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TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMICILIARES E INDUSTRIAIS CCE1741 (Aula 6 – 29/09/2021) Profa. Rafaela Landeiro Atividade 2 – Primeira Parte (Prazo final - 13/10) - Primeira parte da Atividade 2 (5%): Cálculo do volume necessário para um tanque de equalização, indicando todos os passos realizados (enviar pela sala de aula virtual da Estácio ou via e-mail, rafaelalandeiro@gmail.com, até o dia 13/10). Os dados para o cálculo estão no slide a seguir. - Segunda parte da atividade 2 (25%): Prova no dia 06/09, somente no horário da aula, 18:50 às 22:20h. O link da prova será disponibilizado no início da aula Atividade 2 (Prazo final - 13/10) Calcular do volume necessário para um tanque de equalização, indicando todos os passos realizados com os dados da Tabela 1 (enviar pela sala de aula virtual da Estácio ou via e-mail, rafaelalandeiro@gmail.com, até o dia 13/10). Os passos incluem: ▪ a construção de uma tabela com os valores da vazão média (m3/h), volume acumulado ao final de cada hora e volume acumulado ao final de cada hora (utilizando a vazão média. ▪ Apresentação do gráfico utilizando os dados da tabela construída. ▪ Cálculo do volume do tanque de equalização. Tabela 1: Dados sobre a vazão de um efluente industrial Equalizador ✓ A equalização de vazão é usada para amortecer os carregamentos, hidráulicos e orgânico, de uma estação de tratamento de esgoto. ✓ Em alguns casos, ter a equalização da vazão permite que sejam superados problemas operacionais associados com grandes variações de vazão e melhorar o desempenho das unidades do processo. Equalizador: Interpretação dos diagramas M – Midnight – meia-noite / N – Noon – meio-dia Diagramas esquemáticos para a determinação do volume de equalização necessário para os dois padrões típicos de vazão. O diagrama pode ser utilizado para determinar o volume necessário de armazenamento para equalização. A Figura ao lado mostra o volume acumulado e o volume acumulado médio como uma função da hora do dia. Para determinar o volume de equalização necessário, tome a distância vertical entre o volume médio acumulado e a linha paralela, que é tangente à curva do volume acumulado. Equalizador: Dados fornecidos Dados calculados Período Hora Vazão média (ft 3 /s) Vazão média (m 3 /s) Conc. Média DBO (mg/L) Fluxo acumulado no final do período (m 3 ) Carga de DBO (kg/h) 0 a 1 1 9,7 0,275 150 988,8 148,32 1 a 2 2 7,8 0,221 115 1784,0 91,44 2 a 3 3 5,8 0,164 75 2375,2 44,34 3 a 4 4 4,6 0,130 50 2844,1 23,45 4 a 5 5 3,7 0,105 45 3221,3 16,97 5 a 6 6 3,5 0,099 60 3578,1 21,41 6 a 7 7 4,2 0,119 90 4006,3 38,53 7 a 8 8 7,2 0,204 130 4740,2 95,42 8 a 9 9 12,5 0,354 175 6014,5 223,00 9 a 10 10 14,5 0,411 200 7492,6 295,63 10 a 11 11 15,0 0,425 215 9021,7 328,76 11 a 12 12 15,2 0,430 220 10571,2 340,89 12 a 1 1 15,0 0,425 220 12100,4 336,40 1 a 2 2 14,3 0,405 210 13558,1 306,13 2 a 3 3 13,6 0,385 200 14944,5 277,28 3 a 4 4 12,4 0,351 190 16208,6 240,17 4 a 5 5 11,5 0,326 180 17380,9 211,02 5 a 6 6 11,5 0,326 170 18553,2 199,29 6 a 7 7 11,6 0,328 175 19735,7 206,94 7 a 8 8 12,9 0,365 210 21050,7 276,16 8 a 9 9 14,1 0,399 280 22488,1 402,46 9 a 10 10 14,1 0,399 305 23925,5 438,40 10 a 11 11 13,4 0,379 245 25291,5 334,67 11 a 0 12 12,2 0,345 180 26535,1 223,86 Média Média 10,8 0,307 170 213,37 Determine o volume necessário ao tanque de equalização: Equalizador: Interpretação dos diagramas Preencher tabela abaixo para as 24 horas Equalizador: Interpretação dos diagramas Preencher tabela abaixo para as 24 horas 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 8 a 9 12 a 1 4 a 5 8 a 9 0 a 1 4 a 5 Hora do dia C a rg a D B O ( k g /h ) -1000 -500 0 500 1000 1500 2000 V a z ã o ( m 3 /h ) Carga de DBO equalizado Carga de DBO Vazão Média horária Vazão média EFEITO DA EQUALIZAÇÃO NA VAZÃO E DBO EFEITO DA EQUALIZAÇÃO NA VAZÃO E DBO Realizar o cálculo da carga de DBO com a vazão equalizada, para a menor concentração de DBO e para a maior concentração de DBO. Verificar a diferença entre estas cargas de DBO, antes da equalização e após a equalização. Tratamento Primário Remove sólidos inorgânicos e matéria orgânica em suspensão. A DBO é removida parcialmente e os sólidos em suspensão quase que totalmente. Pode remover de 40 a 70% dos sólidos em suspensão e cerca de 35% da DBO5. Os processos de tratamento primário são os seguintes: • Decantação primária; • Coagulação/floculação; • Flotação. • Neutralização • Precipitação química Tratamento Primário ✓O tratamento físico-químico por coagulação/floculação de águas residuárias (efluentes) decorrentes dos processos industriais tem sido empregado, na maioria das vezes, a nível primário, precedendo tratamento biológico de depuração, objetivando reduzir a carga afluente, consequentemente, obtendo-se menores dimensões destas unidades. ✓Os curtumes, as indústrias têxteis, as indústrias de celulose e papel são as que mais empregam este tipo de tratamento associado ao tratamento biológico. ✓A finalidade principal é a remoção de poluentes inorgânicos, materiais insolúveis, metais pesados, matérias orgânicas não biodegradáveis, sólidos em suspensão, cor, etc. Coagulação ✓ A água pode conter uma variedade de impurezas, destacando-se, entre estas, partículas coloidais. ✓ As partículas coloidais apresentam carga superficial negativa, impedindo que as mesmas aproximem-se umas das outras e, assim, permanecendo no meio líquido, se suas características permanecerem inalteradas. Fonte :https://www.quimica.com.br/floculacao-poliacrilamidas/3/ Mecanismos que atuam na coagulação Os coloides que possuem partículas eletricamente carregadas se mantêm estáveis. A resultante entre as forças repulsivas de Coulomb e forças atrativas de Van der Waals cria uma barreira de energia que impede a aproximação das partículas coloidais, pois as forças repulsivas são mais intensas. Essa barreira de energia varia com o pH (cargas dependentes do pH). A aproximação das partículas a uma distância necessária para que ocorra floculação ocorre quando o potencial zeta for nulo; a este ponto chama-se ponto isoelétrico. O ponto isoelétrico pode ser alcançado pela neutralização das cargas da partícula. De acordo com a natureza das partículas dispersas no líquido, podem-se classificar os coloides em: - Suspensóides ou Hidrofóbicos (estes coloides são bastante instáveis e, portanto mais fáceis de serem precipitados). - Hidrofílicos ou emulsóides: (são coloides mais estáveis, portanto necessitam de uma maior quantidade de eletrólitos para serem precipitados). Suspensões Coloidais O que difere uma dispersão coloidal de uma solução verdadeira e de uma suspensão é principalmente o tamanho das partículas. Enquanto, em uma solução verdadeira, os íons e moléculas ali dispersos possuem dimensões de apenas poucos Angströns (Å – 1 Å = 10-10 m) as partículas do estado coloidal variam entre 10 a 1000 Å. Em uma suspensão as partículas são maiores que 10.000 Å. De acordo com a natureza das partículas dispersas no líquido, podem-se classificar os coloides em: - Orgânico: proteínas, amido, matéria orgânica em decomposição. - Inorgânico: argilas, óxidos metálico. Suspensões Coloidais Problemas relacionados ao uso de detergentes – “Aumento da solubilidade das impurezas em água” ✓ Sabões e detergentes são surfactantes, ou seja, possibilitam que substâncias não polares, como óleo e graxa se emulsifiquem, e sejam lavados (removidos) com um solvente polar, a água. Surfactantes são substâncias que aumentam a solubilidade de uma substância em outra. Coagulação ✓ Para que as impurezas possam ser removidas, é preciso modificar algumas características da água e, consequentemente, das impurezas, através da coagulação. ✓ O processo é muito rápido, variando desde décimos de segundo a cerca de 100 segundos, dependendo de características como: pH, temperatura, condutividade elétrica, potencial zeta, cor verdadeira, carbonoorgânico, turbidez, tamanho e distribuição de tamanhos de partículas em estado coloidal e em suspensão) Coagulação ✓ A coagulação, geralmente realizada por sais de alumínio e de ferro, resulta de dois fenômenos: - o primeiro essencialmente químico, consiste nas reações do coagulante com a água e na formação de espécies hidrolisadas. Coagulação ✓ A coagulação, geralmente realizada por sais de alumínio e de ferro, resulta de dois fenômenos: - o segundo, fundamentalmente físico, consiste no transporte das espécies hidrolisadas para que haja contato com as impurezas (coloidais) presentes na água. Fonte :https://www.quimica.com.br/floculacao-poliacrilamidas/3/ Reações de hidrólise do íon alumínio hidratado Problema: Como o Al(H2O)6 3+ é um ácido, ele reage com as bases constituintes da alcalinidade e haverá um abaixamento do pH. Em águas com baixa alcalinidade, é necessária a utilização de agentes alcalinizantes simultaneamente ao uso do sulfato de alumínio, de modo a corrigir a alcalinidade e favorecer a ação do coagulante. Coagulação ✓Alcalinidade da água: A alcalinidade de uma água é uma medida da sua capacidade de neutralizar ácidos ou absorver íons de hidrogênio sem mudança significativa do pH. As principais fontes de alcalinidade em águas são: bicarbonatos (HCO3 -), carbonatos (CO3 2-) e hidróxidos (OH-). A alcalinidade devida a bicarbonatos de Ca, Mg e Na é muito comum em águas naturais. ✓A presença de alcalinidade é fundamental na etapa de floculação da água, pois os coagulantes normalmente utilizados necessitam de um teor mínimo de alcalinidade para promover a formação de flocos. ✓Quando não há um mínimo de alcalinidade na água, utilizam-se agentes alcalinizantes como, por exemplo, cal, hidróxido de sódio e carbonato de sódio. A alcalinidade total de uma amostra é normalmente expressa em mg/L de CaCO3. Coagulação ✓ É a formação de flocos, a agregação, ou a reunião das partículas já desestabilizadas na etapa de coagulação. ✓ A floculação deve ser iniciada com agitação intensa e, com o tempo, ser abrandada até se tornar bem lenta. A agitação facilita o choque entre as partículas para formar flocos maiores. ✓ A floculação pode ser pericinética, quando o choque entre as partículas é resultado do movimento browniano e da força da gravidade. A energia que provoca o movimento é de origem interna. Quando a energia que provoca o movimento é externa, diz-se que a floculação é ortocinética. A velocidade das partículas pode ser gerada pelo próprio movimento da água, na floculação hidráulica, ou por agitadores mecânicos, na floculação mecânica. Floculação
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