil geológico interpretativo da Bacia do Baixo Congo, com indicação dos 
principais domínios tectónicos gerados por mecanismos gravitacionais. Junto ao talude: domínio 
extensivo com direcção para Oeste que levou á geração de falhas normais de componentes gravitacionais, 
formação de grabens e estruturas do tipo raft. No interior da bacia: domínio compressivo com geração de 
falhas inversas, diapirismo e dobramentos (adaptado de Broucke, et al., 2004). 
A tectónica de raft foi muito importante na evolução e deformação da sequência 
post-rift da Bacia do Baixo Congo, tendo identificado quatro domínios estruturais para a 
sequência post-rift no interior da bacia e para os quais as estruturas típicas são: 
 Domínio 1; Rafts e grabens do Cretácico; 
 Domínio 2; Rafts e grabens do Terciário; 
 Domínio 3; Pre-rafts do Terci ário; 
 Domínio 4; Diapirismo sal ífero. 
Este mecanismo esteve especialmente activo durante três fases de evolução da bacia, 
no Cretácico Superior e no Terciário, no final do Oligocénico e no Miocénico Superior. 
 
 
Figura 2.4: Ilustração da evolução e deformação da sequência post-rift da Bacia do Baixo Congo 
(Arquivos da Academia SONANGOL, 2019). 
No final do Albiano, a presença de uma camada evaporítica de base (Formação 
Loeme), bem como a carga exercida pelo peso das camadas adjacentes e a presença de 
um domínio extensivo junto ao talude e margem, deram início aos processos de 
tectónica salina, na qual a camada evaporítica funcionou como superfície de 
descolamento para toda a sequência post-rift, conduzindo à geração de falhas normais 
com componente rotacional (falhas lístricas) e orientação aproximada Norte-Sul. 
 Consequentemente, a sequência Cretácica foi afectada, tendo-se formado estruturas 
de tipo raft e abertura de grabens nos quais se depositaram os sedimentos, albergando 
estas estruturas os depocentros da bacia. Este mecanismo de geração de rafts continuou 
no Terciário, como resultado do preenchimento sedimentar sin-cinemático da bacia, em 
especial com o início da sedimentação turbidítica no final do Oligocénico e o 
incremento da sedimentação no Miocénico Superior, como resultado do levantamento 
do cratão Africano e a progradação do delta submarino do Rio Congo, tendo a espessura 
sedimentar afectado fortemente este processo, durante o Terciário estes períodos 
alternaram com períodos de menor actividade. 
Durante o Miocénico Superior a direcção de extensão foi aproximadamente paralela 
à direcção de progradação do delta do Rio Congo, ou seja para Sudoeste, o que resultou 
na abertura de falhas com direcçãoNoroeste -Sudeste. Com o levantamento da Escarpa 
 
Angolana e consequente migração da direcção de progradação do delta submarino para 
Noroeste, a geração de falhas passou a ter direcção Nordeste -Sudoeste. 
Por outro lado, durante o Miocénico as taxas de sedimentação e de expansão 
também foram diferentes. No Miocénico Inferior a taxa de sedimenta ção foi inferior à 
taxa de ger ção de falhas, o que levou a que as correntes turbidíticas fossem capturadas 
pelos grabens resultantes, acaba por apresentar uma orientação semelhante à orientação 
principal das falhas. 
Contrariamente, no final do Miocénico a taxa de sedimentação foi superior à taxa de 
geração de falhas, o que levou a que os grabens fossem rapidamente preenchidos por 
sedimentos proveniente do delta do Congo. Neste caso a geração de falhas teve uma 
capacidade limitada de influenciar a distribuição dos depósitos turbidíticos, tendo por 
isso ficado no registo geológico a presença de canais de areia, que cortam o sistema de 
falhas. 
 
Figura 2.5: Localização da Escarpa Angolana, marcada na figura a vermelho (adaptado de 
Uenzelmann-Neben, 1998) 
A passagem de um ambiente sedimentar marinho restrito para ambiente marinho 
aberto, está representada pela Formação Pinda, que nalguns casos apresenta cerca de 
200m de espessura. A base desta formação que assenta sobre a sequência evaporítica é 
composta por calcários o olíticos que formaram a plataforma carbonatada. A secção 
superior desta formação é constituída por argilitos depositados em ambiente marinho. 
 
Sobre esta formação estão as Formações Iabe e Landana, que correspondem a uma 
sequência condensada de sedimentos depositados em ambiente marinho aberto. 
 A Formação Iabe é composta por argilitos de natureza marinha com intercalações 
de carbonatos e a Formação Landana é composta essencialmente por argilitos de 
natureza marinha com intercalações de camadas arenosas. No topo da sequ ência 
sedimentar está a Formação Malembo, associada a sedimentação em ambiente deltaico 
proveniente da progradação do delta do Rio Congo. 
Esta formação é composta por grandes depósitos detríticos com cerca de 25m de 
espessura que correspondem a turbiditos e canais de areia depositados em águas 
profundas, intercalados por sedimentos marinhos, em especial argilitos (Anderson, et 
al., 2000; Valle, et al., 2001; Brownfield & Charpentier, 2006; Anka, et al., 2009). 
A partir do Pliocénico depositaram-se principalmente sedimentos finos de natureza 
pelágica em especial no talude, ficando a deposição de turbiditos restringida à área 
recente do leque submarino do Rio Congo (Anderson, et al., 2000; Valle, et al., 2001 
Brownfield & Charpentier, 2006; Anka, et al., 2009). 
SISTEMA PETROLÍFERO DA BACIA DO BAIXO CONGO 
O principal sistema petrolífero na Bacia do Baixo Congo está associado ao 
enorme delta submarino do Rio Congo, engloba as rochas geradoras do Meso-
Cenozóico e os reservatórios turbidíticos com canais de areia do Oligocénico – 
Miocénico. 
Na Bacia do Baixo Congo existem rochas geradoras de hidrocarbonetos na 
sequência pré-sal e pós-sal. A subsidência térmica da bacia, a presença de um ambiente 
redutor e a carga exercida pelas camadas superiores de sedimentos, proporcionaram as 
condições necessárias de pressão e temperatura, que permitiram a geração de 
hidrocarbonetos desde o Albiano até aos dias de hoje. 
As rochas geradoras do pré-sal resultaram da sucessiva acumulação de matéria 
orgânica, argilas e siltes de natureza lacustre e fluvial, dado origem às Formações 
Lucula e Bucomazi (Neocomiano) constituídas por argilitos ricos em matéria orgânica. 
Estas formações apresentam Querogenio do tipo I e mistura de querogênio de tipo I e II. 
Na base e topo da formação Bucomazi a percentagem de TOC varia entre 2 -3%, no 
 
entanto na zona intermédia da formação a percentagem média de TOC é de 5%, pode 
atingir um valor máximo de 20% (Beglinger, et al., 2012). As rochas geradoras pós - sal 
são de natureza marinha e pertencem à Formação Iabe, do Cretácico Superior (black 
shales, argilitos e margas), quer à Formação Landana, do Paleocénico- Eocénico 
(argilitos). Algumas zonas da bacia, em particular na zona de domínio extensivo junto à 
margem, podem ocorrer geração de hidrocarbonetos associada: 
 Sedimentos de natureza pelágica que ocorrem no seio da formação de Malembo, 
do Oligocénico- Miocénico; 
 Sedimentos depositados em levees, como siltes e argilas, os quais revelaram. 
Os principais reservatórios de hidrocarbonetos da Bacia do Baixo Congo estão 
associados ao extenso complexo de canais turbidíticos ou canais de areia do 
Oligocénico – Miocénico. Estas rochas estão representadas pela formação Malembo, 
composta por sedimentos detríticos de proveniência continental que formam uma 
sequência. A formação destas rochas esteve associada à incisão do canhã e progradação 
do leque submarino do rio Congo durante o Terciário, que deu origem a uma extensa 
sequência composta principalmente por areias e siltes. 
Durante o Miocénico ocorreu a maior taxa de sedimentação, tendo a extensão da 
formação Malembo atingido os 6.000m de espessura (Da Costa, et al., 2001). Nesta 
formação a porosidade média das areias é de 20-40% e a permeabilidade de 1 -5 D, 
varia ao longo da bacia. Apesar da formação Malembo ser a principal rocha reservatório 
da Bacia do Baixo Congo, esta formação também funciona (em menor escala) como 
rocha geradora de hidrocarbonetos, em particular nas camadas formadas por argilitos 
ricos em mat éria orgânica (black shales) de natureza pelágica, que estão intercaladas 
com as sequências turbidíticas. Por esta razão, as secções argilosas desta formação 
apresentam normalmente querogênio do tipo II e III, e conteúdo em TOC de 1- 2% na 
zona superior da formação e de 2 -5% na zona inferior (Brownfield & Charpentier, 
2006; Beglinger, et al., 2012). 
Depois dos arenitos, os reservatórios mais comuns são rochas calcárias do 
Albiano, das águas rasas, porosas depositadas em praias e plan ícies carbonáticas, 
desenvolvidas em latitudes tropicais e livres de detritos siliciclásticos, calcários de 
recifes de organismos diversos, e finalmente, calcários diversos afectados por 
dissolução por águas meteóricas. Os valores de porosidade mais comuns das rochas 
 
reservatório variam de 5% - 35%, concentrando-se na faixa de 15% - 30%. As rochas 
porosas não servem apenas como armazenadores finais do petróleo acumulado. Elas 
servem igualmente como rotas de migração importantíssimas para os fluidos 
petrolíferos, actuando como carrier beds. 
A tectónica salífera teve um papel fundamental na geração e distribuiçã o de 
armadilhas na Bacia do Baixo Congo. Ao longo da história da bacia desenvolveram -se 
diversos tipos de armadilhas estruturais e estratigráficas. As armadilhas estruturais estão 
principalmente associadas à tectónica salífera, na qual se desenvolveram diversas falhas, 
anticlinais ou geração de estruturas do tipo rollover bem como diversas estruturas 
salinas como por exemplo domos salinos. 
As armadilhas estratigráficas estão associadas a litologias compostas por 
sedimentos finos e pouco permeáveis, como é o caso dos argilitos de natureza marinha 
ou lacustre, que se depositaram em sequência estratigráfica ou como levees de canais 
turbid íticos. Em particular toda a sequência do Oligocénico - Miocénico, que contém os 
principais reservatórios de hidrocarbonetos, está selada pela sequência do Pliocénico - 
Quatern ário composta por sedimentos finos de natureza pelágica e que constituí uma 
importante armdilha estratigráfica. 
Apesar disso, alguns estudos apontam para alguma limitação deste selante, dado 
que esta sequência se encontra intensamente fracturada por pequenas falhas que formam 
um padrão poligonal e que resultaram da compactação dos sedimentos quando da 
expulsão de fluídos, que ter á ocorrido simultaneamente com a sedimentação. ColunaLitoestratigráfica genérica, com indicação dos diferentes eventos e unidades do sistema 
petrolífero da Bacia do Baixo Congo. 
A migração de hidrocarbonetos na Bacia do Baixo Congo ocorreu 
principalmente através de falhas e inconformidades. As enormes falhas que afectaram 
toda a sequência post-rift serviram de condutas para a migração de hidrocarbonetos das 
rochas geradoras pré e pós-sal, para os reservatórios em canais de areia do Terciário. As 
diversas falhas poligonais presentes na sequência do Pliocénico - Quaternário terão 
funcionado também como passagem para migração de fluídos e gases de níveis mais 
profundos, como testemunha a formação de seeps gasosos no fundo oceânico. 
 
No entanto esta questão ainda se encontra em discussão, pois um estudo recente 
sugere que a sua formação é anterior à geração das falhas poligonais, tendo estas 
resultado de chamin és que serviram como condutas para a expuls ão de fluídos. Na 
Bacia do Baixo Congo os seeps originaram pockmarks e estão normalmente associadas 
aos reservatórios em canais de areia pois apresentam a particularidade de 
acompanharem o perfil sinuoso dos canais subjacentes. Apesar de em menor escala, terá 
ocorrido migração lateral de hidrocarbonetos no interior das formações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAP III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO TECTÓNICA DA COSTA ANGOLANA 
A evolução tectónica da costa Angolana está relacionada com a natureza e o 
avanço da separação dos continentes Africano e Sul-americano, as oscilações do nível 
do mar e a própria geometria tectónica da costa. 
 A evolução tectónica pode ser subdivida em quatro fases sequenciais, 
nomeadamente, fase Pré-rift, Syn-rift, Pós-rift e a fase de Subsidência Regional. 
 
Figura 3.1: Evolução tectónica e estratigráfica da Bacia do Baixo Congo (retirado de Valle, et al., 
2001). 
FASE PRÉ-RIFT 
No final do Jurássico ou início do Cretácico (Neocomiano) ocorreram erupções 
vulcânicas do tipo toleítica (Basalto toleítico, ou toleíte, é a designação das rochas t 
ípicas das zonas de ascensão magmática, como as dorsais oce ânicas e os rifts), 
originando pontos quentes que se localizavam acima do manto e provocaram o 
enfraquecimento da litosfera, criando, por sua vez, condições propícias à separação dos 
dois continentes. 
 
 
 
FASE SYN-RIFT 
Esta fase é caracterizada por duas subfases: 
Syn-rift I (Valanginiano ao Barremiano), durante a qual os continentes 
Africano e Sul -americano começaram a separar -se devido à acção de forças distensivas 
produzidas ao nível da crusta continental o que levou ao seu alongamento e 
adelgaçamento. A consequente fracturação do super continente Gondwana provocou a 
formação de falhas normais profundas (até 7 km) e de grande extensão, formando 
blocos alinhados paralelamente à costa e dando, origem a lagos profundos. 
Syn-rift II (Apciano), nesta fase a crusta continuou a sofrer abatimentos 
permitindo a invasão do mar no sentido Norte, levando à formação de uma sequência 
salífera ainda em condições de mar restrito. Durante o Albiano-Santoniano, a costa 
Angolana continuou a sofrer subsidências progressivas como resultado da contínua 
separação das placas, o que levou ao contínuo aumento do nível médio do mar, sendo 
que no Campaniano-Maastrichtiano as condições de águas marinhas estabeleceram-se 
definitivamente. 
FASE POS-RIFT 
 A evolução tectônica pos-rift foi dominada pela subsidência térmica da bacia e 
por uma tectônica gravitacional. Os processos gravitacionais foram originadospelo 
basculamento da margem que deu origem a um ligeiro declive da plataforma, bem com 
pela tectônica salina e pelo contínuo preenchimento sedimentar da bacia (Vall, et al., 
2001). 
Todos estes processos gravitacionais deram origem a dois domínios tectônicos 
principais no interior da bacia, um domínio extensivo com direcção para Oeste junto ao 
talude e margem Africana e um domínio compressivo no interior da bacia (Duval, et 
al.,1992; Mauduit, et al., 1997; Cramez & Jackson, 2000; Valle, et al., 2001; Calassou 
& Moretti, 2003; Broucke, et al., 2004). 
 
 
Figura 3.2: Evolução tectónica e estratigráfica da sequência post-rift da Bacia do Baixo Congo 
(retirado de Valle, et al., 2001) 
FASE DE SUBSIDÊNCIA REGIONAL 
Durante o Eocénico até final do Miocénico verificou-se a reactivação das falhas 
profundas do soco pré-câmbrico, o que levou ao basculamento das bacias da orla 
costeira Angolana no sentido Oeste. Esta fase é caracterizada por uma grande descida 
do nível médio do mar e a consequente exposição de grandes áreas continentais, que 
deu origem à fragmentação por erosão de grandes volumes de sedimentos que 
avançaram para o Oeste, cobrindo os depósitos marinhos do Paleocénico e início do 
Eocénico. 
 
Figura 3.3: Modelo para o desenvolvimento e migração dos canais de areia e incisão do canhão do 
leque submarino do Rio Congo e sua relação com o desenvolvimento da Escarpa Angolana. 
 
A evoluçã o Tectónica estratigráfica do Baixo Congo é controlada por dois 
principais factores: 
 O maior embasamento falhado ocorre durante a fase Rift. 
 A Tectónica salífera deve-se a mobilização do sal no Apciano. 
Uma significativa transgressão marinha durante a idade Apciana foi marcada por 
deposição evaporítica. A Zona Terrestre da Bacia do Baixo Congo tem uma área 
sedimentar aproximadamente de 7.000 Km ². Dessa área 300 Km² estão actualmente em 
actividades de Exploração e Produção. 
O restante está aberto para novas actividades de Exploração e Produção. As 
actividades de Exploração e Produção de petróleo na Zona Terrestre da Bacia do Baixo 
Congo começaram durante a 2 ª década do s éculo XX. No entanto, entre 1967 a 1992 é 
considerada a fase de exploração activa e desenvolvimento. Durante este período foram 
descobertos 13 campos de petróleo e 1 de gás. Nestas descobertas de óleo é estimada em 
830 MMSTBO e uma produção de petróleo acima dos 30,000 BOPD. 
POTENCIAIS BLOCOS DA BACIA DO CONGO 
Bloco 1: fica situado na parte mais inferior da bacia do Congo, no offshore do 
norte de Angola. Para facilitar a exploração o Bloco 1 foi dividido em três zonas: a 
plataforma carbonatica, a bacia terciária e a bacia intermediária. A maioria dos poços 
existentes foram perfurados na estratigrafia de carbonatite. A atividade de E&P neste 
bloco data do início da década de 1970, altura em que o primeiro poço comercial foi 
perfurado por Texaco. Na primeira metade de 1980 a exploração aumentou e dos poços 
perfurados foram encontrados óleo e gás em quantidades comerciais. O campo Safueiro 
produziu neste bloco cerca de 1.700 bdp. 
Bloco 15: fica situado na bacia do baixo Congo a sul do rio de Zaire. Estando no 
offshore e em águas profundas a lâmina de água para este bloco varia entre 400 e 1.500 
metros. As atividades de exploração neste bloco começaram em Setembro de 1994 e 
terminaram em Agosto de 2003 com um resultado final de 22 poços perfurados, dois 
dos quais foram considerados poços secos. Um total de 17 descobertas comerciais são 
exploradas pelo atual grupo empreiteiro que tem a Esso Angola como Operador e BP, 
AGIP e Statoil como parceiros. 
 
Bloco 17: fica situado na bacia do Congo e é parte dos blocos de águas 
profundas. A atividade da exploração neste bloco começou em Janeiro de 1993 e 
terminou em Dezembro de 2003. Onde temos actualmente quatro FPSOs, 
nomeadamente Girassol, Dália, Pazflor e Clov. Da atividade exploratória resultaram 17 
descobertas comerciais e dois poços secos. É neste bloco que está o campo Girassol, a 
maior descoberta de reservas de óleo na história de E&P em Angola. Explorações, após 
as datas mencionadas, com base na re-avaliação dos dados de sísmica-3D resultaram em 
mais dois poços comerciais: Hortensia-1 e Acácia-1. 
Bloco 18: está em águas profundas e fica entre as bacias do Kwanza e do Congo. 
A lâmina de água nesteBloco varia entre 750 e 1,750 metros. Em Setembro de 1996 o 
Bloco foi adjudicado a Amoco (operador) e a Shell (parceiro). O grupo empreiteiro 
perfurou dez poços e destes todos foram considerados descobertas comerciais. Estes 
poços alvejaram na maior parte o Oligoceno, cujo o óleo varia de 31 a 38º API. O óleo 
encontrado nos reservatórios do Mioceno é de 24º API. 
Bloco 46: fica situado em águas ultra-ultra-profundas ao largo da Bacia do 
Baixo Congo, 500 km à Noroeste de Luanda e 200 km à Oeste das instalações do Soyo. 
A profundidade da sua lâmina de água ronda os 2,500 metros. Este bloco fica no declive 
exterior da bacia, próximo da faixas continental e oceânica. Nele é dominante uma bacia 
do terciário e estão presentes minibacias salíferas e canais do Mioceno. 
Bloco 47: está localizado nas águas ultra profundas da Bacia do Baixo Congo, a 
Sul do rio com o mesmo nome. Situado a 450 km à Noroeste de Luanda e a 200 km à 
Oeste das instalações no Soyo, a profundidade da sua lâmina de água é de cerca de 
2,500 metros. 
Bloco 48: fica nas águas ultra-ultra-profundas na Bacia do Baixo Congo, à sul 
do rio com mesmo nome. Situado 400 km à Noroeste de Luanda e 200 km à Oeste das 
instalações do Soyo, a profundidade da sua lâmina de água é de 2,500 metros. Neste 
bloco foram identificadas pontos de interesse nos canais/lobos do Miocénico e 
Oligocénico, que contêm trapas de crude localizadas na faixa externa e no plano absínio 
do bloco. Os estudos modulares conduzidos neste bloco sugerem a existência de 
recursos hidrocarbonetos oriundos do pós-sal e para além disso foram identificadas 
trilhas de migração. 
 
Conclusão 
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou o estudo analítico da 
caracterização da bacia sedimentar do congo, tendo trilhado passos como Analisar a 
litologia da bacia do Baixo Congo, conhecer a evolução tectónica e estratigráfica do 
Baixo Congo, para a sua consumação. Os conhecimentos adquiridos sobre A indústria 
petrolífera e a exploração de hidrocarbonetos para o domínio das águas profundas. 
importantes reservatórios de hidrocarbonetos associados, os sistemas de canais de areia 
submarinos ou canais turbidíticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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