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Disciplina: Fisiologia 1 Docente: Raimundo Nonato Araujo Soares Neto Discente: Edilson Sousa dos Santos Atividade Proposta: Mecanismos de Obtenção de energia pela célula Humana _______________________________________________________________________ As células dos organismos vivos necessitam de energia para realizar os seus processos de crescimento e manutenção vital, entre os quais estão os de sintetizar novas substâncias, realizar movimentos, estabelecer trocas passivas e ativas de substâncias através de membranas, produzir calor, eliminar resíduos, desencadear processos de reprodução, etc. Para obter essa energia realizam o processo de respiração celular que consiste basicamente no processo de extração da energia química armazenada nas moléculas de glicose, com a participação do oxigênio. É um processo contínuo, que acontece em todas as células dos seres aeróbios, tanto de dia como de noite. Se o mecanismo respiratório de entrada de O2 for paralisado num indivíduo, suas células deixam de dispor de energia necessária para o desempenho de suas funções vitais e inicia-se, então, um processo de desorganização da matéria viva, o que acarreta a morte do indivíduo. A respiração celular da maioria dos seres vivos se realiza dentro de uma estrutura com forma de chinelo: o mitocôndrio, que são verdadeiras “Usinas” de energia. O número de mitocôndrios de uma célula varia de alguns até centenas, dependendo se a célula realiza menos ou mais intensamente a respiração celular. No entanto, a energia não é liberada de uma vez só, pois acarretaria uma liberação de uma quantidade muito grande de energia que não poderia ser aproveitada diretamente pela célula, acabando por ser perdida para o meio ambiente sob a forma de calor. Por isso, a glicose é quebrada aos poucos, formando moléculas menores e liberando pequenas porções energéticas que vão sendo captadas por uma substância chamada ATP (trifosfato). Quando a célula precisa de energia para realizar algum trabalho, o ATP fornece a energia armazenada no seu terceiro fosfato e transforma-se em ADP, pronto para receber novo fosfato e armazenar outra porção energética nessa terceira ligação química, regenerando um novo ATP. No entanto, grande parte da energia química liberada durante a oxidação da glicose se transforma em calor que contribui para a manutenção de uma temperatura corpórea em níveis que possibilitam a vida, compensando o calor que normalmente um organismo vivo cede para o ambiente, sobretudo nos dias de frio. Isso se verifica principalmente em aves e mamíferos; em outros grupos, como os anfíbios e os répteis, o organismo é aquecido basicamente através de fontes externas de calor, quando, por exemplo, o animal se põe ao sol. 1 – Fosfocreatina A fosfocreatina, também conhecida como creatina fosfato ou PCr, é uma mólecula de creatina fosforilada que é um importante depósito de energia no músculo esquelético, já que transporta uma ligação fosfato de alta energia similar às ligações do ATP. A fosfocreatina é clivada instantaneamente para reconstituir a molécula de ATP (gasta na contração muscular) a partir de um ADP e de um novo íon fosfato que se liga a ele, além de formar creatina por 2 a 7 segundos após um esforço muscular intenso. Essa reação de degradação é reversível. Os poucos segundos (de cinco a oito segundos) em que uma pessoa é capaz de manter a contração muscular máxima se deve ao fato de que a quantidade total de fosfocreatina no músculo, assim como a do ATP, é muito pequena. A quantidade de fosfocreatina é em torno de cinco vezes maior que a quantidade de ATP. A fosfocreatina tem um papel importante nos tecidos que possuem uma demanda muito alta de energia flutuante, como o músculo e o cérebro. Essa substância é sintetizada no fígado e é transportada para as células musculares para armazenamento. A degradação da fosfocreatina gera a creatinina, cujos níveis no soro sanguíneo são muito utilizados para medir a função renal. 2 – Glicose A glicose é um carboidrato do grupo dos monossacarídeos, portanto, é um carboidrato simples. Utilizada pelas células no processo de respiração celular, a principal função da glicose é fornecer energia aos organismos vivos. Para entrar nas células, a glicose pode utilizar transportadores específicos ou ainda adentrar o meio intracelular por meio de um transporte acoplado ao íon sódio. No organismo humano, observa-se, algumas vezes, o aumento dos níveis de glicose no sangue, uma situação conhecida como hiperglicemia. Essa alta da glicose pode indicar diabetes, uma doença em que a insulina não é suficiente no organismo ou não é utilizada adequadamente pelo corpo. Existe ainda uma situação conhecida como hipoglicemia, em que os níveis de glicose estão abaixo do normal. Esse problema pode desencadear mal-estar, causando, por exemplo, tontura e visão embaçada. A glicose é um tipo de carboidrato simples classificado como monossacarídeo. Esse carboidrato é utilizado na formação de outros mais complexos. Sua forma molecular é C6H12O6. Por apresentar seis carbonos, a glicose é classificada como hexose. Os seres humanos conseguem garantir a quantidade de glicose necessária para o funcionamento do corpo por meio da alimentação. Algumas vezes, no entanto, nosso corpo não consegue utilizar adequadamente essa glicose, ocasionando um aumento desse carboidrato no sangue, situação conhecida como hiperglicemia. A glicose é um importante carboidrato utilizado pelas células para a produção de energia em um processo conhecido como respiração celular. Nesse processo, a glicose é degrada, e é produzida energia para a célula. Na glicólise, acontecem dez reações diferentes, que podem ser agrupadas em duas etapas: Investimento energético: nessa etapa, como o nome sugere, a célula irá gastar ATP (adenosina trifosfato), uma molécula que libera grande quantidade de energia livre. No total, serão gastas, no investimento energético, duas moléculas de ATP. Compensação energética: nessa etapa, a energia gasta, será compensada. Serão produzidas quatro moléculas de ATP. Como na fase de investimento energético duas moléculas foram gastas, dizemos que o rendimento líquido final da glicólise é de duas moléculas de ATP por molécula de glicose. 3 – Ciclo de Krebs O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico, é uma das etapas da respiração celular, um processo aeróbio para obtenção de energia que ocorre nas células de diversos organismos. No ciclo de Krebs, ocorre a oxidação completa das moléculas que são fontes de energia, como carboidratos e ácidos graxos. Na oxidação da glicose, o ciclo de Krebs apresenta, ao final do processo, um saldo de seis moléculas de NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido), duas moléculas de FADH2 (flavina adenina nucleotídeo reduzido), duas moléculas de ATP (adenosina trifosfato) e quatro moléculas de CO2 (dióxido de carbono). Apresentamos a seguir a importância desse ciclo no processo de obtenção de energia, detalhando como ocorre cada uma de suas etapas. O que é o ciclo de Krebs? O ciclo de Krebs é uma das etapas da respiração celular, processo de obtenção de energia realizado na presença de oxigênio (processo aeróbio) pela maioria das células eucarióticas e algumas procarióticas. Nesse processo, ocorre a degradação de uma molécula orgânica, resultando em gás carbônico, água e energia como produtos finais. Essa energia é utilizada nas mais diversas reações que ocorrem nas células. No ciclo de Krebs, ocorre a oxidação de fontes energéticas, como carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, e são produtos dessa etapa o CO2 e elétrons altamente energéticos, armazenados em moléculas carreadoras de energia. https://www.google.com/search?q=ciclo+de+krebs&tbm=isch&hl=pt- BR&safe=off&chips=q:ciclo+de+krebs,online_chips:mapa+mental:61sJVoNT4cs%3 D&sa=X&ved=2ahUKEwi54du1xcHwAhVQhZUCHXsbA2cQ4VZ6BAgBEBo&biw=13 49&bih=625#imgrc=BPZ-Nmwi2ebOBM4 – Cristas Mitocondriais As mitocôndrias são organelas celulares relacionadas com o processo de respiração celular. São frequentemente referidas como “casas de força” das células, pois, por meio do processo de respiração celular, uma grande quantidade de ATP é gerada. As mitocôndrias são organelas de formato esférico ou alongado encontradas em quase todas as células eucariontes, isto é, células que se caracterizam pela presença de material genético envolto pela membrana nuclear. Em células procariontes, as mitocôndrias não estão presentes. O número de mitocôndrias varia de uma célula para outra, porém, normalmente, observam-se centenas de mitocôndrias em uma única célula. Um número maior é observado em células que apresentam grande atividade metabólica. Além disso, as mitocôndrias acumulam-se nos locais do citoplasma que possuem maior gasto de energia. Essas organelas apresentam um comprimento que varia de 1,0 µm a 10 µm e largura entre 0,5 µm e 1,0 µm. Apresentam duas membranas: uma membrana interna, que apresenta projeções para seu interior (cristas mitocondriais), e uma membrana mais externa, que é lisa. Entre a membrana externa e a interna, há o chamado espaço intermembranoso. A membrana interna, por sua vez, delimita um espaço interno, o qual contém a matriz mitocondrial. As cristas mitocondriais são responsáveis por garantir o aumento da superfície da membrana interna. Nessa crista, é possível perceber a presença de enzimas e também outros componentes que são importantes no processo de respiração celular. As células que consomem muita energia apresentam mitocôndrias com grande quantidade de cristas. Na matriz mitocondrial, encontra-se uma grande quantidade de enzimas que atuam na respiração celular, outras proteínas, material genético (DNA e RNA) e ribossomos. O DNA encontrado nas mitocôndrias é muito semelhante ao das bactérias, apresentando- se como filamentos duplos e circulares. Os filamentos de DNA são sintetizados na própria organela, e sua duplicação ocorre sem interferência do DNA nuclear. Funções das mitocôndrias As mitocôndrias funcionam como um sítio do processo de respiração celular. Esse processo metabólico extrai energia armazenada na glicose e também em outros combustíveis orgânicos, havendo decomposição desses combustíveis, na presença de oxigênio, em gás carbônico e água. A energia liberada é utilizada para realizar diversas atividades celulares, como o transporte através da membrana. Origem das mitocôndrias A origem das mitocôndrias, e também dos cloroplastos, é explicada por meio da teoria endossimbionte. De acordo com essa teoria, um ancestral das células eucariontes fagocitou um pequeno procarionte ancestral aeróbio (utilizava oxigênio para metabolizar as moléculas orgânicas), que começou a viver em seu interior. Esse procarionte ancestral foi englobado, mas não foi digerido pela célula e, por fornecer vantagem a essa célula, começou a viver de maneira simbiótica, isto é, em uma relação que beneficiava todos os envolvidos. Resumo sobre mitocôndrias As mitocôndrias são encontradas em células eucariontes. Mitocôndrias estão relacionadas com o processo de respiração celular e são encontradas em maior número em células que apresentam grande atividade metabólica. Mitocôndrias são organelas que apresentam dupla membrana. A membrana mais interna da mitocôndria forma as cristas mitocondriais. As cristas mitocondriais delimitam a matriz mitocondrial, na qual são encontradas proteínas, DNA, RNA e ribossomos. O DNA das mitocôndrias é semelhante ao de bactérias. A origem das mitocôndrias pode ser explicada pela teoria endossimbiótica. 5 – Conclusão Respiração celular é um processo pelo qual os organismos obtêm energia para realizar as mais diversas atividades. A respiração celular ocorre nas mitocôndrias, em presença de oxigênio, e é divida em três etapas: a glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a fosforilação oxidativa. A seguir, detalharemos como ela ocorre, suas etapas e importância. O que é respiração celular ? Respiração celular é o processo pelo qual os organismos obtêm energia para realizar as mais diversas atividades. Esse procedimento pode ocorrer tanto na presença de oxigênio, sendo aeróbio, quanto em sua ausência, anaeróbio. No entanto, tal termo é normalmente utilizado para referir-se ao processo aeróbio, como faremos também aqui. Na respiração celular, a obtenção de energia ocorre com a oxidação de uma molécula orgânica, geralmente a glicose, liberando energia. Parte dessa energia é armazenada na forma de moléculas de ATP (adenosina trifosfato), e parte é liberada na forma de calor. Esse processo pode ser dividido em três etapas: a glicólise, o ciclo do ácido cítrico (ou ciclo de Krebs) e a fosforilação oxidativa. Em geral, o termo respiração celular é utilizado pelos bioquímicos para representar as fases dois e três, etapas que ocorrem nas mitocôndrias. Respiração celular e fotossíntese A respiração celular e a fotossíntese são processos diferentes, mas interligados. Na respiração celular, ocorre a liberação de energia para ser utilizada pelo organismo, no entanto, essa energia é produzida por outro processo, a fotossíntese. A fotossíntese produz moléculas orgânicas nos organismos produtores fotossintetizantes, como plantas e algas. Assim, os organismos heterotróficos, como os animais, obtêm essas moléculas por meio da alimentação, seja alimentando-se de organismos produtores, seja de outros heterotróficos. Na fotossíntese, os organismos produtores captam a energia luminosa através de moléculas denominadas cloroplastos. Em seguida, essa energia é convertida em energia química e utilizada para a síntese de compostos orgânicos, como as moléculas de glicose. Essa energia química fica armazenada nessas moléculas e é liberada durante o processo de respiração celular. Além disso, a fotossíntese também apresenta como produto final oxigênio, que também será utilizado na respiração celular, um processo aeróbio. Já a respiração celular apresenta como produto final gás carbônico e água, que serão utilizados pelos organismos produtores para a realização da fotossíntese. O processo de fotossíntese pode ser resumido na equação apresentada no quadro a seguir. No entanto, é importante destacar que as primeiras moléculas produzidas são de açúcares mais simples, com apenas três átomos de carbono Etapas da respiração celular A respiração celular é um processo que pode ser dividido em três etapas. Vamos conferir quais são elas.Glicólise Embora a respiração celular seja considerada um processo que ocorre na presença de oxigênio, este não é essencial para essa etapa, assim a glicólise pode ocorrer tanto na presença quanto na ausência desse elemento. Na glicólise ocorre a degradação da molécula de glicose, com seis carbonos, em duas moléculas contendo três carbonos cada uma, o piruvato. Essa etapa ocorre no citosol das células. A glicólise consiste em 10 reações que ocorrem em duas etapas. Na primeira, denominada fase de ativação, ocorre a fosforilação da glicose, que, ao receber fosfato proveniente de duas moléculas de ATP, torna-se quimicamente ativa. Nessa fase há gasto de energia. Na segunda etapa, a fase de rendimento, ocorre a oxidação da glicose. A energia liberada nesse processo é utilizada para a produção de quatro moléculas de ATP. Os elétrons liberados na oxidação da glicose levam à redução de NAD+ (dinucleotídeo nicotinamida- adenina) em NADH. Ciclo do ácido cítrico (ciclo de Krebs) Na presença de oxigênio, as moléculas de piruvato entram nas mitocôndrias, a partir daí, passam por três etapas para a formação de um novo composto, o acetil coenzima-A (acetil-CoA). Na primeira etapa, ocorre a remoção e a liberação do grupo carboxila do piruvato na forma de CO2. Na segunda etapa, ocorre a formação de acetato e os elétrons liberados ligam-se ao NAD+, ficando armazenados na forma de energia em NADH.Na terceira fase, o acetato liga-se à coenzima A, composto derivado da vitamina B, formando o acetil coenzima-A (acetil-CoA). Em seguida, inicia-se o ciclo do ácido cítrico, também conhecido por ciclo de Krebs. Aqui ocorre a oxidação completa da glicose por meio de oito etapas. O acetil- CoA reage com o oxaloacetato, um ácido constituído por quatro carbonos, formando o citrato, uma forma oxidada do ácido cítrico constituída por seis carbonos. A seguir ocorrerão reações que levarão à degradação do citrato, dois dos seis carbonos são removidos e oxidados a CO2, formando novamente oxaloacetato. O oxaloacetato reagirá com outro acetil-CoA, iniciando novamente o ciclo. Para cada acetil-CoA, 3 NAD+ são reduzidos a NADH. Os elétrons são transferidos ao FAD (dinucleótidio de flavina-adenina), formando FADH2. Nessa etapa, em diversas células animais, é formado GTP (trifosfato de guanosina) por fosforilação, uma molécula semelhante em estrutura e ação ao ATP e que pode ser também utilizada para a produção de ATP.J á algumas células animais, as células vegetais e bactérias formam moléculas de ATP por fosforilação. O saldo final desse ciclo, como cada glicose produz dois acetil- CoA, é: 6 NADH, 2 FADH2 e 2 ATP. Fosforilação oxidativa Nessa etapa, as moléculas NADH e FADH2, transportadoras de elétrons produzidas no ciclo de ácido cítrico, doarão elétrons para a cadeia de transporte de elétrons ou cadeia respiratória. Na cadeia, a transferência de elétrons acontece através de uma série de transportadores, como algumas proteínas, por exemplo, os citocromos. Esses elétrons vão perdendo energia em cada etapa da cadeia, sendo captados pelo oxigênio, aceptor final, reduzindo-os a H20. O transporte de elétrons pela cadeia na membrana interna da mitocôndria também leva a um transporte ativo de prótons na cadeia. Esses irão retornar à matriz da mitocôndria e, simultaneamente, por meio da fosforilação oxidativa do ADP, será formado ATP. Essa etapa é denominada quimiosmose. Ao final de todo o processo de respiração celular, terão sido produzidos, no máximo, 32 ATP. 6 – Referências http://mdmat.mat.ufrgs.br/acqua/Textos/resp_celular.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfocreatina https://www.biologianet.com/biologia- celular/glicose.htm#:~:text=A%20glicose%20%C3%A9%20um%20carboidrato,fornece r%20energia%20aos%20organismos%20vivos https://www.biologianet.com/biologia-celular/ciclo-de-krebs.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/mitocondrias.htm#:~:text=As%20cristas%20mit ocondriais%20s%C3%A3o%20respons%C3%A1veis,no%20processo%20de%20respira %C3%A7%C3%A3o%20celular
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