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PÓS DIREITO PENAL - PROCESSO PENAL - FACULDADE LEGALE

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AULA - 04/04/2020 -processo penal
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA.
Jurisdição – atribuição do poder judiciário, ele nos dá o direito, disser o direito.
Competência – Delimitação do poder jurisdicional
- 1 Pelo lugar – Competência territorial
- 2 Pela Matéria 
- 3 Pela Prerrogativa da função
- 4 Pela Conexão e Continência
- 5 Pela Distribuição
1 Pela Matéria: 
-Justiça especializadas, foros especializados
- Juri
- Justiça Militar – Crime comum também, roubar, matar na vara adequada e Militar crime próprio
- Vara Especial da Infância e Juventude 
- Justiça Eleitoral
- Justiça Federal
- Jecrim
- Outros
Intrância – Juiz substituto, depois titular da primeira Intrância, segunda Intrância (cidade maior), terceira Intrância (uma cidade grande), na medida que for surgindo intrancia maior, então teremos especializações (varas especializadas) Juizado especial criminal. Cada Estado organiza a sua Justiça, ex: Estado SP temos código judiciário do Estado de SP, decreto, lei complementar judicial. Em Sp tem o DIPO (Departamento de Inquérito Policial), agora todos os Estados vão ter por conta do pacote anticrime.
Divisão em Razão da Matéria (justiça Estadual e Federal)
Estadual – Será sempre Residual. 
Primeiro verificar se é o caso da Justiça Federal art 109º , se não for Federal, será Estadual, tudo que sobra da federal vai para o estadual ( Competência Residual da justiça Estadual)
Federal art 109º :
a partir do IV, pois outros não são criminais.
IV – Crimes Políticos: crimes contra a segurança nacional, ditadura e continua em vigor, ex: sujeito que deu a Facada no Bolsonaro, foi julgado na justiça Federal. Na segunda parte é crimes contra bens, autarquias, quando bens e funcionários da União estiver envolvidos, ex: Peculato (funcionário público Federal) Empresas Públicas Federais (caixa econômica federal)
Ex: Sujeito for no banco do Brasil e roubar, é crime estadual. Petrobrás é estadual, mas lava jato eram pessoas da União. Correios – justiça Federal, tráfico de drogas pelo correio
V – Crimes transnacionais, crimes que envolve mais de um País, ex: Contrabando, tráficos de drogas, de pessoas e armas (maiores empresas, porém ilícitas), Justiça federal. Agora tráficos na esquina de casa é julgado pela justiça estacual.
a- Direitos humanos fundamentais, desrespeito pelas autoridades, direito do cidadão (parágrafo 5)
O procurador federal da república entra com incidente de deslocamento de competência no STJ e o STJ defini, se deferido o caso vai para o Federal.
VI – Crimes contra a organização do trabalho (art 197 até 207) 
Ex: se uma pessoa mentir na justiça do trabalho, um falso testemunho, será julgado na justiça federal.
VII – habeas Corpus Federal
VIII – Mandados de Segurança, Habeas Data contra ato de autoridade federal, impetrados na justiça federal.
IX – Crimes a bordo de navios ou aeronaves (tribunal do júri Federal, ex: matar alguém no avião)
X – Crimes de ingresso permanência irregular de estrangeiro, carta rogatória.
§ 5 – Grave violação de direitos humanos.
Lei 13260/16 Lei te Terrrorismo (justiça Federal) IV do 109.
As contravenções - Segue a justiça estadual, sumula 38 STJ, mesmo que a contravenção seja a borda da aeronave ou navios. 
Execução Penal –99% dos presídios brasileiro são da justiça Estaduais, porém se o sujeito estiver cumprindo pena no presídio estadual, ainda que seja processo federal a execução será Estadual.
Se eventualmente estiver cumprindo a pena no presídio Federal, a vara de execução será Federal.
Tribunais Regionais Federais (tribunal de recurso)
Resolução 1 de 06/10/88 do Tribunal Federal de Recursos, estabeleceu:
a) Tribunal Regional Federal da 1º Região, com a composição inicial de 18 juízes com sede em Brasília e jurisdição sobre o DF e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
b) Tribunal regional Federal da 2º região, com a composição inicial de 14 juízes com sede na cidade do Rio de Janeiro e jurisdição sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
c) Tribunal regional Federal da 3º região, com 18 juízes, sede na cidade de SP e jurisdição sobre os estados de SP e Mato Grosso do Sul.
d) Tribunal Regional Federal da 4º Região, com a composição de 14 juízes com sede na cidade de Porto Alegre e jurisdição nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
e) Tribunal Regional Federal da 5º região , com a composição de 10 juízes com sede na cidade de Recife com jurisdição sobre os Estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
2 Competência pela Prerrogativa da Função:
Foro Privilegiado Federal e Estadual.
Se a pessoa não tem cargo, nem continência, não será julgado pela prerrogativa da função.
- Pessoas especiais, foros especiais
- Presidente da República, vice, ministros, governadores, prefeitos, deputados, senadores, juízes, desembargadores, promotores, procuradores de justiça. Presidente do BACEN, Lei 11.036/04, em razão da função.
Hipóteses de Foro por prerrogativa de função previstas na CF:
Art 102º Competencia do STF 
Art 105º Competencia do STJ - Tribunais de Contas dos Municípios
Art 108º Competencia do TRF
Art 125º Competencia do TJ – Prefeito é julgado pelo TJ, salvo se desviar verbas previdenciárias TRF. 
Obs: Constituições Estaduais criam prerrogativa da função, no SP Vice-governador, Secretários de Estado, Deputados Estaduais, Procurador Geral do estado, Delegado Geral de Polícia e Comandante Geral da Polícia Militar.
Sumúla vinculante 45 STF – A competência do tribunal do Juri prevalece sobre a competência da prerrogativa da função prevista exclusivamente na constituição estadual. 
Atenção: O Vereador não tem foro privilegiado.
4 Competência: Conexão e Continência – define quem irá julgar.
- Crimes ou criminosos que devem ser julgados no mesmo processo (reunidos).
Ex: Associação Criminosa (3 ou mais pessoas) atuando em 2 cidades diferentes, uma em SP capital e a outra em Osasco, cada um na sua função e na sua cidade. Todos serão julgados pelo mesmo órgão julgador, concurso de pessoas é uma continência.
Ex: Conexão, é uma ligação entre crimes ou criminosos, ligando pessoas ou probatórias, ligando processos, casos diferentes. As vezes temos um saque coletivo, uma manifestação na paulista, um saqueia uma loja, e outra pessoa outra loja, não se conhecem, não há continência sem concurso de pessoa, mas conseguiram achar todos que saquearam as lojas, então ali teve uma conexão. Pode ser também receptação.
Continência – Se dá no concurso de agendes ou no concurso formal de crimes
Conexão – Se dá no concurso material ou mesmo quando não houver concurso, mas houver um liame entre os crimes (ex: Caminhão saqueado, roubo e receptação)
- Em regra: O crime mais grave atrai o menos grave.
Ex: O sujeito praticou 2 roubos em SP e 5 furtos em Osasco, praticamente um crime conexo, o mais grave é roubo, pena mais rigorosa, então será julgado em SP, a questão da quantidade será relevante se fosse crimes da mesma espécie (ex: 2 roubos em SP e 5 roubos em Osasco).
- Toda vez que tivermos 2 lugares igualmente competentes, Prevenção - o juiz que tomar conhecimento primeiro será o juiz competente, mesmo ainda na fase de inquérito.
- O júri atrai todos os crimes e criminosos, menos:
3 casos:
- Crimes Militar Próprio, justiça Militar ainda que seja conexo.
- Crime Eleitoral, justiça eleitoral ainda que seja conexo com o júri
- Menor Infrator, menor que ajuda o maior a praticar um crime contra a vida, o maior pelo Juri e o menor pela vara da infância e juventude, o menor não vai à júri.
5 Competência (DISTRIBUIÇÃO):
Tendo mais de uma vara igualmente competente deverá ser feito um sorteio para chegar-se a competência, é a distribuição.
Súmulas Sobre Competência:
- STF 
 Súmula 45 – Se a prerrogativa da função estiver prevista na constituição federal, prevalece sobre o júri, mas se estiver na constituição estadual é o júri que prevalece.
Súmula 704 – Se um dos denunciados for julgado pelo STF, aquele que estiver junto com ele, ligado,será julgado pelo STF.
Súmula 521 – Cheque sem fundo, competência no que se deu a recusa do pagamento do cheque sacado, estelionato de cheque dolosa de cheque sem fundo.
Súmula 451 – Só tem a prerrogativa da função, enquanto o sujeito exerce a sua função.
- STJ
Súmula 546 – uso de documento falso, órgão ao qual foi apresentado o documento público. Não importa quem expediu o documento e sim aonde eu usei o CPF o RG.
Súmula 528 – Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior, quem apreendeu que julgará
Súmula 200 – Uso de passaporte falso é o lugar onde o delito se consumou.
Súmula 192 – local da onde o sujeito está cumprindo a pena.
Súmula 165 – Falso testemunho no processo trabalhista
Súmula 151 – Contrabando ou descaminho, lugar da apreensão dos bens
Súmula 38 – Contravenções (estadual)
PRISÃO PROVISÓRIA
Chamada de prisão processual ou prisão cautelar, se destaca no processo penal brasileiro por ser uma forma de isolar o agente da sociedade antes do mesmo ser condenado com trânsito em julgado.
O inocente pode ser preso provisoriamente e mesmo após ele for absolvido, não cabe indenização, salvo se for um erro judiciário.
Prisão em segunda Instância, o STF derrubou essa prisão.
Espécies de prisão provisória:
- Flagrante
- Preventiva
- Temporária
- Prisão decorrente de sentença condenatória no Júri – Pacote Anticrime
Outros:
- Prisão Civil – Decretada na espera cível por prazo determinado para o devedor de alimentos
- Prisão Disciplinar – Prisão do militar que inclusive não é passível de Habeas Corpus para discutir se é válido a prisão.
- Prisão Definitiva/ Prisão pena / Prisão Sanção – Se dá quando o agente se recolhe à prisão para cumprir a pena imposta, após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
1º ESPÉCIE DE PRISÃO PROVISÓRIA
PRISÃO EM FLAGRANTE
É a única que não é decretada pela Autoridade Judiciária
Qualquer um do povo pode prender quem estiver no estado de flagrante ou polícia Militar (devem)
Quem prender em flagrante (é o condutor, conduz o preso), deverá levar o preso à presença de um técnico (delegado), narração dos fatos e o delegado faz juízo de valor, se é um estado de flagrante, se for Jecrim é um termo circunstanciado. Auto de prisão em flagrante, ouve condutor, vítima, testemunhas e o preso.
De acordo com o art. 301 do CPP sempre que alguém estiver em estado de flagrância
Art 302 – qualquer um do povo pode e a autoridade policial e seus agentes devem prendê-lo.
Hipóteses:
1 - Estar cometendo a infração: ex: batendo na vítima, vendendo drogas, roubando alguém.
- Crimes permanentes – Crimes que se prolonga (sequestro), o crime está se consumando, mesmo depois de um ano a vítima em cativeiro, pode pegar em flagrante e prender, pois ainda estão cometendo e podem ser presos a qualquer momento.
- Em estado de flagrância pode ser preso a qualquer momento, sem ordem judicial.
2 – Acabar de cometer a infração: ex: se queria matar ele já matou. Acabou de cometer é uma atitude imediata, na mesma cena delituosa.
Apresentação Espontânea – se o sujeito se entrega à polícia não pode dar como flagrante, não está em estado de flagrância. 	
3 – Ser perseguido após cometer a infração / Flagrante Impróprio ou Quase Flagrante: Não pode ser preso em flagrante se está sendo investigado, somente perseguidas. A Autoria já está definida, tem que ser contínua, ininterrupta, mesmo que passar bastante tempo, 1 ou 3 dias e mesmo que seja em outra comarca.
4 – Flagrante Presumido :Ser apanhado num momento posterior com instrumentos, armas ou objetos que façam presumir ser o agente o autor da infração
Preso em flagrante – primeira condição verificar se o cliente se enquadra nessas hipóteses de estado de flagrante, caso contrário pedir relaxamento da prisão, pois é ilegal.
NÃO PODEM SER PRESOS EM FLAGRANTE
- Menores de 18 anos, não pode ser preso, não tem responsabilidade penal, mas pode ser apreendido.
- Diplomatas e estrangeiros (por tratados ou convenções internacionais)
- Presidente da República (art 86, § 3 CF)
- Membros do Congresso Nacional : deputados e senadores (art 53, § 1 CF) em crimes afiançáveis.
- Deputados Estaduais (art 27, § 1 c/c art 53, § 1 da CF) em crimes afiançáveis
- Magistrados (art 33, II, da LOMN) em crimes afiançáveis
- Membros do MP (art 40, III da LONMP) em crimes afiançáveis
- Advogado (art 7º, § 3 da lei 8906/94) salvo no exercício da profissão em crime inafiançável
Obs: ADIn pode ser preso em flagrante por desacato
Atenção: Autoridade policial no prazo de 24 hrs da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá:
- Encaminhar cópia à Autoridade Judicial- tem que ser comunicada rapidamente para a autoridade judiciária para o juiz analise se a prisão é legal ou ilegal
- Encaminhar cópia à Defensoria Pública (se o preso for pobre e não tiver condições de constituir defensor) 
- Entregar ao preso a nota de culpa – que é a informação ao preso do motivo de sua prisão e quem a determinou. Não assina para concordar e sim para informar que o preso recebeu, se ele recusar de assinar o delegado pode colher assinatura de testemunhas.
Atenção: Diferenças entre:
1 - Flagrante Preparado - Ilegal
2 - Flagrante Forjado - Ilegal
3 - Flagrante Esperado - Legal
1 - Flagrante Preparado ou Provocado: 
Agente provocador, o acusado realmente praticou o crime mas só praticou o crime porque foi provocado a praticar o crime, Súmula 145 do STF Seria crime impossível
2 - Flagrante Forjado:
O agente não praticou crime, à uma montagem, para tentar incriminar alguém, ex: maus policiais que plantam a droga no carro do agente.
3 - Flagrante Esperado:
A polícia tem informações de que um crime ocorrerá, mas a polícia não interfere em nada e o agente age naturalmente e com isso a polícia aguarda para pegar em flagrante.
Atenção: Direitos do réu preso em Flagrante:
- Assistência da família e de advogado, ligar para alguém que foi preso.
- Permanecer calado – Ninguém é obrigado obter prova contra si mesmo, não existe a idéia aqui de quem cala consente
- Prisão especial (em alguns casos) – ex: nível superior não fica em cela comum
- Outros
Atenção:
- Flagrante no JECRIM – deve ser feito um termo circunstanciado e a pessoa deve ser liberada (cuidado Lei maria da Penha art 41, não admite aplicação do Juizado especial criminal, ainda que a pena do crime seja de até 2 anos a pessoa pode sim ser presa em flagrante, porque não será lavrado um TC)
- Flagrante na ação privada – desde que a vítima ratifique (confirmar) essa prisão
- Flagrante em crime habitual – crime que se caracteriza uma reiteração de atos, ex: casa de prostituição, para caracterizar o crime habitual o sujeito precisa (manter) a casa e prostituição.
- Flagrante em crime permanente – cuja consumação está de prolongando, praticando, ex: sequestrando.
Atenção:
-Vício no Flagrante x Força Probatória e Força Coercitiva
Força Probatória – Ouve condutor, vítima, testemunhas, réu
Força Coercitiva – O flagrante possibilita que o flagrante seja presa, encarcerada.
Vício no Flagrante – perde a força coercitiva mas não perde a força probatória, ex: o delegado tem 24 hrs pra entregar a nota de culpa e não entregou, e virou um flagrante ilegal, perdendo só a força coercitiva, soltando o réu.
- Apresentação Espontânea – Impede a prisão em flagrante, só se caracteriza quando o sujeito se apresenta para o delegado, trazendo informações onde era desconhecido pelo delegado.
- Cabe RDD (isolamento preventivo para o preso em flagrante) Regime Disciplinar Diferenciado, Lei de execução penal art. 52, também cabe para os presos provisórios.
02º Espécie de Prisão Provisória:
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva deverá ser decretada pela Autoridade Judiciária somente a requerimento (Pacote Anticrime), tanto na fase de inquérito quanto na fase judicial. Para isso, por ser medida extrema são necessários dois requisitos.
Ela é uma exceção, toda prisão preventiva é prisão cautelar (medida cautelar)
- Fumus Boniuris – Fumaça do bom direito, precisa da materialidade delitiva (certeza que ocorreu uma infração) e indícios de autoria- Periculum em mora – Justificativa, motivo, necessidade de privar alguém da sua liberdade em prol do bem comum, tem que haver um dos requisitos:
1 – Garantia da ordem pública ou econômica
2 – Conveniência da instrução criminal
3 – Assegurar a aplicação da lei penal
4 – Descumprimento de medida cautelar ou protetivas de urgência
1 – Ordem pública - é a sociedade dentro da sua rotina, normalidade, há crime que não afeta sua normalidade e há crimes que abala a economia.
2 - Conveniência da instrução criminal – Colheita de provas, as vezes o réu atrapalha a colheita de provas, ex: ameaçando testemunhas, sumindo com docs, alterando o local da prova.
3 – Assegurar a aplicação da lei penal – Fazer valer a lei penal, quando réu foge, some, só quando o juiz tiver um elemento concreto, ex: réu vende tudo, coloca o bem para vender, atualização ou renovação do passaporte.
4 – Descumprimento de medida cautelar ou protetivas de urgência – protetiva de urgência (prevista na lei da Maria da Penha).
AULA - 18/04/2020
Atenção:
- Existe previsão para a prisão preventiva somente para crimes dolosos e não para os culposos
- Pode ser decretada e revogada quantas vezes forem necessárias
- Prisão preventiva não pode (em regra) ser decretada para crimes com pena maior de 4 anos
Cabe RDD Provisório (isolamento Preventivo) – cumprimento de pena, cumprindo medida de segurança, preso provisório (ALEP)
PRISÃO PREVENTIVA– DOMICILIAR
Criada em 2011
Pode ser cumprida de forma domiciliar (Capítulo IV)
Antes tratava da apresentação espontânea do acusado
Poderá o agente ficar em prisão domiciliar (na sua própria residência) quando:
- For maior de 80 anos
- Extremamente debilitado por motivo de doença grave , ex: problemas nos rins
- Quando imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência
- Gestante, sem limite de meses 
- Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos
- Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos de idade incompletos
Para a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar o juiz deverá ter prova idônea da ocorrência de um dos casos expostos acima. Exceto:
- Não será concedido a prisão domiciliar para a gestante, a mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiências quando a infração for praticada contra o filho
- Não será concedida prisão domiciliar em casos que tenham violência ou grave ameaça a pessoa
- Podem ser aplicadas medidas cautelares com prisão domiciliar, ex: liberdade provisória ou preventiva com restrições, tornozeleiras, sem ligações telefônicas, etc.
03º ESPÉCIE DE PRISÃO PROVISÓRIA:
PRISÃO TEMPORÁRIA (LEI 7960)
Ajudas na investigação de crimes graves, aqueles listados no art 01º da lei de prisão temporária 7.960/89
Decretada para:
- Facilitar as investigações de crimes graves
- Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários para esclarecimento de sua identidades, nos crimes previstos na lei.
Toda prisão temporária deve ter inciso primeiro ou inciso segundo, combinado com inciso terceiro (1 e 3 ou 2 e 3), mas nunca sozinhos.
Crimes que cabem a prisão temporária (art 03º da lei), rol taxativo:
- Homicídio Doloso
- Sequestro ou cárcere privado
- Roubo
- Extorsão (obs: não está incluído o sequestro relâmpago)
- Extorsão mediante sequestro
- Estupro (obs: não está incluído o estupro de vulnerável)
- Atentado violento ao pudor (revogado)
- Rapto violento (revogado)
- Epidemia com resultado morte
- Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte
- Quadrilha ou bando (agora chamado Associação Criminosa)
- Genocídio
- Tráfico de drogas
- Crimes contra o sistema financeiro
- Crime de terrorismo (lei 13.260/16)
A prisão temporária deve ser requerida pela Autoridade Policial ou pelo Ministério Públio
Só cabe na fase de *INQUÉRITO*, pois só cabe para auxiliar na investigação, não cabe na fase judicial.
O magistrado tem um prazo de 24 hrs para decidir se decreta ou não a prisão temporária. Se o juiz decretá-la, sempre fundamentadamente, esta será por um prazo certo e determinado.
O prazo da temporária, em regra geral, será de 5 dias e poderá ser renovado por mais 5 dias.
Contudo, crimes hediondos ou equiparados a hediondos o prazo será de 30 dias que poderá ser renovado por mais 30 dias.
Esgotado o prazo da temporária e, se o preso não ficar detido por outro motivo, deverá ser colocado em liberdade independentemente de alvará de soltura.
3 tradicionaisprisões provisórias – flagrante, preventiva e temporária
MUDANÇA DO PACOTE ANTICRIME (LEO 13964/19)
Pacote Anticrime criou uma prisão provisória no Juri, que tenha motivação na condenação do júri.
ART 492 CPP – I, E.
§ 3, § 4
§ 3 - O tribunal do júri não pode absolver mas pode anular.
§ 5 – II – O tribunal não pode absolver
§ 6 – Pedido a parte para o relator determine o efeito suspensivo.
LIBERDADE PROVISÓRIA E RELAXAMENTO DA PRISÃO (art 310 CPP)
Quando o juiz receber o auto de prisão em flagrante deverá, fundamentadamente tomar uma das seguintes decisões (em audiência de custódia), audiência de apresentação do réu preso (o juiz recebe o preso e a cópia):
Se não tiver audiência de custódia, caso de relaxamento, sem prejuízo de decreto de prisão preventiva, ou seja, pode prender se o juiz autorizar.
- Relaxar a prisão ilegal
O relaxamento não analisa nem o crime nem o criminoso, não importa a gravidade do crime, não importa o criminoso, o que importa é a regularidade da prisão.
- Converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, quando presentes os requisitos dessa modalidade de prisão ou quando forem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão
- Conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança (que é uma das medidas cautelares), podendo impor ou não uma das medidas cautelares
Os requisitos da liberdade provisória é a ausência dos requisitos da prisão preventiva.
Se a prisão for legal:
- Converte a prisão em flagrante em prisão preventiva, com os elementos da prisão preventiva
- Sem elemento para decretar a prisão preventiva, deve conceder a liberdade provisória.
Excludente de ilicitude – liberdade provisória para o cliente
§ 1 – Será concedida a liberdade quando for o caso da presença de uma excludente de ilicitude (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito.
Pacote Anticrime:
- Não cabe liberdade provisória para o reincidente
- Se não for realizada audiência de custódia será relaxada a prisão, sem prejuízo de decreto de prisão preventiva
CAPÍTULO V TRATA “DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES”
São elas:
- Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades.
Atenção do judiciário, presença do estado, tem algumas restrições, terá que comparecer ao fórum, justificar suas atividades, provar que esta sempre trabalhando, réu fica vinculado à essas situações, etc..
- Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações.
- Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante, ex: maria da penha.
- Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução
- Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos.
- Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais.
- Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art 26 CP) e houver risco de reiteração.
- Monitoração eletrônica
- Proibição de se ausentar do país(que deverá ser comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-o o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 horas).
- Fiança, nas infrações que a admitem, para asseguras o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial.
FIANÇA
Fiança não é pagamento, e sim um depósito em garantia, garantir que o réu não irá fugir e sim seguir o processo com atenção, pois se o sujeito descumprir essas regras, não comparecer à audiência, ele perde o valor depositado e será preso por descumprimento e se o mesmo cumprir direito e ser absolvido, o réu pega todo o valor de volta e corrigido, porém se for condenado o réu consegue pegar o valor da fiança de volta, descontando indenizações, custas e se não tiver ele pega o valor total.
- Pode ser em dinheiro
- Título da dívida pública estadual, federal ou municipal (precatório judicial)
- Pedras ou metais preciosos, ou hipoteca de imóvel
- Art 330 do CPP
A fiança poderá ser:
- Cassada
- Quebrada – art 341 CPP:
a) quando não comparecer a ato processual regularmente intimado imotivadamente;
b) quando réu obstruir de propósito o andamento do processo
c) quando o réu praticar novo crime doloso;
d) resistir sem motivo à ordem judicial;
e) descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança
- Perdida – art 344 CPP:
a) quando o condenado não se apresenta para o início do cumprimento da pena imposta, ex: foi intimado e não se apresentou para cumprir a pena, perde o valor total
b) É chamado de reforço de fiança quando o valor arbitrado se mostre inexato ou insuficiente aos fins visados pelo instituto (art 340 CPP), ex: réu tinha melhores condições socioeconômicas, pode ser determinado o reforço da fiança
c) A fiança será cassada quando reconhecida a existência de crime inafiançável (art 338 e 339 CPP), ex: achou que era afiançável, mas posteriormente percebeu que era inafiançável
Atenção: ½ metade do valor da fiança no caso de quebra de fiança passa a fazer parte do fundo penitenciário Nacional, conforme determina o art 2, VI da lei complementar 79/94 o restando fica para o réu.
Independente da pena ser de detenção ou reclusão, a autoridade policial poderá conceder fiança se a pena máxima for de até 4 anos e nos demais casos a fiança será requerida à Autoridade judiciária que decidirá em até 48 hrs (art 322 CPP)
Exceção: Art 24-A da lei 11340/06 Lei Maria da Penha) descumprir uma medida protetiva de urgência, pena de até 2 anos (mas o delegado não poderá arbitrar a fiança), quem arbitra a fiança é o juiz.
- Reforçada
CRIMES INAFIANÇÁVEL AR 323 E 324 CPP
- Crimes de racismo
- Crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos
- Crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
Crimes imprescritíveis (racismo e grupos armados)
Um crime afiançável, pode se enquadrar em crime inafiançável, art 324, ex: requisitos da prisão preventiva:
- As infrações em que o agente, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts 327 e 328 CPP
- A prisão civil ou militar
- Quando presentes os motivos eu autorizam a decretação da prisão preventiva (art 312 CPP)
Valores da fiança:
A lei traz parâmetros em salários mínimos:
- De 1 a 100 salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 anos.
- De 10 a 200 salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 anos.
A avaliação pode mostrar que o réu tem mais condições do que aparenta, pode aumentar, como também se não tiver condições, pode diminuir ou dispensada.
- Dependendo da capacidade econômica do agente, a fiança poderá ser dispensada, reduzida até o máximo de 2/3 ou aumentada em até 1.000 vezes
EXCEÇÕES
Defesas indiretas (não entram no mérito) apresentadas no processo penal no momento da resposta.
As exceções não negam o crime ou a autoria, mas podem extinguir a pretensão, prorrogar ou retardar a pretensã
Por isso, se diz que as exceções são dilatórias (não acabam com o processo só alonga) ou peremptórias (acaba com o processo).
Podem ser:
- De suspeição
- De incompetência
- De ilegitimidade de parte
- De litispendência
- De coisa julgada
Suspeição:
A arguição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivos superveniente.
- Se dará quando o juiz for considerado suspeito (interesse sentimental, relacionado ao réu, vítima, ou assunto do processo, ex: amor, ódio, vingança, etc.)
- O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá fazê-lo por escrito declarando o motivo legal, e remeterá imediatamente o processo ao seu subscrito, intimadas as partes
- Para arguir essa exceção, se deve fazer em petição acompanhada de prova documental ou do rol de testemunhas
- Se reconhecer a suspeição, o juiz sustará a marcha do processo, mandará juntar aos autos a petição do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarará suspeito, ordenando a remessa dos autos ou substituto.
- Se não aceitar a suspeição, o juiz mandará autuar em apartado a petição, dará sua resposta dentro em três dias podendo instruí-la e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinará sejam os autos da exceção remotidos, dentro em 24 horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento.
- Reconhecida preliminarmente, a relevância da arguição, o juiz ou tribunal, com citação das partes, marcará dia e hora para a inquirição das testemunhas, seguindo-se o julgamento, independentemente de mais alegações.
- Se a suspeição for de manifesta improcedência, o juiz ou relator a rejeitará liminarmente.
Julgado Procedente a suspeição:
- Ficarão nulos os atos do processo principal
- Deverá, nesse caso, o juiz pagar as custas, no caso de erro inescusável
Rejeitada, evidenciando-se a malícia do excipiente, a este será imposta a multa.
- Quando a parte contrária reconhecer a procedência da arguição, poderá ser sustado, a seu requerimento, o processo principal, até que se julgue o incidente da suspeição.
Nos tribunais, o magistrado que se julgar suspeito deverá declará-lo nos autos e, se for revisor, passar o feito a seu substituto na ordem da precedência, ou, se for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuição
- Se não for relato nem revisor, o juiz que houver se dar-se por suspeito, deverá fazê-lo verbalmente, na sessão de julgamento, registrando-se na ata a declaração.
- Se o presidente do tribunal se der por suspeito, competirá ao seu substituto designar dia para o julgamento e presidi-lo (câmara de julgamento)
- A suspeição, não sendo reconhecida, será julgada pelo tribunal pleno, funcionando como relator o presidente.
- Se o recusado for o próprio presidente do tribunal, o relator será o vice-presidente.
- Se for arguida a suspeição do órgão do MP, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso, podendo antes admitir a produção de provas no prazo de 3 dias.
As partes poderão também arguir de suspeitos os peritos, os intérpretes e os serventuários ou funcionários de justiça, decidindo o juiz de plano e sem recurso, à vista da matéria alegada e prova imediata.
A suspeição dos jurados deverá ser arguida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do Júri, que a rejeitará se, negada pelo recusado, não for imediatamente comprovada, o que tudo constará da ata.
- Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Impedimento:
Se dá quando houver uma relação objetiva para com o réu, vítima ou para com a causa.
Ex: sócio, empregado, locador, locatário, parente.
O certo é o próprio juiz dar por impedido, mas se ele não fazer a defesa pode arguir a exceção de suspeição. A exceção de suspeição abrangerá a questão de impedimentotambém.
O juiz, o órgão do MP, os serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos.
Se não se der a abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
Aula 4
Exceção:
Significa defesa indireta, que não entra no mérito, podendo ser Peremptória que acaba com o assunto memo indiretamente ou Dilatória que alonga o processo.
5 espécie:
- Suspeição
- Incompetência
- Ilegitimidade de parte
- Litispendência
- Coisa julgada 
Suspeição – Juiz suspeito, sentimental na causa.
Impedimento – Juiz que tem relação objetiva para com uma das partes (parentesco, questão contratuais) como não há exceção de impedimento, pedimos a exceção de suspeição para pedir o impedimento e a mais cobrada nos concursos.
Incompetência (princípio do juiz natural) – Não estava de acordo com as regras de competência
À evidência, a exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta quando as regras atinentes à competência não forem obedecidas 
Se, ouvido o MP, for aceita a declinatória, o feito será remetido ao juízo competente, onde, ratificados os atos anteriores, o processo prosseguirá.
Recusada a incompetência, o juiz, continuará no feito, fazendo tomar por termo a declinatória, se formulada verbalmente.
Se qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que torne incompetente, declará-lo-à nos autos, haja ou alegação da parte.
Litispendência, Ilegitimidade de parte e Coisa Julgada – Será observado, no que lhes for aplicável, o disposto sobre a exceção de incompetência do juízo.
Diferença entre:
- Ilegitimidade de parte – Alegar sempre a ilegitimidade do polo ativo e nunca o polo passivo, nunc aposso dizer que o réu é parte ilegítima no processo, porque se não eu estou falando do mérito. Daquele que entrou com ação (polo ativo). Exe: Porque MP entrou se a ação era privada, porque a autora entrou se a ação era pública.
- Litispendência - Lide pendente, uma ação em curso. As vezes o réu recebe uma citação para defender de um processo e tem outro processo discutindo aqueles mesmo fatos. Cabe o réu apresentar uma defesa ao juiz informando.
- Coisa Julgada – Já teve um processo e que já foi julgado aquele fato, aqui pouco importa o resultado (julgado e absolvido, ou condenado) o importante é que ele já teve o processo e foi julgado e não pode ser novamente julgado pelo mesmo fato.
Se a parte houver de opor mais de uma dessas exceções, deverá fazê-lo numa só petição ou articulado.
A exceção de coisa julgada somente poderá ser oposta em relação ao fato principal, que tiver sido objeto da sentença. As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da a 
RESTITUIÇÃO DE COISA APREENDIDA
No processo bens podem ser apreendidos, pertencentes ao réu, vítima, terceiro. Esses bens alguns ilícitos serão confiscados se o réu chegar a ser condenado, perdendo os seus objetos, onde não pode voltar a posse do réu.
Os outros bens apreendidos deverão ser restituídos ao seu dono, assim que cesse o interesse daquele objeto no processo, pois alguns objetos precisa passar por perícia, integrar no processo, fazer parte ao processo, art 118 seguintes do CPP.
Os bens apreendidos lícitos, podem ser restituídos quando não interessarem ao processo, ou quando acharem que não precisam passar por peritos.
A restituição deve ser autorizada pelo juiz ou pela Autoridade Policial, desde que comprovado o direito de propriedade.
Se o direito não for líquido e certo o pedido será autuado em apartado, podendo a parte provar o alegado, sempre ouvido o MP.
Se a dúvida sobre propriedade persistir, o Juízo Criminal remeterá as partes para o Juízo Cível. Dúvida de quem é o proprietário o cível que decide.
Da decisão sobre a restituição de coisas apreendidas caberá apelação (art 593,II do CPP).
No caso de apreensão de coisa adquirida com o proventos da infração, não se restituirá e os bens serão vendidos em hasta pública (bens ilícitos).
Fora dos casos de restituição ou de bens adquiridos com o proveito do crime, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da data em que transitar em julgado a sentença final, condenatória ou absolutória, os objetos apreendidos não forem reclamados ou não pertencerem ao réu, serão vendidos em leilão, depositando-se o saldo conta judicial.
Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas confiscadas, serão inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservação. (MUSEU CRIMINAL) ex: Tudo o que Lombroso fez de experimentação, crânios, objeto criminosos, instrumentos de crime.
Pacote Anticrimi – Mudança trazida Lei 13.964/19
Art.122 – Sem prejuízo do disposto no art 120, as coisas apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art 133.
MEDIDAS ASSECURATÓRIAS
Ex delito – Força do Delito, sentença penal condenatória, serve de título executivo a favor da vítima, Título Executivo a favor da vítima. Nem sempre na prática, a vítima terá restituição.
Medidas Assecuratórias: São medidas tomadas na esfera criminal para fazer efeito na esfera cível. Mesmo antes do processo terminar a vítima pode tomar medidas na esfera criminal para possibilitar uma futura indenização na esfera cível, o juiz pode tomar providencias concretas para possibilitar, fazer viável uma indenização na esfera cível, uma antecipação. São medidas tomadas na esfera criminal, para possibilitar a reparação de danos na esfera cível.
- Sequestro: Medida mais amplo, pode ser tanto na fase de inquérito e na fase judicial, pode ser de bens móveis como bens imóveis.
- Arresto: Medidas tomadas na fase judicial, se o bem for móvel
- Hipoteca legal: Medidas tomadas na fase judicial, se o bem for imóvel
Sequestro:
Se dá quando a gente adquiri bens com proveito do crime, pode se dar tanto da faze de inquérito como judicial.
Ex: Roubo a banco
Caberá o sequestro dos bens móveis ou imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração ainda que jpa tenham sido transferido a terceiro, bastando a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens. Não precisa de prova concreta e sim indícios de que o sujeito está adquirindo aqueles bens de forma ilícita.
- Pode ser determinado de ofício ou a requerimento, tanto na fase de inquérito quanto na fase judicial..
- O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro, do acusado sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da infração ou do terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de boa-fé.
- Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz de ofício ou a requerimento do interessado, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público. Do dinheiro apurado, o excedente será recolhido ao tesouro nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. 
O sequestro será levantado:
- Se a ação penal não for intentada no prazo de 60 dias contado da data em que ficar concluída a diligência. Sequestro feito na fase de inquérito. Se passou 60 dias e não entrou com ação o sequestro perde a sua eficácia;
- Se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caução; Ex: os bens vendidos pra terceiro, pode ser dado um caução.
- Se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentença transitada em julgado. Aqueles que estiverem bloqueados, tem que ser desbloqueados.
Arresto e Hipoteca Legal:
Caberá arresto de bens móveis e hipoteca legal de bens imóveis na fase judicial, quando se tenha certeza da infração e indícios suficientes de autoria e o agente estiver se desfazendo de bens para frustrar futura indenização na esfera cível.
Aqui ele não está adquirindo do bem e sim desfazendo, vendendo, alienando seus próprios bens para gerar frustração na esfera cível. Desfazendo dos bens lícitos.
Bloqueio de bens imóveis – Hipoteca legal
Bloqueio de bens móveis– Arresto
Peida a especialização de hipoteca mediante requerimento em que a parte estimará o valor da responsabilidade civil, e designará e estumará o imóvel ou imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandará logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e à avaliação do imóvel ou imóveis.
A petição será instruída com as provas ou indicação das provas em que se fundar a estimação da responsabilidade, com a relação dos imóveis que o responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento e com os documentos comprobatórios do domínio.
Se o réu oferecer caução suficiente ou em títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição da hipoteca legal.
Se o responsável não possuir bens imóveis ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos imóveis.
O arresto será levantado ou cancelado a hipoteca, se, por sentença irrecorrível se o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade.
Passando em julgado a sentença condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do cível, para a ação civil “ex delicto”.
Entretanto, o juiz determinará a alienação antecipada para a preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a qualquer grande deterioração ou depreciação ou quando houver dificuldade para sua manutenção.
O leilão far-se-á preferencialmente por meio eletrônico e os bens devendo ser vendidos pelo valor fixado na avaliação judicial ou por valor maior.
Não alcançado o valor estipulado pela administração judicial, será realizada novo leilão, em até 10 dias contado da realização do primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não inferior a 80% do estipulado na avaliação judicial.
O produto da alienação ficará depositado em conta vinculada ai juízo até a decisão final do processo, procedendo-se à sua conversão em renda para a União, Estado ou DF, no caso de condenação, ou, no caso de absolvição, à sua devolução ao acusado.
Pacote Anticrime (lei 13964/19) – Mudanças trazidas.
Art 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos.
Art 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do MP, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao fundo Penitenciário nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.
Art. 133- A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública prevista no art 144 CF do sistema prisional do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades.
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que o ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos públicos.
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de transido ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor no órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência definitivada propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.
*CITAÇÃO*
O processo penal se inicia quando o juiz recebe a denúncia ou queixa.
No processo penal temos a AMPLA DEFESA, porque se não tiver sido integrado corretamente ele não tem como se defender.
Não cabe citação por correio, por causa da Ampla Defesa, o próprio réu tem que entender o que está acontecendo, quem é citado é o próprio RÉU (QUESTÃO PERSONALÍSSIMA), já o advogado tem que ser notificado, intimado.
Intimada de – Ex: Quando o réu ou o adv recebe a sentença eles são intimados DA sentença, já aconteceu.
Notificada para– Ex: Testemunha é notificada PARA uma audiência, vai acontecer.
Citação – Ato de comunicar e chamar o réu ao processo.
Se a citação foi mal feita, nulidade absoluta do ato.
Oficial – Ele tem que cumprir requisitos na hora da citação:
Intrínsecos – Requisitos que devem constar no corpo do mandado de citação
Extrínsecos – Dizem respeito ao próprio comportamento do oficial de justiça e se não se conduzir corretamente, é nulidade.
Objetivos:
1 – Comunicar – Explicar o que está se passando, com absoluta qualidade
2 – Chamar – chamar ele para se defender, para ele integrar no processo, que ele precisa arrumar um advogado, testemunhas, audiências e se não comparecer no processo pode gerar prisão.
- Quem é citado é o réu.
Exceção: quando o réu tiver problemas mentais que não deixa ele ter discernimento para receber uma citação, o réu precisa ter condições de receber uma citação, e quem é citado é seu representante legal (aquele que cuida do doente mental- qualquer pessoa), somente se o oficial souber.
Espécie de CITAÇÃO:
- Pessoal
- Por Edital (ficta ou presumida)
Todos os esforços é para citar pessoal o réu, excepcionalmente o réu é citado por edital e depois que se esgotarem todos os meios se não tentar citar no endereço certo é errado e pode gerar nulidade.
Por edital quando esgotou todas as formas do pessoal.
**Pessoal:
- Por mandado (endereço na mesma comarca do processo)
Se réu estiver preso na mesma comarca do processo, ele também é citado no presídio.
- Por Carta Precatória ( endereço em outra comarca diversa do processo) (juiz pra juiz)
Deprecante – oficiando
Deprecado – O que vai receber
Mandado comarca contígua – é permitido que o oficial de SP invada outra comarca
- Por Rogatória (endereço no exterior, em outro país)
- Por carta de ordem (determinação da superior instância para a inferior instância) prerrogativa, ex: famoso foro privilegiado. O tribunal expede ofício para o juiz da localidade e faz a citação.
- Por requisição (citação do militar) regime diferenciado, respeito da justiça comum para o militar, se dá através de um ofício, o juiz oficiará para o comandante do quartel.
O funcionário público tem que ser sinalizado pelo chefe.
Quando o réu ta preso ele é requisitado para a audiência, o juiz oficia para o órgão informando a audiência para levar o réu à audiência.
- Por Hora Certa ( quando o réu se furtar à presença do oficial de justiça nos moldes do CPC )
O réu tem o endereço certo, porém nunca é encontrado naquele endereço, ex: saiu, foi viajar o oficial deixa recado e ele não liga, ele fica fugindo, então o oficial confirma com a esposa, o vizinho, uma pessoa se realmente mora naquele endereço, então informa o dia e a hora que vai retornar e se não aparecer irá se dá como citado.
Edital: ex: Sumiu
- Frustrada a citação pessoal, far-se-á a citação por edital, no prazo de 15 dias para tomar conhecimento do edital (quando o réu estiver em lugar incerto e não sabido – LINS (Lugar Incerto e Não Sabido).
Citação – Atenção:
- Não existe a citação pelo correio no processo penal.
Art 366 CPP (prova concurso)– Se o réu for citado por edital, não comparecer e não constituir defensor, o processo ficará suspenso e ficará suspenso o prazo prescricional. Entretanto, poderá ser determinada a produção antecipada de provas. Oprocesso só fica parado e parado o processo prescricional se tiver os 3 ao mesmo tempo (citado por edital, não compareceu e não constituiu defensor).
Súmula 415 STJ: Não fica suspenso pra sempre, suspende pelo prazo máximo da pena em abstrato
Se o réu não comparecer ele se torna revel (revelia), não ter atendido o chamamento ao processo, a única conseqüência é não ser intimado para os demais atos do processo, com exceção da sentença (pois ele vai ser intimado da sentença. O réu pode se tornar revel em qualquer ato do processo.
SENTENÇA – ART 381 CPP à 388 CPP
Ponto final, onde finaliza o processo, por uma absolução art. 386 ou condenatória art. 387
Dividida em 3: Relatório, Fundamentação e Final
Relatório: Resumo de tudo o que aconteceu no processo.
Fundamentação: É fundamental, onde o juiz diz o porque, porque decidiu, porque ele decidiu tudo no processo.
Final: Parte dispositiva, juiz decide, determina.
A sentença conterá:
1 – Os nomes das partes ou, quando não possível as indicações necessárias para identificá-las
2 – A exposição sucinta da acusação e da defesa
3 – A indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão (fundamentação)
4 – A indicação dos artigos de lei aplicados
5 – O dispositivo
6 – A data e a assinatura do juiz
Art 382 CPP
Prevê a possibilidade de Embarguinhos da sentença
Os embargos de declaração é um recurso, onde está previsto no capítulo de recurso 619 e 620 CPP (acórdão)
Quando a sentença tiver esses problemas que não são acórdão utilizamos o Art 382
Falha na sentença, é necessário que o juiz declare, dê clareza naquela decisão.
Art 383 E 384 CPP ** concurso
- No momento da sentença poderá o juiz verificar uma falha na acusação. Dessa forma, poderá agir em (EMENDATIO LIBELLI ART 383) EMENDA DA ACUSAÇÃO (corrige o erro, da sentença sem manifestação das partes, porque a defesa não terá nenhum prejuízo)
- MUTATIO LIBELLI ART 384 CPP (MUDANÇA NA ACUSAÇÃO)
Falha na acusação – Emendatio libelli
Se dá em um erro que não prejudica a defesa do réu (ex: erro de capitulação) e por isso pode ser corrigido de ofício pelo juiz, que em seguida profere a sentença, sem que as partes se manifestem, sem prejuízo pro réu.
Mutatio Libelli – Surge um elemento novo na audiência ou nas peças e de um furto acabamos que verificando que era um roubo, e o réu não se prejudica, porque ele se defende dos fatos na denúncia e não nos fatos novos.
Baixa os autos e pede para o Promotor adite a denuncia de furto para roubo. Quando alguém trás uma (ELEMENTAR ou CIRCUNSTÂNCIA), algo novo.
Se dá em um erro que muda a característica do crime (elementar ou circunstância) e por isso o juiz deve baixar os autos para que no prazo de 5 dias o MP adite a denúncia ou queixa – subsidiária e em seguida a defesa poderá se manifestar em 5 dias podendo arrolar até 3 testemunhas para provar aquele fato novo, aquele elemento novo.
Se o promotor não quiser Aditar, surge um conflito que será redimido pelo procurador geral, o chefe.
Nada impede que o promotor a qualquer momento durante o processo possa requerer o aditamento.
Art. 385 CPP
Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o MP tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.
Ainda que o promotor peça absolvição (o mesmo não pode desistir do processo), mas no final ele se convença de absolver por falta de provas ou algo, todos pede absolvição e o juiz pode condenar mesmo assim. Ainda que o MP tenha opinado pela Absolvição o juiz pode condenar.
Art. 386 CPP – Absolvição
Inexistência do fato: O juiz concluiu que aquele fato, aquela conduta que o réu ta sendo acusado não existiu, alguém inventou, aquele fato não existiu.
Uma vez absolvido pela inexistência do fato, pode processar o réu civilmente? Não, porque o juiz criminal diz que o fato não ocorreu, então se não ocorreu não pode o juiz cível determinar algo que não ocorreu.
Pela falta de provas: Não tem prova consistente, sem prova para condenar. Civilmente é possível ser indenizado.
São eles:
I – Estar provada a inexistência do fato. Tem prova concreta de que o fato não aconteceu. Ex: Testemunha informa que não aconteceu, que foi inventado, fato não ocorreu.
II – Não haver prova da existência do fato. Deixa margem a dúvida, pode ser que tenha ocorrido, pode ser que não, não temos prova que sim nem que não. 
III – ** concurso - Não constituir o fato infração penal. Atipicidade, atípico o fato ocorreu, alguém fez alguma coisa, mas aquilo que a pessoa fez não é um tipo penal, não se enquadra no tipo penal. Ex: Estelionato sem dolo.
IV – Estar provado que o réu não concorreu para a infração penal. Teve fato, teve Crime e essa conduta foi criminosa, porém tem uma prova de que o réu não concorreu para o fato. Ex: O João não fez, quem fez foi o José.
V – Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal, de ter participado. Não tem prova, sem prova sem condenação.
VI – Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena ( arts. 20 (erro de tipo), 21 (erro de coerção), 22 (coaçao irresistível), 23 (excludente de ilicitude, ex: legítima defesa), 26 (menor de 18 anos) e 28 § 1º CP) exclui a ilicitude e a culpabilidade. Exclui o crime é exclusão de ILICITUDE, isente o réu de pena é exclusão da CULPABILIDADE. 
VII – Não existir prova suficiente para a condenação. Princípio pró réu, até existe prova, mas não o suficiente.
Art. 387 CPP - Condenação
- Fixando valor mínimo de indenização. Pode dar um parâmetro para o juiz cível.
- Determinando (se o caso) a sua prisão preventiva. Impedir o acusado de recorrer em liberdade.
O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade. (detração) Todo tempo de prisão provisória ou internação é descontado da pena definitiva.
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS PROVAS
- Relatividade das provas: não existe prova com valor absoluto no processo penal. Toda prova tem valor relativo e deve ser analisada dentro de um contexto. Por isso, não existe hierarquia de provas. Toda prova tem um valor relativo e não absoluto. Se o réu confessar pode ser absolvido. Toda Prova acaba tendo o mesmo valor, um valor relativo.
- Livre apreciação da prova: O juiz forma o seu convecimento de forma livre. Desse modo, se duas testemunhas disseram algo e uma disse exatamente o contrário, se essa última convenceu mais o juiz ele, fundamentadamente, pode valorizá-la mais. Dentro desse contexto, o juiz pode até mesmo rejeitar um laudo (sempre fundamentadamente). 
- Verdade real: Por esse princípio o juiz não fica vinculado à prova produzida pelas partes (verdade formal ou convencional). Deve ir o magistrado em busca da verdade real (ou material), podendo determinar a feiúra de perícias não pedidas pelas partes e a oitiva de testemunhas não arroladas, dentre outras atitudes.
- Identidade física do juiz: Esse princípio não existia no processo penal. Todavia, com a nova redação do art 399, § 2º, o Código de processo penal menciona que o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença, introduzindo o princípio da identidade física do juiz. O juiz que fez a instrução, tem que ser o mesmo a dar sentença.
- Inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos (art. 5, inc LVI da CF): Por esse princípios, as provas obtidas por meios escusos não podem ser usadas contra o réu. “Fruits of the poisonous tree” àrvore dos frutos envenenados, insubsistência das provas subseqüentes (provas ilícitas por derivação).
Pacote anticrime ( Lei 13.964/19)
Art 157 CPP - § 5 o juiz que conhecer o conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
PROVA EMPRESTA. LÍCITA OU ILÍCITA?
Uma prova de outro processo, é possível utilizar em outro processo, desde que naquela prova emprestada o réu tenha participado do contraditório.
Ônus da prova
Quem alega que tem que provar, provar que o réu praticou aquele crime, o ônus daprova é dele.
Elementos constitutivos quem alega é o réu. Ex: Léu alega legítima defesa, ele que tem que provar.
Alibe: Uma prova constitutiva. Ex: réu acusado tal data, e réu diz que nessa data não estava lá e sim em outro lugar, isso é um álibe, confundiram com o réu.
- A prova da alegação incumbirá a quem a fizer Art 156 CPP.
Obs.: O juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas (art. 155 CPP).
INTERROGATÓRIO
Meio de prova, o réu pode confessar, dilação premiada, elementos novos, etc.
Meio de defesa, ampla defesa e autodefesa, o réu se alto defende.
É uma forma mista de prova e meio de defesa.
É prova porque elementos de convencimento podem ser trazidos ao juiz (confissão, delação, excludentes, etc.)
É meio de defesa, pois o réu exerce a sua autodefesa e o seu defensor pode fazer perguntas para esclarecimento (defesa técnica - advogado)
Dividido em 2 partes:
- Sobre a pessoa do interrogado. Sobre a vida pessoal.
- Sobre os fatos
Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.
Na segunda parte será perguntado sobre:
I- Ser verdadeira a acusação que lhe é feita
II- Não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela
III- Onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta
IV- As provas apuradas
V- Se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, se tem o que alegar contra elas
VI- Se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione tenha sido apreendido
VII- Todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração
VIII- Se tem algo mais a alegar em sua defesa
O juiz por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessário para atender a uma das seguintes finalidades:
I- Prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento.
II- Viabilizar a participação do réu no referido ato processual quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal
III- Impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência destas por videoconferência, nos termos do art 217 deste código.
IV- Responder à gravíssima questão de ordem pública.
Art 217 tirar o réu da sala de audiência, videoconferência.
Obs: Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 dias de antecedência.
Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento.
O réu tem o direito de ficar calado no interrogatório, não sendo considerado o silêncio confissão.
Porém, o silencia pode influenciar negativamente no convencimento do juiz, porque o réu está desperdiçando o meio de prova
Obs.: Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor, se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso aos canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do fórum, e entre este e o preso. 
A confissão não tem caráter absoluto, podendo o réu ser absolvido se outras provas corroborarem nesse sentido.
No interrogatório (como de resto na colheita de prova testemunhal) está presente o princípio da oralidade (salvo se problemas físicos impedirem a oralidade). Pergunta e resposta devem ser orais.
O depoente (réu ou testemunha) que falar língua estrangeira deve ter tradutor-intérprete, salvo consiga se fazer entender em português.
O analfabeto depõe normalmente, salvo o caso de ignorância extrema em que deve ser nomeado um tradutor ( pessoa que possa auxiliar na colheita do depoimento)
Se o depoente (réu ou testemunha) não pode ir ao fórum, o fórum vaia te o depoente. É o que se chama depoimento em diligência (in loco). Ex: uma pessoa em cama de hospital.
O réu é o último a ser ouvido na instrução (ressalva: lei de drogas). Mas poderá ser ouvido mais de uma vez, a qualquer tempo, inclusive depois da sentença.
DEPOIMENTO DO OFENDIDO (VÍTIMA)
O ofendido será qualificado e perguntando:
- Sobre as circunstâncias do crime. Como ocorreu de que maneira como aconteceu e quem seria o autor.
- O ofendido não presta compromisso. Não é processado por falso testemunho, embora pode ser responsabilidade por uma denunciação caluniosa que é mais grave e se dá quando o agente dá início á um processamento acusando falsamente alguém
- O ofendido pode ser encaminhado atendimento multidisciplinar. Ex: piscólogo, abuso criança, Maria da pena.
TESTEMUNHAL
Qualquer pessoa pode ser testemunha.
O menor de 14 anos, não presta compromisso de dizer a verdade e não pode ser processado por falso testemunho, acima de 14 pode ser processado pelo ECA.
- Qualquer pessoa pode ser testemunha. Porém, o menor de 14 anos não presta o compromisso de dizer a verdade (informante)
- Podem se recusar a depor o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) bem como os afins na linha reta (sogro, sogra, genro e nora)
Obs.: Ressalva da prova não poder ser feita de outra forma.
Também não prestarão o compromisso de dizer a verdade os doentes e deficientes mentais e as pessoas que podem se recusar a depor o CADI e bem como os afins na linha reta.
Estão impedidos de depor aqueles que têm conhecimento dos fatos por conta de uma relação de sigilo. Esses poderão depor se forem desobrigados pela parte (salvo o adv). Ex: médico.
O presidente e o Vice presidente da república, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. 
Obs.: O presidente e o Vice presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, lhes serão transmitidas por ofício.
O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.
CONTRADITA
A testemunha pode ser contraditada.
Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou de defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé.
Lei 9.807/99 Lei de proteção a Vítimas e Testemunhas.
Os programas compreendem, dentre outras, as seguintes medidas, aplicáveis isolada o cumulativamente em benefício da pessoa protegida, segundo a gravidade e as circunstâncias de cada caso:
I – Segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações;
II – Escola e segurança nos deslocamentosda residência, inclusive para fins de trabalho ou para a prestação de depoimentos;
III – Transferência de residência ou acomodação provisória em local compatível com a proteção;
IV – Preservação da identidade, imagem e dados pessoais;
V – Ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência individual ou familiar, no caso de a pessoa protegida estar impossibilitada de desenvolver trabalho regular ou de inexistência de qualquer fonte de renda;
VI – Suspensão temporária das atividades funcionais, sem prejuízo dos respectivos vencimentos ou vantagens, quando servidor público ou militar;
VII – Apoio e assistência social, médica e psicológica;
VIII – Sigilo em relação aos atos praticados em virtude da proteção concedida;
IX – Apoio do órgão executor do programa para o cumprimento de obrigações civis e administrativas que exijam o comparecimento pessoal
DOCUMENTAL
O documento é qualquer corporificação do pensamento, pode ser desenho, planilha, gráfico, pintura, escrita, ainda que sem assinatura ou em cópia simples, pode ser considerado prova.
Em regra os documentos podem ser juntados documentos no processo, menos nos três dias que antecedem o julgamento no Tribunal do Júri art 479 CPP.
RECONHECIMENTO
O reconhecimento de pessoas e coisas está regulado pelo CPP art 226 e seguintes.
Porém o código não tratou do reconhecimento fotográficos e fonográficos, pelo que, estes, reconhecimentos, não são válidos como prova.
Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
- A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida:
- A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
- Se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela.
- Do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA ou CAPTAÇÃO AMBIENTAL
A lei 9296/96 regulou a possibilidade de interceptação telefônica para a formação da prova.
A interceptação deverá ser feita por ordem judicial, por prazo certo (15 dias renováveis por igual prazo), mas não poderá ser determinada:
- Em crime punido com detenção; (concurso)
- Na falta de indícios de autoria ou participação
- Quando a prova puder ser feita por outros meios 
Obs.: É o último meio de providência.
Interceptação: Uma terceira pessoa no meio gravando 2 conversas.
Escuta: É livre, uma gravação
Escuta ambiental: Se eu estou inclusa naquele ambiente eu posso fazer uma escuta, gravo.
- A escuta telefônica ou ambiental não precisa ser autorizada pelo juiz para ter validade.
- Nesse caso, quem faz a gravação é um dos interlocutores.
Mudanças do pacote anticrime (Lei 13964/19)
Art 8ª A- Para a investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do MP, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos ópticos oi acústicos, quando:
I - A prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes
II – Houver elementos probatórios razoáveis de autoriza e participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos ou em infrações penais conexas.
§ 1 – O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental.
§ 3 – A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 dias, renovável por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando presente atividade criminal permanente habitual ou continuada.
§ 5 – Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na legislação específica para a interceptação telefônica e telemática.
Art 10 A – Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida: Pena, reclusão de 2 a 4 ano e multa.
§ 1 – Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores.
§ 2 – A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a captação ambiental oi revelar o conteúdo das gravações enquanto mantido o sigilo judicial.
PROVAS - ACAREAÇÃO
A acareação será admitida entre:
- Acusados;
- Acusados e testemunhas
- Testemunhas
- Acusado ou testemunha e a pessoa ofendida
- Pessoas Ofendidas
- Sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes
- Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação
PERICIAL
O que é corpo de delito? Não está ligado no corpo de um ser humano.
São marcas, vestígios deixados pelo crime, essas marcas esses vestígios precisam ser avaliados.
Essa perícia é chamada, exame de corpo de delito:
- Se for feito em um cadáver, é necroscópico.
- Se for feito em uma pessoa lesionada, lesões corporais
- Se for feito na mão, residográfico.
- Se for fraudado, será feito grafotécnico, para ver a grafia de uma pessoa
- Se for um local, pode ser feito um exame perinecroscópico.
Obs.: E nem mesmo a confissão supre a falta da perícia. Se não for feita, gerará a nulidade ou a carência de prova.
Pacote Anticrime Lei 13964/19:
- Cadeia de Custódia da prova pericial
Art 158 A – Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1 – O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2 – O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.
§ 3 – Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.
Ar 158 B – A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
I – Reconhecimendo: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial.
II – Isolamento: Ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
III – Fixação: Descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou criqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento.
IV – Coleta: Ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza.
V – Acondicionamento: Procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento. 
VI – Transporte: Ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse.
VII – Recebimento: Ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio,código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu.
VIII – Processamento: Exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito.
IX – Armazenamento: Procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente.
X – Descarte: Procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.
Art 158 C – A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dera o encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização de exames complementares.
§ 1 – Todos os vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando o órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento.
§ 2 – É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização;
Art 158 D – O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material.
§ 1 – Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.
§ 2 – O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter FAU de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo.
§ 3 – O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada.
§ 4 – Após cada rompimento de lacre, deve fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado.
§ 5 – O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente.
Art 158 E – Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
§ 1 – Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas características de vestígios.
§ 2 – Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
§ 3 – Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso.
§ 4 – Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação a data e horário da ação.
Art 158 F – Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer.
§ único – Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminar.
Perícia Direta: Feita no corpo de delito, ex: Cadáver.
Perícia Indireta: Através de outros meios de prova. Ex: documentais, testemunhais, filmagens.
Art 172 § único – Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências
Art 167 – Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
- As perícias serão feitas por 1 perito oficial, portador de diploma de curso superior.
- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas
- Idôneas
- Portadoras de diploma de curso superior na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com natureza do exame.
- Assistente Técnico
- As partes (MP, acusação, ofendido, querelante e acusado) poderão formular quesitos e indicação de assistente técnico.
Quando a perícia, as partes poderão:
I – Requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar.
- Podem indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
- A requerimento, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo for impossível a sua conservação.
- Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados, no prazo de 10 dias prorrogáveis.
- A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
- Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
- Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que em dia e gora previamente marcados, se realize se lavrará auto circunstanciado.
- Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-ce-á a exame complementar 
- No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
- Se o exame tiver por gim precisar a classificação do delito deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contando da data do crime.
- Para o efeito do exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
- Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas.
- Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
- Única perícia que não pode ser negada:
Exame de corpo de delito.
Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do MP, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, ou representação da autoridade policial seja este submetido a exame médico-legal.
- O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quando às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
- O exame não durará mais de 45 dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior

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