Buscar

Libras - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
 @jumorbeck 
 
Princípios norteadores da libras - leis vigentes no brasil 
LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 
↠ Estabelece normas gerais e critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de 
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras 
providências. 
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de 
profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem 
de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo 
de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência 
sensorial e com dificuldade de comunicação. 
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002 
↠ Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e 
dá outras providências 
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e 
expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros 
recursos de expressão a ela associados. 
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de 
Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em 
que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com 
estrutura gramatical própria, constituem um sistema 
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de 
comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público 
em geral e empresas concessionárias de serviços 
públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e 
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio 
de comunicação objetiva e de utilização corrente das 
comunidades surdas do Brasil. 
Art. 3º As instituições públicas e empresas 
concessionárias de serviços públicos de assistência à 
saúde devem garantir atendimento e tratamento 
adequado aos portadores de deficiência auditiva, de 
acordo com as normas legais em vigor. 
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas 
educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal 
devem garantir a inclusão nos cursos de formação de 
Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, 
em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua 
Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente. 
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não 
poderá substituir a modalidade escrita da língua 
portuguesa. 
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005 
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 
de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de 
dezembro de 2000. 
Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa 
surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e 
interage com o mundo por meio de experiências visuais, 
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da 
Língua Brasileira de Sinais - Libras. 
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda 
bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) 
ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. 
CAPÍTULO II - DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA 
CURRICULAR 
Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina curricular 
obrigatória nos cursos de formação de professores para 
o exercício do magistério, em nível médio e superior, e 
nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, 
públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos 
sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
§ 1º Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas 
do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso 
normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de 
Educação Especial são considerados cursos de formação 
de professores e profissionais da educação para o 
exercício do magistério. 
§ 2º A Libras constituir-se-á em disciplina curricular 
optativa nos demais cursos de educação superior e na 
educação profissional, a partir de um ano da publicação 
deste Decreto. 
CAPÍTULO III - DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E 
DO INSTRUTOR DE LIBRAS 
Art. 4º A formação de docentes para o ensino de Libras 
nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio 
e na educação superior deve ser realizada em nível 
superior, em curso de graduação de licenciatura plena 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.098-2000?OpenDocument
2 
 
 @jumorbeck 
 
em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua 
Portuguesa como segunda língua. 
Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos 
cursos de formação previstos no caput. 
Art. 5º A formação de docentes para o ensino de Libras 
na educação infantil e nos anos iniciais do ensino 
fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia 
ou curso normal superior, em que Libras e Língua 
Portuguesa escrita tenham constituído línguas de 
instrução, viabilizando a formação bilíngue. 
§ 1º Admite-se como formação mínima de docentes para 
o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais 
do ensino fundamental, a formação ofertada em nível 
médio na modalidade normal, que viabilizar a formação 
bilíngue, referida no caput. 
§ 2º As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de 
formação previstos no caput. 
CAPÍTULO IV - DO USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA 
LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ACESSO DAS PESSOAS SURDAS 
À EDUCAÇÃO 
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, 
obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à 
comunicação, à informação e à educação nos processos 
seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares 
desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades 
de educação, desde a educação infantil até à superior. 
CAPÍTULO V - DA FORMAÇÃO DO TRADUTOR E 
INTÉRPRETE DE LIBRAS - LÍNGUA PORTUGUESA 
CAPÍTULO VI- DA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO 
DAS PESSOAS SURDAS OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
CAPÍTULO VII - DA GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE 
DAS PESSOAS SURDAS OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, 
o Sistema Único de Saúde - SUS e as empresas que 
detêm concessão ou permissão de serviços públicos de 
assistência à saúde, na perspectiva da inclusão plena das 
pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as 
esferas da vida social, devem garantir, prioritariamente aos 
alunos matriculados nas redes de ensino da educação 
básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis 
de complexidade e especialidades médicas, efetivando: 
I - ações de prevenção e desenvolvimento de programas 
de saúde auditiva; 
II - tratamento clínico e atendimento especializado, 
respeitando as especificidades de cada caso; 
III - realização de diagnóstico, atendimento precoce e do 
encaminhamento para a área de educação; 
IV - seleção, adaptação e fornecimento de prótese 
auditiva ou aparelho de amplificação sonora, quando 
indicado; 
V - acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia 
fonoaudiológica; 
VI - atendimento em reabilitação por equipe 
multiprofissional; 
VII - atendimento fonoaudiológico às crianças, 
adolescentes e jovens matriculados na educação básica, 
por meio de ações integradas com a área da educação, 
de acordo com as necessidades terapêuticas do aluno; 
VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez 
e sobre a importância para a criança com perda auditiva 
ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua 
Portuguesa; 
IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência 
auditiva na rede de serviços do SUS e das empresas que 
detêm concessão ou permissão de serviços públicos de 
assistência à saúde, por profissionais capacitados para o 
uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; e 
X - apoio à capacitação e formação de profissionais da 
rede de serviços do SUS para o uso de Libras e sua 
tradução e interpretação. 
LEI 12.319/10 | LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010 
↠ Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da 
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. 
Art. 6º.São atribuições do tradutor e intérprete, no 
exercício de suas competências: 
I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos 
e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e 
ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-
versa; 
II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua 
Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais 
desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269395/art-6-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269377/art-6-inc-i-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269377/art-6-inc-i-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269357/art-6-inc-ii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269357/art-6-inc-ii-da-lei-12319-10
3 
 
 @jumorbeck 
 
fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o 
acesso aos conteúdos curriculares; 
III - atuar nos processos seletivos para cursos na instituição 
de ensino e nos concursos públicos; 
IV - atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às 
atividades-fim das instituições de ensino e repartições 
públicas; e 
V - prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em 
órgãos administrativos ou policiais. 
Art. 7º. O intérprete deve exercer sua profissão com rigor 
técnico, zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo 
respeito à pessoa humana e à cultura do surdo e, em 
especial: 
I - pela honestidade e discrição, protegendo o direito de 
sigilo da informação recebida; 
II - pela atuação livre de preconceito de origem, raça, 
credo religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou 
gênero; Ver tópico 
III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe 
couber traduzir; 
IV - pelas posturas e condutas adequadas aos ambientes 
que frequentar por causa do exercício profissional; Ver 
tópico 
V - pela solidariedade e consciência de que o direito de 
expressão é um direito social, independentemente da 
condição social e econômica daqueles que dele 
necessitem; 
VI - pelo conhecimento das especificidades da 
comunidade surda 
Surdez na antiguidade 
O MUNDO GRECO-ROMANO: UMA DAS BASES EDUCACIONAIS 
DA SOCIEDADE OCIDENTAL 
↠ ARISTÓTELES considerava os surdos também 
mudos, e acreditava que a linguagem (fala) dava condição 
de humano para o indivíduo, sendo o surdo considerado 
não humano se não tivesse a linguagem. 
↠ HIPÓCRATES (460 a.C. – 377 a.C.), o pai da medicina, 
pensava que os fluidos formados no cérebro se 
escoavam pelo canal auditivo e formava purulência no 
ouvido. 
↠ Por falta de conhecimento, os povos encaravam o 
nascimento de pessoas com deficiência como castigo de 
Deus. Os supersticiosos viam nelas poderes especiais de 
feiticeiros ou bruxos. As crianças que sobreviviam eram 
separadas de suas famílias quase sempre ridicularizadas, 
sacrificadas a Deuses ou abandonadas. 
IDADE MODERNA 
↠ GIROLANO CARDANO (1501 – 1576), médico, contradiz 
o sábio Aristóteles teorizando que a audição e o uso da 
fala não são essenciais à compreensão das ideias e que 
a surdez é mais uma barreira à aprendizagem do que 
uma condição mental. 
↠ PEDRO PONCE DE LÉON (1520-1584), monge 
beneditino, dedicou-se à educação de crianças surdas da 
nobreza castelhana. O seu método incluía a datilologia, a 
escrita e a fala. 
↠ JUAN PABLO BONET (1579-1633), que também se 
ocupou da educação de surdos da corte espanhola, 
publicou Reducción de las letras y arte para enseñar a 
hablar a los mudos (o inventor da arte de ensinar o surdo 
a falar). 
↠ O trabalho para os sinais teve início apenas no século 
XVIII com CHARLES MICHEL DE L’EPÉE. Fundador do 
Instituto Nacional para Surdos-Mudos, em Paris construiu 
um sistema baseado na língua de sinais, criando outros 
sinais para as palavras francesas. 
História da educação de surdos 
↠ A Libras foi criada a partir da língua de sinais francesa. 
Com a vinda do francês Eduard Hernest Huet para o 
Brasil, que foi aluno do Instituto de Paris, a educação de 
surdos teve início durante o segundo império. (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ No entanto, não havia escolas especiais para surdos, 
por isso Huet solicitou ao imperador Dom Pedro II um 
estabelecimento para educar os surdos brasileiros. No dia 
26 de setembro de 1857 foi fundado o instituto de surdos-
mudos do Rio de Janeiro, atualmente conhecido como 
Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ A partir desse momento, o Brasil deu seus primeiros 
passos para a educação de surdos, utilizando o ensino do 
alfabeto manual. Em meados de 1911, o INES adotou a 
metodologia do oralismo para que os surdos tivessem a 
oportunidade de se comunicar e conseguir com eficácia 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269336/art-6-inc-iii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269336/art-6-inc-iii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269322/art-6-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269322/art-6-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269308/art-6-inc-v-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269308/art-6-inc-v-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269289/art-7-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269271/art-7-inc-i-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269271/art-7-inc-i-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269253/art-7-inc-ii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269253/art-7-inc-ii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269253/art-7-inc-ii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269233/art-7-inc-iii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269233/art-7-inc-iii-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269217/art-7-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269217/art-7-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269217/art-7-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269217/art-7-inc-iv-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269203/art-7-inc-v-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269203/art-7-inc-v-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269187/art-7-inc-vi-da-lei-12319-10
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26269187/art-7-inc-vi-da-lei-12319-10
4 
 
 @jumorbeck 
 
expressar suas vontades e pensamentos. (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
Abordagem filosófica da educação dos surdos 
METODOLOGIA ORALISTA 
↠O principal marco nesta filosofia foi o Congresso de 
Milão, na Itália, no ano de 1880. Neste Congresso 
presenciou-se uma contradição gritante – discutiu-se 
sobre educação de surdos sem a participação dos 
sujeitos protagonistas, os próprios surdos. Os ouvintes 
decidiram que a melhor decisão era banir a língua de sinais 
da educação de surdos, [...] que deveriam aprender a falar 
e, se fosse possível, a ouvir. 
Congresso de Milão: toda a pressão e hegemonia ouvintista acabou 
culminando no congresso de Milão, onde se proibiu o uso da língua 
de sinais no mundo inteiro por um período de quase 100 anos. Havia o 
consenso, entre a maioria ouvinte, de que a fala era a expressão da 
alma ou uma dádiva divina e, sem poder se comunicar por meio da 
língua falada, o sujeito surdo não poderia se integrar em sociedade e 
se arrepender de seus pecados, por exemplo. 
Algumas definições que foram acordadas: 
➢ superioridade da fala sobre o uso de sinais, visando à 
reintegração dos surdos na vida social; 
➢ a metodologia oral pura deve ser utilizada, porque o uso 
simultâneo de sinais e da fala atrapalham o desenvolvimento 
da fala, da leitura oral e a formação de ideia; 
➢ oralismo puro domina toda a Europa e os professores 
surdos são demitidos das escolas; 
➢ desmonte das comunidades surdas. 
↠ Entre 1930 e 1947, o doutor Armando Paiva Lacerda 
desenvolveu sua metodologia com base na oralização, a 
qualnomeou de pedagogia emendativa. (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ Acreditava-se que a oralização era a única forma de 
inserir o surdo na sociedade. O processo pelo qual uma 
sociedade expulsa alguns de seus membros. (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ No INES, ainda na gestão de Lacerda e para o êxito 
de sua metodologia, os surdos eram submetidos a testes 
que tinham como finalidade a identificação do nivelamento 
da inteligência ou a aptidão para o exaustivo processo de 
oralização. E, de acordo com as capacidades cognitivas, 
os surdos eram separados em grupos. O nivelamento 
cognitivo era necessário, pois era o meio encontrado para 
garantir o sucesso do método pela pedagogia emendativa. 
(PLINSKI; MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ Após 100 anos de existência, o INES contou com o 
primeiro profissional na área da educação, a diretora e 
professora Ana Rímoli de Faria. Para a época foi uma 
grande inovação, principalmente com a implantação do 
curso Normal de formação de professores para surdos. 
No país o curso tornou-se referência, tinha duração de 
três anos e sua base era voltada para a metodologia do 
oralismo. (PLINSKI; MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ Quadros (1997) afirma que o objetivo primário do 
ORALISMO é recuperar, reabilitar a pessoa surda. Esta 
reabilitação estava diretamente relacionada à ênfase na 
fala. “O oralismo enfatiza a língua oral em termos 
terapêuticos”. 
É o processo pelo qual se pretende capacitar o surdo na 
compreensão e na produção de linguagem oral e que parte do 
princípio de que o indivíduo surdo, mesmo não possuindo o nível de 
audição para receber os sons da fala, pode se constituir em 
interlocutor por meio da linguagem oral. Essa abordagem ainda 
continua sendo usada em alguns educandários no mundo todo. Ela tem 
por objetivo fazer com que o aluno surdo assimile a linguagem oral, 
tornando o surdo um “falante”, buscando superar as diferenças que 
separam os ouvintes dos não ouvintes. Nesta abordagem o espaço 
escolar torna-se um laboratório de fonética, na qual são utilizadas 
técnicas de terapia de fala para que o aluno supere seu déficit (surdez). 
O professor atua mais como um terapeuta do que como um educador. 
↠ GIROLETTI explana que o fracasso do oralismo 
impulsionou uma nova forma de comunicação entre 
surdos e ouvintes. Com isso, a comunicação total teve 
início por volta de 1960, mas no Brasil chega em meados 
dos anos setenta e tem seu auge nos anos oitenta. 
COMUNICAÇÃO TOTAL 
↠ Em 1970, conheceu-se a terminologia comunicação 
total. A educadora Ivete Vasconcelos a trouxe para o 
Brasil, pois lecionava para surdos na universidade de 
Gallaudet e a utilizava. Algumas décadas após a breve 
passagem de Vasconcelos pelo território brasileiro, 
começou a ser difundido no país o bilinguismo. (PLINSKI; 
MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
↠ Com o passar dos anos, a oralização foi perdendo a 
força no processo de ensino e aprendizagem dos surdos. 
Atualmente, nas escolas especiais para surdos não é 
utilizada a oralização; no entanto, algumas escolas 
disponibilizam o tratamento com fonoaudiólogo para as 
técnicas de oralização para aqueles que desejam “falar”. 
(PLINSKI; MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
Nesta abordagem admite-se a utilização de uma língua gestual, porém 
vista somente como um passo de transição para a língua oral. O 
objetivo principal da comunicação total era fazer acontecer a 
comunicação entre surdos e ouvintes de forma mais efetiva. Propõe 
abordagens alternativas permitindo ao surdo se expressar, combinando 
língua de sinais, gestos, mímicas e leitura labial. 
5 
 
 @jumorbeck 
 
BILINGUISMO 
O bilinguismo foi implantado inicialmente na Suécia, com amplo 
respaldo do Estado. É garantida a educação bilíngue da Educação 
Infantil ao término do Ensino Médio, sendo aqueles que passam a 
frequentar a Universidade têm direito a um intérprete na sala de aula. 
↠ Em meados da década de 1980, surge o bilinguismo no 
Brasil. Esta proposta reconhece o sujeito surdo e seu 
idioma, a língua de sinais; além disso, essa prática 
educacional proporciona percepções mentais, cognitivas 
e visuais e tem capacidade para analisar os conceitos de 
modo subjetivo e objetivo sobre as informações 
recebidas, respeitando as caraterísticas e regras 
gramaticais do idioma. (PLINSKI; MORAIS; ALENCASTRO, 
2018) 
↠ A declaração de Salamanca salienta e reafirma os 
direitos de todos há educação, favorecendo a educação 
inclusiva, abrindo caminho para os movimentos humanos 
e auxiliando nas orientações educacionais na educação 
especial. (PLINSKI; MORAIS; ALENCASTRO, 2018) 
A abordagem bilíngue surge como uma metodologia de ensino que 
tem sido utilizada por escolas que se propõem tornar acessíveis ao 
surdo duas línguas, no espaço escolar: a língua de sinais (L1) e a língua 
portuguesa (L2), em sua modalidade oral e escrita. 
Após muitos anos de discussão, estudos e reformulações, os aspectos 
educacionais foram se reformulando, modificando-se no sentido de 
compreender que o desenvolvimento pleno do educando surdo passa, 
necessariamente, pelo domínio do saber mundialmente construído. 
HISTÓRIA DA LIBRAS NO BRASIL 
ANO ACONTECIMENTO 
1857 Foi fundada a primeira escola 
de surdos do Brasil, conhecida 
como Instituto Nacional de 
Educação de Surdos (INES). 
1902/1912 Tivemos a comercialização 
dos primeiros aparelhos de 
surdez 
1960 William Stokoe fez o primeiro 
estudo linguístico sobre língua 
de sinais utilizada nos Estados 
Unidos (American Sign 
Language – ASL).. 
1978 Ocorreu o III Congresso 
Internacional (Gallaudet): onde 
foi divulgado ideias da 
comunicação total (conhecido 
no Brasil como português 
sinalizado), influenciando 
diversos países. 
1980 Nas décadas de 70 e 80, os 
surdos iniciaram movimentos 
exigindo mais direitos para os 
sujeitos surdos, surgiu o termo: 
deaf power (poder surdo). 
1987 É criada a Federação Nacional 
de Educação e Integração de 
Surdos – FENEIS. 
1994 É feita a declaração de 
Salamanca (é um documento 
extremamente importante no 
contexto da inclusão social, 
pois trata dos princípios, das 
políticas e das práticas em 
educação especial). 
1995 É criado um comitê de luta 
pela oficialização da língua de 
sinais (Libras) 
2002 É oficializada a Libras pela Lei 
n° 10.436. Ganha o status de 
língua por meio da referida lei. 
A partir disso, instituições 
públicas devem ofertar 
acessibilidade em língua de 
sinais em eventos e 
pronunciamentos. Os sistemas 
educacionais passaram a ter a 
opção de ofertar educação 
bilíngue, onde a Libras fosse a 
língua de ensino. 
2005 Por meio do Decreto n° 5.626, 
que regulamenta a Lei n° 
10.436, considera pessoa surda 
aquela que por ter perda 
auditiva compreende e 
interage com o mundo por 
meio de experiências visuais, 
manifestando sua cultura 
principalmente pelo uso da 
Libras. Também, oficializa a 
Libras como disciplina curricular 
obrigatória nos cursos de 
formação de professores para 
o exercício do magistério, em 
nível médio e superior, e nos 
cursos de fonoaudiologia. 
Expõe os requisitos para a 
formação de professores e 
instrutores de Libras, cria o 
PROLIBRAS (Programa Nacional 
para a Certificação de 
Proficiência no Uso e Ensino da 
Língua Brasileira de Sinais – 
Libras – e para a Certificação 
de Proficiência em Tradução e 
Interpretação da Libras/ 
Língua Portuguesa), dentre 
outras garantias. 
2006 O MEC cria o primeiro curso 
de licenciatura em 
Letras/Libras e o primeiro 
curso de bacharelado em 
Letras/Libras 
(tradutor/intérprete). 
2010 A Lei n° 12.319, de 1o de 
setembro de 2010, 
regulamenta a profissão de 
tradutor e intérprete de Libras. 
Também, aborda sobre os 
novos exames do PROLIBRAS 
a serem realizados até ano de 
6 
 
 @jumorbeck 
 
2015 e sobre a formação do 
tradutor e intérprete de língua 
de sinais. 
2011 O Decreto no 7.611, de 17 de 
novembro de 2011, dispõe 
sobre a educação especial, o 
atendimento educacional 
especializadoe dá outras 
providências. Também, foca 
nas diretrizes para a 
elaboração de materiais 
didáticos no contesto da 
educação especial. 
2014 No dia 24 de abril é celebrado 
o dia nacional da língua 
brasileira de sinais – Libras, foi 
oficializado pela Lei no 13.055, 
em 22 de dezembro de 2014; 
a data comemorativa foi 
prevista no projeto de lei (PL 
6.428/09) de autoria do 
deputado Eduardo Barbosa 
(PSDB-MG). O dia 24 de abril 
foi escolhido porque é a data 
da publicação da Lei 10.436/02, 
que trata sobre a Libras. O PL 
n° 6.428/09 atendeu à 
reivindicação da Federação 
Nacional de Educação e 
Integração dos Surdos 
(FENEIS), instituição dedicada à 
causa das pessoas surdas do 
Brasil, como parte da luta pelo 
reconhecimento e definitiva 
implantação da Libras. 
2017 Pela primeira vez, estudantes 
surdos puderam ter acesso a 
vídeos com as questões do 
Enem traduzidas na Libras. O 
Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP) disponibilizou 
salas adaptadas e os 
participantes puderam escolher 
na inscrição, se desejariam 
participar da aplicação. Os 
estudantes que optaram pela 
tradução através do vídeo, 
também tiveram acesso a um 
tradutor por dupla de 
candidatos, que pode apenas 
esclarecer dúvidas pontuais de 
vocabulário. O preenchimento 
do cartão de respostas é 
realizado normalmente pelo 
sujeito surdo. A disponibilização 
do vídeo foi feita em caráter 
experimental. A tradução 
integral do exame para Libras 
é demanda antiga, sobretudo 
daqueles que não são 
inicialmente alfabetizados em 
português e, pelo menos 
desde 2014, é discutida no 
INEP. 
2018 O curso pedagogia bilíngue na 
modalidade a distância (EaD) foi 
concebido dentro do “Plano 
Nacional dos Direitos da Pessoal 
com Deficiência – Viver sem 
Limites”. A responsabilidade 
pela implementação do 
projeto é do Instituto Nacional 
de Educação de Surdos – 
INES, assumida a partir de um 
convite do Ministério da 
Educação (MEC). Em 
dezembro de 2017, o curso 
venceu o Reimagine Education 
2018, prêmio que é 
considerado o “Oscar” da 
educação mundial. Além de 
conquistar o primeiro lugar na 
categoria “Educação híbrida”, 
quando o curso é ofertado 
misturando as duas 
modalidades: on-line e 
presencial; o projeto brasileiro 
alcançou a primeira colocação 
na categoria geral, com a 
proposta mais inovadora nas 
áreas de tecnologia e 
educação do mundo. 
 
Libras e suas modalidades comunicativas 
↠ Língua de Sinais Formal: utiliza a estrutura de língua 
de sinais, que é a imagem do pensamento, usa posturas 
corporais e faciais adequadas. Faz uso do processo 
anafórico corretamente, e os parâmetros, como a 
configuração de mãos, expressão e localização. 
↠ Língua de Sinais Informais ou Nativa: não confundir 
com dialetos, gestos, mímicas ou pantomima. Utiliza-se da 
estrutura da língua Brasileira de Sinais, porém sem as suas 
regras, há omissão de artigos, preposição, o sinal 
apresentado é composto pela imagem mental do objeto, 
pessoa, animal ou situação a ser descrita. 
↠ Português Sinalizado ou Bimodalismo: isso acontece 
entre surdos e ouvintes, por falta de conhecimento e 
estudo de Libras, o bimodalismo é usado para obter 
melhor resultado na comunicação com os surdos. Essa 
prática fere as regras sintáticas da língua de Sinais. Dificulta 
o entendimento. 
↠ Comunicação Total: uso simultâneo da Língua de 
Sinais, língua falada, imagens, escritas, etc. 
↠ PIDGIN: é a utilização de palavras de uma língua com 
estrutura de outra língua, em contato social, o pidgin 
surge do intercâmbio (português sinalizado + sinais) 
 
7 
 
 @jumorbeck 
 
ASPECTOS LINGUÍSTICOS 
↠ A Língua Brasileira de Sinais (Libras) tem sua origem 
na Língua de Sinais Francesa, em uma relação similar à 
que a Língua Portuguesa possui com o português falado 
em Portugal. Devido a isso, as línguas de sinais existentes 
pelo mundo não são universais, cada país utiliza uma 
diferente, que pode ou não coincidir com a língua de 
sinais de outro país. 
↠ Além disso, a língua de sinais sofre influências culturais 
com o passar dos anos e, como qualquer outra, possui 
expressões (sinais) que diferem de acordo com a 
localidade (regionalismos). 
↠ As línguas de sinais têm sua base de produção e 
percepção em características da modalidade gesto-visual, 
a qual utiliza o corpo para fazer movimentos no espaço 
que configuram e estruturam os sinais e as frases. 
↠ De modo geral, elas usam as mãos como uma 
ferramenta ou um recurso de comunicação, o que, para 
um leigo nesse assunto, pode parecer que o surdo está 
fazendo mímica ou apenas gestos, mas é muito mais do 
que isso, pois são compostas de regras próprias e, devido 
à sua estrutura fonológica, morfológica, sintática e 
semântica, elas não podem ser confundidas com outra 
coisa que não seja uma língua 
A língua de sinais utiliza frequentemente a iconicidade como estratégia 
de comunicação e para criar sinais. Apesar disso, muitos pensam 
incorretamente que cada sinal realizado é como um desenho, o qual 
precisa ter relação direta com o seu referente, porém, isso não pode 
ser considerado como regra. Resumindo, quando um sinal tiver relação 
direta com a coisa explicada, trata--se de um sinal icônico. 
 
No exemplo da Figura 1, o significado da palavra dirigir está 
representado na ação demonstrada pela imagem do sinal de dirigir. 
Devido a essa relação icônica, o sinal espacial é facilmente traduzido e 
entendido pelas pessoas. Na língua de sinais, é mais comum encontrar 
sinais icônicos, mas, como já mencionado, também existem sinais 
arbitrários que não possuem relação de significado com a coisa 
explicada - como você pode ver no exemplo apresentado na Figura 
2. 
 
Quanto a forma: sinais icônicos e arbitrários; 
Quanto à composição: simples e composto. 
 
PARÂMETROS DA LÍNGUA DE SINAIS 
↠ A língua de sinais é muito mais complexa do que 
somente aprender sinais ou fazer alguns gestos, pois 
deve-se ter a capacidade visuo-espacial, a qual tem sua 
base estruturada nos cinco parâmetros básicos dessa 
língua. Como a Língua Portuguesa ou qualquer outra oral, 
ela possui alguns elementos básicos, como: 
➢ configuração de mãos; 
➢ ponto de articulação ou localização; 
➢ movimento; 
➢ orientação/direcionalidade das mãos; 
➢ expressão facial e/ou corporal. 
CONFIGURAÇÕES DE MÃOS (CM) 
↠ Durante a sinalização, utiliza-se com frequência 
algumas configurações de mãos, que, resumidamente, se 
trata do formato ou contorno que as mãos assumem. 
↠ Entre os cinco parâmetros básicos das línguas de 
sinais, não consta o alfabeto manual ou as letras, apenas 
as configurações de mãos, devido a isso, é a tabela dessas 
configurações que dá origem ao alfabeto manual em 
Libras e aos números, e não o contrário. 
 
8 
 
 @jumorbeck 
 
 
Ela se apresenta através da forma que a mão toma ao ser realizado 
o sinal ou a letra do alfabeto manual. Algumas letras são usadas várias 
vezes para demonstrar uma determinada palavra, porém se 
diferenciam pelo ponto no corpo em que é expresso. 
A configuração de mãos segue a mão predominante da pessoa que 
está realizando o sinal ou palavra, ou seja, ela pode ser realizada com 
a mão direita para os destros ou com a mão esquerda para os 
canhotos, também realizada com as duas mãos. 
PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA) 
↠ A localização é um parâmetro que define onde será 
articulado o sinal, pois existe todo um espaço que pode 
ser utilizado durante a sinalização. Na Figura 4, você pode 
perceber os limites do campo de sinalização, o qual se 
situa um palmo acima da cabeça, meio braço esticado na 
altura dos ombros (até o cotovelo) e finaliza na altura da 
cintura. 
 
É identificado através do local onde ocorre o sinal, sendo que este 
sinal poderá ou não tocar em alguma parte do corpo da pessoa que 
o está realizando. 
Ex.: Para realizar o sinal de laranja e o sinal de aprender usamos a 
mesma configuração de mãos, a diferençaestá no local onde é 
realizado o sinal que é o ponto de articulação. 
MOVIMENTO (M) 
↠ O movimento é outro parâmetro que, juntamente à 
configuração de mãos e à localização, forma um tripé 
básico de sinalização. Na Figura 5, você pode observar o 
sinal de computador, o qual se realiza em espaço neutro 
com localização na altura do peito (sem encostar no 
corpo), configuração de mão em “x” (formato de um 
gancho) e movimento circular. 
 
Conforme o sinal que se realiza, ele exige movimento ou não, 
dependendo do que ele representa. O movimento também pode 
representar intensidade, que pode ainda apresentar noção de 
pluralidade, como, por exemplo: posso realizar o sinal de estudar 
(quero dizer que quero que os alunos estudem), porém, se intensifico 
esse sinal fazendo um movimento mais rápido, eu digo que quero que 
eles estudem muito. 
ORIENTAÇÃO/DIREÇÃO DAS MÃOS 
↠Os sinais podem ser determinados conforme o local ao 
qual você quer se referir, como, por exemplo, os verbos 
IR e VIR, que se opõem em relação à direção do local 
referido. 
EXPRESSÃO FACIAL E/OU CORPORAL 
↠ Para a compreensão de alguns sinais, as expressões 
que fazemos com o nosso corpo e rosto são 
fundamentais para o seu entendimento, pois através delas 
revelamos nossas emoções (alegria, tristeza, frio, raiva, 
calor etc.) e o sentido que atribuímos a determinados 
fatos, situações e objetos. Conforme a expressão que 
manifestamos, damos a entonação dentro da Língua de 
Sinais, ou demonstramos negação, dúvida, 
questionamento ou afirmamos algo. 
Princípios para o atendimento médico frente ao surdo 
↠ No Brasil, pessoas com limitações ainda vivenciam 
impedimentos para terem acesso a serviços básicos 
disponibilizados à sociedade. Dentre esses serviços, 
destacamos o atendimento em saúde. 
↠ Por muitas vezes, os surdos não conseguem ter um 
atendimento adequado, posto que o impedimento na 
comunicação caracteriza-se um desrespeito com a 
população surda. 
↠ A prática adequada de habilidades de comunicação 
(HC) entre médicos e pacientes é indispensável para bons 
e efetivos desdobramentos de um diagnóstico. 
EXAMES OBRIGATÓRIOS PARA AVALIAÇÃO AUDITIVA NOS 
RECÉM-NASCIDO 
↠ Para avaliar a audição de bebês recém-nascidos, existe 
um exame chamado “Teste da Orelhinha”, que pode ser 
Dentro desse espaço, pode-se 
escolher diversos locais para articular 
um determinado sinal e percebe-se 
que o ponto de articulação é um 
espaço neutro, pois se realiza na 
altura do ombro e no espaço à frente 
do sinalizante, contudo, sem encostar 
no seu corpo (é feito no ar. 
9 
 
 @jumorbeck 
 
realizado por um médico ou um fonoaudiólogo. Sua 
finalidade é detectar possíveis alterações auditivas. Em 2 
de agosto de 2010, foi criada a Lei nº 12.303, que torna 
obrigatória e gratuita a realização deste exame em todos 
bebês nascidos a partir desta data. Orienta-se realizar o 
teste da orelhinha, nos primeiros anos de vida do bebê (3 
meses), detectando perdas precoces que possam 
influenciar no aprendizado da linguagem. Geralmente o 
exame é realizado no berçário em sono natural, de 
preferência no 2º ou 3º dia de vida. O tempo de duração 
varia entre 5 e 10 minutos, não tem qualquer 
contraindicação, não acorda nem incomoda o bebê. Não 
exige nenhum tipo de intervenção invasiva (uso de 
agulhas ou qualquer objeto perfurante) e é absolutamente 
inócuo. 
↠ Uma vez detectada a suspeita de surdez na criança, a 
mesma é encaminhada ao fonoaudiólogo ou 
otorrinolaringologista para realizar o “Exame de 
Audiometria”. A audiometria é um exame que avalia a 
audição das pessoas. Quando detecta qualquer 
anormalidade auditiva permite medir o seu grau e tipo de 
alteração, assim como orienta as medidas preventivas a 
serem tomadas, evitando assim o agravamento. Este 
exame só pode ser realizado por um fonoaudiólogo ou 
otorrinolaringologista, pois são estes os profissionais 
habilitados a orientar corretamente todas as etapas para 
a realização do procedimento. 
Vocabulário 
saúde, telefone, televisão, medico, sexo, triffil, casa, água, 
pênis, namorar, gostar, andar, idade, homossexual, 
conquistar, perdão, carro, medicamento/remédio, dor, 
doente, cura, bem-estar, radiografia, hospital, fazer, 
estudar, felicidade, chuva, avião, borboleta, laranja, falar, 
enfermeiro, sábado, desodorante, aprender, falar, 
exemplo, cama, Deus, avião, viajar, lua, pipoca, dia, 
bom/boa, alegria, homem, mulher, mãe, criança, 
gravidez/gestante, conversar, exame, manhã, tarde, 
noite, evitar, marido, casados...

Continue navegando