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Política nacional sobre drogas

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História 
As primeiras legislações a respeito do 
uso e abuso de álcool e outras drogas no Brasil 
datam da primeira metade do século XX. 
1915 – Decreto 11.481, ratificando convenções 
internacionais. 
1921 – Decreto 4.292, que restringia o uso de 
ópio, morfina, heroína e cocaína somente a 
indicações médicas, punindo quem usasse tais 
substâncias para outros fins e criminalizando o 
porte e a venda dessas drogas. 
1938 – O governo do Estado Novo promulgou o 
Decreto-Lei nº 891, aprovando a lei de 
fiscalização de entorpecentes. 
1967 – Decreto nº 159, que criava normas 
limitando e fiscalizando a produção e o 
consumo de substâncias. 
1961 – Lei nº 5.726, faz alguma referência ao 
tratamento da população envolvida (somente 
para pessoas definidas como “infratores 
viciados”) com uso e abuso de substâncias. O 
tratamento previsto referia-se somente às 
medidas de recuperação em regime de 
internação em hospitais psiquiátricos. 
1976 – Lei nº 6.368, que dispõe sobre medidas 
de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso 
indevido de substâncias entorpecentes ou que 
determinem dependência física ou psíquica. 
Com relação à assistência de saúde, a Lei 
passou a contemplar, também, os 
“dependentes de substâncias entorpecentes” 
nas intervenções de tratamento, além de 
recomendar que as redes dos serviços de saúde 
dispusessem de estabelecimentos próprios 
para o tratamento dessa população. 
1980 – Decreto nº 85.110, que instituiu o 
Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e 
Repressão de Entorpecentes, estabelecendo, 
assim, como órgãos desse sistema, os 
Conselhos de entorpecentes nas três esferas de 
governo, subordinados ao Ministério e às 
Secretarias da Justiça. 
1980 – Conselho Federal de Entorpecentes 
(CONFEN) publicou a Política Nacional sobrea 
Questão das Drogas. O CONFEN apoiava: 
- Os centros de referência em 
tratamento, pesquisa e prevenção na área de 
álcool e outras drogas (geralmente em parceria 
com as universidades); 
- As comunidades terapêuticas 
(vinculadas, em geral, a entidades filantrópicas 
e de cunho religioso); 
- Os programas de redução de danos 
voltados para a prevenção da transmissão do 
HIV/AIDS entre usuários de drogas injetáveis 
(UDI). 
Até o fim dos anos 1990, as iniciativas 
governamentais vinham, tradicionalmente, 
priorizando a repressão para o tráfico de 
drogas em detrimento das ações de prevenção 
e tratamento, destinando a maior parte dos 
recursos financeiros para a redução da oferta; 
restringindo-se a ações repressivas no combate 
às substâncias ilegais e, apesar de atacar a 
produção, a comercialização e o consumo, 
concentrando-se na punição de usuários e 
pequenos traficantes. 
Os olhares das políticas públicas de 
saúde começavam a se voltar para as pessoas 
que usavam drogas pela ameaça de que a 
epidemia de HIV/AIDS fugisse ao controle a 
partir desta população. O setor da saúde, por 
meio dos programas de DST/AIDS, iniciou as 
primeiras experiências de troca de seringas 
entre os UDI. Surgindo assim, a lógica da 
redução de danos. 
1998 – Criação da Secretaria Nacional de 
Políticas sobre Drogas (SENAD), vinculada ao 
Ministério da Justiça e à Área Técnica de Saúde 
Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da 
Saúde. A SENAD tinha como principais 
objetivos: 
 - Articular e coordenar as atividades de 
prevenção do uso indevido, de atenção e de 
reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas; 
 - Propor a atualização da Política 
Nacional sobre Drogas. 
1999 – Lei nº 9.782, que cria o Sistema Nacional 
de Vigilância Sanitária, que assume papel 
importante no enfrentamento na questão de 
álcool e outras drogas, quando definidas, 
dentre as suas responsabilidades: a 
normatização; o controle; e a fiscalização de 
produtos, substâncias e serviços de interesse 
para a saúde. 
2001 – Lei 10.216, que amplia e incorpora as 
questões relativas ao álcool e outras drogas às 
ações da Área Técnica de Saúde Mental do MS. 
2001 – A SENAD lançou a Política Nacional 
Antidrogas. 
2002 – Portaria GM/MS nº 816, que institui o 
Programa Nacional de Atenção Comunitária 
Integrada aos Usuários de Álcool e Outras 
Drogas, no SUS. Tal programa tinha o objetivo 
de organizar e implantar a RAPS para usuários 
de álcool e outras drogas, estabelecendo metas 
e prazos de implantação de CAPS ad em vários 
municípios do país. 
2003 – O MS apresenta a Política para Atenção 
Integral ao Uso de Álcool e Outras Drogas, 
incorporando efetivamente a temática como 
problema de saúde pública. A Política se 
baseava nos seguintes marcos teóricos: 
transversalização entre clínica e saúde 
coletiva; lógica da redução de danos; rede de 
saúde como local de conexão e de inserção. As 
diretrizes da política eram: 
- Intersetorialidade; 
- Atenção Integral; 
- Prevenção; 
- Promoção e Proteção à saúde dos 
consumidores de álcool e outras drogas; 
- Modelos de atenção; 
- Controle de substâncias que produzem 
dependência física ou psíquica, e de 
precursores – padronização de serviços de 
atenção à dependência química. 
2005 – A Política Nacional sobre Drogas foi 
aprovada a partir de várias reformulações da 
Política Nacional Antidrogas, resultando numa 
atualização quase que total do documento 
anterior. Amplia o foco para além da repressão, 
pois considera a não discriminação do usuário 
de drogas ilícitas, diferenciando o usuário do 
traficante, reconhece a redução de danos 
como estratégia de prevenção, e faz referência 
à dependência causada por drogas lícitas. 
2006 – Lei nº 11.343, que revogando as leis 
anteriores de 1976 e de 2002, cria o Sistema 
Nacional sobre Drogas (SISNAD). O SISNAD não 
pune o usuário de drogas com reclusão; 
aumenta as penas ligadas ao tráfico de drogas; 
estabelece as medidas de prevenção, atenção e 
reinserção social do usuário de drogas; define 
as normas sobre repressão à produção não 
autorizada e ao tráfico ilícito; e define os crimes 
relacionados às drogas. 
2009 – Portaria nº 1.190 do MS, que lançou o 
Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao 
Tratamento e Prevenção em Álcool e Outras 
Drogas – PEAD, que é direcionado, 
prioritariamente, para crianças, adolescentes e 
jovens em situação de grave vulnerabilidade 
social. 
2010 – Decreto nº 7.179, que institui o Plano 
Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras 
Drogas, conhecido como Plano Crack. Este 
documento sofreu algumas alterações, por 
meio do Decreto nº 7.637/2011, que ampliou as 
ações e elevou o Plano à condição de Programa, 
como o nome “Crack, é Possível Vencer!”. 
 
Política do Ministério da 
Saúde – 2003 
Esta PNAD afirma que o consumo de 
álcool e outras drogas é um grave problema de 
saúde pública. Dentro dessa perspectiva, o 
planejamento de programas deve contemplar 
grandes parcelas da população, de uma forma 
que a abstinência não seja a única meta viável 
e possível aos usuários. 
A abordagem da redução de danos – 
tida como um caminho promissor – reconhece 
cada usuário em suas singularidades, traça com 
ele estratégias que estão voltadas não para a 
abstinência como objetivo a ser alcançado, mas 
para a defesa de sua vida. Ela oferece-se como 
um método e, portanto, não excludente de 
outros. Nessa perspectiva, tratar significa 
aumentar o grau de liberdade, de 
corresponsabilidade daquele que está se 
tratando. Implica, por outro lado, no 
estabelecimento de vínculo com os 
profissionais, que também passar a se 
corresponsáveis pelos caminhos a serem 
construídos pela vida daquele usuário, pelas 
muitas vidas que a ele se ligam e pelas que nele 
se expressam. 
O lócus de ação pode ser tanto os 
diferentes locais por onde circulam os usuários 
de álcool e outras drogas, como equipamentos 
de saúde flexíveis, abertos, articulados com 
outros pontos da rede de saúde, mas também 
das de educação, de trabalho, de promoção 
social, etc., ondea promoção, a prevenção, o 
tratamento e reabilitação sejam contínuos e se 
deem de forma associada. 
Proporcionar tratamento na atenção 
primária, garantir o acesso a medicamentos, 
garantir atenção na comunidade, fornecer 
educação em saúde para a população, envolver 
comunidades/famílias/usuários, formar 
recursos humanos, criar vínculos com outros 
setores, monitorizar a saúde mental na 
comunidade, dar mais apoio à pesquisa e 
estabelecer programas específicos são práticas 
que devem ser obrigatoriamente contempladas 
pela Política de Atenção a Usuários de Álcool e 
outras Drogas, em uma perspectiva ampliada 
de saúde pública. 
• Diretrizes 
 A rede proposta se baseia em serviços 
comunitários, como os CAPSad, apoiados por 
leitos psiquiátricos em hospital geral e outras 
práticas de atenção comunitária. 
1. Intersetorialidade 
Por ser tratar de um tema transversal a 
outras áreas da saúde, da justiça, da educação, 
social e de desenvolvimento, requer uma 
intensa capilaridade para a execução de uma 
política de atenção integral ao consumidor de 
álcool e outras drogas. 
2. Atenção Integral 
- Prevenção: processo de planejamento, 
implantação e implementação de múltiplas 
estratégias voltadas para a redução dos fatores 
de vulnerabilidade e risco específicos, e 
fortalecimento dos fatores de proteção. Implica 
necessariamente em inserção comunitária das 
práticas propostas, com a colaboração de todos 
os segmentos sociais disponíveis, buscando 
atuar, dentro de suas competências, para 
facilitar processos que levem à redução da 
iniciação no consumo, do aumento deste em 
frequência e intensidade, e das consequências 
do uso em padrões de maior acometimento 
global. Para tanto, a lógica da redução de danos 
deve ser considerada como estratégica ao 
planejamento de propostas e ações 
preventivas. A educação em saúde é também 
uma estratégia fundamental para a prevenção. 
- Promoção e proteção à saúde de 
consumidores de álcool e outras drogas: 
Aponta-se a necessidade de potencializar a 
prevenção institucional, contrária à 
culpabilização dos sujeitos, oferecendo de fato, 
subsídios para o enfrentamento da 
vulnerabilidade das pessoas em geral e 
especialmente de populações mais vulneráveis 
(tais como os usuários de álcool e outras 
drogas). 
- Modelos de atenção: CAPS e Redes 
Assistenciais: um CAPSad tem como objetivo 
oferecer atendimento à população, 
respeitando uma área de abrangência definida, 
oferecendo atividades terapêuticas e 
preventivas à comunidade, buscando: 
- Prestar atendimento diário aos usuários 
dos serviços, dentro da lógica da redução de 
danos; 
- Gerenciar os casos, oferecendo cuidados 
personalizados; 
- Oferecer atendimento nas modalidades 
intensiva, semi-intensiva e não-intensiva, 
garantindo que os usuários de ad recebam 
atenção e acolhimento; 
- Oferecer condições para o repouso e 
desintoxicação ambulatorial de usuários 
que necessitem de tais cuidados; 
- Oferecer cuidados aos familiares dos 
usuários dos serviços; 
- Promover, mediante diversas ações, a 
reinserção social dos usuários, utilizando 
para tanto, recursos intersetoriais 
(educação, esporte, cultura e lazer), 
montando estratégias conjuntas para o 
enfrentamento dos problemas; 
- Trabalhar, junto a usuários e familiares, os 
fatores de proteção para o uso e 
dependência de substâncias psicoativas, 
buscando ao mesmo tempo minimiza a 
influência dos fatores de risco para tal 
consumo; 
- Trabalhar a diminuição do estigma e 
preconceito relativos ao uso de substâncias 
psicoativas, mediante atividades de cunho 
preventivo/educativo. 
- Controle de Entorpecentes e Substâncias 
que Produzem Dependência Física ou Psíquica, 
e de Precursores – Padronização de Serviços de 
Atenção à Dependência Química: As ações de 
controle e fiscalização do uso lícito de 
substâncias e medicamentos sujeitos a controle 
especial no Brasil, incluídos os entorpecentes e 
psicotrópicos, são executadas pelo MS, sob o 
amparo no art. 6º da Lei nº 6368/76. 
 
 
 
 
Nova Política Nacional sobre 
Drogas - 2019 
O Decreto nº 9.761, de 11 de abril de 
2019, aprova a Política Nacional sobre Drogas, 
mudando a perspectiva teórico-prática e 
pontos estruturais na condução desta política. 
Este resumo aponta apenas as mudanças 
trazidas pela Nova PNAD. 
- Art. 3º - A Secretaria Nacional de Cuidados e 
Prevenção às Drogas do Ministério da 
Cidadania e a Secretaria Nacional de Políticas 
sobre Drogas do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública articularão e coordenarão a 
implementação da PNAD, no âmbito de suas 
competências. 
• Pressupostos da PNAD 
- Buscar incessantemente atingir o ideal de 
construção de uma sociedade protegida do uso 
de drogas lícitas e ilícitas e da dependência de 
tais drogas. 
- A orientação central da PNAD considera 
aspectos legais, culturais e científicos, 
especialmente, a posição majoritariamente 
contrária da população brasileira quanto às 
iniciativas de legalização de drogas. 
- O plantio, o cultivo, a importação e a 
exportação, não autorizados pela União, de 
plantas de drogas ilícitas, tais como a cannabis, 
não serão admitidos no território nacional. 
- As ações, os programas, os projetos, as 
atividades de atenção, o cuidado, a assistência, 
a prevenção, o tratamento, o acolhimento, o 
apoio, a mútua ajuda, a reinserção social, os 
estudos, a pesquisa, a avaliação, as formações 
e as capacitações objetivarão que as pessoas 
mantenham-se abstinentes em relação ao uso 
de drogas. 
- Buscar o equilíbrio entre as diversas diretrizes 
que compõem de forma intersistêmica a PNAD 
e a Política Nacional sobre o Álcool, nas diversas 
esferas da federação, classificas, de forma não 
exaustiva, em: ações de redução da demanda; 
ações de redução da oferta. 
- Reconhecer a importância do 
desenvolvimento, do fomento e do apoio a 
serviços e ações à distância, de modo a tornar a 
política sobre drogas lícitas e ilícitas alcançável 
a todos, inclusive com possibilidade de menor 
custo para o Poder Público. 
- Reconhecer a necessidade de políticas 
tributárias que disciplinem o consumo, o 
contrabando e o descaminho de drogas lícitas. 
- Reconhecer a necessidade de impor restrições 
de disponibilidade de drogas lícitas e ilícitas. 
• Objetivos da PNAD 
- Garantir o direito à assistência intersetorial, 
interdisciplinar e transversal, a partir da visão 
holística do ser humano, pela implementação e 
pela manutenção da rede de assistência 
integrada, pública e privada, com tratamento, 
acolhimento em comunidade terapêutica, 
acompanhamento, apoio, mútua ajuda e 
reinserção social, à pessoa com problemas 
decorrentes do uso, do uso indevido ou da 
dependência do álcool e outras drogas e a 
prevenção das mesmas a toda a população, 
principalmente àquelas em maior 
vulnerabilidade. 
- Buscar equilíbrio entre as diversas frentes que 
compõem de forma intersistêmica a Pnad, nas 
esferas da federação, classificadas, de forma 
não exaustiva, em políticas públicas de redução 
da demanda (prevenção, promoção e 
manutenção da abstinência, promoção à 
saúde, cuidado, tratamento, acolhimento, 
apoio, mútua ajuda, suporte social e redução 
dos riscos e danos sociais e à saúde, reinserção 
social) e redução de oferta (ações de segurança 
pública, de defesa, de inteligência, de 
regulação de substâncias precursoras, de 
substâncias controladas e de drogas lícitas, 
além de repressão da produção não autorizada, 
de combate ao tráfico de drogas, à lavagem de 
dinheiro e crimes conexos, inclusive por meio 
da recuperação de ativos que financiem 
atividades do Poder Público nas frentes de 
redução de oferta e redução de demanda). 
- Promover e apoiar novas formas de 
abordagens e cuidados e o uso de tecnologias, 
ferramentas, serviços e ações digitais e 
inovadoras, que inclusive proporcionem 
redução de custos de PoderPúblico. 
- Assegurar políticas públicas para redução da 
oferta de drogas, por meio de atuação 
coordenada, cooperativa e colaborativa dos 
integrantes do Sistema Único de Segurança 
Pública – Susp e de outros órgãos responsáveis 
pela persecução criminal nos entes federativos, 
incluída a realização de ações repressivas e 
processos criminais contra os responsáveis pela 
produção e pelo tráfico de substâncias 
proscritas, de acordo com o previsto na 
legislação. 
- Difundir o conhecimento sobre os crimes, os 
delitos e as infrações relacionados às drogas 
ilícitas e lícitas, a fim de prevenir e coibir sua 
prática, por meio da implementação e da 
efetivação de políticas públicas voltadas para a 
melhoria da qualidade de vida do cidadão. 
- Garantir a harmonia da PNAD com outras 
políticas públicas vinculadas ao tema, tais 
como, a Política Nacional de Controle do 
Tabaco, a Política Nacional de Álcool, a Política 
Nacional de Saúde Mental e a Política Nacional 
de Segurança Pública e Defesa Social. 
- Quanto à Política Nacional de Controle do 
Tabaco, deverão ser tomadas as medidas 
administrativas, jurídicas e legislativas 
necessárias para que as restrições hoje 
existentes para os produtos do tabaco em geral, 
inclusive quanto às advertências e imagens de 
impacto dos malefícios causados pelo tabaco e 
seus derivados sejam aplicadas e cumpridas em 
relação a seus derivados, incluído o narguilé, 
com rigorosa fiscalização para aplicação das leis 
e das normas estabelecidas, especialmente 
quanto à proteção da criança, do adolescente e 
do jovem contra a informação e o material 
prejudicial ao seu bem-estar e à sua saúde. 
- Garantir o caráter intersistêmico, 
intersetorial, interdisciplinar e transversal do 
Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas – 
Sisnad, por meio de sua articulação com outros 
sistemas de políticas públicas, tais como o SUS, 
o SUAS, o Sistema Único de Segurança Pública – 
SUSP, entre outros. 
- Propor e manter normas severas para os 
causadores de acidentes de trânsito ou do 
trabalho decorrentes do uso de drogas lícitas ou 
ilícitas. 
• Prevenção 
- As ações preventivas devem ser pautadas em 
princípios éticos e de pluralidade cultural, 
orientadas para a promoção de valores 
voltados à saúde física, mental e social, 
individual e coletiva, ao bem-estar, à integração 
socioeconômica, à formação e fortalecimento 
de vínculos familiares, sociais e interpessoais, à 
promoção de habilidades sociais e para a vida, 
da espiritualidade, à valorização das relações 
familiares e à promoção de habilidades sociais 
e para a vida, da espiritualidade, à valorização 
das relações familiares e à promoção dos 
fatores de proteção ao uso do tabaco e seus 
derivados, do álcool e de outras drogas, 
considerados os diferentes modelos, em uma 
visão holística do ser humano, com vistas à 
promoção e à manutenção da abstinência. 
• Diretrizes: 
- Dirigir ações de educação preventiva; 
- Promover a abstinência; 
- Promover e apoiar ações específicas para a 
população em situação de rua, indígenas e 
gestantes, que visem à prevenção e à proteção 
da vida e à promoção da saúde, por meio de 
ações e da constituição de serviços em 
instituições públicas e privadas sem fins 
lucrativos. 
- Recomendar a criação de mecanismos de 
incentivos, fiscais ou de outra ordem, para que 
empresas e instituições desenvolvam ações de 
caráter preventivo sobre o uso de drogas lícitas 
e ilícitas, inclusive para pessoas jurídicas que 
admitam em seus quadros profissionais 
egressos de sistema de tratamento, 
acolhimento, recuperação, apoio e reinserção 
de dependentes do álcool e outras drogas. 
• Tratamento, acolhimento, recuperação, 
apoio, mútua ajuda e reinserção social 
- Tais ações podem ser executadas diretamente 
pelo Poder Público, nos níveis federal, estadual, 
distrital e municipal, e pelas organizações não-
governamentais sem fins lucrativos. 
- Promover e garantir a articulação e a 
integração das intervenções para tratamento, 
recuperação, reinserção social, por meio das 
UBS, Ambulatórios, CAPS, Unidades de 
Acolhimento, Comunidades Terapêuticas, 
Hospitais Gerais, Hospitais Psiquiátricos, 
Hospitais-Dias, Serviços de Emergências, Corpo 
de Bombeiros, Clínicas Especializadas, Casas de 
Apoio e Convivência, Moradias Assistidas, 
Grupos de Apoio e Mútua Ajuda, com o Sisnad, 
o SUS, o SUAS, o SUSP e outros sistemas 
relacionados para o usuário e seus familiares, 
por meio de distribuição de recursos técnicos e 
financeiros por parte do Estado, nas esferas 
federal, estadual, distrital e municipal. 
- Nesse processo, será considerada a 
multifatorialidade das causas do uso, do uso 
indevido e da dependência das drogas lícitas e 
ilícitas e com vistas à promoção e à manutenção 
da abstinência. 
- Desenvolver, adaptar e implementar diversas 
modalidades de tratamento, acolhimento, 
recuperação, apoio, mútua ajuda e reinserção 
social dos dependentes do tabaco e seus 
derivados, do álcool e de outras drogas, 
inclusive seus familiares, às características 
específicas dos diferentes grupos incluídos 
crianças e adolescentes, adolescentes em 
medida socioeducativa, mulheres, homens, 
população LGBTI, gestantes, idosos, moradores 
de rua, pessoas em situação de risco social, 
portadores de comorbidades, população 
carcerária e egressos, trabalhadores do sexo e 
populações indígenas, por meio de recursos 
técnicos e financeiros. 
- Estimular e apoiar, inclusive 
financeiramente, o trabalho de comunidades 
terapêuticas, de adesão e permanência 
voluntárias pelo acolhido, de caráter residencial 
e transitório, inclusive entidades que as 
congreguem ou as representem. 
- Estimular e apoiar, inclusive 
financeiramente, o aprimoramento, o 
desenvolvimento e a estruturação física e 
funcional das Comunidades Terapêuticas e de 
outras entidades de tratamento, acolhimento, 
recuperação, apoio e mútua ajuda, reinserção 
social, de prevenção e de capacitação 
continuada. 
- Estimular e apoiar ações e serviços destinados 
a pessoas reclusas, ex-apenados ou sujeitos a 
penas administrativas. 
- Propor que a Agência Nacional de Saúde 
Suplementar regule o atendimento 
assistencial em saúde para os transtornos 
mentais ou por abuso de substâncias 
psicotrópicas, de modo a garantir tratamento 
tecnicamente adequado previsto na Política 
Nacional de Saúde Mental e da PNAD. 
- Estimular e apoiar, inclusive 
financeiramente, a Rede Nacional de 
Mobilização Comunitária e Apoio a Familiares 
de Dependentes de Drogas, em articulação 
com grupos e entidades da sociedade civil de 
reconhecida atuação nesta área. 
- Desenvolver novos modelos de assistência e 
cuidado, por meio de credenciamento de 
entidades públicas ou privadas sem fins 
lucrativos, de modo a permitir que esse serviço 
possa atingir a população nos diferentes pontos 
do território nacional, incluídas propostas para 
atendimentos de públicos-alvo diferenciados, 
com apoio financeiro. 
- Estimular e apoiar o desenvolvimento de 
novas formas de grupos de apoio e mútua 
ajuda, inclusive virtuais, de modo a atingir o 
público-alvo no seu próprio território, com foco 
na autonomia do usuário, quando possível, 
para escolha da melhor forma de receber 
assistência à sua demanda, mediante 
plataformas e formas próprias. 
• Redução da oferta 
- Meios adequados serão assegurados à 
promoção da saúde e à preservação das 
condições de trabalho e da saúde física e 
mental dos profissionais de segurança pública, 
incluída a assistência jurídica, em especial pelo 
Sistema Integrado de Educação e Valorização 
Profissional – Sievap. 
- As ações contínuas de repressão serão 
promovidas para redução da oferta das drogas 
ilegais e seu uso, para erradicação e apreensão 
permanentes de tais substâncias produzidas no 
território nacional ou estrangeiro, para 
bloqueio do ingresso dasdrogas oriundas do 
exterior, destinas ao consumo interno ou ao 
mercado internacional, para identificação e 
desmantelamento das organizações criminosas 
e para gestão de ativos criminais apreendidos 
por meio das ações de redução da oferta. 
- As ações dos integrantes do Susp, do Conselho 
de Controle de Atividades Financeiras do 
Ministério da Justiça e Segurança Pública, do 
Departamento de Recuperação de Ativos e 
Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria 
Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública, da Secretaria Especial da 
Receita Federal do Ministério da Economia, da 
ANVISA e dos demais setores governamentais 
com responsabilidade na redução da oferta 
devem receber irrestrito apoio na execução de 
suas atividades. 
- Estimular operações repressivas e assegurar 
condições técnicas e financeiras, para ações 
integradas entre os órgãos federais, estaduais, 
municipais e distritais, responsáveis pela 
redução da oferta, coordenadas de acordo com 
os princípios do Susp, sem relação de 
subordinação, com objetivo de prevenir e 
combater os crimes relacionados às drogas, 
inclusive do combate à corrupção, à lavagem de 
dinheiro e ao crime organizado vinculado ao 
narcotráfico, como alvo das ações de redução 
da oferta. 
Referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. 
Coordenação Nacional de DST/Aids. A Política do 
Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de 
álcool e outras drogas. Brasília: Ministério da Saúde, 
2003. 
BRASIL. Decreto Nº 9.761, de 11 de abril de 2019. Aprova 
a Política Nacional sobre Drogas. 
ZEFERINO, Maria Terezinha et. al. Curso de 
Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem: 
Estruturação do campo no contexto da Reforma 
Psiquiátrica e do SUS. Florianópolis (SC): Universidade 
Federal de Santa Catarina/Programa de Enfermagem, p. 
33 – 44, 2013.

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