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Citologia Basica N A célula é a unidade básica da vida, sendo a menor unidade dos seres vivos capaz de carregar todas as atividades necessárias à vida. N Possui todos os componentes físicos e químicos necessários para sua manutenção e crescimento. N Nutrientes essenciais + ambiente adequado = sobrevivência in vitro de células bacterianas (sobrevivência em meio controlado). N Nenhuma parte da célula é capaz de sobreviver por si mesma. N Existem dois tipos fundamentais de célula: Procariótica e Eucariótica. PROCARIONTES Definição: De acordo com a primeira edição de “Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology”, os procariotos são definidos como: células isoladas ou em associação simples. N Em resumo são as bactérias. N As células são divididas em 2 reino: Archaebacteria e Eubacteria (Woose). Características: N São menores que as células eucarióticas (10x menor). N Possui crescimento rápido devido a divisão frequente, a ocorrência mutações, adaptações e/ou respostas a estímulos. N São células simples devido sua estrutura simples, DNA disperso e ausência de organelas e são complexas devido sua multiplicidade e diversidade bacteriana. DNA: N Não possuem núcleo distinto (DNA separado da membrana), por isso possui seu material genético disperso no citoplasma pela falta de carioteca. N Seu material genético (características genotípicas e fenotípicas) é formado apenas por um filamento de DNA circular, o qual pode ser observado como um anel destituído de proteínas. N Como o seu núcleo (envoltório nuclear) carece de membrana nuclear, todo o DNA se dispersa no citoplasma na forma de ribossomos, os quais realizam a síntese proteica. ´ Diversidade: N Ocupam todos os ambientes do planeta (frios, quentes, sem oxigênio, com oxigênio, com outros gases). N Geralmente são habitantes de ambientes úmidos e predominantemente unicelulares, mas formas filamentosas, miceliais e colônias podem ocorrer. N Formas usualmente conhecidas de procariotos são os cocos, bastonetes (ou bacilos) e espirilos (vibriões), porém sua diversidade morfológica é enorme. N Sua diversidade os torna capazes de colonizar ambientes inacessíveis a eucariotos. N Tem alto potencial de adaptar-se funcional e estruturalmente a mudanças de ambiente. Respiração: N Nos procariotos, a anaerobiose ocorre em todos os tipos de metabolismo. N Os anaeróbios utilizam outros compostos como aceptores finais de elétrons (NO3,SO4), ao contrário dos aeróbios, que utilizam oxigênio. N A exposição ao oxigênio tem um efeito deletério aos anaeróbicos, um ver que eles não possuem as enzimas superoxidismutase, catalase e peroxidase que removem os compostos tóxicos H2O2 e O2 resultantes da utilização do O2 como aceptor final de elétrons. Estrutura: N Membrana Fotossintética: Complexo proteico envolvido na fotossíntese. N Ribossomos: Unidades livres no citoplasma que é responsável pela síntese de proteínas; N Mesossomo: Metabolismo energético, respiração e divisão celular; N Vacúolo: Bombeia o excesso de água presente no interior da célula; N Citoplasma: Substância gelatinosa de solução aquosa na área intracelular, tem papel estrutural, mantem o formato da célula e armazena substâncias. N Flagelo: Filamento oco que permite a locomoção celular; N Cápsula: Estrutura mucosa, composta de polissacarídeo. Reveste a célula externamente, fornecendo proteção e impedindo a desidratação; N Parede Celular: Rigidez, proteção e controla das trocas de substancias com o meio; N Membrana Citoplasmática: Permuta substâncias com o ambiente exterior realiza as reações complexas da célula; N Filamento cromossômico: Fitas de DNA dispersas no citoplasma (isso a faz ser facilmente exporta a agentes externos); N Estas células se nutrem por meio de fontes de carbono e energia obtidas pela ação fototrófica (empregam a luz solar como fonte de energia) ou pela ação quimiotrófica (aproveitam energia de compostos químicos. EUCARIONTES Definição: São as que possuem núcleo delimitado por um envoltório nuclear. Estão dentro do Domínio Eukarya. Compõem a maior parte dos organismos vivos da terra. Características: Mais complexas do que os procariontes. N Células com núcleo verdadeiro; N A membrana nuclear individualizada, denominada cariomembrana, permite a existência de um núcleo definido (carioteca). N Possui diversas organelas membranosas no seu interior; N Possuem membrana plasmática e citoplasma. N Possuem compostos químicos concentrado que facilitam as reações químicas. N A presença de organelas facilita as reações, já que os reagentes estão mais próximos. Reinos (Cavalier-Smith): N São classificados em 5 reinos de acordo com Cavalier-Smith. Estrutura: N Membrana plasmática: Permeabilidade seletiva e reserva de energia. N Núcleo: Controle das atividades celulares. Armazena os cromossomos, estruturas do DNA e moléculas proteicas. N Nucléolo: Produção de ribossomos, armazenamento de RNA e de proteínas. N Lisossomo: Digestão intracelular. N Vacúolos: Típico de células vegetais. Armazena água e outras substâncias. N Citoplasma: Preenche o interior da célula. N Ribossomos: Síntese de proteínas. N Centríolos: Formação de cílios e flagelos e é fundamental para o processo de divisão celular. N Citoesqueleto: Organização interna, formato da célula, deslocamento de substâncias e de organelas intracelulares. N Retículo endoplasmático granuloso: Síntese de proteínas. N Retículo endoplasmático liso: Síntese de lipídios e desintoxicação celular. N Complexo golgiense: Secreção celular (recebe, transforma e libera substâncias). N Mitocôndria: Liberação de energia para o metabolismo celular e respiração celular. N Cloroplastos: É presente nas células vegetais e participa do processo energética. N Parede celular: Estrutura típica dos vegetais e da proteção extra à membrana plasmática. N Vesículas: Transporte de substâncias. Diversidade: N A grande diversidade biológica se deve aos fenômenos de meiose e mitose. Além desta variedade, estes seres podem atingir grandes dimensões e se especializarem em atividades e funções muito intricadas. N Os seres eucariontes são diferenciados pelas estruturas existentes entre as células animais e as vegetais. Na célula vegetal, as paredes celulares são mais duras, os vacúolos citoplasmáticos normalmente são maiores que os vacúolos da célula animal e apresentam cloroplastos, plastídios, mitocôndrias e plasmodesmas. A célula animal (devido à ausência de cloroplastos) possuem muitos vacúolos pequenos. COMPARAÇÃO Célula: N Células procarióticas: 0,2 – 5 m de diâmetro. N Células eucarióticas: 10 – 100 m. N As células raramente aumentam de tamanho (multiplicação celular). Tamanho máximo de uma célula: É governado pelos mecanismos: Absorção de nutrientes e outros gases; Área superficial; Movimento interno de reagente e materiais (encontro entre eles) e Eficiência de descartes de resíduos. Relação Área x volume para absorção de água, nutrientes e gases, o movimento interno de reagente e para o descarte de resíduos. https://www.todamateria.com.br/meiose/ https://www.todamateria.com.br/mitose/ https://www.todamateria.com.br/celula-vegetal/ https://www.todamateria.com.br/cloroplastos/ https://www.todamateria.com.br/celula-animal/ N Área = 4.pi.r² N Volume = (4.pi.r³)/3 Assim, o aumento do raio de uma célula, aumenta muito mais o volume do que a área. N Eficiência celular = A / V (menor volume maior eficiência). Quando o volume do citoplasma aumenta, ele ameaça a membrana plasmática e o transporte nãoé eficiente. MICROSCOPIA A microscopia é uma técnica que permite a visualização de estruturas minúsculas que são invisíveis ao olho nu. Por causa das células serem minúsculas, é necessário o uso de microscópios para analisa-las. Dimensões das células: Microscópios: Tem a capacidade de aumentar a resolução de estruturas extremamente pequenas através de lentes especializadas. Tipos de microscópios: N Microscópio Óptico (a base de luz), que pode ser o Microscópio Composto, Microscópio de contraste de fase, Microscópio de fluorescência, Microscópio escuro ou o Microscópio confocal. N Microscópio eletrônico (a base de elétrons), que pode ser Microscópio de transmissão, Microscópio de varredura, Microscópio de Tunelamento ou o de Força Atômica. MICROSCÓPIO ÓPTICO N Utiliza luz visível como fonte de iluminação. N Aumento possível de até 1000x. N As estruturas internas da célula não são evidenciadas e os objetos devem ser muitos finos. N Uso de corantes há mais de 150 anos, pois geralmente as células são transparentes. Princípio de funcionamento: A luz é uma onda com certo comprimento visível ao nosso olho. Esse microscópio manipula a luz de modo que a condense num ponto específico para poder ampliar as dimensões do material de estudo. O microscópio óptico composto: É utilizado para visualização de estruturas celulares e teciduais por intermédio da ampliação da luz refletida pela amostra em análise. Resolução: Capacidade de distinguir dois pontos distintos. O microscópio óptico tem resolução máxima de 1000x Estrutura: N O braço geralmente é de ferro fundido ou aço para evitar movimentar durante o uso e para não atrapalhar o conjunto de lentes do microscópio. N É no canhão que se fixa as lentes oculares. N O charriot serve para movimentar a lamina. N O revolver fixa as lentes objetivas. Cada lente objetiva tem uma abertura numérica diferente e assim, um aumento diferente. N As lentes oculares têm aumento fixo de 10x e é onde a luz vai ser condensada para os nossos olhos. N A mesa ou platina, é onde se encaixa as laminas com a amostra com um grampo. N Dentro do condensador há um conjunto de lentes que vão focalizar a luz na amostra. N O iluminador emite luz, que é controlada pelo ajustador de luz. N O parafuso macrométrico (ajuste grosseiro) e o micrométrico (ajuste simples) focalizam a amostra, abaixando ou subindo a mesa. N As lentes objetivas captam a luz e emitem-nas para as lentes oculares. Caminho da Imagem: Há uma lâmpada na parte de baixo, que erradia a amostra. A luz é recebida pelas lentes do condensador, que condensa os feixes luminosos para um ponto. O feixe de luz é captado pelas lentes objetivas, após passar pelo objeto a imagem é transferida para a lente ocular e depois para os olhos. Por isso, os objetos ficam em posição inversa. O objeto, para ser visível, deve ser transparente e fino o suficiente para a passagem de luz. Caminho da Luz: O iluminador gera a fonte de luz, que percorre duas lentes condensadoras e focaliza na amostra. As lentes objetivas captam a luz e as transmitem até o prisma, onde a luz é refletida e desviada para a lente ocular e vai para a linha de visão, onde enxergamos a amostra. Lentes: Temos 4 tipos de lentes objetivas: 4x, 10x, 40x e 100x e as lentes oculares têm o aumento fixo de 10x. O aumento definitivo do material a ser visto é dado pela multiplicação da lente objetiva pela ocular. Sendo assim, o mínimo é um aumento de 40x e o máximo é o aumento de 1000x. É possível fazer uma correção pequena nas lentes, como por exemplo para quem usa óculos. Cálculo da potência das lentes: N Pt = Potência Total N P Io = Potência lente ocular (10x) N P Iob = Potência lente objetiva Corantes: É comum utilizar corantes nas amostras para visualização no microscópio óptico devido ao baixo contraste das amostras não coradas. Observação pelo microscópio óptico: Uma célula animal corada com azul de metileno, em que é possível ver o núcleo, o citoplasma e a membrana plasmática. Cálculo da resolução: 𝐑 = 𝟎, 𝟔𝟏𝛌 𝐍𝐬𝐢𝐧𝛂 N R = Resolução N λ = Comprimento de onda (0,5m) N N = Índice de refração (ar=1 e óleo de imersão=1,4) N Sen = Seno do âng do cone de luz (90°=1) MICROSCÓPIO ELETRÔNICO N Utiliza elétrons como fonte de iluminação ao invés de luz. N Elétrons: Comprimento de onda muito menor que o visível. N Direcionamento dos elétrons por campo magnético. N Tem o aumento máximo muito maior que o óptico. Tipos: Microscópio Elétrico de Transmissão e Microscópio Elétrico de Varredura Microscópio Elétrico de Transmissão: Os elétrons passam pelas lentes condensadoras por dentro do material biológico, refletem numa tela fluorescente até o observador. Pode ser usado para observação de células mortas (cortes), observação de detalhes de estruturas internas, etc. Observação pelo microscópio eletrônico de transmissão: Uma célula animal, em que é possível ver o núcleo, o citoplasma, a membrana plasmática, nucléolo, reticulo endoplasmático rugoso, mitocôndrias, complexo de golgi e assim por diante. Microscópio Elétrico de Varredura: Ele bombardeia elétrons que não penetram no material e retornam, assim eles definem a superfície e imagem interna do objeto (intensidades diferentes) Elétrons que retornam = modelos tridimensionais. Não usado para visualizar estruturas internas, pois o preparo especial que o material é submetido impede a passagem dos elétrons. Estudo de células mortas. Observação pelo microscópio eletrônico de varredura:
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