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Aula-01-Economia-ICMS-RJ-Elasticidades-Excedentes-v1

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Curso: Economia 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Thomaz Milani 
 
 
Prof. Thomaz Milani 1 de 95 
 www.exponencialconcursos.com.br 
Curso: Economia 
Professor: Thomaz Milani 
 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
 Curso: Economia 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Thomaz Milani 
 
 
Prof. Thomaz Milani 2 de 95 
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Sumário 
1 – Elasticidades .................................................................................. 4 
1.1 – Elasticidade-preço da demanda ..................................................... 4 
1.1.1 – Demanda linear ................................................................... 10 
1.1.2 – Elasticidade constante .......................................................... 16 
1.1.3- Elasticidade-preço da demanda x Receita total .......................... 18 
1.2 – Elasticidade-renda da demanda ................................................... 20 
1.3 – Elasticidade-preço cruzada da demanda ....................................... 24 
1.4 – Elasticidade-preço da oferta ........................................................ 26 
1.4.1 – Oferta linear ........................................................................ 29 
1.5 – Incidência tributária e elasticidade ............................................... 31 
2 – Excedentes do consumidor e do produtor .................................... 35 
2.1 – Excedente do consumidor ........................................................... 35 
2.2 – Excedente do produtor ............................................................... 39 
2.3 – Eficiência de mercado ................................................................. 42 
2.3.1 – O peso morto dos impostos ................................................... 43 
2.3.2 – Elasticidades x Peso Morto .................................................... 46 
3 – Questões Comentadas ................................................................. 47 
4 – Lista de Exercícios ....................................................................... 79 
5 – Gabarito ....................................................................................... 95 
6 – Referencial bibliográfico .............................................................. 95 
 
 
Aula – Elasticidades. Excedentes do consumidor e do produtor. Peso 
morto dos impostos. 
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 Curso: Economia 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Thomaz Milani 
 
 
Prof. Thomaz Milani 3 de 95 
 www.exponencialconcursos.com.br 
Pessoal, 
 
Nessa aula vamos fechar a teoria da oferta e demanda. Em alguns 
momentos lançarei mão de alguns cálculos mais elaborados para explicar a 
vocês de onde surgem algumas “fórmulas mágicas” para resolver questões, mas 
não iremos tão afundo nessa abordagem matemática, pois as bancas não 
cobram a demonstração dessas fórmulas em concursos. O objetivo de explaná-
las aqui é meramente didático, na prática vocês irão simplesmente aplicar a 
fórmula e acertar a questão. 
Vamos lá, pessoal? Hora de fechar o Facebook, o WhatsApp, ou o 
qualquer outra ameaça à sua concentração, rs. 
Se não entenderem algo, releiam o tópico e me procurem no fórum. Estou 
a disposição de vocês, guerreiros! 
Aos estudos! 
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Teoria e Questões comentadas 
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Prof. Thomaz Milani 4 de 95 
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1 – Elasticidades 
 
Até agora vimos que existem fatores cuja variação pode afetar a oferta e 
a demanda. Porém, não nos atentamos à intensidade com que esses fatores as 
influenciam. Se houver aumento do preço da cerveja belga, em quanto sua 
demanda será reduzida? E se o preço dos medicamentos para pressão alta 
subirem, haverá uma redução substancial das vendas? Para medir essa 
sensibilidade com que esses fatores afetam o comportamento dos 
consumidores, usaremos o conceito de elasticidade. 
 
1.1 – Elasticidade-preço da demanda 
A elasticidade-preço da demanda (EPD) mede o quanto a quantidade 
demandada reage a uma mudança no preço. A demanda é dita elástica quando 
uma pequena variação do preço causa uma grande variação da quantidade 
demandada. Em contrapartida, a demanda é inelástica se essa resposta da 
quantidade demandada à variação no preço é pequena. 
E o que influencia a elasticidade-preço da demanda de um bem? 
Vejamos: 
 
Elasticidade
Medida da 
reação da 
quantidade 
demandada 
ofertada 
a uma 
variação em 
um de seus
determinantes
Elasticidade-preço da 
demanda (EPD)
Fatores que 
influenciam
Disponibilidade 
de 
substitutos
próximos
Bens 
necessários 
X 
bens de luxo
(supérfluos)
Importância
relativa do 
bem no 
orçamento
horizonte de 
tempo
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Teoria e Questões comentadas 
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Prof. Thomaz Milani 5 de 95 
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1. Disponibilidade de substitutos próximos: Bens com substitutos 
próximos, como a manteiga e a margarina, tendem a ter demanda 
mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocarem um 
pelo outro. 
2. Bens necessários x bens de luxo (supérfluos): Os bens 
necessários, como a insulina para os diabéticos, tendem a ter 
demanda inelástica. Por outro lado, os bens de luxo, como um whisky 
12 anos, tendem a ter demanda mais elástica. 
3. Importância relativa do bem no orçamento: Quanto maior o peso 
do bem no orçamento, maior é a elasticidade-preço da demanda. 
Afinal, quanto mais o consumidor gasta com um certo bem, mais 
afetadas serão suas decisões quando se depara a uma variação nos 
preços desse bem. Por exemplo, se o preço da energia elétrica 
aumentar, você certamente se esforçará para gastar menos. Por outro 
lado, se o preço da pasta de dente subir, você não está nem aí com 
isso, afinal não é isso que vai comprometer as suas contas. 
4. Horizonte de tempo: A demanda de bens no longo prazo tende a ser 
mais elástica em relação ao curto prazo. Por exemplo, quando há um 
aumento no preço da gasolina, o consumo imediato cai pouco; porém, 
ao longo do tempo, as pessoas vão comprando mais carros flex com 
o objetivo de economizar no combustível usando etanol. 
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1- (CESPE – Especialista em Regulação – ANTT/2013) 
Julgue o item a seguir, acerca de microeconomia. 
A essencialidade e a restrição de mercado de determinado bem são os principais 
elementos que motivam a elasticidade preço da demanda. O horizonte temporal 
não é um desses elementos, pois permite que os consumidores de determinada 
mercadoria encontrem outras formas de substituí-la, quando seu preço 
aumenta. 
Comentários: O horizonte temporal é, seguramente, um determinante da 
elasticidade-preço da demanda de um bem. A demanda de bens no longo prazo 
tende a ser mais elástica em relação ao curto prazo. É justamente no longo 
prazo que os consumidores encontram formas alternativas ao bem, quando seu 
preço aumenta. 
Gabarito: Errado 
 
Compreendido o conceito de elasticidade-preço da demanda, vamos 
agora aprender a calculá-lo. A elasticidade-preço da demanda é obtida pela 
divisão entre a variação percentual da quantidade e a variação percentual do 
preço. 
Elasticidade-
preço da 
demanda 
(EPD)
bens 
substitutos
muitos mais elásticos
poucos mais inelásticos
bens 
necessários x 
de luxo
de luxo mais elásticos
necessários mais inelásticos
importância 
relativa no 
orçamento
compromete
mais
mais elásticos
compromete 
menos
mais inelásticos
horizonte de 
tempo
longo prazo mais elásticos
curto prazo mais inelásticos
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𝐸𝑃𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑃
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
 
Pessoal que não é da área de exatas, não se assustem com os termos da 
equação! Vocês verão que é simples, rs. A letra grega delta (Δ) significa 
variação. Quando dividimos uma variação por um valor absoluto temos uma 
variação percentual (ou variação relativa). Vamos ver um exemplo para 
esclarecer tudo isso. 
Digamos que quando o preço do leite aumenta em 10%, a quantidade 
demandada cai 20%. Qual é a elasticidade-preço da demanda do leite? 
𝐸𝑃𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑃
=
−20%
10%
= −2 
Neste caso, a elasticidade é igual a 2 (é comum omitirmos o sinal negativo 
e usarmos apenas o valor absoluto para a elasticidade). Isso significa que a 
variação da demanda é duas vezes maior que a variação do preço. 
Pessoal, notem que a elasticidade-preço da demanda é, em regra, 
negativa e isso decorre da lei da demanda (quanto maior o preço, menor a 
quantidade demandada). Ou seja, quando a variação da quantidade demandada 
é postiva, a variação do preço será negativa. E vice-versa. Contudo, lembrem-
se da exceção (bem de Giffen), cujo preço varia positivamente em relação à 
quantidade demandada. O que resulta em um valor positivo para a 
elasticidade. 
E como identificar se uma demanda é elástica ou inelástica a partir do 
valor absoluto da elasticidade-preço da demanda (|EPD|)? Ora, para demandas 
elásticas, se a variação da quantidade é superior à variação do preço, teremos 
o numerador maior que o denominador na equação da elasticidade, dessa forma 
|EPD|> 1. Já em relação às demandas inelásticas, a quantidade demandada 
varia percentualmente menos que o preço, assim teremos |EPD| < 1. Quando 
as variações percentuais são iguais temos o caso da elasticidade unitária 
(|EPD| = 1). 
 
 
2- (CESPE/Auditor Governamental - CGE-PI/2015) Se o 
coeficiente da elasticidade preço da demanda for menor que a unidade, então o 
bem demandado será insensível a alterações no seu preço. 
 
Elasticidade-preço da 
demanda (EPD)
Elástica |EPD| > 1
Unitária |EPD| = 1
Inelástica |EPD| < 1
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Comentários: Essa questão explora o conceito de elasticidade: uma medida de 
sensibilidade, reação, resposta da demanda ou oferta à variação de algum fator. 
Se a elasticidade-preço da demanda é menor que um (em valor absoluto), então 
a demanda é inelástica, ou seja, insensível a variações no preço. 
Gabarito: Correto 
 
Vamos aprender agora como representar graficamente uma curva mais 
elástica e uma menos elástica. Vejamos: 
 
 
Observem que para uma mesma variação de preço, a curva mais 
horizontal tem uma variação bem maior da quantidade demandada em relação 
à curva mais inclinada. Ou seja, a curva mais horizontal é bem mais sensível à 
variação no preço. Por isso, em regra, dizemos que a uma demanda mais 
elástica tem sua curva de demanda mais horizontal. Por outro lado, uma 
demanda mais inelástica tem sua curva mais vertical. 
 
 
 
Inclinação da 
curva de demanda
mais vertical
Demanda 
inelástica
mais horizontal
Demanda 
elástica
P 
Q 
D 
P 
Q Q’ 
P’ 
P 
Q 
D 
P 
Q Q’ 
P’ 
ΔQ ΔQ 
Demanda mais 
elástica Demanda mais 
inelástica 
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3- (FCC/Auditor Fiscal da Receita Estadual - RJ/2014) 
Considere as seguintes assertivas relativas à elasticidade-preço da demanda: 
I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que 
significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço. 
II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o 
que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço. 
III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por 
determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda. 
IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado 
ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e II, apenas. 
b) III e IV, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Comentários: Essa questão explora os aspectos numéricos e gráficos da 
elasticidade-preço da demanda. Vamos analisar as alternativas. 
I. A demanda é considerada elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que 
significa que a quantidade varia proporcionalmente mais que o preço. 
Correto. Essa é a definição de demanda elástica, ela reage mais à variação de 
preços, portanto seu valor é maior que um. 
II. A demanda é considerada inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o 
que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos que o preço. 
Correto. Analogamente ao item anterior, se a demanda é pouco afetada à 
variação de preços, então ela é dita inelástica. 
III. Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por 
determinado ponto, menor será a elasticidade-preço da demanda. 
Errado. Quanto mais horizontal, maior é a elasticidade-preço da demanda. 
IV. Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por determinado 
ponto, maior será a elasticidade-preço da demanda. 
Errado. Quanto mais vertical, mais inelástica é a elasticidade-preço da 
demanda. 
Gabarito: A 
 
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Contudo, essa regra não é válida para demandas lineares (aquelas 
definidas por uma reta), pois estas têm um regramento próprio para 
determinação da elasticidade-preço da demanda. Vamos ver o porquê a partir 
da equação da reta e da elasticidade. 
 
1.1.1 – Demanda linear 
Uma curva de demanda linear é dada pela seguinte expressão: 
𝑄 = 𝑎 − 𝑏𝑃 
Vemos que ΔQ/ΔP é constante e igual a –b, que é justamente o 
coeficiente angular da reta. Substituindo na equação da elasticidade teremos o 
seguinte: 
𝐸𝑃𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑃
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
=
∆Q
∆P
.
𝑃
𝑄
= −𝑏.
𝑃
𝑄
= −𝑏.
𝑎 − 𝑄
𝑏
.
1
𝑄
= 1 −
𝑎
𝑄
 
Observem que, para demandas lineares, a elasticidade-preço da 
demanda varia conforme a quantidade demandada varia. Ou seja, ela não 
depende apenas da inclinação da curva de demanda, mas também do preço e 
da quantidade. Graficamente temos o seguinte: 
 
Observe que quando o preço é zero, a elasticidade-preço da demanda 
também é zero, ou seja, a demanda é completamente inelástica. Quando a 
quantidade demandada é zero, a elasticidade tende ao infinito, ou seja, a 
demanda é infinitamente elástica. Note também que bem no ponto que divide 
a curva de demanda ao meio, a elasticidade é unitária. Então, para demandas 
lineares da forma Q = a – b.P, temos o seguinte: 
P 
Q 
a/2b 
|EPD| = 1 
|E
PD
| = 0 
|E
PD
| = ∞ 
a/2 a 
a/b 
Demanda elástica 
Demanda inelástica 
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4- (CESPE/Analista Administrativo - ANAC/2012) Com 
relação à demanda do consumidor, julgue o item subsequente. 
A elasticidade se refere à curva de demanda como um todo, de modo que é 
correto afirmar que a demanda é elástica ou inelástica. 
Comentários: Na verdade a elasticidade é medida ponto a ponto da curva de 
demanda. Uma curva de demanda pode ter trechos inelásticos e elásticos. Essa 
assertiva só valeria para as curvas de demanda isoelásticas, aquelas definidas 
por uma hipérbole, cuja elasticidade é constante ao longo de toda curva. Como 
a questão não fez essa restrição, então está incorreta. 
Gabarito: Errado 
 
5- (FGV/Agentede Fiscalização - TCM-SP/2015) 
Suponha, hipoteticamente, que a curva de demanda por trigo na Alemanha seja 
dada por QD(P) = 2400 – 120P, enquanto a curva de oferta é dada por QS(P) 
= 1800 + 80P. O valor em módulo da elasticidade-preço da demanda em 
equilíbrio nesse mercado é de aproximadamente: 
a) 0,10; 
b) 0,18; 
c) 0,25; 
d) 0,33; 
e) 0,42. 
Demanda 
linear
Q = 0
Infinitamente elástica
|EPD| = ∞
Entre Q = 0 e o 
ponto médio
Elástica
Ponto médio Elasticidade unitária
|EPD| = 1
Entre ponto 
médio e Q = a
Inelástica
Q = a
Completamente 
inelástica 
|EPD| = 0
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Comentários: A questão cobra o conhecimento da expressão matemática para 
o cálculo da elasticidade-preço da demanda, que é dada por 
𝐸𝑃𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑃
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
=
∆𝑄
∆𝑃
.
𝑃
𝑄
 
Vamos inicialmente encontrar o ponto de equilíbrio para então substituir os 
valores na expressão acima. No equilíbrio teremos QD = QS: 
2400 – 120𝑃 = 1800 + 80𝑃 
600 = 200𝑃 ⇒ 𝑃 = 3 
𝑄 = 1800 + 80𝑃 = 1800 + 80𝑥3 ⇒ 𝑄 = 2040 
Calculado o equilíbrio, vamos à elasticidade. Lembremos que ΔQ/ΔP, em se 
tratando de uma curva de demanda linear, é igual à inclinação da reta. Ou seja, 
para QD = 2400 – 120P, teremos ΔQ/ΔP = -120. 
𝐸𝑃𝐷 =
∆𝑄
∆𝑃
.
𝑃
𝑄
= −120 .
3
2040
= 0,18 
Gabarito: B 
 
Pessoal, vou ensinar uma técnica bem bacana de se calcular a 
elasticidade-preço da demanda linear quando nos é dado o gráfico da 
demanda. Apesar de todo o desenvolvimento matemático que eu vou 
apresentar, vocês verão que o resultado final é bem simples e bem interessante! 
Vamos analisar os triângulos que existem dentro da curva de demanda 
linear abaixo. 
 
Queremos calcular a elasticidade no ponto B, onde o preço é P e a 
quantidade demandada é Q. Primeiro devemos observar algumas relações no 
gráfico acima. 
𝑃 = 𝑂𝑃 = 𝐵𝑄 
P 
Q Q 
P 
A 
O C 
B 
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𝑄 = 𝑂𝑄 = 𝑃𝐵 
Vamos substituir isso na equação da elasticidade: 
𝐸𝑃𝐷 =
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
=
∆Q
∆P
.
𝑃
𝑄
=
∆Q
∆P
.
𝐵𝑄
𝑃𝐵
 
Mas quanto vale a razão ΔQ/ΔP? Ora, estamos falando de uma reta, então 
essa razão é constante e igual à razão entre os pontos de cada eixo. Assim, 
∆Q
∆P
= −
𝑂𝐶
𝑂𝐴
= −
𝑄𝐶
𝐵𝑄
 
O sinal negativo é devido à inclinação negativa da reta. Substituindo na 
equação da elasticidade: 
𝐸𝑃𝐷 =
∆Q
∆P
.
𝐵𝑄
𝑃𝐵
= −
𝑄𝐶
𝐵𝑄
.
𝐵𝑄
𝑃𝐵
= −
𝑄𝐶
𝑃𝐵
 
Pessoal, vocês se lembram das relações entre triângulos semelhantes lá 
do colegial? Pois bem, vamos resgatar essas lembranças do fundo do baú da 
sua memória, rs. O que eu preciso que vocês lembrem é que a razão entre os 
lados de triângulos semelhantes é sempre constante. Vejam que os triângulos 
ΔAPB e ΔBQC são semelhantes, dessa forma 
𝐵𝑄
𝐴𝑃
=
𝑄𝐶
𝑃𝐵
=
𝐵𝐶
𝐴𝐵
 
Com isso, chegamos ao seguinte resultado: 
𝐸𝑃𝐷 = −
𝑄𝐶
𝑃𝐵
= −
𝐵𝐶
𝐴𝐵
 
 
 
 
Vamos ver como isso pode ser cobrado. 
P 
Q Q 
P 
A 
O C 
B 
AB 
BC 
EPD = - BC/AB 
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6- (ESAF/APO – MPOG/2015) Considere ainda que a 
função demanda seja dada por qd = 50 – p e o conceito de elasticidade-preço 
da demanda. 
Com base nessas informações, é correto afirmar que: 
a) no ponto em que p = 25, Ep = 0 
b) nos pontos em que p > 50, Ep > 0 
c) considerando que nos pontos em que p é igual a zero, (Δqd/Δp) e Ep também 
serão iguais a zero 
d) a variação da elasticidade dependerá dos valores de p e qd 
e) no ponto em que p = 50, Ep = 1 
Comentários: A questão traz o caso particular da demanda linear e pergunta 
sobre os valores da elasticidade-preço da demanda ao longo dela. A forma mais 
simples de resolver essa questão é desenhando o gráfico e lembrando de uma 
importante relação, qual seja a elasticidade como a razão entre as medidas do 
segmento superior ao ponto e inferior a ponto em que a estamos calculando. 
Vejamos 
 
Vamos analisar as alternativas: 
a) no ponto em que p = 25, Ep = 0 
Errado. No ponto médio (p = 25), a elasticidade é unitária. 
b) nos pontos em que p > 50, Ep > 0 
Errado. Não existe ponto em que p > 50, o ponto p = 50 é dito preço proibitivo, 
pois acima dele não há demanda alguma pelo bem. 
c) considerando que nos pontos em que p é igual a zero, (Δqd/Δp) e Ep também 
serão iguais a zero 
P 
Q 25 
25 
50 
O 50 
|E
PD
| = 1 
|E
PD
| = 0 
|E
PD
| = ∞ 
|E
PD
| > 1 
0 < |E
PD
| < 1 
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Errado. Atenção! A razão (Δqd/Δp) de uma reta é sempre constante, trata-se 
de seu coeficiente angular. Sendo Ep = (Δqd/Δp).(p/q), a elasticidade será zero 
em p = 0, justamente porque o preço anula o valor da expressão. 
d) a variação da elasticidade dependerá dos valores de p e qd 
Correto. Essa é uma característica importante da curva de demanda linear, a 
elasticidade varia ao longo de toda a reta, como podemos observar no gráfico. 
e) no ponto em que p = 50, Ep = 1 
Errado. Em p = 50, a elasticidade-preço da demanda converge ao infinito. 
Gabarito: D 
 
Existem dois casos especiais importantes para concursos, são eles os 
casos da demanda infinitamente elástica e completamente inelástica. 
 
No caso da demanda infinitamente elástica, qualquer variação no preço 
derruba a quantidade demandada a zero. Essa curva é comum em mercados 
competitivos, como as bolsas de valores. Um investidor não vai vender suas 
ações a um preço abaixo da cotação e nem irá comprar ações acima desse 
preço, afinal os agente econômicos são dotados de racionalidade. Já a demanda 
completamente inelástica, o preço pode variar livremente sem que haja 
mudança na quantidade demandada. Essa característica é comum quando os 
bens são essenciais aos compradores, como algum medicamento importante. 
Existe ainda um caso interessante em que a elasticidade-preço da 
demanda é constante ao longo de toda a curva. Trata-se da demanda 
isoelástica. 
 
P 
Q 
D 
P 
Q 
D 
P* 
Demanda 
infinitamente elástica 
Demanda completamente 
inelástica 
Q* 
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1.1.2 – Elasticidade constante 
Pessoal, para mostrarmos este caso especial em que a elasticidade-preço 
da demanda é constante ao longo de toda a curva de demanda, devemos lançar 
mão de alguns artifícios do cálculo diferencial. Vou disponibilizar uma aula 
auxiliar em que eu explico alguns conceitos e operações básicas de cálculo. A 
quem não é de exatas, não se preocupe! Não é nenhum bixo de sete cabeças, 
como os calouros de exatas assim o dizem, rs. Veremos apenas aspectos 
introdutórios para que compreendamos o desenvolvimento do racicínio 
matemático aqui. 
Primeiramente devo dizer que a curva de demanda isoelástica é 
definida por uma curva hiperbólica dada pela seguinte equação: 
𝑄 = 𝑎 𝑃−𝑏 
Em que os parâmetros a e b são constantes, Q é a quantidade demandada 
e P é o preço. 
A elasticidade-preço da demanda será dada por: 
𝐸𝑃𝐷 =
∆𝑄/𝑄
∆𝑃/𝑃
=
∆Q
∆P
.
𝑃
𝑄
=
𝑑𝑄
𝑑𝑃
.
𝑃
𝑄
=
𝑑𝑄
𝑑𝑃
.
𝑃
𝑎 𝑃−𝑏
=
𝑑𝑄
𝑑𝑃
.
1
𝑎 𝑃−𝑏−1
 
Vamos, então, calcular a derivada da função Q e substituir na equação 
acima: 
𝑑𝑄
𝑑𝑃
=
𝑑
𝑑𝑃
(𝑎 𝑃−𝑏) = −𝑎 𝑏𝑃−𝑏−1 
Substituindo na equação da elasticidade:𝐸𝑃𝐷 =
𝑑𝑄
𝑑𝑃
.
1
𝑎 𝑃−𝑏−1
= −𝑎 𝑏𝑃−𝑏−1.
1
𝑎 𝑃−𝑏−1
= −𝑏 
Se assustaram, pessoal? Não é tão complicado assim como parece, rs. 
Vejam então que, para uma curva de demanda definida por uma equação da 
forma Q = a.P-b, a elasticidade-preço da demanda é constante e igual ao valor 
b da potência do preço. 
 
Essa curva de demanda isoelástica tem o seguinte formato: 
Elasticidade 
constante 
Curva de demanda 
Q = a P-b 
|EPD| = b 
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7- (FGV/Técnico Superior - DPE-RJ/2014) Suponha uma 
função demanda do tipo x=a/p, em que p é o preço de um bem x, e a uma 
constante positiva. A elasticidade preço da demanda é igual a 
a) 1. 
b) -1. 
c) -a/p2. 
d) -a. 
e) a. 
Comentários: Temos aqui o caso da elasticidade constante. Basta lembrarmos 
que a elasticidade-preço da demanda é igual ao valor do expoente do preço. 
Temos x = a/p = a.p-1, sendo assim, EPD = -1. 
Gabarito: B 
 
P 
Q 
D 
Demanda 
isoelástica 
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1.1.3- Elasticidade-preço da demanda x Receita total 
A receita total é a quantia paga pelos compradores e recebida pelos 
vendedores de um bem. Seu cálculo é trivial, basta multiplicar o preço do bem 
pela quantidade vendida. Graficamente, a receita total é igual à área do 
retângulo abaixo do ponto em que estamos interessados em analisar. 
 
Diferente do que eu fiz com vocês na seção passada, nesta eu irei poupá-
los de todo formalismo algébrico para mostrar a relação entre a receita total 
auferida pelo vendedor e a elasticidade-preço da demanda. Em vez disso, vamos 
analisar graficamente qual é o efeito de um aumento do preço praticado pelo 
vendedor sobre a receita total que ele obtém com as vendas considerando uma 
curva de demanda elástica e outra inelástica. 
 
Observe que, para demandas mais elásticas, um aumento de preços fez 
a receita perdida devido à queda nas vendas ser bem maior do que a receita 
ganha com o aumento do preço em si. O que era de se esperar, afinal uma 
demanda elástica é bem mais sensível à variação de preços. Assim, para 
demanda elástica, um aumento de preço leva a uma redução da receita 
total de vendas. 
P 
Q Q 
RT = P x Q 
P 
P 
Q 
 
P 
P 
Q 
 
P’ 
 
 
Receita extra pelo 
aumento do preço 
Receita perdida pela 
queda nas vendas 
Receita extra pelo 
aumento do preço 
Receita perdida pela 
queda nas vendas 
Demanda elástica Demanda inelástica 
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Quanto à curva de demanda inelástica, o efeito é o oposto. Afinal, se a 
demanda varia pouco com em relação ao preço, é de se esperar que um 
eventual aumento nos preços gere uma receita extra superior à receita perdida 
pela queda das vendas. Assim, para demanda inelástica, um aumento de 
preço leva a um aumento da receita total de vendas. 
 
 
 
Variação da Receita Total (RT)
Demanda 
inelástica
|EPD| < 1
Aumento 
do preço
Aumenta 
RT
Redução 
do preço
Diminui RT
Demanda 
unitária
|EPD| = 1
Aumento 
do preço
Não altera 
RT
Redução 
do preço
Não altera 
RT
Demanda 
elástica
|EPD| > 1
Aumento 
do preço
Diminui RT
Redução 
do preço
Aumenta 
RT
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1.2 – Elasticidade-renda da demanda 
A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade 
demandada varia conforme a renda do consumidor varia. Analogamente à 
elasticidade-preço da demanda, calcula-se da seguinte forma: 
𝐸𝑅𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑅
=
∆𝑄/𝑄
∆𝑅/𝑅
=
∆𝑄
∆𝑅
.
𝑅
𝑄
 
No numerador temos a variação percentual da quantidade demandada e 
no denominador temos a variação percentual da renda. Por exemplo, imagine 
que você acabou de passar no seu concurso e que por isso sua renda será 
aumentada em 40% (de R$ 10 mil que você ganhava na indústria, passará 
agora a ganhar R$ 14 mil no setor público). Digamos que você, assim como eu, 
é amante de um bom vinho, mas que em razão do preço de que se paga por 
um Bordeaux aqui no Brasil, você atualmente consome 2 garrafas ao mês. 
Vamos supor que com esse aumento da sua renda, você passará agora a 
apreciar o dobro (100%) de garrafas ao mês, ou seja, 4 garrafas (nada mais do 
que merecido depois de tanto estudo, rs). Vamos calcular a elasticidade-renda 
da demanda nesse caso: 
𝐸𝑅𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑅
=
100%
40%
= 2,5 
Pessoal, olha só que interessnte. Diferente da elasticidade-preço da 
demanda, em que seu valor é, em regra, negativo, aqui a regra geral é o oposto. 
Ou seja, em regra, um aumento da renda do consumidor leva a um aumento 
da demanda. Essa variação de renda e quantidade no mesmo sentido faz com 
que o numerador e o denominador da equação acima tenham sinais iguais, o 
que resulta em um valor positivo para a elasticidade-renda da demanda. Essa 
regra é valida para os bens normais. Contudo, temos uma exceção, os bens 
inferiores. Aqueles em que um aumento da renda leva a uma redução do 
consumo, como a passagem de ônibus e a carne de segunda. Essa relação 
inversa entre renda e quantidade demandada faz com que tenhamos numerador 
e denominador com sinais diferentes na equação, resultando em um valor 
negativo para a elasticidade-renda. 
Pessoal, entre os bens normais, temos dois tipos de bens que podem ser 
classificados segundo o valor de sua elasticidade. São os bens necessários e os 
bens de luxo. 
Os bens necessários, como alimentos, tendem a apresentar baixa 
elasticidade-renda porque os consumidores sempre decidem comprar alguma 
quantidade deles mesmo quando a renda é baixa. Ou seja, a quantidade 
demandada não responde tanto a um aumento de renda, afinal os bens 
necessários já eram consumidos antes desse aumento da renda (você não vai 
comer mais arroz com feijão se você passar no concurso, correto?). Nesse caso 
o valor da elasticidade-renda é inferior a um. 
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Já os bens de luxo (ou supérfluos), como roupas de grife e carros 
importados, tendem a apresentar uma alta elasticidade-renda, afinal os 
consumidores podem muito bem passar sem eles se houver uma redução em 
sua renda. Para este caso teremos o valor da elasticidade-renda superior a 
um. 
Por fim, temos ainda os bens de consumo saciado, que são aqueles 
em que o consumo não varia em relação a renda, como a água (eu imagino que 
você não vai consumir mais água ou menos água se sua renda aumentar ou 
diminuir). Se a variação é nula, consequentemente a elasticidade também será. 
 
 
 
8- (CESPE/Analista Administrativo - ANAC/2012) Como 
o sinal da elasticidade-renda da demanda depende do tipo de bem, na avaliação 
de um bem normal, a elasticidade será negativa. 
Comentários: De fato, o sinal da elasticidade-renda da demanda depende 
do tipo de bem. Contudo, entre a renda e a quantidade demandada de um bem 
normal existe uma relação direta. Logo, seu sinal será positivo. 
Gabarito: Errado 
 
9- (CESPE/Consultor Legislativo – CD/2014) A 
elasticidade-renda mede como o consumo vai se alterar quando a renda variar 
em 1%, desde que tudo o mais permaneça constante. Caso seja maior que um, 
diz-se que o produto em análise é uma necessidade, e, caso seja igual a um, 
diz-se que o produto é normal. 
Comentários: A primeira parte da assertiva está corretae traz a definição de 
elasticidade-renda da demanda. Entretanto, ela erra ao atribuir a elasticidade 
Elasticidade-renda da 
demanda (ERD)
Bens normais ERD > 0
Bens inferiores ERD < 0
Bens necessários 0 < ERD < 1
Bens de luxo ERD > 1
Bens de consumo 
saciado
ERD = 0
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maior que um aos bens necessários, quando na verdade são os bens de luxo 
que têm elasticidade-renda maior que um. A demanda por bens necessários 
varia pouco quando há variação na renda dos consumidores e, portanto, tem o 
valor entre zero e um. 
Gabarito: Errado 
 
10- (FGV/Agente de Fiscalização – TCM-SP/2015) Em 
relação à teoria do consumidor, à elasticidade-preço e à elasticidade-renda, 
analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F 
para a(s) falsa(s). 
( ) A elasticidade-preço da demanda é definida como a variação percentual na 
quantidade dividida pela variação percentual no preço, ou seja, mede como a 
quantidade demandada muda com uma variação no preço. 
( ) Se um bem tiver elasticidade-preço da demanda menor do que 1(um) em 
valor absoluto, dizemos que ele tem uma demanda elástica. 
( ) A elasticidade-renda da demanda descreve como a quantidade demandada 
reage a variações na renda. 
( ) Um bem é dito normal quando o aumento da renda provoca uma redução 
da sua quantidade demandada. 
A sequência correta é: 
a) F, F, V e V; 
b) V, V, F e F; 
c) V, F, F e V; 
d) V, F, V e V; 
e) V, F, V e F. 
Comentários: A questão aborda os diferentes tipos de elasticidade. Vamos 
analisar cada assertiva. 
( ) A elasticidade-preço da demanda é definida como a variação percentual na 
quantidade dividida pela variação percentual no preço, ou seja, mede como a 
quantidade demandada muda com uma variação no preço. 
Correto. A questão trouxe a definição de elasticidade-preço da demanda. Seu 
valor é calculado pela razão entre variação percentual da quantidade e 
variação percentual do preço, 𝐸𝑃𝐷 =
%∆𝑄
%∆𝑃
. 
( ) Se um bem tiver elasticidade-preço da demanda menor do que 1(um) em 
valor absoluto, dizemos que ele tem uma demanda elástica. 
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Errado. Se a elasticidade é menor que um em valor absoluto, então ela reage 
pouco a variações no preço, ou seja, ela é inelástica. 
( ) A elasticidade-renda da demanda descreve como a quantidade demandada 
reage a variações na renda. 
Correto. Esta é a definição de elasticidade-renda da demanda, trata-se de uma 
medida da sensibilidade da demanda em relação a variações na renda dos 
consumidores. 
( ) Um bem é dito normal quando o aumento da renda provoca uma redução 
da sua quantidade demandada. 
Errado. A questão trouxe a definição de um bem inferior, aquele em que um 
aumento da renda dos consumidores leva a uma redução em seu consumo, 
como a carne de segunda. 
Gabarito: E 
 
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1.3 – Elasticidade-preço cruzada da demanda 
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o quanto a 
quantidade demandada de um bem responde às mudanças no preço de um 
outro bem. Calcula-se da seguinte maneira: 
𝐸𝑥𝑦 =
%∆𝑄𝑥
%∆𝑃𝑦
=
∆𝑄𝑥/𝑄𝑥
∆𝑃𝑦/𝑃𝑦
=
∆𝑄𝑥
∆𝑃𝑦
.
𝑃𝑦
𝑄𝑥
 
 
Tem-se no numerador a variação percentual da quantidade demandada 
do bem X e no denominador a variação percentual do preço de um bem Y. Por 
exemplo, se o preço da margarina aumentar 20% (de R$ 5 para R$ 6), o que 
acontece com a quantidade demandada por manteiga? Digamos que aumente 
30% (de 100 para 130). Então a elasticidade-preço cruzada da demanda será 
de 
𝐸𝑥𝑦 =
30%
20%
= 1,5 
Vamos ver algumas relações importantes entre a natureza dos bens e a 
elasticidade cruzada. 
 
• Bens substitutos 
Primeiro, vamos considerar o caso de bens substitutos, como esse da 
manteiga e margarina. Percebam que um aumento do preço de um bem 
aumenta a demanda pelo outro. Essa relação direta entre preço e quantidade 
resulta em uma elasticidade cruzada positiva. 
 
• Bens complementares 
Agora, o que aconteceria com a demanda por pipoca se o preço do 
ingresso do cinema aumentasse? Certamente a demanda por ingressos 
diminuiria e, por reflexo, menos pipoca seria vendida. Assim, essa relação 
inversa entre preço de um bem e quantidade demandada por outro resulta em 
uma elasticidade cruzada negativa. 
 
• Bens independentes 
Por fim, mantendo tudo o mais constante (a famosa condição coeteris 
paribus), o que aconteceria com a demanda por imóveis da região de São Paulo 
se o preço do açaí com granola subisse? Podemos concluir duas coisas, a 
primeira é que eu ficaria mais pobre, rs. A segunda é que a elasticidade 
cruzada nesse caso seria zero, afinal não haverá variação na demanda por 
imóveis porque não existe relação alguma entre esses dois bens. Dizemos que 
são bens independentes. 
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11- (CESPE – Especialista em Regulação – ANTT/2013) 
O transporte público no Brasil e, em particular, o arranjo institucional do sistema 
urbano de transporte público têm sido assuntos muito discutidos. Sob um ponto 
de vista, defende-se a abertura do setor de transporte urbano rodoviário, com 
o objetivo de ampliar a concorrência e, dessa forma, reduzir o preço e aumentar 
a qualidade do serviço prestado. Contudo, a linha de transporte urbano, assim 
como, por exemplo, o serviço de abastecimento de água, são monopólios 
naturais e, portanto, possuem características econômicas específicas e 
diferentes da concorrência perfeita. 
A partir das informações do texto acima e das implicações do tema nele 
abordado, julgue o item subsequente. 
Uma elasticidade-preço cruzada da demanda com valor positivo indica a 
presença de concorrentes no local geográfico de interesse. 
Comentários: A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o quanto a 
quantidade demandada de um bem responde às mudanças no preço de um 
outro bem. Um valor positivo de elasticidade cruzada indica que os bens são 
substitutos. Ora, se eles são substitutos, por óbvio conclui-se que são 
concorrentes. 
Gabarito: Correto 
12- (CESPE/Economista - DPU/2016) Acerca da análise 
microeconômica relacionada à oferta e à demanda, julgue o item subsequente. 
Um bem é denominado bem complementar se a elasticidade-preço cruzada da 
demanda desse bem for negativa. 
Comentários: Bens complementares são bens para os quais o aumento do 
preço de um leva a uma redução da demanda pelo outro, como o DVD e o 
aparelho de DVD. Essa relação inversa entre preço de um e quantidade do outro 
resulta em uma elasticidade-preço cruzada negativa. 
Gabarito: Correto 
 
Elasticidade-preço 
cruzada da 
demanda
Bens substitutos Exy > 0
Bens complementares Exy < 0
Bens independentes Exy = 0
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1.4 – Elasticidade-preço da oferta 
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada 
responde a mudanças no preço. Diferentemente do que ocorre no caso da 
demanda, o sinal da elasticidade-preço da oferta é positivo. Isso decorre 
da lei da oferta, que enuncia que um aumento nos preços leva a um aumento 
na quantidade ofertada, ou seja, preço e quantidade caminham sempre na 
mesma direção. 
E quais são os fatores que afetam a elasticidade-preçoda oferta? Em 
geral, depende da flexibilidade que os produtores têm para mudar a quantidade 
produzida em resposta à mudança de preços. Há varios determinantes, mas os 
dois principais certamente são: a disponibilidade de fatores de produção e o 
tempo. Vejamos cada um deles. 
1. Disponibilidade de fatores de produção: o que acontece se o preço 
do leite subir, mas todas as vacas da fazenda já estão produzindo ao 
máximo (coitadas, rs)? O fazendeiro não vai conseguir elevar sua 
oferta porque já se tem pleno emprego dos fatores de produção (as 
vacas). Nesse caso, a oferta é inelástica. Porém, se houvesse vacas 
disponíveis (em “economês”, capacidade ociosa dos fatores de 
produção), o fazendeiro botaria elas para trabalhar e elevaria a oferta. 
Assim, havendo capacidade ociosa dos fatores produtivos a oferta é 
elástica. 
2. Tempo: a oferta é, em regra, mais elástica no longo prazo do que no 
curto prazo. Se o preço do barril de petróleo subir hoje, a Petrobras 
vai responder com um aumento da oferta amanhã? Com certeza não! 
Afinal, o processo para se aumentar a produção de petróleo envolve a 
prospecção de novas jazidas, a mobilização de uma equipe de 
engenheiros, a perfuração de poços... Já no longo prazo, as empresas 
já se adaptaram à variação de preços, elas já instalaram ou fecharam 
fábricas, contrataram e treinaram suas equipes. Assim, no curto 
prazo a oferta é mais inelástica, enquanto que, no longo prazo ela 
é mais elástica. 
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13- (CESPE – Especialista em Regulação – ANAC/2012) 
Julgue o item a seguir, acerca do equilíbrio do consumidor, dos efeitos preço, 
renda e substituição, da elasticidade da demanda ou procura, dos fatores de 
produção e da elasticidade da oferta. 
A elasticidade-preço da oferta é determinada por dois fatores: a disponibilidade 
de insumos e o tempo. A elasticidade tende a ser maior quando os produtores 
têm mais tempo para responder às alterações de preço. 
Comentários: A questão trata de dois importantes determinantes da 
elasticidade-preço da oferta, disponibilidade de fatores de produção e tempo. 
De fato, no longo prazo os produtores têm mais tempo para responder às 
alterações do preço. Em caso de aumento de preços, eles poderão instalar uma 
nova fábrica, contratar e treinar mais empregados, etc. 
Gabarito: Correto 
14- (FGV/Auditor – AL BA/2014) Em geral, as empresas 
devem decidir o número de trabalhadores a serem contratados e a quantidade 
de capital físico a ser adquirido para obter‐se um determinado nível de produção. 
No entanto, o capital tende a ser um insumo fixo no curto prazo, ao contrário 
do trabalho. No longo prazo, ambos são flexíveis. 
Assim, a oferta de produto da empresa é 
a) mais elástica no curto prazo e no longo prazo. 
b) mais inelástica no curto prazo e no longo prazo. 
c) mais elástica no curto prazo e mais inelástica no longo prazo. 
d) mais inelástica no curto prazo e mais elástica no longo prazo. 
e) perfeitamente inelástica no curto e no longo prazo. 
Elasticidade-
preço da 
oferta (EPO)
Disponibilidade 
de fatores de 
produção
Disponíveis 
(capacidade ociosa)
mais 
elástica
Indisponíveis
(pleno emprego)
mais 
inelástica
Horizonte de 
tempo
Longo prazo
mais 
elástica
Curto prazo
mais 
inelástica
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Comentários: Conforme afirma o enunciado, o capital é usualmente um 
insumo fixo no curto prazo. Por este motivo, há pouca flexibilidade para as 
empresas responderem a uma variação de preços de imediato. A menos que 
haja capacidade ociosa dos fatores de produção, as empresas não conseguirão 
expandir a produção facilmente no curto prazo. Já no longo prazo, as empresas 
têm tempo para se adaptar aos novos preços, adquirindo ou se desfazendo de 
fábricas, equipamentos e qualquer meio usado na produção. Disso, conclui-se 
que a oferta é mais inelástica no curto prazo e mais elástica no longo prazo. 
Gabarito: D 
 
O cálculo da elasticidade-preço da oferta é análogo ao da demanda. 
Vejamos: 
𝐸𝑃𝑆 =
%∆𝑄𝑆
%∆𝑃
=
∆𝑄𝑆/𝑄𝑆
∆𝑃/𝑃
 
Graficamente, a elasticidade-preço da oferta segue a mesma lógica da 
demanda. Quanto mais horizontal, mais elástica. Quanto mais vertical, mais 
inelástica. 
 
Contudo, assim como para a demanda, essa regra não é válida para a 
oferta linear. Vamos ver a seguir o que fazer para calcular a elasticidade ao se 
deparar com uma curva de oferta definida por uma reta. 
 
P 
Q 
S 
P’ 
Q Q’ 
P 
P 
Q 
S 
P’ 
Q Q’ 
P 
ΔQ ΔQ 
Oferta mais 
elástica 
Oferta mais 
inelástica 
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1.4.1 – Oferta linear 
Vamos considerar a curva de oferta definida pela seguinte reta (pessoal, 
não existe quantidade negativa! Eu a representei apenas para fins didáticos): 
 
A elasticidade-preço da oferta é dada pela equação 
𝐸𝑃𝑆 =
%∆𝑄𝑆
%∆𝑃
=
∆𝑄𝑆/𝑄𝑆
∆𝑃/𝑃
=
∆𝑄𝑆
∆𝑃
.
𝑃
𝑄𝑆
 
Analisando o gráfico, temos as seguintes relações: 
𝑃 = 𝑂𝑃 = 𝐴𝑄 
𝑄 = 𝐴𝑃 = 𝑂𝑄 
E a razão ΔQS/ΔP é justamente o coeficiente angular da reta, que será 
dado por BQ/AQ. Substituindo tudo isso na equação da elasticidade, teremos 
𝐸𝑃𝑆 =
∆𝑄𝑆
∆𝑃
.
𝑃
𝑄𝑆
=
BQ
AQ
.
𝐴𝑄
𝑂𝑄
=
𝐵𝑄
𝑂𝑄
 
Pessoal, vejam agora que interessante. Se BQ > OQ, então EPS > 1 (oferta 
elástica). Se BQ = OQ, EPS = 1 (oferta unitária). Por fim, se BQ < OQ, então EPS 
< 1 (oferta inelástica). Observem o gráfico acima e percebam que se BQ > OQ, 
a reta da oferta intercepta o eixo vertical. Se BQ = OQ, a reta cruza a origem. 
E se BQ < OQ, a reta intercepta o eixo horizontal. Diante disso, concluímos que 
a elasticidade-preço da oferta linear depende do intercepto da reta com 
os eixos do plano. Vejamos: 
P 
Q 
S 
P 
Q O B 
A 
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Para concluir, pessoal. Da mesma forma como a demanda, existem dois 
casos especiais de curva de oferta: a infinitamente elástica (EPS = ∞) e a 
completamente inelástica (EPS = 0) 
 
O raciocínio por trás desse conceito é idêntico ao apresentado para a 
demanda. 
 
P 
Q 
P 
Q O 
Elástica 
EPS > 1 
Unitária 
E
PS
 = 1 
Inelástica 
E
PS
 < 1 
P 
Q 
S 
P 
Q 
S 
P* 
Oferta infinitamente 
elástica 
Oferta completamente 
inelástica 
Q* 
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1.5 – Incidência tributária e elasticidade 
Para finalizarmos a aula, veremos uma aplicação interessante da 
elasticidade-preço da oferta e da demanda na determinação da repartição do 
ônus tributário entre vendedor e consumidor. 
 Se o governo instituir um imposto sobre as vendas, quem efetivamente 
“paga o pato” ? O vendedor, o consumidor, o Paulo Skaf? Rs. Na verdade, há 
uma divisão desse ônus, porém nem sempre essa divisão é igualitária, veremos 
que ela depende das elasticidades da oferta e da demanda do bem. 
Vamos analisar graficamente o que acontece quando o governo aplica um 
tributo no valor de T sobre as vendas: 
 
Primeiramente, vamos interpretar esse gráfico. Nele temos indicado o 
preço de equilíbrio PE antes de aplicar o imposto de valor T. Aplicando o referido 
tributo, o preço de equilíbrio da demanda sobe para PD, que é o preço 
efetivamente pago pelo consumidor, e o preço de equilíbrioda oferta cai para 
PO, que é o valor que o vendedor efetivamente recebe após descontada a 
tributação. A diferença entre PD e PO é, por óbvio, o valor T do imposto. 
 Observem que quanto mais elástica for a demanda do bem, menor será 
a proporção do imposto repassada ao consumidor e maior é a parcela paga pelo 
vendedor. No caso extremo de demanda infinitamente elástica (reta horizontal), 
o vendedor arca com a totalidade do ônus tributário. 
Analogamente, quanto mais inelástica for a demanda do bem, maior será 
a proporção do imposto repassada ao consumidor e menor é a parcela paga pelo 
vendedor. No caso extremo de demanda completamente inelástica (reta 
vertical), o consumidor arca com a totalidade do ônus tributário. 
P 
Q 
 
PO 
P 
Q 
PD 
 
Ônus do 
comprador 
Oferta inelástica 
Demanda elástica 
Oferta elástica 
Demanda inelástica 
S 
D 
T 
P
E
 
Ônus do 
vendedor 
S 
D 
P
E
 
Ônus do 
comprador 
Ônus do 
vendedor 
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Pessoal, a melhor maneira de averiguar quem arca com mais, quem arca 
com menos, é desenhando o gráfico e analisando. Façam isso na prova se vocês 
se depararem com uma questão desse tipo. 
Vamos ver como isso é cobrado em provas. 
15- (CESPE/Consultor Legislativo – CD/2014) A carga do 
imposto é totalmente suportada pelos consumidores, caso a oferta seja 
perfeitamente elástica ou a demanda seja perfeitamente inelástica. 
Comentários: Se a oferta é mais elástica, os produtores reagem muito a 
qualquer variação nos preços, sendo assim eles acabam repassando o ônus da 
tributação aos consumidores. No extremo, quando a oferta é perfeitamente 
elástica, o consumidor arca com a integralidade do imposto. Quando a demanda 
é inelástica, os consumidores reagem menos à variação de preços e, portanto, 
suportam mais desse ônus. No extremo, quando a demanda é perfeitamente 
inelástica, os consumidores arcam com todo o imposto. 
Gabarito: Correto 
 
 
16- (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Instruções: Considere 
as informações apresentadas a seguir para responder à questão. 
Em um mercado de concorrência perfeita, a demanda do bem X é representada 
pela reta QD = 1.600 – 2P e a de oferta, pela reta QO = –200 + 3P. O Governo 
decide instituir um imposto específico sobre as vendas do bem X de R$ 20,00 
por unidade. 
É correto afirmar que 
Repartição do 
ônus tributário
Demanda perfeitamente
elástica
|EPD| = ∞
Vendedor arca
com tudo
Demanda elástica
|EPD| > 1
Vendedor arca
com mais
Demanda inelástica
0 < |EPD| < 1
Comprador arca
com mais
Demanda completamente
inelástica
|EPD| = 0
Comprador arca
com tudo
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a) o ônus do imposto será repartido igualmente entre produtores e 
consumidores. 
b) o preço de equilíbrio do bem X no mercado aumentará R$ 12,00. 
c) a parcela do imposto que será paga pelos produtores corresponde a 60% do 
total. 
d) a quantidade transacionada do bem X no mercado diminuirá em 30 unidades. 
e) a eficiência do mercado não será afetada por esse imposto. 
Comentários: A questão nos dá as funções de demanda e oferta, informa que 
o governo instituiu um imposto específico sobre as vendas e faz algumas 
afirmações sobre o novo equilíbrio após a tributação. 
Primeiramente, vamos encontrar o ponto de equilíbrio antes da tributação. 
𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 
1600 − 2𝑃 = −200 + 3𝑃 
𝑃 = 360 
𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 = −200 + 3𝑃 = −200 + 3 × 360 = 880 
Vamos agora ver o que acontece com o preço pago pelo consumidor (PD) e com 
o preço recebido pelo vendedor (PO) após a introdução do imposto. Sabe-se que 
com a introdução do imposto, o equilíbrio será alterado, teremos uma nova 
quantidade de equilíbrio em que QD’= QO'’, vejamos: 
𝑄𝐷′ = 𝑄𝑂′ 
1600 − 2𝑃𝐷 = −200 + 3𝑃𝑂 
2𝑃𝐷 + 3𝑃𝑂 = 1800 
Sabemos também que a diferença entre o valor pago pelo consumidor e o valor 
recebido pelo vendedor é justamente o valor do imposto recolhido, ou seja, R$ 
20,00. Dessa forma, 
𝑃𝐷 − 𝑃𝑂 = 20 
Estamos diante de um sistema de equações com duas variáveis, PD e PO, vamos 
calculá-las: 
{
2𝑃𝐷 + 3𝑃𝑂 = 1800
𝑃𝐷 − 𝑃𝑂 = 20
 
Multiplicando a segunda equação por 3: 
{
2𝑃𝐷 + 3𝑃𝑂 = 1800
3𝑃𝐷 − 3𝑃𝑂 = 60
 
Somando a primeira equação na segunda: 
{
2𝑃𝐷 + 3𝑃𝑂 = 1800
5𝑃𝐷 = 1860
 
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5𝑃𝐷 = 1860 ⇒ 𝑃𝐷 =
1860
5
= 372 
Como PD – PO = 20, então PO = 352. 
Vamos às alternativas: 
a) o ônus do imposto será repartido igualmente entre produtores e 
consumidores. 
Errado. Se o preço inicial era R$ 360 e, após a tributação, o consumidor pagará 
R$ 372 e o vendedor receberá R$ 352, então o consumidor está arcando com 
R$ 12 e o vendedor, R$ 8. 
b) o preço de equilíbrio do bem X no mercado aumentará R$ 12,00. 
Correto. Conforme calculamos, o bem será transacionado por R$ 372 no 
equilíbrio, ou seja, R$ 12 a mais do que antes da tributação. 
c) a parcela do imposto que será paga pelos produtores corresponde a 60% do 
total. 
Errado. A parcela paga pelos produtores é de R$ 8 / R$ 20 = 0,4. Ou seja, 40% 
do total do imposto. 
d) a quantidade transacionada do bem X no mercado diminuirá em 30 unidades. 
Errado. A quantidade transacionada será de QD’ = QO’ = -200 – 3 x 352 = 
856. Ou seja, diminuirá em 24 unidades. 
e) a eficiência do mercado não será afetada por esse imposto. 
Errado. A introdução de um imposto em um mercado competitivo sempre 
provocará perda de bem estar, esta perda é conhecida como peso morto da 
tributação. 
Gabarito: B 
 
17- (CESPE/Diplomata - MRE/2013) Vendedores irão 
transferir aos compradores o valor relativo a toda incidência do novo imposto, 
o que aumentará o preço do bem. 
Comentários: A repartição do ônus tributário depende das elasticidades da 
oferta e demanda. Se a demanda é mais elástica, o produtor arca mais com o 
ônus. Se a oferta é mais elástica, o consumidor é quem arca mais com o ônus. 
Gabarito: Errado 
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2 – Excedentes do consumidor e do produtor 
Os conceitos de excedentes do consumidor e do produtor estão 
associados ao estudo da economia do bem-estar, o estudo de como a 
alocação de recursos afeta o bem-estar econômico. 
2.1 – Excedente do consumidor 
O excedente do consumidor é a quantia que um comprador está 
disposto a pagar por um bem menos a quantia que ele realmente paga por 
esse bem. Por exemplo, digamos que uma certa garrafa de vinho da serra 
gaúcha custe R$ 30,00, mas certo consumidor, aficionado pela bebida, estaria 
disposto a pagar R$ 40,00 por ela. Naturalmente, ele pagará os R$ 30,00, mas 
terá o seu bem-estar aumentado, já que pagou menos do que estaria disposto. 
Este benefício de R$ 10,00 é o que chamamos de excedente do consumidor. 
Quanto maior for o excedente, maior será o bem-estar obtido pelo consumidor. 
Graficamente, o excedente do consumidor é dado pela área abaixo 
da curva de demanda e acima do preço de equilíbrio de mercado. Isso 
ocorre porque a altura da curva de demanda em relação ao preço mede 
justamente a diferença entre o valor que os compradores estão dispostos a 
pagar e o preço que eles efetivamente pagam, o preço de equilíbrio de mercado. 
A área total é, então, a soma dos excedentes do consumidor de todos os 
compradores no mercado de um bem ou serviço. 
 
 
 
P 
Q 
D 
S 
P1 
Q2 
P
2
 
Q
1
 
P
3
 
Q
3
 
Excedente do 
Consumidorhttp://www.exponencialconcursos.com.br/
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Conforme gráfico acima, observamos que o preço de equilíbrio do bem é 
P1. Consumidores que estejam dispostos a adquirir o bem pagando P1, não terão 
nenhum excedente do consumidor, já que este é o preço de mercado. Já 
consumidores que estejam dispostos a pagar mais do que P1 pelo bem, obterão 
um excedente, tendo em vista que pagarão apenas P1. Quanto maior for o preço 
que o consumidor pagaria pelo bem, maior será o seu excedente. A área em 
verde do gráfico é uma representação do excedente de todos os 
consumidores para um determinado bem. 
Ademais, o excedente do consumidor é influenciado pela elasticidade-
preço da demanda do bem, que determinará a inclinação da curva de 
demanda e, consequentemente, a área correspondente a este excedente. 
Assim, bens que tenham demanda mais elástica ao preço resultarão em um 
menor excedente do consumidor. Por outro lado, bens que tenham demanda 
mais inelástica ao preço resultarão em um maior excedente do consumidor. 
Analisemos graficamente essa diferença. 
 
18- (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) É correto afirmar: 
a) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a curva de 
demanda de X para a direita. 
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de um bem X, cuja curva de 
demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço da demanda 
for igual a zero. 
c) O bem X é um bem normal, se a proporção da renda gasta em sua aquisição 
aumenta à medida que diminui a renda do consumidor. 
d) O preço de equilíbrio será 10 em um mercado de concorrência perfeita, caso 
as funções de demanda e oferta sejam dadas, respectivamente por: 
P 
Q 
D 
S 
Pe 
Q
e
 
Excedente do 
Consumidor 
 
P 
Q 
D 
S 
P
e
 
Excedente do 
Consumidor 
Q
e
 
Demanda 
elástica 
Demanda 
inelástica 
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QD = 800 - 4P (QD = quantidade demandada) 
QO = 400 (QO = quantidade ofertada), 
e) Se a curva de demanda de um bem X for representada pela reta QD = 1.000 
− 5P, o excedente do consumidor, caso o preço de mercado seja 150, é igual a 
6.250. 
Comentários: Questão interessante que explora vários conceitos da teoria da 
oferta e demanda. Vamos analisar cada alternativa: 
a) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X, deslocará a curva de 
demanda de X para a direita. 
Errado. Um aumento no preço de um bem complementar, reduz a demanda 
pelo outro. Ou seja, haverá deslocamento da curva de demanda para a 
esquerda. 
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de um bem X, cuja curva de 
demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço da demanda 
for igual a zero. 
Errado. Para o caso específico da curva de demanda linear, o gasto total dos 
consumidores ocorre quando a elasticidade-preço da demanda é unitária. Pode-
se mostrar isso algebricamente. 
Sendo a curva de demanda linear definida por Q = a – b x P, o gasto total é 
dado por GT = Q x P. Ou seja, 
𝐺𝑇 = (𝑎 − 𝑏 𝑃) 𝑃 = 𝑎 𝑃 − 𝑏 𝑃2 
Para maximizar o gasto total, devemos derivar a função e igualar a zero: 
𝑑𝐺𝑇
𝑑𝑃
=
𝑑
𝑑𝑃
(𝑎 𝑃 − 𝑏 𝑃2) = 𝑎 − 2𝑏 𝑃 = 0 
𝑃 =
𝑎
2𝑏
 
Sendo assim, o gasto total dos consumidores é máximo quando o preço é igual 
a a/2b, e isso ocorre no ponto médio da curva de demanda, em que a 
elasticidade é unitária. 
c) O bem X é um bem normal, se a proporção da renda gasta em sua aquisição 
aumenta à medida que diminui a renda do consumidor. 
Errado. Se o bem X tem sua demanda aumentada conforme se diminui a renda 
do consumidor, então se trata de um bem inferior. 
d) O preço de equilíbrio será 10 em um mercado de concorrência perfeita, caso 
as funções de demanda e oferta sejam dadas, respectivamente por: 
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QD = 800 - 4P (QD = quantidade demandada), 
QO = 400 (QO = quantidade ofertada). 
Errado. Calculemos o preço de equilíbrio: 
𝑄𝐷 = 𝑄𝑆 ⇒ 800 − 4𝑃 = 400 ⇒ 4𝑃 = 400 ⇒ 𝑃 = 100 
e) Se a curva de demanda de um bem X for representada pela reta QD = 1.000 
− 5P, o excedente do consumidor, caso o preço de mercado seja 150, é igual a 
6.250. 
Correto. O excedente do consumidor é a soma das diferenças entre os valores 
que os consumidores estão dispostos a pagar por um bem e o valor que eles 
efetivamente pagam por esse bem. Esse valor é numericamente igual à área 
hachurada abaixo. 
Em P = 150, QD = 1.000 – 5x150 = 1.000 – 750 = 250. 
 
Calculando o excedente: 
𝑆 =
𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
2
=
250 × (200 − 150)
2
= 6.250 
Gabarito: E 
 
P 
Q 
D 
250 
150 
 
Excedente do 
Consumidor 200 
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2.2 – Excedente do produtor 
A análise do bem-estar dos produtores é semelhante à dos compradores. 
O excedente do produtor é igual à quantia que um produtor recebe por um 
bem menos o seu custo de produção. Ou seja, sendo o custo de produção o 
valor mínimo pelo qual o produtor venderia seu produto, afinal ele vive de lucro, 
o excedente do produtor é a diferença entre o preço que o produtor 
efetivamente vende o bem e o valor mínimo pelo qual ele estaria disposto a 
produzi-lo. 
Voltando ao exemplo da garrafa de vinho, digamos que uma garrafa seja 
vendida por R$ 30,00, mas certo produtor estaria disposto a vendê-la por R$ 
20,00, que é o custo de oportunidade de se produzir essa garrafa. Ele venderá 
por R$ 30,00, mas terá o seu bem-estar aumentado, já que vendeu por um 
preço maior do que estaria disposto. Este benefício de R$ 10,00 é o que 
chamamos de excedente do produtor. Quanto maior for o excedente, maior será 
o bem estar obtido pelo produtor. 
Graficamente, o excedente do produtor é dado pela área acima da 
curva de oferta e abaixo do preço de equilíbrio de mercado. Isso ocorre 
porque a altura do preço em relação à curva de oferta mede justamente a 
diferença entre o valor que os produtores estão dispostos a vender e o preço 
que eles efetivamente vendem, o preço de equilíbrio de mercado. A área total 
é, então, a soma dos excedentes do produtor de todos os produtores no 
mercado de um bem ou serviço. 
 
Conforme gráfico acima, observamos que o preço de equilíbrio do bem é 
P1. Produtores que estejam dispostos a vender o bem ao preço P1, não terão 
nenhum excedente do produtor, já que este é o preço de mercado. Já produtores 
que estejam dispostos a ofertar o bem por menos de P1, obterão um excedente, 
tendo em vista que a oferta será pelo preço de mercado, ou seja, P1. Quanto 
menor for o preço pelo qual o produtor estaria disposto a vender seu bem, maior 
será o seu excedente. A área em laranja do gráfico é uma representação do 
 
P 
Q 
D 
S 
P1 
Q2 
P
2
 
Q
1
 
P
3
 
Q
3
 
Excedente dos 
Produtores 
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excedente de todos os produtores para um determinado bem e corresponde à 
área acima da curva de oferta limitada pela linha de preço do mercado. 
Analogamente ao excedente do consumidor, o excedente do produtor 
também é influenciado pela elasticidade-preço da oferta do bem, que 
determinará a inclinação da curva de oferta e, consequentemente, a área 
correspondente a este excedente. Assim, bens que tenham uma curva de oferta 
mais elástica ao preçoresultarão em um menor excedente do produtor. De 
maneira inversa, bens que tenham oferta mais inelástica ao preço resultarão 
em um maior excedente do produtor. 
 
 
19- (FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual - RJ/2011) 
Seja a curva de oferta do mercado de milho dada por Qs=10+100p e a curva 
de demanda do mercado de milho dada por Qd=120-10p. 
Com base nas curvas de oferta e demanda, analise as afirmativas a seguir: 
I. O preço de equilíbrio no mercado de milho é $10. 
II. A quantidade de equilíbrio de milho é de 110. 
III. O excedente do produtor é igual a $155. 
Assinale 
a) se apenas a afirmativa I for verdadeira. 
b) se apenas a afirmativa II for verdadeira. 
c) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. 
 
P 
Q 
D 
S 
Pe 
Q
e
 
Excedente do 
Produtor 
Oferta 
elástica 
Oferta 
inelástica 
 
P 
Q 
D 
S 
P
e
 
Q
e
 
Excedente do 
Produtor 
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d) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras. 
e) se todas as afirmativas forem verdadeiras. 
Comentários: A questão trata de conceitos da teoria da oferta e demanda. 
Vamos analisar as assertivas: 
I. O preço de equilíbrio no mercado de milho é $10. 
Errado. O preço de equilíbrio é aquele em que Qd = Qs. Ou seja, 
10 + 100𝑝 = 120 − 10𝑝 ⇒ 110𝑝 = 110 ⇒ 𝑝 = 1 
Assim, o preço de equilíbrio é $1. 
II. A quantidade de equilíbrio de milho é de 110. 
Correto. A quantidade de equilíbrio é igual a Qd = Qs = 10 + 100p = 10 + 100 
= 110. 
III. O excedente do produtor é igual a $155. 
Errado. O excedente do produtor é a soma das diferenças entre quanto os 
produtores recebem e por quanto estão dispotos a vender. Esse valor é 
numericamente igual à área hachurada abaixo. 
 
Calculando a área: 
𝑆 =
(𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 + 𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟) × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
2
=
(10 + 110) × 1
2
= 60 
Assim, o excedente dos produtores é igual a $60. 
Gabarito: B 
P 
Q 
S 
110 10 
1 
Excedente dos 
Produtores 
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2.3 – Eficiência de mercado 
Sendo o excedente do consumidor o benefício que os compradores obtêm 
de sua participação no mercado, e o excedente do produtor o benefício recebido 
pelos produtores, então uma medida de bem-estar econômico da sociedade 
pode ser aferida pela soma dos excedentes do produtor e do consumidor. Trata-
se do excedente total da economia. Se uma alocação de recursos 
maximiza o excedente total, dizemos que se trata de uma alocação 
eficiente. Quando o mercado atinge o equilíbrio, temos a seguinte 
configuração: 
 
Os mercados livres, assim definidos aqueles em que o próprio mercado 
se ajusta ao equilíbrio, sem intervenção do governo, alocam a oferta de bens 
aos compradores que atribuem maior valor a eles. Ainda, esses mercados 
alocam a demanda por bens aos vendedores que podem produzi-los ao menor 
custo. Ou seja, no equilíbrio, os mercados livres produzem a quantidade de bens 
que maximiza a soma dos excedentes do consumidor e do produtor. 
Segundo Adam Smith, a mão invisível da economia avalia todas as 
informações sobre compradores e vendedores e direciona todos para o melhor 
resultado, alcançando a eficiência econômica. Por isso, os economistas 
defendem o livre mercado como a melhor forma de organizar a atividade 
econômica. 
Entretanto, nem sempre a hipótese de livre mercado se sustenta, uma 
vez que existem fatores impeditivos à economia de alocar seus recursos com 
eficiência. Entre eles, destaca-se a intervenção do Estado na economia por meio 
da tributação, conforme veremos a seguir. 
 
 
P 
Q 
S 
D 
Qe 
Pe 
Excedente do 
Consumidor 
Excedente 
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2.3.1 – O peso morto dos impostos 
Um imposto afeta diretamente a eficiência de mercado, já que os 
preços e as quantidades de equilíbrio são modificados quando um produto 
é tributado, fazendo com que a produção seja reduzida. A esta diferença entre 
o excedente total da economia antes do imposto e após o imposto dá-se o nome 
de peso morto. 
Vejamos graficamente como se dá a introdução de um imposto num dado 
mercado e quais são as suas consequências. 
 
Observem que o imposto introduz uma cunha entre o preço que os 
compradores pagam e o preço que os vendedores recebem. Por causa dessa 
cunha, a quantidade vendida cai e fica abaixo do nível que seria vendido na 
ausência do imposto. Ou seja, um imposto sobre um bem causa uma redução 
no tamanho do mercado desse bem. 
Antes da introdução do imposto, o excedente dos consumidores é 
igual à área hachurada A+B+C, que é justamente a área entre a curva de 
demanda e o preço de equilíbrio Pe. Da mesma forma, o excedente dos 
produtores é igual à D+E+F, ou seja, a área entre a curva de oferta e o preço 
de equilíbrio. 
Após a introdução do imposto, o preço pago pelos consumidores sobe 
de Pe para P’D, de modo que o excedente dos consumidores passa a ser igual à 
área hachurada A. Além disso, o preço recebido pelos vendedores cai de Pe para 
P’S, de modo que o excedente dos produtores passa a ser igual à D. 
Por fim, a quantidade de equilíbrio cai de Qe para Q’e e o governo arrecada 
uma receita tributária igual à área B+E, ou seja, o valor do imposto T (T = P’D 
– P’S) multiplicado pela quantidade de equilíbrio Q’e. Essa receita tributária é 
usada pelo governo para oferecer bens e serviços de volta à sociedade, como 
segurança, saúde, justiça, educação, entre outros e, portanto, é considerada na 
medida do bem-estar econômico. 
 
 
 
P 
Q 
S 
D 
Qe 
Pe 
A 
B 
C 
D 
P’
D
 
P’
S
 
Q’
e
 
Peso 
Morto 
E F 
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Calculando o excedente total após a introdução do imposto, soma-se o 
excedente do produtor, o excedente do consumidor e a receita tributária. Assim, 
o excedente total é igual à área A+B+D+E. Comparando o excedente total antes 
e após a tributação, observa-se que o excedente total sofre uma queda 
equivalente à área hachurada C+F. Isso significa que as perdas para os 
compradores e vendedores superam a receita tributária obtida pelo governo. 
Essa queda do excedente total é o peso morto do imposto. 
A tabela abaixo sintetiza os valores do excedentes e suas variações com 
a introdução do imposto. 
 Sem imposto Com imposto Variação 
Excedente do consumidor A+B+C A -(B+C) 
Excedente do produtor D+E+F D -(E+F) 
Receita tributária Nenhuma B+E +(B+E) 
Excedente Total A+B+C+D+E+F A+B+D+E -(C+F) 
 
 
Conclui-se que, como os impostos reduzem o excedente total da 
economia, eles levam os mercados a alocar recursos de maneira ineficiente. 
 
20- (FCC/Analista de Controle Externo - TCE-CE/2008) 
O Governo, ao instituir impostos sobre vendas, altera a eficiência alocativa dos 
mercados. Essa falha na eficiência alocativa, denominada peso morto da 
tributação, corresponde à soma das perdas dos excedentes do consumidor e do 
produtor que é superior aos benefícios prestados pelos bens e serviços 
produzidos pelo governo com os recursos do imposto. Abaixo, o gráfico 
representativo do equilíbrio de um mercado de concorrência perfeita antes e 
depois da incidência de um imposto específico sobre vendas. 
 
O chamado peso morto da tributação corresponde, nesse gráfico, à área do 
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a) retângulo ODEF. 
b) triângulo HEB. 
c) trapézio ADEB. 
d) trapézio GABH. 
e) retângulo OGHF. 
Comentários: O peso morto é a diferença entre o excedente total da economia 
antes da tributação e após a tributação. Antes da tributação, o excedente do 
produtor é dado pela área do triângulo OAB, e o do consumidor é dado pela área 
do triângulo PAB. Após a tributação, o excedente do produtor é dado pela área 
do triângulo OGH, e o do consumidor é dado pela área do triângulo PDE. Além 
disso, a receita tributária do governo é dado pela área do retângulo DEHG. O 
peso morto é a diferença, ou seja, 
𝑃𝑀 = 𝑆𝑂𝐴𝐵 + 𝑆𝑃𝐴𝐵 − (𝑆𝑂𝐺𝐻 + 𝑆𝑃𝐷𝐸 + 𝑆𝐷𝐸𝐻𝐺) 
Graficamente, podemos ver que essa diferença é numericamente igual à área 
do triângulo HEB. Esse é o peso morto trazido pela tributação. 
Gabarito: B 
 
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2.3.2 – Elasticidades x Peso Morto 
Quanto maior for a sensibilidade de consumidores e de produtores a 
variações no preço, maior será o impacto do imposto na redução de seus 
excedentes e na redução da quantidade ofertada do produto. Assim, quanto 
mais elástica ao preço for uma curva de demanda, maior será a perda de 
excedente do consumidor que será causada pela introdução de um imposto. 
Da mesma forma, quanto mais elástica ao preço for uma curva de 
oferta, maior será a perda de excedente do produtor que será causada pela 
introdução do imposto. 
 Portanto, quanto mais elástica for uma curva de oferta ou demanda, 
maior será a perda de excedentes causada pela introdução de um imposto. 
Por outro lado, quanto mais inelástica for uma curva de oferta ou demanda, 
menor será a perda de excedentes causada pela introdução de um imposto. 
Vejamos graficamente a diferença. 
 
Nos gráficos acima, as áreas em vermelho representam o peso morto do 
imposto. Observem que um mesmo imposto T ocasiona maior peso morto 
(ineficiência) quanto maiores forem as elasticidades das curvas de oferta e de 
demanda. 
 
Pessoal, finalizamos esse tópico introdutório da teoria da oferta e 
demanda. Vocês verão ao longo de todo o curso que esses conhecimentos serão 
fundamentais para compreensão dos mais diversos tópicos da economia. 
Portanto, vamos praticar bastante para ficarmos afiados lá na frente! 
Qualquer dúvida, estarei disponível no fórum! Não hesitem em me 
procurar por lá! 
 
 
 
P 
Q 
S 
D 
T 
Peso 
Morto 
P 
Q 
S 
D 
Peso 
Morto 
T 
Oferta e demanda 
mais elásticas 
Oferta e demanda 
mais inelásticas 
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3 – Questões Comentadas 
 
21- (ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG/2015) 
Suponha Ep = (Δqd/Δp).(p/qd) a elasticidade preço da demanda e Ey = 
(Δqd/Δy).(y/qd) a elasticidade renda da demanda, em que Δqd = variação da 
quantidade demandada; Δp = variação no preço do bem; p = preço do bem; qd 
= quantidade demandada do bem; Δy = variação na renda; e y = renda do 
consumidor. Com base nessas informações, é correto afirmar que: 
a) Ey pode ser negativa. 
b) Ep pode ser positiva. 
c) Ey não pode ser maior do que 1. 
d) Ep não pode ser menor que zero. 
e) Ep + Ey = q/y. 
Comentários: Para responder a essa questão, faz-se necessário conhecer os 
diferentes tipos de bens e suas relações com as elasticidades preço e renda da 
demanda. Vamos analisar as alternativas. 
a) Ey pode ser negativa. 
Correto. Se o bem em questão for um bem inferior, então um aumento da 
renda do consumidor leva a uma redução da quantidade demandada pelo bem, 
consequentemente a elasticidade-renda da demandada é negativa. 
b) Ep pode ser positiva. 
Errado. Em regra, a elasticidade-preço da demandada é negativa em 
decorrência da lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o 
preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui; quando o 
preço diminui, a quantidade demandada do bem aumenta. Porém, a questão 
despreza a exceção, o bem de Giffen. Para este caso, preço e quantidade 
caminham na mesma direção, portanto a elasticidade seria positiva. Essa 
questão caberia recurso, pois não excepciona os bens de Giffen. 
c) Ey não pode ser maior do que 1. 
Errado. Para os ditos bens de luxo, a elasticidade-renda da demanda é superior 
a um. 
d) Ep não pode ser menor que zero. 
Errado. Vide o comentário da alternativa b). Segundo a lei da demanda a 
elasticidade-preço da demanda é, em regra, negativo. 
e) Ep + Ey = q/y. 
Errado. Não existe essa relação. 
Gabarito: A 
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22- (ESAF/Analista de Planejamento e Orçamento – MPOG/2015) Seja 
a seguinte curva de demanda: 
Qd = (25.Y)/P 
em que Qd = demanda; Y = renda; e P = o preço do bem. 
Com base nessas informações, é correto afirmar que: 
a) a elasticidade renda da demanda é igual a zero para a parte inelástica da 
curva. 
b) a elasticidade preço da demanda é menor do que zero. 
c) o bem é inferior. 
d) se P = 30, a elasticidade renda da demanda será negativa. 
e) é possível que P e Qd aumentem ao mesmo tempo, mesmo Y mantido 
constante. 
Comentários: A questão trouxe o interessante caso em que a elasticidade da 
demanda é constante. Devemos lembrar que uma curva de demanda descrita 
por uma equação do tipo 
𝑄𝑥
𝑑 = 𝑎 𝑃𝑥
𝑏𝑅𝑐𝑃𝑦
𝑑 
Em que 𝑄𝑥
𝑑 = demanda por X, R = renda, Px = preço de X, Py = preço de Y. 
Nesse caso, teremos elasticidades constantes ao longo de toda a curva. Essas 
elasticidades são iguais ao expoente do termo a que se referem. Ou seja, 
Elasticidade-preço da demanda: EPD = b; 
Elasticidade-renda da demanda: ERD = c; 
Elasticidade-preço cruzada da demanda: EXY = d. 
Analisemos as alternativas. 
a) a elasticidade renda da demanda é igual a zero para a parte inelástica da 
curva. 
Errado. A elasticidade-renda da demanda é constante e igual a um ao longo de 
toda a curva. 
b) a elasticidade preço da demanda é menor do que zero. 
Correto. A elasticidade-preço da demanda é constante e igual a -1 ao longo de 
toda a curva. 
c) o bem é inferior. 
Errado. O valor positivo da elasticidade-renda da demanda indica que se trata 
de um bem normal. 
d) se P = 30, a elasticidade renda da demanda será negativa. 
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Errado. A elasticidade-renda da demanda é constante e igual a um ao longo de 
toda a curva. 
e) é possível que P e Qd aumentem ao mesmo tempo, mesmo Y mantido 
constante. 
Errado. Observem na equação que a relação entre P e Qd é inversa, ou seja, 
para qualquer variação positiva de P, teremos uma variação negativa de Qd. 
Gabarito: B 
 
23- (ESAF/AFRFB/2005) Com relação à incidência tributária de um imposto, 
assinale a única opção incorreta. 
a) O peso morto é uma forma de ineficiência econômica que deve ser levada 
em consideração quando políticas são elaboradas e implementadas. 
b) A incidência de um imposto ou de um subsídio é, normalmente, 
compartilhada por produtores e consumidores, sendo que a fração que cada um 
acabará pagando, dependerá das elasticidades da oferta e da demanda. 
c) A intervenção governamental resulta, geralmente, em um peso morto. 
d) Se o governo impõe um imposto sobre vendas de determinada mercadoria, 
esse imposto terá por efeito deslocar a curva de demanda dessa mercadoria 
para cima. 
e) Quando o governo cria um imposto ou subsídio, o preço geralmente

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