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MURILO MENDES RADDI RA: 1855294 TCC – POSTAGEM FINAL PLANO DE AULA - RELAÇÕES ECOLÓGICAS Unip PP – Polo Araraquara 2021 MURILO MENDES RADDI RA: 83758 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PLANO DE AULA – RELAÇÕES ECOLÓGICAS Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Biológicas Licenciatura apresentado a professora Luciana Mantzouranis , como critério de promoção e totalização de carga horária para habilitação em Licenciatura, apresentado a Universidade Paulista. ARARAQUARA/SP 2021 SUMÁRIO 1. PLANO DE AULA 1.1. Título da Aula 1.2. Tempo Necessário 1.3. Etapas de Ensino 1.4. Ano ou Série da Etapa de Ensino 1.5. Objetivos da Aula 1.6. Conteúdo 1.7. Fundamentação Teórica 1.8. Estratégias de Ensino ou Procedimentos Didáticos 1.9. Recursos e Materiais 1.10. Sugestão de Trabalho Interdisciplinar 1.11. Avaliação 1.12. Aula Prática 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS 3. REFERÊNCIAS 1. PLANO DE AULA 1.1 Título da Aula Relações Ecológicas – os tipos de relações entre os seres vivos. 1.2 Tempo Necessário 2 horas de aula. 1.3 Etapas de Ensino. Este plano de aula se destina aos alunos do Ensino Médio. 1.4 Ano ou série da etapa de ensino. Primeiro ano do Ensino Médio 1.5 Objetivos da Aula • Entender a importância das relações entre os seres vivos para o meio ambiente • Aprender a diferenciar as relações em harmônicas ou desarmônicas • Compreender as características de cada tipo de relação • Classificar os tipos de relações ecológicas 1.6 Conteúdo • Tipos de relações entre os seres vivos • Interação entre elas e o meio ambiente. • Indivíduos que fazem parte de cada relação ecológica • Relações desarmônicas e harmônicas. 1.7 Fundamentação Teórica Nos anos iniciais e até aos anos finais do processo de educação e aprendizado, as informações e o conhecimento são transferido aos alunos de forma incisiva, sem deixa- los processar, interpretar e assimilar o conteúdo. A biologia, por exemplo, possui uma imensa variedade de temas e conceitos, essa diversidade quando é aplicada desta forma (sem o auxilio para a absorção e interpretação do conteúdo) causa o desinteresse nos alunos (DEMO, 2002). Este desinteresse, causado pelo excesso de conteúdo ministrada por esta maneira equivocada de ensino, faz os alunos apenas memorizarem e decorarem os assuntos (geralmente temporariamente), absorvendo estas informações sem questionar, pensar e interpretar. Apenas decorando o assunto com o intuito de ser aprovado na matéria, mas sem conseguir utilizar e compreender realmente o conhecimento que foi transferido (DEMO, 2002). O conteúdo ministrado será sobre as interações ecológicas, podendo ser harmônicas, desarmônicas e neutras. Estas relações podem ser entre indivíduos da mesma espécie (relações intraespecíficas) ou entre indivíduos de espécies diferentes (relações interespecíficas). Há diversos tipos de relações e elas podem ser: benéficas para ambos, prejudiciais para ambos, benéfica para um indivíduo e prejudicial para o outro, benéfica para um indivíduo e neutra para o outro e prejudicial para um indivíduo e neutra para o outro (MOREIRA,, 2015). Nas relações intraespecíficas temos: Colônia, caracterizada como uma relação harmônica entre indivíduos da mesma espécie que são obrigatoriamente ligados anatomicamente, onde a separação ou divisão destes indivíduos resultaria na morte da mesma. Há colônias com indivíduos com funções diferentes (caravela) e outras sem divisão se funções ( bactérias) (CEGOLON, 2013). Entre indivíduos não unidos fisicamente, mas apresentando uma comunicação e divisão de tarefas, temos a Sociedade. Este tipo de relação é extremamente organizada, devido a uma cooperação de todos os indivíduos. Alguns exemplos de sociedades são: Abelhas, formigas, vespas, cupins, castores e a espécie humana (ODUM, 1988). Já uma relação desarmônica entre espécies é o canibalismo, onde os indivíduos de alimentam de indivíduos da mesma espécie. Na grande maioria das espécies este é um fato raro e difícil de acontecer, mas para algumas espécies isso pode ocorrer como uma forma de controle da população ou devido a escassez de alimentos (rato almiscarado e caranguejo-aranha). Outra ocasião que pode ocorrer o canibalismo é após a fecundação, como no caso do louva-a-deus, onde a fêmea devora o macho após a cópula (PERONI; HERNANDEZ, 2011). Também temos a competição, que pode ser intraespecífica ou interespecífica, mas sempre será uma relação desarmônica para ambas as espécies. Entre indivíduos da mesma espécie há uma luta direta por alimento, parceiros, posse de território. Já entre indivíduos diferentes, não há uma luta direta, mas disputam os mesmos recursos (TOWNSEND, C. 2006). Nas relações interespecíficas temos: Predação, relação desarmônica onde o predador obtém energia através de outras espécies, ou seja, suas presas. Esta relação é muito importante para o controle populacional de algumas espécies, onde os predadores mantém uma baixa densidade populacional de suas presas (PERONI; HERNANDEZ; 2011). O parasitismo, que é uma relação onde um indivíduo se beneficia e o outro é prejudicado, pode ser uma planta ou animal que sobrevive retirando nutrientes de outro ser. Estes indivíduos possuem grande dependência de seus hospedeiros e não conseguem sobreviver na ausência deles (MACARTHUR, 1955). Mutualismo, relação harmônica onde as duas espécies são beneficiadas e esta relação é indispensável para a sobrevivência de ambas as espécies, como por exemplo a associação de algas e fungos, dando origem aos líquens. (RICKLEFS, 2003). Protocooperação, é uma relação harmônica onde os indivíduos podem viver de modo independente sem prejudicar a sua sobrevivência, ex: pássaros que comem parasitas comendo os carrapatos de mamíferos (RIBEIRO, 2017). Comensalismo, relação benéfica para apenas um indivíduo, mas sem prejudicar e nem beneficiar o outro, esses benefícios geralmente estão relacionados a alimentação e locomoção, como por exemplo o tubarão e a rêmora (AMABIS, 2015). Inquilinismo, relação harmônica onde também apenas uma espécie se beneficia sem prejudicar o outro, onde um serve de abrigo e/ou proteção para a outra espécie, um exemplo são as bromélias que se fixam nos troncos das árvores (CONSTATINO, 2017). Já no amensalimo, uma população é prejudicada por outra, mas sem se beneficiar ou se prejudicar. Como por exemplo os fungos produtores de penicilina, que afetam vários organismos, alguns podem gerar benefícios para os fungos mas a sua grande maioria não resulta em retorno positivo nem negativo (HANAZAKI, 2013). 1.8 Estratégias de Ensino ou Procedimentos Didáticos A maior parte da aula será ministrada de forma oral e em sala de aula, com o auxilio da lousa para auxiliar na explicação e de um projetor para ilustrar as relações para os alunos. Em conjunto com a aula, os alunos acompanharão o assunto através de um livro didático condizente com o contexto e com o ano de ensino o qual fazem parte. Ao final de cada tópico e de cada assunto, será questionado aos alunos se apresentaram alguma dificuldade ou se há alguma dúvida durante a explicação do assunto. Desta maneira, não haverá chance dos alunos se perderem e nem restarem dúvidas. A aula será dinâmica, tentando fazer os alunos participarem o máximo possível, para incentivar e aumentar o interesse deles pelo assunto em questão. CINTRA, J.C.A. Reinventando a aula expositiva. 1º Ed. São Paulo: Jose Cintra, 01 jan 2012. LIB NEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992. 1.9 Recursos e Materiais Serão utilizados os recursos: livro didático, lousa, giz e projetor. 1.10 Sugestão de Trabalho Interdisciplinar Para a disciplina de geografia poderia ser realizado um trabalhoonde o aluno escolhesse uma região do território brasileiro e fizesse uma pesquisa detalhada sobre aquela região. Após essa pesquisa o aluno precisaria identificar qual o clima da região, tipo de relevo, e depois explicar como isto interfere na fauna e flora. E identificar um tipo de relação ecológica da região e como o clima ou relevo interferem nessa relação. 1.11 Avaliação A avaliação dos alunos se dará por meio de um trabalho em grupo, que será feito dentro de sala de aula. O trabalho será realizado por grupos de até quatro alunos e cada grupo terá que escolher um tipo de relação. Neste trabalho terão que explicar detalhadamente a relação escolhida, os indivíduos que fazer parte e os benefícios/danos a cada indivíduo. (CIPRIANO, C.L 2015) 1.12 Aula Prática Os alunos irão recordar os conceitos estudados através desta aula prática, onde precisarão identificar e explicar os tipos de relações. Para esta aula prática acontecer será necessária uma caixa com os nomes das relações escritas em papeis e dobrados de forma que o escrito não apareça. Cada aluno irá tirar um papél. Após todos tirarem os papéis será pedido que eles descrevam a relação tirada e encontrem na internet ou em livros da biblioteca uma imagem onde acontece a relação, para que possam encontrar a imagem os alunos poderão sair e ir à biblioteca e à laboratório de informática. Serão disponibilizados trinta minutos para a realização da pesquisa e depois cada aluno irá apresentar o resultado final para o restante dos colegas. O professor ficará ao lado do aluno enquanto apresenta a pesquisa, para dar suporte, auxiliar e corrigir se necessário. Com esta aula prática é esperado que todos os alunos compreendam o conteúdo, deste modo, conseguindo classificar,explicar e identificar todas as relações ecológicas sem restar nenhuma dúvida. 2. Considerações Finais Para um melhor aproveitamento do conteúdo seria necessário que os alunos saissem do ambiente escolar e pudessem visitar um parque ecológico, zoológico, aquário, praça ou algo relacionado. Como por exemplo na cidade de São Carlos onde há o parque ecológico municipal, poderia ser agendada uma visita para que os alunos presenciassem essas relações acontecendo do meio ambiente. Porém, como nem todos o municípios possuem estes privilégios, esta aula foi elaborada de forma que mesmo que não ocorra este tipo de visita, os alunos irão aproveitar todo o conteúdo e conseguirão ter um desenvolvimento excelente. Além disso, os métodos avaliativos e a aula prática irão deixalos mais confiantes sobre os assuntos discutidos. 3. Referências CINTRA, J.C.A. Reinventando a aula expositiva. 1º Ed. São Paulo: Jose Cintra, 01 janeiro 2012. CEGOLON, L et al. Jellyfish Stings and Their Management: A Review. Mar. Drugs 2013, 11, 523-550 SOBRINHO, R. S. A importância do Ensino da Biologia para o Cotidiano. Monografia (licenciatura) - Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF Núcleo da Educação á Distância - NEAD Programa de Formação Pedagógica de Docentes na Área de licenciatura em Biologia. Fortaleza – CE, 2009. TOWNSEND, C.R.; BEGON, M.; HARPER, J.L. Fundamentos em ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. 592 p. BEGON, M. M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Oxford: Blackwell, 2006. 759 p PERONI, N.; HERNÁNDEZ, M. I. M. Ecologia de populações e comunidades. Florianópolis: CCB/EAD/UFSC, 2011. CIPRIANO, C.L., Avaliação de aprendizagem: componente do ato pedagógico 1ºEd. Cortez, 19 de março de 2015. HANAZAKI Natalia, et al. Introdução à Ecologia, 2. ed. e 1. reimp. – Florianópolis: biologia/ead/UFSC, 2013.86p. ODUM, E. P. Fundamentos de Ecologia. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1971. 927p. LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das Células 1. 4ª edição. São Paulo: Editora Moderna, 2015. GIL, A.C. Métodologia do Ensino Superior. 3 Ed. São Paulo: Atlas, 1997. MACARTHUR, R. H. Fluctuations of animal populations and a measure of community stability. Yale. Ecology,1955. RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2003. 503p. RIBEIRO, K. D. F. Protocooperação.
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