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Legislação ambiental em atividades agropecuárias Uma propriedade necessita ser regularizada por legislações vigentes para que se possa fazer o uso dessa terra, com objetivo que se atenta a critérios mínimos de segurança, preservação e para utilização de forma igual entre todos os donos de propriedades. Isso pode evitar uso excessivo de matéria prima, como uso excessivo da água causando estresse hídrico, desmatamento e causar erosões ou até utilizar de produtos agrícolas que acometem problemas a saúde humana e ambiental. As leis ambientais foram instituídas com o objetivo de disciplinar o uso dos recursos naturais devido a escassez destes recursos no decorrer da décadas Problemas relacionadas aos usos dos recursos naturais >> Geração de efluentes provenientes da limpeza de suas instalações; >> Consumo excessivo de água; >> Desmatamento; >> Erosão; >> Uso descontrolado de agrotóxicos; Legislação Ambiental no Brasil → objetivo de atender os critérios mínimos de segurança, preservação, e utilização de todas as propriedades de forma igual. Para não ter uso exagerado da água, desmatamento exagerado. → 3 licenças ambientais dão (licença previa, de instalação e de operação ) ao dono da terra licença para que a terra entre em funcionamento Descritas na: >> Constituição federal >> Novo Código Florestal Brasileiro >> Lei de crimes ambientais >> Política Nacional do Meio Ambiente >> Política Nacional dos Recursos Hídricos >> Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) A legislação ambiental exige a regularização dos imóveis rurais! Regularização Ambiental O empreendedor deve atender as exigências que lhe foram requeridas durante: → Licenciamento Ambiental; → À Autorização Ambiental de Funcionamento; → À Outorga de Direito de uso de Recursos Hídrico;= uma agua de um rio passa em sua propriedade não é sua, necessário fazer uma solicitação de uso, outorga. Para se ter a liberação do uso dessa água se é necessário mostrar que existem qualidade e condições ambientais suficientes para o uso da agua, ele não pode por exemplo tirar de uma mina um volume maior de agua do que o manancial consegue carregar. Então existe uma vazão mínima e precisa ser respeitada → Ao Cadastro Insignificante; → À Supressão de Vegetação Nativa = precisa pedir permissão para retirar uma arvore mesmo que esteja quase caindo e seja de reserva legal. → À Intervenção em Área de Preservação Permanente = áreas que não podem sofrer intervenção. Áreas que sofreram alterações até 2008 estão anistiadas, não sendo ilegal. 15 passos para regularizar um imóvel rural 1- Verificar se o imóvel é rural ou urbano= Faz diferença, há áreas que são visivelmente rurais mas são urbanas, estão em áreas urbanas. (ele dá exemplo da propriedade dele). Área de ATP urbano e rural varia. 2- Se for rural, verificar a localização do imóvel no Brasil • Amazônia Legal= Área de reserva legal, na amazonia é 80% do local. • Demais regiões do Brasil 3- Verificar em qual bioma está localizada o imóvel= Bioma amazônico, serrado... • Região da Amazônia Legal? • Demais regiões do Brasil 4- Verificar quantos módulo rural o imóvel possui= Depende do município, cada um tem uma determinada área que considera uma área rural. Implica em muitas coisas, mais de 4 modulos rurais o licenciamento é mais complicado. >> módulos fiscais são definidos com base na população, na economia principal daquele município, na capacidade de executara agricultura familiar • Tabela referente ao tamanho dos módulos fiscais por município • Dividir a área do imóvel rural pela área dos módulos fiscais do município 5- Realizar o Mapeamento do Imóvel (planta georeferenciada)= Mapa georreferenciado (tem coordenada X e Y), consegue saber em que ponto se esta nas coordenadas. 6- Delimitar todas as áreas de preservação permanente do Imóvel= Delimitar tudo, incluindo as áreas de preservação 7- Delimitar as áreas de usos restritos. 8- Delimitar as áreas com remanescente ativos= Efluência nativa 9- Conferir e Delimitar o uso do solo nas áreas de preservação permanente.= Delimitar o que você usa e quando começou utilizar 10- Avaliar a necessidade de recompor a área de preservação permanente= se são áreas que estão degradadas informar, pois as áreas costumam ser restauradas 11- Verificar a situação da reserva legal= Propriedade de 100 hectares e tem que separar 20 hectares (tem que verificar pois varia para cada propriedade) esses 20 não precisam ser de um fragmento único, pode somar vários fragmentos e a soma dar 20. É necessário verificar a situação da reserva legal, se não tiver o mínimo exigido você indica que ele necessita ser recomposto. 12- Avaliar a necessidade de recomposição da reserva legal.= como e onde recompor 13- Definir a forma de recompor a reserva legal. 14- Inscrever-se no cadastro ambiental rural (CAR)= todos os passos anteriores são importantes para fazer o cadastramento no CAR. Que tem objetivo de regularizar todas as propriedades rurais do brasil, visualizando características dos imóveis; áreas de ATP, reservas legais, de forma eletrônica. 15- Quando necessário aderir imediatamente ao programa de regularização ambiental (PRA)= o proprietário decide se vai aderir, assumindo compromisso para evitar multas e efeitos da não regularização ambiental. Decidir se vai parcelar multa, fazer recomposição de alguma área... tem chance de ser anistiado. Cadastro Ambiental Rural (CAR) EXIGÊNCIAS PARA INSCRIÇÃO DO IMÓVEL RURAL NO CAR: I - identificação do proprietário ou possuidor rural; II - comprovação da propriedade ou posse; III - plantas georreferenciadas da área do imóvel (planta e memorial descritivo?), contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração, o perímetro do imóvel, a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das APPs, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e da Reserva Legal. IV – saber quantos módulos fiscais aquela propriedade tem Na posse ou pequena propriedade, a inscrição no CAR poderá conter, informação simplificadas: croqui, indicando a área do imóvel rural, a Áreas de Preservação Permanente, as áreas de remanescentes de vegetação nativa que formam a Reserva Legal, as áreas de servidões administrativas, áreas consolidadas em áreas de uso restrito, utilizando mecanismo e imagens disponibilizada pelo SICAR Módulos Fiscais Módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é fixado pelo INCRA para cada município levando-se em conta: (a) o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); (b) A renda obtida no tipo de exploração predominante; (c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; (d) o conceito de "propriedade familiar". A dimensão de um módulo fiscal varia de acordo com o município onde está localizada a propriedade. >> O valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. Quanto mais escuro, maior é o modulo fiscal. Imóveis com até 4 MF*: além de serem mais fáceis de serem regularizados, eles tem apoio técnico e jurídico do poder público para o registro no CAR. Em questão da recomposição de reserva legal, por exemplo, não tem o mesmo rigor que propriedades de mais de 4 módulos fiscais. Abaixo temos um exemplo de variação de módulos fiscais, estado do RJ. Unidade de medida expressa em hectare, varia de 5 a 110 hectares (INCRA) Areal o modulo fiscal equivale a 28 hectares, então propriedade de até 112 hectares tem menos de 4 módulos fiscais. Importante! Com inscrição do imóvel no CAR; o proprietário ou possuidor rural fica desobrigadode fazer a averbação de Reserva Legal em cartório, pois esta ficará automaticamente registrada no CAR, após aprovação da localização da Reserva Legal pelo órgão competente INEA, e não poderá ser mais ser alterada. Mas o que é uma reserva legal? >> Reserva legal= a área da propriedade que precisa ser mantida e que precisa assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais Se a propriedade não tiver o que ela precisa de reserva legal, ela terá de recompor uma área para completar Art. 3o da Lei 12. 651 de 2012 Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, com as funções de assegurar o uso econômico sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, de auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e de promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora nativa. COMO ERA NA LEI ANTERIOR? Reserva Legal= área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e à reabilitação dos processos ecológico, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e à proteção de fauna e flora nativas >> Antigamente era necessário ter a área de reserva legal e a área de APP. Mas atualmente com alteração do código florestal pode se utilizar a área de APP como parte de reserva legal, desde que atenda 3 requisitos. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, independente da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Nossa região: Bioma Mata Atlântica - 20% A novidade na nova Lei Florestal é a possibilidade de se contabilizar as APPs na Reserva Legal desde que= a) não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo= não pode pedir para fazer supressão de vegetação ou corte de arvores b) a APP a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação= precisa garantir que a área está preservada ou em processo de recuperação (área a ser utilizada como área de APP) c) o imóvel esteja incluído no Cadastro Ambiental Rural – CAR Necessidade de recompor a reserva legal Quando você não atende a estes 3 pontos anteriores, você precisa recompor a área de reserva legal. Como no exemplo da propriedade de 100 hectares e que se necessita de 20 hectares de reserva legal, se somando não dá 20, é necessário recompor. >> Para imóveis de até 4 módulos fiscais= A Reserva Legal será representada pelos fragmentos existentes na propriedade, se tiver uma arvore lá você soma ela. >> Para imóveis acima de 4 Módulos Fiscais= sempre que a cobertura florestal for menor que a porcentagem exigida para os imóveis do bioma (Mata Atlântica: 20%) – Haverá a obrigação de recompor a Reserva Legal. Retornando então ao nosso exemplo, uma propriedade em Paracambi que tem 50 hectares sendo então maior que 4 módulos fiscais (que seria 40 hectares), e não tenha área de reserva legal, ela necessita então recompor. Agora uma propriedade de 50 hectares também só que em Areal, ela não necessita recompor, e sim apenas somar todos os fragmentos e se mesmo com essa soma não der o tanto necessário, a recomposição nessa propriedade será facilitada. Unidade de medida expressa em hectare, varia de 5 a 110 hectares (INCRA) Área de Reserva Legal O que pode ser feito na RL? Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal, mediante manejo sustentável, previamente aprovado pelo órgão ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). Para isso, serão adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo sustentável sem propósito comercial para consumo na propriedade e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial. Caso Prático - Reserva Legal 1- Uma fazenda em Miguel Pereira de 50 hectares, deveria ter no mínimo 10 hectares de reserva legal (mata atlântica é 20% de reserva legal, por isso 10 hectares). Mas como ela se enquadra nos quatro módulos fiscais. A RL será representada pela vegetação que existir na propriedade. Se houver 5 hectares, esses serão averbados como RL. >> Miguel pereira os módulos fiscais são 16 e 4 seriam 64, a propriedade acima tem 50 módulos estando abaixo e portanto não sendo necessário a recomposição e sendo feita a soma de fragmentos. 2- Já uma fazenda de Paracambi de 50 hectares, deverá ter 10 hectares , ou seja, 20% de reserva legal averbada. O módulo fiscal é diferente, por isso será preciso recompor a vegetação nativa. Seja por plantio, intercalado com exóticas (nesse caso podendo ser 5,0 há com vegetação nativa e 5,0 de frutíferas ou exóticas). >> o modulo fiscal é 10 e 4 módulos seriam 40, portanto 50 hectares ultrapassam os 4 módulos fiscais e neste caso se não houver a quantidade necessária de RL se é necessário fazer a recomposição. O que é APP - Área de Preservação Permanente? Art 3o da Lei 12.651 de 2012. Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com as funções ambientais de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade ecológica e a biodiversidade, de facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, de proteger o solo e de assegurar o bem-estar das populações humanas. >> se tem uma encosta de rio e você retira toda vegetação presente ali na margem, aquele rio passa a exercer uma força muito maior no solo e diminui a estabilidade, causando erosão; assoreamento do rio. Sendo importante então essas áreas preservadas mantendo a qualidade do rio e a estabilidade do terreno. → Faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros. → As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais; → As áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais; → As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica; → As encostas ou partes destas com declividade superior a 45o, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; → As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo; → No topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°; → As áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. → As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; → os manguezais, em toda a sua extensão; → Em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. Área de Preservação Permanente Em relação a largura do rio, a largura da mata da área de APP varia com o aumento da largura do rio. As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima: (Art. 4º, inciso I) No caso de 10m de largura a área de app seria de 30m cada lado. O que é Área de Uso Consolidado? Art. 3° da Lei 12.651 de 2012. Área rural consolidada= área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio. POR QUE A DATA DE CORTE É 22 DE JULHO DE 2008? Está é a data de publicação do decreto 6.514, que trata e infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e regulamenta a Lei de Crimes Ambientais publicada em 1998 O que deve ser recomposto nas Áreas Rurais Consolidadas (antes de 22 de julho de 2008) >> Margens de rios, entorno de nascentes, entorno de lagose lagoas naturais, áreas de veredas >> a área a ser recomposta varia com o diâmetro do lago, rio. Ao longo dos cursos d’água naturais No entorno de nascentes e olhos d’água perenes No entorno de lagos e lagoas naturais Nas veredas Área de Preservação Permanente O que pode ser feito nas APPs Em razão de sua função ambiental, as APPs são de utilização muito restrita. Não são intocáveis, mas somente pode haver intervenção no caso de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. O que são áreas de uso restrito? São áreas nas quais sua utilização sofre restrições, mas que não são consideradas Áreas de Preservação Permanente. >> se tentar pegar um pantanal e marcar a área de APP é praticamente o bioma todo, então nesses casos são áreas de uso restrito e não áreas de APP. Pantanais e planícies pantaneiras Áreas com declividade entre 25° e 45° Áreas com declividade acima de 45o são áreas de APP e aquelas com declividade entre 25o e 45o são áreas de uso restrito. O que é PRA? O PRA - PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL é o conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar e promover a regularização ambiental. Art. 9°, Dec. 7.830/12. São instrumentos do Programa de Regularização Ambiental: I - o Cadastro Ambiental Rural - CAR; II - o termo de compromisso= Há assinatura de um termo de compromisso em que assume, tem projeto de recomposição de áreas degradadas e alteradas e pode fazer uso de cotas de reserva ambiental que foi colocada nesse novo código. III - o Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas IV - as Cotas de Reserva Ambiental – CRA= Em que você pode utilizar de toda sua propriedade desde que compre uma área com o mesmo bioma para se ter uma “compensação” dos hectares que seriam necessários de reserva legal na sua propriedade. PRA é visto como uma forma de anistia para quem degradou áreas de preservação O que é CRA? Entende-se por Cota de Reserva Ambiental (CRA): >> Um título nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação. >> Cada cota representa uma área de 1 hectare de vegetação nativa preservada ou em processo de recuperação. Abaixo temos uma propriedade A com 35% de reserva legal e a B 25% e já a C não tem nada de reserva legal. Poderia então comprar 15 cotas da propriedade A e 5 da propriedade B (tendo em vista que deveriam ser 20 no exemplo) e colocar estas cotas em minha propriedade. Isto permitiria que a propriedade C fosse totalmente utilizada desde que seus vizinhos utilizassem menos das suas. Para que serve a Cota de Reserva Ambiental? Uma ONG pode optar por comprar Cotas no intuito de patrocinar a preservação da vegetação nativa. A utilização mais comum da CRA é para a compensação da Reserva Legal. Assim, um proprietário ou possuidor que não tenha área de Reserva em sua propriedade pode optar por comprar Cotas ao invés de recompor a vegetação nativa. Licenciamento Recursos Hídricos Se na sua propriedade tem um manancial e que você quer fazer uso, essa agua não pertence a você e você necessita fazer uma outorga para uso desta agua. >> Código das Águas – 1943= É uma legislação que existe desde 1934 no Brasil e visa, sobretudo, proteger a qualidade das águas. Foi criado a partir do Decreto Federal 24.643, de 10 de julho de 1934. Ainda em vigor, o Código das Águas determina que “são expressamente proibidas construções capazes de poluir ou inutilizar para o uso ordinário a água do poço ou nascente alheia a elas preexistentes”, devendo ser demolidas as obras irregulares. >> Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)= A lei 9.443, de 8 de janeiro de 1997, institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e destaca a água como um bem de domínio público, de interesse comum, cuja conservação é essencial. Por isso, sempre que a água de um rio, poço, lagoa ou represa tiver de ser captada para uso na lavoura ou para receber efluentes, o produtor rural tem de obter a outorga. >> Plano diretores das bacias hidrográficas=. Diz respeito ao futuro, o que as pessoas querem da bacia hidrográfica no futuro. Plano pensado para o futuro. Cada bacia dependendo de sua importância tem comitê próprio >> Enquadramento do corpo hídrico (CONAMA 357/2005)= Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Resolução CONAMA 357/05, que regulamenta o enquadramento de corpos hídricos, define que para destinação ao consumo humano a água deve apresentar qualidade igual ou superior a classe 03 (águas doces) ou à classe 01 (águas salobras). São 5 classes de agua, sendo a especial, 1, 2, 3 e 4 >> Comitês e Agências= cada rio pertence a uma bacia hidrográfica, dependendo da importância e do tamanho da bacia ele tem um comitê próprio. Por exemplo, o rio Paraibuna ele nasce em Antonio Carlos, passa em JF e vai em encontro dos 3 rios, onde encontra o rio Paranaíba e Paraíba do Sul, e dali em diante ele faz parte da bacia do paraíba do sul. Mas até o encontro ele recebe agua do rio preto e rio do peixe. Esses comitês gerenciam o uso da agua nessa bacia, parte do recurso do dinheiro do uso da agua vai para o comitê de bacia e eles investem na manutenção da qualidade da agua e da quantidade. >> Outorga= precisa garantir de ter meios de dizer que aquela agua atende em relação a qualidade e quantidade para seu uso. Você não terá outorga nem para quando a agua do manancial esta abaixo do que você usaria, ou no caso de não ter qualidade para o que deseja. >> Cobrança pelo uso da água Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997 >> Quando as pessoas precisassem utilizar, recorriam a um órgão, era avaliado a qualidade da água e daria a permissão. Mediante ao uso a pessoa faria uma contribuição para este órgão >> a legislação diz que para utilizar precisa pagar e esse recurso deve ser investido na manutenção e em politicas de melhoria e continuação do serviço, como politicas de saneamento básico, politicas relacionadas ao controle de utilização do solo, para que sempre tenha agua de boa qualidade e em boa quantidade. *manancial= fonte de agua “Art.1° A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) baseia-se nos seguintes fundamentos: (...) VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.” “Art. 31. Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municípios promoverão a INTEGRAÇÃO das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente com as políticas federal e estaduais de recursos hídricos.” Há aplicação desses recursos com finalidade de manter a sustentabilidade deste uso Outorga do uso da água em atividades agropecuárias → Solicitação ao órgão gestor= agencia nacional de aguas → Utilização de um manancial de Água superficial, ´q pedido a informação de quanto você vai retirar desta agua e se existe uma vazão suficiente para que aquele manancial não seque. Vazão em função da disponibilidade hídrica; → Utilização de manancial de Água subterrânea, a outorga é dada de acordo com a capacidade de recarga daquele manancial, não podendo tirar mais do que a capacidade de recarga - relacionada a capacidade de recarga; → Toda outorga é dada em relação ao CPF da pessoa → Vazões insignificantes= se você usa um volume muito pequeno de água, esse volume entra como uma vazão insignificante e a outorga é muito mais simplesneste caso. Então as pessoas ao invés de pedir em um CPF como uso grande, pede em vários de forma pequena para evitar o processo da forma como deveria ser. → Lançamento de efluentes também é necessário pedir uma outorga= Se você tem matadouro e quer jogar efluente dele no rio, você precisa de uma outorga para que possa fazer isso. Essa liberação é dada de acordo com a caracterização do rio que irá receber o efluente e também em relação a qualidade do efluente. – No caso de lançamento de efluentes é necessário impor restrições sobre a qualidade e as características do corpo receptor. *pois talvez necessite ser tratado → Casos de suspensão da outorga= em caso de descumprimento de alguma característica Em caso de atividades agropecuárias a outorga é dada em relação a= → Usos que alteram a quantidade da água em corpos hídricos; → Usos que alteram a qualidade da água em corpos hídricos; → Usos que alteram o regime de água em corpos hídricos; → Usos de corpos hídricos que independem de outorga= basicamente aqueles volumes insignificantes ou aqueles relacionados a sustentabilidade >> para fazer a solicitação da outorga precisa falar da qualidade da água que você quer utilizar e entender se aquela qualidade atende aos requisitos legais para aquele uso. >> Como utilizar a água para fornecer para animais e ela tiver carga de poluentes muito grande ou de microorganismos, ela não é possível fazer uso para este proposito sendo necessário fazer um tratamento ou não utilizar. Restrição dos usos dos recursos hídricos → Poluição maior do que a capacidade de tratar as aguas naturais → Crescimento da demanda → Agricultura e pecuária consomem 65% do volume total utilizado → De que maneira o sistema de produção agropecuária cria impactos aos ambientes aquáticos? Impureza nas aguas naturais Infelizmente não existe agua pura – agua é um solvente universal → Contaminantes químicos= matéria orgânica (aquilo que uma vez teve vida) e inorgânica → Contaminantes físicos= sólidos particulados, suspensão ou dissolvidos → Contaminantes biológicos= seres vivos ou mortos O que a legislação diz sobre as características da agua para usos diferentes? Há a resolução CONAMA que define os parâmetros limites para cada classe de agua, sendo a classe 2 mais importante para nossa atividade. Características de água para diversos usos (ele pulou esse slide) → Abastecimento domestico de agua e dessedentação de animais= baixa turbidez e cor, ausência de sabor, odor e microorganismos. → Industrias= com contato ou sem contato? → Irrigação= sem minerais é ruim e com muitos minerais também é. → Recreação e lazer= isenta de substancias químicas e organismos prejudiciais à saúde e com baixos teores de sólidos em suspensão, óleos e graxas. Característica de água boa= não tem cheiro, sabor e nem cor. → Temperatura= ideal entre 8 e 16 graus. Muito fria causa perturbação no estomago e muito quente desagrada o paladar. → Turbidez (NTU)= refere-se à quantidade de sólidos em suspensão. 100 NTU para classe 2 Quando o rio doce recebeu a carga de materiais do acidente da Vale, muitas partículas foram despejadas e o rio apresentou uma coloração extremamente escura, um rio barrento por muitas partículas em suspensão, pois o rio ficou muito túrbido. *aguas com muita turbidez tem dificuldade de penetração da luz, sendo que a luz é importante para que as algas possam fazer fotossíntese e sustentar toda biomassa existente no ambiente aquático. Se não ocorrer haverá menor produção de oxigênio e mortalidade irá ocorrer → Cor= refere-se a quantidade de sólidos dissolvidos. 70UC para classe 2 Como a alteração da cor da cerveja, não ocorre porque tem sólidos em suspensão mas sim por sólidos dissolvidos. Característica química da agua >> dureza= cálcio e magnésio (ele não explicou) >> alcalinidade= parâmetro relacionado ao pH, relacionada a capacidade do ambiente a resistir a uma perturbação por ácidos >> potencial hidrogeniônico – pH= varia de 0 a 14 e temos a variações de ácidos à básicos. Variações entre 5 e 9 para classe 2. Indicadores de poluição orgânica Compostos nitrogenados, fosfatados e carbônicos >> nitrogênio, fósforo e carbono são elementos indispensáveis para o crescimento de algas >> em altas concentrações podem levar a eutrofização. Nitrogênio pode estar na forma de amônia nitrato, nitrito ou oxido nitroso. Fosforo pode estar na forma particulada ou dissolvida >> oxigênio dissolvido= Relação inversa com a temperatura (temperatura alta= baixo OD). Relação com a decomposição (alta decomposição=baixa OD) e produção primária (alta produção primária=alta OD) >> lagoa aerada= continuamente borbulhada para que o oxigênio não seja todo consumido e a lagoa fique anaerobica Porque precisamos do oxigênio? >> Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)= quantidade de oxigênio necessário para atender a demanda biológica/bioquimica de OD. Limite máximo 5mg/L classe 2 *aqueles que possuem DBO muito alto, provavelmente terão anoxia em alguma parte. >> Demanda Quimica de oxigênio (DQO)= quantidade de oxigênio necessário para atender a demanda química de oxigênio dissolvido. Na res. CONAMA não existe limite para agua de classe 2. Baseado nestas definições o que significa dizer que uma agua tem alta DBO e/ou alta DQO? DBO muito alta são ambientes eutrofizados que tem comunidade bacteriana muito alta e que consomem muita matéria orgânica. >>sólidos= Sólidos totais= 500mg/L- Sólidos fixos ou voláteis= em relação a característica orgânica deste solido (fixo ou volátil) – soma dos dois da o valor de sólidos totais. Sólidos em suspensão ou dissolvidos= em relação a como ele está no ambiente (dissolvido ou suspenso) – soma dos dois da o valor de sólidos totais. Características biológicas da agua >> vírus >>bactérias Coliformes fecais se apresentam em grande quantidade nas fezes humanas. Os coliformes não são organismos patogênicos mas são indicadores de contaminação orgânica na agua pois são hospedeiros de organismos de sangue quente, então se eles estão na agua foi lançado um efluente não tratado e sendo possível ter organismos patogênicos. >> protozoários >> vermes Quantidade VS qualidade >> quantidade é tão importante quanto a qualidade >> uma pessoa precisa de no mínimo 50L/d >> pegada hídrica= quanto você gasta de agua para produzir determinado produto, consigo produzir com uma quantidade menor então tem uma pegada hídrica menor e isso faz com que o produto seja mais sustentável em relação a agua. >> uso industrial é um vilão do uso industrial. Tipos de mananciais de agua >> superficiais= rios, lagos, resertorios contruídos pelo homem >> subterrâneo= - lençol freático= esta numa camada mais acima da terra e nessa camada não existe diferença de pressão em relação a atmosfera, essa agua não está entre duas camadas de rocha e a pressão ali é similar portanto. Agua de lençol freático você fura o poço e ela sobe até um nível de um rio da região - lençol confinado= esta entre duas camadas de rocha, é uma agua mais pura que demorou mais tempo para ser filtrada e ela esta onde a pressão é maior que a pressão atmosférica, então se você chega em um local de lençol confinado a agua irá jorrar pela alta pressão ali presente. Agua de melhor qualidade e sai numa pressão muito maior. Poços artesianos= lençol confinado >>aguas pluviais= cacimbas. >importante no nordeste Vantagens da utilização de aguas subterrâneas >> potencialmente de boa qualidade para o consumo humano, embora o seja muito vulnerável a contaminação >>relativa facilidade de obtenção, embora nem sempre em quantidade suficiente >> possibilidade da localização de obrasde captação perto das áreas de consumo Escolha do manancial 1- analise da agua e comparação com a resolução CONAMA n357/2005 = Escolha da manancial depende do enquadramento com o uso que você irá fazer, depende da qualidade da agua 2- vazão mínima do manancial, necessária para atender a demanda, depende da quantidade da agua 3- requer tratamento? >> não requer tratamento= aguas subterrâneas sem contaminação >> desinfecção= aguas com baixa contaminação – tratamento simples que visa diminuir a contaminação biologica >>tratamento simplificado= aguas com baixo teor de turbidez, sujeitas apenas a filtração lenta e desinfecção >>tratamento convencional= aguas com turbidez elevada requerem tratamento com coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção. Noções sobre tratamento da agua >>tratamentos domésticos= - fervura= extermínio dos microorganismos, deixa a agua com gosto desagradável pela baixa de oxigênio - filtração caseira= filtro mais usado é o composto por pedras, carvalho e areia. Não retem patógenos. Pedra e areia fazem a filtração, retem sólidos e partículas maiores, já o carvão retem sólidos dissolvidos. *necessário trocar após um tempo pois fica menos poroso e o carvão deixa de ser ativado e para de reter - desinfecção postural da agua armazenada= adição de cloro ou iodo, para que reduza a quantidade de microorganismos que possam ser patogênicos. - desinfecção permanente= cloradores por difusão, em que vc deixa o cloro lá para ser dissolvido e tratar a agua gradativamente >> Filtração - filtração lenta - filtração rápida >> desinfecção= depois de filtrada a agua recebe cal para correção de pH, a desinfecção é feita por cloro e fluoretação, ultravioleta, tratamento com ozônio (também diminui carga de microorganismos) >> Tratamento simplificado >>Tratamento convencional >> Tratamentos especiais Figura resumo tratamento Temos as mananciais e há retirada desses mananciais e eles são levado a ETA (estação de tratamento de agua) que vai aplicar um tratamento nessa agua que depois de tratada vai para nossas casas. Das nossas casas e das industrias saem os efluentes e estes precisam ser tratados, o que é feito pela ETE (estação de tratamento de esgoto). Essa estação produz iodo ativado e agua de reuso, essa agua de reuso retorna aos mananciais. Essa grande linha azul é o rio, temos a cidade coletando agua à montante e despejando a jusante. Então temos uma ETA na coleta e ETE no despejo de volta ao rio. Ou seja, coletando uma agua de boa qualidade e devolvendo uma agua de qualidade inferior (mesmo após tratamento, pois há coisas que não podem ser retiradas. Após este ponto de despejo da cidade há outra cidade, que irá utilizar deste mesmo rio e novamente haverá um despejo após passar pelo ETE, por isso ao longo da bacia ela vai sendo utilizada e a qualidade da agua é piorada em direção a Foz. >> opinião do professor= ele sempre achou interessante se as linhas se cruzassem e fosse o inverso, coletar do jusante e despejar no montante. Pois isso daria uma força a mais para que todos se preocupassem com o tratamento, pois a cidade seria obrigada a tratar a água para si mesma utilizar, e não a próxima cidade. O que é? Figura sobre etapas da ETA cidade RIO cidade cidade RIO cidade Em uma estação de tratamento de água existem varias formas de tratamento, sendo as mais comuns aquelas que utilizam Floculação, decantação e filtração. Como funciona? Na manancial a agua é bombeada e vai para um primeiro tanque (floculação) que tem uma agitação constante para evitar que aquelas partículas se sedimentem naquele momento, e é adicionado sulfato de alumínio que forma flóculos que são fáceis de retirarem da agua. No próximo tanque existe a decantação que a agua tem um tempo de residência maior e sedimenta por não haver movimentação e então facilitando a retirada dessas impurezas do fundo da agua A agua proveniente do tanque de decantação passa para um terceiro tanque, tanque de filtração onde ela será filtrada. Neste tanque há presença de poros que fazem com que o material do decantador seja retido. Esses filtros podem ser combinações diferentes de cascalho, argila e carvão. O carvão tem uma função interessante que é de filtrar compostos dissolvidos, não necessariamente compostos suspensos, pois o carvão quando está ativado tem a capacidade de adsorver/atrair íons e compostos dissolvidos e reter eles ali. A água passa depois para outro recipiente onde se é adicionado cloro (para retirada de qualquer organismo microbiano) e flúor. Depois a agua se direciona aos reservatórios onde será distribuída para todas as casas Tratamento de aguas residuais Tem diferentes forma de tratar de acordo com a caracterização do efluente ** se você tem um efluente que não tem a característica que permite tratamento por vias biológicas, por tanto não adianta fazer tratamento É importante saber >> qual é o objetivo do tratamento= água que se quer ou precisa devolver ao manancial, agua de cada classe tem uma característica. >> nível do tratamento que se quer alcançar= cada classe tem uma caracterização, sendo importante saber o objetivo deste tratamento. Cada classe terá um tratamento mais apropriado >> destinação do efluente tratado= é muito importante saber o destino do efluente Tratamentos Existem quatro estágios de tratamento do efluente 1- Preliminar= objetivo de retirada de sólidos em suspensão (sólidos grosseiros, óleos e graxas) Gradeamento feito com grades com objetivo de retirar materiais em suspensão, essas grades seguram os materiais mais grosseiros. >> ele fala sobre jogar papel higiênico no vaso= ele cai na rede de esgoto e antigamente ele ia diretamente para o Paraibuna. Mas esse sistema de tratamento tem uma etapa preliminar então segura sólidos em suspensão nessas grades, como o papel higiênico. * jogar papel higiênico no vaso faz com que aumente o custo do tratamento de esgoto, pois teria que retirar dessas grades e depois direcionar ao aterro sanitário, sendo mais eficiente utilizar a lixeira fazendo com que se destine diretamente ao aterro sanitário Desarenador Local de remoção de areias mais grossas, local onde há sedimentação das partículas, principalmente pela diminuição do fluxo da água. Daqui o efluente já sai com uma carga de sólidos bem menor. 2- Primário= objetivo de remover sólidos em suspensão passíveis de sedimentação é um tratamento químico (floculação) e físico (decantação). Através de floculação, decantação e peneira rotativa (movimenta a água). Há adição de um componente químico, os resíduos aglutinam e sedimentam (formando uma massa de sólidos) sendo melhor para retirada dos resíduos. Essa massa de sólidos é denominada lodo primário. 3- Secundário= objetivo de remoção de matéria orgânica por meio de reações químicas aeróbicas ou anaeróbicas. Pode ser feito de diversas formas, lagoas de estabilização, reatores anaeróbicos, filtros biológicos... os sistemas de tratamento secundário, são tratamentos em que irá haver ação de algum organismo biológico. Lagoas de estabilização Neste sistema, a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica e/ou redução fotossintética das algas. Atualmente se aceita que as lagoas devem cumprir dois objetivos principais: a proteção ambiental e, neste caso, têm em vista principalmente a remoção da DBO ou da DQO e a proteção da saúde pública, visando à remoção de organismos patogênicos. → Lagoas anaeróbias: onde predominam processos de fermentação anaeróbia; imediatamente abaixo da superfície, não existe oxigênio dissolvido. → Lagoas facultativas: onde ocorrem de forma simultânea, processosde fermentação anaeróbia, oxidação aeróbia e redução fotossintética. → Lagoas aeradas: é uma modalidade do processo de tratamento por lagoas onde o suprimento de oxigênio é realizado artificialmente, por dispositivos eletromecânicos, com a finalidade de manter uma concentração de oxigênio dissolvido em toda ou quase toda parte da massa líquida, garantindo as reações bioquímicas que caracterizam o processo. → Lagoas de maturação: são unidades dispostas após a lagoa facultativa com o objetivo, principalmente de aumentarem a remoção de organismos patogênicos, por meio da ação dos raios ultravioletas do sol. Também reduzem sólidos em suspensão, nutrientes e uma parcela DBO. >> caso deixe de existir o equilíbrio entre as condições locais e as cargas poluidoras, os inconvenientes dos processos aparecerão: exalação de mau cheiro, estética desfavorável, DBO, efluente elevada, coliformes fecais em excesso, mosquitos, etc. Lodos ativados Trata-se de um processo de tratamento em que a remoção de poluentes se faz pela formação e sedimentação de flocos biológicos (lodo ativado). A matéria orgânica é removida por bactérias que crescem dispersas em um tanque (tanque de aeração). A biomassa (bactérias) do tanque de aeração sedimenta-se em um decantador a jusante (decantador secundário), permitindo que o efluente saia clarificado para o corpo receptor. Filtros biológicos Os filtros biológicos são tanques preenchidos com material suporte altamente permeável (pedras, material plástico), no qual ocorre alimentação e percolação contínua de esgoto, o que pro- move o crescimento e a aderência da massa biológica na superfície do meio suporte. Esta aderência é favorecida pela predominância de colônias gelatinosas (“zoogleia”), mantendo suficiente período de contato da biomassa com o esgoto. Bactérias degradam a matéria orgânica Reatores anaeróbicos - UASB Muito utilizados para tratar efluentes pobres em DBO, gera um efluente com menos carga de sólidos e mais propicio de ser jogado na manancial. Processo anaeróbio pode ser considerado como um sistema biológico que ocorre na ausência de oxigênio livre, em que diversos grupos de microrganismos anaeróbios promovem a conversão de compostos orgânicos complexos (carboidratos, proteínas, lipídeos) em produtos mais simples (gás carbônico, gás sulfídrico, metano e compostos reduzidos). O efluente entra por baixo do reator (reator de fluxo ascendente) e na parte de baixo existe um acumulo de lodo ativado e as bactérias presentes no lodo degradam a matéria orgânica e produzem um gás, metano, esse gás sobe e se direciona a um funil que o direciona para uma torneira Reatores anaeróbicos biodigestor Nada mais é que uma lagoa coberta por uma ‘lona’ e quando se produz muito metano ela se enche e pode se utilizar como fonte de energia ou queimá-lo (ao invés de ir o metano para atmosfera irá o CO2 e assim não irá contribuir para o efeito estufa) Disposição no solo Outra forma de devolver o efluente após o tratamento é por disposição deste efluente no solo, você dará tempo e condições que ele seja melhorado no próprio solo (filtração e tratamento por bactérias do próprio solo). Terras úmidas construídas wetlands Utilização de plantas para retiradas das impurezas dos efluentes. Efluentes com alta carga de matéria orgânica, essas plantas crescem e tiram nitrogênio, fosforo e outros compostos da agua e corporam isso em biomassa, como se transferisse as coisas dissolvidas para biomassa das plantas. Após determinado ponto se retira essas plantas e direciona para lugares devidos, como suterração, queimar... as plantas conseguem retirar coisas que os tratamentos convencionais não retiram, como hormônios, metais pesados, alguns outros compostos difíceis de serem retirados nos tratamentos convencionais. 4- Terciário= há câmera de desinfecção, adição de cloro ou algum outro tratamento como osmose reversa. São tratamentos avançados que fazem um efluente ainda melhor. Resumo Há um pré tratamento com as grades, depois o tratamento primário com câmara de areia gorssa e decantador, no tratamento secundário o tratamento é feito normalmente na presença de oxigênio então existe necessidade de aeração constante para que as bactérias degradem a matéria orgânica em uma velocidade maior. No secundário então há produção de gases, diminuição de DBO. No segundo tanque do secundário há adição de lodo ativado que é rico em microorganismos. No tratamento terciário há câmera de desinfecção, adição de cloro ou algum outro tratamento como osmose reversa. São tratamentos avançados que fazem um efluente ainda melhor. Lodo ativado é direcionado ao aterro ou outro local que possa receber ele, como adubo (mas não adubar plantações que são para consumo) Estação de Tratamento de água - como funciona vídeo 1 Captação A água que usamos para as mais diversas atividades no nosso dia- a-dia, como tomar banho, escovar os dentes, lavar pratos e regar o jardim, é captada de rio, lagos e represas por meio de bombas. Esta água vem com folhas, galhos, lodo, bactérias, vem com muita sujeira. Para ficar pura, sem gosto, cheiro ou cor, ela passa por um processo de limpeza que dura cerca de 3 horas. Dos reservatórios onde é feita a captação, a água é levada por grossas tubulações, também chamadas adutoras, para a estações de tratamento de água, conhecidas simplesmente como ETA. Caso existam morros ou outro obstáculo pelo caminho, estações elevatórias se encarregam de bombear a água terreno acima. Bacia de Tranquilização Ao chegar à ETA, a água bruta normalmente encontra-se sob forte pressão. Por isso, ela passa primeiro por uma bacia de tranquilização. A função desse tanque é reduzir a velocidade da água. Na bacia de tranquilização, a água sofre um processo inicial de limpeza. Ela passa por grades que retêm os detritos sólidos maiores, como troncos, galhos da árvores e até peixes. Ainda nesse tanque, dosadores jogam cloro para matar vírus, bactérias e outros microorganismos e dissolver metais presentes na água. Floculação Na terceira etapa do processo, a água passa por canais de coagulação, onde recebe sulfato de alumínio líquido. Esse produto serve para desestabilizar as partículas de sujeiras. Decantação Filtragem Canaletas localizadas na parte superior do decantadores captam a água da superfície, que seguem para filtros verticais. A vida útil dos filtros utilizados numa ETA varia de 20 a 30 horas. Depois desse período, são lavados para retirada da sujeira que ficou restrita neles. Desinfecção Cloração: A adição de cloro serve para manter um teor residual do produto, garantindo que a água estará livre de microorganismos patogênicos, causadores de doenças, quando chegar à casa dos consumidores. Alcalinização: É feita com a colocação de cal na água e serve para evitar a corrosão dos canos da rede de abastecimento. Fluoretação: O flúor é adicionado à água para prevenir cáries na população. Distribuição Finalmente, a água tratada é bombeada para um grande reservatório junto à ETA. Conclusão Segundo o IBGE, 80% dos brasileiros têm acesso a água tratada. Estação de Tratamento de Esgoto Por dentro do tratamento de esgoto É nas estações de tratamento de esgoto, que ocorre todo o processo de despoluição da água. O tratamento é dividido em duas etapas, denominadas fases líquida e sólida. A fase líquida tem início pela coleta, após ser recolhido nas residências pelas redes coletoras, o esgoto é levado ao interceptor e em seguida as estações de tratamento de esgoto. Ao chegar lá os efluentes, resíduoslíquidos de esgoto doméstico, passam pelo gradeamento grosseiro onde sólidos como garrafas, pedaços de madeira e plástico ficam retidos na barra. Em seguida, o esgoto passa pela seção elevatória de esgoto bruto, esse equipamento dotado de bombas hidráulicas levam o esgoto para o nível superior, onde temos o gradeamento fino e os desarenadores. No gradeamento fino ficam retidos nas barras materiais como papéis, papelões e tecidos. Ao chegar ao tanque de areia, o esgoto passa pelo processo de sedimentação, os grãos de areia mais densos vão para o fundo. A etapa seguinte são os reatores RAFA, dentro dos reatores RAFA a matéria orgânica sofre decomposição por bactérias anaeróbias, resultando na remoção de grande parte dos sólidos. Ocorre também a separação entre as partes líquida, sólida e gasosa. A parte líquida segue para o próximo tanque, a parte sólida para o tanque de lodo, e a gasosa para a central de queimadores de gases. Tanque de Aeração, através da adição de ar microrganismos anaeróbios são estimulados a alimentar de matéria orgânica no esgoto, o processo dá início a formação do lodo, reduzindo a carga poluidora da mistura. Para dar continuidade ao processo, o esgoto é levado ao decantador secundário. No decantador secundário, o lodo formado anteriormente sedimenta e o efluente segue para a próxima etapa. A parte líquida já está 90% livre de impurezas. A última etapa da fase líquida, é a desinfecção ultravioleta. Neste ponto o efluente é exposto a raios ultravioleta, ao entrar em contato com a luz germicida as bactérias presentes no esgoto tem seu DNA alterado, o objetivo é deixar elas etéreas e portanto inofensivas. Terminada essa etapa, o efluente já está limpo e pode ser lançado em rios e córregos. A fase sólida, após passarem pelo tanque de lodo, os efluentes são levados até os adensadores na casa de desidratação, em um processo semelhante a desencantação parte da água do lodo é removida. Passa-se então a etapa seguinte, o processo de secagem. Na casa de desidratação, o lodo passa por um novo processo de secagem. O objetivo é reduzir o teor de líquidos na mistura, facilitando o transporte ao aterro. Finalmente a parte do lodo que não foi digerida é reintroduzida no sistema, para isso segue novamente para a estação elevatória de esgoto, com essa última etapa o tratamento de esgoto chega ao fim. Estação de Tratamento de Água e Esgoto (ETA e ETE) Em uma região que tenha uma rede de saneamento básico, a água que chega às nossas casas veio de um represa, de um manancial. Essa água não é potável, ela precisa antes de chegar à nossa casa passar por uma série de tratamentos, uma série de etapas para se tornar potável. Sendo assim, ela é levada para as estações de tratamento de água, onde ela é tratada e chega nas nossas casas potáveis. Quando utilizamos essa água potável, utilizamos ela para tomar banho, escovar os dentes, preparar os alimentos, dar descarga. Toda essa água é recolhida na forma de esgoto, e toda essa água precisa ser tratada antes de ser lançada de volta para os mananciais. Para ele ser tratado, precisa passar por uma estação de tratamento de esgoto (ETE). Na estação de tratamento de esgoto, vamos ter duas partes que vão ser geradas, a água de reuso (não é potável, mas pode ser lançada de volta aos mananciais) e o lodo ativado (jogado em aterros sanitários). Etapas da ETA A água para chegar na ETA, precisa ser bombeada de uma represa até chegar na ETA. Chegando na ETA, essa água possui microrganismos, sujeiras dissolvidas nelas, então a primeira etapa é adicionar um composto químico, chamado sulfato de alumínio. O sulfato de alumínio faz com que as partículas se aglutinem, formem flocos, ou seja, uma partícula de sujeira vai se unir a outra partícula de sujeira e elas ficam pesadas, essa primeira etapa é chamada de floculação. Esses flocos passam para a segunda etapa, que ocorre a decantação, ou seja, esses flocos vão para o fundo do tanque e a água que fica por cima, fica com menos sujeira. A água que fica por cima passa para a terceira etapa, que é a filtração. Nessa etapa, a água passa por um filtro que contém três camadas, tem uma camada de carvão, uma camada de areia e uma camada de cascalho. Ao passar por esse filtro, a sujeira que está presente nessa água vai sendo retida por esses grãos. Além disso, o carvão possui a propriedade de retirar excessos de produtos químicos que estão dissolvidos na água. No final da filtração a água passa para outro tanque, essa água já está completamente transparente (não tem cor, gosto ou cheiro). Porém, os microrganismos não foram eliminados ainda, então para garantir que eles não estejam presentes e que a água fique potável, é preciso eliminar esses microrganismos, e para eliminar esses microrganismos é preciso adicionar outro composto químico, o cloro. O cloro possui essa propriedade de matar os microrganismos. Nesta última etapa também é adicionado o flúor, que é adicionado para a prevenção da cárie da população, mas ele não possui nenhuma propriedade de matar os microrganismos. Esta última etapa é chamada de cloração e fluoretação. Essa água já está potável, está pronta para ser distribuída, então ela é armazenada em reservatórios e de lá veladas até às nossas casas. Etapas da ETE O esgoto por canos é levado até a estação de tratamento de esgoto, e a primeira etapa é o gradeamento. O gradeamento, barra as sujeiras sólidas, as sujeiras maiores que estão no esgoto, através de grades de diversos tamanhos. Depois esse esgoto é levado para também sofrer decantação, e nesse momento ocorre duas partes, a parte sólida e a parte líquida. A parte sólida é levada para os aterros sanitários, e a parte líquida é levada para tanques de aeração. Nesses tanques são oferecidos gás O2, para estimular o processo de decomposição. Formando a parte sólida (aterros sanitários) e a parte líquida. A parte líquida (água que sobra) não é potável, sendo usada somente em situação que não exijam água potável.
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