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1 REFRIGERAÇÃO guiade 2 GUIA DE REFRIGERAÇÃO 1.Introdução 2.Conforto térmico - Orientação Solar - Ventilação - Vedação - Vidros e esquadrias - Materiais 3. Dufrio: Sua História 4. Sistemas - Fan Coil - Ar de janela - Ar portátil - Split Hiwall - Split piso teto - Split Cassete - Split Multi -Inverter - VRF 5. Unidades de medida 6. Cálculo de carga 7. Posicionamento 3 5 7 9 11 12 13 17 18 18 20 22 24 29 30 36 35 37 41 41 48 3 INTRODUÇÃO Podemos considerar a refrigeração um dos maiores avanços da civilização moderna, que nos permitiu avançar em inúmeros setores e ter a vida que conhecemos hoje. Desde conservar alimentos, até trabalhar mesmo em climas mais difíceis. A climatização está por todo lado que vemos. Tudo começa na busca pelo CONFORTO AMBIENTAL, como um aspecto básico da vida. Desde os dias do homem das cavernas já observamos práticas de climatização e proteção. A princípio era um instinto ao usar o próprio formato da rocha para se proteger do sol ou fazer fogo para se proteger do frio. Depois foram evoluindo com construções que permitissem deixá-los abrigados se prote- gendo ainda mais das temperaturas e até das chuvas. A partir do momento que as construções foram se sofisticando e ficando mais próximas do que reconhecemos como casa hoje, os habitantes passaram a ficar totalmente protegidos da radiação solar. No entanto, todo o calor que é absorvido pelo invólucro da construção passa a ficar também retido ali, fazendo com que a área interna – apesar de protegida da radiação solar direta – se mantenha quente. Com a evolução desse sistema, fez-se janelas e aberturas a fim de que o calor pudesse sair do interior da construção e grande parte do problema foi resolvido. No entanto, com casas cada vez maiores, essas janelas ficaram mais longe do centro da construção, fazendo com que não deem vazão para ventilar o espaço inteiro. Outros fatores externos, como o barulho da rua e a poluição dos veículos, também foram importantes para que essas janelas Conforto Ambiental é quando uma pessoa consegue se sentir bem em um espaço, e para isso diversos aspectos interferem, como sons, temperatura, cores, etc. 4 Foi então que a tecnologia avançou e, com o surgimento de aparelhos próprios para climatização, o famoso ar-condicionado – máquinas que trocam o calor interno com a área externa, liberando no interior vento frio. Mas como escolher qual ar-condicionado é ideal para sua casa ou escritório? Ou melhor, como saber que estrutura precisa fazer para receber esse ar e qual melhor posição para colocar em um projeto? Esse é o tema das próximas páginas! começassem a ser fechadas com panos de vidro. Com isso o calor voltou a ficar preso dentro das construções, dessa vez com uma carga ainda maior, já que no interior já havia luzes e aparelhos eletrodomésticos, que por si só também emitem calor. 5 O conforto térmico é ligado ao estado mental de uma pessoa, isso é, se tem conforto térmico quando se sente bem em termos de temperatu- ra em um determinado espaço. Quando não se pensa sequer se está muito quente ou muito frio, nem mesmo sabemos o porquê estamos nos sentindo bem em um local, certamente a causa é o conjunto de variáveis daquele es- paço gerando o conforto térmico. Esse aspecto é determinante para nosso bem-estar e produtivi- dade, afinal ninguém consegue produzir, nem relaxar em um ambiente muito quente ou muito frio. Estar desconfortável com a temperatura em um determi- nado espaço causa cansaço e irritabilidade, mas ainda é uma métrica relativa. Isso porque, para um brasileiro acostumado ao calor, 15 graus é considerado frio! E ele vai se proteger dessa temperatura com roupas e afins. Enquanto para um finlandês acostumado a baixas temperaturas, os mesmos 15 graus será agradável ou até mesmo calor. Além da temperatura com a qual o corpo está acostumado, outros fatores influenciam nessa sensação térmica como: temperatura interna, umi- dade do ar, temperatura radiante, taxa metabólica, seus níveis de vestimenta, dentre outros. A temperatura interna é algo que muitas vezes pode ser regulado pelo uso do ar-condicionado, e, portanto, ter ali a temperatura que se sente bem. No entanto outros fatores influenciam em qual será essa temperatura ideal. Em um local com muita umidade temos mais dificuldade de respirar, o que pode gerar um desconforto grande. Por isso o ar-condicionado também tem um papel importante ao conseguir desumidificar o espaço. Além disso, a temperatura radiante influencia, uma vez que ao receber as radiações so- lares, sentimos mais calor do que quando estamos na sombra. Veremos adi- ante como localizar os cômodos em um projeto a fim de ter essa temperatura radiante confortável. CONFORTO TÉRMICO 6 Outra taxa relativa é a taxa metabólica, ou seja, a atividade que será realizada dentro daquele ambiente, isso porque, quanto mais movimen- to, maior é a taxa metabólica e a necessidade de reduzir a temperatura do espaço para balancear com a alta temperatura interna do corpo. Em um es- critório onde todos estão sentados o ar-condicionado geralmente pode ter a temperatura mais alta do que em uma academia ou em uma indústria, onde são realizadas atividades com maior movimento. A taxa de vestimenta também influencia à medida que a quantidade de roupa, peso e tecidos delas geram mais ou menos calor no corpo humano. Também é importante pensar nisso em um escritório onde todos estão vesti- dos com terno e gravata. Se a temperatura interna não estiver regulada pen- sando para esse caso, ou se forem colocadas mesas na frente de uma janela onde bate sol o dia todo, certamente haverá um grande desconforto térmico. Por tudo isso, quando se vai projetar um ambiente, seja uma construção ou somente interiores é preciso levar em conta a situação dos usuários daquele espaço e das condições climáticas daquele local. A fim de se beneficiar do local onde o ambiente está inserido e se possa projetar de forma inteligente e eficiente. Para isso vamos ver como pensar o espaço de acordo com a orientação solar e a ventilação existente no local, além de como propor sistemas de vedação, fechamentos e escolher materiais que ajudem e estabeleçam para o conforto térmico dentro do espaço projetado. 7 ORIENTAÇÃO SOLAR A primeira coisa que é preciso analisar em um ambiente é a posição solar. O Brasil fica no hemisfério sul, então consideramos que o Sol nasce a les- te e se põe a oeste. Isso quer dizer que uma janela virada para o leste receberá o sol da manhã, que é mais ameno e agradável e estará sendo esquentada naturalmente nessa fase do dia. Já janelas viradas para o Norte recebem o sol na parte da tarde toda, sendo uma incidência mais forte. É importante entender isso para analisar o quanto de luz e calor aquele ambiente recebe de forma natural. Consideramos, de forma geral, ide- al colocar os ambientes de mais permanência entre a face Norte-Leste, pois assim ele vai receber a luz da manhã com o sol mais agradável. Já ambientes de pouca permanência podem estar virados para o Sul, que não recebe sol. É preciso tomar cuidado com essa face, pois ela tem tendência a ter mais mofo, já que não recebe sol em nenhuma hora do dia. 8 Quando vamos construir uma casa ou edifício essas noções são essenciais para um projeto de qualidade. Já quando estamos falando de apar- tamentos, onde não se pode escolher durante o projeto para que face será virado, é preciso, com essas informações em mãos, pensar em soluções para resolver ambientes que estejam mal localizados, por exemplo. Claro que também é importante levar em conta o clima do local, pois em cidades naturalmente quentes o ano todo essa face Oeste é ainda mais quente, sendo preciso pensar em soluções mais agressivas e, muitas vez- es, usar ar-condicionado mais forte do que se estivesse falando do mesmo ambiente voltado para a face Leste. Isso quer dizer que quanto mais forte for o sol que um determinadoambiente estiver recebendo, maior terá que ser o esforço por parte do projeto de arquitetura para deixar aquele ambiente confortável e refrigerado. 9 VENTILAÇÃO Pensar na ventilação natural que um determinado espaço recebe é importante para reduzir o custo energético de um projeto. Quanto mais e melhor for o vento que um ambiente recebe, menor será o esforço para deixá- lo refrigerado. Dentro desse tema é importante entender o que é a ventilação cru- zada e como fazer uso dela. Ventilação cruzada é quando se têm aberturas em um ambiente, dispostas em faces diferentes. Ou seja, pode-se ter uma janela em uma parede e, no mesmo ambiente, outra janela em outra parede, seja ao lado ou, ainda melhor, em frente. Isso faz com que haja troca constante do ar que se tem no interior da construção, obtendo ambiente mais frescos. Algumas vezes, com as portas abertas de um apartamento, por exemplo, o ar do quarto e da sala podem ser trocados com a ventilação cruzada, que cria uma corrente de ar, refrigerando toda a casa de uma forma mais geral. 10 Outra técnica usada em projetos é a ventilação natural induzida. Nesse sistema é usado a indução térmica, a fim de diminuir a temperatura do ar. Como o ar quente é mais leve, e o ar frio mais pesado, aqui, faz-se aberturas perto do solo e no teto, assim pela abertura de baixo o ar frio – mais pesado e por tanto localizado embaixo – entra no espaço e empurra o ar quente para cima – que sai pela abertura de cima próxima ao teto. E por último, temos ainda a opção de fazer uso do efeito chaminé. Nele é feita uma abertura na parte de cima do edifício, usando o mesmo princípio da ventilação induzida, pois o ar frio faz pressão no ar quente a fim de que ele saia pela abertura superior. No entanto nesse caso, a abertura está localizada no centro do edifício podendo até ser torres – tipo chaminés. 11 VEDAÇÃO Um dos mais importantes itens para o conforto térmico é a ve- dação da construção, ou seja, o que e como a construção é envelopada. Essa envoltória é capaz de separar e controlar o clima exterior e interior e, se bem pensado, pode resultar em um ambiente interno mais agradável naturalmente, reduzindo o esforço para climatização. Com isso o tipo de vedação vai impactar muito no conforto térmico da área interna. Todo componente construtivo tem um índice de transmitân- cia térmica, que significa o quanto de calor ele conduz de uma face até a out- ra do fechamento. Quanto mais baixo o nível de transmitância térmica, menos calor ele transmite. Pensando em um país como o Brasil, com temperaturas mais altas e sol mais quente, será benéfico escolhermos materiais com níveis de trans- mitância baixo para vedar nossas construções, a fim de que no interior tenha- mos espaços não tão quentes. TRANSMITÂNCIA TÉRMICA = U Exemplo de níveis em bloco cerâmico, bloco de concreto, e concre- to maciço: U= 2,61 W/m2•K U= 3,00 W/m2•K U= 4,19 W/m2•K 12 Ou seja, a alvenaria de concreto maciço é a que tem menos desem- penho térmico, no entanto, é a melhor em desempenho acústico. Não estamos nesse guia com foco em acústica, mas é importante entender que todos os as- pectos devem ser levados em conta para que, além do conforto térmico ter tam- bém conforto ambiental de forma geral. Outro ponto a se levar em conta é a cor da fachada. Se por exemplo, pintarmos a fachada da construção de preto, será preciso escolher um material que seja mais isolante. Isso porque as cores escuras absorvem o calor e, para que esse calor não entre na construção, será preciso um maior isolamento. Para entendermos o comportamento do vidro nos fechamentos é importante entender dois conceitos: o da condutância térmica e do fator solar. Condutância térmica é tudo o que um material conduz de calor para seu interior. Quanto maior condutância térmica, mais calor ele leva para o ambiente interno. Já o fator solar para os vidros funciona assim como os cremes que chamamos de protetor solar, quanto um determinado produto consegue nos proteger da irradiação solar. Falando em vidro, esse fator determina o quanto de irradiação solar é passada para dentro. O Vidro é um material que por si só não tem nenhum controle so- lar, deixando muito do calor e da radiação solar entrar no ambiente. Não à toa conhecemos como “estufa” aquele ambiente todo com fechamento em vidro, onde o calor passa e fica sem conseguir sair naturalmente. Esse vidro comum pode ter a aplicação de uma película reflexiva a fim de que a irradiação solar seja refletida para fora e não entre no ambiente. Isso, no entanto, gera uma perda enorme na claridade também. Mas existem algumas variações e evoluções do vidro comum. VIDROS E ESQUADRIAS 13 O vidro laminado consiste em dois vidros comuns com uma película entre eles, a PVB, o que dá mais segurança para o vidro que, mesmo se que- brar, estará preso pela película. Essa película, além de levar segurança, tam- bém serve como um isolante acústico, pois por ela passa menos sons do que por um vidro comum. Temos no mercado ainda a tecnologia LOW-E, que nada mais é que uma camada metálica aplicada em um dos vidros da composição laminada, fazendo com que o vidro absorva mais da irradiação e jogue de volta para o meio externo. Essa camada não pode estar em contato com o meio externo, por isso só pode ser aplicada sobre o vidro laminado – assim ela é aplicada no vidro na parte de dentro, conforme o esquema abaixo. Os vidros com essa camada low-e já são feitos de fábrica dessa forma, não é possível aplicar depois de instalado. É preciso tomar cuidado com a proporção que se deseja reduzir o fator solar de um vidro laminado, isso porque a luz também vai baixar, fazendo com que crie um ambiente mais escuro. Temos ainda o vidro duplo insulado. Assim como o laminado ele é composto por duas camadas de vidro, podendo até mesmo ter mais camadas. No entanto são separados por um perfil de alumínio com ar nessa cavidade. Isso faz com que o calor passado para a parte interna do ambiente seja imens- amente menor; assim como os sons também são mais bloqueados. Também pode existir vidro duplo insulado com a tecnologia LOW-E. 12 34 5 6 7 8 14 No Brasil, mesmo usando vidros insulados LOW-E, ainda se tem uma radiação alta chegando no vidro e, esse calor, apesar de não passar para o ambiente pelo vidro, é absorvido pelos fechamentos (concreto, etc). A tendência é que a noite esse calor entre para o ambiente, criando áreas mais quentes e sendo importante ter janelas que possam ser abertas. Em locais onde temos essa radiação solar grande, como no Brasil, não basta pensar na melhor eficiência do vidro, é preciso pensar em criar som- breamentos – como brises, beirais etc. – a fim de bloquear de fato a chegada da irradiação na fachada. 15 Agora vamos abordar algo determinante para um bom projeto de arquitetura ou interiores, os materiais. Temos o que chamamos de materiais frios e materiais quentes. Os materiais quentes - e a madeira devemos desta- car como o mais usado deles – tem baixa condutividade térmica, ou seja, não conduz a temperatura para quem toca nele. Já os materiais frios – como o metal – são condutores de temperatura. MATERIAIS Por essa razão os materiais que usamos em projetos de arquitetura sempre devem ser analisados de acordo com o local do projeto e o que ele precisa. Precisa um material para esquentar o espaço, use madeira. Se precisa mais frescor, use metais, porcelanatos etc. Outro material muito utilizado na construção é o drywall. Sabemos da rapidez para construção e da espessura mais fina. Mas, além disso, ele é extremamente eficaz para o conforto térmico de um ambiente. Isso porque ele tem uma camada de lã de rocha ou de vidro, sendo um regulador de tempera- tura (um material cheio de vantagens). 16 Outro item importante de observar para entender as necessidades de climatização de um espaço, são os equipamentos que ele terá. Ou seja, uma sala de 30m² que possui 5 estações de trabalho comcomputadores ligados o dia todo por si só já é mais quente do que a mesma sala no mesmo prédio que só possui uma televisão ligada eventualmente. OBSERVAÇÕES FINAIS A Climatização forçada, através de ar-condicionado, é hoje não só uma solução acessível e prática, mas também a mais efi ciente para que se regule a temperatura desejada para cada caso. Seja para resfriar ou para esquentar, o ar-condicionado irá atender, mas é preciso entender os conceitos passados a fi m de que se possa mais a frente nesse guia aprender a dimensionar essas demandas e as máquinas de ar-condicionado. SALA VAZIA 5m2 SALA COM EQUIPAMENTO 5m2 17 A Dufrio oferece soluções completas em refrigeração e ar- condicionado, oferecendo um atendimento de qualidade para auxiliar na escolha do equipamento. DUFRIO: SUA HISTÓRIA No início de 1997 com apenas 11 funcionários nasce a Dufrio Re- frigeração em Porto Alegre/RS com foco em vendas de peças de equipamentos Linha Branca. Em dezembro do mesmo ano já conquistou a abertura da pri- meira fi lial em São Paulo com mais 15 colaboradores. Em Julho de 2006 a alegria da abertura da primeira fi lial no nordeste em Recife/PE se ofuscou com um grande incêndio na Matriz em Porto Alegre, onde ninguém se feriu, mas foram perdidos todo o estoque e a estrutura do galpão. Com fortes parcerias comerciais de fornecedores e clientes, determi- nação de todos colaboradores, em 2007 deu-se início ao ano de reconstrução, iniciando trabalho em novas linhas de produtos como o ar-condicionado, che- gando assim em 2010 com mais de 1000 funcionários em todo o Brasil. Hoje com 24 anos no mercado, a Refrigeração Dufrio oferece soluções completas em refrigeração e ar-condicionado. Comprometida em surpreender os clientes e com a qualidade dos mínimos detalhes, a empresa aposta na personalização dos serviços e na transformação de ideias que pro- porcionam experiências únicas. Diferenciada e com espírito jovem, a Dufrio é referência no mercado e reconhecida pela inovação, trabalho sério, atitude e agilidade. Atualmente são mais de 2.100 colaboradores, mais de 20 fi liais aten- dendo todo o Brasil com um portfólio de mais de 15 mil itens. 18 SISTEMAS SISTEMA FAN-COIL Utilizado especialmente em ambientes muito grandes, como shoppings, prédios comerciais, hospitais, locais que precisam de um sistema forte de ar-condicionado, os Fan Coil conseguem refrigerar com muita potência, mantendo a temperatura do ambiente uniforme como um todo. Encontramos no mercado uma variedade de tipologias desse sistema, seja o Fan Coil Cassete, Duto, Hi Wall ou Zen, todos possuem um bom nível de conforto térmico e eficiência energética. 19 A refrigeração do FanCoil é através de uma serpentina que fica no interior da caixa; e sua saída pode ser através de um sistema dutado. Ou seja, um caminho de tubulação liga essa caixa de refrigeração até uma saída dentro do ambiente. Essa saída pode ser embutida no gesso aonde só se vê a grelha saindo. Em vez de fluido refrigerante, esse aparelho utiliza água para pro- mover a refrigeração. É ela que absorve o calor do ambiente, garantindo a refrigeração do espaço. O uso desse sistema se torna vantajoso também pelo seu baixo consumo de energia quando comparado a outros sistemas. FUNCIONAMENTO Duto de insuflamento Duto de retorno Caixa externa Para um acabamento mais clean a saída pode ser embutida no gesso, aonde só se vê a grelha saindo. 20 AR DE JANELA Extremamente fácil de instalar, o ar de janela só precisa de uma tomada e um buraco na fachada com ligação para a área externa. Como geral- mente os prédios já têm esse espaço pronto, basta colocar no lugar e ligar na tomada. Encontra-se no mercado máquinas de janela que vão desde 7.000 até 30.000 BTUs, o que é suficiente para a maioria dos ambientes residenciais. Pela grelha que fica virada para o ambiente a máquina retira o ar quente e joga para o exterior. Essa máquina deve ter uma leve inclinação para baixo no seu caixilho, nunca para cima, de 6 a 10mm. FUNCIONAMENTO 6-10mm Não se esqueça de conferir se tem tomada e qual a voltagem antes de comprar o seu equipamento! 21 Mais usado em ambientes residenciais, ele acabou perdendo es- paço para o Split. Continua sendo usado especialmente em edifícios onde não se pode usar condensadoras ou quando não se deseja realizar a obra necessária para infraestrutura do Split. AONDE USAR Para melhor refrigeração do ambiente o ideal é que as máquinas fiquem no alto, pois o ar frio desce e resfria o ambiente. Esse mesmo conceito você pode levar para a hora de posicionar as haletas da máquina. O ideal é que estejam direcionadas para cima. Atenção também a voltagem do equipamento e da sua tomada para que sejam compatibilizadas, no mercado você encontra ar-condicionado tanto 110V quanto 220V. LARGURA X PROFUNDIDADE X ALTURA 7.000 BTUs – 48 X 48 X 33 12.000 BTUs – 56 X 65 X 38 18.000 BTUs – 66 X 70 X 44 27.000 BTUs – 66 X 76 X 45 (medidas médias, podem variar entre modelos e marcas) Use o ar de janela em edifícios que não podem usar a condensadora. 22 AR PORTÁTIL Modelo que surgiu para ser usado em locais onde não se pode ter uma máquina na fachada, ou para quem não pode fazer as instalações necessárias para um Split. O ar portátil é uma máquina que pode se levar para diferentes ambientes e que geralmente é encontrada no mercado na modalidade até 14.000 BTUs, portanto é uma indicação para ambientes menores. CHECKLIST INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA INSTALAÇÃO DE AR-CONDICIONADO DE JANELA Tomada para ligar o aparelho (cuidar voltagem) Espaço para saída de ar desobstruída Afastamento mínimo de 50cm das paredes laterais Suporte de fixação (quando a instalação for na janela) “Buraco” na parede para colocação do aparelho Independentemente da escolha do modo de fixação do aparelho na parede (caixilho de madeira, caixa de concreto, diretamente na parede) ou na janela, a base de apoio deve ter 21cm de profundiade. 23 Utilize em ambientes menores onde não é possível fazer a instalação necessária para Split. Sempre planeje o local que a máquina vai ocupar na sua casa, já que ela é um elemento que fica no piso, incorporada aos móveis. Mangueira saída condensador Réguas ajustáveis para janelas Conector Aparelho portátil De forma muito similar ao ar de janela, o ar portátil também tem como objetivo retirar o ar quente do cômodo e jogar para fora. Para isso ele tem um tubo, geralmente de PVC, que se liga a máquina interna e a alguma janela para que assim o ar possa sair do ambiente. É importante verificar o diâmetro de abertura que a máquina pede quando for comprar esse tubo para garantir um encaixe perfeito e o bom funcionamento da máquina. FUNCIONAMENTO LARGURA X PROFUNDIDADE X ALTURA 12.000 BTUs – 35 X 70 X 34 (medidas médias, podem variar entre modelos e marcas) 24 SPLIT SPLIT HIWALL A tecnologia Split é a mais procurada atualmente. Esse tipo de ar vem ganhando capilaridade e se modernizando cada vez mais. Abaixo veremos algumas vertentes desse tipo de ar-condicionado. Com diversas opções de acabamentos e tamanhos, os splits HiWall são aqueles que têm sua unidade interna presa à parede – no alto dela, como o nome já diz. Eles são silenciosos, econômicos e seu uso já cresceu tanto que é comum encontrar prédios mais novos em que os apartamentos já são entregues com a infraestrutura pronta para recebê-los, bem como espaço Condensadora Evaporadora 25 pensado para a máquina externa. Como esse ar demanda uma infraestrutura maior do que os ares de janela, encontrar isso pronto é uma boa vantagem. Esse sistema é composto de 2 máquinas, uma interna – essa mais silenciosa e bonita – que chamamos de evaporadora; e uma unidade ex- terna – que essa sim, produz barulho e esquenta – e a ela chamamos de condensadora. Da evaporadora sempre sai uma mangueira – o dreno – e um tubo de cobre. Ela também pode precisar de um ponto de força para ser ligada – dependendodo modelo. Quando o equipamento funciona no modo ‘Quente’, a condensa- dora que sofre uma condensação de água do ar externo, em alguns casos é possível canalizar também essa condensação através de mangueira de dreno. Já o tubo de cobre vai desde a evaporadora até a condensadora fazendo a ligação dessas máquinas. FUNCIONAMENTO Tubulação de cobre 15cm pra instalar Vá para o capítulo posicionamento para saber os melhores locais para posicionar sua máquina na parede. Dreno leva a água da evaporadora para o ralo Splits são compostos por duas máquinas: a evaporadora e a condensadora. Por isso é necessário conferir se existe espaço adequado para abrigar ambas. 26 Sem o caimento correto do dreno, ou sem que ele consiga ser escoado corretamente, o funcionamento da máquina ficará prejudicado, podendo fazer com que não refrigere corretamente, dentre outros defeitos. Tubo de cobre liga a evaporadora até a condensadora. Geralmente são pedidos 3 metros de tubulação - sempre olhem no manual do fabricante. A medida mínima vai ajudar a distribuir a vibração do compressor fazendo com que não tenha barulho e funcione corretamente. 27 O Split hiwall é sistema mais procurado hoje em dia pela facili- dade de se integrar a ambientação do imóvel – é encontrado em diferentes cores como preto e prata – indo de 9.000 até 36.000 BTUS. AONDE USAR Harmonize o ar com a cor da sua parede para um efeito mais camuflado LARGURA X PROFUNDIDADE X ALTURA 9.000 BTUs EVAPORADORA – 75 X 20 X 26 CONDENSADORA – 72 X 23 X 48 12.000 BTUs EVAPORADORA – 84 X 20 X 30 CONDENSADORA – 71 X 23 X 48 18.000 BTUs EVAPORADORA – 100 X 23 X 32 CONDENSADORA – 79 X 30 X 58 24.000 BTUs EVAPORADORA – 100 X 23 X 32 CONDENSADORA – 79 X 30 X 62 30.000 BTUs EVAPORADORA – 100 X 23 X 32 CONDENSADORA – 90 X 33 X 83 MÉDIA DA CONDENSADORA REDONDA 45 X 55 H – 9.000 ATÉ 56 X 70 H – 30.000 BTUs (medidas médias, podem variar entre modelos e marcas) 28 CHECKLIST INFRAESTRUTURA NECESSÁRIA PARA INSTALAÇÃO DE AR-CONDICIONADO SPLIT Tubos de cobre (tubulação frigorífera) Disjuntor exclusivo para o aparelho de ar-condicionado Suporte para condensadora Tubulação com fiação elétrica Caixa de passagem para proteger as conexões Tomada para ligar o aparelho (cuidar voltagem) Válvula do ar condicionado split Tubos de pvc específicos para drenagem de água Bomba de vácuo (necessária para tirar o ar de dentro do aparelho) Os tubos de pvc devem estar ligados diretamente a rede pluvial da casa. No caso de piso teto é preciso fixar um suporte nos dois lados do aparelho. 29 O ar piso teto é um tipo de Split. Sendo assim ele possui uma unidade interna e outra externa (evaporadora e a condensadora). Seu fun- cionamento segue a mesma lógica dos demais modelos de split. FUNCIONAMENTO SPLIT PISO TETO O Split piso teto, como o nome já diz, pode ser instalado no piso ou no teto de forma sobreposta, nunca de embutir. Essa máquina costuma ter grande capacidade, sendo recomendados então para ambientes amplos ou com grande fluxo de pessoas. Por conta de sua instalação ser no teto ou no piso, o ideal é que se tenha um pé direito alto. Por sua capacidade alta de carga, o ar Piso-Teto é mais procura- do para ambientes grandes ou alta demanda de climatização; seja por conta de atividades mais intensas ou uma insolação mais forte. Como não existem ares Piso-teto com pequenas capacidades (9.000 BTUS por exemplo) ele não é indicado para áreas pequenas ou com baixa necessidade de refrigeração. AONDE USAR Utilize o Split Piso Teto em ambientes grandes ou que demandem muita climatização, mas cujo pé direito não é baixo. 30 SPLIT CASSETE Considerado mais discreto, o ar-condicionado cassete é instalado embutido em um forro de gesso. Ele é potente, silencioso e pode ter até 4 aletas para saídas de ar, permitindo que você distribua o ar em diferentes di- reções dentro do mesmo cômodo. LARGURA X PROFUNDIDADE X ALTURA 9.000 BTUs EVAPORADORA – 75 X 20 X 26 CONDENSADORA – 72 X 23 X 48 30.000 – 46.000 BTUs – 120 X 70 X 23 CONDENSADORA – 56 X 56 X 76 47.000 – 70.000 BTUs – 165 X 70 X 23 CONDENSADORA – 62 X 62 X 97 (medidas médias, podem variar entre modelos e marcas) Evaporadora Evaporadora 4 aletas Evaporadora 1 aletas Condensadora 31 Assim como o Hiwall e o Piso teto, o ar-condicionado Cassete é um tipo de Split e, portanto, seu funcionamento é bem similar aos anterio- res. É preciso atenção com o tamanho do rebaixo do teto para se certificar da viabilidade dele, pois especialmente os ares maiores precisam de mais rebaixo, chegando a ser necessário até 40cm de rebaixo para sua instalação. O cassete com uma haleta pode precisar de menos espaço, mas sua potência também é menor. Pelas haletas em volta da máquina o ar frio sai para refrigerar o local, enquanto pela ventilação central o ar quente entra para que seja levado à condensadora. Atenção ao posicionar a sua máquina para que o ar frio insufle por todo o ambiente e não fique mal distribuído! No capítulo de posicionamento você poderá ver os locais desejáveis para as máquinas. FUNCIONAMENTO Cassete convencional A 28cm A=2,2-5,00m 32 Cassete 1 aleta O cassete é um sistema muito usado tanto em áreas residenciais quanto comerciais. Em espaços amplos ele é muito indicado pela possibili- dade de se localizar no centro e refrigerar as áreas por igual. AONDE USAR É necessária uma altura grande para instalação dessa máquina, por isso ela só é sugerida para quem tem um bom rebaixo de gesso. Se você quiser um ar industrial pode deixar tudo aparente na mesma cor da laje. A 20cm A=2,2-5,00m 33 LARGURA X PROFUNDIDADE X ALTURA 4 ALETAS 18.000 BTUs EVAPORADORA – 57 X 57 X 26 CONDENSADORA – 45 X 55 X 57 24.000 BTUs EVAPORADORA – 84 X 84 X 20 CONDENSADORA – 45 X 55 X 70,4 36.000 BTUs EVAPORADORA – 84 X 84 X 25 CONDENSADORA – 62 X 62 X 76 46.000 BTUs EVAPORADORA – 84 X 84 X 28 CONDENSADORA – 62 X 62 X 96 56.000 BTUs EVAPORADORA – 91 X 91 X 28 CONDENSADORA – 62 X 62 X 96 1 ALETA 9.000 BTUs EVAPORADORA – 105 X 42 X 15 12.000 BTUs EVAPORADORA – 105 X 42 X 15 15.000 BTUs EVAPORADORA – 120 X 65 X 20 (medidas médias, podem variar entre modelos e marcas) ALTURA LARGURAPROFUNDIDADE 34 Com funcionamento exatamente igual ao Split Hi Wall ou Cassete, nesse caso todas as máquinas são ligadas a uma mesma condensadora por meio da tubulação de cobre. Na maioria dos equipamentos atualmente a alimentação elétrica é na unidade condensadora, mas deve ser confirmado com o manual do fabri- cante. FUNCIONAMENTO SPLIT MULTI O Split Multi é um equipamento composto de mais de uma evaporadora – até 5 unidades internas – ligadas a somente uma condensadora (unidade externa). Isso quer dizer que você pode instalar seu Split em diferentes ambi- entes, fazendo uso de somente uma unidade externa. Esse sistema é indicado especialmente para quem não tem espaço para diversos equipamentos na fachada ou área externa. É possível ligar somente uma máquina interna e ter somente 1 am- biente climatizado (ou todas ao mesmo tempo). No entanto é preciso atenção pois, se a condensadora quebrar ou apresentar algum defeito, nenhuma das máquinas vai funcionar. Além disso, se você precisar trocar uma delas, muito possivelmente será necessário trocar todas. Existe no mercado o Split Multi, tanto com evaporadoras Hi Wall quanto com Cassete. 35 INVERTER A tecnologia inverter é uma evolução dos motores dentro dos tipos de Split. Muito econômico – gastando até 60% menos de energia do que os tradicionais – o inverter tem um sistema que regula a temperatura do ambi- ente com mais precisão. O sistema e a velocidade do seu compressor fazem com que ele atinja uma temperatura desejada mais rápido, mantendo o ambiente regulado dentro dessa temperatura. Isso evita picos de voltagem, economizando ener- gia elétrica. Além disso, ele é mais silencioso e sua durabilidade é maior, já que o desgaste do compressor é menor. O Split Multi é a solução para quemnão tem espaço para diversas condensadoras na fachada ou área externa 36 A instalação desse tipo de ar demanda das mesmas coisas de um Split tradicional, mas, nesse caso, o motor após ligado reduz sua capacidade apenas para manter a temperatura do ambiente. FUNCIONAMENTO A tecnologia inverter gera mais conforto térmico, uma vez que não deixa o ambiente oscilando de temperatura. Além disso, gera economia de energia. Por essa razão a troca da máquina tradicional pela inverter é bastante desejada, mas deve-se sempre confirmar com um instalador se a infraestrutura existente é compatível com o sistema inverter. 37 VRF O sistema de climatização VRF é um sistema de fluxo de gás refrigerante variável. Isso é, ele contém um ar-condicionado central, onde o fluxo de gás refrigerante é variável. É uma alternativa a instalação de diversos aparelhos de ar-condicionado em diferentes ambientes e repartições internas. É portanto um tipo de sistema em que as unidades internas operam individualmente. Criado na década de 1980, o VRF foi criado para suprir a necessidade de climatização de áreas individuais sem exigir diversas condensadoras para garantia de funcionamento. Além disso, buscava-se um sistema cuja regulagem da frequência do fluxo de fluido refrigerante e sistema de expansão eletrônica em cada evaporador proporcionasse maior economia de energia e conforto. A vantagem desse tipo de sistema é o controle independente de temperatura entre os ambientes. Essa característica garante maior conforto ao usuário. Por isso seu uso é indicado para residências amplas, edifícios comerci- ais de médio e grande porte, hotéis, indústrias, hospitais e laboratórios. Ele também minimiza as perdas de eficiência, proporciona sustentabilidade e economia de energia e espaço. Se buscamos uma certificação LEED, o uso desse sistema se torna indispensável em projetos de grande porte. HIWALL CASSETE CASSETE DUTO CONDENSADORA 38 As evaporadoras se interligam com a condensadora da mesma for- ma que o Multi split, assim como é necessário o mesmo ponto elétrico para elas. A maior diferença desse sistema para o MultiSplit é que ele pode ser tam- bém dutado, e ter somente no ambiente uma grelha de saída. Outra diferença é a capacidade, uma máquina de Multi Split aguenta até 54.000 Btus enquanto a de VRF 249.000 Btus. Como seu custo é mais alto, vemos as máquinas de VRF sendo usa- das em ambientes comerciais assim como em residenciais de alto padrão. FUNCIONAMENTO As unidades operam indivualmente dando flexibilidade para quem quer ligar a refrigeração em somente um comodo, uma vantagem para quem quer um comodo com temperatura diferente do outro. 39 Além de toda infraestrutura mostrada aqui, é necessário atenção e mão de obra específica para instalar um equipamento corretamente. Uma máquina mal instalada pode parecer funcionar normalmente, mas sua vida útil, consumo de energia e até mesmo a garantia da pode ficar comprometida. Muitas máquinas possuem a função quente e frio, enquanto outras somente refrigeram. Se o apartamento fica em um local que faz frio é importante se atentar a isso para ter conforto térmico tanto no inverno quanto no verão. É importante se atentar a fachada e às regras do condomínio ao escolher uma máquina, já que a máquina externa muitas vezes precisa um local especifico. 40 Qual o tipo de uso do espaço (residencial, comercial, prática de atividade esportiva...)? ............................................................................................................................................ Como é a orientação solar? .......................................................................................... Quantas pessoas vão utilizar o espaço? .................................................................... Tem espera o aparelho de ar-condicionado? ........................................................... Qual a voltagem da alimentação elétrica? ............................................................... Qual a capacidade elétrica do espaço? ..................................................................... Tem disjuntor exclusivo para o ar condicionado? ................................................... Tem tomada para ligar o aparelho? .......................................................................... Tem espaço para condensadora? Se sim, cabem quantas? ................................... Para escolher o aparelho adequado precisamos entender como é esse ambiente. Como é a ventilação? .................................................................................................... Quantos equipamentos eletrônicos vão ser utilizados nesse espaço? ............................................................................................................................................ Qual a demanda de climatização (esfriar, esquentar ou ambos)? ............................................................................................................................................ O local é bem vedado? .................................................................................................. Qual a área do Ambiente? ............................................................................................ 1. AMBIENTE: 2. NECESSIDADES: 3. ESTRUTURA PARA AR-CONDICIONADO: CHECKLIST PARA ESCOLHA DE APARELHO DE CLIMATIZAÇÃO Instale a condensadora num local bem ventilado e longe de gás inflamável! Se a instalação for num edifício, confira a regra do condomínio antes de escolher o local da condensadora. 41 UNIDADES DE MEDIDAS Quando falamos de ar-condicionado a unidade de medida usada para medir a capacidade e potência das maquinas é BTU – sigla para British Termic Unit, ou unidade Térmica Britânica. Quanto mais BTU´s, maior a capa- cidade e mais potente ele será. Um aparelho com maior potência terá as seguintes características: Na hora de especificar um ar-condicionado para um determinado ambiente devemos nos atentar tanto para o modelo do aparelho quanto a quantidade de BTUs que ele terá. A escolha correta vai impactar tanto no valor do aparelho adquirido quanto no valor da conta elétrica do seu cliente. Além dos BTUs existe outra unidade de medida mais usada para equipamentos de grande porte, a TR. TR significa Tonelada de Refrigeração e observamos mais o uso dela em o fan-coils e chillers. Em aparelhos com 60.000 BTUs ou mais o TR é a unidade de medida utilizada. ● Maior rapidez de resfriamento; ● Mais conforto para os ambientes; ● Potência maior ao lançar o ar no ambiente; ● Maior alcance do ar nos espaços; ● Uma melhor experiência com seu produto. ! ATENÇÃOUm ar-condicionado com menos BTUs do que o recomendado no cálculo não é adequado. Isso porque a longo prazo desgastes nas peças vão ocorrer em função do esforço exagerado. Esses problemas vão acarretar o mau funcionamento e a diminuição da vida útil do aparelho. Além disso, ele vai gastar mais energia do que o necessário, apesar de ser de menor potência. 1 TR = 12.000 BTU/H 42 O HP (maiúsculo) em refrigeração que determina capacidade de Climatização térmica é diferente do hp (minúsculo) que determina potência de motores (horse power). O HP em Climatização é uma criação japonesa, assim como o BTU pros britânicos. 1 HP = APROXIMADAMENTE 0,8 TR 1 HP = APROXIMADAMENTE 9.600 BTU/H 1 HP = APROXIMADAMENTE 2.429 KCAL/H 1HP = APROXIMADAMENTE 2.814 KW CÁLCULO DE CARGA Para se calcular a carga do seu ar-condicionado são necessários levar em conta os seguintes aspectos: Tamanho do ambiente Quanto maior o ambiente maior a potência necessária para o ar- -condicionado. No entanto outros fatores são determinantes também, como vamos ver abaixo Pé direito Quanto mais alto o pé direito do ambiente, mais o ar se dissipa e portanto maior a carga necessária para refrigerar aquele espaço Cada HP (Horse-power/cavalos-vapor) equivale a 2,545 BTU/h. Multiplicandoo número de HP por 2,545 teremos a medida de BTU/h. 43 Vãos abertos Muitas vezes se esquece de considerar vãos que ficam abertos, mas eles também fazem com que o ar escape. Exemplo: em uma sala de estar que tem um corredor para os quartos aberto deve se atentar para espaço que passa a fazer parte da área total. Se possível use portas para fechar o corredor e economizar o ar do ambiente. Se não for possível nunca posicione o ar ao lado dos vãos, isso vai diminuir muito a eficiência da sua refrigeração. Incidência solar Como já explicamos anteriormente, uma fachada que recebe um sol forte e continuo deve ser considerada, pois ela vai precisar de mais po- tência para refrigerar o espaço. Bem como a localização do imóvel, já que no Brasil temos locais extremamente quentes o ano todo enquanto outros só tem temperatura elevada no verão. Quanto mais quente naturalmente aquele ambiente é, mais BTUs serão necessários para refrigerar o espaço. 44 Pessoas Nós seres humanos emitimos calor, e por isso tanto a quantidade de pessoas que irão usar o espaço quanto a atividade que estarão fazendo são relevantes para esse cálculo. Se é um projeto corporativo com diversos funcio- nários trabalhando, esse é um dado relevante. Agora se é uma indústria, ou academia, aonde além de ter uma quantidade relevante de pessoas, ainda es- tão exercendo atividades mais energéticas isso também deve ser considerado. Iluminação Historicamente a iluminação artificial de um ambiente sempre foi algo de muito impacto, já que lâmpadas esquentam. Com a tecnologia de lâm- padas de LED esse calor é muito menor, no entanto ainda é preciso considerar esse aspecto para entender qual carga um ambiente irá precisar. Equipamentos internos Extremamente importante para se calcular a potência necessária ao ar-condicionado, pois equipamentos de forma geral esquentam, alguns mais outros menos. Por isso é importante considerar quantos e quais equipa- mentos tem ali, bem como sua potência. Uma sala com cozinha aberta tem que considerar todo o calor emi- tido pelos equipamentos da cozinha, bem como um escritório com diversos computadores funcionando o dia todo. Aqui a máquina muito próxima dos equipamentos eletronicos terá sua refrigeração comprometida pelo calor gerado pelos equipamentos. 45 Aqui a máquina está posicionada mais distante dos equipamentos, de forma que o calor gerado por eles não atrapalhe a refrigeração do ar-condicionado. Aqui a máquina esta posicionada mais longe dos equipamentos de forma que o calor gerado por eles não atrapalhe a refrigeração do ar condiconado. 46 Carga sensível ORIENTAÇÃO SOLAR + TIPO DE FECHAMENTO + ILUMINAÇÃO + PESSOAS (número de pessoas e atividade) + EQUIPAMENTOS INTERNOS (carga deles) Carga latente PESSOAS (número de pessoas e atividade) + EQUIPAMENTOS INTERNOS (carga deles) Carga de ar externo CARGA SENSÍVEL DO AR EXTERNO + CARGA LATENTE DO AR EXTERNO Esse é um cálculo que envolve diversas variantes, bastante com- plexo. Para facilitar e encurtar o processo existe uma calculadora disponível no site da Dufrio, você pode acessar pelo QR CODE. 47 CALCULADORA DE CARGA DUFRIO Antes de comprar o aparelho, observe bem o ambiente e suas condições. Consulte um profi ssional da área para fazer a escolha certa. 48 POSICIONAMENTO Escolher a posição errada para posicionar a máquina de ar- condicionado pode acabar com a refrigeração do espaço. A posição dele é importante para que o ar seja distribuído por todo o espaço da mesma forma e assim obter o conforto térmico. Quem já viu em um escritório as pessoas brigando para sair de uma baia que é fria demais? Isso também vale para residências, nunca é agradável, nem saudável, ter o ar batendo diretamente nas pessoas. Para ar-condicionado de janela não tem muito mistério, já que ele tem que ser posicionado na própria janela. Aqui a dica é instalar no alto para que o ar frio desça para o ambiente. Se a janela for muito grande é importante pensar em qual parte do ambiente quer deixá-lo. Para uma distribuição de ar mais equilibrada o ideal é colocar no centro do ambiente. O ar-condicionado posicionado mais alto e no meio do ambiente vai fazer com que o ar se distribua melhor. O ar-condicionado embaixo precisa um esforço maior para refrigerar todo o cômodo. 49 Já quando falamos de máquinas Split de parede geralmente as pos- sibilidades são muitas, e é sempre preciso analisar o formato do espaço. É im- portante que não posicione de forma a deixar o ar ir diretamente nas pessoas em áreas de permanência, por isso um local muito indicado para quartos é logo acima da cama, e na sala logo acima do sofá. No entanto em áreas muito compridas pode ser melhor colocar em uma das menores paredes a fim de que o ar seja insuflado para todo o ambiente. Lembrando que acima da cama também é uma ótima opção para que o ar não fique em cima das pessoas. Outra ideia para posicionamento é colocar acima das portas, geralmente são áreas ociosas, não atrapalham a decoração e, na maioria das vezes, as camas não ficam viradas logo na frente deles! 50 Assim como falamos para ar de janela, para os splits também costuma-se sugerir que o ar ocupe o meio de uma das paredes voltado para a maior área do cômodo para assim espalhar o ar por igual. Ar centralizado distribui melhor a refrigeração; acima do sofá garante que não ficará o ar frio direto em quem está sentado. 51 Já para explicar sobre o cassete, o raciocínio segue o mesmo no en- tanto são instalados no rebaixo do gesso. Existem os cassetes de 4 aletas – que nesse caso deve ficar no centro do ambiente assim podemos posicionar cada aleta para um lado e refrigerar o cômodo como um todo; e os cassetes com somente uma grelha. Nesses casos também deve ser centralizado na largura ou na profundidade, mas no outro sentido é ideal que se coloque em algum canto, assim ele irá insuflar o ar para o centro da maior área do cômodo. E tam- bém existe o cassete de 1 aleta central, que nesse caso o ar deverá ser posicio- nado em um canto para que possa insuflar a refrigeração para todo o cômodo. Cassete de 4 aletas com o ar direcionado para todos os lados do ambiente. Cassete de 1 aleta com o ar direcionado sendo insuflado para todo o cômodo. 52 Essa posição do ar-condicionado fará com que a área mais perto da janela fique menos refrigerada, além de correr o risco de ir vento frio em cima de quem está sentado no sofá ou poltrona. Essa posição mais centralizada no ambiente faz com que o ar seja melhor distribuído, tendo tanto a área de jantar quando a de estar com a ven- tilação correta. Além disso, a posição na parede em cima do sofá garante que quem está sentado não será incomodado pelo ar frio, batendo diretamente. 53 ONDE POSICIONAR SEU SPLIT – SALA DE ESTAR Sempre é indicado posicionar o ar centralizado no ambiente, garan- tindo uma refrigeração homogênea do espaço. Evite colocá-lo de frente para o sofá. Colocar o ar de forma tão distante da janela faz com que justamen- te a área de estar (próxima à janela) fique com pouca refrigeração. Outro erro é posicionar o aparelho de tal forma que a corrente de ar fique na direção de quem está sentado. 54 ONDE POSICIONAR SEU SPLIT – HOME OFFICE Posicionar seu aparelho sobre a porta é uma ótima solução para quem quer deixá-lo mais discreto no ambiente. Mas cuidado, se seu local de trabalho for paralelo a porta essa localização não é adequada. Posicionar seu aparelho na mesma parede que seu local de traba- lho é uma ótima solução para garantir um ambiente refrigerado. Dessa forma a refrigeração não fi ca diretamente em você, criando maior conforto. Sempre evite posicionar o split de frente para área de trabalho. 55 ONDE POSICIONAR SEU SPLIT – QUARTO DE SOLTEIRO Quartos com cama e espaço de trabalho exigem cuidado redobra- do na hora de posicionar o ar. O aparelho sobre a cama e sem estar direta- mente de frente para a área de estudo garante umarefrigeração agradável. Mas cuidado, se o aparelho for posicionado de frente para área de estudo, criará um ambiente desagradável para estudar. Com ar vindo direta- mente nas costas de quem estiver na cadeira. Outro erro é por o aparelho de frente para a cama. Dessa maneira a área da cama fi ca recebendo o ar diretamente, causando desconforto. 56 ONDE POSICIONAR SEU SPLIT – QUARTO DE CASAL No quarto o recomendado é nunca posicionar o aparelho direta- mente em frente a cama. No layout acima é possível colocar o aparelho sobre a porta, garantindo o conforto do ambiente e mantendo o aparelho num local menos visível. O aparelho na parede da cama também é uma solução bastante utilizada e adequada. A cama é um local de descanso, portanto ter o ar diretamente so- bre o local onde dormimos causa desconforto. Por isso, não é recomendável colocar o ar de frente para a cama. 57 ONDE POSICIONAR SPLIT – QUARTO DE BEBÊ Quando escolhemos a posição do ar-condicionado do quarto do bebê devemos tomar bastante cuidado. O recomendado pelos especialistas é nunca colocar o berço próximo ao aparelho (ou virado para a corrente de ar). Outro cuidado é com a posição do trocador. O ideal é que a corren- te de ar não esteja de frente para ele. 58 @arqexpress @clubarqexpress @dufriorefrigeracao arqexpress.com.br dufrio.com.br
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