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1 PATOLOGIA – ELISA PARANHOS FCMMG – 73C PATOLOGIA HEPÁTICA I ASPECTOS DE NORMALIDADE: Revestido por cápsula de Glisson tem inervação sensitiva Dois lobos separados pelo ligamento Calciforme Funções: o Metabolismo (glicose, proteína, lipídeo); o Síntese (colesterol, albumina, globulinas, fatores de coagulação); o Catabólicas (hormônios e subst. Ingeridas pelo ID); o Armazenamento (Cu, Fe, glicogênio); o Excretora (bile); o Defesa (macrófagos células de Kuppfer). Anatomia e vascularização: o 8 segmentos hepáticos vascularização e drenagem biliar independente. o Dupla circulação: Entra: A. Hepática e V. Porta (esplênica + mesentérica superior). Após hilo hepático, elas se ramificam até a tríade portal e espaço porta A. hepática + V. porta + ducto biliar. Sinusóides: mistura sangue da artéria com a veia. Veias centrolobulares se unem e forma as V. hepáticas (esquerda, intermédia e direita). o Lóbulo hepático ácino de Rappaport (sangue: 1 3) Hepatócitos: organização trabecular (cordões finos de hepatócitos permeando os sinusóides). ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS Bloqueio da circulação da A. Hepática: o Infarto raro dupla circulação protetora, quando tem, são pequenos e hemorrágicos o Fígados transplantados infarto é mais comum! Por quê?: Anastomose dos vasos doador-receptor, maior chance de ter trombose. Influxo de sangue no fígado Fluxo intra-hepático insuficiente Bloqueio da drenagem venosa o V. hepáticas o Represa o sangue dentro do fígado. o Causas: IC direita (congestão dos órgãos abdominais fígado em noz moscada) e trombose/compressão de V. hepática ou VCI (Sd. Budd-Chiari) 1. FÍGADO EM NOZ MOSCADA/CARDÍACO: Causa: IC direita Patogênese: o Dificuldade do sangue sair do sz direito acúmulo VCI acúmulo V. hepática acúmulo V. centrolobulares o Congestão nas veias centrolobulares (zona 3 do ácino de rappaport), mas pode atingir até a V. Porta (situação avançada). Obstrução V. Porta ou cirrose. Hipertensão Portal 2 PATOLOGIA – ELISA PARANHOS FCMMG – 73C o Se intenso: necrose e hemorragia centrolobular (hepatócitos desaparecem), até possível hipertensão portal. o Hepatomegalia congestiva dolorosa (fígado em noz moscada) dor é devido distensão da cápsula de Glisson. 2. SD. BUDD – CHIARI Causa: trombose das V. hepáticas* ou VCI *2 ou 3 veias não tem como compensar Patogênese: o Trombose ↑ pressão intra- hepática congestão intensa o Morfologia: congestão mais intensa que o fígado cardíaco o Clínica: hepatomegalia dolorosa, ascite e hipertensão portal associada (aumento da pressão hidrostática extravasamento de líquido) Congestão generalizada (zona 1,2 e 3) com focos de hemorragia OBSERVAÇÃO Aspectos gerais da doença hepática: Fígado = órgão depurador por excelência vulnerável a insultos (metabolitos,, tóxicos, microbianos, circulatórios e neoplásicos) Grande reseva funcional órgão muito grande com muitos hepatócitos (perda de função tem que ter muita perda de parênquima 80-90%) Doenças são mais insidiosas destruição gradual clinica tardia Flutuações das lesões devido capacidade regenerativa do fígado processos crônicos e cicatrização (fibrose) As vezes o paciente é assintomático, mas os exames de provas de função hepática estão alterados Estágio final comum de doenças hepáticas crônicas = cirrose Exames laboratoriais: Enzimas hepatocelulares: lesão hepática; aparece quando o hepatócito morre o TGO (AST) e TGP (ALT) o TGP é mais específica de lesão hepática Enzimas biliares: lesão da via biliar o Fosfatase alcalina o γ-GT (GGT) Substancias da bile: icterícia o Bilirrubina (BD e BI) Proteínas secretadas no sangue: insuficiência hepática o Albumina o Fatores de coagulação (fibrinogênio, protrombina, fatores V/VII/IX/X 3. SD. HEPÁTICAS Distúrbios do metabolismo da bilirrubina Aspectos de normalidade da Bile: o Produção: Hepatócito o Drenagem: hepatócito canalículo biliar ducto biliar ductos interlobulares ductos lobares ducto hepático comum ducto cístico ducto colédoco duodeno o Função: emulsificação de gordura; excreção de bilirrubina/colesterol/xenobióticos Ciclo êntero-hepático da bilirrubina o Hb degradada grupo heme biliverdina bilirrubina indireta (não conjugada – complexo bilirrubina- allbumina1) 2 bilirrubina direta urobilinogênio3 estercobilina 3 PATOLOGIA – ELISA PARANHOS FCMMG – 73C 1BI é insolúvel em água ligada a albumina (auxilia o transporte na corrente sanguínea); não é excretada na urina; fração não ligada é tóxica e se acumula em tecidos (kernicterus e eritroblastose fetal) 2Hepatócito conjuga BI em BD através da UGT-1A1 no fígado; BD é hidrosolúvel e atóxica 3Pode ser reabsorvido no sangue e ser excretado pelo rim, já que é hidrossolúvel Icterícia: o Aumento sérico de bilirrubina o Causa: BI hiperprodução; captação reduzida pelo hepatócito e conjugação prejudicada BD hiposecreção (deficiência de transporte) ou fluxo biliar prejudicado (colestase) 1. Icterícia neonatal fisiológica Causa: imaturidade fisiológica dos sistemas de conjugação (principalmente) e excreção da bile BI discreta e transitória Até 2 semanas de vida Amamentação enzimas que desconjugam a bilirrubina Tratamento: fototerapia o Luz muda BI passa a ser hidrossolúvel (quebra das pontes de hidrogênio) o Não conjuga, é apenas alteração molecular! 2. Sd. De Gilbert Causa: deficiência parcial da UGT-1A1 deficiência na conjugação Aumento BI de forma discreta e intermitente Herança autossômica recessiva; benigna Manisfestação: associada ao emocional/estresse; exercício vigoroso ou jejum Colestase: o Interrupção do fluxo biliar com retenção sistêmica dos componentes da bile devido refluxo para corrente sanguínea; BD o Intra-hepática = excreção deficiente pelos hepatócitos para os canalículos biliares ou obstrução desses canalículos e ductos o Extra-hepática = obstrução de ductos hepáticos e colédocos o Clínica: icterícia, colúria, acolia fecal, prurido e xantomas, má absorção intestinal de vitaminas A/D/E/K e aumento fosfatase alcalina e GGT (lesão pelo cálculo) o Micro: acúmulo de bile nos canalículos hepatócitos coloração acastanhada; núcleos biliares aumentados e aumento da quantidade de ductos biliares o Macro: fígado mais esverdeado
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