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Histologia Sistema endócrino Histologia da glândula pineal ➣Glândula pineal, epífise ou corpo penal- é um órgão endócrino formado por células com função neurossecretora, encontra se ligada ao cérebro por um pedículo,mas não há conexões nervosas diretas da glândula pineal com o cérebro, de forma que esse pedículo é formado por fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares derivadas dos gânglios cervicais superiores inervam a glândula pineal. A pineal encontra-se recoberta pela pia-máter que é a meninge mais interna que forma uma verdadeira cápsula em torno da glândula. Localização anatômica da glândula pineal- encontra-se situada na parte dorsal e posterior do diencéfalo respectivamente sobre o mesencéfalo logo abaixo do esplênio do corpo caloso, ela possui um curto pedículo que permite que ela se ligue a comissura habenular. Dimensões- a glândula mede em torno de 5-8 mm de altura, e 3-8 mm de diâmetro e pesa entre 100 a 200 mg. Histologia da glândula pineal- - A glândula pineal encontra-se dividida em lóbulos por um tecido conjuntivo vascular que contém células gliais; - As células intersticiais semelhantes à glia representam cerca de 5 a 10% das células, que parcialmente circundam e separam pinealócitos; - O pedúnculo ou pedículo da pineal é constituído em parte por prolongamentos citoplasmáticos destas células intersticiais. - A maior parte da glândula encontra-se composta por células secretoras parenquimatosas: os pinealócitos, também conhecidos como pineocitos. Pinealócitos: - É uma forma especializada de neurônios relacionados aos fotorreceptores retinianos como por exemplo, os cones e bastonetes; - Não tem axônios e dendritos, mas contêm no citoplasma numerosos grânulos secretórios e prolongamentos citoplasmáticos de comprimento variado; - Essas células secretoras são organizadas em cordões que repousam sobre uma membrana basal, sendo envolvidos por tecido conjuntivo, capilares fenestrados e fibras nervosas; - Esses prolongamentos citoplasmáticos possuem dois ou mais prolongamentos celulares que terminam em expansões bulbosas; - Um dos prolongamentos termina perto dos capilares; - O citoplasma contém mitocôndrias em abundância distribuídas aleatoriamente. Vasos sanguíneos Rosetas perivasculares: o anticorpo destaca fortemente os prolongamentos dos pineocitos dirigidos a vasos. As dilatações bulbosas terminais de alguns destes prolongamentos são bem demonstradas Concreções calcáreas ou corpora arenacea: Chamadas também de “areia cerebral", é uma característica da glândula pineal associada com o envelhecimento. - Consiste na presença de áreas de calcificação definidas (MEC na qual se depositam cristais de fosfato de cálcio); - Começa cedo na infância e se torna evidente a partir da segunda década e vida; - Os pinealócitos secretam uma matriz extracelular que é jogada para fora da Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período , Histologia células e essas secreções se precipita e serve como base para a deposição de cristais de fosfato de cálcio, carbonato de cálcio para iniciar o processo de microcalcificação; - As calcificações presentes na glândula pineal são um importante marcador radiográfico da linha média do cérebro; - Aumenta o número com a idade. Concreção calcária Função da glândula pineal- a glândula pineal produz e secreta melatonina, principal substância biologicamente ativa, sintetizada a partir do triptofano, pelos pinealócitos, ou seja, o triptofano é convertido para serotonina e assim com hidroxitriptamina e depois através da enzima serotonin metiltransferase ela vai ser convertida para melatonina, a melatonina é liberada na circulação geral, para atuar sobre o hipotálamo e a hipófise ajudando a regular a atividade secretora das células da adeno-hipófise na parte distal, não somente exercendo secreção a nível hipofisário mas também a nível hipotalâmico regulando a liberação dos hormônios liberadores de hormônios da glândula hipófise, e, em muitas espécies, para inibir a secreção de gonadotrofinas e do hormônio do crescimento, e para induzir sonolência. Em humanos, tumores na pineal estão associados à puberdade precoce, a incidência é maior em meninos. Melatonina- é considerada o hormônio indutor do sono, produzida a partir da serotonina. Este hormônio está relacionado com a regulação dos ciclos de vigília-sono (ritmos circadianos) Os níveis de melatonina: Durante a manhã os níveis são de aproximadamente 10-30 pg/mL; Durante a noite os níveis sobem para 60-150 pg/mL. A melatonina começa a ser produzida nas primeiras horas da noite, por isso é recomendado que o indivíduo procure dormir às 21:30h - 22h onde é constatado o pico da produção e secreção de melatonina, e durante a manhã os níveis de melatonina começam a cair e a aumentar os níveis de cortisol o hormônio da vigília. A apresentação farmacêutica da melatonina, pode servir para combater os efeitos do Jet Lag. Os efeitos fisiológicos da melatonina: ● Antigonadotrófica; ● Diminui a atividade da tireóide; ● Hipotérmico; ● Indutor de sono; ● Antioxidante; ● Imunomodulador; ● Modulador do timo; ● Neuroprotetor. Ciclo circadiano: relógio interno que controla os ritmos biológicos: O relógio biológico circadiano regula os padrões de sono e de alimentação e está ligado ao ciclo de dia-noite ou ao ciclo de sono-vigília. O trato retino-hipotalâmico conduz sinais luminosos ao núcleo supraquiasmático que encontra-se adjacente ao quiasma óptico, esse núcleo é considerado “um relógio mestre” porque ele é o local onde tem uma rede de neurônios que opera como marcapasso endógeno que regula o ritmo diário Essa rede de neurônios são osciladores circadianos ligados às células ganglionares especializadas produtoras de melanopsina da retina. As células ganglionares funcionam como detectores de luminosidade que reajustam os osciladores circadianos. Jet lag: condição experimentada por muitos viajantes, provocada por mudanças do fuso horário, que leva à interrupção do ritmo circadiano, associado a fadiga, insônia, desorientação e até mesmo alucinações. Esquema da alça do núcleo supraquiasmático melatonina: O fotoperíodo transmite uma forma de impulsos para as células ganglionares da retina, essas vias nervosas estão conectadas pelo trato retino hipotalâmico que vai levar a informação para o núcleo supraquiasmático no SNC, e dali vai levar a informação para o núcleo paraventricular e depois transmitida para a coluna intermédio lateral da medula Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período , Histologia espinhal superior, o sinal vai passar para o gânglio cervical superior que é um gânglio simpático de onde vão surgir as fibras simpáticas pós-ganglionares noradrenérgicas que chegar na glândula pineal estimulando a produção e secreção de melatonina que vai induzir um potencial de ação no núcleo supraquiasmático Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período ,
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