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UNIDADE 2 - Seminários científicos

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UNIDADE 2. 
Seminário, pôster e projeto 
científicos e referências bibliográficas 
Elisabete Ana da Silva 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Conhecer as regras da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT); 
• Conhecer as características da produção e da 
apresentação do seminário científico; 
• Conhecer as características da produção e da 
apresentação do pôster científico; 
• Conhecer as especificidades da produção de um 
projeto científico; 
• Compreender a utilização de referências 
bibliográficas. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Clique nos botões para saber mais 
Seminários científicos 
– 
// A prática do seminário em sala de aula 
// A preparação para o seminário de caráter científico 
// O desenvolvimento e a conclusão do seminário 
Pôster científico 
– 
// A estrutura do pôster científico 
Projetos científicos 
– 
// A elaboração de projetos científicos 
// A apresentação do projeto científico 
 
Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT 
– 
// Diferença entre referência e bibliografia 
// Estrutura das referências bibliográficas 
 
 
 
Seminários científicos 
 
O dicionário Larousse da Língua Portuguesa, em sua edição de 2001, define a 
palavra “seminário” como congresso científico ou cultural, com exposição 
seguida de debates, ou uma aula de nível universitário, com exposição e 
discussão de temas específicos. 
Logo, quem participa de um seminário espera que aquele que o 
expõe esteja qualificado e preparado não somente para expor suas 
ideias, mas para desfazer dúvidas posteriores e debater seus 
argumentos com outras pessoas. 
É preciso ter em mente que a busca por reflexões mais profundas 
sobre uma determinada questão ou um problema é o alvo de um 
seminário científico. Deste modo, ele é um método importante de 
estudo, sobretudo quando voltado ao mundo universitário. 
 
A PRÁTICA DO SEMINÁRIO EM SALA 
DE AULA 
 
Em outros momentos da vida escolar, 
antes da graduação, é habitual 
organizar seminários. Com o objetivo 
de que todos os alunos tomem contato 
com determinadas ideias, a atividade é 
proposta e os temas são escolhidos ou 
divididos em grupos que se encarregam 
deles. 
Feita a divisão de tarefas, na hora de iniciar o trabalho relativo aos 
temas, os estudantes sentem-se despreparados, realizando 
exposições orais desorganizadas ou sem aprofundamento. 
Enquanto isso, os demais estudantes não se sentem preparados 
para o momento de expor os temas que não lhes cabem. Em 
síntese, por essas e outras causas, nem sempre o seminário atende 
aos objetivos propostos. 
 Já na graduação, pelas definições de Antônio Joaquim Severino, no 
livro Metodologia do trabalho científico, publicado em 2002, o 
seminário leva seus participantes a um contato estreito com um 
texto básico, criando condições de análise rigorosa, levando-os à 
compreensão da mensagem central do texto e de seu conteúdo 
temático, gerando condições de interpretar o conteúdo, adotando 
uma postura crítica em relação à sua mensagem; de discussão do 
problema enfocado, mesmo que ele seja apontado de forma 
implícita. 
 
Diagrama 1. Objetivos do seminário. Fonte: SEVERINO, 2002. (Adaptado). 
É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja 
a par do tema abordado, mas que os demais participantes estejam 
preparados para a recepção do tema, seu entendimento e 
discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre 
determinado problema ou do resultado da pesquisa. 
Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar 
trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas, de 2002, a 
etimologia da palavra "seminário" traz o termo latino seminarium, 
que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário 
traz em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. 
Para que isso se efetive, algumas condições são exigidas. Dentre 
elas, a autora elenca: 
• 1 
Capacidade de pesquisa; 
• 2 
Capacidade de organização, reflexão e análise 
sistemática de fatos; 
• 3 
Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica 
de trabalhos mais avançados; 
• 4 
Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos. 
A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à 
discussão e ao debate. Para isso, é necessário que 
as competências que permitem a organização das ideias, a 
análise, a interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, 
contribuindo para a formação dos participantes. 
 
EXPLICANDO 
Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e 
idoneidade. Entende-se que é competente aquele que é 
suficiente e hábil, que se desenvolveu e é capaz de, no caso, 
organizar as ideias, analisá-las, interpretá-las e discuti-las. 
Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter 
contato com o texto a ser abordado com antecedência, a fim de 
que se proceda uma leitura analítica que possibilite ponderações 
durante sua apresentação. 
 
Diagrama 2. Condições exigidas para o seminário. Fonte: SEVERINO, 2002. 
(Adaptado). 
Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica 
durante o seminário, lembrando que, com base em Hendrie 
Weisinger, autor de Inteligência emocional no trabalho, de 1997: 
A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que 
temos que aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência 
emocional que traz um alto grau de autoconsciência para o processo de 
compreender e reconhecer a outra pessoa e responder a ela. A função da 
autoconsciência é observar o modo como permitimos que nossos filtros 
pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos 
estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo 
subentendido emocional das afirmações de outrem (p. 135). 
Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja 
alcançado, levando à formação de todos os participantes do 
evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer tipo 
de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou 
distração, visto que são elementos que interferem na análise, 
interpretação e crítica. 
 
A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE 
CARÁTER CIENTÍFICO 
 
Durante a graduação, alguns professores podem solicitar ao 
estudante que organize um seminário científico, visto que não 
apenas quem já exerce a profissão faz esse tipo de atividade. Mas, 
para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura de 
determinado texto e apresentá-lo posteriormente. De início, com a 
leitura, o texto é analisado e um fichamento é produzido. 
 
EXPLICANDO 
Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, nas páginas 328 
e 329 do livro Temas de Filosofia, de 2005, descrevem o 
fichamento como uma técnica de estudo que se resume a 
anotações das partes mais relevantes de um texto que, num 
levantamento mais completo sobre certo tema, é separado 
em tópicos. Visto que um assunto apresenta uma sequência 
de subdivisões, é possível ainda fazer uma ficha separada 
para cada ideia, indicando o tópico e o subtópico ao qual faz 
referência. 
Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do 
percurso e da exposição do seminário, contando com o auxílio de 
um professor ou coordenador que indique uma bibliografia básica, 
orientando o estudante após a definição do tema no que diz 
respeito à seleção de fontes como livros, revistas, artigos, 
depoimentos, documentos (leis, registros de cartórios ou cartas), 
teses, instituições, pesquisas e relatórios, sites específicos etc. 
No entanto, cabe ao estudante pesquisar, se aprofundar sobre o 
tema e buscar informações novas em todas as fontes disponíveis, 
de modo a tomar posse do assunto e se tornar uma espécie de 
autoridade sobre ele, fazendo com que as etapas de preparação e 
comunicação do seminário sejam desempenhadas com qualidade. 
É importante ressaltar que uma das principais fontes de 
informação na atualidade é a internet, que, através de sites de 
busca, permite o levantamento de infinitas possibilidades de fontessobre temas e assuntos variados. Porém, em geral, sites de 
confiança pertencem a museus, universidades, jornais, revistas, 
fundações de pesquisa, institutos culturais, etc. Logo, é preciso 
buscar fontes fidedignas e que não lancem por terra nossas 
pesquisas. 
Nesse momento, para fins de orientação, a presença do professor 
ou coordenador é necessária. Ao final da exposição, ele 
intermedeia os debates e promove uma apreciação orientadora e 
crítica do trabalho exposto. Entretanto, se a situação é a do 
profissional cujo seminário está sob sua total responsabilidade, um 
roteiro básico para seminários é sugerido no livro Como preparar 
trabalhos para cursos de pós-graduação – noções práticas, publicado 
em 2002 por Andrade: 
• 1 
Escolha do tema; 
• 2 
Delimitação do assunto; 
• 3 
Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica; 
• 4 
Anotações, em fichas, do material coletado; 
• 5 
Análise e seleção do material; 
• 6 
Plano geral do trabalho, bem pormenorizado; 
• 7 
Organização do assunto em tópicos; 
• 8 
Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os 
participantes; 
• 9 
Redação de fichas-guia para orientar a exposição; 
• 10 
Preparação do material de ilustração, como cartazes, 
slides e projeções; 
• 11 
Revisão crítica do conteúdo, com verificação do 
material de ilustração, do roteiro, e das fichas que 
guiarão a exposição; 
• 12 
Fixação de critérios e ensaio para definir o 
vocabulário a ser empregado, uso de ilustrações, 
tempo para a exposição e espaço para debates. 
 
Diagrama 3. Síntese do roteiro de seminário. Fonte: ANDRADE, 2002, p. 92. 
(Adaptado). 
Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o 
trabalho de pesquisa, ressaltando o item alusivo à delimitação do 
assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de pesquisa podem 
ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos 
inúmeros caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital 
nestes momentos, auxiliando em relação à focalização do tema, 
levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um 
determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe 
ao pesquisador ficar atento para não se perder frente às opções, o 
que pode incidir em um trabalho superficial e que não contribua 
para a formação dos participantes. 
Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos 
detalhes, devendo-se optar pela elaboração de cartazes, slides e 
material de projeção com poucos dizeres, considerando fontes e 
tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, 
simples e claros, acompanhados de legendas (se indispensáveis). 
Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a 
verificação dos meios físicos ou virtuais que servirão de base para 
a materialização do texto. De nada adiantará preparar em detalhes 
todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, 
se uma tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for 
excessiva e não permitir que os participantes acompanhem a 
exposição. 
 
O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO 
SEMINÁRIO 
 
Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fim 
de evitar improvisações, surge a obrigação de um novo 
planejamento de ações, como Severino (2002) indica, na página 70 
de seu livro: 
• 1 
Introdução, feita por um professor ou coordenador; 
• 2 
Apresentação, ponderando as obrigações e os 
procedimentos a serem adotados pelos participantes 
durante o seminário, no caso de seminários feitos em 
grupo, e cronograma das atividades previstas; 
• 3 
Introdução breve sobre o tema do seminário; 
• 4 
Eventual revisão da leitura do texto de base do 
seminário; 
• 5 
Execução, de forma coordenada, das atividades 
previstas; 
• 6 
Apresentação, realizada pelo coordenador, 
introdutória ao momento de discussão geral da 
reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário; 
• 7 
Síntese final, no caso da sala de aula, sob cuidado do 
professor que, nesse momento, orienta, realiza sua 
crítica e avaliação. 
 
Diagrama 4. Roteiro de desenvolvimento do seminário. Fonte: SEVERINO, 2002, p. 70. 
(Adaptado). 
O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de 
seminários e dos objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele 
também deve ser interessante para os participantes, imaginando 
que as pessoas se prepararam para o evento.

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