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BananaOrganica_Projeto_Fruti II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA
 
 
 
Lucas Ricardo Souza Almeida
 
 
 
IMPLANTAÇÃO DE POMAR DE BANANA PACOVAN EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO MUNICÍPIO PETROLINA, PERNAMBUCO
 
 
 
 
Petrolina
Janeiro/2020 
 
Lucas Ricardo Souza Almeida
 
IMPLANTAÇÃO DE POMAR DE BANANA PACOVAN EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO MUNICÍPIO DE PETROLINA, PERNAMBUCO
 
 
Trabalho a presentado a Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Ciências Agrárias,
Como requisito parcial para aprovação na disciplina de “Fruticultura II” do curso de Engenharia Agronômica.
	 
 	 
Orientador: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante 	 
 
 
 
 
 
Janeiro/2020
SUMÁRIO 
 
 
1. FICHA TÉCNICA...................................................................................................... 5 2. MEMORIAL DESCRITIVO......................................................................................... 5 2.1. Localização........................................................................................................5 2.2. Escolha da Área........................................................................................................5 2.3. Histórico da Área.......................................................................................................5 2.4. Escolha da Variedade.............................................................................................. 6 2.5. Densidade de Plantio............................................................................................... 6 2.6. Época de Produção.................................................................................................. 6 2.7. Preparo do Solo....................................................................................................... 6 2.8. Aquisição das Mudas............................................................................................... 7 2.9. Adubação ............................................................................................................... 7 2.9.1. Adubação de Correção (Pré-Plantio):...................................................................8 2.9.2. Adubação de Crescimento: ...................................................................................8 2.9.3. Adubação de Produção:.......................................................................................8 2.10. Quebra-ventos....................................................................................................... 8 2.11. Manejo de Plantas Daninhas................................................................................. 8 2.12. Sistema de Irrigação.............................................................................................. 8 2.13. Sistema de Condução..........................................................................................9 2.13.1. Plantio..................................................................................................................9 2.13.2. Desbaste............................................................................................................ 9 2.13.3. Desfolha ............................................................................................................10 2.13.4.Escoramento.......................................................................................................102.13.5. Eliminação do Coração....................................................................................10 2.13.6. Ensacamento do Cacho.....................................................................................10 2.13.7. Manejo do Pseudocaule.................................................................................... 10 2.13.8. Despistilagem.................................................................................................. 10 2.14. Controle de Pragas e Doenças.............................................................................11 2.15. Colheita................................................................................................................ 11 2.16. Pós-colheita.......................................................................................................... 11 2.17. Comercialização.................................................................................................. 11 2.18. Cronogramas ................................................................................................... 12 3.ANEXOS.............................................................................................................13 4.Referência Bibliográfica ........................................................................................ 20 
1. 	FICHA TÉCNICA 
Propriedade Rural: Fazenda AgroPaz & Amor 
Localização: Estrada da Tapera, Rua Luis de Souza, Petrolina-PE (Anexo I). 
Área implantada: 4,8 ha, sendo esta, dividida em quatro talhões homogêneos de 1,2 ha. 
Topografia: Área plana – Declividade 1,5 % (Anexo II)
Produtividade esperada – 15 t/ha
Destino de produção: Mercado interno (Anexo V) 
 
2. 	MEMORIAL DESCRITIVO 
 
2.1. Localização 
 A propriedade está localizada no Submédio do Vale do São Francisco no município de Petrolina, PE, e é denominada Fazenda AgroPaz&Amor. Segundo a classificação de Köppen, o clima no Município de Petrolina é BSwh’, ou seja, clima seco e muito quente, na altitude média de 375 m. A temperatura média anual é de 26,0 ºC, e a precipitação média anual é de 521,5 mm. Os ventos que predominam nesta região vêm da direção sudeste. 
 2.2. Escolha da Área 
 O pomar será implantado em solo classificado, segundo o zoneamento agro-ecológico de Pernambuco (1:100.000), como Aluvial, com alto potencial de exploração agrícola. A área está localizada na latitude 9°25'41.06" Sul e longitude de 40°32'58.28" Oeste, a uma altitude de 366 m. A área apresenta-se com relevo praticamente plano com 1.5 % de declividade, conforme Anexo II. 
 
2.3. Histórico da Área 
 Antecedendo a implantação da cultura da banana, a área era composta de vegetação natural de Caatinga, na qual foi desmatada para a implantação do pomar. Para conhecimento da área foram realizadas análises químicas e físicas de solo antes da instalação do pomar, e após cada safra será realizada análise de solo e da planta para verificação dos teores de nutrientes e realizar as recomendações de adubação orgânica para atender a demanda da cultura. 
 
2.4. Escolha da variedade 
 A variedade de Musa sp implantada será a Pacovan Ken (AAAB), tipo prata. Apresenta porte alto com bom perfilhamento, ciclo vegetativo de até 385 dias e peso do cacho 23 kg em média. A variedade é resistente a sigatoka-amarela e negra, mal-do-panana, média resistência a nematoides, média suscetibilidade ao moleque-da-bananeira e suscetibilidade ao moko. A muda para implantação da área será de origem de cultura de tecido produzida em laboratório com certificação e garantia de qualidade. A decisão da aquisição desse tipo de muda é devido ao maior controle da sanidade nos procedimentos da micropropagação, ou seja, são isentas de pragas e doenças. 
2.5. Densidade de Plantio 
 A área de 4,8 hectares será dividida em talhões homogêneos, de 1,2 hectares, cada (Anexo IV). A cultura será implantada no espaçamento 2 m x 2m em fileira dupla e com espaçamento de 4 metros entre fileiras duplas, sendo um núcleo familiar (mãe, filha e neta) por berço e 1.840 plantas por talhão. Entre as fileiras duplas serão realizados plantios de adubos verdes como forma de adubação nitrogenada, controle de ervas espontâneas e material orgânico para produção de vermicompostagem. 
2.6. Época de Produção 
 	A época de produção será definida de acordo com a demanda semanal dos agricultores que possuem bancadas em três feiras orgânicas presentes em Petrolina e Juazeiro (Anexo V), e pela demanda de uma agroindústria familiar localizada no Assentamento Mandacaru (Petrolina-PE). 
 2.7. 	Preparo do Solo 
 A área em questãoencontra-se desmatada, ocupada por ervas espontâneas na maior parte da área e com presença de algaroba (Prosopis juliflora), algumas distribuídas na parte central do espaço a ser implantado o pomar. Os indivíduos que estão dentro da área central serão retiradas, deixando a maioria que estão distribuídas no limite superior (direção leste / oeste) da propriedade e na margem esquerda da área de produção (direção leste / oeste), onde servirão como quebra vento. Será realizada, 7 meses antes do plantio das mudas, nos espaços destinados as fileiras duplas, o plantio de feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e crotalária (C. juncea e C. espectabilis), adubos verdes que permitirão a produção de material orgânico e o fornecimento de nitrogênio que essas espécies são capazes de fornecer ao solo devido a associação simbiótica com bactérias que captam o nitrogênio da atmosfera e liberam no solo. Em seguida, quando as espécies de adubo verde chegaram na fase reprodutiva, essas serão desbastadas e incorporadas ao solo através de uma aração, seguida de uma gradagem leve, para quebrar as camadas de solo na profundidade de 0-40 cm e também com objetivo de melhorar a infiltração de agua no solo e propiciar um adequado desenvolvimento do sistema radicular das plantas nas camadas superficiais.
 Todas as operações de preparo do solo serão terceirizadas. Isto porque tais operações serão realizadas apenas por ocasião do pré-plantio. 
 
 2.8. 	Aquisição das Mudas 
 Serão adquiridas 1.840 mudas por talhão, 184 semanalmente, provenientes de laboratório certificado, mediante o fornecimento do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), não devendo apresentar quaisquer sintomas de doenças e presença de anormalidades. O critério para o parcelamento do plantio se deve ao valor de demandada semanalmente pelos 4 locais de comercialização, equivalendo ao plantio de duas laterais nas subunidades de irrigação. Dessa forma, essa sistematização permitirá um fornecimento de banana proporcional a necessidade dos agricultores das feiras e da agroindústria familiar semanalmente no primeiro ciclo, onde se espera uma produtividade menor, e nos ciclos subsequentes, onde se espera que a demanda do mercado pelo produto aumente, a implantação dos outros talhões serão executadas. Assim pode-se controlar melhor o custos de produção, bem como a produção de insumos em tempo satisfatório para garantir a demanda da cultura. 
 
2.9. Adubação 
 	Será feita com base nas análises química do solo (Anexo III) e através de 3 principais produtos: Vermicomposto (1.5 % de N, 1,3 % de P2O5, 1,7 % de K2O, 1,4 % de Ca e 0,5 % de Mg) produzido através do metabolismo da minhoca vermelha da califórnia (Eisenia foetida); Adubo fosfatado (termofosfato – 18% P2O5) de origem natural e sem aditivos químicos na formulação, da marca Yoorin; Adubo fonte natural de sulfato de potássio da marca Pauliferti (50% K2O). Além disso será usado biofertilizante subproduto da vermicompostagem e aplicado via fertiirrigação a cada 15 dias. Todos são permitidos pelos órgãos reguladores para a produção orgânica. O vermicomposto (húmus) e biofertilizante serão produzidos na próprio propriedade. Para isso serão construídos 4 minhocarios de alvenaria e com proteção contra chuva e insolação nas dimensões 2 m (l) x 0,5 m (h) x 20 m (c), proporcionando nessas dimensões umas produção de 20 Toneladas/ ano de húmus por canteiro. Os canteiros e início de produção da vermicompostagem ocorrerão 3 meses antes da implantação do pomar para que possa-se ter disponibilidade do insumo nos meses posteriores na medida que mais quantidades de húmus estarão sendo produzidos nos minhocarios. Para suprir as necessidades de fosforo e potássio da cultura em cada fase fenológica e diminuir os custos de produção, optara pela mistura de húmus (50 %) com os adubos fonte de fosforo e potássio.
2.9.1. Adubação de Correção (Pré-Plantio e Plantio): 
Não haverá adubação de esterco em ocasião de plantio devido a disponibilidade de Nitrogênio no solo proporcionadas pelas leguminosas plantadas 6 meses antes do plantio de mudas. Porem para corrigir as carências nutricionais de fósforo, seguindo a análise de solo (Anexo II) e recomendações para a produção orgânica, deverá ser aplicado 2,65 kg.planta-1 de húmus e 250 g.planta-1 de Yoorin (18% P2O5). Também, recomenda-se a aplicação de 4,5 g de zinco e 1,0 g de boro por cova. 
2.9.2. Adubação de Crescimento: 
 Aplicação de húmus de minhoca na dose e Ekosil a cada 2 meses baseando-se nas doses recomendadas pra cultura para produtividade de 15 t/ha. Aplicação, também, de biofertilizante (10%) via fertiirrigação a cada 15 dias. 
2.9.3. Adubação de Produção: 
Aplicação de húmus de minhoca na dose 18 kg.planta-1, 250g.planta-1 de Yoorin e 3 kg.planta-1 de Ekosil. Aplicação, também, de biofertilizante (25%) via fertiirrigação a cada 15 dias.
2.10. Quebra-ventos 
 Será utilizado quebra-vento natural, de acordo com a disponibilidade de mudas na região e recomendação da certificadora de produção orgânica. A implantação será no sentido sudeste da área. 
2.11. Manejo de Plantas Daninhas 
 O manejo de plantas invasoras será realizado nas linhas laterais, onde ocorre maior intervenção dessas espécies na cultura, através de capina e acumulação de material orgânico sobre a superfície do solo. Dessa forma, espera-se que ao longo do tempo o banco de sementes de plantas espontâneas diminuam no solo. 
 
 2.12. Sistema de Irrigação 
 Cada setor do perímetro de irrigação possui sistema pressurizado, cuja pressão disponível é de 15 m.c.a e a vazão de 39,6 m3/h. Será implantado sistema de irrigação por microaspersão com vazão nominal de 44 L/h e tubos polietileno PN30 de 20 mm nas linhas laterais da marca Amanco, do qual os microaspersores encontram-se espaçados a 2 metros entre si. As linhas principal e de derivação serão fixas e enterradas com diâmetro de 100 mm e na entrada de cada subunidade um redutor de pressão, conforme croqui. Serão distribuídos uma linha de tubo polietileno entre uma fileira dupla de bananeiras. Além disso, haverá dois filtros de areia em paralelo antecedendo o Venturi da fertiirrigação. A frequência de irrigação será diária (Anexo IV). A implantação das subunidades serão realizadas de acordo com a demanda de produção pelo mercado, o que significa que no primeiro ano de produção será implantada duas primeiras subunidades e nos seguintes anos após a inserção dos produtos nos principais locais de comercialização as outras subunidades serão instaladas. Isso proporcionara um parcelamento dos custos de implantação e aliviara o custo no primeiro ciclo da cultura, onde só funcionara uma subunidade. 
 O manejo da irrigação será através da reposição da ETo diária (método do tanque classe A), através dos dados agrometereologicos distribuídos pela cidade de Petrolina e disponibilizados pela Embrapa – Semiarido, sendo o tempo de irrigação calculado baseado pelas ETo´s. O tempo máximo de irrigação (ETomax = 10,8 mm.h-1) será de 3 horas por subunidade. Levara em consideração também o valor de Kc (Coeficiente de cultura) para cada fase fenológica da banana: do plantio ao final vegetativo (0,66), florescimento (0,89), colheita (0,95), segunda colheita (0,82) e terceira colheita (0,71). Além disso, nas subunidades serão colacadas caixas dáguas de 1.000 L para diluição de biofertilizante em agua a 10% como suplementação da adubação para as plantas a cada 15 dias.Para realização da fertiirrigação, será utilizado um injetor tipo Venturi de 1,5” com ótima capacidade de sucção. 
 
2.13. Sistema de Condução
2.13.1. Plantio
O plantio será efetuado após 30 dias da adubação de correção executada no berço, com mudas tipo micropropagada de bananeiras da cv. Pacovan (grupo genômico AAAB), adotando-se o espaçamento de 2 m entre linhas, 2 m entre plantas e 4 m entre as fileiras duplas, o que resultara numa área de 4m²/planta a cada fileira dupla. As mudas deverá ser retirada do recipiente/substrato colocando-se o torrão em berço de 40 cm x 40 cm x 40 cm previamente aberta.No momento do enchimento da cova, coloca-se no fundo o solo da cama mais superficial e o restante do solo misturado com os adubos orgânicos. O solo deverá ser comprimido junto às raízes para que as mudas fiquem bem firmes, mas sem com cuidado para não compactar demais. A irrigação deve ser realizada em alta frequência, em conformidade com o método de irrigação concebido e com a época do ano. 
2.13.2. Desbaste 
Será realizada a eliminação do excesso de filhos com 20 cm a 30 cm de altura três vezes por ano, deixando-se apenas uma família (mãe, filho e neto). Com isso, deve-se manter uma população de plantas que permita uma boa produtividade e qualidade do fruto e que favoreça o controle de pragas.
 2.13.3. Desfolha 
 Eliminação das folhas secas, mortas e verdes quebradas, feita na época do desbaste, com um corte de baixo para cima, rente ao pseudocaule. As folhas cortadas devem ser deixadas dentro do pomar, de forma a cobrir todo o solo para diminuir a incidência de plantas invasoras e servir como material orgânico com disponibilidade de nutrientes.
2.13.4. Escoramento
 Será feita de forma preventiva para evitar perdas de cacho por quebra e tombamento da planta, recomendada no início da formação do cacho (primeiros 30 dias). Usar madeira ou fios de prolipropileno. Caso sejam utilizados fitilhos para sustentação das plantas, esses devem ser retirados da área de cultivo e destinados à reciclagem.
2.13.5. Eliminação do coração
 Feita com o objetivo de acelerar o desenvolvimento dos frutos e o peso do cacho. Recomenda-se realiza-la duas semanas após a emissão do cacho, deixando-se 10 a 20 cm de engaço. Nesta ocasião, elimina-se a última penca, deixando-se apenas um fruto com dreno. Pode ser realizada junto com o escoramento.
2.13.6. Ensacamento do cacho
 Realiza-se após o corte do coração com os objetivos: aumentar a velocidade de crescimento dos frutos; antecipar a colheita; manter a temperatura alta, sem variação, evitar ataque de abelhas, ninhos de aves e roedores e tripés; reduzir danos com raspões e queimaduras, e melhorar a qualidade do fruto. 
2.13.7. Manejo do pseudocaule
 Nessa etapa, será feito o corte do pseudocaule próximo ao solo, logo após a colheita. O pseudocaule deve ser seccionado e espalhado na área, não amontoando-se seus restos junto às touceiras. A matéria orgânica proveniente dos restos da cultura, que corresponde a 66% da massa vegetativa produzida, será decomposta e promoverá melhoria nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, notadamente nos teores de bases (K, ca e Mg).
2.13.8. Despistilagem
 Remoção dos florais dos frutos, que será realizada com as flores ainda túrgidas, no estádio que se soltam com maior facilidade, para evitar a ocorrência de fungos que causam podridões na fruta em pós-colheita.
2.14.	 Controle de pragas e doenças
 Sigatoka-amarela, sigatoka-negra e mal-do-panamá são as três doenças mais importantes da bananeira. A forma de controle será a utilização de variedades resistentes, sendo o caso da variedade escolhida. Em relação as pragas, o moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus) é considerada a principal praga da bananeira. Será realizado o monitoramento do moleque com iscas (tipo “telha” ou “queijo”). A isca do tipo telha é utilizada na proporção de 60 unidades por hectare e constitui-se de um pedaço de pseudocaule de mais ou menos 50 cm de comprimento, dividido ao meio. Elas são colocadas próximo às touceiras de banana com a parte cortada em contato com o solo. Na ocasião será também aplicado produto contendo fundo Beauveria bassiana nas iscas para eliminação dos insetos. Cada isca tem vida útil de 15 dias.
2.15.	 Colheita
 Será adotado cuidados especiais no manejo do cacho, para reduzir perdas durante e após a colheita, que será feita em equipe, com cortadores e carregadores. Fazer a colheita com proteção de ombro ou berços almofadados para traslado dos cachos e evitando danos no transporte até a casa de embalagem.
 2.16. Pós-colheita 
 A higiene e as condições do ambiente de beneficiamento (despencamento, lavagem, embalagem e armazenagem) e do transporte são fatores necessários para a certificação de qualidade orgânica do produto. Nesse sentido, a higienização das instalações e dos equipamentos serão feitas com produtos comprovadamente biodegradáveis. 
2.17. 	Comercialização 
 O destino da comercialização serão para 3 feiras livres de produtos orgânicos, localizados nas cidades de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e para a agroindústria familiar do Assentamento Mandacaru, Petrolina (Anexo V). Todos os compradores fazem parte da Associação de Produtores Orgânicos do Vale do São Francisco (APROVASF) distribuídos nas três feiras de produtos orgânicos. Nas feiras participam entre 16 e 20 agricultores e agricultoras que fazem parte da APROVASF, sendo a grande maioria produtores de hortaliças (16) e uma pequena parte (4) ofertam algumas frutíferas (banana da terra e nanica, melancia, melão, goiaba e melão), apresentando, dessa forma, uma demanda por parte dos agricultores que não ofertam frutíferas e pela crescente procura pela bacana do tipo prata pelos consumidores, segundo os produtores associados. Além disso, há uma demanda por parte da agroindústria familiar do Assentamento Mandacaru pela banana, para enviar escolas da rede pública do estado de Pernambuco através do programa PAA (Programa Aquisição de Alimentos), e para o beneficiamento e processamento da banana, onde terão como produto final fatias de banana desidratada e doce de banana, onde serão vendidas nas feiras livres de produtos orgânicos e para a Central da Caatinga, loja de produtos oriundos da agricultura familiar da região.
2.18. 	Cronogramas 
 
Tabela 1: Cronograma de adubação orgânica por ciclo de produção para uma subunidade.
	Fase
	Mês de aplicação
	Adubo Verde
(kg/ha)
	Húmus 
(kg/Planta)
	Yoorin
(kg/Planta )
	Sulf.Potassio
 (g/Planta)
	
Pré-plantio
	Janeiro
	3
	-
	-
	-
	
	Junho
	-
	-
	-
	-
	Plantio
	Julho
	1,5
	-
	0,25
	-
	
Crescimento
	Setembro
	-
	1,5
	-
	10
	
	Novembro
	-
	2
	-
	60
	
	Janeiro
	1,5
	3.5
	-
	115
	
	Março
	
	5
	-
	70
	
	Maio
	
	4
	-
	30
	
	Julho
	
	4
	0,25
	30
	Produção
	Setembro
	1,5
	18
	0,25
	288
 
 
 
Tabela 2. Cronograma de atividades do primeiros três ciclos 
	1º Ciclo / 2020/ 1 º Safra
	Atividades 
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Limpeza da área
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Implantação de quebra ventos
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Plantio de adubos verdes 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	Preparo do solo (aração e gradagem)
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Abertura dos berços
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	X
	 
	 
	 
	Aquisição de mudas 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	 
	 
	 
	Plantio de mudas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	 
	 
	Desbastes
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	X
	Desfolha
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	X
	Iscas para o moleque
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	1º Ciclo /2021/ 1 º Safra
	Atividades 
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Plantio de adubos verdes 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	Plantio de mudas
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Desbastes
	
	
	
	X
	
	
	X
	 
	X
	
	
	 
	Desfolha
	
	
	
	X
	
	
	X
	 
	X
	
	
	
	Iscas para o moleque
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Ensacamento dos cachos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	 
	Colheita
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	2º Ciclo /2022/ 2 º Safra
	Atividades 
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Plantio de adubos verdes 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	 
	 
	 
	 
	 
	Desbastes
	X
	
	
	X
	
	X
	 
	 
	X
	
	
	 
	Desfolha
	X
	
	
	X
	
	X
	 
	 
	X
	
	
	
	Iscas para o moleque
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	Ensacamento dos cachos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	 
	Colheita
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	3º Ciclo /2023/ 3 º Safra
	Atividades 
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Plantio de adubos verdes 
	XX
	 
	 
	 
	 
	 
	Desbastes
	X
	
	
	X
	
	X
	 
	 
	X
	
	
	 
	Desfolha
	X
	
	
	X
	
	X
	 
	 
	X
	
	
	 
	Iscas para o moleque
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	 
	Ensacamento dos cachos
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
	 
	Colheita
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	X
	X
	X
	 
3. ANEXOS 
 
ANEXO I – Identificação da área
 
 
 
 
 
 
ANEXO II – Levantamento Topográfico
 
 
 
 
 
ANEXO III – Croqui da Área
ANEXO IV – Sistema de Irrigação
ANEXO V – Mapa de Escoamento da Produção
ANEXO VI – Análise de Solo 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO VII - Custos de implantação e produção
Tabela 3 - Custos de implantação e manutenção de 1,2 hectares de banana Pacovan em sistema orgânico de produção. 
	Componente
	Unidade Valor Unitário 
	Qntd
	Valor 
	1 . INSUMOS
	
	
	
	Mudas (+5%)
	Unid R$ 3,50
	1840(u)
	R$ 21.000,00 
	Adubo orgânico (esterco)
	m³ R$ 185,00
	 87(t)
	R$ 16.095,00 
	Sulfato de Potassio (PauliFertil)
	kg R$ 6,00
	1,109 (t)
	R$ 6.657,00 
	Yoorin
	kg R$ 4,00
	920(kg)
	R$ 3.450,00 
	Defensivos (Beauveria bassiana)
	kg R$ 326,25 
	 6
	R$ 1.957,50 
	Quebra-vento (cana-de-açucar)
	Unid R$ 2,00
	200
	R$ 400,00 
	Sistema de irrigação + Bomba
	 Subunidade 
	1
	R$ 10.310,00
	Sub total
	R$ 59.869,50 
	2 . SERVIÇOS
Aração e gradagem
coveamento
Plantio
Capinas manuais
Desbrotas e desfolhas
Trabalhador fixo
Colheita e embalagem
	ha R$ 325,00 
dh R$ 50,00 
dh R$ 50,00 
hm R$ 130,00 
dh R$ 50,00 
 mêsh R$ 937,00 dh R$ 50,00
	2
 40 30
12
 6
12 
60
	R$ 650,00 
R$ 2.000,00 
R$ 1.500,00 
R$ 1.560,00 
R$ 300,00 
R$ 11.244,00 
R$ 1.500,00 
	Sub total
	R$ 18.754,00
	
3 .CUSTOS ADMINISTRATIVOS
Supervisor técnico
Mão de obra administrativa
Despesas de escritório, impostos e taxas Sub total
	ha.ano-1 ha.ano-1 ha.ano-1
R$ 
	R$ 800,00 
R$ 1.000,00 
R$ 1.900,00 
 
	1 R$ 800,00 
1 R$ 1.000,00 
1 R$ 1.900,00 
 3.700,00
	Total Geral
	R$ 82.323,50 
	Margem de segurança de 10%
	R$ 90.555,85 
 
 
 
ANEXO VIII - Análise de Rentabilidade 
Tabela 4 - Avaliação econômica do cultivo de 1,2 hectares de banana pacovan em três safras. 
	
Safra
	 Preço da Banana
Produtividade Produtividade Valor Bruto de *Custo total de 
 N° ha	 
(kg/ha/safra)	total (kg/ha) Produção (R$)	produção (R$)
 ( R$/kg )
	
Rentabilidade (Custo/Benefício)
	1
	20000
	1,2
	120000
	5
	90.555,85
	-
	1,385
	2
	20000
	1,2
	120000
	5
	59.245,85
	-
	
	3
	20000
	1.2
	120000
	5
	59.245,85
	-
	
	
	Total
360.000,00
	R$ 209.047,55
	
R$ 150.952,45
	
*Custo total de implantação e produção das três safras. 
 
 
 
 
 
ANEXO IX – Possíveis agentes financiadores do projeto agrícola.
 
	Instituição finaceira
	Banco do Nordeste
	Caixa
	Banco do Brasil
	Grupos e Linhas
	Pronaf Investimentos (Mais Alimentos) 
	Custeio Caixa
	Custeio Fácil
	Pronaf Investimentos (Mais Alimentos) 
	Público alvo
	Agricultores e produtores rurais familiares, pessoas físicas, que apresentem 
Declaração de Aptidão ao 
PRONAF (DAP) válida e que cumpram os requisitos para enquadramento.
	Produtores Rurais 
Pessoa Física e Jurídica e Cooperativas de 
Produção Agropecuária para custeio agrícola 
(inclui Viticultura) e 
pecuário
	Produtores Rurais Pessoa 
Física e Jurídica para custeio agrícola (inclui 
Viticultura)
	Produtor familiar com 
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), exceto dos *grupos A, A/C e B
	Limites de crédito
	Limite individual de até R$ 
300 mil e limite coletivo de 
R$ 800 mil , para as atividades de suinocultura, avicultura e fruticultura.
	Até R$ 3 milhões
	Até R$ 500 mil
	Até R$ 330 mil por beneficiário/ano 
agrícola, para atividades de suinocultura, 
fruticultura e avicultura, aquicultura e carcinicultura.
	Juros
	5,5% a.a.
	9,5% a.a.
	9,5% a.a.
	5 ,5% a.a.
	Prazo de pagamento
	Até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência.
	Até 2 anos (custeio agrícola)
	Até 2 anos (custeio agrícola)
	Até 10 anos, com até 3 anos de carência, de acordo com o item financiado.
*Grupos A, A/C e B: 
Grupo A: assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agraria (PNRA) ou beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). 
Grupo A/C: assentados pelo PNRA ou beneficiários do PNCF que tenham contratado a primeira operação no Grupo A e que não tenham contratado financiamento de custeio, exceto no próprio Grupo A/C. 
Grupo B: beneficiários cuja renda bruta familiar anual não seja superior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e que não contratem trabalho assalariado permanente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Referência Bibliográfica 
 
BITTENCOURT, Jefferson; QUEIROZ, Marlene R. de; NEBRA, Silvia A. Avaliação econômica da elaboração de banana-passa proveniente de cultivo orgânico e convencional. Engenharia Agrícola, v. 24, n. 2, p. 473-483, 2004;
JUNIOR, Damatto et al. Crescimento e produção de bananeira Prata-Anã adubada com composto orgânico durante cinco safras. Revista brasileira de fruticultura, v. 33, n. SPE1, p. 713-721, 2011;
BORGES, Ana Lúcia; FANCELLI, Marilene; CORDEIRO, Zilton José Maciel. Sistema orgânico de produção para bananeira. Embrapa Mandioca e Fruticultura-Recomendação Técnica (INFOTECA-E), 2010;
SCHIEDECK, G.; GONÇALVES, M. de M.; SCHWENGBER, J. E. Minhocultura e produção de húmus para a agricultura familiar. Embrapa Clima Temperado-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2006;
DE AQUINO, Adriana Maria; DE ALMEIDA, Dejair Lopes; DA SILVA, Vladir Fernandes. Utilização de minhocas na estabilização de resíduos orgânicos: Vermicompostagem. Embrapa Agrobiologia-Comunicado Técnico (INFOTECA-E), 1992.
AMORIM, Ana C.; LUCAS JÚNIOR, Jorge de; RESENDE, Kleber T. de. Compostagem e vermicompostagem de dejetos de caprinos: efeito das estações do ano. Engenharia Agrícola, v. 25, n. 1, p. 57-66, 2005.

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