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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 RELATÓRIO DE ENSAIO PEÇAS DE MADEIRAS 1. CARACTERIZAÇÃO DO ENSAIO REALIZADO Data do Ensaio: 30 de julho de 2021 a 06 de agosto de 2021. Equipe Executora: ● Integrante 1, Alisson dos Santos Alves (18110934) ● Integrante 2, Antonya Marya Crystyane Martins Correia (18112190) ● Integrante 3, José Ricardo Paulino Tenório (17111077) ● Integrante 4, Marcos André Mendonça Lima Sobrinho (17111082) ● Integrante 5, Rubens Miguel Arana Leite (18112476) ● Integrante 6, Samira Nascimento dos Santos (16210975) Método: O presente ensaio foi realizado fundamentando-se nos procedimentos propostos pelas seguintes normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): NBR 7190/1997 – Projetos de estruturas de madeira 2. CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL 2.1. Material Analisado Neste experimento, de investigação direta de lotes de madeira serrada, foi feita uma caracterização simplificada com amostra de seis corpos-de-prova. De cada peça do lote, foi retirado um corpo-de-prova em regiões afastadas das extremidades da peça. Na Figura 1, é possível observar um corpo-de-prova utilizado nos ensaios. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 Figura 1 – Corpo-de-prova Fonte: Laboratório de Materiais UFAL, 2021. 2.2. Procedimentos Experimentais Fundamentando-se na ABNT NBR 7190/1997, foram realizados os ensaios a seguir: 2.2.1. Umidade Neste ensaio é utilizada uma amostragem de seis corpos-de-prova de seção transversal retangular com dimensões de 2,0 x 3,0 cm e comprimento de 5,0 ao longo das fibras. O teor de umidade refere-se à relação entre a massa da água contida na madeira e a massa da madeira seca. É calculada através da Equação 1. ( ) ( ) Onde corresponde a massa inicial da madeira em gramas e corresponde a massa da madeira seca também em gramas. Inicialmente, determina-se a massa inicial ( ) do corpo-de-prova e o coloca na câmara de secagem com temperatura máxima de 103 °C 2 °C. Durante a secagem, foi medida a massa do corpo-de-prova a cada 6 horas até que, entre duas medidas consecutivas, houve uma variação menor ou igual a 0,5% comparado ao da última massa medida. Essa massa é considerada a massa seca ( ). Assim, foi determinada a umidade. 2.2.2. Densidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 A densidade básica é a razão entre a massa seca e o volume saturado. São utilizados seis corpos-de-prova nesse ensaio, onde eles apresentam formato prismático com seção transversal retangular de 2,0 x 3,0 cm de lado e comprimento ao longo das fibras de 5,0 cm. O procedimento experimental é semelhante ao ensaio de densidade e consiste em colocar o corpo de prova na câmara de secagem. Durante a secagem, foi medida a massa do corpo-de- prova a cada 6 horas até que, entre duas medidas consecutivas, houve uma variação menor ou igual a 0,5% comparado ao da última massa medida. Essa massa é considerada a massa seca ( ). Determina-se o valor saturado através das dimensões finais do corpo-de-prova submerso em água até que atinja massa constante ou com uma variação de 0,5% em relação a medida anterior. 2.2.3. Resistência à Compressão Dois tipos de ensaio de resistência à compressão são feitos: compressão paralela às fibras e compressão normal às fibras. 2.2.3.1. Compressão paralela às fibras Este ensaio é realizado com uma amostragem de seis corpos-de-prova e a máxima tensão atua em um corpo-de-prova com seção transversal quadrada de 5,0 cm de lado e 15,0 cm de comprimento. O valor característico da resistência à compressão paralelo às fibras é dado pela Equação 2. ( ) ( ) Onde os resultados são organizados em ordem crescente , desprezando o valor mais alto se o número de corpos-de-prova for ímpar, não se tomando para valor inferior a , nem a 0,7 do valor médio ( ). A resistência é determinada com carregamento monotônico crescente, com uma taxa de 10 Mpa/min. A Equação 3 também foi utilizada na determinação da resistência à compressão paralela às fibras. ( ) ( ) UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 Onde é a máxima força de compressão aplicada ao corpo-de-prova durante o ensaio, em newtons, é a área inicial da seção transversal comprimida em metros quadrados e é a resistência à compressão paralela às fibras, em megapascals. 2.2.3.2. Compressão normal às fibras Neste procedimento, utiliza-se uma amostragem de seis corpos-de-prova e o valor característico da resistência à compressão normal às fibras é determina também pelas Equações 2 e 3. O corpo-de-prova de ser prismático, com seção transversal quadrada de 5,0 cm de lado e altura, e 10 cm na direção tangencial conforme Figura 2. Figura 2 – Dimensões do corpo-de-prova para ensaio de compressão normal às fibras Fonte: Laboratório de Materiais UFAL, 2021. Análogo ao ensaio de compressão paralela às fibras, o carregamento deve ser monotônico crescente correspondente a uma taxa de 10 MPA/mim. O carregamento é aplicado de preferência na direção tangencial. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da realização dos ensaios baseados na ABNT NBR 7190/1997, os resultados obtidos são apresentados nos tópicos a seguir. 3.1. Umidade O resultado da determinação de massa inicial ( ) e massa seca ( ) para determinação da umidade estão apresentados na Tabela 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 Tabela 1 – Umidade Fonte: Autores, 2021. Comparando os resultados encontrados com a Tabela 3 de Classe de Umidade, nota-se que a madeira estudada se encaixa na Classe 1 onde a umidade de equilíbrio da madeira equivale a 12%. Tabela 3 – Classes de Umidade Classes de Umidade Umidade relativa do ambiente Uamb Umidade de equilíbrio da madeira Ueq 1 12% 2 15% 3 18% 4 Fonte: Laboratório de Materiais UFAL, 2021. 3.2. Densidade Os resultados obtidos para o ensaio de densidade são apresentados na Tabela 2. Tabela 2 – Densidade Básica CP N° Altura Final (mm) Largura Final (mm) Comprimento Final (mm) Densidade (Kg/m 3 ) 01 51,86 20,48 27,5 889,4 02 52,31 22,61 27,5 88,29 03 51,95 21,54 27,69 848,79 04 51,24 20,65 27,37 859,79 05 51,77 23,1 25,39 836,52 CP Nº (g) (g) Umidade (%) 01 35,7 25,6 39,45 02 34,9 28,3 23,32 03 35,8 26,3 36,12 04 33,6 24,9 34,93 05 34,5 25,4 35,83 06 35,0 26,0 34,62 Média 34,05 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – ECIV 049 06 52,12 20,85 27,51 869,71 Média 51,88 21,54 27,16 732,09 Fonte: Autores, 2021. 3.3. ResistênciaOs resultados de resistência à compressão paralela às fibras e normal às fibras são apresentados da Tabela 3. Tabela 3 – Resistência à Compressão NORMAL ÀS FIBRAS PARALELA ÀS FIBRAS CP Nº Carga (kgf) Área fc0 Carga (kgf) Área fc90 01 6600 21,62 29,93 12850 16,28 77,40 02 7150 22,08 31,75 13400 16,28 80,71 03 7150 22,05 31,79 13200 16,28 79,51 04 6700 22,08 29,75 13200 17,1 75,70 05 4700 22,08 20,87 11950 16,65 70,38 06 4600 22,56 19,99 1300 17,1 74,55 Fonte: Autores, 2021. Desta forma, para a resistência paralela, o valor característico foi de 17,908 MPa. Sendo superior ao menor valor, porém, é menor que o valor médio (dado pela média aritmética e valor numérico igual a 16,615), ultrapassando o limite dito pela norma. Logo, considerando que ele seja um valor característico inferior, quer dizer que há apenas 5% de probabilidade de o valor não ser atingido pelo lote. Já para a resistência normal às fibras, o valor característico foi de 23,749 MPa. Sendo superior ao menor valor, porém, é menor que o valor médio (dado pela média aritmética e valor numérico igual a 27,35), ultrapassando o limite dito pela norma. Logo, considerando que ele seja um valor característico inferior, quer dizer que há apenas 5% de probabilidade de o valor não ser atingido pelo lote. 4. PARECER TÉCNICO Analisando os resultados do experimento, observa-se que através do ensaio de umidade, a madeira estudada encaixa-se na classe 1 de umidade de equilíbrio da madeira. De acordo com a densidade, comparando com a norma conclui-se que a madeira estudada é o Eucalyptus saligna pertencente às dicotiledôneas. Entretanto com base nos parâmetros de resistência , ela não atinge o esperado.
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