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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
GLEICE GOMES DA COSTA SOUZA
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
RODRIGUES ALVES - ACRE
2021
GLEICE GOMES DA COSTA SOUZA
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Futura – Grupo Educacional Faveni, como requisito parcial para obtenção do título de (PÓS GRADUAÇÃO).
RODRIGUES ALVES - ACRE
2021
A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO
	
Autor, (Gleice Gomes da Costa Souza)
Pedagogo, Polo Rodrigues Alves - Acre, uesleimaiaueslei@hotmail.com.
RESUMO- Este artigo visa discutir as dificuldades das escolas e professores em contato ao aluno com deficiência auditiva e que enfrentam inúmeras limitações. Assim como conceituar e definir termos inclusivos e de intervenções educativas, que proporcione o combate à exclusão dentro das leis e diretrizes da educação inclusiva, como também a importância da comunicação linguística para surdos LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), como ferramenta de linguagem, sendo de suma importância a sua implantação nas escolas, e inserida em capacitação de professores e profissionais da educação, preparando o educador e a comunidade escolar para compreender um pouco mais da visão de mundo de uma criança surda. Serão discutidas a importância da inclusão de crianças com deficiência auditiva nas escolas regulares de ensino infantil, para convívio com outras crianças, para que haja interação entre ambas e que desde do primeiro contato e experiência possa surgir assim o respeito, a empatia e o combate à exclusão de qualquer que seja a limitação ou deficiência apresentação, podendo assim ter uma pluralidade em diferenças, porém com aceitação e inclusão de todos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil. Surdez. Inclusão.
INCLUSION: DEAFNESS IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION
Author, (Ueslei Costa Maia)
Pedagogo, Polo Mâncio Lima - Acre, Uesleimaiaueslei@gmail.com.
ABSTRACT- This article aims to discuss the difficulties of schools and teachers in contact with students with hearing impairment and who face numerous limitations. As well as conceptualizing and defining inclusive terms and educational interventions that provide the fight against exclusion within the laws and guidelines of inclusive education, as well as the importance of linguistic communication for deaf LIBRAS (Brazilian Sign Language), as a language tool, being of utmost importance is its implementation in schools, and inserted in the training of teachers and education professionals, preparing the educator and the school community to understand a little more about the worldview of a deaf child. The importance of including hearing impaired children in regular preschool schools will be discussed, so that they can interact with other children, so that there is interaction between them and that from the first contact and experience, respect, empathy and combating exclusion of any limitation or deficiency in presentation, thus being able to have a plurality of differences, but with acceptance and inclusion of all.
KEYWORDS: Early Childhood Education. Deafness. Inclusion.
INTRODUÇÃO
Atualmente, a educação infantil é o primeiro passo para a formação estudantil de um indivíduo, é nas creches e escolas que a criança dará início ao ensino - aprendizagem, onde a visão de mundo e sociedade serão acrescentadas e a formação como indivíduo a viver no meio social e ao mercado de trabalho é pré-requisito escolar, porém na história educacional brasileira, desde do período colonial onde apenas os filhos de brancos tinham acesso à educação, como também nos séculos posteriores em que a ideia principal de ingressar crianças ao ensino era inicialmente de auxiliar viúvas desamparadas que não tinham como manter a criança o tempo todo sobre seus cuidados, e as mães que trabalhavam fora de casa, mais mesmo as crianças sendo direcionadas as creches, aos orfanatos, asilos e casas assistenciais, as crianças continuavam sem o ensino educacional propriamente dito, contavam apenas com a segurança física da criança, a higienização corporal e bucal, e claro a alimentação. Mais a partir do século XX, mais especificamente em 1930, a educação infantil começou a contar com o setor público, com uma educação gratuita para todos, sem distinção de cor, raça ou etnia, o que já garantiu uma nova era no ensino infantil brasileiro.
O objetivo do artigo é a difusão e divulgação dos resultados das atividades de estudos, pesquisas, extensão, e resenhas acadêmicas, tratando o tema inclusão: surdez no ensino infantil. Os objetivos específicos se baseiam na inclusão das crianças com limitações auditivas que enfrentam inúmeras dificuldades e se detém de grandes limitações; a importância de ingressar essas crianças no ensino infantil, no convívio com outros colegas e meios; a falta de professores e profissionais capacitados e preparados para atende-las; a importância da ferramenta linguística LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para comunicação entre ouvintes e surdos.
Justificando o tema, (LACERDA, 2006) afirma que “A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade escolar, que se mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não necessariamente satisfatória para aqueles que, tendo necessidades especiais, necessitam de uma série de condições que, na maioria dos casos, não têm sido propiciadas pela escola.” 
Como problemática do referido trabalho, podemos destacar a afirmação de (MOURA- 1996). “A pessoa Surda tem uma forma especial de ver, perceber, estabelecer relações e valores que devem ser utilizados na educação de Surdos, integrada na sua educação em conjunto com os valores culturais da sociedade ouvinte, que em seu todo vão formar sua sociedade.”
O artigo constituirá de três etapas para sua construção, com a primeira abordando a definição de inclusão, Leis e diretrizes, conceituando o tema e suas dificuldades com a realidade atual, assim como a educação inclusiva e seu processo de desenvolvimento. A segunda etapa é o momento de conceituar o termo surdez, tal como a criança portadora da deficiência abrangendo suas dificuldades e limitações, falando da importância da interação como forma de aprendizagem. A terceira e última etapa é a vez de abordar o combate à exclusão, assim como as formas de intervenções a inclusão de crianças surdas no ensino infantil e a perspectiva de anos vindouros no cenário inclusivo educacional.
A condução deste trabalho será bibliográfica, buscando referencias de grandes autores como: (MOURA, 1996), (LACERDA, 2006) e outros.
2. A NECESSIDADE DA INCLUSÃO
	Oportunizar uma pessoa com limitações e deficiências a ter as mesmas oportunidades que as demais, vem sendo um desafio constante para as entidades e instituições. Na educação não é diferente, oportunizar uma criança com deficiência auditiva a ter as mesmas experiências que as demais crianças, mesmo sabendo que existem limitações a ela, é um desafio a todos os envolvidos nessa luta. 
	Nesse primeiro contato da criança com a escola, a responsabilidade de adapa-las ao convívio social, longe dos olhares da família, em momentos de socialização, é primordial a adaptação da escola com o contexto inclusivo, adaptável a sua deficiência. E para que isso ocorra, toda a comunidade escolar tem o dever de preparar o ambiente, as aulas, a metodologia, a recepção, e todo o suporte necessário para atender a todas as crianças de forma satisfatória. Como podemos destacar “a educação, como direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”, isso de acordo com o Artigo 205 da constituição Federal de 1988. Portanto, esse direito não pode ser burlado, tão pouco oferecido a partes e outras não, mas oferecidas a todos independente da deficiência, da crença, da raça ou sexo. 
	Mesmo com leis e diretrizes que possibilitam o direitoa educação para todos, inclusive para os deficientes auditivos, o cenário ainda está longe de chegar ao patamar de uma educação inclusiva, o que percebemos são escolas sem estruturas, professores despreparados, aulas monótonas sem criatividades e inovações, falta de recursos metodológicos e tecnológicos, e tantas outras deficiências no ensino e na educação. Dentro de um panorama de leis e diretrizes de educação para todos, vemos que no parágrafo 1º do artigo 58 da Lei 9.394/1996, conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, diz que, havendo necessidade de equipar a escola pública para atender portadores de deficiência, o poder público deve fazê-lo. Esse foi um primeiro passo tomado nos anos 1990 para promover a inclusão social dentro da escola, mas ainda não era um passo que resolvesse o problema. O parágrafo 2º do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 também fala da obrigatoriedade de haver acessibilidade para deficientes físicos em prédios públicos e no transporte público. Em relação à escola, o que mudou nos anos 2000 é que todos os prédios públicos devem ser adequados ao uso de cadeiras de rodas e a outras dificuldades de mobilidade, além de haver também a inclusão de portadores de atrasos cognitivos e deficiências mentais em escolas regulares.
	A preocupação com a inclusão precisa vir de casa, é na família o primeiro contato de inclusão, certo que uma criança com deficiência auditiva que tem acesso e direito a frequentar os mesmos lugares que uma criança “normal”, e lhe é oportunizado ter as mesmas oportunidades em casa, em afazeres e atividades, mesmo que com limitações, mais com acessibilidade, certamente o processo inclusivo se expande aos entes e familiares, exemplificando boas ações e contagiando a todos os envolvidos e circunvizinhos. No entanto, seja na escola, em casa ou na sociedade como um todo, a inclusão precisa existir. 
	É evidente que a falta de ações e atitudes inclusivas, fazem com que efeitos colaterais venham a surgir e segregar na sociedade, nas escolas de ensino infantil quando não prepara o ambiente, não capacita os professores nem dispõe de uma boa aprendizagem, gera enormes transtornos como a evasão de alunos, os quais deixam de ter o convívio social com outros colegas o que ocasiona a exclusão como um todo da sociedade, gera ainda no futuro próximo a falta de oportunidade no mercado de trabalho, a revolta e consequentemente em alguns casos a marginalização. Portanto, o papel da escola na formação desse aluno surdo é de oportunizar uma perspectiva de vida melhor, além do convívio social, oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e claro oferecer ensino – aprendizagem de qualidade, porém, a grande dificuldade enfrentada pelas escolas e instituições de ensino é exatamente de como fazer isso acontecer, de que forma apresentar e executar métodos e oportunizar aprendizagem e inclusão.
2.1 A SURDEZ É APENAS UMA DIFERENÇA, E NÃO UMA IMPOSSIBILIDADE DE CONQUISTAS
	A surdez limita a comunicação da criança surda com outra ouvinte, gerando inúmeras dificuldades de socialização, convívio e aprendizagem. Porém, existem inúmeras formas de comunicação entre elas a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), língua materna dos surdos. Mas, que infelizmente pouco conhecida e executada pela sociedade, o que gera limitações na comunidade entre ambas. Por longos anos os surdos foram considerados seres retardados e impensantes: “Acreditava-se que o pensamento não podia se desenvolver sem a linguagem e que a fala não se desenvolvia sem a audição: quem não ouvia, portanto, não falava e não pensava” (STREIECHEN, 2012, p. 13).
	Historicamente, a criança surda era considerada um ser sem direitos e não tinham acesso as oportunidades e modo de vida dos demais ouvintes, a igreja católica restringia os cuidados aos deficientes auditivos por acreditar que o homem sendo a imagem e semelhança de Deus, logo os deficientes não eram filhos de Deus, e isso desencadeava a discriminação e a exclusão dos mesmos. Vivendo nesse cenário horrendo, surgiu a ideia de buscar ajuda aos monges, para que houvesse uma forma de comunicação com os surdos, o que isso geraria posteriormente uma comunicação limitada, mas que essencial para que houvesse entendimento de fala através de gestos, o que nos dias atuais temos a Língua Brasileira de Sinais, sendo o primeiro professor de surdos reconhecido é o monge beneditino Pedro Ponce de León que viveu no século XVI, responsável por um trabalho para filhos surdos da aristocracia espanhola. Sua atuação posteriormente teve visibilidade nacional, existindo outros nobres com filhos surdos que deveriam ser educados para serem herdeiros (REILY, 2007).
	Podemos acompanhar juntos com Levy e Miguel (2015), que a educação dos surdos no Brasil começou com a vinda da família real. A convite de D. Pedro II, o docente francês Hernest Huet, (surdo, seguidor de L’Épée e adepto do método combinado) veio ao Brasil. E, em 1857 funda a primeira escola para meninos surdos – o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, o atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Na história “[...] não há referência explícita ao método utilizado por Huet, mas acredita-se que tenha sido o mesmo utilizado naquela época pelo Instituto de Paris, fundado pelo Abbé de L’Épée” (MOURA; LODI; HARRISON, 2005). Vale lembrar que Huet fazia uso do alfabeto manual e da Língua de Sinais Francesa que, em contato com os surdos brasileiros, iniciou o processo de criação da Língua Brasileira de Sinais (HONORA, 2014). 
	Segundo Skliar (1998), a surdez constitui uma diferença a ser politicamente reconhecida; a surdez é uma experiência visual, uma identidade múltipla ou multifacetada, e, finalmente, ela está localizada dentro do discurso sobre a deficiência. A criança com deficiência surda, por muito tempo sofria o preconceito de ser considerada um ser incapaz de raciocinar, de aprender e ter uma vida digna, e hoje infelizmente ainda existem famílias que excluem os filhos com limitações auditivas da sociedade, e não a levam a uma escola, pode ser raro nos dias atuais, mais ainda existem essas situações. Portanto, o preconceito familiar é o que mais marca a vida de uma criança, desde de muito cedo o surdo começa a ter a percepção de inferioridade e incapacidade de realizar atividades ou garantir os mesmos direitos dos ouvintes, com os pais privando e limitando suas ações e atitudes, a criança já começa a ter uma limitação de visão de mundo, e mesmo que essa possa ter acesso à educação, a escola encontra um desafio ainda maior de aceitação do aluno, no entanto se a educação parte de casa, a inclusão também deve vir de casa. Não sendo a dificuldade de ser ouvinte, que o surdo tem que sempre viver refém das inferioridades de sua deficiência, não apenas porque um ouvinte designou algo que a comunidade surda deve se sujeitar a ela, e tão pouco viver privada de novas descobertas e oportunidades de vida.
	A convivência escolar desde os primeiros anos de ensino, com as diferenças, com a pluralidade cultural, racial, bilíngue, faz com que a criança crie laços afetivos e respeitosos com o parceiro e amigo que apresentem limitações, é nos anos iniciais que as escolas garantem aos alunos a diversidade para todos e a troca de experiências e interação, e são os educadores os responsáveis pela formação acadêmica e ética-moralista de visão de mundo para com os alunos, é a partir da convivência diária em sala de aula que a criança terá empatia as dificuldades dos colegas, é claro que a escola e os profissionais atuantes, farão com que a criança desperte o seu lado inclusivo, que a aceitação e o respeito as diferenças do próximo precisa prevalecer na escola e na sociedade. 
	É de suma importância a comunicação entre surdos e ouvintes desde os anos iniciais, sendo a Língua Brasileira de Sinais a linguagem a ser utilizada e apresentada a todas as crianças, sendo ela ouvinte ou surda. O contato da LIBRAS com os alunos, previne inúmeras dificuldades de aprendizagem e socialização, o quanto mais cedo houver essa comunicação entreambos, melhor será o desenvolvimento intelectual, emocional e de aprendizagem dos surdos, consequentemente a interação da turma e de toda a comunidade escolar será de muitas conquistas e garantias de um surdo com limitações, porem capaz e sujeito a feitos de qualquer ouvinte. É fundamental que nós, professores conheçamos nossos alunos, não se apoiando no que falta neles, mas ter uma ideia, mesmo que vaga, sobre o que eles possuem o que eles trazem e o que eles são. (VYGOTSKY, 1989b apud MONTEIRO, 1998) 
“O significativo não é a deficiência em si mesma, não o que falta, mas, como se apresenta sou processo de desenvolvimento” (MONTEIRO, 1998, p.75).
Portanto, a escola precisa capacitar seus professores e profissionais para o atendimento as crianças surdas, além de buscar conhecimento diariamente para se aprimorar e oportunizar aos deficientes auditivos as mesma condições oferecidas aos ouvintes, assim como a família precisa desde de muito cedo aprimorar a comunicação e preparar a criança para enfrentar os desafios impostos, mas com bom relacionamento e de perspectiva de grandes conquistas.
	A surdez no ensino infantil como educação inclusiva, garante um progresso quando realizada com planejamento, e possibilitando aos professores e profissionais educativos uma capacitação para melhor atender as crianças.
2.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
	Sabemos que cada ser é diferente um do outro, sendo em ideias, atitudes ou físicas, e a escola tem o papel de ensinar não apenas o “ler e escrever”, mais o respeito as diversidades e empatia ao próximo. 
	Por muitos anos os deficientes eram excluídos da sociedade sem direito a nenhuma oportunidade, inclusive a educação, eles não poderiam frequentar as escolas pelo fato de serem considerados serem incapazes de aprender ou desenvolver alguma habilidade de um ouvinte. Essa realidade felizmente mudou, a partir de 2002, quando a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) foi implementada como a linguagem oficial dos surdos, e desde de então a luta pela expansão desse meio de comunicação entre surdos e ouvintes tem se intensificado e ganha espaço a cada dia. 
	A escola deve voltar o olhar para aulas mais inclusivas, com recursos, metodologias e criatividades voltadas para a aprendizagem de todos os alunos, o ouvinte precisa ter uma boa interação com o surdo, assim como os professores e profissionais educativos precisam buscar uma comunicação interativa gerando confiança e segurança com a aprendizagem. Os planos de aula dos professores precisam ser elaborados visando a inclusão entre todos, a turma precisa ver que é nítido a empatia e o respeito que existem entre os mesmos, mesmo sabendo que existem inúmeras diferenças e que tem colegas que apresentam dificuldades auditivas e que precisam e necessitam ser respeitadas e auxiliadas pelos ouvintes, assim como métodos de criatividades na execução das aulas. O educador de ensino infantil precisa ter a percepção de que suas aulas terão mais êxito quando planejadas e executadas de forma inclusiva, usando o lúdico como ferramenta e a criatividade como diferencial, como por exemplo, é perceptível a forma que as crianças gostam de aprender nos anos iniciais, no caso usando a forma lúdica, o educador pode usar em uma de suas aulas à música como ferramenta inclusiva, de forma que os ouvintes já conhecem a musiquinha do “Sapo Cururu”, e sabem usar a mimica e os gestos musicais para expressão corporal, o educador pode usar a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação e interação entre os alunos surdos e ouvintes, ensinando a todos os alunos a expressão corporal e a linguagem de sinais de cada palavra e alvejando o som musical sem usar o som das palavras, assim a criança surda poderá interagir com os demais colegas o uso da ludicidade, e os ouvintes podem também se impor ao mundo dos “não ouvintes”, identificando as dificuldades do colega surdo. Poderá usar também o teatro com fantoches, contando estórias sem usar expressões sonoras na execução da atividade, assim como tantas outras atividades inclusivas de diferentes formas e métodos, desde que a inclusão aconteça.
	É importante observar que a criança com dificuldades auditivas, se limita apenas a não ouvir os sons, mais que podem correr, pular, abraçar, comer, realizar atividades de locomoção, de raciocínio e até mesmo de ensinar. Portanto, o papel do professor de implementar em suas aulas métodos inclusivos, é de suma importância para que o aluno com necessidades especiais auditivas tenha o direito de executar e realizar as mesmas ações que o ouvinte, e que a aprendizagem dos mesmos depende do empenho familiar, do empenho da escola que disponibiliza recursos e capacita seus professores, assim como a criatividade o professor ao ensinar.
	É indiscutível, o manuseio da LIBRAS nas escolas de ensino infantil, com isso Fernandes (2002, p.4) esclarece que a língua de sinais é 
[...] uma língua natural em organização em todos os níveis gramaticais prestando-se às mesmas funções das línguas orais. Sua produção realizada através de recursos gestuais e espaciais e sua percepção é realizada por meio de processos visuais por isso é denominada uma língua de modalidade gestual-visual-espacial.
	Mesmo diante da inclusão de surdos nas escolas regulares, particulares ou de parceiras educacionais do anos iniciais, é necessário dar autonomia para que os mesmo possa contar suas histórias, possam se impor ao esse novo cenário, e que a escola aprenda com essas diferenças e respeitem o aprendizado que eles garantes aos ouvintes, com isso, de acordo com Machado (2008, p. 78) 
Visualizar uma escola plural, em que todos que a integram tenham a “possibilidade de libertação”, é pensar uma nova estrutura. Para tanto, é necessário um currículo que rompa com as barreiras sociais, políticas e econômicas e passe a tratar os sujeitos como cidadãos produtores e produtos de uma cultura [...] Pouco adianta a presença de surdos se a escola ignora sua condição histórica, cultural e social.
Uma sociedade inclusiva, começa com uma família inclusiva e uma escola inclusiva, voltando o olhar a essa minoria que tanto busca seu espaço e seu reconhecimento como concidadão e transformador numa sociedade cada vez mais defasada. 
3. MATERIAL E MÉTODOS
A caracterização do ambiente de pesquisa do referido artigo, se deu através de fontes pesquisadas na internet, como monografia, artigos e outros materiais digitais, buscando intensifica o estudo da inclusão nos anos iniciais, dando ênfase a deficiência auditiva como percussor dessa elaboração. A pesquisa se deu por intermédio da rede (INTERNET) em busca de artigos e monografias que esclarece e servisse de base para elaboração do referido trabalho, sempre frisando que é apenas um auxilio esclarecedor dos fatos e melhor compreensão do tema. Sendo a coleta empregada para defender a tese de uma sociedade mais inclusiva, começando no âmbito familiar e se estendendo as escolas, os relatos e divulgações de fatos e experiências oriundas das pesquisas em meios digitais, uma colaboração que nos proporcionou melhor desempenho na realização deste trabalho e uma visão mais ampla do entendimento da inclusão de surdos no ensino infantil.
1. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante do artigo apresentado e das buscas constantes para adquirir conhecimento na construção do referido trabalho, podemos observar o quão despreparados estão os órgãos governamentais na estruturação de escolas, em criar acessibilidade aos deficientes, a falta de recursos que as escolas dispõe, os despreparo dos professores e profissionais da educação para receber e alfabetizar essas crianças com deficiência auditiva. 
Em diferentes artigos e monografias pesquisadas, podemos perceber que a inclusão de surdos no ensino infantil veio sempre acompanhada de dificuldades e barreiras ao longo da história, desde de ser desconsiderado um ser divino pelo simples fato de nascer com deficiência auditiva, não tinha direito a educação e tão pouco do convívio social, posteriormente excluo da sociedade e da escola, quando enfim chegou o direito a tero acesso à escola, então intervêm a falta de recursos, materiais, professores capacitados, além do respeito e empatia pelas diferenças. Portanto, vemos que inclusão destes alunos em salas regulares de ensino tem gerado muita polêmica entre os profissionais envolvidos no processo de alfabetização. A maioria dos professores, infelizmente, não se sentem preparado para trabalhar com surdos e desconhece as técnicas metodologias eficazes para a educação destes alunos. Com isso, muitos surdos têm sofrido com as constantes reprovações ou ainda pior, muitos são aprovados sem saber ler ou escrever, sem ao menos o conhecimento das letras do seu próprio nome.
De acordo com Machado (2008, p. 78) 
Visualizar uma escola plural, em que todos que a integram tenham a “possibilidade de libertação”, é pensar uma nova estrutura. Para tanto, é necessário um currículo que rompa com as barreiras sociais, políticas e econômicas e passe a tratar os sujeitos como cidadãos produtores e produtos de uma cultura [...] Pouco adianta a presença de surdos se a escola ignora sua condição histórica, cultural e social.
Conforme lembra Dorziat (2015), a educação de surdos se expressa como uma história de equívocos, marcada por medidas educacionais que colocavam tais indivíduos como seres incompletos e que precisavam se apropriar da língua que se fazia majoritária na sociedade, privando-os de usar sua língua natural. Portanto, o fato de se estabelecer e regulamentar a Libras como a língua oficial dos surdos no início do século XXI trata-se de uma medida bastante significativa.
CONCLUSÃO
Nos anos iniciais do ensino infantil, a criança precisa interagir com as demais para garantir segurança e confiança para adaptar-se ao ambiente escolar, partindo da observação que as mesma terão. É evidente que uma criança que chega a escola nos primeiros anos educativos, sente o impacto do novo, do desconhecido, isso sendo a criança que não apresente grandes limitações, nem deficiências de aprendizagem, agora imagine uma criança com deficiência auditiva que nunca teve contato com outros colegas que sejam ouvintes, que não sabe se comunicar por sons na fala, que não tem conhecimento da Língua Brasileira de Sinais, e que precisa vivenciar e conviver diariamente com outras crianças tão diferentes e de uma visão de mundo oposta a dela, da mesma forma que as crianças ouvintes não consegue perceber, nem diferenciar a diferença que o coleguinha surdo tem, em algum momento tentar uma comunicação oral e não obter resposta, de não conseguir interagir com o mesmo, se entregando a exclusão.
A escola desenvolve um papel fundamental para a formação da criança surda, é no ambiente escolar que a mesma vai interagir com as demais, realizando descobertas, e se adaptando ao novo convívio social. É o professor o propulsor do ensino – aprendizagem dos seus alunos, e cabe ao professor adaptar-se à inclusão em suas aulas e implantar como forma de vida, sensibilizar a criança de que as diferenças precisam ser respeitadas e que o ensino se dar para todos, e de que é possível a inclusão nos dias atuais, fazendo a escola os ajustes necessários e se adaptando as necessidades dos alunos.
Infelizmente, muitos professores estão se esquivando de ensinar aulas com necessidades auditivas, querendo apenas alunos ouvintes, mostrando assim que a empatia as diferenças não está inserida nesse ambiente escolar, com isso, a escola deve monitorar, profissionalizar e garantir recursos e materiais de apoio a educação dessas crianças, além de identificar educadores que pouco se preocupam com o conhecimento de seus alunos, especialmente os deficientes auditivos. É necessário a parceria entre escola, família e educadores, assim a responsabilidade de ensinar e incluir cabe a todos eles, possibilitando ao deficiente a garantia de uma aprendizagem de qualidade, pois sabemos que na educação infantil um dos grandes objetivos é a socialização, já que por suas limitações a exclusão existe de forma natural.
Portanto, para que a educação de surdos no ensino infantil aconteça de forma eficaz, os sistemas de ensino precisam ser resinificado, restruturado e acompanhado com a linguagem bilíngue efetivando uma aprendizagem de qualidade. Os professores precisam ser capacitados principalmente com a Língua Brasileira de Sinais, e ter acesso a materiais que possam servir de auxilio e manuseio do ensino. Assim, garantir ao aluno surdo e sua família a segurança e credibilidade de que é possível aprender na escola que oferece um ensino inclusivo, e com a preocupação de lhe assegura uma perspectiva melhor de vida, combatendo a exclusão e incluindo a todos no âmbito escolar, porém, sendo possível apenas com a capacitação dos envolvidos na educação dessas crianças, e com restruturação e apoio daqueles que a podem beneficiar e garantir a inclusão educacional no ensino infantil. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me proporciona mais uma vitória em minha vida, e por me sustentar em meio as dificuldades e inúmeras limitações encontradas no decorrer deste curso.
Meus agradecimentos irão ainda a minha família, meus amigos, professores, tutores e demais envolvidos nesta minha conquista. Em especial a meu pai Josias da costa Maia e minha mãe Maria Marliz Azevedo da Costa que são educadores, professores que ultrapassaram barreiras e limites pela graça de Deus, e me proporcionaram uma excelente educação e incentivo a continuar a árdua trajetória de um educador no nosso país, em que o dinheiro não compensa, o trabalho e o esforço diário não é valorizado, mas a maior recompensa é ver uma criança que ontem foi alfabetizada por nós professores, amanhã ser o transformador da nossa sociedade, sendo nosso maior pagamento a satisfação de ver a diferença acontecer através de pequenos atos, como a alfabetização. 
Os agradecimentos ainda se estendem aos meu queridos e amados alunos, os quais me proporcionam uma melhor aprendizagem, uma experiência extraordinária, além de ser minha segunda família diariamente. 
A todos que direto ou indiretamente me ajudaram e hoje comemoram comigo essa conquista.
Muito obrigado(a).
REFERÊNCIAS
DORZIAT, A. Educação de surdos em tempo de inclusão. Revista Educação Especial, v. 28, n. 52, p. 351-364, 2015.
FERNANDES, Sueli. Departamento de Educação Especial: área da surdez, 2002. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 29/10/2020.
HONORA, M. Inclusão educacional de alunos com surdez: concepção e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2014.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. São Paulo, Campinas. Cadernos ___________Cedes, vol. 26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006.
LEVY, C. C. A. C.; MIGUEL, J. H. S. Conhecendo a história: abordagens terapêuticas. In: ______. (Org.). Manual de audiologia pediátrica. p 161-174. Bauru: Monole, 2015.
MACHADO, Paulo César. A política Educacional de Integração/Inclusão – Um Olhar do Egresso Surdo. Florianópolis: Ed. UFSC, 2008.
MOURA, M. C. Surdez e linguagem. In: LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L. F. (orgs.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2013. p. 165-183.
______; LODI, A. C. B.; HARRISON, K. M. P. História e educação: o surdo, a oralidade e o uso de sinais. In: FILHO, O. L. (Org.) Tratado de Fonoaudiologia. 2. ed. São Paulo: Tecmedd, 2005.
_____________MOURA, Maria Cecília de. O surdo: caminhos para uma nova identidade. São Paulo: PUC, tese de doutoramento, 1996.
PORFÍRIO, Francisco. "Inclusão social"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/inclusao-social.htm. Acesso em 27 de outubro de 2020.
REILY, L. O papel da igreja nos primórdios da educação dos surdos. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 35, p. 308-326, 2007.
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