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RESUMO
ASPECTOS MOTIVADORES NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DO EDUCANDO
O fator de motivação humana está sujeito a algumas necessidades e, conforme a teoria de Maslow tem sua origem nas necessidades primárias. Uma vez satisfeita estas necessidades, o ser humano passa a buscar algumas características motivadoras. A criança, por estar em formação, apresenta um quadro de motivação adaptado a esta teoria, sendo necessário que os seus responsáveis compreendam os estímulos que a motivam ao aprendizado, devendo ainda entender que o seu comportamento pode variar de acordo com o meio em que vive.
Parte-se do pressuposto de que a desmotivação interfere negativamente no processo de ensino-aprendizagem, e entre as causas da falta de motivação, o planejamento e o desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor são fatores determinantes. O professor deve fundamentar seu trabalho conforme as necessidades de seus alunos, considerando sempre o momento emocional e as ansiedades que permeiam a vida do aluno naquele momento.
Conforme Bzuneck (2000, p. 9) “a motivação, ou o motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar de curso”. A motivação pode ser entendida como um processo e, como tal, é aquilo que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma atividade progressiva, que canaliza essa atividade para um dado sentido (BALANCHO e COELHO, 1996). O tema motivação ligado à aprendizagem está sempre em evidência nos ambientes escolares, impelindo professores a se superar ou fazendo-os recuar, chegando à desistência nos casos mais complexos. Porém, ela tem um papel muito importante nos resultados que os professores e alunos almejam.
Hoje já se sabe que a motivação é algo visceral, um sentimento, ou se tem ou não se tem. Isso não quer dizer que não se possa fazer nada para que as pessoas consigam vivenciá-la. Cabe aqui, fazer uma diferenciação entre interesse e motivação. As coisas que interessam, e por isso prendem a atenção, podem ser várias, mas talvez nenhuma possua a força suficiente para conduzir à ação, a qual exige esforço de um motivo determinante da nossa vontade. O interesse mantém a atenção, no sentido de um valor que deseja. O motivo, porém, se tem energia suficiente, vence as resistências que dificultam a execução do ato.
Quando se considera o contexto específico de sala de aula, as atividades do aluno, para cuja execução e persistência deve estar motivado, têm características peculiares que as diferenciam de outras atividades humanas igualmente dependentes de motivação, como esporte, lazer, brinquedo, ou trabalho profissional (BZUNECK, 2000, p. 10).
As diferentes tendências ou abordagens em Educação Física Escolar no presente momento sofrem constantes transformações e consequentemente críticas quanto seus conteúdos e métodos de ensino. Diante destas mudanças e discussões, alunos, professores e sistema escolar necessitam descobrir o verdadeiro significado da disciplina de Educação Física no ensino médio. Estudos afirmam que a motivação é o fator de maior relevância durante a realização de uma tarefa solicitada, pois através do desenvolvimento deste aspecto se torna possível determinar os êxitos ou fracassos de uma atividade proposta. 
O professor necessita refletir sobre sua prática pedagógica, analisando as antigas tendências e abordagens educacionais, procurando orientar-se em novos métodos e modelos de ensino, que visem atender as necessidades de cada aluno, estimulando o interesse dos alunos pelo conhecimento a ser transmitido, buscando desta forma aumentar o nível de participação destes nas atividades a serem desenvolvidas. A discussão sobre motivação é ampla e variada, pois existem várias disciplinas que trabalham especificamente com a motivação e possuem suas próprias concepções (BERLEZE, 2002).
A motivação pode ser definida como as causas que afetam o início, a manutenção e a intensidade de comportamento. O comportamento humano é movido por necessidades, interesses e estímulos vindos do meio ambiente. Uma pessoa motivada a realizar certa atividade poderá ter mudanças na compreensão da aprendizagem e de seu desempenho nas habilidades motoras (MAGILL, 1984).
Todos os motivos são considerados como estados internos, mas também são frequentemente despertados por estímulos externos. O ideal seria que toda a criança estivesse motivada internamente a praticar alguma atividade, sem precisar de fatores externos, como, por exemplo, recompensas pela sua prática. Refere-se aos jovens e crianças que praticam esportes em escolinhas e que participam de competições valorizando mais a competição desportiva. Enquanto, crianças praticantes nas aulas de Educação Física valorizam mais os motivos relacionados com os aspectos relativos à saúde, à amizade e ao lazer. Percebe-se ainda que existam vários motivos que levam as pessoas à prática de certas atividades motoras. Esses motivos podem ser pela busca do prazer ou da diversão, pela melhoria da saúde, pela aprendizagem, para se manter em forma, pela afiliação e pelo alcance de níveis mais altos de desempenho (BERLEZE, 2002).
Magill (1984) destaca que a palavra motivo oriunda do latim motivum, significa “uma causa que põe em movimento”, e pode ser definida como um impulso que faz com que se haja de certa forma. No entanto, a motivação não se demonstra na mesma intensidade em todas as pessoas, pois temos interesses diferenciados. Sendo assim, o professor deve estar consciente da busca por conteúdos diversificados, para que se consiga atender aos interesses contidos nas turmas, fazendo com que essa falta de previsão que a motivação manifesta, não venha lhe causar dúvidas no que diz respeito à motivação de seus alunos.
Assim, Campos (1986) acredita que o professor deve ser o mediador entre os motivos individuais e os legítimos alvos a serem alcançados pelos alunos. Pois, o professor como o formador de opinião, pode ser um grande mediador dos objetivos da escola para com seus alunos.
Gouvea (1997, p. 168), ainda afirma que a motivação é um dos principais fatores que podem influenciar de forma significativa o comportamento de um indivíduo, permitindo assim um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades relacionadas com: aprendizagem, desempenho e atenção.
Professores de Educação Física Escolar buscam motivar crianças e jovens inativos para a prática desportiva ao invés de se interessarem apenas por videogame, internet ou outros atrativos da modernidade. Weinberg e Gould (2001, p. 72), afirmam que: 
Embora a motivação seja fundamental para o sucesso de diversos profissionais de Educação Física, muitos destes não entendem bem a questão. Ter sucesso como professor ou técnico requer um entendimento completo sobre motivação, incluindo os fatores que a afetam e os métodos para intensificá-la em indivíduos e em grupos. É possível concluir que a capacidade de motivar pessoas, mais que o conhecimento técnico ou científico, é o que separa os instrutores muito bons dos instrutores médios. 
De acordo com Piccolo e Vechi apud Pereira (2006, p. 12), alguns aspectos como: o conteúdo a ser transmitido, a didática utilizada, as relações interpessoais e também o espaço de realização das aulas, contribuem e formam uma forte base no processo de motivação e interesse dos alunos em participarem das aulas. Para melhor desenvolver estes aspectos citados pelos autores durante as aulas de Educação Física, tendo em vista as necessidades e perspectivas dos alunos, se faz necessário entender o que pensam os próprios educando quanto sua falta de participação nas aulas. 
“O conhecimento dos problemas que envolvem a motivação é importante para o professor que atua na Educação Física Escolar, pois ele trabalha com alunos que são obrigados a participar das aulas” (GOUVÊA apud PEREIRA, 2006, p. 49).
Os principais motivos citados por esses jovens que os levam a gostar das aulas de Educação Física são a oportunidade de praticarem atividade e esporte objetivando saúde, aptidão física, socialização e recreativismo além de poderem quebrar a rotina deaulas de outras disciplinas almejando desta forma sensação de liberdade, descanso e, sobretudo o lazer. Para os alunos que não gostam das aulas de Educação Física a justificativa está na questão de que o professor não busca estimular ou motivar os alunos a participar das aulas efetivamente e também na questão de que os meninos em sua maioria assumem o comando das quadras durante as aulas praticando seu esporte preferido, como o futsal, por exemplo, enquanto as meninas ficam de fora por não praticarem determinado esporte e serem consideradas delicadas e frágeis diante das atividades propostas. 
Contudo, este trabalho pode se tornar uma referência para os professores que trabalham com jovens dentro de um contexto pedagógico, a motivação pode ser fator determinante no aumento do nível de participação dos alunos nas aulas de Educação Física, proporcionando assim tanto ao professor quanto ao aluno um ensino de qualidade.
REFERENCIA
BERLEZE, A. Desenvolvimento Motor de Crianças Obesas: Uma Análise de Contexto. Santa Maria: UFSM, 2002. Dissertação: Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Santa Maria, 2002.
BZUNECK, J. A. As crenças de auto-eficácia dos professores. In: F.F. Sisto, G. de Oliveira, & L. D. T. Fini (Orgs.). Leituras de psicologia para formação de professores. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
CAMPOS, Dinah M. de Souza. Psicologia da aprendizagem. 19. ed. Petrópolis: Vozes, 1986.
GOUVEIA, F. C. Motivação e Prática da Educação Física. Campinas: Papirus, 2007.
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo, Edgard Blucher, 1984 c. cap.9, p.194-210: Transferência da aprendizagem.
WEINBERG, R. S; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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