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Coloração de Gram – usada para diagnóstico clínico laboratorial, permitindo classificar as bactérias em: • Gram Positiva – bactérias que se coram em roxo; • Gram Negativas – bactérias que se coram em vermelho Tendo como base a estrutura dessas bactérias que diferenciam uma das outras. Lembrando que não são todas as bactérias que se coram pelo Gram, por exemplo as Micobactérias, tem bactérias que não possui parede celular como o gênero Micoplasma e também têm bactérias que são muito delgadas, cuja coloração de Gram não permite sua visualização. Para realizar esta técnica – precisa ser uma cultura recente, estar trabalhando com cultivo puro para evitar diferentes tipos celulares na lâmina, ou, se for isolamento primário, precisa preparar a lâmina a partir da colônia isolada para assegurar um único tipo celular bacteriano. Precisa obedecer ao tempo e a sequencia da adição dos reagentes (existem alguns modelos da técnica, com algumas mudanças desse tempo ou no reagente que é usado). E com a coloração de gram, pode-se evidenciar 3 formações: 1° - reação se é positiva/negativa; 2° - forma da célula bacteriana 3° - qual arranjo que essas células bacterianas apresentam na coloração. Esta técnica é separada em dois momentos: o primeiro é o esfregaço em lâmina de vidro, e o segundo é quando corar essa lâmina propriamente dita para ser observada em microscópio óptico. ▪ ESFREGAÇO Há três maneiras de preparar o esfregaço: 1. Direto da amostra Pode ser feito diretamente da amostra (COVID-19) com o objetivo de fazer a cultura bacteriológica ou exame direto da amostra do paciente. O swab deve ser passado fazendo uma pressão e girando ele no local da lesão, e depois esfrega esse swab na lâmina. Caso seja um alimento: abre o swab, mergulha no alimento, tira o excesso e em seguida o esfregue na superfície da lâmina (movimento circular ou zigue- zague). Para levar esse swab para o laboratório, é colocado em um tubo de ensaio que contém um meio de transporte, podendo ser soro fisiológico ou algum meio de cultura próprio para manutenção da bactéria. 2. A partir de uma colônia A partir de uma cultura em meio sólido, inicialmente será depositado na lâmina uma ou duas gotas de solução salina e depois retira o fragmento da colônia da placa ou do tubo de ensaio com um meio sólido, e depois misturamos com a solução salina, para em seguida, esfrega-lo na lâmina em movimento circular. 3. A partir de suspensão líquida Não precisa de solução fisiológica, apenas vai homogeneizar essa suspensão líquida, vai usar uma alça de platina flambada (Bico de Bunsen), depois de retirar essa gota com a extremidade da alça de platina, faz o esfregaço dessa gota no centro da lâmina. Para terminar essa confecção do esfregaço, fazemos a secagem da lâmina (aproximar essa lâmina no bico de Bunsen e com o lado do esfregaço oposto à chama), Fundamentos de identificação macro e microscópic a Estruturas e aspectos com morfologia de colônia e métodos de coloração Coloração de Gram nisso a lâmina irá secar e fazer a ultima etapa que é fixar o esfregaço (matar as células e fixar na superfície da lâmina, colocando o fundo da lâmina na chama de Bunsen com um movimento de vai-e-vem). ▪ CORAR COM CRISTAL VIOLETA – 1min. Após o esfregaço, secagem e fixação da lâmina, o próximo passo é a coloração. O primeiro corante é o cristal violeta (genciana), depositando esse cristal violeta na lâmina e cobrindo todo o esfregaço, após espalhar por toda a lâmina, conta-se 1 minuto. Nesse 1 minuto, a bactéria vai ficar com a parede celular corada em roxo, independente de ser positiva ou negativa, e após esse 1 minuto inclinamos a lâmina para esse excesso de cristal violeta escorrer e em seguida lavar a lâmina com água; esta água tem que ser despejada na extremidade da lâmina para escorrer na superfície da lâmina (não pode jogar a água direto no esfregaço senão pode tirar uma parte do esfregaço e isso não é bom). Depois de lavar a lâmina para tirar o excesso do cristal violeta, usaremos um 2° reagente que se chama Lugol. Lugol tem sua importância para a fixação do cristal violeta na parede celular, é uma solução a base de iodo e diodeto de potássio. Quando o lugol reage com o cristal violeta, vai se formar um complexo chamado iodopararosanilina (cristais que vão se fixar na parece celular da bactéria). Terminado o tempo de contato de lugol com essa lâmina, de 1 minuto, inclinamos a lâmina para retirar o excesso e adicionamos álcool por somente 30 segundos e essa etapa do álcool que irá diferenciar a bactérias (Etapa de descoloração). O que acontece nesta etapa? Quando adicionamos o álcool, na bactéria gram positiva esse álcool não vai conseguir remover o cristal violeta, as purinas vão se fechar e os cristais iodopararosanilina (por serem macro moléculas) vão ficar retidos na parede celular onde tem uma camada espessa de peptídeoglicano. Já no caso das bactérias gram negativas, o álcool irá promover uma dissolução dos lipídeos (parede celular das bactérias gram negativas possui estrutura com maior concentração de lipídeos, por conta do LPS e por conter membrana externa, adicional que é a membrana citoplasmática), esses lipídeos serão dissolvidos, a BGN possui uma camada delgada de peptideoglicano, ou seja, os cristais não ficam bem fixados nesta parede e o cristal violeta é todo removido da parece celular destas bactérias. Depois da etapa da descoloração, a BGP permanecerá roxo e a BGN ficará incolor. Lavamos novamente com água (depois do álcool) e usar um Contra-Corante (Safranina) , com a tonalidade rosa avermelhado, deixar esse corante na lâmina por 30s, e como a parede do BGP ficou roxo, vulgamente com os canais de purinas fechados e o cristal violeta ali fixado, essa bactéria não será corada pela Safranina, já a BGN como ficou com sua parece incolor, absorve a coloração Safranina e passa a ficar com a respectiva cor. Por fim, a BGP fica corada em roxo e a BGN ficará corada em vermelho/rosado. Terminado toda essa sequência, prepararemos a lâmina para a visualização microscópica. Após a fucsina, inclinaremos a lâmina para retirar seu excesso, em seguida lavar em água e secar (com papel toalha). Depois com a lâmina seca, vamos adicionar 1 gota de óleo de imersão (óleo de cedro), esse óleo vai funcionar como lente para convergir o raio luminoso do microscópio para dentro da objetiva (com aumento de 100x), e essa objetiva também é de imersão, ou seja, sua extremidade tem que encostar na gota do óleo (não precisa espalhar o óleo). Cuidados: não pode usar objetivas menores para visualizar as bactérias, e nem encostar o óleo de imersão nas objetivas menores. Com isso, faz a leitura dessas 3 informações citadas (reação de gram, se é positiva ou negativa/a forma da célula bacteriana e o arranjo celular). Cocos gram positivos corados em roxo com arranjos em cachos (staphilo)
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