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1 Maria Clara Cabral – 2º Semestre TUTORIA 1: UC IV – 04/10/2021 PROBLEMA: Características anatomofisiológicas e neuroquímicas do Sistema Nervoso Autônomo (SNA). OBJETIVOS: ✓ respondidos no capítulo 11 do Silverthorn e na conferência 01. 01- Entender a subdivisão funcional e anatômica do sistema nervoso; 02- Reconhecer as características funcionais do Sistema Nervoso Autônomo; 03- Diferenciar os aspectos anatômicos dos sistemas Simpático e Parassimpático; 04- Relacionar os aspectos fisiológicos do Sistema Parassimpático e Simpático e as correlações neuroquímicas; 05- Compreender como ocorre o processo de síntese e degradação dos neurotransmissores autonômicos; 06- Entender como ocorre o controle autonômico das funções respiratória, cardiovascular, urinária, digestória e termorregulatória; 07- Analisar a anatomofisiologia da gândula suprarrenal (ou adrenal). OBJETIVO 01 Entender a subdivisão funcional e anatômica do sistema nervoso O Sistema Nervoso é um sistema de controle rápido do corpo, podendo ser dividido anatomicamente e funcionalmente. Divisão Anatômica I- Sistema Nervoso Central: consiste no encéfalo e na medula espinal como seus centros de controle. Esses dois são também centros integradores da homeostasia, do movimento e de muitas outras funções corporais. II- Sistema Nervoso Periférico: composto por nervos cranianos e seus gânglios e nervos espinais e seus gânglios. O fluxo da informação pelo sistema nervoso central segue um padrão de reflexo básico: Estímulo → receptor sensorial → sinal de entrada → centro integrador → sinal de saída → efetor → resposta. Esses receptores enviam informação ao longo dos neurônios sensoriais para o SNC, que é o centro integrador dos reflexos neurais. Os neurônios do SNC integram a informação proveniente da divisão sensorial do SNP e determinam se uma resposta é necessária ou não. Se uma resposta for necessária, o SNC envia sinais de saída via neurônios eferentes, até as células-alvo, que geralmente são músculos e glândulas. Divisão Funcional Composto por neurônios sensoriais (aferentes) – que envia a informação ao SNC através de neurônios sensoriais aferentes – e neurônios eferentes – que levam a informação do SNC para as células-alvo através de neurônios eferentes. Os neurônios eferentes se subdividem em divisão motora somática, que controla os músculos esqueléticos, e divisão autônoma, que controla os músculos liso e cardíaco, as glândulas exócrinas, algumas glândulas endócrinas e alguns tipos de tecido adiposo. Obs: clinicamente, o termo neurônio motor (ou motoneurônio) é frequentemente utilizado para descrever neurônios motores somáticos que controlam os músculos esqueléticos. 2 Maria Clara Cabral – 2º Semestre OBJETIVO 02 Reconhecer as características funcionais do Sistema Nervoso Autônomo O SNA é também chamado de sistema nervoso involuntário ou visceral, pois controla a contração e a secreção em vários órgãos internos. Funções do SNA ✓ Controlar, por meio dos neurônios autonômicos, os músculos lisos e cardíaco, as glândulas exócrinas, algumas glândulas endócrinas e alguns tipos de tecido adiposo; ✓ Auxiliar o corpo a manter um ambiente interno constante ou balanço fisiológico global das funções corpóreas (homeostase), através de comandos que levam a ações compensatórias. Ex: aumento súbito da pressão arterial; regulação do tamanho da pupila a diferentes intensidades luminosas; constrição dos vasos sanguíneos da pele em resposta ao frio; aumento da frequência cardíaca durante o esforço. (objetivo 4) ✓ Propiciar ajustes neurovegetativos que dão suporte a execução de comportamentos motivados: comportamento defensivo, alimentar, sexual. Subdivisões do SNA Os neurônios autonômicos dividem-se em 2 ramos: simpático e parassimpático, que se diferenciam por sua organização anatômica (objetivo 3) e pelas substâncias químicas que eles utilizam para se comunicar com as suas células- alvo. Muitos órgãos internos recebem inervação de ambos os tipos de neurônios autonômicos, sendo comum as duas divisões exercerem controle antagonista sobre uma única célula-alvo. OBJETIVO 03 Diferenças Fisiológicas entre os Sistemas Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático: - Agem antagonicamente e sinergicamente (em cooperação) no controle harmônico da atividade visceral. Neurônios Pré-Ganglionares do Sistema Simpático e Periférico são colinérgicos, produzem acetilcolina (ACh). Neurônios Pós-Ganglionares do Sistema Simpático são adrenérgicos, produzem Norepinefrina (NE)/Noradrenalina (NA). Já os A melhor forma de distinguir as duas divisões é de acordo com o tipo de situação na qual elas estão mais ativas. Se você está descansando tranquilamente após uma refeição, o parassimpático está no comando, assumindo o controle de atividades rotineiras, como a digestão. Consequentemente, os neurônios parassimpáticos são, às vezes, considerados como controladores das funções de “repouso e digestão”. Em contrapartida, o simpático está no comando durante situações estressantes, principalmente em momentos de luta e fuga. Quando o corpo se prepara para lutar ou fugir, o coração acelera, os vasos sanguíneos dos músculos das pernas, dos braços e do coração dilatam, e o fígado começa a liberar glicose para fornecer energia para a contração muscular. Nessa situação, quando a vida está em perigo, a digestão torna-se um processo de menor importância, e o sangue é desviado do trato gastrintestinal para os músculos esqueléticos. 3 Maria Clara Cabral – 2º Semestre pós-ganglionares do Sistema Parassimpático são colinérgicos, produzem acetilcolina. OBJETIVO 03 Diferenciar os aspectos anatômicos dos sistemas Simpático e Parassimpático - Localização dos neurônios pré-ganglionares e dos gânglios autonômicos; pois no Sistema Simpático se origina na região toraco-lombar e no Sistema Parassimpático tem origem na região crânial-sacral. - Extensão das fibras pré-ganglionares e pós- ganglionares. Neurônios do Sistema Simpático: Pré-ganglionares têm as fibras do axônio mais curtas (pois ele fará uma sinapse com um neurônio pós-ganglionar na cadeia de gânglios para- vertebrais) e pós-ganglionares têm as fibras do axônio mais longas. Neurônios do Sistema Parasimpático: Pré-ganglionares têm as fibras do axônio mais longas e pós-ganglionares têm as fibras do axônio mais curtas OBJETIVO 04 Relacionar os aspectos fisiológicos do Sistema Parassimpático e Simpático e as correlações neuroquímicas O SNA possui poucos tipos de neurotransmissores e alta variedade de receptores associados a diferentes sistemas de segundos mensageiros, por isso é capaz de diversificar suas ações. A parte simpática possui dois tipos de receptores adrenérgicos (α e β) com vários subtipos (α1, α2, β1 e β2) e a parte parassimpática possui cinco tipos de receptores colinérgicos muscarínicos. Principais receptores simpáticos: α1, β1 e β2. 4 Maria Clara Cabral – 2º Semestre OBJETIVO 05 Compreender como ocorre o processo de síntese e degradação dos neurotransmissores autonômicos Os principais neurotransmissores autonômicos, acetilcolina e noradrenalina, são sintetizados nas varicosidades do axônio, por enzimas citoplasmáticas e armazenados em vesículas sinápticas. Noradrenalina (NA): sintetizada na própria varicosidade a partir do aminoácido tirosina. Quando liberada na fenda sináptica, pode se combinar com um receptor adrenérgico (α e β) na célula-alvo, difundir-se para longe ou ser transportada devolta para a varicosidade. Dentro do neurônio a noradrenalina pode ser novamente armazenada em uma vesícula ou ser degradada pela monoaminoxidase (MAO), a principal enzima, presente nas mitocôndrias da varicosidade, responsável pela degradação das catecolaminas (Noradrenalina ou norepinefrina e epinefrina ou adrenalina). Acetilcolina (ACh): Sintetizada na própria varicosidade a partir do Acetil-CoA + Colina. Quando liberada na fenda sináptica pode ser quebrada pela enzima acetilcolinesterase (AChE), transportada de volta para o terminal axonal via cotransporte com o sódio e ser reutilizada para a produção de mais ACh. 5 Maria Clara Cabral – 2º Semestre OBJETIVO 06 Entender como ocorre o controle autonômico das funções respiratória, cardiovascular, urinária, digestória e termorregulatória A informação sensorial proveniente do sistema somatossensorial e dos receptores viscerais segue para os centros de controle homeostático, localizados no hipotálamo, na ponte e no bulbo (FIG. 11.2). Esses centros monitoram e regulam funções importantes, como a pressão arterial, a temperatura corporal e o equilíbrio hídrico (FIG.11.3). Função Centro de controle autonômico localizado no Respiratória Ponte Cardiovascular - PA Ponte Urinária Ponte Digestória Hipotálamo Termorregulação Hipotálamo OBJETIVO 07 Analisar a anatomofisiologia da gândula suprarrenal (ou adrenal) A medula da glândula suprarrenal (ou adrenal) é um tecido neuroendócrino associado ao sistema nervoso simpático, secreta principalmente adrenalina. Assim como a glândula hipófise, cada glândula suprarrenal é constituída, de fato, por duas glândulas com diferentes origens embrionárias que se fusionam durante o desenvolvimento (Fig. 11.8b). A porção mais externa, o córtex da glândula suprarrenal, é uma glândula endócrina verdadeira, com origem epitelial, que secreta hormônios esteroides (p. 80). A medula da glândula suprarrenal, que forma a pequena porção central da glândula, desenvolve-se a partir do mesmo tecido embrionário que origina os neurônios simpáticos e é uma estrutura neurossecretora. A medula da glândula suprarrenal é descrita frequentemente como um gânglio simpático modificado. Os neurônios pré- ganglionares simpáticos projetam-se da medula espinal para a medula da glândula suprarrenal, onde fazem sinapse (Fig. 11.8c). Entretanto, os neurônios pós-ganglionares não possuem axônios, que normalmente se projetariam para as células- alvo. Em vez disso, esses corpos celulares sem axônios, denominados células cromafins, secretam o neuro-hormônio adrenalina diretamente no sangue. Em resposta a sinais de alerta provenientes do SNC, a medula da glândula suprarrenal libera grandes quantidades de adrenalina para ser distribuída por todo o corpo, como parte da resposta de luta ou fuga.
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