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Teorias Psicanalíticas II - Freud - Identificações

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Teorias Psicanalíticas II
Freud - Identificações
Definições comuns
Identificação
1) ato ou efeito de identificar ou identificar-se 2) reconhecimento de uma coisa ou de um indivíduo como os próprios
Identificar
1) tornar e tornar-se idêntico 
2) determinar identidade 
3) comprovar a própria identidade 
4) perceber afinidades; compartilhar sentimentos ou ideias com alguém
Definição de Laplanche e Pontalis
-“Processo psicológico pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo desta pessoa. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série de identificações”
↳orienta investimentos libidinais
↳identificação conta com um modelo, com a ideia de um “ideal”, então esse processo de identificação elege esse ideal em questão
↳eleger esse ideal parte de um traço (aspecto, propriedade ou atributo). tendemos a pensar na identificação como um todo, mas quando olhamos cuidadosamente, explicita-se que essa ligação, do ponto de vista psicanalítico da consciência, é parcial , em um ponto 
↳há coisas com as quais nos identificamos sem compreender
Três formas de identificação
1)identificação primária
↳”olha o bebê” -> eu sou o bebê
2)identificação histérica
↳pelo sintoma
↳após recalque edipiano
3)identificação por regressão
↳melancolia
↳tem o apelo de um bebê na demanda que um adulto faz para o outro *(identificação por regressão é a falha disso)
*”o que você quer de mim para me amar?”
*justaposição do ato com os significantes que os acompanham
↳som que é escutado pela criança
*criança se identifica/ encontra/ projeta no significantes
↳”olha o bebê ali no espelho” (criança se reconhece em imagem
*criança é tomada pela mãe como sintoma
↳criança é objeto de investimento libidinal, enquanto a mãe articula seu sintoma em torno da criança, espelhando em seu filho o investimento que recebeu
*quando alguém fala o nome e a criança olha, ela se desprendeu da mãe
↳identificação primária
↳preocupação materna primária cedeu
-Significante: o avesso do significado. Se o significado é todo o campo de conceituação de dada palavra, o significante vai ser o som, a imagem acústica da palavra
o=outro 
↳o bebê não entende a linguagem, ele percebe o significante como algo que alude a ela, como a voz da mãe (o bebê pega a prosódia da fala dela, que chega na criança e ela capta isso no momento em que é cuidada). a criança se identifica, se encontra, se projeta nesses significantes, ao se reconhecer naquilo
↳para Freud, a primeira imagem do eu é corporal
↳identificação primária perdura durante a infância e, a partir disso, a criança percebe o eu
↳porque a mãe se identifica com o bebe? porque a criança é tomada pela mãe como um sintoma, já que é tomada como objeto de desejo. ela recebeu esse investimento, e espelha-o no próprio filho. isso só pode ocorrer pela mãe ter um “furo”, um buraco (bolinha vermelha)
↳a identificação primária só pode acontecer quando a preocupação primária cede,quando a mãe desinveste a libido na criança
↳ao fazer isso, a mãe rearticula o seu sintoma, mas agora nesse outro campo, que é o cultural (oval vermelho é o grande outro)
↳a dialética entre o que a mãe faz já é completamente ligada a linguagem, cultural
↳bebe percebe a mãe procurando o falo na cultura
a gente endereça ao outro uma busca por significado (do bebê para a mãe não havia essa demanda)
Três formas de identificação
Identificação primária (Totem e Tabu)
Identificação pelo sintoma (histérica)
Identificação por regressão/”melancólica” (luto e melancolia)
Identificação e relação de objeto
identificação relação de objeto
ser ter
eu objeto/representação/significante
ser desejado (ser desejar 
para um outro/Outro)
Apaixonamento, hipnose e os (funcionamentos dos) grupos
↳três dinâmicas muito parecidas
↳apaixonamento subentende ou uma dupla dialética (as pessoas se apaixonam entre si), ou uma via de mão única
↳isso se liga a hipnose e aos grupos
-Humilde sujeição
↳o sujeito enamorado é sempre humilde sobre o objeto de seu enamoramento
↳o sujeito sempre cede parte de sua libido narcísica ao objeto idealizado de enamoramento
↳esse deslocamento do investimento narcísico supor sujeição, a pessoa se sujeita, se submete, que leva a docilidade
-Docilidade
↳sujeito se torna dócil frente o objeto ideal (evoca um doce)
↳abafamento de qualquer possibilidade de agressividade
↳o apaixonamento é uma relação que inibe a rivalidade com o ideal
↳tudo isso tem a ver com o masoquismo com o qual o Freud trabalha e com “problema econômico do masoquismo” da segunda tópica
↳masoquismo tem uma primazia sobre o sadismo
-Ausência de críticas ante o objeto-hipnotizador-líder
↳apaixonamento, hipnose e grupo, respectivamente
↳se coloca sem criticar o que eles trazem
-Ausência de iniciativa própria (inibição da iniciativa)
↳o sujeito se coloca sem iniciativa própria, ou seja, tudo que o sujeito faz é de acordo com o que acredita ser o desejo do o-h-l
↳inibição das tendências mais particulares de cada um
↳o indivíduo passa a pensar como a massa, como o grupo, como o outro
-Ausência de dúvida
↳tudo que o b-h-l faz/diz é correto, impossível de ser questionado
Objeto é tratado como o próprio Eu * (54)
“A intensidade do enamoramento, em contraste ao puro desejo sensual, pode ser medida segundo a contribuição dos instintos de ternura inibidos em sua meta.”
↳distinção de enamoramento e desejo sexual. Podemos nos enamorar prescindindo da relação sexual 
“É no quadro desse enamoramento que desde o início nos saltou à vista o fenômeno da superestimação sexual, o fato de o objeto amado gozar de uma certa isenção de crítica, de todos os seus atributos serem mais valorizados que os de pessoas não amadas, ou que numa época em que ele mesmo não era amado.”
↳o enamoramento produz uma distinção, um destacamento, o objeto amado passa a ser diferente e superior aos outros
↳por que e como isso ocorre?:
“ O que aí falseia o juízo é o pendor à idealização. Com isso nós vemos facilitada a orientação; percebemos que o objeto é tratado como o próprio Eu, que então, no enamoramento, uma medida maior de libido narcísica transborda para o objeto. Em não poucas formas da escolha amorosa torna-se mesmo evidente que o objeto serve para substituir um ideal não alcançado do próprio Eu. Ele é amado pelas perfeições a que o indivíduo aspirou para o próprio Eu, e que através desse rodeio procura obter, para satisfação de seu narcisismo”
↳o objeto de idealização, por coincidência, se reecontram na realidade, mas tem que ser, antes de qualquer coisa, representações
↳uma parte dessa libido narcísica na imagem do Eu transborda, excede os limites do eu e se direcionam a certos objetos
↳esse transbordamento direcionado pela idealização produz uma certa equivalência entre o objeto e o Eu. o que orienta esse investimento é uma orientação narcísica (o objeto é aquilo que já fui, é aquilo que desejo ser, é aquilo que sou)
Entrega ao ideal do Eu*
“o Eu se torna cada vez menos exigente, mais modesto, e o objeto, cada vez mais sublime, mais precioso; chega enfim a tomar posse do inteiro amor-próprio do Eu, de modo que o auto sacrifício deste é uma consequência natural. O objeto consumiu o Eu, por assim dizer
Simultaneamente a essa “entrega” do Eu ao objeto, que já não se diferencia da entrega sublimada a uma ideia abstrata, deixam de operar completamente as funções conferidas ao ideal do Eu.”
↳identificação não alcança o campo de erotização 
“Cala a crítica exercida por essa instância; tudo o que o objeto faz e pede é justo e irrepreensível”
↳eu tem função de crítica, até do juízo de existência (julgamento que diz se algo existe realmente ou é só uma fantasia)
“tudo o que o objeto faz e pede é justo e irrepreensível. A consciência não se aplica a nada que acontece a favor do objeto; na cegueira do amor, o indivíduo pode se tornar, sem remorsos, um criminoso. Toda a situação pode ser resumida cabalmente numa fórmula: O objeto se colocou no lugar do ideal doEu.”
↳isso se parece muito com o narcisismo que Freud descreveu. a falta de julgamento dos pais para tornar o bebe como objeto de investimento amoroso
“Agora é fácil descrever a diferença entre a identificação e o enamoramento em suas mais desenvolvidas formas, chamadas de “fascínio” e “servidão enamorada”. No primeiro caso o Eu se enriqueceu com os atributos do objeto, “introjetou-o”, na expressão de Ferenczi; no segundo ele está empobrecido, entregou-se ao objeto, colocou-o no lugar de seu mais importante componente. A uma reflexão mais atenta, porém, notamos que essa exposição simula opostos que não existem. De um ponto de vista econômico não se trata de enriquecimento ou empobrecimento, é possível descrever o enamoramento extremo como se o Eu introjetasse o objeto. Uma outra distinção talvez considere melhor o essencial. No caso da identificação o objeto foi perdido ou renunciou-se a ele; então é novamente instaurado no Eu, e este se altera parcialmente conforme o modelo do objeto perdido. No outro caso o objeto foi conservado, e como tal é sobre investido por parte e à custa do Eu. Mas também aqui surge uma dificuldade. Então é algo estabelecido que a identificação pressupõe a renúncia do investimento objetal, que não pode haver identificação conservando-se o objeto? Antes que comecemos a discutir essa delicada pergunta, talvez já percebamos que a essência da questão se acha numa outra alternativa, a saber, que o objeto seja colocado no lugar do Eu ou do ideal do Eu.”
Características fundamentais do líder
-ter os atributos, características traços marcantes do grupo
-Impressão de enorme força
imprimido pelo imaginário do grupo, já que ele não precisa ter a força, só convencer o grupo de que tem
-Suposta liberdade libidinal, a lei não se aplica a lei
atributos muito próximos do pai da Horda Primeva. é o tipo imaginário perfeito
-“Um forte egoísmo protege contra o adoecimento, mas afinal é preciso começar a amar, para não adoecer, e é inevitável adoecer, quando devido a frustração, não se pode amar”
↳o forte egoísmo é o narcisismo, que subentende objeto de desejo, mas não amor
↳entretanto. em dado momento, o sujeito é obrigado a abrir mão desse narcisismo (se ve contrangido a isso), passando a consentir com as leis de incesto e parricidio. A saída é a identificação no sintoma, propiciando que o indivíduo possa amar
↳por que o indivíduo pode adoecer? neuroses narcísicas (consideradas intratáveis na época por não possibilitar transferência, e sendo chamado, atualmente, de psicoses/neuroses) 
↳amar é uma proteção ao adoecimento que o narcisismo pode trazer
↳”e é inevitável….” estabelecesse uma forma de amar, uma identificação histérica. caso o indivíduo não consiga amar por alguma frustração, ele regride para uma forma diferente de identificação, que é a melancólica
-A transitoriedade do Eu
↳criança na primeira infância tem pouca garantia do corpo, já que é como se a cada identificação o sujeito fosse outro
↳não existe um significante que de nome definitivo para esse objeto, ou seja, esse nome vai ser sempre contextualizado, transformado
-A Vênus das Peles -> trouxe a ideia de masoquismo
↳a obra se dá na suspensão de efetuar o desejo. Há uma completa submissão, sujeição servidão, do sujeito a uma mulher
↳essa transitoriedade tem a ver com essa sujeição, ficando compelido a seguir o deslizamento do desejo que desliza a vida inteira
-Quem garante que Eu sou Eu
↳se o sujeito desliza o tempo inteiro, quem garante quem sou eu? Como se estabiliza o eu?
quem garante é uma modificação que se introduz no recalque 
ao parar de me fantasiar do desejo da minha mãe, eu tento mudar minha forma de identificar, parando de ser o objeto de desejo e passando a me identificar com a produção do sintoma do outro
↳com isso, demando ao Outro um significante do que sou para ele (ex: criança questionando o que será quando crescer)
↳o indivíduo recebe um nome, que é um ato de filiação e inclui-o como parte do meio, da família, etc
-Entre companhia da multidão e a solidão do lugar de único
Xuxa, Pelé, Lula
↳eles são outros além de eles mesmos, que revela quase que uma identificação com outro ideal, mas que remete ao outro
-”A sombra do objeto recai sobre o eu” Ambiguidade quanto ao ideal
Ideal do Eu
-“Expressçao utilizada por Freud no quadro de sua segunda tópica do aparelho psíquico: instância da personalidade resultante da convergência do narcisismo (eu ideal) e das identificações com os pais, com seus substitutos e com os ideais coletivos. Enquanto instância diferenciada, o ideal do eu constitui um modelo a que o indivíduo procura conformar-se”

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