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AULA 2 PSICOTERAPIA BREVE- DOS PRECURSORES AOS MODELOS ATUAIS

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PSICOTERAPIA 
BREVE: DOS 
PRECURSORES 
AOS MODELOS 
ATUAIS 
 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• PB: intervenção terapêutica com tempo e 
objetivos limitados. Os objetivos são 
estabelecidos a partir de uma compreensão 
diagnóstica do paciente e da delimitação de 
um foco, considerando-se que esses objetivos 
sejam passíveis de serem atingidos num 
espaço de tempo limitado através de 
determinadas estratégias clínicas. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• PB: opção para se tentar estender o atendimento 
psicoterápico a parcelas mais amplas da 
população. 
 
• PB: utilizada em situações institucionais e 
também em consultórios com pacientes que não 
têm condições ou motivação para se envolver 
num processo psicoterápico prolongado. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
 
• Lançada a partir da preocupação de alguns 
psicanalistas em encontrar formas de abreviar 
o sofrimento de seus pacientes. 
 
 
 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• Estudos sobre as origens das psicoterapias 
breves citam Freud como um de seus 
precursores - uma vez que seus primeiros 
tratamentos dificilmente ultrapassavam um 
ano de duração, e vários foram realizados em 
apenas algumas horas. 
 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
 
• Freud buscava a remissão de sintomas através 
da análise e compreensão de sua etiologia, em 
casos de pacientes com queixas específicas, e 
assumia, como terapeuta, uma atitude mais 
ativa. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• Com o decorrer do tempo, a mudança do 
interesse de Freud, do tratamento de sintomas 
neuróticos para a compreensão da natureza do 
inconsciente e da personalidade levaram a um 
prolongamento cada vez maior do processo de 
análise. 
 
• Durante a vida de Freud alguns psicanalistas 
tentaram introduzir modificações teóricas e 
técnicas no processo psicanalítico, visando 
abreviá-lo. 
 
FERENCZI 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• Ferenczi (1926): propôs modificações técnicas 
o que denominou como “técnica ativa” 
 
• Levava o paciente a enfrentar situações 
ansiógenas, proibia certos comportamentos 
propiciadores de gratificações e encorajava o 
fantasiar. Ele mesmo fez críticas ao seu 
método por este aumentar as resistências no 
paciente. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• 1921: Ferenczi propôs em um artigo maior atividade ao 
terapeuta, ou seja, injunções e proibições para o paciente, 
no intuito de acelerar o processo terapêutico. 
 
• 1925: Ferenczi e Rank publicaram “Perspectivas da 
psicanálise”, em que discutem a experiência emocional do 
paciente. 
 
• A questão principal não seriam as lembranças, mas a 
vivência dos conflitos do cliente na relação transferencial. 
Eles acreditavam que essa abordagem poderia abreviar o 
tempo da análise, porque a rememoração do infantil na 
história do paciente não seria necessária em todos os seus 
detalhes. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• Ferenczi faleceu em 1933, com problemas neurológicos 
causados por falta de vitamina B. 
 
• Na época, acharam que ele estava louco, o que 
auxiliou a desqualificar a sua obra. Suas contribuições à 
psicanálise só puderam ser recuperadas após a morte 
de Freud. 
 
• Foi Balint, na década de 1950, que passou a divulgar os 
ensinamentos de Ferenczi e a utilizar seus escritos no 
trabalho que desenvolvia na Tavistok Clinic, na 
Inglaterra. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• Ferenczi, por ter aprofundado o processo de 
discussão e questionamento da técnica 
psicanalítica, propondo diversas variações do 
enquadre clássico do tratamento padrão, pode 
ser considerado o precursor da Psicoterapia 
Breve. 
 
• Em 1941, em Chicago, sob influência de 
Alexander, ocorreu o primeiro congresso 
destinado à Psicoterapia Breve. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• Década de 50: Balint foi fundamental na história 
da Psicoterapia Breve. Recuperando o trabalho 
clínico de Ferenczi, em 1954, Michael Balint 
reuniu, em Londres, um grupo de 
psicoterapeutas, que atendeu 21 pacientes até 
1958, tendo ficado a cargo de um dos membros 
da equipe, David Malan, em 1963, a publicação 
dos resultados – reunidos no livro intitulado Um 
estudo de Psicoterapia Breve. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• Em 1958, Peter Sifneos, em Boston, publica 
um artigo sobre Psicoterapia Breve e a partir 
de 1965 passa a publicar com maior 
frequência. 
 
• Sifneos é hoje um dos mais importantes 
autores de Psicoterapia Breve, tendo vindo ao 
Brasil em 1990, 1991 e 1993. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• Gilliéron, ao lado de Sifneos é, hoje, um dos 
autores mais importantes da Psicoterapia 
Breve 
 
• No Brasil, Lemgruber, do Rio de Janeiro, em 
1984, publicou Psicoterapia Breve – a técnica 
focal, e mais dois livros, divulgados em 1995 e 
1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OTTO RANK 
OS PRECURSORES 
• RANK: Dava importância ao “trauma do nascimento”, 
gerador da “ansiedade primordial”, considerando-o 
como hipótese subjacente a toda neurose. 
 
• Sua ideia central é de que somente o fato de nascer já 
implica um trauma para o ser humano. Isso significa 
uma separação abrupta da mãe e a passagem súbita de 
um ambiente totalmente protegido para outro muito 
mais hostil. 
 
• O nascimento nos instalava no terreno daquilo que é 
humano, ou seja, o terreno do impossível. Isso dá 
origem a uma angústia essencial que nos acompanhará 
por toda a vida. 
 
 
 
OS PRECURSORES 
 
• Com o passar dos anos, deixou de lado a ideia de 
trauma de nascimento, substituindo-a pelas questões 
ligadas à ligação emocional e dependência, por um 
lado, e o da separação e independência, por outro 
 
 
• RANK: deixou contribuições para a PB, como o 
estabelecimento prévio de uma data para o término da 
análise e o conceito de “motivação para mudança” 
sendo este importante critério de indicação para a 
tratamentos breves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alexander French 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
• ALEXANDER E FRENCH (1946): realizaram tentativas de 
abreviar o processo analítico, e seus trabalhos são 
considerados como o verdadeiro marco inicial da 
psicoterapia breve. 
 
• Propuseram variações no enquadre da psicanálise 
clássica: 
 
• diálogos de caráter diversificado e não apenas 
associações livres, frequência das consultas variável 
conforme a necessidade, sugestões na vida cotidiana do 
paciente, utilização de experiências da vida real e 
manejo da transferência de acordo com o caso. 
 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• Criaram o conceito de experiência emocional 
corretiva segundo a qual não é a recordação que 
cura um paciente, mas, sim, a vivência de uma 
nova experiência emocional de forma que corrija 
a antiga vivência traumática. 
 
• Esta nova experiência ocorre na relação 
transferencial, e o terapeuta visa 
deliberadamente tal correção, mas também pode 
ocorrer em função de novas experiências da 
vida. 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
 
• ALEXANDER E FRENK: estabelecimento de 
objetivos e de um planejamento do tratamento, 
enfatizando a psicologia interpessoal e ênfase 
na importância da experiência real do paciente 
na relação terapêutica. 
EDMOND GILLIÉRON 
PB: DOS PRECURSORES AOS 
MODELOS ATUAIS 
 
• GILLIÉRON: importância do enquadre na 
Psicoterapia Breve, discutindo como o término 
pré-fixado da terapia influencia o conjunto 
terapeuta-paciente. 
 
• Propõe seguir o livre curso das associações de 
seus pacientes, contrariando a proposta de 
atenção e negligência seletivas. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
 
 
• São divididas em três modelos principais: 
 
 
 
Messer & Warren, (1995). 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
• ESTRUTURAL OU DO IMPULSO 
 
• REPRESENTANTES: Malan (1976, 1979), Sifneos (1979, 
1984) e Davanloo (1980). 
 
• MALAN: propõe que a princípio seja estabelecidauma 
hipótese psicodinâmica de base, a partir de um diagnóstico 
que inclui entrevistas e testes psicológicos. 
 
• A ideia é identificar o conflito primário, que é reeditado na 
problemática atual do paciente. Sobre essa hipótese se 
planeja o trabalho terapêutico, que é feito através da 
interpretação ativa e seletiva, e tem tempo e objetivos 
delimitados. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
• SIFNEOS: desenvolveu a Psicoterapia Breve 
Provocadora de Ansiedade dirigida a pacientes 
selecionados e com forte motivação para 
mudança. 
 
• O terapeuta adota uma postura ativa, que visa 
levar o paciente a se defrontar com seus 
conflitos. O processo é focalizado e limitado 
entre 12 e 18 sessões 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
 
• Seus critérios de seleção são estritos. A 
motivação é um dos elementos-chave para a 
indicação e bons resultados. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
• DAVANLOO: propôs uma técnica ativa, de 
confrontação e manutenção de foco. Com a 
confrontação tende a provocar sentimentos de 
hostilidade no paciente, a utilização desta técnica 
depende da existência de uma sólida aliança 
terapêutica. 
 
• O número de sessões não é fixado 
antecipadamente, mas é explicitado que o 
trabalho será breve. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
 
• CRÍTICAS: aquilo que eles consideram uma 
postura ativa do terapeuta resvala muitas 
vezes para uma atitude autoritária e 
onipotente do terapeuta. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
• MODELO RELACIONAL 
 
• REPRESENTANTES: Luborsky (1984), Horowitz 
(1988, 1991) e Strupp & Binder (1984) 
 
• PRINCÍPIOS: Há, menos preocupações técnicas e 
menor interesse por aspectos como limites de 
tempo e critérios de seleção. Dão importância à 
experiência, a relação e ao “aqui e agora”, o que 
resulta numa maior diversidade de focos clínicos. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
• Priorizam a relação terapêutica e os padrões 
de relacionamento interpessoal que o 
indivíduo estabelece, e encaram o terapeuta 
como observador participante. 
 
• CRÍTICAS: menor preocupação com a técnica. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
• MODELO INTEGRATIVO OU ECLÉTICO 
 
• REPRESENTANTES: Mann (1973). 
 
• PRINCÍPIOS: integrar conceitos e técnicas de 
diferentes tradições terapêuticas, com o 
objetivo de aumentar a eficiência e o espectro 
de aplicação das psicoterapias. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
• MANN: estabeleceu limite de 12 horas de 
tratamento, divididas de acordo com a 
necessidade do paciente, em relação à duração e 
frequência das sessões. 
 
• A ideia é que os conflitos e ansiedades 
relacionados com separação e perda, sejam 
ativados e trabalhados. A atitude do terapeuta é 
empática, não confrontativa, e ele se utiliza das 
interpretações transferenciais, análise da 
resistência e reconstrução genética. 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
 
• CRÍTICAS: ter generalizado para todas as 
neuroses um tipo de conflito básico, universal 
PSICOTERAPIAS PSICODINÂMICAS 
BREVES MODERNAS 
 
• Nos anos mais recentes a integração de diferentes abordagens tem 
sido feita de três formas: 
 
1 Na busca de fatores comuns aos diversos modelos; 
 
2 Ecletismo técnico: permite ao terapeuta lançar mão de diferentes 
recursos, adaptados às necessidades de cada caso; 
 
3 Integração teórica: uma teoria para várias técnicas. 
 
• Estas propostas exigem de quem vai utilizá-las um conhecimento 
mais amplo e complexo de diferentes abordagens, para que não se 
transformem numa mistura indiscriminada 
PB DE CRIANÇAS 
 
PB DE CRIANÇAS 
• Estudos são extremamente escassos. Não há livro 
publicado em português inteiramente dedicado à 
PB de crianças. 
 
• Nos estudos sobre psicoterapia breve infantil, o 
foco está na dinâmica familiar. Os sintomas e as 
dificuldades da criança são entendidos como 
resultantes do interjogo de projeções, introjeções 
e identificações entre os pais e a criança. 
PB DE CRIANÇAS 
 
 
• A intensidade e a qualidade dessas projeções 
determinam o quanto o processo de 
individuação poderá ou não seguir seu curso, 
e o quanto a criança estará “aprisionada” 
nesta dinâmica. 
PB DE CRIANÇAS 
 
• São atendidos os pais e a criança, de acordo 
com as necessidades de cada caso, e as 
intervenções utilizadas vão desde a 
interpretação até à orientação direta. 
REFERÊNCA BIBLIOGRÁFICA 
 
 
• OLIVEIRA, I. T. de. Psicoterapia Psicodinâmica 
Breve: dos precursores aos modelos atuais. 
Psicologia: Teoria e Prática 1999.

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