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AS PRIMEIRAS NOTAS DE AULA – A FEDERAÇÃO 
 SEMESTRE 2020.2 – PROFESSORA MÔNICA MELLO 
 
 
 
 
 
Notas de Aula 2 
Plano de Aula 2020.2 
 
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: 
▪ Disciplina: Direito Constitucional II 
▪ Código: J 575 Pré-requisito: D. Constitucional I 
▪ Número de créditos: 04 (quatro) créditos 
▪ Professora: Mônica Mello 
▪ E-mail: mellomonica@unifor.br 
 
2. SÍNTESE DO CURRÍCULO LATTES: 
 Professora especialista e mestre em direito constitucional. 
3. EMENTA 
 
 
4. OBJETIVO GERAL: 
 
5. Metodologia 
A metodologia de trabalho será mista, com emprego de aulas expositivas, discussões em grupo sobre 
tema previamente definido, debates e observação, apresentação de seminários, realização de 
pesquisas dirigidas, realização de exercícios de interpretação constitucional. Poderão ser empregados 
recursos didáticos como data show, retro projetor, vídeos e palestras com profissionais da área 
jurídica. 
 
6. RECOMENDAÇÕES OU INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES: 
A CHAMADA SERÁ REALIZADA EM TODAS AS AULAS REALIZADAS. 
FALTAS - Não há abono de faltas. (Resolução R 21 -05 e R 18 -05) 
 
8. OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO(A) ALUNO (A): 
De acordo com a Resolução CEPE nº10/2007, art. 2, poderá ser computada pontuação pela 
participação em atividades de pesquisa, resolução de exercícios, visitas técnicas orientadas, 
participação em eventos de natureza científico-cultural, estudos bibliográficos, participação 
e uso de tecnologias de informação e comunicação, dentre outros. 
 
 + O presente projeto está de acordo com o novo Programa da Disciplina da UNIFOR 
 
 
 
mailto:mellomonica@unifor.br
Notas de Aula 3 
MÓDULO I - FEDERAÇÂO 
 UNIDADE I – O ESTADO 
Contribuição para ideia de Estado: 
- Ideias: Aristóteles (diferenciação das funções), Locke (Inglaterra), Montesquieu (França) 
- Revoluções 
- Constituições 
ELEMENTOS DO ESTADO 
a) Poder Soberano 
b) Povo (Nação) 
c) Território 
Finalidade: bem comum 
→ FORMA DE ESTADO: Modo de exercício Estado Unitário 
Estado federal 
→ FORMA DE GOVERNO 
→ Presidencialismo e Parlamentarismo 
 
• A Importância da História Constitucional 
• Atualidades 
• Povo x Território X Poder (Soberania) 
Notas de Aula 4 
Diferenças : 
PAÍS: aspectos físicos, paisagem territorial 
ESTADO: organização que tem por fim específico e essencial a 
regulamentação globas das relações sociais entre os membros de 
uma dada população sobre um dado território, na qual a ordenação 
expressa a idéia de poder institucionalizado 
NAÇÃO: É a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo 
étnico, falando o mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, 
formando assim, um povo, cujos elementos componentes trazem 
consigo as mesmas características étnicas e se mantêm unidos pelos 
hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional. 
 
 
Algumas indagações sobre conceitos formados que merecem um 
desenvolvimento maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas de Aula 5 
 
UNIDADE II – A ESTRUTURA 
 
2. Entes da federação brasileira: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
3. A peculiar situação dos territórios. 
 
4. Distribuição de competências: Normativa, Material, Tributária. 
 
Intervenção federal e intervenção estadual. 
 
CONCEITO 
 
 A análise inicial deve ser através dos tipos de ESTADO. Mas, isso não é 
matéria que já passamos? Qual a razão de revermos? 
 
 Vamos lá! 
 
 Já vimos que temos: 
 
ESTADO UNITÁRIO E ESTADO FEDERAL 
 
ESTADO UNITÁRIO: centro único de poder, distendido por todo território 
(centralização) = só um centro emanado de normas. Centralização política e 
administrativa. Exemplos: França, Holanda, Portugal, Bélgica, Peru, Uruguai, Panamá. 
 
 É a mais simples, a mais lógica, a mais homogênea 
 
 A ordem jurídica, a ordem política e a ordem administrativa se acham 
conjugadas em perfeita unidade orgânica, referidas a um só povo, um só 
território, um só titular do poder público de império 
 
 
 
Notas de Aula 6 
Queiroz Lima ao assegurar que: ”O Estado 
Unitário é o Estado Padrão. A teoria clássica da soberania 
nacional foi concebida em referência a essa forma normal de 
Estado, e as características da soberania – unidade, 
indivisibilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade – só ao 
Estado Unitário se aplicam integralmente 
 
 
ESTADO UNITÁRIO, o unitarismo brasileiro teve um aspecto semifederal. 
Estado unitário é um Estado ou país que é governado 
constitucionalmente como uma unidade única, com uma legislação 
constitucionalmente criada. O poder político do governo em tais 
Estados pode ser transferido para níveis inferiores, como os das 
assembléias eleitas local ou regionalmente, governadores e prefeitos 
("governo devolvido"), mas o governo central detém o direito principal 
de retomar tal delegação de poder 
 
TIPOS: 
 
A) Estado Unitário Puro 
 
- Inexistência de regiões administrativas autônomas ou meramente 
desconcentradas 
- Inexistência de desconcentração ou descentralização da administração ou da 
jurisdição 
- atribuições em um só centro produtor de poder 
 
B) Estado Unitário Desconcentrado 
(Ou Estado Descentralizado Administrativamente) 
 
 Tem autonomia administrativa 
 Não tem autonomia política. 
 Repartem o poder administrativamente mas a tomada de poder é ordenada 
por um poder central. 
Notas de Aula 7 
 Pessoas são criadas para executar as decisões tomadas pelo poder central. 
José Afonso cita a criação de autarquias territoriais sem autonomia política 
(p. 99). 
 
 Desvantagens? 
 Burocracia 
 Demora na prestação do serviço 
 
C) Estado Unitário Regional 
 
- Descentralização administrativa e política. 
 - Há um campo mínimo de atuação, qual seria a melhor execução do 
comando central. 
 - Mais comum nos países europeus 
 - Grau de descentralização 
- Descentralização de cima para baixo 
 Poder central transfere, por lei nacional, competências 
administrativas e legislativas 
 
 História 
 
O Estado Regional é como Estado unitário descentralizado, foi estruturado, 
pela primeira vez, na Constituição espanhola de 1931. Nele ocorre uma 
descentralização, que pode ser administrativa como ainda política. Têm-se, assim, 
regiões que se aproximam dos Estados-Membros de uma federação, quando, por 
exemplo, dispõem da faculdade de auto-organização. Contudo as regiões não se 
confundem com os Estados-Membros, pois não dispõem do poder constituinte 
decorrente, já que o estatuto regional tem de ser aprovado pelo órgão central. 
 
 
DÚVIDA???!!! 
Ué?! Então quer dizer que a 
descentralização não é um fator 
definidor de um Estado Unitário e 
Estado federal?! 
Não! 
 
Notas de Aula 8 
Michel Temer adverte que a 
descentralização é fator 
indicativo, mas para haver um 
Estado Federal, deve haver outras 
características (Elementos do 
Direito Constitucional p. 60, 20 
ed. SP, 2005) 
 
 
 Dica de Leitura 
TEXTO 1- Estado Unitário, Estado Regional, 
Estado Federal, Sérgio Resende 
 
 
 
 
O ESTADO FEDERAL: descentralização política com mais de um centro produtor 
de normas além da autonomia política, também possui capacidade legislativa. 
 
Dalmo Dalari: união de alianças, de Estados baseada em uma Constituição e onde 
os Estados perdem a soberania, mas preservam sua autonomia 
 
 
5. Diferente também do Estado confederado. 
 
A Confederação: constitui em uma associação de Estados soberanos que se unem 
para determinados fins (defesa e paz externas). Não perdem sua soberania interna e 
externa. Surge através de pacto, de um tratado. 
 
Características da Confederação: 
 Manutenção da soberania 
 Vários Estados associados 
 Política comum de defesaexterna e segurança interna 
 Órgãos interestatais 
 Poderes variam quanto à espécie e ao número, conforme delegação cometida. 
 
Notas de Aula 9 
Como é a Confederação: 
 Tratado internacional 
 Possibilidade de secessão 
 Estados se conservam autônomos e soberanos 
 Não cria nenhum poder estatal, ou ordenamento provido de imperium sobre os 
Estados participantes da comunhão 
 O poder lida com os Estados e não com os cidadãos; 
 A ação se projeta ordinariamente para fora e não para dentro; 
 Reconhecimento da personalidade jurídica internacional 
 
 
Precisamos também distinguir: desconcentração, descentralização administrativa e 
descentralização política. 
 
Desconcentração quando se transferem para diversos órgãos, dentro de uma 
mesma pessoa jurídica, competências decisórias e de serviços, mantendo tais órgãos 
relações hierárquicas e de subordinação. 
 
Descentralização administrativa: “quando há transferência de atividade 
administrativa ou, simplesmente, do exercício dela para outra pessoa, isto é, desloca-
se do Estado que a desempenharia através de sua Administração Central, para outra 
pessoa, normalmente pessoa jurídica”. Assim, a descentralização administrativa 
implica a criação, por lei, de novas pessoas jurídicas, para além do Estado, às quais 
são conferidas competências administrativas. 
 
Descentralização política: ocorre quando se confere a uma pluralidade de pessoas 
jurídicas de base territorial competências não só administrativas, mas também 
políticas (Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, no Direito Constitucional 
brasileiro). 
 
 
 
 
Notas de Aula 10 
 
DIFERENÇAS 
 
Descentralizar 
 Atribuição de Personalidade Jurídica Própria 
 Competências administrativas 
 Capacidade decisória 
 Agilidade e democratização da administração 
 Eficiência 
 
 Desconcentrar 
 um representante do poder central 
 Possibilidade de divisões territoriais 
 Desvantagens? 
 Burocracia 
 Demora na prestação do serviço 
 
Quem são os entes da Federação? 
 
 
 
Constituição
União Estados
Distrito 
Federal
Municípios
Notas de Aula 11 
 
COMO ERA E COMO FICOU: 
• 
1534 
Capitanias do Brasil. 
• 
1573 
Dois estados. 
• 
1709 
As sete províncias originais. 
• 
1789 
Inconfidência Mineira. 
• 
1823 
Províncias do 
império brasileiro. 
• 
1889 
Estados da República. 
• 
1943 
Territórios de fronteira. 
• 
1990 
Atuais estados da federação e 
Distrito Federal 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1534.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1534
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1572.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1573
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1709.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1709
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%ADncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1789.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1789
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inconfid%C3%AAncia_Mineira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1823.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1823
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1889.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1889
http://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1943.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1943
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fronteiras_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Brazil_states1990.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
 Universidade de Fortaleza 
Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 12 
 Maiores Influências 
 
 Independência norte-americana 1776 
(Convenção da Filadélfia) 
 Guerra da Secessão 
 União das colônias inglesas que haviam 
se declarado independentes 
politicamente da Inglaterra 
 Constituição dos EUA em 1787 
 
 
História 
 
 No semestre passado estudamos as influências trazidas por países 
como Inglaterra, França e Estados Unidos. 
 
 
 E de onde vem a origem de nossa federação? 
 
O início é demarcado quando foi criada as 12 capitanias hereditárias por D 
João III, onde havia governadores com poderes limitados. 
 
Em 28/02/1821 passaram a ser províncias. Com independência do Brasil já 
tínhamos 18 Províncias. Durante o Império já tínhamos 20 províncias. 
 
O período de transição marcado pelo sistema colonial mercantil escravista 
para o sistema capitalista baseado no trabalho assalariado, acelerou a idéia 
da Federação. 
 
Em 1823, antes de surgir a primeira constituição, a idéia foi rejeitada. 
 
Em decorrência da abdicação de D. Pedro I (1831), surge em 1834, o Ato 
Adicional, e com as reformas instituídas por uma combinação de interesses 
entre as elites políticas provinciais e o Estado nacional imperial, veio a 
 Universidade de Fortaleza 
Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 13 
previsão da autonomia das províncias, traz o federalismo. A Federação só 
surgiu após a proclamação da República em 1889. 
 
Tudo por influência dos EUA, quando em 1787, surgiu as ex-colônias inglesas 
que cederam parte de sua soberania, mesmo que autônomas para se tornar 
um novo Estado. 
 
Relembrando o que já tratamos em sala de aula: 
 
PRINCÍPIO FEDERATIVO: refere-se a forma de Estado, caracterizando-se 
pela distribuição de poder, preservando autonomia dos entes políticos que a 
compõem. 
 
No Brasil está relacionado com a divisão entre União, Estado, Distrito Federal 
e Municípios. 
 
E os Territórios? 
 
Os Componentes da Federação possuem poder de auto-organização, podem 
ter um ordenamento constitucional próprio, desde que não conflitante com 
as normas da Constituição Federal, são autônomos, mas não soberanos 
porquanto limitados por uma lei maior. 
 
Entre suas características podemos citar: 
 Constituição federal rígida 
 Bicameralismo, com um órgão representando a Federação - Senado 
 Autonomia estatutária, política, financeira, administrativa, 
 Distribuição de competências 
 Existência de uma Corte Constitucional-STF 
 Intervenção 
 Impossibilidade de secessão 
 
Conceito de Estado Federal: podemos denominar de ente dotado de 
soberania (poder supremo). Produto de sua constituição, fruto do exercício 
do Poder Constituinte Originário. 
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 14 
≠ União: entidade Federal formada pela reunião das partes componentes, 
não é soberana, mas possui suas prerrogativas e goza de autonomia. 
 
 
Função do Estado Federal 
Manter, organizar e proteger o povo. 
 
Possui 3 elementos: 
 
- o povo, o território e o governo. 
 
Os PRINCÍPIOS do Estado Federal são: 
 
- nacionalidade única para a população; 
- repartição de competências; 
- renda própria dos Estados; 
- autonomia constitucional de organização; 
- intervenção para o equilíbrio federativo; 
- participação do Estado no legislativo federal; 
- possibilidade de criação de Estados ou alteração 
territorial; 
- órgão de cúpula do Judiciário para interpretar a 
Constituição = STF 
 
TIPOS 
a) Por agregação(Centrípeto) : cedem parte de 
sua soberania para agregar-se entre si. 
Por desagregação (Centrífugo): aquele estado 
unitário que se descentraliza. 
 
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 15 
b) Dual: divisão rígida da repartição de atribuições, 
contempla apenas as competências privativas entre as 
entidades federadas. 
Cooperativo: interação da repartição de 
competências, mais moderno surgiu com o Estado do 
Bem Estar Social. 
 
c) Simétrico: divisão de competências e receitas 
igualitárias. 
 Assimétrico: competências e receitas de maneira 
não uniforme. Assim promove as desigualdades 
regionais (tratar os desiguaisdesigualmente 
 
 
Dica de Leitura TEXTO 2 - ESTADO FEDERAL E 
ESTADOS FEDERADOS NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988: 
DO EQUILÍBRIO FEDERATIVO·de CARLOS MÁRIO VELLOSO (PARTE) 
 
QUEM VAI DISTRIBUIR AS COMPETÊNCIAS? 
 
Inicialmente esclarecemos que competência é a 
faculdade de emitir decisões, diversas modalidades de 
poder para realizar suas funções. 
 
Para repartir as competências deve se levar em conta 
o princípio da predominância de Interesse = aquelas 
que norteia repartição, p.e.x. a União caberá matérias 
de interesse geral, nacional, aos Estados as matérias 
e assuntos de predominante interesse regional, e aos 
Municípios os assuntos de interesse local. 
Existe a validez da legitimidade da repartição 
realizada através da Constituição? 
 
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 16 
A resposta é afirmativa considerando que o que está 
expresso representa a vontade do povo, enquanto 
representados no CN. 
 
 
Critério para distribuição de competências: 
1) Reserva: 
União: poderes enumerados (art 21 a 23) 
Estados: poderes remanescentes (Art 25, parágrafo 1º.) 
Municípios: enumerados (art 30) 
DF ( Estados + Municípios) (art 32, parágrafo 1º.) ver exceção art 22, XVII. 
2) Delegação: art 22, parágrafo único – autoriza os Estados a legislar sobre 
questões específicas da competência da União, obedecendo 3 
requisitos:formal (através de LC), material (ponto específico), implícito (art 
19, vedação para todos) 
3) área comum de atuação administrativa 
paralela – art 23 
4) área de atuação legislativa concorrente – art 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 17 
 
Unidade III – COMPETÊNCIAS 
 
 
Partilha Constitucional de Competência: 
 
Princípio geral dominante na partilha de competências: predominância do 
interesse. 
 
União geral/nacional 
Estados-membros regional 
Municípios local 
 Distrito Federal interesse regional + local 
 
Classificadas por diversas formas, a mais usual é com relação ao ente 
político, quanto ao que devem fazer ou não fazer conforme determina a 
Constituição. Senão vejamos como é a distribuição da competência para as 
pessoas jurídicas de direito público interno: 
 
União 
• competências exclusivas - art. 21; 
• competências privativas - art. 22, parágrafo único; 
• competências legislativas - art. 22; 
• competências administrativas - art. 21; 
• competências tributárias – residual 
Estados-membros 
• competências exclusivas - art. 25, §§ 2º e 3º; 
• competências legislativas – residual; 
• competências administrativas – residual; 
• competências tributárias - art. 155. 
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 18 
Municípios 
• competências legislativas - art. 30, I e II; 
•competências administrativas - art. 30, III, IV, V, VII, VIII; 
• competências tributárias - art. 156. 
Área de atuação comum aos entes federativos: 
• competências concorrentes/legislativas - art. 24; 
• competências comuns/materiais - art. 23; 
• Competências tributárias comuns - os fundos e quotas de participação em 
tributos e o art. 145 da Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
Quanto a REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS teremos uma aula bem legal sobre isso> 
Aguardem! 
 
 Filme: Hotel Ruanda 
 
DESORDEM DO ESTADO. 
O filme retrata uma guerra – a qual, embora tenha acabado no papel, continua pegando fogo – de um país africano 
chamado Ruanda. 
As nações européias lavaram suas mãos para os hutus, minoria massacrada pelos tutsis. 
A diversidade étnica no continente africano é um dos fatores responsáveis pelo desencadeamento de vários conflitos 
armados, no entanto, muitas dessas guerras no continente são consequências dos processos de colonização e 
descolonização dos países africanos, pois os colonizadores não respeitaram as diferenças culturais entre as diversas 
etnias, separando grupos que viviam em harmonia e, muitas vezes, colocando em mesmo território grupos rivais. Essa 
atitude contribuiu bastante para intensificar os problemas na África, após terem explorado a riqueza do continente, os 
europeus deixaram o território com graves problemas econômicos, sociais e uma série de conflitos separatistas e 
étnicos. A coisa seria muito pior se não fosse Paul Rusesabagina, que abrigou um monte gente no seu hotel, o Hotel 
Ruanda. 
 Universidade de Fortaleza 
Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 19 
Unidade IV – CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS 
 
 
 A SUA EXECUÇÃO DEPENDE DE COMENDO CONSTITUCIONAL 
 
- Abordagem constitucional 
- Variações 
- Estudo de casos 
 
Vamos ler um exto publicado pela Câmara ? 
 
A divisão do Brasil começou em 1534, quando ainda era uma colônia. Nessa 
época, foi dividido em 15 faixas, chamadas de capitanias hereditárias. Já em 1709, 
foi segmentado em sete províncias: Grão-Pará, São Paulo, Maranhão, 
Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Pedro. De lá para cá, aumentou sua 
extensão e foi redividido por várias vezes. O mapa atual do país é resultado da 
Constituição de 1988, que manteve a definição de territórios federais, mas acabou 
com aqueles que existiam. Diferentemente dos estados, os territórios não têm 
autonomia, pertencem à União, e por isso seus governadores são nomeados pelo 
presidente, sem eleição. Com a nova legislação, Roraima e Amapá foram 
transformados em estados, Fernando de Noronha foi incorporado a Pernambuco e 
Goiás foi desmembrado, dando origem a Tocantins. 
Todas essas mudanças no mapa estão previstas na Constituição, que diz o seguinte: 
"os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei complementar". Ou seja, para que um novo estado 
seja criado, é necessário que seja apresentada uma proposta ao Congresso, que 
pode aprovar a realização de uma consulta popular. Se a população votar pelo sim, 
o documento volta para o órgão legislativo, onde precisa receber a maioria absoluta 
dos votos (metade mais um da Casa) para ser aprovado. Depois, o projeto ainda 
dever passar pelo presidente da República, que poderá sancioná-lo para então 
entrar em prática. 
 
(https://novaescola.org.br/conteudo/2259/como-funciona-o-processo-de-criacao-de-novos-
estados#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20do%20Brasil%20come%C3%A7ou,de%20Janeiro%20e
%20S%C3%A3o%20Pedro.) 
https://novaescola.org.br/conteudo/2259/como-funciona-o-processo-de-criacao-de-novos-estados#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20do%20Brasil%20come%C3%A7ou,de%20Janeiro%20e%20S%C3%A3o%20Pedro.
https://novaescola.org.br/conteudo/2259/como-funciona-o-processo-de-criacao-de-novos-estados#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20do%20Brasil%20come%C3%A7ou,de%20Janeiro%20e%20S%C3%A3o%20Pedro.
https://novaescola.org.br/conteudo/2259/como-funciona-o-processo-de-criacao-de-novos-estados#:~:text=A%20divis%C3%A3o%20do%20Brasil%20come%C3%A7ou,de%20Janeiro%20e%20S%C3%A3o%20Pedro.
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 20 
Há muitos projetos para a criação de novos estados ou territórios federais, 
vamos conferir no site da Câmara? 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=24197 
 
E sobre Estados, temos alguma? 
Vale a pena conferir 
https://www.camara.leg.br/noticias/368230-CRIACAO-DE-NOVOS-ESTADOS:-O-CASO-DO-
PARA 
 
Leitura obrigatória: 
Constituição de 1988 – Texto original e com Alteração ( EC 15) 
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos,nos termos desta Constituição. 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar. 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através 
de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e 
o desmembramento de Municípios 
preservarão a continuidade e a unidade 
histórico-cultural do ambiente urbano, 
far-se-ão por lei estadual, obedecidos os 
requisitos previstos em lei complementar 
estadual, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às 
populações diretamente interessadas. 
 
 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por lei 
complementar federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos 
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados 
na forma da lei. 
 
 
 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=24197
https://www.camara.leg.br/noticias/368230-CRIACAO-DE-NOVOS-ESTADOS:-O-CASO-DO-PARA
https://www.camara.leg.br/noticias/368230-CRIACAO-DE-NOVOS-ESTADOS:-O-CASO-DO-PARA
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Professora Mônica Mello 
D Constitucional II 
 
 
Notas de Aula 21 
 Mas e os municípios que estavam sendo criados? Quem já estavam 
no final do Procedimento? 
 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 57, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008 
 
Acrescenta artigo ao Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias para convalidar os 
atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios. 
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 
da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: 
Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do 
seguinte art. 96: 
"Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de 
Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação." 
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, em 18 de dezembro de 2008. 
 
 
MUNICÍPIO PUTATIVO 
 
A análise da questão em torno do denominado município putativo iniciou-
se com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta 
pelo Partido dos Trabalhadores em detrimento da Lei Estadual baiana 
7.619/2000, que criou o município de Luís Eduardo Magalhães tendo em 
vista o desmembramento do município de Barreiras (Informativo 427 — 
Supremo Tribunal Federal). 
Alega-se, na espécie, ofensa ao artigo 18, parágrafo 4º, da Constituição 
Federal, porquanto o referido ente fora criado em ano de eleições 
municipais, sem que existisse a lei complementar federal prevista no texto 
constitucional, a qual compete definir o período em que os municípios 
poderiam ser instituídos. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/emc%2057-2008?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art96adct
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Notas de Aula 22 
Sustentou-se, ainda, que o preceito da Constituição baiana que atribuíra à 
lei complementar estadual os requisitos para a criação de municípios teria 
sido revogado com o advento da Emenda Constitucional 15/96 e que a lei 
impugnada viola o regime democrático, uma vez que a consulta prévia 
constitucionalmente exigida, por meio de plebiscito, não fora realizada 
com a totalidade da população envolvida no processo de emancipação, 
tendo apenas determinado distrito se manifestado. Ademais, os estudos de 
viabilidade municipal foram publicados em data posterior ao citado 
plebiscito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Notas de Aula 23 
Unidade IV – Intervenção 
 
 
CONCEITO: 
Intervenção é uma medida através da qual quebra-se excepcional e temporariamente a 
autonomia de determinado ente federativo, nas hipóteses taxativamente previstas na 
Constituição Federal. 
Trata-se de mecanismo utilizado para assegurar a permanência do pacto federativo, ou 
seja, para impedir a tentativa de secessão (princípio da indissociabilidade do pacto 
federativo). 
A intervenção é uma exceção, pois em regra todos os entes federativos são dotados de 
autonomia. “A organização político-administrativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da 
Constituição” (art. 18 da CF). 
TEMPORIARIEDADE 
A Intervenção sempre é temporária. Com prazo certo para acabar e, depois, tudo volta 
ao normal. 
Tipos: 
Sempre de um ente maior para um menor (Territoriamente) 
* Intervenção da União: nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios localizados 
em território federal. 
* Intervenção dos Estados: nos Municípios localizados nos seus territórios. 
Intervenção Federal nos Estados e no Distrito Federal 
Conceito: 
Processo através do qual a União quebra excepcional e temporariamente a autonomia 
dos Estados ou do Distrito Federal por descumprimento das regras localizadas no artigo 
34 da Constituição Federal 
Hipóteses de intervenção federal: 
(Rol taxativo no art 34) 
* Para manter a integridade nacional (art. 34, I da CF). 
* Para repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra (art. 34, II 
da CF). 
* Para pôr termo a grave comprometimento da ordem pública (art. 34, III da CF). 
* Para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da federação (art. 
34, IV da CF). 
* Para reorganizar as funções da unidade da Federação que (art. 34, V da CF): 
* Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de 2 anos consecutivos, salvo 
motivo de força maior. 
* Deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, 
dentro dos prazos estabelecidos em lei. 
* Para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (art. 34, VI da CF). 
* Para assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais (art. 34, VII da 
CF): 
- Forma republicana, sistema representativo e regime democrático (art. 34, VII, “a” da 
CF). 
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Notas de Aula 24 
- Direitos da pessoa humana (art. 34, VII, “b” da CF). 
- Autonomia municipal (art. 34, VII, “c” da CF). 
- Prestação de contas da administração pública, direta e indireta (art. 34, VII, “d” da 
CF). 
- Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (art. 34, VII, “e” da CF). 
Espécies: 
- Intervenção espontânea: O Presidente da República decreta a intervenção federal de 
ofício. 
-> Defesa da unidade nacional (art. 34, I e II da CF). 
-> Defesa da ordem pública (art. 34, III da CF). 
-> Defesa das finanças públicas (art. 34, V da CF). 
- Intervenção provocada: O Presidente da República depende da provocação de 
terceiros para decretar a intervenção federal.Intervenção provocada por solicitação: 
Defesa dos Poderes Executivo ou Legislativo locais.Se a coação recair sobre o Poder 
Legislativo ou Executivo, a decretação da intervenção federal pelo Presidente da 
República dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou Executivo coacto ou 
impedido (art. 34, IV e art 36, I, 1a parte da CF). 
- Intervenção provocada por requisição: 
* Requisiçãodo STF: Se a coação recair sobre o Poder Judiciário, impedindo seu livre 
exercício nas unidades da federação (art. 34, IV e art. 36, II 2a parte da CF). 
* Requisição do STF, STJ ou TSE: No caso de desobediência à ordem ou decisão 
judicial (art. 34, VI da CF). 
* O STF pode requisitar não só nas hipóteses de descumprimento de suas próprias 
decisões como também nas hipóteses de descumprimento de decisões da Justiça 
Federal, Estadual, do Trabalho ou da Justiça Militar. 
- Intervenção provocada por provimento de representação: 
* Provimento do STF de representação do PGR: No caso de ofensa aos princípios 
constitucionais sensíveis e no caso de recusa à execução de lei federal (art. 36, III da 
CF). A iniciativa do Procurador-Geral da República nada mais é do que a legitimação 
para a propositura da Ação de executoriedade de lei federal e Ação de 
inconstitucionalidade interventiva. 
COMO É? 
Decreto interventivo: 
Compete ao Presidente da República a decretação e execução da intervenção federal 
(art. 84, X da CF). 
Nas hipóteses de intervenções espontâneas, o Presidente da República ouvirá o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional (art. 90, I e II da CF). 
O Decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo, as condições de execução e, 
se couber, nomeará o interventor, afastando as autoridades envolvidas. Cessados os 
motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo 
impedimento legal (art. 36, §4º da CF). 
-> Controle político: O decreto de intervenção será submetido ao Congresso Nacional 
no prazo de 24 horas (art. 36, §1º da CF). Se este estiver em recesso, far-se-á 
convocação extraordinária neste mesmo prazo (art. 36, §2º da CF). O Congresso 
Nacional poderá (art. 49, IV da CF): 
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Notas de Aula 25 
* Aprovar a intervenção federal. 
* Rejeitar a intervenção federal: Se o Congresso Nacional suspendê-la, o Presidente da 
República deverá cessá-lo imediatamente sob pena de cometer crime de 
responsabilidade (art. 85, II da CF). 
-> Dispensa do controle político: Nas hipóteses do artigo 34, incisos VI e VII da 
Constituição Federal. O decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado. 
Se essa medida não for suficiente para o restabelecimento da normalidade, o Presidente 
decretará a intervenção federal e submeterá ao controle político (art. 36, §3º da CF). 
Intervenção Federal nos Municípios existentes nos territórios federais 
Hipótese: Tem cabimento nas mesmas hipóteses de intervenção estadual (art. 35 da CF). 
INTERVENÇÃO ESTADUAL 
Conceito: 
Processo através do qual os Estados quebram excepcional e temporariamente a 
autonomia dos Municípios por descumprimento das regras localizadas no artigo 35 da 
Constituição Federal. 
Hipóteses de intervenção estadual: 
* Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida 
fundada (art. 35, I da CF). 
* Não forem prestadas as contas devidas, na forma da lei (art. 35, II da CF). 
* Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (art. 35, III da CF). 
* Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de 
princípios indicados na constituição estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial (art. 35, IV da CF). 
Decreto interventivo: 
Compete ao Governador a decretação e execução da intervenção estadual. 
O Decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo, as condições de execução e, 
se couber, nomeará o interventor, afastando as autoridades envolvidas. Cessados os 
motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo 
impedimento legal (art. 36, §4º da CF). 
-> Controle político: O decreto de intervenção será submetido à Assembléia Legislativa 
no prazo de 24 horas (art. 36, §1º da CF). Se estiver em recesso, far-se-á convocação 
extraordinária neste mesmo prazo (art. 36, §2º da CF). 
-> Dispensa do controle político: art. 35, IV da CF. O decreto se limitará a suspender a 
execução do ato impugnado. Se essa medida não for suficiente para o restabelecimento 
da normalidade, o Governador decretará a intervenção estadual e submeterá ao controle 
político (art. 36, §3º da CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Notas de Aula 26 
Notícias 
Saiba como funciona a intervenção federal em um Estado 
Sistema prisional no Maranhão vive um colapso, com cenas de bestialidade e detentos 
decapitados – mas intervenção é processo complexo 
6/2014 
Apesar do colapso no sistema prisional do Maranhão, com cenas de barbárieque chocaram o país na 
penitenciária de Pedrinhas, dificilmente o Estado sofrerá imediatamente uma intervenção federal. O 
motivo é que o mecanismo para forçar a ação federal em questões internas do Estado é complexo e, em 
boa parte dos casos, requer autorização do Supremo Tribunal Federal ou anuência do Congresso 
Nacional. Além disso, a intervenção federal só pode ser autorizada em casos específicos, como quando 
há ameaça à ordem pública ou é urgente a reorganização das finanças do Estado. 
Pedrinhas: a barbárie em um presídio fora do controle 
No caso de Pedrinhas, o pedido de intervenção é analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo 
Janot, que confrontará um relatório do governo Roseana Sarney (PMDB) e os documentos enviados 
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a situação do presídio. O eventual pedido de intervenção 
feito pelo PGR precisa ser julgado pelo Supremo e teria como relator o presidente da Corte, ministro 
Joaquim Barbosa. É permitido que o relator tente resolver o problema administrativamente para evitar a 
intervenção. 
Caso o STF autorize a intervenção, cabe à presidente Dilma Rousseff editar um decreto determinando a 
medida, assim como apontar o prazo e as condições da ação federal. Em casos específicos, é necessário 
que o Congresso analise o decreto em um prazo de 24 horas. 
Atualmente, tramitam diversos pedidos de intervenção federal no STF. Os mais recentes são do Rio 
Grande do Sul e tratam do não pagamento de precatórios – dívidas que União, 
Estados e municípios adquiriram por terem sido condenados em decisões judiciais 
definitivas. Na história recente da Corte, porém, houve casos de pedidos de 
intervenção por causa da falta de reajuste salarial de servidores públicos no Rio de 
Janeiro e do suposto risco institucional após o estouro do mensalão do DEM no 
Distrito Federal. 
Urso Branco – Em 2008, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando 
de Souza, pediu intervenção federal em Rondônia após novas denúncias de tortura e 
mortes em série de detentos no presídio Urso Branco, em Porto Velho. ―Nos últimos 
oito anos contabilizaram-se mais de cem mortes e dezenas de lesões corporais [contra 
presos], fruto de motins, rebeliões entre presos e torturas eventualmente perpetradas 
por agentes penitenciários‖, disse o chefe do Ministério Público na época. O caso, 
porém, nunca foi julgado pelo STF. 
Em 2002, uma rebelião de detentos terminou com 27 mortes em Urso Branco. Foi o 
pior massacre em um presídio desde o Carandiru, em 1992. O episódio rendeu ao 
Brasil um processo na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que 
ainda monitora o local. Na época, a rebelião ocorreu após confronto de facções 
criminosas rivais. Detentos foram decapitados e tiveram os corpos mutilados e 
esquartejados. 
Pezão ameaça fazer pedido de intervenção federal no estado 
Governador procura Temer para reclamar de novo arresto da União em contas d 
11/2016 
RIO E BRASÍLIA - Irritado ao tomar conhecimento de um novo bloqueio de R$ 140 
milhões da União nas contas do estado, o governador Luiz Fernando Pezão ameaçou 
nesta quinta-feira a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi,de entrar com 
pedido oficial de intervenção federal no estado. A medida, embora precise ser 
aprovada pelo governo federal, tem consequências que não interessam ao governo 
Michel Temer, que tenta passar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos 
gastos no Congresso. Pela Constituição, esse tipo de votação fica inviabilizada 
quando há um estado sob intervenção. O governador falou também com o próprio 
presidente Temer, que prometeu ter nova conversa com o ministro da Fazenda, 
Henrique Meirelles, para buscar uma alternativa para o Rio e outros estados com 
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Notas de Aula 27 
dificuldades financeiras. 
Segundo um assessor de Pezão, o governador, que esteve terça e quarta-feira em Brasília 
negociando uma saída para a crise fluminense, foi surpreendido pela medida e se sentiu traído. 
— O governador ficou furioso ao saber do segundo bloqueio, principalmente porque ele passou 
dois dias seguidos em Brasília para explicar a situação financeira do estado, tendo falado com 
o ministro da Fazenda, com a própria secretária (Ana Paula Vescovi) e com o presidente Temer 
— contou a fonte, acrescentando: — A conversa foi num tom muito duro. Ele disse à secretária 
que, se o Tesouro não pode ajudar, também não deve ficar atrapalhando e que o bloqueio 
inviabilizaria a sua gestão. O governador falou que não teria alternativa, a não ser pedir a 
Temer uma intervenção federal. 
Uma comissão do Tesouro já veio ao Rio para analisar a situação das contas do estado. Pezão 
teria argumentado isso, que foi ele quem pediu, com objetivo de tentar encontrar uma solução 
conjunta. Um ministro próximo a Temer confirmou que soube ontem pela manhã da intenção 
do governador. Mas que considerava a medida extrema e complexa do ponto de vista jurídico. 
Uma intervenção prejudicaria a votação de projetos de interesse da União no Congresso, como 
a PEC do teto para os gastos públicos, em fase final de tramitação no Senado. O artigo 60 da 
Constituição veda alteração no texto constitucional, durante processo de intervenção federal. 
O clima de discórdia se estabelece justamente quando Pezão tenta um plano B para equilibrar 
as contas do estado. Anteontem, o presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, 
devolveu um dos projetos mais importantes do pacote anticrise: aquele que prevê alíquotas 
suplementares previdenciárias — de 16% e 30% —, que poderá gerar uma receita extra de R$ 
4,7 bilhões no ano que vem e de R$ 7,1 bilhões em 2018. Inicialmente, quando divulgou o 
ajuste fiscal, o governo estimava que a medida aumentaria a arrecadação em R$ 6,8 bilhões 
ao ano — o valor foi corrigido. 
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pezao-ameaca-fazer-pedido-
deintervencao- 
federal-no-estado-20451300#ixzz4bEA1gxYi 
 
 
 
 Prontinho chegamos as primeiras aulas! 
 
 
CUMPRIMOS A PRIMEIRA ETAPA QUE É MUITO 
IMPORTANTE PARA NOSSOS ESTUDOS FUTUROS... 
AGORA VAMOS PARA A 2ª ETAPA?

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