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PLAQUETAS Sua principal função é a formação do tampão mecânico durante a resposta hemostática normal a lesão vascular. Na ausência das plaquetas, costuma ocorrer o vazamento espontâneo de sangue de pequenos vasos. Função plaquetária divide-se: a. Adesão b. Agregação c. Liberação d. Amplificação PRODUÇÃO • Medula-óssea • Fragmentação do citoplasma dos megacariócitos • Célula tronco hematopoiética se diferencia megacarioblasto, o megacarioblasto é um precursor do megacariócito • Trombopoetina é o regulador da produção de plaquetas ESTRUTURA • Pequenas • Formato discoide • Diâmetro de 3,0 x 0,5mm • Possuem glicoproteínas do revestimento da superfície • Glicoproteínas são importantes nas reações de adesão e agregação das plaquetas Glicoproteínas: • GPIa (Ia): adesão ao colágeno • Ib / IIb/ IIIa: importantes na ligação de plaquetas ao fator VW e subendotélio vascular • IIb/IIIa: também é receptor de fibrinogênio, importante na agregação plaqueta-plaqueta Membrana plasmática: • Invagina-se na plaqueta para formar um sistema de membrana aberto, ou sistema canalicular • O sistema constitui uma grande superfície reativa, onde pode ser absorvidas as proteínas plasmáticas da coagulação • Fosfolipídios: localizado na membrana, é importante na conversão do fator X da coagulação em Xa e da protrombina (fator II) em trombina (fator IIa) Grânulos da plaqueta: • Densos: difosfato de adenosina, trifosfato de adenosina, serotonina e cálcio • Alfa: contém fator de coagulação VWF, fator de crescimento derivado das plaquetas, fibrinogênio • Lisossomos: enzimas hidrolíticas ANTÍGENOS PLAQUETÁRIOS • Há proteínas na superfície das plaquetas que são antígenos importantes na autoimunidade plaqueta-específica • Antígenos plaquetários humanos • Também expressam antígenos ABO e antígenos leucocitários humanos FATOR VW • Glicoproteína • Envolvido na adesão dependente das condições de fluxo das plaquetas a parede vascular • Envolvido na adesão a outras plaquetas • Transporta o fator VIII (8) da coagulação • Sintetizado por células endoteliais e megacariócitos • Armazenados nos corpúsculos de Weibel- Palade das células endoteliais • Armazenado também nos grânulos alfa das plaquetas • O fator VW livre no plasma é quase inteiramente derivado das células endoteliais • O fator armazenado pode aumentar o nível plasmático e ser liberado sob influência de: estresse, exercício, adrenalina AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA • Ligação cruzada das plaquetas por meio de receptores ativos de GPIIb/IIIa com pontes de fibrinogênio (ligação plaqueta com fibrinogênio) • Se a plaqueta está em repouso, ela não tem receptores de GPIIB/IIIA que não ligam ao fibrinogênio e VWF • A plaqueta é estimulada, há um aumento de moléculas GP que permite que tenha uma ligação cruzada da plaqueta via VW e fibrinogênio LIBERAÇÃO E AMPLIFICAÇÃO • Ocorre uma ativação primária intracelular • Agonistas induzem a sinalização que leva a liberação do conteúdo dos grânulos alfa • O ADP liberado dos grânulos estimulam a ativação plaquetária • Tromboxano A2 (TXA2) é importante para formar um agregado plaquetário estável • TXA2 diminui os níveis plaquetários de monofosfato de adenosina cíclico e inicia a reação de liberação • Ele tem atividade vasoconstritora ATIVIDADE PRÓ COAGULANTE • Depois da agregação e liberação das plaquetas, o fosfolipídio da membrana exposto fica disponível para duas reações na cascata de coagulação • As reações são dependentes do íon cálcio Primeira reação: • Envolve os fatores IXa, VIIIa e X na formação do fator XA. Segunda reação: • Resulta na formação de trombina a partir da interação dos fatores Xa, Va e protrombina (II) CASCATA DE COAGULAÇÃO • Envolve um sistema de amplificação biológica • Substâncias de iniciação ativam em sequência, através da proteólise, uma cascata de proteínas precursoras circulantes (fatores de coagulação) que geram a trombina • A trombina se converte em fibrinogênio solúvel do plasma em fibrina • A fibrina infiltra agregados de plaquetas no local de lesão vascular e converte tampões primários e instáveis em tampões hemostáticos firmes e estáveis A geração de trombina é dependente de três complexos enzimáticos, constituídos de: a. Protease b. Cofator c. Fosfolipídios d. Cálcio Os complexos são: (i) Xase extrínseca (ii) Xase intrínseca, também gerando fator Xa (iii) Complexo protrombinase, gerando trombina Tem duas fases, a de iniciação e a fase de amplificação: INICIAÇÃO • Coagulação se inicia após a lesão vascular • Com a lesão, o fator tecidual que está ligado a membrana, é exposto e ativado pela lesão, ocorre uma interação entre ele e o fator VII plasmático • O TF (fator tecidual) está expresso em fibroblasto da adventícia e nos pequenos músculos da parede vascular • Complexo fator VIIa-TF (Xase extrínseca) ativa o fator XI e o fator X • Fator Xa transforma pequenas quantidades de protrombina em trombina • Ocorre polimerização da fibrina • Precisa de amplificação AMPLIFICAÇÃO • A via inicial (extrínseca) é inativada pelo inibidor da via do fator tecidual – forma um complexo quaternário com VIIa, TF e Xa • Geração de trombina passa ser dependente da via intrínseca • Fator VIII e V são convertidos em VIIIa e Va, convertidos pela trombina que foi gerada na fase de iniciação (anterior) • Nessa fase, a xase intrínseca que é formada por: IXa, VIIIa na superfície do fosfolipideo e presença de cálcio, ativa o Xa • Xa em combinação com Va, Pl e cálcio forma o complexo protrombinase • Resulta na geração explosiva de trombina • Trombina atua no fibrinogênio para formar coagulo de fibrina • Trombina hidrolisa o fibrinogênio – libera fibrinopeptideos A e B para formar monômeros de fibrina • Monômeros de fibrina se ligam por meio de ligação de hidrogênio e formam um polímero frouxo e insolúvel de fibrina • Fator XIII é ativado pela trombina e é ele que estabiliza os polímeros de fibrina formando ligações cruzadas covalentes CÉLULAS ENDOTELIAIS • Papel ativo na manutenção da integridade vascular • Fornecem a membrana basal a elastina e a fibronectina • Perda ou dano ao endotélio resulta em hemorragia e ativação do mecanismo hemostático • A célula endotelial tem uma influência inibidora potente na resposta hemostática • Síntese de prostaglandina, oxido nitroso e CD39 – possui propriedade vasodilatadora e inibe agregação plaquetária • A síntese do fator tecidual só ocorre nas células endoteliais se houver ativação do seu inibidor natural, o TFPI RESPOSTA HEMOSTÁTICA VASOCONSTRIÇÃO • O vaso lesado contrai imediatamente • Ocorre uma constrição reflexa das artérias e arteríolas adjacentes • Isso diminui inicialmente o fluxo sanguíneo na região da lesão • Se houver uma lesão extensa, essa reação evita a exsanguinação • A diminuição do fluxo sanguíneo permite a ativação de contato de plaquetas e fatores de coagulação • Amina vasoativa, tromboxano A2 que são liberados das plaquetas, além de fibrinopeptideos liberados na formação de fibrina tem atividade vasoconstritora FORMAÇÃO TAMPÃO HEMOSTÁTICO PRIMÁRIO • Há ruptura do revestimento endotelial • Aderência inicial de plaquetas ao tecido conectivo exposto mediada pelo fator VW • A exposição de colágeno e geração de trombina pela ativação do fator tecidual faz com que as plaquetas aderentes liberem conteúdo dos grânulos e ativem a síntese de prostaglandina, isso gera a formação de TXA2 • ADP é liberado • Ingurgitamento e agregação plaquetária • As plaquetas rolam sobre o fator VW exposto, os receptores GPIIB E IIIA ativam e aderem as plaquetas de modo mais firme • Plaquetas próximas são atraídas ao local de lesão• Tampão vai crescendo através da agregação plaquetária • Esse tampão primário é instável, ele mantém o controle temporário do sangramento ESTABILIZA O TAMPÃO • A hemostasia é definitiva quando a fibrina é acrescentada a massa de plaquetas e pela compactação do coagulo induzida pelas plaquetas • A fibrina é formada pela coagulação do sangue • Lesão – formação da xase – inicia a cascata • Na xase secundária, há uma formação maior de trombina no sitio da lesão, que vai converter o fibrinogênio solúvel do plasma em fibrina PROTEÍNA C E S • Inibidores dos fatores de coagulação V e VIII • A trombina se liga ao receptor trombomodulina da superfície da célula endotelial • Complexo formado ativa a proteína C, ela é capaz de destruir fator V e VIII evitando a geração de mais trombina • Ação da proteína C é amplificada pela proteína S • Proteína S se liga a C na superfície da plaqueta • Há um receptor endotelial de proteína C que promove sua ativação pelo complexo trombina-trombomodulina • Proteína C ativada estimula fibrinólise
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