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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS MBA EM CONTROLADORIA, AUDITORIA E COMPLIANCE SILAS AUGUSTO ALVES JÚNIOR CONTROLADORIA ALIADA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Os controles internos fazem parte do planejamento estratégico da corporação, segundo o Portal da Auditoria (2017) o conceito de controle interno se caracteriza pelo métodos e planejamentos adotados por um empresa com o intuito de se salvaguardar seus ativos, garantir a confiabilidade das informações contábeis e administrativas, e garantir a aderência de políticas adotadas pela alta administração, com isso evitaria fraudes, erros e ineficiências. Geralmente o setor responsável por esses controles é chamado de controladoria, de acordo com Pereira e Farias (2017) a controladoria no início era ligada somente ao departamentos de contabilidade e financeiro mas com os avanços tecnológicos a controladoria assumiu um papel mais estratégico criando indicadores e oferecendo suporte de informações para um controle mais preciso. Paula (2019) pontuou as funções da controladoria como: apoio ao planejamento estratégico, auxílio no processo operacional, controle organizacional, controle de custos e controle orçamentário. O controller é o responsável pelas demonstrações financeiras, validações de informações na folha de pagamento, análises de números e reporte à diretoria e acionistas. (SANTOS, 2020). Controller é um cargo profissional que está bem alto na hierarquia das empresas e está presente nas áreas de controladoria e finanças nas maiores empresas do mundo. Seu maior objetivo é garantir que os recursos da empresa sejam investidos da forma correta e extrair e consolidar dados que auxiliem nas tomadas de decisões da empresa toda. (FORTUNATO, 2021). Para a implantação desses controles internos, várias empresas utilizam frameworks, que são modelos já prontos a serem aplicados, entre as mais conhecidas internacionalmente são o COSO e o COBIT. (PIZO, 2017). COSO é a abreviação de "Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission”, uma organização norte-americana fundada em 1985 com o intuito de estudar e desenvolver assuntos gerenciais. Em 1992 publicou um relatório de controle interno e estrutura integrada, anos depois em 2004 publicou um novo relatório de gestão de riscos corporativos. O COSO foi reconhecido como modelo a ser aplicado para atendimento dos controles internos de acordo com a Lei SOX. (PIZO, 2017). Sua estrutura de modelo publicado em 1992 define o controle interno como um processo implantado pelos gestores a fim de evitar e mitigar os erros, este modelo é apresentado como um cubo de três faces visíveis que representam: tipos de objetivos, níveis da estrutura organizacional e componentes (PIZO, 2017), sua estrutura é baseada em alguns conceitos bases: os controles internos são um processo; controles internos são influenciados pelas pessoas; o controle interno pode oferecer um nível razoável de segurança e não absoluta. (PORTAL DA AUDITORIA, 2017). O framework passou por uma modernização depois de 20 anos de sua primeira publicação onde se manteve seus três objetivos: operacional - relacionado a eficácia e a eficiência operacional da entidade, divulgação - onde se divulga as demonstrações financeiras externas e internas, conformidade - estar de acordo com as leis que a empresa estão sujeitas. (PIZO, 2017). Seus 17 princípios são resumidos em: Ambiente de controle, Avaliação de riscos, Atividades de controle, Informação e comunicação, Atividades de monitoramento. "O controle interno sugerido pelo COSO não determina quais os riscos ou controles serão considerados; define quais os procedimentos de monitoramento; obriga um nível específico ou processo formal para documentação de monitoramento; melhora o monitoramento nas empresas em que as ações de Controles Internos já estão eficazes."(PIZO, 2017). O COBIT é uma ferramenta das boas práticas do setor de tecnologia da informação mantido pela Information Systems Audit and Control Association (ISACA). Sua aplicação é útil para gestores de TI, usuários e auditores que se consolidou como padrão internacional para estrutura, governança e controle da tecnologia da informação. (PIZO, 2017). Embora seja reconhecido no ramo de tecnologia, este modelo é recomendado para atendimento da Lei SOX, sua estrutura é estabelecida nos seguintes objetivos: objetivos do negócio, planejamento e organização, aquisição e implementação, entrega e suporte, monitoramento e avaliação. (PIZO, 2017). Para todos os processos o COBIT define níveis de maturidade segundo explicou Pizo (2017): ● Nível 0 - Inexistente: Sem qualquer nível de maturidade, quando não há gestão ou formalização; ● Nível 1 - Inicial: Quando alguns assuntos possuem controles e políticas mas não são devidamente formalizados, os eventos e incidentes não são controlados de forma regular. ● Nível 2 - Intuitivo: Quando alguns assuntos possuem controles e também boa parte de seus processos são documentados, os eventos e incidentes não tem um responsável, não havendo efetividade de controle na operação. ● Nível 3 - Definido: Neste nível há controle, políticas de endereçamento aos responsáveis, são documentados, formalizados e evidenciados. Seus eventos e incidentes tem um responsável e existe certa efetividade no controle de suas operações. ● Nível 4 - Gerenciado:Neste nível o gerenciamento monitora, mede a aderência aos procedimentos e toma ações onde os processos não estão funcionando de acordo, aqui os controles da operações estão sob melhoria constante. ● Nível 5 - Otimizado: O último e o mais alto dos níveis, aqui os processos foram refinados com as boas práticas baseados nos resultados das melhorias contínuas. Os indicadores do processo proporcionam sempre oportunidade de melhorias e uma autoavaliação. Somente a partir do nível 3 (definido) atende a Lei SOX e o COBIT é um complemento ao COSO que não estabelece controles específicos para o setor de tecnologia da informação. REFERÊNCIAS FURTUNATO, Renata. O QUE FAZ UM CONTROLLER? ENTENDA A IMPORTÂNCIA DESSE PROFISSIONAL. In: AfixCode. [S. l.], 1 mar. 2021. Disponível em: https://www.afixcode.com.br/blog/o-que-faz-um-controller/. Acesso em: 17 out. 2021. PAULA, Gilles B. de. Controladoria nas empresas: funções, estrutura e importância. In: Treasy. [S. l.], 6 de maio de 2019. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/controladoria-nas-empresas/. Acesso em: 17 out. 2021. PEREIRA, Vaniza; FARIAS, Cláudia dos Santos. Fundamentos da Controladoria. [S. l.: s. n.], 2017. PIZO, Frank. Mapeamento de Controles Internos Sox: Práticas de controles internos sobre as demonstrações financeiras. [S. l.]: Editora Atlas, 2017. PORTAL da Auditoria. [S. l.], 18 dez. 2017. Disponível em: https://portaldeauditoria.com.br/controle-interno/. Acesso em: 17 out. 2021. SANTOS, Edicreia Andrade dos. Controladoria voltada para a área de negócios. [S. l.]: Contentus, 2020. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/184709. Acesso em: 17 out. 2021.
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