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Resumo Fisiologia Gastrointestinal Parte 2

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Kevilly Ramos - Nutrição UFPI 
 
 
Parte 2 
 
Secreções e suas propriedades 
✓ Considerações gerais 
Secreções do trato GI e das glândulas associadas 
incluem água, eletrólitos, proteína e agentes 
humorais. A água é essencial para gerar um 
ambiente aquoso, para a ação eficiente das 
enzimas. A secreção de eletrólitos é importante 
para a geração de gradientes osmóticos que 
direcionam o movimento da água. 
Secreção Salivar 
A secreção salivar é importante para a 
umidificação, proteção e hidratação do alimento e 
da boca. Suas funções gerais são: 
• Lubrificação do bolo alimentar 
• Facilitação do sabor com as papilas 
gustativas 
• Ação antimicrobiana 
• Regulação da temperatura dos alimentos 
• Digestão dos carboidratos (amilase) e 
lipídeos (lipase) 
- As propriedades importantes da saliva são grande 
intensidade do fluxo relativa à massa da glândula, 
baixa osmolaridade, alta concentração de K+ e de 
constituintes orgânicos, incluindo enzimas 
(amilase, lipase), mucina e fatores de crescimento. 
- A secreção primária é produzida pelas células 
acinares nas partes secretórias finais (ácinos) e é 
modificada pelas células do ducto, quando a saliva 
passa por eles. A secreção primária é isotônica, e a 
concentração dos íons principais é similar à do 
plasma. 
- A secreção final engloba absorção liquida de 
soluto, impermeabilidade à água; produzida pelas 
células ductais. 
- As glândulas salivares produzem fluxo prodigioso de 
saliva. 
 
 
 
 
- O fluxo sanguíneo para a máxima secreção salivar 
nas glândulas é de aproximadamente 10 vezes o de 
uma massa igual de músculo esquelético se 
contraindo ativamente. 
- A estimulação dos nervos parassimpáticos para as 
glândulas salivares aumenta o fluxo sanguíneo pela 
dilatação da vasculatura das glândulas. 
- O polipeptídio intestinal vasoativo (VIP) e a 
acetilcolina são liberados pelas terminações 
simpáticas parassimpáticas, nas glândulas 
salivares, e são vasodilatadoras durante a secreção. 
- O controle da secreção salivar é exclusivamente 
neural. 
A secreção salivar é estimulada pelas duas 
subdivisões, simpática e parassimpática, do sistema 
nervoso autônomo. 
- O controle fisiológico primário das glândulas 
salivares ocorre por meio do sistema nervoso 
parassimpático. 
- A excitação dos nervos simpático ou 
parassimpático para as glândulas salivares estimula 
a secreção salivar. Se o suprimento parassimpático 
é interrompido, a salivação fica acentuadamente 
diminuída e as glândulas salivares se atrofiam. 
 
 
Kevilly Ramos - Nutrição UFPI 
Secreção Gástrica 
O fluido secretado pelo estômago é chamado suco 
gástrico. O suco gástrico é uma mistura das 
secreções das células da superfície epitelial e as 
secreções das glândulas gástricas. 
✓ Composição das Secreções Gástricas 
Assim como outras secreções GI, o suco gástrico 
tem constituintes inorgânicos e orgânicos, junto 
com água. Entre os componentes importantes do 
suco gástrico estão HCl, sais, pepsinas, fator 
intrínseco, muco e HCO3. A secreção de todos 
estes componentes aumenta após a refeição. 
- A secreção de HCl ocorre pelas células parietais 
do corpo do estomago; há uma maior quantidade de 
mitocôndrias que demandam energia, e por isso é 
necessária a ação da bomba hidrogênio-potássio-
ATPase. 
- Há variações da produção de HCl de acordo com 
as fases de digestão: 
• Cefálica: produz cerca de 30% do HCl por 
ação vagal (estímulos como cheiro, 
deglutição, mastigação) 
• Gástrica: produz cerca de 60% do HCl por 
distensão, chegada de aminoácidos e 
pequenos peptídeos; além do hormônio 
gastrina que é ativado. 
• Intestinal: cerca de 10% do HCl por 
produtos da digestão proteica. 
- A inibição da secreção de HCl ocorre para que 
não haja acumulo desse ácido no estomago e 
demais regiões gastrointestinais, evitando uma 
corrosão da mucosa intestinal. 
Secreção de Pepsina 
A secreção de pepsina ocorre devido a liberação de 
HCl, meio ácido, e ocorre a conversão da sua forma 
inativa (pepsinogênio) à forma ativa (pepsina). É 
importante para a digestão proteica. 
✓ Proteção da Mucosa 
A mucosa intestinal possui fatores protetores: 
• Estomago e duodeno com seus epitélios; 
junções de oclusão; vasos de lâmina; 
• Mucina: carboidratos que fazem adesão à 
mucosa 
• Fatores danosos: antinflamatórios, etanol, 
cigarro; quimioterápicos; hiperacidez e 
esvaziamento gástrico demorado; 
isquemia; reações autoimunes e gastrites; 
infecções bacterianas. 
Secreção do Fator Intrínseco 
Possui os mesmos estímulos que induzem a 
liberação de HCl. Induz a produção da vitamina 
B12 (cobalamina). A deficiência de vitamina B12 
pode ocasionar anemia megaloblástica. 
 
Secreção Pancreática 
O pâncreas, localizado sob o estômago é grande 
glândula composta, com a maior parte de sua 
estrutura semelhante à das glândulas salivares. 
- As enzimas digestivas pancreáticas são secretadas 
pelos ácinos pancreáticos, e grandes volumes de 
solução de bicarbonato de sódio são secretados 
pelos ductos pequenos e maiores que começam nos 
ácinos. O produto combinado de enzimas e 
bicarbonato de sódio flui, então, pelo longo ducto 
pancreático, que normalmente drena para o ducto 
hepático, imediatamente, antes de se esvaziar no 
duodeno pela papila de Vater, envolta pelo 
esfíncter de Oddi. 
- O suco pancreático é secretado de modo mais 
abundante, em resposta à presença de quimo nas 
porções superiores do intestino delgado e as 
características do suco pancreático são 
Kevilly Ramos - Nutrição UFPI 
determinadas, até certo ponto, pelos tipos de 
alimento no quimo. 
✓ Enzimas digestivas pancreáticas 
- A secreção pancreática contém múltiplas enzimas 
para digerir todos os três principais grupos de 
alimentos: proteínas, carboidratos e gorduras. 
- As mais importantes das enzimas pancreáticas na 
digestão de proteínas são a tripsina, a 
quimotripsina e a carboxipolipeptidase. A mais 
abundante é a tripsina. 
- Estímulos básicos que causam secreção 
pancreática ocasionada por três estímulos básicos: 
• Acetilcolina: liberada pelas terminações do 
nervo vago parassimpático e por outros 
nervos colinérgicos para o sistema nervoso 
entérico. 
• Colecistocinina: secretada pela mucosa 
duodenal e do jejuno superior, quando o 
alimento entra no intestino delgado. 
• Secretina: também secretada pelas 
mucosas duodenal e jejunal, quando 
alimentos muito ácidos entram no intestino 
delgado. 
- A secreção pancreática, semelhante à secreção 
gástrica, ocorre em três fases: 
• Cefálica: durante a fase cefálica da 
secreção pancreática, os mesmos sinais 
nervosos do cérebro que causam a secreção 
do estômago também provocam liberação 
de acetilcolina pelos terminais do nervo 
vago no pâncreas. 
• Gástrica: a estimulação nervosa da 
secreção enzimática prossegue, 
representando outros 5% a 10% das 
enzimas pancreáticas secretadas após 
refeição. No entanto, mais uma vez, 
somente pequena quantidade chega ao 
duodeno devido à falta continuada de 
secreção significativa de líquido. 
• Intestinal: Depois que o quimo deixa o 
estômago e entra no intestino delgado, a 
secreção pancreática fica abundante, 
basicamente, em resposta ao hormônio 
secretina. 
 
Secreção de Bile pelo Fígado 
A bile tem papel importante na digestão e na 
absorção de gorduras, não porque exista nela 
alguma enzima que provoque a digestão de 
gorduras, mas porque os ácidos biliares realizam 
duas funções: 
• Ajudam a emulsificar as grandes partículas 
de gordura, nos alimentos, a muitas 
partículas diminutas, cujas superfícies são 
atacadas pelas lipases secretadas no suco 
pancreático; 
• Ajudam a absorção dos produtos finais da 
digestão das gorduras através da membrana 
mucosa intestinal. 
- A bile serve como meio de excreção de diversos 
produtos do sangue. Esses produtos de resíduos 
incluem especialmente a bilirrubina, produto finalda destruição da hemoglobina e o colesterol em 
excesso. 
- A bile é secretada pelo fígado em duas etapas: 
• A solução inicial é secretada pelas células 
principais do fígado, os hepatócitos; essa 
secreção inicial contém grande quantidade 
de ácidos biliares, colesterol e outros 
constituintes orgânicos. É secretada para os 
canalículos biliares, que se originam por 
entre as células hepáticas. 
• Em seguida, a bile flui pelos canalículos em 
direção aos septos interlobulares para 
desembocar nos ductos biliares terminais, 
fluindo, então, para ductos 
progressivamente maiores e chegando 
finalmente ao ducto hepático e ao ducto 
biliar comum. Desde esses ductos, a bile 
flui diretamente para o duodeno ou é 
armazenada por minutos ou horas na 
vesícula biliar, onde chega pelo ducto 
cístico. 
 
Kevilly Ramos - Nutrição UFPI 
 
- A bile é secretada continuamente pelas células 
hepáticas, mas sua maior parte é, nas condições 
normais, armazenada na vesícula biliar, até ser 
secretada para o duodeno. 
- Grande parte da absorção na vesícula biliar é 
causada pelo transporte ativo de sódio através do 
epitélio da vesícula biliar, seguido pela absorção 
secundária de íons cloreto, água e muitos outros 
constituintes difusíveis. 
 
✓ Composição da Bile 
- As substâncias mais abundantes, secretadas na 
bile, são os 
• Sais biliares: responsáveis por cerca da 
metade dos solutos na bile. 
• Bilirrubina 
• Colesterol 
• Lecitina 
• Eletrólitos usuais do plasma. 
- No processo de concentração na vesícula biliar, a 
água e grandes frações dos eletrólitos (exceto íons 
cálcio) são reabsorvidas pela mucosa da vesícula 
biliar; essencialmente, todos os outros 
constituintes, em especial os sais biliares e as 
substâncias lipídicas colesterol e lecitina, não são 
reabsorvidos e, portanto, ficam concentrados na 
bile da vesícula biliar. 
 
 
- A Colecistocinina Estimula o Esvaziamento da 
Vesícula Biliar. 
- As funções dos sais biliares são baseadas na 
absorção de gordura pela formação de micelas 
✓ O fígado 
- Possui função mista de produção da bile e 
emulsificação de gorduras; síntese do colesterol; 
conversão de amônia em ureia; desintoxicação; 
síntese de protrombina e fibrinogênio; destruição 
das hemácias; síntese e armazenamento de 
glicogênio; armazenamento de algumas vitaminas 
(A, B12, D, E, K) e alguns minerais (ferro e cobre); 
síntese de albumina e síntese de 
angiostensinogenio. 
- Seus níveis de metabolização podem ser físico 
(células de Kuppler – macrófagos) ou enzimáticos 
(toxinas endo e exógenas)

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