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INSTRUÇÕES PARA A FORMATAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA FPB
INSTRUCTIONS FOR FORMATION OF FPB COURSE COMPLETION WORKS
José Maria da Silva¹	Comment by Fernanda: Arial, negrito, tamanho 10
Maria José da Silva²
Felipe de Melo Duarte³
¹Graduando em Engenharia Civil, Faculdade Internacional da Paraíba – FPB 	Comment by Fernanda: Arial, itálico, tamanho 10
²Graduando em Engenharia Civil, Faculdade Internacional da Paraíba – FPB 
³Professor Mestre da Coordenação das Engenharias, e-mail: felipe.duarte@fpb.edu.br
Resumo	Comment by Fernanda: Arial, negrito, tamanho 14
O processo de verticalização do bairro dos Bancários em João Pessoa – PB, e os consequentes impactos sócio humanísticos, ambientais e morfológicos advindos dessa verticalização, e o inchaço populacional que ela traz em seu contexto. As mudanças e comportamentos diante das transformações pelas quais o mundo moderno está passando desde os primórdios desse processo até os dias atuais. O tema da verticalização é abordado geralmente sobre a ótica da racionalização do espaço físico, e em outros momentos essa temática é vista pela modernização, e não tão focada no problema sócio humanístico da questão. Outra problemática levantada foi a constatação da irreversibilidade do processo e a sua continuidade verificada através da quantidade de casas já demolidas. Se não podemos parar tal processo, alguma coisa tem de ser feita para, no mínimo, desacelerá-lo, visto que a continuar com essa velocidade, em muito pouco tempo não restará uma única residência unifamiliar no referido bairro, pois, estudos nos tem demonstrado que as cidades crescem à margem da lei e, que essas, somente são evocadas quando coincidem com os interesses dos agentes que interferem na produção do espaço urbano. Nessa reprodução constante desses espaços, não há como evitar o choque entre o velho e o novo ou o que se impõe como novo, isso vale tanto para os usos e costumes sociais, como para a mudança morfológica em sua estrutura física construída e desconstruída ininterruptamente.	Comment by Fernanda: Arial, itálico, tamanho 10
Palavras-Chave: Verticalização, Crescimento Urbano, Qualidade de Vida.	Comment by Fernanda: Arial, negrito, itálico, tamanho 10
Abstract 	Comment by Fernanda: Arial, negrito, tamanho 14
The process of verticalization of the neighborhood of Banking in João Pessoa - PB, and the consequent social humanistic, environmental and morphological impacts arising from this verticalization, and the population swelling it brings in its context. The changes and behaviors facing the transformations that the modern world is going through from the beginning of this process to the present day. The theme of verticalization is usually addressed from the perspective of the rationalization of physical space, and at other times this theme is seen by modernization, and not so focused on the social humanistic problem of the issue. Another problem raised was the finding of the irreversibility of the process and its continuity verified by the number of houses already demolished. If we cannot stop such a process, something has to be done to at least slow it down, since if we continue at this speed, in a short time there will not be a single-family residence in that neighborhood, because studies have shown us that cities grow outside the law and that these are only evoked when they coincide with the interests of the agents that interfere in the production of urban space. In this constant reproduction of these spaces, there is no way to avoid the clash between the old and the new or what imposes itself as new. This is true for social usages and customs as well as for the morphological change in their built and deconstructed physical structure uninterruptedly.	Comment by Fernanda: Arial, itálico, tamanho 10
Keywords: Verticalization, Urban Growth, Quality of Life.	Comment by Fernanda: Arial, negrito, itálico, tamanho 10
1. INTRODUÇÃO	Comment by Fernanda: Arial, negrito, caixa alta, tamanho 14
Nas grandes cidades, principalmente naquelas onde existe um contexto histórico evidenciado em grande parte de suas construções, o modernismo arquitetônico procura “entrar” de uma maneira sutil e equilibrada, a fim de harmonizar, fazer uma ponte de ligação entre o passado e o futuro sem, no entanto, descaracterizá-la. Há uma tendência mundial à verticalização, principalmente nas cidades de grande porte como Nova York, Los Angelis, Londres, Paris, São Paulo e Rio de Janeiro, dentre outras, assim como existem as cidades que já “nasceram” verticalizadas como Dubay, por exemplo. 	Comment by Fernanda: Todo o texto em Arial, tamanho 12, espaçamento simples
A grande maioria dos parisienses fala com certo rancor que: “A pirâmide do Louvre é uma cicatriz no rosto de Paris”. Com isso, estão querendo afirmar que àquela construção (o vértice de uma pirâmide de vidro em frente ao museu) está fora do contexto histórico e cultural da cidade, e, ao invés de embelezá-la, torna-se uma afronta a harmonia arquitetônica daquele local. 
Só existem duas formas de uma cidade expandir-se; se expraiando, quando existem áreas disponíveis, isto é, crescendo, expandindo-se horizontalmente ou, quando da não existência dessas áreas, verticalizando-se. Em face da não disponibilidade de áreas para uma expansão horizontal, a compactação, feita através da verticalização, é inevitável. Essa verticalização tem por consequência o inchaço populacional das grandes cidades, é por esse motivo que os humanistas afirmam e os arquitetos, urbanistas e estudiosos do comportamento humano ratificam que, uma cidade só tem uma boa qualidade de vida, até os 800.000 (oitocentos mil) habitantes, depois disso vira metrópole e, com ela, todos os problemas que os grandes aglomerados humanos urbanos trazem no bojo de sua alta complexidade. 
João Pessoa é uma cidade que, muito embora, seja considerada a mais verde do Brasil e a segunda mais verde do mundo, já beira os 800.000 (oitocentos mil) habitantes. Segundo dados do IBGE 2010, naquele ano João Pessoa já contava com uma população de mais de 723.000 (setecentos e vinte e três mil) habitantes, e, atrelados a esse crescimento populacional, vieram todos os grandes problemas característicos de uma grande cidade, como mobilidade urbana, sobrecarga na infraestrutura básica de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto tanto residenciais como industriais e déficit de moradia, dentre outros. 
Essa alta densidade demográfica, esse inchaço populacional traz em seu contexto uma demanda desproporcional em relação às ofertas, em todos os segmentos que envolvem o ser humano como ser sociável, desde os mais básicos como alimentação, moradia, saúde e trabalho, aos secundários, mas, não menos importantes, como, educação, segurança, transporte lazer e etc. 
A verticalização é, no caso do bairro dos bancários em João Pessoa, um fato verificável e irreversível, pois, num espaço urbano onde não existem áreas disponíveis para um crescimento horizontal, no que se refere ao número de unidades habitacionais, e a população cresce vertiginosamente numa progressão geométrica enquanto que a construção de habitações , numa progressão aritmética, a solução é demolir unidades unifamiliares para se reconstruir, no mesmo espaço físico e, verticalmente, no caso em foco, apartamentos residenciais, na proporção de 1(um) para 8 (oito).
Uma das principais características da verticalização, é a de que para se construir algo novo, derruba-se algo antigo (ou nem tanto), mas destrói-se algo já existente. Essa luta constante entre o antigo e o novo e entre o tradicional e o moderno, culminará, sempre, com a desconstrução (demolição) do velho (ou nem tanto) para a (re)construção do novo. Em muitos casos não é uma simples demolição, é uma destruição de referências, de símbolos históricos, quando não, da própria história da cidade ou do próprio bairro. A preocupação com essas mudanças que veem transformando o bairro dos bancários em João Pessoa, não é, apenas e tão somente, com sua morfologia nem com seu aspectovisual, mas também, e principalmente, com o seu aspecto humanístico e social, visto que é esse o foco deste trabalho. 
Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, humanismo significa: corrente filosófica que coloca o homem e os valores humanos, acima de todos os outros valores, e a história tem nos mostrado que, onde o interesse financeiro se sobrepõe ao interesse humano, em qualquer tempo e espaço, as engrenagens do mundo emperram ou, no mínimo, desandam. Tem sido assim com a pesca predatória (industrializada) que vem causando desequilíbrios ecológicos sem precedentes, nos mares e oceanos; tem sido assim com as extensas áreas de monocultura, como as grandes plantações de eucalipto para o fabrico de papel e celulose; tem sido assim com as grandes extensões de áreas desmatadas na floresta amazônica onde os únicos beneficiários são as grandes madeireiras e os latifundiários pecuaristas. Tantos outros exemplos poderiam, aqui, serem citados, apenas para que se possa fazer um paralelo analítico com o cerne dos questionamentos que serão levantados por este trabalho. 
Vejamos então: se num mesmo espaço físico onde anteriormente existia uma unidade unifamiliar, habitada por uma família constituída por 4 (quatro) pessoas), pai, mãe e dois filhos, atualmente moram 8 (oito) famílias, num total de 32 (trinta e duas) pessoas. Se, no entanto, elevarmos esse número de um para dez, teríamos então: dez unidades unifamiliares, para dez famílias perfazendo um total de 40 (quarenta) pessoas, onde agora teremos no mesmo espaço físico 80 (oitenta) unidades (apartamentos) para um total de 320 (trezentos e vinte) habitantes. 
Essa conversão de unidades unifamiliares em prédios de apartamentos na proporção de um para oito, dentro de um mesmo espaço físico e usuários de uma mesma infraestrutura, sem sombra de dúvidas, trarão problemas de diversas ordens e de difícil solução, até mesmo, a médio e longo prazo. 
Toda mudança é regida por duas vertentes principais: a direção e o ritmo. Se, no entanto, essa direção é inevitável e imutável, contudo o seu ritmo poderá e deverá ter um certo controle pois, é justamente o ritmo no qual permitimos que as mudanças ocorram, que as adaptações acontecerão de forma cadenciada e menos impactantes, caso contrário, o efeito dessas mudanças, chamadas de “progresso” poderá ser danoso e, o seu resultado final, desastroso ou, no mínimo, no caso em foco, desarticulador das relações humanas.
Os questionamentos aqui levantados, fundamentalmente baseados nos problemas supracitados, são inevitáveis e, não terão respostas imediatas, visto que o processo ainda se encontra em andamento e, segundo o filósofo e pensador grego Aristóteles “Só poderemos compreender a natureza de qualquer coisa, quando ela alcança, e supera, a sua maturação”. A pergunta é óbvia: teremos tempo para tanto? Teremos de esperar essa “maturação” para então nos questionarmos? Buscarmos respostas e, de alguma forma, reagirmos? O que poderemos fazer com uma mudança depois que ela acontece se, o que de melhor se poderia ou deveria ter sido feito era quando do início de sua implementação? Essas pessoas se adaptarão à essas novas condições de moradias modificadas, sem modificarem a sua essência humana? Que outros efeitos virão com essas mudanças? O austríaco Karl Polanyi (2000) escreveu em seu livro A grande Transformação, as origens da nossa época: “Se o efeito imediato de uma mudança é deletério, então, até prova em contrário, o efeito final também é deletério”, ou seja, o que se iniciou de forma não planejada, no resultado final obtido os erros aparecerão em escala proporcional à falta de planejamento. Seria necessário, no nosso caso, um estudo minucioso, mais aprofundado para chegarmos a essa conclusão, ou esse final já é previsível? Teremos que esperar os resultados finais dessa mudança, para confirmá-los ou poderemos, de alguma forma, antevê-los? Este artigo acadêmico buscou verificar o atual estágio da verticalização no bairro dos Bancários, e suas consequências; analisar os impactos causados pela verticalização; analisar a descaracterização do bairro, face à demolição de casas para a construção de prédios e por fim identificar os principais elementos dessa descaracterização.
Justifica-se a realização deste artigo acadêmico na medida em que um bairro que inicialmente fora projetado eminentemente residencial, outrora espaçoso, visualmente atrativo e humana e socialmente habitado, bucólico até, e que atualmente vem sendo modificado, não apenas em sua morfologia nem no seu aspecto visual, mas também, e principalmente, no seu aspecto social e humanístico, com a desconstrução de unidades unifamiliares para, em seu lugar, serem construídas 8 (oito) unidades de apartamentos, no mesmo espaço físico e com a mesma infraestrutura, pela ganância travestida de progresso e com o viés de modernidade. 
O que se verifica nos dias atuais, é que mesmo numa capital como João Pessoa, os interesses imobiliários superam as expectativas dos investidores, levando com isso à descaracterização do bairro, tornando-o “frio” (sem os jardins e pomares frequentemente encontrados nas antigas residências) e engessado pela dureza do concreto e desarticulação social causada pela conversão de uma unidade unifamiliar em oito. 
Partindo-se do princípio de que há um crescimento vertiginoso do número de unidades multifamiliares, com essa verticalização, na proporção de um para oito, e de que o fator verticalização pode trazer em seu bojo, níveis acima dos permitidos, caso não haja fiscalização por parte dos poderes constituídos, no que diz respeito a um I.D.H. (Índice de Desenvolvimento Humano) compatível com as características do lugar, faz-se necessário à intervenção, não apenas com questionamentos e sim com ações, por parte de quem interessar possa, de fato e de direito, e de quem o poder detém, a fim de, no mínimo, minimizar esses efeitos, tornando-os menos impactantes, pois com a velocidade desse processo de mudança, costumes e tradições sociais e familiares estão sendo modificados de tal forma que chegarão ao ponto de serem totalmente modificados, ou até mesmo esquecidos e subjugados por uma nova ordem.
O que se constata, é que a verticalização é visível, crescente e irreversível e, que as leis vigentes, como o Plano Diretor e o Código de Conduta do município não impedem e sequer dão um ordenamento, à essa desconstrução de unidades unifamiliares e a sua reconstrução como unidades multifamiliares, na proporção de uma para oito, fato este comprovado com a quantidade de prédios construídos e de casas já demolidas e prontas para o início das obras como unidades multifamiliares.
2. METODOLOGIA
A metodologia aplicada para o desenvolvimento do presente artigo em pauta, foi de uma pesquisa bibliográfica e documental, tendo como base artigos, livros, dissertações de mestrado, tratados e publicações afins, no que diz respeito à dualidade densidade populacional x qualidade de vida. Material fornecido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa – PMJP, e documentos oficiais referente ao plano diretor do município. Foi também uma pesquisa quantitativa, descritiva e amostral, pois foi realizado uma pesquisa semiestruturada com moradores da área do estudo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com casas construídas em terrenos medindo 12X30, 12X35 e, até mesmo 16X 35 (os de esquina) e com todas as suas áreas já previamente delimitadas, não havendo nenhuma outra possibilidade de expansão horizontal, a solução encontrada pelos especuladores (construtoras e imobiliárias), foi à verticalização. Nesse caso, a demolição de casas unifamiliares para a (re)construção de unidades multifamiliares (prédios de apartamentos residenciais), no mesmo espaço físico, e na proporção de um para oito. 
Inicialmente ocupado, em sua maior parte por bancários, pois, a eles fora destinado, cercado pelo verde de granjas e até resquícios de mata atlântica, com terrenos amplos e casas bem construídas, abriu caminho para todos os demais empreendimentos que futuramente ali se desenvolveriam. 
Outrora espaçoso,visualmente atrativo, humana e socialmente habitado por uma população permanente, de raízes estabelecidas há muito tempo e com várias gerações que se sucederam, bucólico até, projetado e concebido com casas residenciais unifamiliares confortavelmente construídas em terrenos amplos, para o conforto daqueles que futuramente o habitariam, atualmente vem sendo modificado em todos os seus aspectos iniciais, pela ganância travestida de progresso, pela especulação imobiliária e pelo fenômeno impositivo da verticalização. Guy Debord, (1967) escritor e pensador francês, em seu livro “A Sociedade do Espetáculo”, escreveu: “O urbanismo é a tomada do meio ambiente natural e humano, pelo capitalismo que, ao desenvolver-se em sua lógica de dominação absoluta, refaz a totalidade do espaço como seu próprio cenário” (Guy Debord, 1967). 
O que se verifica nos dias atuais, é que mesmo numa capital como João Pessoa os interesses imobiliários superaram as expectativas dos investidores, levando, com isso, à descaracterização do bairro tornando-o frio, sem os jardins e pomares frequentemente encontrado nas antigas residências (casas) e, “engessado” pela dureza do concreto na (re)construção de prédios, frequentemente, colados uns aos outros, como veremos mais adiante.	
Ao abrir uma janela ou uma porta de sua residência e deparar-se (dar de cara) com uma parede não é nem um pouco agradável. Não se dialoga com uma parede; não se interage com uma parede; não se respira parede; e, não se come parede. A sensação de quem mora atualmente no bairro dos bancários e habita uma unidade multifamiliar (prédio de apartamentos), desses colados uns nos outros, é exatamente essa: a sensação de que se está preso, pois, do lado de dentro é somente paredes e do lado de fora, também. 
Aquela sensação de liberdade, aquele cheiro de ar puro, aquela visão de um jardim, de um pomar ou mesmo de uma árvore, frutífera ou não, não mais existe, pelo menos para os ocupantes dessas novas moradias modificadas. As modificações não estão acontecendo apenas na morfologia do bairro, mas, também, em sua essência, no que de melhor existe em uma comunidade, ou seja, no ser humano.
Caras sisudas, rostos estampados de stress, correria desenfreada num entra e sai interminável de seus apartamentos, como abelhas adestradas a produzirem mel indefinidamente, inquestionavelmente em suas caixas e seus favos, apenas para o desfrute da abelha rainha chamada especulação. O ambiente onde agora se aglomera essa nova leva de habitantes em suas moradias modificadas, é o reflexo da vida dos tempos modernos e, se assemelha a jaulas, a prisões, onde os prisioneiros enjaulados devem pagar por suas jaulas.
A remodelação permanente do espaço que nos envolve, se justifica pela amnésia generalizada, pela inércia total dos habitantes do lugar e, pela ineficácia das leis e, quem sabe até, pela conivência dos poderes públicos, e assim, a especulação imobiliária vai refazendo tudo à imagem do sistema, alegando leis quando estas os beneficiam e ignorando-as quando vão de encontro aos seus interesses, na grande maioria, escusos.
Foram realizadas conversas informais, (conforme se encontra no anexo), com as pessoas mais diretamente envolvidas nesse processo de desconstrução e reconstrução de casas, prédios e vidas, ou seja: Antigos moradores, ex-proprietários de casas, atuais moradores dos prédios de apartamentos, alguns construtores e algumas imobiliárias. Por motivos óbvios os nomes originais das pessoas serão mantidos em sigilo, condição esta, pactuada com os entrevistados a darem os seus depoimentos.
Os motivos pelos quais essa permuta de casa por apartamento foi acontecendo no bairro em estudo, são bastante diversificadas e pessoais, mas na maioria delas, o fator financeiro teve papel bastante influenciador e preponderante, visto que, além de promover a permuta de um imóvel relativamente velho por outro “novinho em folha”, ainda fazia parte na negociação, um percentual em dinheiro vivo, e isso foi e continua sendo, muito atrativo e com grande poder persuasivo.
No início essa permuta era feita da seguinte forma: o proprietário dava a casa em troca de um apartamento de 3 (três) quartos, sendo um suíte, sala para dois ambientes, cozinha e banheiro social e mais uma quantia em dinheiro de aproximadamente R$40.000,00 (quarenta mil reais), além do pagamento do aluguel de outro imóvel ao ex-proprietário da casa, até que fosse concluída a obra do prédio onde se localizava o imóvel, objeto da troca.
Outro fato bastante interessante é o de que o proprietário da casa escolhe sempre o andar térreo e a parte de trás do terreno, para ficar com uma espécie de quintal de aproximadamente 50m² (cinquenta metros quadrados) de área livre, o que amenizaria o impacto da mudança radical, de uma casa ampla com jardim e quintal, para um apartamento de 60m² (sessenta metros quadrados) sem nenhum atrativo e sem nenhum espaço externo, e lhe daria uma falsa sensação de liberdade que, somente uma casa lhe proporcionaria.
Com o passar do tempo, não muito tempo, o processo da verticalização no bairro dos Bancários vem tomando proporções, no mínimo, preocupantes, pois, a continuar no ritmo atual, no ano de 2025 (dois mil e vinte e cinco) não haverá uma única casa sequer, no tão outrora atraente, bancários. O que se iniciou com a permuta de uma casa residencial, em um apartamento e mais algum dinheiro, conforme já mencionado anteriormente, mudou de forma não tão gradual e nem tão percentual, pois, atualmente os valores envolvidos nessa troca já não são mais os mesmos, chegando ao ponto de se permutar uma casa em dois apartamentos e mais, em alguns casos, R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) em dinheiro vivo, quando não, em 03 (três) apartamentos. 
São esses atrativos, os motivos pelos quais não se consegue parar essa desconstrução e remodelação desse espaço constantemente modificado, com o consentimento, voluntário ou não, dos próprios moradores do bairro que, em face aos dilemas já neste trabalho mencionados, e a “vantajosa” permuta, encontram-se atualmente em estado de êxtase total e, nem se dão conta da exploração à qual estão sendo vitimados. 
A quantidade de casas demolidas para darem lugar a prédios de apartamentos é muito grande, se proporcionalmente fizermos o comparativo em termos de bairro. Se, em termos de ruas, existem algumas onde aproximadamente 80% (oitenta por cento) das casas demolidas já viraram prédios. 
Apesar dessa quantidade enorme de prédios já construídos, um outro fator preocupante, mas já sem nenhuma possibilidade de reversibilidade, visto que o processo já se iniciou, que é a quantidade de casas já demolidas e onde ainda nem se iniciou a fase de construção, isto quer dizer que esse cenário que é constantemente e diariamente modificado sem que ninguém questione, sem ao menos uma discussão com a comunidade a fim de se tratar de uma estratégia onde se pense nos problemas futuros que iremos enfrentar, não irá parar, ao menos enquanto todos permanecerem calados. É como se as pessoas tivessem perdido a capacidade de indignar-se, de se conscientizar sobre a exploração e a alienação à qual estão sendo vítimas, sem se dar conta disso.
A velocidade com a qual vem se processando essas transformações, aliada à inércia populacional, aos interesses especulativos imobiliários e a enorme capacidade do poder público em eximir-se do que não lhe convém, são os ingredientes necessários para que isso tudo se instale sem deixar nenhum espaço para outras opções, destruindo e moldando, ao seu bel prazer, tudo que interessa ao sistema, tudo que trouxer lucro, e lucro exorbitante. Podemos assim dizer, que todo esse processo não é nada mais e nada menos do que um “roubo consentido”, onde a vitima chega a ser voluntário.
O plano Diretor da cidade de João Pessoa-PB, de Dez/1992, diz em seu artigo 28º (vigésimo oitavo) que “Empreendimento de Impacto” é aquele público ou privado que, quando implantado venha a sobrecarregar a infraestrutura básica, a rede viária ou de transporte, ou provoquem danos ao meio ambiente naturalou construído.
Ao ser considerado empreendimento de impacto, segundo esse mesmo Plano Diretor em seu artigo 30º (trigésimo), o poder executivo regulamentará, através de decreto, os procedimentos para a elaboração de um R.I.V. (Relatório de Impacto de Vizinhança).
A demolição de uma única casa para, em seu lugar e no mesmo espaço físico, a construção de um prédio de apartamentos, por si só, não caracterizaria um empreendimento de impacto. Mas, quando cerca de 80% (oitenta por cento) ou mais, das casas de uma mesma rua são demolidas, e em seus lugares foram construídos prédios de apartamentos, não há como se contestar que trata-se de um empreendimento de impacto, e isso está, atualmente, acontecendo em quase todas as ruas do Bairro dos Bancários.
O que justifica o grande número de casas demolidas para a construção de prédios de apartamentos, é a paridade entre o valor de uma casa já construída e o valor de um terreno no mesmo bairro. Com a supervalorização da área e a falta de espaços disponíveis, a demolição e, consequentemente, a reconstrução verticalizada, são matéria prima e produto final de um mesmo processo.
O Plano Diretor (1994) do município de João Pessoa-PB, no título II, trata do uso e ocupação do solo, e determina em seu artigo 14º (décimo quarto), o número máximo de habitantes que deverá ter cada zona adensável. 
Art. 14. O estoque de área edificável será estabelecido por lei e discriminado para o uso residencial e para os outros usos, e dimensionado através dos seguintes procedimentos:
I – Estipula-se uma densidade bruta para cada zona adensável, em função da potencialidade do sistema viário, da infraestrutura básica instalada e da preservação do meio ambiente. Adotando neste Plano Diretor, densidades brutas que variam de um mínimo de 120 (cento e vinte) a um máximo de 150 (cento e cinquenta) hab./ha.	Comment by Fernanda: Arial, com recuo, tamanho 10
II – Determina o número máximo de habitantes que deverá ter cada zona adensável, pela densidade bruta adotada.
III – Determina-se a cota de conforto para o uso residencial e para os outros usos, dividindo-se o total de área construída, discriminada para o uso residencial e para os outros usos, pela população residente de cada zona adensável.
IV – O estoque de área edificável é o produto da cota de conforto discriminada para o uso residencial e para os outros usos, pela população máxima de cada zona adensável, menos a área equivalente ao índice básico.
Parágrafo único – Os estoques de área edificável deverão ser redimensionados a cada cinco anos (Plano Diretor 1994).
Se fizermos uma análise comparativa do que determina o Plano Diretor com o que já foi realizado no bairro em estudo, verificaremos que, em nenhum momento, nenhum item que compõe o Art. 14º (décimo quarto) do aludido Plano Diretor, foi observado, foi cumprido. Sendo assim, a pergunta é contundente, embora a resposta já tenha sido dada, aqui mesmo, neste trabalho: Para que serve o Plano Diretor?
Toda essa área circundada no mapa, (ver figura 2), localizada no final da Avenida Valdemar M. Acyoli, a famosa três ruas, medindo aproximadamente 5 ha (cinco hectares), fazia parte de uma granja e uma hípica. Com cerca de 90% (noventa por cento) de área verde preservada, era o espaço, ao sul do bairro, com maior área verde contínua. Atualmente o que resta é apenas 1ha (um hectare) remanescente da granja e, os outros 4 (quatro) restantes, estão sendo loteados e vendidos. Isso caracteriza um empreendimento de impacto, ou não? Isso descaracteriza o bairro, ou não?
Figura 2 – Área de Estudo 	Comment by Fernanda: Arial, negrito, tamanho 12
 
Fonte: Google Maps (2015)	Comment by Fernanda: Arial, tamanho 10
Durante o estudo, observou-se que primeiro desmatam, o que já descaracteriza o bairro como um dos mais verdes de João Pessoa, e depois vão preencher todo esse espaço com prédios de apartamentos residenciais, o que contribuirá ainda mais, com o inchaço populacional que está tendo o bairro. Isto é: troca-se o verde saudável das arvores, por mais pessoas, mais concreto e mais carros, sobrecarregando de forma impositiva e irreversível, toda a infraestrutura do bairro, já no limiar de sua capacidade total. Não é à toa, que nos horários de pico, os congestionamentos nas principais avenidas do bairro, são inevitáveis, causando transtornos a todos que as utilizam para entrar e sair do bairro e, consequentemente, para os que estão só de passagem em direção aos outros bairros mais ao sul, como Mangabeira e Valentina, por exemplo.
A foto 1, mostra uma outra área de aproximadamente 5/ha (cinco hectares), localizada na saída leste do bairro, no sentido Altiplano, já encontra-se desmatada e pronta para o inicio do empreendimento. Não se sabe ainda, se será um condomínio horizontal ou vertical. O que realmente se constata, é que esse processo de ocupação desregrada do solo urbano no Bairro dos Bancários está de fato mudando a sua topografia, a sua morfologia e influindo diretamente na qualidade de vida de seus habitantes, pois, quase todo o verde existente dentro do próprio bairro e o verde do seu entorno, está sendo dizimado pela especulação imobiliária, que mesmo ciente de que, é esse mesmo verde que estão destruindo, que agrega valor e qualidade de vida ao bairro, não se preocupam em preservá-lo e nem se envergonham de destruí-lo.
Foto 1 – Vista parcial do Bairro dos Bancários
Fonte: Google Maps (2015)
Conforme a figura 3, abaixo, foi escolhida aleatoriamente 4 (quatro) ruas do bairro, por já possuem elevado grau de modificação, ou seja, mais de 60%(sessenta por cento) de suas casas já foram transformadas em prédios, para a constatação de que o processo da verticalização não é pontual e, atinge o bairro em toda a sua totalidade.
Foi escolhida aleatoriamente 4 (quatro) ruas localizadas bem no centro do bairro, para uma contagem comparativa entre o número de casas existentes antes dessa corrida à verticalização, e a quantidade de prédios e de casas já demolidas atualmente, nessas respectivas ruas. O que se buscou com isso foi mostrar as mudanças ocorridas ai, e por conseguinte no bairro como um todo. 
Figura 3 – Localização das ruas estudadas
Fonte: Google Maps (2015)
A foto 2, temos a Rua Esmeralda Gomes Vieira; originalmente constituída de 36 (trinta e seis) casas residenciais unifamiliares, hoje já possui um total de 18 (dezoito) prédios de apartamentos e dois terrenos oriundos de duas casas demolidas e ainda não iniciadas as obras.
Foto 2 – Vista parcial da Rua Esmeralda Gomes Vieira
Fonte: Google Maps (2015)
A Rua Josias Lopes Braga, conforme a foto 3, que originalmente fora constituída de 31 (trinta e uma) casas residenciais unifamiliares, atualmente já foram construídos 15 (quinze) prédios e possui 03 (três) terrenos remanescentes de casas demolidas e, onde ainda não se tinha iniciado as obras.
Foto 3 – Vista parcial da Rua Josias Lopes Braga
Fonte: Google Maps (2015)
A foto 4, mostra a Rua José Alexandre de Freitas, que originalmente fora constituída de 72 (setenta e duas) casas residenciais unifamiliares, conta atualmente com 27 (vinte e sete) prédios, sendo um deles de 10 (dez) pavimentos.
Foto 4 – Vista parcial da Rua José Alexandre de Freitas
Fonte: Google Maps (2015)
A Rua Bancário Manoel Geraldo da Silva, conforme a foto 5, foi originalmente constituída de 40 casas residenciais unifamiliares, atualmente já foram construídos 20 (vinte) prédios residenciais e existem (2) dois terrenos remanescentes de casas já demolidas e de obras ainda não iniciadas. 
Foto 5 – Vista parcial da Rua Bancário Manoel Geraldo da Silva
Fonte: Google Maps (2015)
O resultado que se tem até aqui é que é bastante visível a verticalização do bairro dos Bancários, isto não somente nas ruas delimitadas pelo estudo, mas esse fator é verificado em outras ruas do bairro.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que este artigo acadêmico buscou mostrar em seus objetivos, foram os questionamentos levantados e as perspectivas futuras, de um bairro que nasceu com excelente qualidadede vida, em se tratando de espaços físicos e relações sócio humanísticas, e que vem sendo impositivamente modificado em quase todos os seus aspectos, pelo fenômeno da verticalização desordenada e ao bel prazer da especulação imobiliária que, de forma voraz, vem derrubando casas e construindo prédios sem critérios de avaliação que possam balizar os efeitos imediatos e futuros que , sem sombra de dúvidas, irão causar. Por tudo que foi mostrado e questionado, chegou-se a conclusão, que essa verticalização é um fato irreversível, progressivo e continuo, visto que, a enorme quantidade de casas, já demolidas indicam a continuidade do processo.
Conclui-se também que, a inércia simbiótica (porque também se beneficiam), dos proprietários de casas, é tão culpada quanto a voracidade dos especuladores e, por este mesmo motivo, são coadjuvantes nesse processo de reconstrução de moradias modificadas e, os interesses mútuos culminam com a desconstrução de uma sociedade já estabelecida, para a construção, voluntaria ou não, de uma nova ordem, muito embora já se seja sabido (a história tem nos mostrado isso), que nem sempre o novo é bom e nem sempre o novo é novo.
Outro fato importante e, que por motivos óbvios não foram amplamente comentados nem estudados neste artigo, pois, não é o foco e, por sua vez, demandaria outro estudo, é a constatação histórica de que as cidades crescem à margem das leis que, ou são inócuas ou somente são evocadas quando atendem aos interesses, muitas vezes escusos, da classe dominadora.
Partindo do princípio de que esse processo de demolição e reconstrução permanente do espaço em que vivemos e que nos rodeia, é contínuo, permanente e irreversível, resta-nos questionar: até onde vai a nossa parcela de culpa pela omissão? O que poderemos, de fato, fazer para darmos a nossa parcela de contribuição para a reversão desse processo, ou ao menos diminuir a velocidade com que se processa? O que poderemos fazer para que as leis que diretamente regulamentam o uso e propriedade do solo urbano, como o Plano Diretor e o Código de Postura das cidades, sejam cumpridas? Até quando seremos esse “cego” que não quer ver? Até quando seremos essa massa de manobra a sermos moldados tal qual um boneco de argila? Até quando a omissão e a inércia do povo contribuirão para que fatos dessa natureza continuem acontecendo sem que nenhuma manifestação popular questione?
 Um trabalho feito sobre um assunto tão vasto e polêmico deveria ter um aprofundamento bem maior nos principais tópicos que por ele foram abordados, muito embora, todos os assuntos correlatos tenham uma importância fundamental no contexto das questões aqui tratadas, e isso, somente uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado conseguiria tamanha abrangência, visto que a demanda de tempo em pesquisas e leituras, seriam de no mínimo um ano e, no nosso caso é impossível.
O que também se constatou foi que, a verticalização e o consequente adensamento populacional do bairro, interferem tanto no espaço urbano quanto na qualidade de vida de seus moradores e adjacências, prova disso são os intermináveis engarrafamentos diários nas horas de pico, em virtude da enorme quantidade de veículos que pelo bairro trafega.
Definir qualidade de vida é fazer juízo de valor e de caráter de uma abrangência sem fim, incluindo em seu contexto condições sociais, econômicas e culturais de cada individuo, particularmente, e de uma comunidade como um todo. Contudo, podemos afirmar embasados no que neste trabalho ficou explicitado, que essa verticalização e esse adensamento populacional no bairro em estudo, está mudando a morfologia e a qualidade da vida dos que nele já habitavam bem antes desse processo, dos que vieram a habitá-lo com a verticalização e, possivelmente, dos que vierem a habita-lo futuramente. O clima já não é mais o mesmo em virtude da enorme quantidade de árvores derrubadas algumas nos jardins e quintais das residências e outras em áreas inteiras, como já foi mostrado em mapas.
O processo é irreversível e contínuo, no entanto, os questionamentos mais profundos que este trabalho pode levantar foram: O que poderemos fazer para desacelerar esse processo, já que é irreversível e contínuo? O que poderemos exigir, em contrapartida, dos diretamente envolvidos nesse processo, a fim de amenizar os impactos por eles causados? Como mobilizar e despertar nas pessoas, moradoras do bairro, um sentimento de adoção pelo próprio bairro? O que fazer para transformar imediatamente as áreas ainda não construídas, em praças públicas? Em áreas verdes? O que poderemos fazer para que a mata que circunda, por um lado a Universidade Federal da Paraíba e por outro o bairro em estudo, não seja devastada?
Com o atual quadro que aqui se desenhou e foi apresentado e, tendo em vista a enorme quantidade de casas já transformadas em prédios e de casas demolidas com a finalidade de serem construídas novas unidades habitacionais coletivas e, na velocidade em que se processam essas transformações, podemos vislumbrar, num futuro não muito distante, um cenário desolador onde ruas inteiras sem nenhuma casa residencial, sem nenhum jardim, sem nenhum pomar, sem uma árvore sequer, será bastante visível e sem pessoas a conversarem nas calçadas numa interatividade social já não mais vista nesse bairro e, na cidade como um todo pois, o processo é virulento e contagioso.
Mesmo com toda essa força especulativa e essa ganância devoradora, o Bairro dos Bancários ainda é considerado o bairro mais verde da capital do nosso Estado e, por este e outros motivos já mencionados neste trabalho, é considerado um dos bairros com melhor qualidade de vida da nossa cidade e, para que isso não mude, necessário se faz, uma tomada de posição por parte da sociedade civil e dos moradores do bairro, no sentido de se debaterem esses questionamentos aqui levantados, de uma forma mais atuante, com a participação e a colaboração de todos. Só assim, poderemos de fato contribuir para um bairro melhor.
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