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Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEE) _____________________________________________________ Classificação - De acordo com a topografia de lesão: 1. Hemorragia epidural 2. Hemorragia subdural 3. Hemorragia subaracnóidea 4. Hemorragia intraparenquimatosa _____________________________________________________ Hematoma Epidural (HED) Epidemiologia: - 1% das admissões por TCE = acidentes automobilísticos - Sexo masculino x feminino = 4:1 - Idade mais frequente = 15 – 30 anos - Raro antes dos 2 anos e após os 60 anos (dura máter mais aderida a tábua interna) Fisiopatologia: - O sangramento epidural ocorre frequentemente nas regiões frontotemporais por ruptura da artéria meníngea média ou de seus ramos (85%) - Sinais de instalação rápida —> Elevação da PIC —> Herniação do úncus —> compressão do TC —> óbito - Também pode ocorrer sangramento da V. meningéia média ou seio dural Quadro Clínico: - Apresentação clássica (10 a 27% dos casos): • Breve perda de consciência pós-traumática • Intervalo lúcido de várias horas (como durante esse intervalo lúcido o sangramento foi crescendo, o paciente pode evoluir para coma) • Cefaléia intensa • Convulsões • Obnubilação, hemiparesia contralateral e dilatação pupilar ipsilateral — pupila de Huchtinson (em 60% dos casos) • Óbito (em 20 a 55% dos casos) Exames Complementares: - RX de crânio: normal em 40% dos casos - RX de coluna cervical: para afastar lesão cervical associada - TC: melhor exame (mostra imagem biconvexa de alta densidade) Conduta: - Drenagem cirúrgica do hematoma (evitando sua expansão) _____________________________________________________ Hematoma Subdural (HSD) Classificação: - Hematoma subdural agudo (HSDA) - Hematoma subdural subagudo (HSSA) - Hematoma subdural crônico (HSDC) Hematoma subdural agudo (HSDA): - Epidemiologia: • TCE é a etiologia mais comum, especialmente em idosos anticoagulados • No idoso, o TCE pode ser leve ou nem mesmo ser reconhecido - Fisiopatologia: • É a mais comum e letal das lesões intracranianas traumáticas! • Ocorre em lesões cranioencefálicas fechadas graves • Geralmente existe lesão cerebral associada (contusões, hematomas e lesão axonal difusa) - Quadro Clínico: • Coma logo após o TCE • Piora clínica progressiva • Hemiplegia • Pupila de Hutchinson • Mortalidade > 80% (por lesão cerebral subjacente) - Exames Complementares • Tomografia Computadorizada: • Massa em forma de crescente de atenuação aumentada adjacente a tábua interna + edema cerebral - Mortalidade: • Óbito: em 50 a 90% dos casos • Óbito em pacientes em uso de anticoagulantes: em 90 a 100% dos casos - Conduta: • Drenagem cirúrgica do hematoma Hematoma subdural crônico (HSDC): - Epidemiologia: • Acometem geralmente idosos • TCE identificado em < 50% • Bilaterais em 20 - 25% dos casos - Fatores de Risco: • TCE (mesmo os mais triviais, como queda de nível) • Abuso de álcool • Convulsões • Coagulopatias • Quedas - Fisiopatologia: • Líquido semelhante a “óleo de motor” (não coagula) • Originam-se de hematomas subdurais agudos: • Hematoma —> inflamação —> fibroblastos —> neomembrana —> neocapilares + fibrinólise do coágulo —> ressangramento das neomembranas e absorção de líquidos • Evolução lenta - Clínica: • Sintomas evoluem lenta e gradualmente • Cefaléia • Sonolência • Mudança de comportamento (diferente de demência) • Afasia • Convulsões • Hemiplegia • Pupila de Hutchinson • Prognóstico tende a ser favorável - Exames Complementares: • Tomografia Computadorizada: • Massa em forma de crescente de atenuação aumentada adjacente a tábua interna + edema cerebral - Conduta: • Pode ocorrer tratamento conservador, na dependência do tamanho do hematoma • Monitorar o estado neurológico e realizar tomografias seriadas • Evacuar o hematoma, com ou sem drenagem associada do espaço subdural _____________________________________________________ Hematoma Subaracnóide (HSA) Epidemiologia: - Trauma é a causa mais comum - Aneurismas intracranianos rotos = 75 a 80% das HSA espontâneas, com 10 a 28 casos por 100000 habitantes (28000 rupturas/ano), sendo que 10% morrem antes de chegar no hospital - Pico de idade é aos 55 – 60 anos - 30% ocorrem durante o sono - 50% com sintomas de alerta (6 – 20 dias antes) Fatores de Risco: - Hipertensão - Doenças do tecido conjuntivo - História familiar - Abuso de substâncias (Tabagismo, Etilismo, Cocaína) Clínica: - Cefaléia (97% dos casos): • Forte intensidade (“a pior dor de cabeça da minha vida”) • Início súbito (ápice em menos de 1 minuto) • Pode desaparecer (cefaléia sentinela) – 30-60% • Meningismo (regidez de nuca) – surge em 6 a 24h - Coma: • PIC aumentada • Lesão do tecido cerebral por hematoma intraparenquimatoso • Hidrocefalia • Isquemia difusa (↑PIC) • Convulsões • ↓FSC - Hemorragia Subhialoidea: • Sangue permeia o nervo óptico e pode ser percebido na oftalmoscopia • Visualizado em hemorragias muito volumosas Exames Complementares: - TC = 95% evidenciam sangue subaracnóide ou intraventricular - Punção lombar: pode ser realizada em caso de dúvida - Angioressonância cerebral: pode não detectar pequenos aneurismas - Arteriografia cerebral: padrão ouro Classificação de Hunt e Hess Conduta - Pode ser guiada pelo Hunt e Hess (em graus mais elevados não recomenda-se a intervenção cirúrgica devido o elevado risco) - Abordagem Geral: • Reposição hídrica precoce e agressiva • Profilaxia de convulsões • Emoliente fecal • Analgésicos • Antieméticos • Exérese do aneurismo roto, se o paciente estiver estável - Vasoespasmo: • Desenvolve-se a partir do 5º dia • Pode ser evitado com: • Nimodipina 30mg 3 x dia (bloqueador do canal de cálcio) • Cilostazol 10mg 2 x dia _____________________________________________________ Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP) Epidemiologia: - Corresponde a 10% dos AVE - Aproximadamente 12 - 15 casos por 100000/ano - Início durante atividade física Fatores de Risco: - HAS (principal fator de risco!) - Angiopatia cerebral amilóide (Hemorragias lobares de repetição e Idosos) - Sexo masculino - Afrodescendentes - História familiar - Idade avançada - Hemofilia - Anticoagulantes - Cocaína - MAV Clínica: - Fraqueza - Parestesia - Tontura - Náusea e vômitos - Dificuldade de fala - Dificuldade visual ou diplopia - Confusão - Cefaléia - Topografia da Lesão: - Clínica da Hemorragia de Putâmen: • Local mais comum de HIC • Hemiparesia contralateral —> hemiplegia - Clínica da Hemorragia Talâmica: • Perda hemisensitiva contralateral • Hemiparesia se houver envolvimento da cápsula interna • Cefaléia em 20 - 40% • Extensão para tronco cerebral —> paralisia do olhar vertical, ptose, miose, anisocoria, perda da convergência, nistágmo de retração, pupilas não reativas - Clínica da Hemorragia Cerebelar: • Compressão direta do tronco cerebral • Coma se instala antes da hemiparesia - Clínica da Hemorragia Pontina: • Pupilas mióticas • Respiração apnêustica • Tetraplegia • Coma Exames Complementares: - TC ou RM (gradiente-eco): evidencia hiperdensidade no parênquima cerebral Conduta: - Cuidados rigorosos com a PA - Intervir cirurgicamente em sangramentos do núcleos da base somente se houver risco de herniação transtentorial - Considerar cirurgia nos hematomas cerebelares, devido a compressão do TC. Epidemiologia: Fisiopatologia: Quadro Clínico: Exames Complementares: Conduta: Classificação: Hematoma subdural agudo (HSDA): Hematoma subdural crônico (HSDC): Epidemiologia: Fatores de Risco: Clínica: Exames Complementares: Classificação de Hunt e Hess Conduta Epidemiologia: Fatores de Risco: Clínica: Exames Complementares: Conduta:
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