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FACULDADE SANTA TEREZINHA – CEST 
 CURSO DE FISIOTERAPIA
ROSA MARIA MINEIRO SOUZA
OXIGENOTERAPIA E DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
efeitos da oxigenoterapia em pacientes com DPOC.
OXIGENOTERAPIA E DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
efeitos da oxigenoterapia em pacientes com DPOC
Monografia apresentado ao curso de Fisioterapia para a obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia na Faculdade Santa Terezinha – CEST. 
Orientador: Prof. Ênio de Araújo Silva. Especialista em Fisioterapia em Terapia intensiva
 
São Luís
2021
OXIGENOTERAPIA E DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:
efeitos da oxigenoterapia em pacientes com DPOC
Monografia apresentado ao curso de Fisioterapia para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia na Faculdade Santa Terezinha– CEST.
Orientador: Prof. Ênio de Araújo Silva.
Especialista em Fisioterapia em Terapia intensiva 
 Aprovada em	/	/ 	
 	
 Prof. Esp. Ênio de Araújo Silva
 Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva 
Faculdade Santa Terezinha- CEST
 	 1° Examinador
 Faculdade Santa Terezinha- CEST
 
 2° Examinador
 Faculdade Santa Terezinha- CEST
 São Luís 
 2021
 
Souza, Rosa Maria Mineiro
Oxigenoterapia e doença pulmonar obstrutiva crônica: efeitos da oxigenoterapia em pacientes (DPOC)./ Rosa Maria Mineiro Souza. - São Luís, 2021.
50 f.
Orientador(a): Prof. Ênio de Araújo Silva
Monografia (Graduação em Fisioterapia) – Faculdade Santa Terezinha, São Luís, 2021.
1.Oxigenoterapia. 2. Doença pulmonar. 3. Tabagismo. I. Título.
CDU 616.233:616.24
 AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dá força, coragem e não me deixar desistir, está sempre me ajudando a vencer todos os obstáculos, mostrando que as lágrimas e as pedras no caminho são necessárias, e que com fé, perseverança, coragem e determinação, somos capazes de chegar bem mais longe do que os nossos sonhos.
A minha mãe que sempre lutou por mim, me apoiando, ajudando e torcendo por mim, uma mulher forte, lutadora, com um caráter incrível. Sempre falo que tenho muito orgulho da minha mãe, pois ela teve experiências muito dolorosa para criar quatro crianças, sem emprego, sem muito estudo, mas ela sempre nos mostrou que o importante não era o ter e sim o ser, ela sempre nos deu muito amor, na verdade algumas vezes a gente não tinha nem o que comer, mas o amor da minha mãe superava qualquer dor, ensinou nunca fazer qualquer coisa para ter as coisas, mas sim fazer o que é certo, por não poder nos ajudar com estudos e nem nos alimentar, mamãe nos deixava nas casas de família que prometiam nos botar pra estudar e nos ajudar com as coisas que precisávamos, eu não culpo a minha mãe por nada ela é a minha maior inspiração e foi por ela que eu sempre quis estudar e vencer.
A dona Vanda Araújo Ramos, uma amiga, muito querida que sempre esteve ao meu lado torcendo, acreditando em mim, vibrando e pedindo a Deus por cada momento da minha vida, cada nova conquista minha, ela expressava seu sentimento de amor, um sentimento de uma pessoa que realmente quer nosso sucesso. Agradeço também a minha amiga Luana Garros Sousa Silva que durante 5 anos esteve disposta a me ajudar.
Ricardo Jose Araújo Ramos pessoa querida um amigo incrível que sempre contribuía comigo tanto com seu apoio fraterno, moral e outras vezes até mesmo financeiro, sempre acreditou e confiou, um verdadeiro amigo, nunca disse que eu não era capaz, sempre me incentivou a ir em busca de conhecimento, dos meus sonhos e algumas vezes até sonhou com os empregos que eu poderia conquistar.
Agradeço todos os professores desta instituição e especialmente ao professor Ênio Araújo por ter aceitado ser meu orientador e estar sempre disposto a me ajudar quando eu precisava. A todos que de forma direta ou indiretamente sempre estiveram do meu lado vibrando com cada degrau que eu alcançava.
 
‘’ Muitos me perguntam por que quero ser fisioterapeuta. Só digo uma coisa: A fisioterapia me fez ver o mundo de outra forma, onde com fé trabalho e dedicação podemos ajudar o próximo”.
 - Amanda Serafim
RESUMO
 Essa pesquisa pautou-se em compreender a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que pode ser compreendida como uma patologia que tem como característica a limitação do fluxo aéreo, sendo irreversível. Os principais agentes patológicos são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, considerando os fatores de riscos que são o tabaco e a inalação de poluentes irritativos como partículas e fumaças. O estudo tem por objetivo entender os efeitos da oxigenoterapia para a sobrevida desses pacientes verificando os efeitos do tratamento nos pacientes com DPOC. A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica do tipo sistemática secundária através de artigos, teses, livros e periódicos publicados entre os anos 2012 a 2021, sendo coletados nas bases de dados como: SciELO, BIREME, Pub Med Google Acadêmico e biblioteca virtual. Esse estudo busca analisar os efeitos da oxigenoterapia em DPOC para que haja uma discriminação adequada para os grupos que devem receber esse tipo de tratamento. O trabalho está divido em introdução, conceito da DPOC, fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico, prevenção, tratamento, oxigenoterapia e definição, indicação da oxigenoterapia e fisioterapia, resultados e discursão. A partir dos resultados obtidos neste estudo, é possível entender que o uso da oxigenoterapia em pacientes com DPOC necessitam de uma atenção ou uma seleção bastante criteriosa para não haver piora da função pulmonar, considerando que os comprometimentos das forças musculares ocasionadas pelo esforço expiratório juntamente com o excesso de O2 podem agravar o quadro de um paciente DPOC.
Palavras-Chave: DPOC. Oxigenoterapia. Tabagismo.
 
ABSTRACT
This research was based on understanding chronic obstructive pulmonary disease (DPOC), which can be understood as a pathology that has as characteristic the limitation of airflow, being irreversible. The main pathological agents are chronic bronchitis and pulmonary emphysema, considering the risk factors that are tobacco and the inhalation of irritable pollutants such as particles and fumes. The study aims to understand the effects of oxygen therapy on the survival of these patients by verifying the effects of treatment in patients with DPOC. The methodology used was a literature review of the secondary systematic type through articles, theses, books and journals published between the years 2012 to 2021, being collected in databases such as: SciELO, BIREME, Pub Med Google Acadêmico and virtual library. This study aims to analyze the effects of oxygen therapy on DPOC so that there is adequate discrimination for the groups that should receive this type of treatment. The work is divided into introduction, concept of DPOC, pathophysiology, epidemiology, diagnosis, prevention, treatment, oxygen therapy and definition, indication of oxygen therapy and physiotherapy, results and discursion. From the results obtained in this study, it is possible to understand that the use of oxygen therapy in patients with DPOC require a very careful attention or selection in order not to worsen pulmonary function, considering that the impairments of muscle forces caused by expiratory effort together with excess O2 may aggravate the condition of a DPOC patient.
Keywords: DPOC. Oxygen. Smoking.LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Mapa Conceitual Mecanismo que envolve a limitação do fluxo no DPOC
Figura 2 - Pulmão da patologia bronquite crônica 
Figura 3 - Pulmão do agente causador do enfisema 
Fluxograma 1 - Prevenção da DPOC
Figura 4 - Raio x do torax de paciente com DPOC
Quadro 1 - Sistemas do Oxigênio
Quadro 2 - Relato dos artigos escolhidos.
 
LISTA DE SIGLAS
DP - Doença Pulmonar
DPC -	Doença Pulmonar Crônica
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
EUA -	Estados Unidos da América
INC -	Instituto Nacional de Câncer
J.P -	Jornal de Pneumologia
OMS -	 Organização Mundial de Saúde
PaCo2 - Pressão Parcial de Gás Carbônico no Sangue Arterial
PaO2	- Pressão Parcial de Oxigênio no Sangue Arterial
SATO2 – Saturação da Oxihemoglobina
SUS	– Sistema Único de Saúde
TC6min – Teste de Caminhada de 6 Minutos
VEF1	- Volume Expiratório Forçado1 segundo
CVF	– Capacidade Vital Forçado
V/Q – Relação Ventilação / Perfusão
CO2 - Gás Dióxido de Carbono
O2- Molécula de Oxigênio
GOLD	 -Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Diseas 
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO .............................................................................. 	12
2.	DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA .......................	15
2.1	Fisiopatologia ...............................................................................	16
2.1.1	Bronquite Crônica	 ........................................................................ 19
2.1.2	Enfisema .......................................................................................	20
2.2	Epidemiologia ...............................................................................	21
2.3	Sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ….	22
2.4	Diagnóstico ....................................................................................	23
2.5	Prevenção .....................................................................................	24
2.6	Tratamento ...................................................................................	26
3.	OXIGENOTERAPIA E DEFINIÇÃO ...............................................	29
3.1	Indicação da oxigenoterapia no paciente com DPOC ...............	30
3.2	Fisioterapia e oxigenoterapia ......................................................	32
3.3	Efeitos da oxigenoterapia ............................................................	35
4.	METODOLOGIA .............................................................................	38
5.	RESULTADOS E DISCUSSÃO .....................................................	40
6.	CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................	45
REFERÊNCIAS .........................................................................................	48 
1 INTRODUÇÃO
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tem tomado grande proporção na sociedade, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2010, tinha a estimativa que em 2020, a DPOC, se tornaria a terceira causa de morte na população mundial. Portanto na atualidade é considerada de fato uma doença com uma exorbitante taxa de mortalidade e com isso já é caracterizada como um problema de saúde pública. Essa patologia tem dois fatores desencadeantes principais que as diferenciam de outras DP, fazendo dessa forma o diagnóstico diferenciado os quais são: a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Tem como fator de risco principal o tabaco sendo estes considerado o de maior risco, ele é um dos causadores do enfisema, porém, existem outras causas como a inalação de fumaças industriais, queima de biomassas e irritativos poluentes, em alguns casos podem ser de causa genética sendo ocasionada pela a falta da proteína antitripsina -Alfa 1 (BUENO, et al. 2020).
A DPOC pode ser caracterizada como uma doença inflamatória e irritante, ela agride as vias aéreas, os parênquimas, alvéolos e os brônquios pulmonares, existem alguns sintomas que podem contribuir para a diferenciação da bronquite crônica e do enfisema. Os sintomas são variáveis e dependem de uma maior associação com a bronquite ou com o enfisema pulmonar, podendo apresentar tosse, expectoração, sibilos, a relação pao2 baixo e paco2 alto ou os dois relativamente iguais e dispneia (RONCALLY, et al. 2019).
O diagnóstico é realizado a partir da união dos fatores de risco, neste caso, o predominante é tabagismo, porém os testes clínicos são indispensáveis, o qual é obrigatoriamente realizado pela prova funcional através da espirometria anterior e após a prova broncodilatadora, que deve apresentar uma relação VEF1/CVF inferior a 0,7 após uso de broncodilatador. Após o diagnóstico, itens como o comprometimento pulmonar, a intensidade dos sintomas e a chance de complicações são analisadas para realizar o melhor esquema terapêutico para o paciente com DPOC (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
12
Além do tratamento convencional, na qual utiliza terapia medicamentosa como os broncodilatadores, a oxigenioterapia tem sido uma das outras terapias utilizadas, para isso é imp
ortante analisar os critérios de gravidade da doença e a tolerância deste paciente (GOLDE, 2020).
Conforme Gold (2018) a oxigenoterapia pode trazer efeitos diversos para a DPOC, tanto no regime ambulatorial quanto nas exacerbações da doença, existem alguns critérios que precisam ser utilizados pelos profissionais de saúde para se estabelecer o tempo, a dosagem e as situações em que o oxigênio deve ser usado a fim de manter tanto a pressão quanto a saturação de O2 em níveis adequados. Com isto, justifica-se a busca pelo conhecimento através de bibliografias atualizadas acerca dos efeitos da oxigenioterapia para os pacientes com DPOC.
A metodologia aplicada neste estudo foi do tipo revisão bibliográfica, sistemática secundária, utilizando artigos, teses, livros e periódicos publicados nos anos 2011 a 2021, onde verificam os efeitos da oxigenoterapia nos pacientes com DPOC. A coleta foi realizada nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pubmed, Google Acadêmico e Biblioteca virtual, no período de março a outubro de 2021.
Este estudo objetiva entender os efeitos da oxigenoterapia para a sobrevida desses pacientes verificando todos os efeitos do tratamento no DPOC. Identificar de que forma esses pacientes são indicados para fazer uso da oxigenoterapia e descrever a importância do fisioterapeuta para o paciente acometido por esta patologia.
O aspecto primordial que justifica o interesse pela temática, é entender a necessidade da utilização da oxigenoterapia em pacientes com DPOC, visando conhecer os seus efeitos, associado a fisioterapia respiratória e qual será os critérios de inclusão desse tratamento nesses pacientes.
Foi de extrema importância trazer a revisão bibliográfica no presente trabalho, no qual, em linhas gerais, buscou analisar o uso da oxigenoterapia em pacientes com DPOC, tanto durante o uso na atividade física, como de forma prolongada. De modo geral, restou verificado que antes de optar por realizar o tratamento com oxigenoterapia, é importante analisar os exames complementares do paciente para identificar se existe indicação para ele, pois não são todos os grupos que necessitam desse tipo de tratamento, por exemplo aqueles pacientes com um quadro de saúde avançado, acaba não tendo a eficácia esperada.
Portanto, quando o paciente já apresente um quadro da doença exagerada, deve o profissional optar por outro mecanismo. Além disso, alguns pacientes demostraram alguns efeitos colaterais ao uso da oxigenoterapia.
A motivação deu-se devido a pesquisadora ter contato com pacientes portadores da patologia, que necessitam desses cuidados, e assim surgiu o interesse em pesquisar sobre o assunto. No mais, é relevante para a fisioterapia, a fim de que os profissionais possam realizar de forma bastante seletiva o oxigênio nos pacientes portadores de DPOC, uma vez que estes são responsáveis pela reabilitação e manutenção das vias áreas destes doentes. Além disso, é importante para a sociedade, uma vez que prevê a melhora das condições de sobrevida dos grupos portadores dessa patologia. 
A pesquisa encontra-seestruturada em 6 capítulos ao começar da introdução. O segundo capítulo versa sobre a definição, fisiopatologia, epidemiologia, prevenção e tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. (DPOC). O terceiro capitulo discorre sobre a Oxigenoterapia , sua indicação e seus efeitos em pacientes com DPOC. Em seguida é descrita a metodologia: Coleta de dados, critérios de inclusão e exclusão e os estudos selecionados conforme os critérios estabelecidos, apresentados de forma didática em forma de quadro. Subsequente tem-se os Resultados e Discussão sobre a utilização de Oxigenoterapia em pacientes portadores de DPOC. Por fim são apresentadas as Considerações Finais de forma sintetizada e didática para a confirmação dos objetivos elencados na introdução.
2 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é um estado comum, tratável, porém, de acordo com a literatura, ainda não foi encontrada uma cura. Ela é caracterizada por sintomas respiratórios persistentes com limitação do fluxo aéreo, ela se dá pela obstrução crônica do aparelho respiratório, como vias aéreas superiores e alvéolos pulmonares. A sociedade brasileira de pneumologia preconiza que é uma patologia grave de progressão lenta, irreversível e com característica limitante, trazendo perda funcional importantíssima para o indivíduo que evolui a esse quadro (GOLDE, 2017).
Robbins et al. (2005) aduz que que a obstrução da DPOC pode ser parcial ou total que acarreta na maximização da resistência do fluxo de ar na traquéia, brônquios ou bronquíolos respiratórios e terminais.
A DPOC é a principal causa de internação, estima-se que cerca de 24 milhões de pessoas nos EUA tem um grau bastante elevado de limitação ao fluxo de ar, destes, cerca de 16 milhões tem diagnostico confirmado de DPOC, dessa forma, caracteriza como a terceira causa de morte no país (OMS, 2013). 
Cerca de 15,1% da população brasileira é tabagista, e destes 15% vai evoluir para DPOC, gerando dessa forma um gasto significativo para o sistema único de saúde (SUS), essa porcentagem equivale cerca de 5.400.000 indivíduos acometidos com essa patologia (INCA, 2011).
De acordo com Azambuja et al. (2013), a doença pulmonar obstrutiva crônica é uma enfermidade respiratória que pode ser prevenida e ter controle do tratamento, isso só depende do quadro em que se encontra esse paciente, que se caracteriza pela presença de obstrução ao fluxo aéreo persistente ou parcialmente reversível. O mesmo autor ainda contribui que, a obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões decorrente da inalação de partículas ou gases tóxicos e tem consequências sistêmicas significativas.
Fatores como a exposição ao tabaco e a outros poluentes ambientais, além das variações climáticas, têm influenciado sobremaneira o aumento das doenças respiratórias em todo o mundo. A DPOC é caracterizada por obstrução crônica e progressiva do flux o expiratório, associada a uma resposta inflamatória anômala das vias aéreas e do parênquima pulmonar a partículas e gases tóxicos, e está entre as principias pneumopatias relacionadas a esses fatores (RABAHI, 2013).
Barbosa et al. (2017) aduz que na América Latina, alguns estudos descrevem uma importante prevalência da doença e reforça a importância da identificação de fatores de risco associados, fazendo referência ao subdiaguinóstico.
De acordo com Zonzi (2017), em decorrência da longevidade, é provável que um número crescente de pessoas expostas aos fatores de riscos da DPOC, por um período ainda maior, pode contribuir para o aumento, prevalência e mortalidade dessa patologia. E ocasionado pelo envelhecimento populacional, ocorrerão outros fatores que marcam a nova visão epidemiológica da DPOC, dando assim o conceito de doença sistemática, em que poderá determinar o aumento da complexidade, manejo e tratamento desta doença.
No que diz respeito ao agente que ocasiona ou contribui para o desenvolvimento da DPOC são vários. Para Bagatin (2006) o principal fator responder por esta doença é o cigarro, pois sua fumaça contém gases que quando inalados contribuem para destruição da prede dos pulmões, mas atualmente já é possível observar que fatores genéticos podem contribuir para evolução da DPOC.
1.1	Fisiopatologia
Existem dois processos patológicos conhecidos como os principais causadores da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) que são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Mas recebem o nome de DPOC, porque um mesmo paciente costuma apresentar as duas doenças em conjunto.
Dessa forma a DPOC está dividida em dois grupos, o 1º grupo é conhecido como o da bronquite crônica e este vem com o aumento na produção do muco, tosse persistente e produtiva crônica por um período de pelo menos três meses ao ano e por dois anos consecutivos, onde não possa haver outra explicação para este quadro, é uma obstrução com processo inflamatório e bastante secreção na mucoide (MESQUITA, et al 2018).
O outro grupo é classificado como o de enfisema pulmonar, cuja condição é caracterizada pelo fato de ocorrer uma dilatação irreversível dos espaços aéreos distais e bronquíolos terminais, ou seja, causa destruição dessas vias, que ocasiona danos graves ao portador, uma vez que essa dilatação dificulta as trocas gasosas, no pulmão não tem pressão adequada para realizar o trabalho funcional adequadamente, causando um déficit na relação ventilação-perfusão, isso ocorre devido a perda da complacência (elasticidade dos pulmões). Além do paciente apresentar coloração rosada, o enfisema também possui outras características importantes, como o fato de o paciente adotar uma respiração de freno labial, devido a resistência de eliminação do fluxo inspirado (CRÔNICA 2017).
O principal fenômeno fisiopatológico da DPOC é a limitação de fluxo aéreo, em que é causado por um estreitamento ou até mesmo a obstrução das vias respiratórias, levando assim, a uma perda da retração elástica do pulmão (GOLD, 2020).
Na explanação de Oliveira (2013), se trata de um processo híbrido e agressivo, com a participação de múltiplas células (que são os linfócitos, células dendríticas, macrófagos, eosinófilos e neutrófilos), e iniciam-se nas pequenas vias aéreas. Com a ativação e a quimiotaxia as células inflamatórias induzem a liberação de mediadores. Diante disso, ocorre hiperplasia de células caliciformes e hipertrofia de glândulas mucosas.
A respiração refere-se à ventilação e circulação, que é caracterizada pela troca gasosa, processo pelo qual os gases realizam o movimento para dentro e fora dos pulmões, e transporta também esses gases para outros tecidos, respectivamente. A movimentação desses gases por sua vez, ocorre por difusão, mas o transporte para dentro e fora dos pulmões acontece através do auxílio muscular e principalmente pelo trabalho da bomba cardíaca. É importante entender, que o sistema respiratório não realiza sua função de forma independente, pois necessita da ação/interação de outros órgãos e sistemas (TORTORA; DERRICKSON, 2012).
Conforme Marchiori et al. (2011), a exacerbação da doença atrapalha de forma significativa a troca gasosa causando danos agressivos aos órgãos vitais do paciente e isso vai causar uma qualidade de vida indesejável, porque a sua patogênese acontece basicamente através das pequenas vias aéreas, causando a obstrução e destruição dos alvéolos e das fibras de elastina do parênquima pulmonar, características que são conhecidas como pontos principais do enfisema, que tem como causas protease, por exemplo: a elastece, sendo liberada durante o processo inflamatório.
É esperado que com o aumento da expectativa de vida, um número elevado de pessoas estejam expostas aos fatores de risco da DPOC por um maior período de tempo, o que auxilia para o aumento da prevalência e mortalidade da doença. Associado a este envelhecimento populacional outros fatores tem marcado esta nova visão epidemiológica da DPOC, como o conceito de doença sistêmica e a epidemia da multimorbidade determinandoum aumento na complexidade do manejo e tratamento da doença (MOREIRA et al. 2013).
Roncally (2019) corrobora com o pensamento supra ao relatar que está patologia tem chamado atenção por apresentar grande incidência e potencial de mortalidade no mundo e por se mostrar com altas chances de crescimento em alguns anos. Ainda segundo o autor, a doença tem como fatores de risco a exposição a substâncias que estimulam o processo inflamatório nas vias aéreas, na qual o fator mais recorrente é a exposição a fumaça do cigarro, levando em consideração a elevada prevalência do tabagismo no país. Além disto, a idade superior a 40 anos e a deficiência genética da proteína alfa-1 no país. 
A figura 1 traz os principais mecanismos da fisiopatologia da DPOC:
 Figura 1: Mapa Conceitual do mecanismo que envolve a limitação do fluxo no DPOC
 
Fonte: Protocolo de Diretrizes terapêutica (2013)
Da análise do fluxograma supra, pode-se compreender que a limitação ao fluxo aéreo decorre da inflamação crônica que ocasiona doença das pequenas vias aéreas e destruição do parênquima. Conforme leciona Gold (2006), as vias aéreas sofrem alterações, tanto estruturais, quanto seu estreitamento, quando sob presença dessas características. Além disso, quando ocorre a destruição do parênquima, as ligações alveolares com as vias aéreas são perdidas, de modo que a contração elástica diminua.
Portanto, é possível ver a presença de limitação da via aérea quando na expiração as vias aéreas permanecem abertas, e assim é possível observar prejuízos na mecânica pulmonar.
O certo é que a DPOC possui duas patologias mais características, que é a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, mas como na maioria das vezes essas doenças estarem presentes conjuntamente no paciente, acabam dando um termo único (DPOC), que serão melhores esclarecidos nos tópicos posteriores.
1.1.1	Bronquite Crônica
É possível asseverar que a Bronquite Crônica ocorre quando se têm a obstrução do fluxo aéreo, classificando assim de bronquite obstrutiva crônica. A bronquite (inflamação crônica), que predomina principalmente nas pequenas vias aéreas e no parênquima pulmonar caracteriza-se por aumento do número de macrófagos, neutrófilos e linfócitos T (RANG et al., 2016). Mas pode se configurar apenas como tosse com catarro.
A figura a seguir irá destacar os principais órgãos que são atingidos pela bronquite crônica:
 Figura 2: Pulmão da patologia bronquite crônica
Fonte: FRAZÃO, 2020
Na imagem, em amarelo é possível observar que principalmente a traquéia e bronquíolos são bastante atingidos, assim como o brônquio principal, em vermelho, passa pelo processo de inflamação ocasionado pela DPOC.
Conforme Martins (2007), é possível definir como quadro de bronquite crônica os pacientes que durante 3 meses por ano, 2 anos seguidos, apresentem quadro de tosse produtiva crônica.
Robbins et al. (2005) aduz que a bronquite crônica possui diversas causas como o aumento do fluxo sanguíneo para uma parte do corpo (também conhecida como hiperemia), pode ocasionar, ainda, secreção, as mucosas podem aumentar ou pode ocorrer edema na mucosa do pulmão, inflamação dos brônquios e bronquíolos, e ainda pode acarretar em fibrose dos mesmos, o que se diferencia do enfisema que não acontece a fibrose. Assim como, pode apresentar metaplasia ou displasia nos brônquios. E isso acaba auxiliando para diminuir o VEF1, de modo que limita o fluxo aéreo.
1.1.2	Enfisema
Conforme Carla Leonel (2018), o enfisema está definido como uma destruição generalizada e irreversível dos alvéolos e isto causa uma série de desconfortos, que variam de leves até gravíssimos, tendo em vista que essa destruição dificulta a troca gasosa e prejudica os órgãos vitais, principalmente pela falta de oxigenação de todo organismo humano. De acordo com a autora, o tabaco é a principal causa dessa agressão do aparelho respiratório.
Outros sintomas da doença também muito característico é o sibilo (chiado) e a dificuldade (aperto) ao respirar e também a tosse seca, desanimo (falta de energia) e hiperisuflação pulmonar evento em que ocorre a retenção excessiva de ar dentro dos alvéolos.
 Figura 3: Pulmão do agente causador do enfisema
 Fonte: Santos, 2013
A presente imagem tem como objetivo realizar crítica ao uso do cigarro, pois o tabaco foi taxado como o principal mecanismo que ocasiona o enfisema no ser humano. Para Martins (2007), os espaços aéreos são aumentados de forma anormal e permanente, e pode acarretar em elasticidade dos pulmões ou levar a destruição das suas paredes.
1.2	Epidemiologia
A epidemiologia da DPOC tem uma prevalência com a idade, ou seja, é mais comum que os sintomas se iniciam em pacientes com 40 anos, e assim, quanto maior a idade, mais fácil encontrá-la, bem como, é predominante em pacientes do sexo masculino, no entanto, com a independência feminina, estudos mostram que a mulher ficou mais suscetível a contraí-la, mas ainda assim o sexo masculino tem sido preeminente para a doença, sendo uma proporção de a cada 4 homens, pelo menos 1 possui (RABAHI, M. F., 2013).
No que diz respeito a idade, a OMS (2020) informa o que os estudos mostram que é mais preponderante em indivíduos de 40 a 45 anos, sendo influente em 17%. Enquanto que acima de 60 anos e 80 a 90 anos chega a 15%, mas é relevante enfatizar que esta situação depende muito da profissão e os hábitos sociais do cidadão. A estimativa mundial é que cerca de 52 milhões de brasileiros são acometidos por DPOC. É uma doença que recebe o 4º lugar entre as causas de mortalidade entre a população mundial, na qual é responsável por um grande número de óbitos no mundo, chegando a uma estimativa de 2,5 milhões. (OMS, 2020).
Conforme o Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (2020), a mortalidade decorrente do tabagismo chega a 443 mortes diárias no Brasil e o gasto ao erário decorrente dos danos provocados pelo cigarro ao sistema de saúde e economia é de R$ 125.148 bilhões de reais, sendo que 161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas. O instituto ainda informa que as principais mortes no ano decorrente do tabagismo são: 37.686 de DPOC, 33.179 são doenças cardíacas, 25.683 cânceres, 24.443 cânceres de pulmão, 18.620 tabagismo passivo, 12.201 pneumonia e 10.041 AVC.
No mais, o BMJ Best Practice (2021) publicou no portal da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica que a patologia é mais encontrada na terceira idade, principalmente acima de 65 anos, na qual 15.7% são homens e 9.93% mulheres, sendo mais encontrado na região das Américas e tem um percentual menor no Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. Em outros países, como Estados Unidos é possível encontrar a DPOC em 14%. De 1990 até os dias de hoje é possível ver um aumento na mortalidade por DPOC em 23%, e se caracteriza como a 3ª causa de morte pelo mundo, em razão do aumento do tabagismo – que é a hoje é dado como a principal causa de doenças respiratórias – sendo que a taxa de mortalidade é mais superior dos homens.
1.3	Sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
De acordo com ZOPPI et al. (2017) estes sinais geralmente se desenvolvem lentamente durante vários anos. Os principais sintomas incluem desde dificuldade para respirar, sibilos e opressão no peito até tosse produtiva, com expectoração mucosidade ou fleuma na maioria dos dias.
O médico vai determinar se a DPOC é leve, moderada ou grave em função de diferentes fatores. Principalmente, avaliará se o paciente está experimentando sintomas, quanto esforço precisa para que a pessoa fique sem ar, quanto isso limita o desenvolvimento	de sua vida diária. E também, avaliará	se o paciente tem infecções frequentes das vias respiratórias como resfriados e gripes, se tem um quadro instalado de tosse produtiva crônica e com que frequência ocorre este surto. Vale destacar que as pessoas com DPOC geralmente têm exacerbações, frequentemente causadas por uma infecção do trato respiratório, como um resfriado.
No quadro muito grave ou exacerbação da doença são comuns os seguintes sinais; a etapa grave da EPOC, tambémpodem ocorrer outros sinais e sintomasda doença pulmonar grave como: a cianose que é caracterizada como uma coloração azul na pele, retenção de líquido o que causa, o edema nos pés, joelhos e pernas, dispneia (cansaço extremo), perda de peso (ALVES et al, 2018).
1.4	Diagnóstico
O diagnóstico da DPOC é realizado através da história clínica do paciente, exames físicos, tosse persistente - com expectoração excessiva – não devendo ter outro fator predisponente e episódios repetidos de bronquite aguda com grande excreção de secreção, dispneia aos pequenos esforços. O indivíduo sente desconforto respiratório ao realizar tarefas simples do seu dia a dia, como pentear os cabelos e tomar banho, e quando a doença já estiver mais avançada esse quadro de dispneia pode apresentar-se até mesmo em repouso (KIM, 2013).
Lorenzi (2004) corrobora com o pensamento supra, uma vez que informa que para diagnosticar um portador de DPOC é preciso, primeiramente, observar os seus sintomas, que podem ser tosse ou secreção (quando estiver falando de alteração das vias aéreas) e dispneia ou sibilos (alteração pulmonar). O autor, aduz que dentre esses sintomas o mais comum é a tosse (diária ou intermitente), mas junto a ela pode emanar ou vir conjuntamente à dispneia.
No entanto, principalmente os fumantes, não procuram o médico para diagnóstico prévio da doença, pois acreditam que a tosse é algo normal e decorre das partículas inaladas durante o uso do cigarro. Isso decorre dos costumes da população, que já estão acostumadas com o “pigarro” criado pelos gases, o que faz com que algumas pessoas deixem a doença evoluir.
Outra forma de identificar o portador da DPOC é observar os valores da espirometria, que é um exame utilizado para medir o fluxo durante a inspiração e expiração.
 Conforme preceitua, Kumar et al. (2012), a exposição aos fatores de riscos, faz com que os sintomas se apresentem repentinamente demostrando fragilidade do indivíduo e piora do quadro subitamente. Manifestações sistêmicas, faz com que esse paciente sinta uma excessiva fraqueza muscular, angustiante e até mesmo um quadro de depressão, pelo fato de não poder realizar suas atividades mais comum de vida diária, esse momento pode ser caracterizado como o quadro de exacerbação da doença
De acordo com Godoy et al. (20017), o agravamento da doença ocorre devido ao seu diagnóstico tardio da DPOC, se tornando uma doença perigosa, e pode progredir de forma lenta, há também muitos pacientes que são assintomáticos ou apresentam manifestações discretas mesmo quando os valores do fluxo expiratório já estão substancialmente diminuídos. Outra causa para o diagnóstico tardio é os profissionais não treinados que não vão reconhecer a existência de obstrução ao fluxo aéreo.
As expressivas taxas de obstrução do fluxo aéreo que não são diagnosticadas e de pacientes que não recebem tratamentos adequados, reforçam ainda mais a ideia de que é necessária a existência de medidas que tornem possíveis o diagnóstico precoce e correto da DPOC. Sendo que quando diagnosticados a maioria dos pacientes apresenta a doença na fase leve ou moderada. (MAFORT, et al. 2017).
De acordo com Gold (2011) os grupos podem ser classificados em baixo risco, esses apresentam poucos sintomas com menos de uma exacerbação ao ano, risco moderado ou risco alto apresentam se em dois ou mais episódios de exacerbação, dessa forma é possível chegar ao diagnostico diferencial.
1.5	Prevenção
A prevenção da DPOC consiste principalmente no afastamento do paciente aos fatores de risco da doença, dessa forma, o paciente deverá evitar todos os agentes que contribui para o aparecimento ou agravamento do quadro infeccioso de DPOC, como o tabagismo, agentes irritativos e a ingestão de bebida alcoólica, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar a propagação dessa doença, pois, é conhecida como uma patologia assintomática, porém que agride o organismo a longo prazo. (OMS, 2015).
 É sempre importante ressaltar que o tabaco é o principal fator de risco, então para que haja prevenção de verdade é importante que o tabagista evite o consumo desse produto, pois o tabaco é uma planta (Nicotina tabacum) cujas folhas são utilizadas na confecção de diferentes produtos que têm como princípio ativo a nicotina, que causa dependência e agressão os pulmões consequentemente DPOC e câncer (Brasil, 2016).
O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas causa a maior parte de todos os cânceres de pulmão e contribui de forma significativa para acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais. Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ou são fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas patologias buco-dentais (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2020).
Em linhas gerais o fluxograma a seguir traz a demonstração de como pode ocorrer a prevenção e ainda apresenta alguns exemplos de tratamento, é importante seguir sempre as formas de prevenção pois desse modo pode ser evitado a coerência da DPOC.
 Fluxograma 1: prevenção da DPOC
Fonte: medicinanet
1.6 Tratamento
Quando se fala em tratamento dessa patologia, se fala, conforme Dantas Filho (2016), em quatro requisitos: identificar o quadro clínico e manter o monitoramento do mesmo, redução dos fatores de risco, tentar manter a DPOC em estabilidade e evitar as exacerbações. Dessa forma, o que se busca é auxiliar o paciente para que seja possível melhorar de vida e impedir ou dificultar o aparecimento da exacerbação da doença e a consequente mortalidade.
É de ciência que mesmo o indivíduo mantendo um tratamento adequado, é possível que a função pulmonar tenha uma piora, é por isso, como visto anteriormente, que é necessário um acompanhamento do profissional, para que se tenha o devido controle e equilíbrio do fluxo aéreo, e quando necessário alternar e adaptar o tratamento da doença.
O tratamento pode ser farmacológico ou não. O tratamento farmacológico visa auxiliar o indivíduo a parar de fumar, isto porque o tabagismo foi dado como o principal motivo da DPOC. Conforme Dantas Filho (2016) tratamento com reposição de nicotina ou bupropiona foram eficazes para que fumantes abadassem esse hábito. Além disso, é preciso ministrar broncodilatadores como mecanismos de desobstrução pulmonar ajudando dessa forma aumentar o volume expiratório, que irão contribuir para a dilatação das vias aéreas e mudanças na elasticidade dos pulmões.
O seu tratamento é complexo de forma que um é complementar ao outro. O farmacológico baseia-se no uso de fármacos para aumentar o tempo de sobrevida e o não farmacológico baseia-se em exercícios e alimentação para melhorar a qualidade de vida. O treinamento físico vai devolver ao paciente a autonomia de fazer suas atividades diárias com base na força muscular adquirida ao longo desse processo. O tratamento nutricional é importante para o funcionamento pulmonar, para uma melhor atividade do sistema imunológico e para o funcionamento melhor dos outros órgãos em geral (DANTAS, 2016).
A reabilitação pulmonar é uma alternativa de tratamento, não farmacológico, para a DPOC por atenuar as deficiências secundárias da musculatura periférica, resultando na melhora da qualidade de vida do paciente. (OLIVEIRA, et al. 2018).
Ao acompanhar o desempenho de pacientes com DPOC por meio da DP no TC6 por dois anos, foi possível observar um aumento progressivo da sobrevida com o aumento da DP. Além disso, há evidências de que a redução de 30 metros ou mais na DP no TC6 aumenta o risco de morte, representando uma diferença mínima clinicamente significante nos pacientes com DPOC (MARINO, et al. 2014).
A oxigenoterapia trata se de uma das formas de tratamento, mas é preciso ficar atento a sua indicação mesmo não havendo contra indicação o uso de forma indiscriminada pode trazer efeitos deletérios, há divergências diante dos parâmetros para sua indicação, enquanto alguns autores consideram que seu uso deve ser feito com uma Sat O2 menor que 90% sem acrescentar observações,outros autores indicam que seu uso seja administrado quando o portador de DPOC apresentar uma saturação menor ou igual a 88% em repouso ou 89% com presença de cor pulmonares e edema devido à insuficiência cardíaca congestiva. (COSTA. et al., 2014).
É sempre importante que o profissional realize os testes de força muscular respiratória, por meio da quantificação das pressões inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx), respectivamente por meio de um manovacuômetro, dessa forma o uso de oxigênio torna se uma técnica mais qualitativa e benéfica, essas técnicas descritas utilizam valores de referências que são adequados as características do paciente submetidos a avaliação, RODRIGUES; et al (2014). 
E ainda sobre como forma de realizar os testes de força pulmonar existe também um aparelho chamado PEAK FLOW, o qual serve para medir o pico de fluxo expiratório através da velocidade que o ar percorre quando o paciente faz uma expiração máxima (I COGRESSO Brasileiro de ciências em farmácia,2017). 
O expirometrô é outro exame de extrema importância, pois através da espirometria é possível verificar a capacidade do ar nos pulmões, após a avaliação do sopro que o aparelho capta, e é importante sinalizar que esse exame é acompanhado pelo fisioterapeuta pois a espirometria auxilia na prevenção pois permite um diagnóstico precoce dos distúrbios ventilatório do pulmão (PEREIRA, 2016).
A Figura 4 demostra uma radiografia de tórax em incidência póstero anterior demonstrando sinais de hiper insuflação pulmonar (visto a esquerda). Radiografia de tórax em perfil evidenciando aumento do diâmetro anteroposterior do tórax e retificação da cúpula diafragmática (à direita), indicado exatamente as características de confirmação de pulmão comprometido pela DPOC (MACHADO et al, (2017)
 
Figura 4: raio x do torax de paciente com DPOC
Fonte: MACHADO, et al. 2013 
2 OXIGENOTERAPIA 
De acordo com a OMS (2011) para que se tenha o tratamento da patologia (DPOC) de forma correta, é preciso que o oxigênio seja prescrito de forma adequada, pois se trata de uma droga, onde deve-se levar em conta os valores da gasometria arterial. Diante disso, a gasometria torna-se indispensável para iniciar o procedimento de oxigenoterapia, sendo assim, fica então o entendimento que não é a dispneia ou a taquipneia, e nem o desconforto respiratório que vai determinar a necessidade da injeção de oxigênio, além disso, o oxímetro é importante para demostrar que o paciente está apresentando quadro de disfunção da saturação de O2, titular a quantidade de O2 nas atividades de vida diária para que esse paciente obtenha uma saturação acima de 92%.
Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (2017), confirma em relação ao uso da oxigenoterapia no paciente com DPOC a frequente queda de oxigênio causada pela obstrução pulmonar dificulta a qualidade de vida desses pacientes. Quem sofre com DPOC precisa de acompanhamento e avaliação medica periódica por se tratar de uma doença sem prognostico de cura, apenas tratamentos os quais amenizam o quadro de exacerbação rápido, um desses tratamento pode ser a inclusão de suporte de oxigênio (OMS 2021).
Rock (2015), recorda em seu estudo, que o objetivo da oxigenoterapia para pacientes com DPOC é manter a oxigenação adequada sem precipitar a acidose respiratória ou piorar a hipercapnia, sendo as saturações alvo entre 88% e 92%.
Segundo a recomendação atual da British Thoracic Society e pelo relatório da Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (2017), é indicado a oxigenoterapia para o tratamento da hipóxia na exacerbação aguda da DPOC, porém, isto não é realizado na prática, devido à falta de orientação dos profissionais baseada em evidências e treinamento adequado para equipes de serviços de saúde de emergência, tendo sido realizadas mudanças lentas nesse aspecto. Desse modo, episódios de hipercapnia são frequentes devido ao despreparo dos profissionais na busca pela rápida correção da acidose respiratória e da ácidemia provocadas pelo aumento da PCO2 descompensada durante quadros de exacerbação aguda de DPOC.
A oxigenoterapia é um tratamento que visa auxiliar a manutenção da saturação de oxigênio arterial em níveis adequados, melhorando a qualidade de vida do paciente com DPOC, reduzindo a mortalidade, morbidade e o número de internações causadas pelos agravos da doença. A hipercapnia por sua vez, é um quadro clínico que geralmente acompanha o indivíduo com DPOC, causada pela retenção crônica de dióxido de carbono o que leva o portador a um quadro de acidose respiratória, devido à incapacidade do mesmo em liberar uma quantidade suficiente de dióxido de carbono através da expiração (MAGALHÃES, 2013).
2.1 Indicação da oxigenoterapia no paciente com DPOC
Como visto anteriormente, é importante asseverar quando de fato, merece ser associado o uso do oxigênio em pacientes com a patologia trata até o presente momento, uma vez que é preciso identificar todos os parâmetros necessários que indicam se o paciente deve ou não fazer uso de oxigênio, para que assim possa ser melhor tratado o quadro clínico do indivíduo evitando maiores danos, tomando como base o estágio ou exacerbação da doença e a queda da saturação, como por exemplo, uma saturação menor que 88% SPO2. Em casos leves o paciente tem necessidade de medicação, que deve ser realizado em seu ambiente, ou seja, no seu domicílio, pois nesse momento a doença está controlável, e havendo cuidados adequados sua evolução será mais lenta (CORREIA; VIANA, 2011).
Em casos moderados, quando o paciente tem necessidade da mudança da medicação, ele pode antecipar uma consulta ou recorrer a uma sala de emergência. No entanto, diante do agravamento ou exacerbação de forma repentina da sua condição clínica, é necessário que o paciente procure o hospital, e geralmente evolui com a necessidade de sua hospitalização e consequentemente iniciando o uso de O2, pois a DPOC faz com que tenha o aumento de retenção do dióxido de carbono no pulmão do paciente evento ocasionado pelo fato do paciente fazer muito esforço respiratório. (CARDOSO 2013).
Outro fator bastante importante é a escolha da melhor forma de aplicar essa terapia nos pacientes DPOC, Atualmente não há contra indicação para o uso dessa técnica, o que precisa é observar o caso concreto, isto é, como o paciente se encontra clinicamente e como estão os exames solicitados para só depois prescrever o tratamento. Além disso, é preciso que o fisioterapeuta observe a evolução ou regressão do paciente com a oxigenoterapia, pois quando observado piora da doença, é melhor que o tratamento seja suspenso e seja adotado um novo método para controle da doença.
 No estudo de Cabral (2015), ele fala sobre a importância de priorizar a ventilação não invasiva (VNI), uma vez que esta ajuda melhorar o estado geral do paciente causando menos danos e dando um conforto respiratório, diminuindo os esforços causados pela obstrução das vias aéreas, evita também a falência muscular e evita o chamado barotrauma que poderá ser causado pela ventilação mecânica.
De acordo com Fernando et al. (2011) e Carvalho et al. (2012) esta técnica é bastante eficaz até mesmo para associar à pratica de exercícios físico no DPOC uma vez que melhora o desempenho físico, a capacidade pulmonar e diminui a ação do ácido lático no organismo desses pacientes, é importante que dessa forma o paciente melhora sua qualidade de vida e consegue realizar melhor suas atividades de vida diária. De acordo com Fernanda et al. (2011), a VNI no modo BIPAP traz múltiplos benefícios até mesmo no controle da dispneia diurna e noturna destes pacientes diminuindo assim a fadiga respiratória e melhorando a qualidade do sono destes doentes.
Uma nova alternativa de abordagem tem chamado bastante atenção, o uso de um alto fluxo nasal de oxigênio aquecido e umidificado conhecido como 3 Oxigênioterapia Nasal de Alto Fluxo (ONAF). Essa técnica pode favorecer uma fração inspirada de oxigênio controlada e um fluxo médio máximo de 60 litros por minuto (l/min) por intermédiode uma cânula nasal. A oxigenoterapia convencional tem o fluxo limitado a um máximo de 15 litros l/min, considerado valor insuficiente na falência respiratória. (SOUZA; GARDEGHI) 2019.
Fernandes et al. contribui em relação aos benefícios da VNI, uma vez que o uso de forma cuidadosa pode evitar intubações desnecessárias e ajudar diminuir danos causados por intubações desnecessárias, pois a eficácia é vista logo na melhora da dispneia, e na saturação adequada do paciente. Braga; et al 2017 correlaciona a VNI como um tratamento adjunto que contribui de forma muito benéfica aos exercícios reduzindo a sobrecarga dos músculos respiratórios. Além disso, há evidências de que a administração a curto prazo da VNI a pacientes DPOC hipercápnicos estáveis pode diminuir o risco de agravamento e possíveis internações.
Existem três formas de obter esse oxigênio: concentrador de O2, sistema líquido ou por meio de um cilindro. Mas é preciso observar cada caso para definir qual o tipo é mais indicado para o paciente. A seguir será demonstrado as vantagens e desvantagens de cada sistema:
 Quadro1: Sistemas de oxigênio
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	 Concentradores de Oxigênio
	Baixo custo
	Maioria dos modelos não portáteis
	Conveniente para uso domiciliar
	Dependente de eletricidade
	Seguro
	Não atinge alto fluxo
	Leve
	Manutenção necessária
	
	Produz barulho e vibração
	Cilindros
	Amplamente disponível Alta pureza do oxigênio
Não é necessário eletricidade Manutenção simples Silencioso
Portátil
	Alto custo
Menos conveniente no domicílio Equipamento pesado
Capacidade	pequena,	requer	várias trocas de cilindros
Potencialmente perigoso
	 Oxigênio Líquido
	Conveniente no domicilio Muito alta pureza de oxigênio Portátil
Conveniente em ambulatórios Grande capacidade de autonomia 
Não necessária energia elétrica
Manutenção simples
	Alto custo
Evaporação espontânea do oxigênio Perigoso se ocorrer vazamento
Fonte: RONCALLY et al. 2019
2.2	Fisioterapia e oxigenoterapia
Não é de hoje que a fisioterapia vem ganhando espaço na equipe multidisciplinar, em geral e principalmente na fisioterapia respiratória esse profissional tem somado de forma significativa no que desrespeito a reabilitação cardiorrespiratória tanto de paciente na forma aguda, crônica da DPOC, como também na manutenção do bem estar desses pacientes usando técnicas da cinesioterapia respiratória e motora que ajudam no fortalecimento da musculatura tanto respiratória como esquelética (SOUZA; et al 2019)
O fisioterapeuta é importante na atuação de pacientes que necessitem de suporte ventilatório pois este auxilia na condução da ventilação pulmonar de pacientes, é um profissional essencial para a monitorização e evolução do paciente que faz uso da oxigenoterapia ajuda a manter e controlar os níveis adequado da troca gasosa no que desrespeito a ventilação pulmonar. (OLIVEIRA et al. 2018).
Em linhas gerais, Santuzzi (et al., 2017), aduz que a fisioterapia surgiu inicialmente da medicina de reabilitação e atualmente é compreendida como parte da equipe multidisciplinar, profissão fundamentada na prevenção e tratamento de saúde no processo de habilitação e reabilitação de pessoas que necessitam de cuidados.
A fisioterapia respiratória visa a prevenção e/ou tratamento de complicações respiratórias em pacientes com déficit e fraqueza pulmonar, necessitando realizar a fisioterapia respiratória e motora associadamente, de forma a garantir um bom prognóstico no seu quadro clínico através da técnicas de remoção de secreção brônquicas, mobilização torácica e de cintura escapular, melhorar a postura e ajudar a manutenção da tolerância aos exercícios respiratórios esses faz com que contemplem os sistemas cardiorrespiratório (MONTENEGRO, 2012). 
Evidencias científicas mostram que reabilitação pulmonar é capaz de melhorar os desconfortos respiratórios, a dispneia e a sensação falência muscular tanto do paciente em repousos como durante a realização de atividades física, (FERNANDES, 2017).
E importante chamar a atenção para o fato de que a fisioterapia em pacientes com DPOC tem como objetivo reduzir ou eliminar fatores de riscos que comprometem a função corporal e melhorar a qualidade de vida, reduzir dispneia, promover a higiene brônquica, melhorar a capacidade na atividade física, além de orientações para melhora do conhecimento e autocuidado, resgatando o prazer e a alegria de viver dessas pessoas (SOUZA; et al 2019).
É possível trazer como exemplo as técnicas manuais de fisioterapia respiratória que tem como objetivo melhorar o padrão, trabalho da respiração espontânea e melhorara também a fadiga muscular ocasionado pela exacerbação pulmonar, à exacerbação pulmonar aduz ao um esforço respiratório mais elevado do que o normal (SOUZA; et al 2019).
Conforme (MAGALHÃES,2013) é de grande importância a coleta da gasometria arterial para a equipe multidisciplinar e para o fisioterapeuta ela ajuda na tomada de decisão certa em relação a necessidade do paciente pois ela é representada por estes parâmetros: na gasometria normalmente os valores são representados da seguinte forma avaliação do pH 7.35 a 7.45, Co2 34 a 45, O2 80 a 100%, Hco3 22 a 26, BE -2 a +2.
Portanto quando ocorre alteração no organismo estes parâmetros são alterados e isso pode ser uma forma do corpo chamar atenção para o que está ocorrendo no momento então de forma explicativa segue os eventos que podem ocorrer no DPOC que induz este necessitar fazer uso de alguma forma de oxigenoterapia. pH > 7,35 indica quadro crônico compensado, pH < 7.35 indica quadro agudo descompensado.
Dessa forma que se a PaCO2 for superior a 50, há possibilidade de descompensação respiratória aguda; se o BE for negativo, há possibilidade de acidose metabólica aguda. Se a PaCO2 > 50mmHg com pH < 7,2 => indica descompensação aguda, e deve-se considerar fadiga da musculatura respiratória e suporte ventilatório não-invasivo e/ou intubação orográficas e ventilação mecânica.
Se a PaCO2 > 50 mmHg com pH > 7,3 => indica quadro crônico compensado, e deve- se considerar períodos de suporte ventilatório não-invasivo para repouso, dieta para DPOC e tratamento medicamentoso.
Se a PaO2 < 60mmHg em ar ambiente e tiver sinais de cor pulmonares deverá ser mantida oxigenoterapia contínua com cateter de O2 e/ou máscara concentradora, com FiO2 adequada para manter SpO2 entre 90% a 95% Os sinais e sintomas da hipoxemia são variados e incluem edema de membros inferiores, desconforto cardiorrespiratórios, dispneia e sonolência levando ao paciente a necessitar de uma suplementação de oxigênio e o objetivo deste é manter a PaO2 no mínimo em 55mmHg, que corresponde a uma saturação da hemoglobina acima de 87%. Em geral, um cateter de O2 com fluxo de 1 a 2l/min é suficiente, (HAS, et al. 2020). Conforme os trabalhos de (ADDE et al., 2013; ARAUJO et al., 2014) 
O uso de oxigênio pode proporcionar diversos benefícios clínicos e fisiológico ao DPOC, e essa técnica ainda tem a importância de ser administrada no próprio domicilio do paciente, e dessa forma além das vantagens citadas anteriormente o paciente ainda tem os benefícios de redução de gastos com longos dias de internação e menos desgastes emocionais. E importante chamar a tenção para o fato de o sus já subsidia um protocolo de oxigenoterapia domiciliar, de certa forma esse programa acaba beneficiando de forma bastante promissora esse portador de DPOC, evitando a exposição destes em locais aglomerados, mesmo que essa doença não seja contagiosa, mas o paciente depocístico já possui um pulmão fragilizado, (BUENO; et al 2020). 
Nos trabalhos de Carvalho et al em 2012, também foi visto que a terapia domiciliar VNI além de quase não trazer efeitos adversos contribui de forma muito benéfica ao portador de DPOC. Dessa forma é importante que seja associado o uso de oxigênio com a VNI nesse grupo de paciente, quando se fizer necessário a suplementação, pois é sempre importante a preservação e cuidado com o aparelho respiratóriodesses pacientes e essa técnica se mostra bastante eficaz, BRAGA et al 2017. Foi observado que o uso de oxigênio no DPOC proporciona conforto não apenas dos músculos respiratórios, mas também da musculatura corporal, usando essa terapia de forma adequada o paciente DPOC se beneficiara e associando o uso de oxigênio ao exercício físico, Souza; Gardenghi, 2017.
2.3 Efeitos da oxigenoterapia
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2020) aduz que a presença de doenças pulmonares faz com que o indivíduo possa ter o nível de oxigênio mais baixo que o normal, e por isso precisam realizar a suplementação, isto é aumentar o nível com oxigênio extra como maneira de proteger o organismo, permitir a melhora da função pulmonar e consequente ficam mais ativos para as atividades da vida diária. O uso de oxigênio deve ser utilizado para melhorar a qualidade e padrão de saturação do paciente DPOC, mas precisar te cautela em sua administração, pois dessa forma tende a melhorar o desempenho respiratório e evitar hipoxemia desse paciente, (RODRIGUES; et al 2014)
A oxigenoterapia é realizada através de um conjunto de métodos de terapia respiratória e são utilizados equipamentos que fazem a concentração, conduzem as vias aéreas, dando um bom desempenho ao paciente quando necessita fazer uso desse produto (RABAHI, 2013)
Segundo Rozov (1999) a descoberta do oxigênio foi feita no século XVIII por Joseph Priestley, assim, ele vem sendo utilizado como suplemento em várias ocorrências clínicas de hipóxia, como alveolar, alteração da difusão, desequilíbrio da relação entre ventilação e perfusão (V/Q), anemia, baixa perfusão periférica, shunt e intoxicação. No trabalho de RODRIGUES, te al(2021),foi comparado a outros estudo onde verificaram o efeito da oxigenoterapia em pacientes que dessaturavam durante o teste máximo, obtendo assim um resultado bem agradável estes então atingiram resultados favoráveis ao grupo que treinou sem oxigênio, em relação à capacidade máxima de exercício. Se faz importante a informação em relação ao uso de oxigênio no paciente DPOC, pois são pacientes com doença que degrada de forma muito extensa as vias aéreas desse paciente, então é muito importante o cuidado na administração dessa terapia não farmacológica.
 De acordo com Silva (2015), a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é caracterizada pela limitação do fluxo aéreo de forma progressiva associada a uma resposta inflamatória dos pulmões. É uma doença com frequente causa de morbidade e mortalidade, está associada a várias outras doenças do trato respiratório, de modo que em um grupo de pacientes graves pode ser indicado o uso da oxigenoterapia. Segundo Barbosa et al. (2017), é importante pesquisar nesse campo para compreender a necessidade da utilização da oxigenoterapia em paciente com DPOC, visando conhecer os efeitos do tratamento.
Além disso, este uso elevado se baseia no fato de que a oxigenoterapia pode melhorar tanto a sobrevida quanto as atividades de vidas diária destes pacientes, especialmente aqueles com doença pulmonar obstrutiva crônica avançada. Em particular, estudos demonstraram melhoria da saturação de oxigênio noturno, redução da pressão arterial pulmonar e menor resistência vascular pulmonar com a oxigenoterapia adequada (SCANLAN, et al. 2011).
Segundo Demoule (2017), nos últimos anos, um número cada vez maior de estudos sugere que existe potencial benéfico no uso da oxigenoterapia nasal de alto fluxo, para prevenir intubação em pacientes de unidade de terapia intensiva, admitidos por insuficiência respiratória aguda reincidente ou sob ventilação mecânica para cirurgia.
Embora a oxigenoterapia nasal de alto fluxo pareça ser uma terapia promissora na unidade de terapia intensiva, são necessários estudos adicionais para definir de forma mais precisa os subgrupos de pacientes com maior chance de se beneficiarem do uso dessa técnica que tem um proposito menos invasivo, pois pacientes com quadro muito grave pode ser que não funcione devido ao fato desse paciente estar com fadiga exacerbada dos principais músculos respiratório então ao invés do cateter nasal de alto fluxo é preferível optar pelo procedimento de intubação (DEMOULE, 2017).
Confirmando as teorias acima, Rocker (2017), recorda em seu estudo que o objetivo da oxigenoterapia para pacientes com DPOC é manter a oxigenação adequada sem precipitar a acidose respiratória ou piorar a hipercapnia, sendo as saturações alvo entre 88% e 92% segundo a recomendação atual da British Thoracic Society e pelo relatório da Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica para o tratamento da hipóxia na exacerbação aguda da DPOC.
Em estudo a opção por oxigenoterapia portátil apresenta melhor custo- benefício, sendo eles, maior liberdade nas atividades, facilidade na recarga e maior conforto em transportar o equipamento, permitindo uma atividade diária significativa. (SANTOS; ALMEIDA, 2015).
De acordo com CBMI (2018), pode estar ligado a três fatores principais, quais sejam: o aumento de formação de espécie reativas de oxigênio e estas são capazes de colidirem com outras moléculas podendo afetar moléculas como proteína, lipídio e os ácidos nucleicos. Vasoconstricção (ácidos nucleicos) e atelectasia de absorção.
Quanto aos riscos da oxigenoterapia o ministério da saúde chama atenção para os cuidados que deve ser tomado em relação ao uso dessa terapia, pois o uso de oxigênio de forma indiscriminada pode trazer risco grave ao sistema respiratório do ser humano (CEDANO, et al., 2012).
Conhecidos como efeitos tóxicos e deletérios o uso de oxigênio de forma indiscriminado traz graves problemas aos órgãos do sistema respiratório, o uso prolongado aumenta a absorção de radicais livres sendo esses radicais chamados de subprodutos do metabolismo celular, pode favorecer a causa de lesões pulmonares, produzir também destruição oxidativa no pulmão, irritação traqueobrônquica as quais atingi diretamente a atividade ciliar, esses agravos podem ser visualizados em imagens radiológicas, pois o paciente com uso de O2 prolongado pode apresentar um pulmão com áreas infiltradas, e por fim com o uso indiscriminado de oxigênio pode ocorrer depressão do sistema nervoso central (SNC) elevando o PCO2 ocasionando, SANTOS ; DONADIO (2011). 
Ainda sobre os efeitos deletérios é importante ressaltar que paciente com prolongado tempo de exposição e altos volumes de oxigênio podem apresentar quadros de disfunção neurológica estes quando associados a pressões acima do previsto, mas pode também apresentar quadro de infecções pulmonar como a pneumonia associado ao uso prolongado de O2, os infiltrados pulmonar que serão vistos no exame radiológico do pulmão (SANSHES 2014).
 3. METODOLOGIA
O presente autor realizou uma pesquisa computadorizada nas bases de dados da Scielo, Lilacs, Pubmed, Google Acadêmico e Biblioteca virtual, no período de março a outubro de 2021, com o intuito de identificar trabalhos randomizados com o tema: efeitos da oxigenoterapia em pacientes com DPOC. Fora utilizado as seguintes palavras-chave: “DPOC, Oxigenoterapia e Tabagismo”. Bem como, foi utilizado os operadores de lógica “e” e “ou”.
A metodologia aplicada neste estudo foi do tipo revisão bibliográfica, sistemática secundária, utilizando artigos, teses, livros e periódicos publicados nos anos 2012 a 2021. Para o presente estudo, foi retirado dos trabalhos a intervenção e os resultados. Dentre as variáveis analisadas pode-se dizer que foram: a qualidade de vida que o paciente se encontrava, a função pulmonar inicial e final, se houve ou não patologias posterior uso da oxigenoterapia, mortalidade.
Conforme Maicon Falavigna (2018) um estudo pode adotar duas revisões a narrativa e a sistemática, sendo esta última compreendida como um método de avaliar dados trazidos por outras pesquisas.
Marconi e Lakatos (2010) preceitua que ao realizar uma pesquisa é necessário adotar uma metodologia como base para que ela possua sua devida organização. Para isso é preciso definir o método, classificação e a técnica.
A presente pesquisabuscou utilizar o método de revisão sistemática, pois se utilizou de 6 trabalhos para analisar os dados ali presentes e assim compreender qual seria o resultado para a seguinte problemática: qual a eficácia da oxigenoterapia em pacientes com DPOC.
No mais, conforme Gil (2002) o levantamento bibliográfico busca observar trabalhos realizados por diversos autores a respeito da mesma temática abordada no presente trabalho, com o intuito de enriquecer cientificamente os seus leitores. E é por isso que antes de começar a escrita do trabalho, primeiro realizasse o crivo dos trabalhos a serem utilizados.
Fora obedecido alguns critérios de inclusão e não inclusão. Sendo os de inclusão: estudo randomizado, estudo quantitativo e transversal, estudo longitudinal retrospectivo, revisão bibliográfica, estudo transversal prospectivo; publicados na língua portuguesa ou traduzidos; Intervenções realizadas por profissionais da área da saúde; serão incluídos bibliográfico reunindo monografias, artigos, teses, literaturas e periódicos com a até dez anos de publicação no idioma português, esses artigos serão lidos e selecionados de acordo com a revisão proposta.
Como Critério de não Inclusão: Trabalhos publicados em idiomas que não seja da língua portuguesa; Uso de oxigenoterapia em hipoxemia grave; Artigos que só tinham o resumo; Estudos que não tinha o PDF completo; Estudos que não fazia o uso da oxigenoterapia em pacientes com DPOC.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após levantamentos bibliográficos nas bases de dados eletrônicas foram encontrados 12 artigos que compreendiam exatamente a necessidade deste trabalho, após os critérios de inclusão e exclusão restaram apenas 6 artigos. Foram incluídos artigos de estudos randomizados e estudos transversais.
Tabela 1: Caracteristicas dos artigos selecionados e seus respectivos resultados
	Autor / ano
	Tipo de estudo
	Intervenção
	Resultados
	
MESQUITA et
al. 2018
	
Estudo
Randomizado
	
A Oxigenoterapia
de longa duração em pacientes
DPOC e com
hipoxemia
	
No estudo foram incluídos 60 pacientes com DPOC	 e hipoxemia decorrente de esforço respiratório destes, 10 foram a óbito decorrentes de
Complicação pulmonar dos quais a maioria apresentavam
complicações cardiopulmonar outros 11 foram excluídos da
amostra pois apresentavam hipoxemia grave
	
RODRIGUES
et al. 2014
	
Estudo
quantitativo e
transversal
	
Prescrição	de oxigenoterapia para DPOC durante treinamento físico.
	
O estudo mostrou que o grupo Go2 apresentou um resultado ruim em relação ao G, mas era esperado pois esse grupo já tinha o quadro patológico exacerbado, 	uma função pulmonar muito deficiente.
	
BUENO et al.
2020
	
Estudo
longitudinal
retrospectivo
	
Oxigenoterapia
Domiciliar
Prolongado
	
Melhora na qualidade de vida dos pacientes DPOC, nas funções pulmonar, mas apresentou alguns efeitos colaterais, como o ressecamento de narinas e da boca e perda olfativa.
	
MARCONDES
et al. 2020
	
Estudo longitudinal
retrospectivo
	
Oxigenoterapia
domiciliar
prolongada
	
Os estudos confirmaram seus
Achados que a aderência associada ao uso de ODP não
foi associada com a mortalidade e mostrou ainda que a aderência
mostrada nos estudos foi bastante significante e que não ocorre apenas pela associação
de ODP.
	
ALVES	et
2018	
	
Revisão
Bibliográfica
	
Oxigenoterapia
Domiciliar
Permanente
	
Os achados da amostra de fato foi condizente com o tipo de pacientes eleitos para pesquisa, pois o uso continuo do oxigênio por DPOC, pode não apresentar uma pratica bem tolerável 
	
SANTOS et al. 2018
	
Estudo Transversal Prospectivo
	
Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada
	
A aterotrombose representa fator de risco maior para os indivíduos do sexo masculino
Fonte: Autora (2021)
Em linhas gerais os resultados mostram que o uso da oxigenoterapia precisar realmente obedecer a critérios importante, de forma que o paciente que for submetido a essa terapia possa ter melhor sobrevida, pois vale ressaltar que o oxigênio é uma medicação e o seu excesso pode trazer riscos graves a saúde do indivíduo.
Estudos realizados e comparados mostram que a oxigenoterapia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é importante que haja uma discriminação adequada, para os grupos que devem receber esse tipo de tratamento, de forma a caracterizar o grau da doença ou seja quais são os possíveis benefícios, mas também quais as descompensações que o paciente possa apresentar.
Quando há necessidade de iniciar a oxigenoterapia nesses pacientes, é importante que haja um acompanhamento de um especialista, e que o tratamento seja realizado após checagens adequadas de exames como a gasometria arterial, dessa forma é importante evitar que ocorra um aumento desordenado da PCO2, pois é necessário o cuidado com a super oxigenação tendo em vista que a complacência pulmonar deste indivíduo está apresentando déficit por conta do seu quadro patológico.
O certo é que na atualidade não existe uma causa específica que leve a DPOC, mas a relação fatores externos e resposta individual de cada indivíduo tem sido a causa principal para determinar o quadro clínico do paciente, e ainda contribuir para que a doença evolua.
No estudo de Mesquita et al. (2018), onde o objetivo era examinar o uso desse tratamento em DPOC e hipoxemia causada por esforço físico, o resultado alcançado correspondeu á expectativa dos autores, sendo a mostra composta por participantes com um quadro de saúde extremamente debilitados esse quadro é representado pela exacerbação da doença, os achados na pesquisa dos autores foram condizentes com o tipo de amostra determinada pelos pesquisadores.
E portanto na pesquisa de Rodrigues et al. (2014), os resultados encontrados com o grupo que fez uso da terapia foi condizente com tipo de pacientes eleitos para a pesquisa, onde o questionamento destes era se a oxigenoterapia poderia oferecer uma melhora ao paciente com DPOC durante o exercício físico devido ao grupo experimental já apresentar um quadro de exacerbação da doença não houve boa tolerância ao uso de oxigênio e esforço físico. 
É importante compreender que o DPC nem sempre consegui ser tolerante ao uso de oxigênio devido ao fato de existir uma hiperinsuflação pulmonar e seus alvéolos apresentarem se em um processo de exacerbação, isso contribui para a retenção excessiva de CO2, essa retenção têm como consequência a dificuldade na troca gasosa adequada.
Já em comparação ao o estudo de Santos et al (2018), mostrou uma pequena relevância no que se diz respeito a manutenção da saturação de O2 nos pacientes mais graves, porém, a indagação deste é se o acréscimo de oxigênio durante o exercício físico em DPOC não hipoxemico traria alguma alteração de melhora no padrão respiratório ou tolerância ao exercício. Portanto, foi visto então que com o uso de oxigênio o grupo experimental conseguiu tolerar melhor o exercício mantendo uma saturação de O2 dentro de padrão de normalidade de acordo com o DPOC entre 88 a 90%
Enquanto que Marcondes et al. (2020), diz não ter encontrado características significantes nos seus estudos onde a análise deste era relacionada ao uso de oxigenoterapia domiciliar de longa duração (ODL) em pacientes com aderências e quais os fatores de riscos para evolução ao óbito.
O DPOC por ser um paciente com grandes limitações pulmonar é sempre importante obedecer aos critérios de segurança quando se fazer necessário o uso deste medicamento que é O2,pois existem fatores que exigem essa avaliação criteriosa que são devido a uma hiperinsuflação pulmonar por conta do aumento da capacidade residual funcional de até duas vezes maior que o normal, a hiperinsuflação ocorre pelo fato de haver redução das forças motrizes para o fluxo expiratórios e normalmente um baixo colhimento elástico dos pulmões ou descomplacência pulmonar, esses eventos ocasionam a retenção de ar, aumentado assim o trabalho respiratório e dificultado a respiração ou troca gasosa e aumentando a retenção de CO2.
Nos estudos de Bueno et al. (2020) e Alves et al. (2018), os resultados foram bem semelhantes mostrando que o uso daoxigenoterapia domiciliar de longa duração não traz a qualidade de vida esperado, mas que pode ser administrado quando diante do quadro de disfunção respiratória moderado, ele ajuda a manter o nível de oxigênio e uma saturação periférica satisfatória para esse paciente, mas é importante frisar que ele vai fazer esse uso associado a outras terapias, em que o paciente vai fazer uso associado aos outros tipos de tratamento, podendo ser associado ao exercício físico, pois se o propósito é melhorar o padrão respiratório e assim diminuir ou evitar o quadro de exacerbação da doença (DPOC).
É sempre importante enfatizar a importância de manter uma saturação de oxigênio maior ou igual a 90%, porem nestes pacientes existe é importante obedecer aos critérios de tolerância, pois são pessoas que apresentam danos alveolares e ou para ser melhor explicado complicações pulmonares severa.
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tem como principal característica a obstrução crônica da via aérea, que ocasiona uma inflamação nos pulmões, e tudo isso pode decorrer de fatores externos – como por exemplo o tabagismo – Mas também, pode decorrer do conjunto de doenças do trato respiratório ou da deterioração do parênquima.
É consequência disso que essa doença pode ocasionar diversas complicações para a vida do indivíduo, como a inflamação dos bronquíolos e destruição alveolar (ALVES, et al. 2018). Apesar da gravidade do problema e não haver um tratamento completamente reversível, a DPOC é uma doença que pode ser evitada através do afastamento dos fatores de riscos mas pode ser tratada com o uso das técnicas de oxigenoterapia. Conforme Alves et al. (2018), a oxigenoterapia apresentou eficácia quando utilizada para o tratamento de DPOC, pois apresentava melhora no Q/V do paciente.
Da análise geral dos resultados obtidos, foi possível observar que em alguns trabalhos a oxigenoterapia não foi muito indicada, pelo contrário, foi possível observar que o uso prolongado acarretou em alguns problemas para os pacientes. No mais, quando diante do quadro exacerbado da doença a eficácia do tratamento é ainda menor do que o esperado.
No entanto, é importante frisar que ainda há muita discussão na literatura a respeito do uso da oxigenoterapia de forma prolongada, pois não se sabe ao certo se há ou não a melhora do Q/V em paciente com DPOC. Contudo, além da condição clínica do paciente outros fatores são capazes de influenciar no tratamento da doença, que vai desde a situação socioeconômica do paciente até a melhor escolha do dispositivo escolhido para o fornecimento da oxigenoterapia e o tempo de uso diário. 
A partir dos resultados obtidos neste estudo, é possível chegar a uma consideração a cerca de	que o uso da oxigenoterapia em pacientes DPOC necessita de uma atenção ou uma seleção bastante criteriosa para não haver piora da função pulmonar, pois estudos mostram que o comprometimento da força muscular ocasionado pelo esforço expiratória juntamente com o excesso de O2 podem agravar o quadro de um paciente DPOC. Como preceitua Costa et al. (2014), o mesmo diz que não há um momento certo para administrar a oxigenoterapia, mas parte da doutrina considera ser indicado quando a Sat O2 for menor que 90%.
De acordo com os trabalhos a oxigenoterapia não deve ser administrado com apenas um critério de avalição na DPOC, esses pacientes precisam ser bem avaliados, é preciso identificar de fato se eles necessitam de oxigênio ou se estão com excesso, pois a hipercápnia é tão prejudicial quanto a hipoxemia, a hipercapnia também pode causar efeitos deletérios ao o pulmão quando esse já se encontra em uma fase com um importante grau de acometimento e bastante debilitado.
Uma maneira de desenvolver o protocolo de prevenção, é observar se o indivíduo apresenta sintomas característicos dessa doença e portanto quando apresentar tosse produtiva em excesso com expectoração ou fleuma, deverá realizar uma consulta para o diagnóstico precoce, e assim traçar o melhor tratamento. Inclusive é a partir dos sintomas que o médico vai graduar o quadro e a gravidade do indivíduo. A DPOC vai de leve, moderada a grave, sendo a grave o pior estágio da doença, onde hoje há a análise e a discussão se é cabível ou não o tratamento com oxigenoterapia quando a saturação for inferior ou igual a 88% durante o repouso e 89% quando o paciente apresentar cor nos pulmões e edema.
Apesar da grande gama de pesquisa realizada e da discussão trazida no presente trabalho, não fora utilizado e nem encontrado muitos trabalhos que tivessem utilizado a oxigenoterapia domiciliar prolongada em pacientes com DPOC, o que dificulta o aprofundamento na presente temática e consequentemente impede chegar a um melhor resultado. Isso decorreu do fato de que muitos trabalhos estavam fora da língua vernácula, não se tratava diretamente do uso da oxigenoterapia em paciente com DPOC, o que dificulta a qualidade metodológica da presente revisão sistemática.
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