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301
Denominamos urbanização o crescimento da popu-
lação urbana em ritmo superior ao da população rural, ou
seja, o aumento da participação da população urbana na
população total de um lugar. É importante considerar que o
crescimento natural ou vegetativo da população rural é su-
perior ao da população urbana, sendo assim, para ocorrer
a urbanização é necessário ocorrer o êxodo rural.
A FORMAÇÃO DAS CIDADES NO BRASIL
A partir do início da colonização, em 1530, foram cri-
adas uma série de vilas e cidades, sendo os destaques
iniciais, Olinda (1537), Salvador (1549), São Paulo (1554)
e Rio de Janeiro (1565).
Esse processo acompanhou a expansão econômica
da colonização, com destaque inicial para o Nordeste, com
a produção açucareira, posteriormente as Minas Gerais,
com a mineração e, assim sucessivamente.
Este mapa histórico mostra as primeiras vilas e cidades
do Brasil colônia, a maioria localizada nas áreas litorâneas,
já que foram fundadas pelos primeiros colonizadores,
que mantinham forte ligação com a metrópole.
Uma característica marcante na criação das cidades
no período colonial brasileiro foi o amplo predomínio da lo-
calização litorânea que levou o Frei Vicente de Salvador à
famosa expressão em 1627: "... os portugueses, que, sen-
do grandes conquistadores de terras, não se aproveitam
delas, mas contentam-se de as andar arranhando ao longo
do mar como caranguejos".
Observe no mapa a seguir a distribuição das princi-
pais cidades brasileiras no século XVII.
Fonte: A urbanização Brasileira- Santos, Milton. Pág.21
PARTE VII:
A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
UNIDADE 01:
• A FORMAÇÃO DAS CIDADES NO BRASIL
• O MOVIMENTO DE TRANSIÇÃO CAMPO CIDADE
• A INDUSTRIALIZAÇÃO E A ACELERAÇÃO DA
URBANIZAÇÃO
302
Para tentarmos compreender melhor essa distribuição da ocupação observe o trecho a seguir:
 A mineração teve grande importância na expansão de cidades e vilas no Brasil devido ao caráter urbano dessa
atividade econômica e a sua localização no interior.
"Duas ordens de fatores presidiram as limitações do estabelecimento do europeu durante o século XVI dentro da
faixa litorânea: uma relacionada com as própria circunstâncias da natureza histórica que envolveram os primórdios do
povoamento;outra, de natureza essencialmente geográfica. A primeira explica-se pelo interesse mercantilista da épo-
ca, a que não fugiram os portugueses. Estes instalaram-se na costa com feitorias, núcleos de escambo com o objetivo
de aproveitar os produtos da terra. O comércio foi o móvel dos que aqui se fixaram, o Atlântico sendo utilizado como via
de passagem, elo de união com a metrópole, a Pátria para onde olhava a colônia nascente. A segunda refere-se aos
entraves representados pelas condições físicas, o relevo particularmente, que tornaram difíceis as tentativas de pene-
tração".
(PETRONE, P. Povoamento e colonização.)
A ECONOMIA E O TERRITÓRIO NO SÉCULO XVII
303
O MOVIMENTO DE TRANSIÇÃO CAMPO CIDADE
O processo de urbanização no Brasil se intensifica a
partir do final do século XIX. Em 1872 a população urbana
representava 5,9% do total subindo para 6,8% em 1890 e
9,4% em 1900, demonstrando uma alteração no ritmo de
crescimento.
Para percebermos o impacto dessas expansão nas
principais cidades observe o total da população das princi-
pais áreas urbanas no país.
 A expansão das áreas urbanas tem como causa
principal a intensificação do deslocamento do campo para
a cidade determinada por algumas crises de produção no
campo e pelo próprio crescimento da economia cafeeira, já
que o avanço do transporte ferroviário para escoamento do
produto, com o aparelhamento do porto de Santos, benefi-
ciou, o posterior investimento na indústria e, com esta, o
desenvolvimento do setor urbano.
As cidades passam a centralizar a economia, exigin-
do o aparelhamento e a construção de infraestrutura ade-
quadas para isso. Ampliam-se os serviços e a população,
incluindo-se os imigrantes, que vão servir de mão-de-obra
para atividades mais especializadas
A INDUSTRIALIZAÇÃO E A ACELERAÇÃO DA URBANIZAÇÃO
A expansão da industrialização no mundo e no Brasil
tornou mais complexa a divisão social e territorial do traba-
lho, afetando diretamente a dinâmica das relações sociais
e as interações da sociedade com o espaço. Pode-se afir-
mar que a industrialização foi o motor do processo de de-
senvolvimento da sociedade brasileira, que esteve associ-
ado à modernização do campo e à urbanização.
Durante o século o século XX há a consolidação do
processo de urbanização e ocorre definitivamente a transi-
ção brasileira de um país agrário-exportador para um país
urbano-industrial.
Como vimos anteriormente , períodos como a Era
Vargas, o governo JK (1956-1960) e o Milagre Econômico,
durante a Ditadura Militar, são marcados por uma grande
expansão industrial, ampliando, consequentemente, o fas-
cínio urbano e a capacidade de atração das cidades.
Além disso, a mecanização do campo e a grande con-
centração fundiária funcionaram como fatores de repulsão
no campo ampliando o êxodo rural, como você pode obser-
var nos gráficos a seguir:
Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
Estação de Paranapiacaba.
Arquivo fotográfico.
(Maria Ciavatta. “O mundo do trabalho em imagens”.
Rio de Janeiro: DP&A, 2002. P. 113)
BRASIL - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO (1940 - 2000)
Como você viu, o ritmo de crescimento da população
urbana é muito rápido, e nosso país vivenciou, principal-
mente a partir da década de 50 quando a atividade industri-
al ficou mais intensa, um dos mais velozes processos de
urbanização do planeta.
 A intensidade do êxodo rural é incontestável, porque
o campo, apesar de ter um crescimento natural ou vegetativo
maior que o da cidade, teve um crescimento total muito
pequeno ao longo do século, tendo ficado com a popula-
ção estagnada em cerca de 40 milhões de pessoas en-
quanto a população urbana disparou. A velocidade do pro-
cesso fez com que a partir da década de 70 o meio rural
brasileiro tivesse não apenas redução na sua participação
mas também na sua população absoluta.
304
Como nossa urbanização teve uma relação direta com
a expansão da atividade industrial, houve grande variação
no ritmo pelas diversas regiões do país, com maior veloci-
dade no Sudeste e menor no Nordeste, onde outros fato-
res, como a estagnação econômica e o conservadorismo
associado ao domínio histórico da região por uma elite po-
lítica arcaica, contribuíram para uma menor velocidade do
processo. No entanto, como você pode observar na tabela
a seguir, atualmente todas as regiões brasileiras têm popu-
lação predominantemente urbana.
Além da Região Sudeste, o Centro-Oeste possui um
percentual de população urbana muito elevado, que pode
ser explicado pela forma como ocorreu a expansão da fron-
teira agrícola nas últimas décadas baseada em grandes
propriedades mecanizadas que determinam uma pequena
quantidade de pessoas no meio rural.
Um comentário importante acerca do processo urba-
no no Brasil envolve o critério para a definição das cidades.
No nosso país, qualquer comunidade urbana caracteriza-
da como sede de município é considerada uma cidade, in-
dependentemente de seu número de habitantes, densida-
de demográfica ou tipo de atividades econômicas.
Esse critério faz com que várias áreas, que possuem
na verdade características rurais sejam definidas como ur-
banas, inflando nossos dados. Sendo assim, apesar do Bra-
sil ter tido uma dos mais rápidos processos de urbanização
do planeta e ser atualmente um país de amplo predomínio
urbano, nossos números possuem alguma distorção.
O BRASIL É MENOS URBANO
 DO QUE SE CALCULA
" [...] a partir de 1991 o IBGE definiu três categorias
de áreas urbanas (urbanizadas, nãourbanizadas e urba-
nas-isoladas) e quatro tipos de aglomerados rurais (ex-
tensão urbana, povoado, núcleo e outros). Todavia, em
vez de abolida ou amenizada, acabou sendo fortalecida
pela nova nomenclatura essa rígida e vetusta conven-
ção de que toda sede de município é necessariamente
espaço urbano, seja qual for sua função, dimensão ou
situação.Nada disso teria muita importância de fossem
poucos os casos de sedes municipais que exercem irri-
sória pressão antrópica sobre ecossistemas pouco
artificializados, às vezes quase intocados. No entanto, a
grande maioria dos municípios brasileiros tem essas ca-
racterísticas. Basta dizer que em 70% deles as densida-
des demográficas são inferiores a 40 hab./Km2 , enquanto
o parâmetro da OCDE para que uma localidade seja
considerada urbana é de 150 hab./Km2.
POPULAÇÃO RURAL E
URBANA DO BRASIL: 1950 - 2000
305
Por este critério, apenas 411 dos 5.507 municípios
brasileiros existentes em 2000 seriam considerados ur-
banos. [...]
A distorção chega a tal ponto, que mesmo popula-
ções indígenas ou guardas florestais de áreas de pre-
servação são considerados urbanos, caso suas ocas ou
palhoças estejam no interior do perímetro de alguma sede
municipal ou distrital.
São inúmeros os casos de municípios com popula-
ção irrisória e ínfima densidade demográfica, mas com
altíssima 'taxa de urbanização'. Por exemplo, municípios
como Ipuá (SP), Paranapanema (PR), Itapoá (SC) ou Mi-
nas do Leão (RS) têm menos de 12 mil habitantes e me-
nos de 35 por km2 , mas 'taxa de urbanização' superior a
90%. Isso para não citar municípios como Vitória do Jarí
(AP), com 8.850 habitantes, 0,3 por km2 , mas 80% de
'urbanização'."
VEIGA, J.E. O Estado de São Paulo.
30 de junho de 2001
COMO RECONHECER UMA CIDADE?
 17-06-02
 [Bom senso prefere critérios funcionais, aos
estruturais, para determinar o que é urbano e rural]
[Até tribos foram consideradas urbanas pelos
Censos feitos entre 1940 e 2000]
 Saborosa nota intitulada "Urbano ou Rural?" foi des-
taque da coluna Radar, assinada por Lauro Jardim na
revista Veja. Ela apresenta o caso extremo de União da
Serra (RS), município de 1900 habitantes dos quais 286
são considerados urbanos por residirem na sede do
município, ou nas sedes de seus dois distritos. A investi-
gação da revista apontou as seguintes evidências:
a) "a totalidade dos moradores sobrevive de rendi-
mentos associados à agropecuária";
b) "a 'população' de galinhas e bois é 200 vezes
maior que a de pessoas";
c) "nenhuma residência é atendida por rede de es-
goto";
d) "não há agência bancária".
Os comentários não poderiam ser melhores. De-
monstram que o bom senso sempre dá preferência aos
critérios funcionais, em vez de estruturais, quando a ques-
tão é determinar se parte de um município como União
da Serra pode ser considerada urbana. Ao fazer pergun-
tas sobre a base das atividades econômicas dos mora-
dores, e sobre a existência de esgoto ou de agência
bancária, a reportagem revela que não é razoável o cri-
tério estrutural em vigor segundo o qual urbano é todo
habitante que reside no interior dos perímetros delinea-
dos pelas Câmaras Municipais em torno de toda e qual-
quer sede de município ou de distrito. Infelizmente é as-
sim que o Brasil conta a sua população urbana desde o
auge do Estado Novo, quando Getúlio Vargas baixou o
decreto-lei 311/38. Até tribos indígenas foram conside-
radas urbanas pelos censos demográficos realizados en-
tre 1940 e 2000.
Outra prova de que o bom senso dá preferência a
critérios funcionais é o contraste entre o que ocorre aqui
e no exterior. Para explicar como costuma ser feita a
classificação territorial das populações no resto do mun-
do, o exemplo mais próximo é o da nação que colonizou
este imenso país. Por lei aprovada há vinte anos pela
Assembléia da República de Portugal, uma povoação
só pode ser elevada à categoria de vila se possuir pelo
menos metade de oito equipamentos coletivos:
a) posto de assistência médica;
b) farmácia;
c) centro cultural;
d) transportes públicos coletivos;
e) estação dos correios e telégrafos;
f) estabelecimentos comerciais e de hotelaria;
g) estabelecimento que ministre escolaridade obri-
gatória;
h) agência bancária.
Pela mesma lei, uma vila só pode ser elevada à
categoria de cidade se possuir, pelo menos, metade de
dez equipamentos coletivos:
a) instalações hospitalares com serviço de perma-
nência;
b) farmácias;
c) corporação de bombeiros;
d) casa de espetáculos e centro cultural;
e) museu e biblioteca;
f) instalações de hotelaria;
g) estabelecimento de ensino preparatório e se-
cundário;
h) estabelecimento de ensino pré-primário e
infantários;
i) transportes públicos, urbanos e suburbanos;
j) parques ou jardins públicos.
E além desses critérios funcionais, há uma prelimi-
nar eliminatória: para que seja vila a povoação deve
contar com mais de 3 mil eleitores em aglomerado
populacional contínuo. E para ser elevada à categoria
de cidade a exigência mínima é de 8 mil eleitores.
São poucos os municípios brasileiros nos quais se
podem encontrar 8 mil eleitores em aglomerado
populacional contínuo. E mais raros ainda são os aglo-
merados populacionais que possuem alguns dos dez equi-
pamentos coletivos que definem as cidades portuguesas.
É absolutamente compreensível que poucos saibam que
um terço da população brasileira é rural e que essa pro-
porção poderá não diminuir nas próximas décadas. To-
dos somos vítimas da ficção oficial de que o Brasil será
100% urbano antes de 2030. Mas ninguém tem o direito
de desconhecer as imensas desigualdades que hoje exis-
tem entre o Brasil urbano e o Brasil rural.
José Eli da Veiga é professor titular da FEA-USP
e secretário do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Rural Sustentável (CNDRS). Home page:
www.fea.usp.br/professores/zeeli/
306
01 Descreva o que é êxodo rural.
02 O que é urbanização?
03 Identitifique algumas cidades ou vilas criadas no Bra-
sil no século XVI.
04 Qual é a macro região brasileira com maior índice de
população urbana? Qual é a menor?
05 O que define uma áreas como urbana no Brasil?
06 Ao que se refere a frase: "os portugueses, que, sen-
do grandes conquistadores de terras, não se aprovei-
tam delas, mas contentam-se de as andar arranhan-
do ao longo do mar como caranguejos" ?
01 (ULBRA) "O município está assentado sobre a borda
da bacia sedimentar do Paraná, tendo como
embasamento rochas antigas tais como xisto e
gnaisses do Grupo Araxá (PréCambriano)."
Sociedade & Natureza, Uberlância, dez./1989
O trecho acima define:
(A) o sítio urbano do município;
(B) o sítio urbano e a situação urbana do município;
(C) a situação urbana e a origem do município;
(D) a posição geográfica do município;
(E) a situação no contexto regional do município.
02 (FATEC) Considere as afirmações sobre a urbaniza-
ção brasileira.
I. Embora os números referentes ao processo de
urbanização possam conter algumas distorções,
resultantes das metodologias utilizadas, é ine-
gável l que entre as décadas de 1950 até 1980
o Brasil passou de forma intensa por esse pro-
cesso.
II. No início da ocupação do território brasileiro,
houve grande concentração de cidades na re-
gião Sudeste. Esse fenômeno está associado
ao processo industrial, que teve seu maior de-
senvolvimento nessa região.
III. Num mundo cada vez mais globalizado, há um
reforço do papel de comando de algumas cida-
des globais na rede urbana mundial, como é o
caso de São Paulo, importante centro de servi-
ços especializados.
Está correto o que se afirma em:
(A) I, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
03 (PUC-MG) Observe atentamente o gráfico e, a seguir,
assinale a afirmativa INCORRETA.
(A) O maior equilíbrio entre população rural e urba-
na verificou-se no final dos anos 60.
(B) O declínio da população rural acentuou-se sig-
nificativamente a partir de meados dos anos 70.
(C) O ritmo de crescimento da população rural e ur-
bana promoveu um desequilíbrio cada vez mais
acentuado entre elas, a partir da década de 70.
(D) O ritmo de crescimento da população total tor-
nou-se superior ao da população urbana a par-
tir de meados da década de 90.
04 (UNIFAL) Leia as afirmativas a seguir.
I. O êxodo rural é uma das causas da urbaniza-
ção acelerada que acarreta, entre outros pro-
blemas, o aumento do desemprego e crescimen-
to do setor informal das cidadesnos países de
industrialização tardia.
II. O crescimento da taxa de urbanização implica
uma acentuada melhoria nas condições de vida
da população dos países subdesenvolvidos.
III. O aumento das favelas, dos loteamentos clan-
destinos e da população sem-teto pode ser
apontado como consequência do êxodo rural e
da crescente urbanização.
Com base nessas afirmativas sobre urbanização,
marque a alternativa correta.
(A) Apenas I e II estão corretas.
(B) Apenas I e III estão corretas.
(C) Todas as alternativas estão corretas.
(D) Apenas III está correta.
05 (UECE) Enquanto na maioria das regiões do Brasil
as primeiras vilas e cidades surgiram no litoral (Igaraçu
e Olinda, em Pernambuco; Vila do Pereira, Ilhéus,
Santa Cruz e Porto Seguro, na Bahia, e São Vicente,
Cananeia e Santos, em São Paulo), no Ceará, os
povoados e as primeiras vilas surgiram tanto no lito-
ral (Aquiraz em 1700 e Fortaleza, ocupada desde 1603
e elevada à categoria de vila em 1726) quanto no in-
terior (Icó, colonizada desde 1683 e elevada à cate-
goria de vila em 1738).
307
Com relação a esses fatos, é INCORRETO dizer que
(A) a existência de uma atividade econômica rele-
vante no interior do Ceará - a pecuária bovina -
contribuiu para que vilas surgissem também lon-
ge do litoral.
(B) desde o início, enquanto a colonização se
interiorizava no restante do Brasil, no Ceará ela
somente ocorreu com a cultura do algodão no
século XIX.
(C) nos primeiros momentos da colonização, a pro-
dução açucareira, realizada próxima ao litoral,
bem como o comércio de exportação deste pro-
duto, fizeram com que a maioria das vilas e ci-
dades se desenvolvessem na zona litorânea.
(D) as relações entre as atividades econômicas e a
urbanização da colônia são determinantes para
o processo de povoamento e interiorização da
colonização brasileira.
06 São cidades que surgiram no período das expedições
militares, exceto:
(A) São Vicente
(B) Filipeia de Nossa Senhora das Neves
(C) Forte dos Reis Magos
(D) Fortaleza de São Pedro
(E) Forte do Presépio
07 (PUC-RIO) A aventura da colonização empreendida
pela Coroa de Portugal, nas terras da América, entre
os séculos XVI e XVIII, expressou-se na constituição
de diversas regiões coloniais. Sobre essas regiões
coloniais, estão corretas as seguintes afirmativas COM
EXCEÇÃO DE:
(A) No vale do Rio Amazonas, a partir do século
XVII, ordens missionárias exploraram as "dro-
gas do sertão", utilizando o trabalho de indíge-
nas locais.
(B) No vale do Rio São Francisco, a partir do final
do século XVI, ocorreu a expansão de fazendas
de criação de gado, voltadas para o abasteci-
mento dos engenhos de açúcar do litoral.
(C) Na Capitania de São Vicente, em especial por
iniciativa dos habitantes da vila de São Paulo,
organizaram-se expedições bandeirantes que,
no decorrer do século XVII, abasteceram pro-
priedades locais com a mão-de-obra escrava
dos índios apresados.
(D) Nas Minas, durante o século XVIII, a extração
do ouro e de diamantes, empreendida por aven-
tureiros e homens livres e pobres, propiciou o
surgimento de cidades, onde o enriquecimento
fácil estimulava a mobilidade social.
(E) No litoral de Pernambuco, durante a segunda
metade do século XVI, a lavoura de cana e a
produção de açúcar expandiram-se rapidamen-
te, o que foi acompanhado pela gradual substi-
tuição do uso da mão-de-obra escrava do nati-
vo americano pelo negro africano.
08 Eram direitos dos donatários:
(A) fundar vilas, conceder sesmarias e cobrar im-
postos;
(B) a redízima, a vintena e a transferência da capi-
tania para outro donatário;
(C) fundar vilas, a redízima e a transferência da ca-
pitania para outro donatário;
(D) a redízima, a cobrança de impostos e a venda
da capitania para qualquer outro nobre;
(E) fundar vilas, a vintena e a venda da capitania
para qualquer outro nobre.
09 (UNIVESP) O êxodo rural é um fenômeno migratório
que ocorreu, e ainda ocorre, em grande parte dos
países. No Brasil, esse fenômeno aconteceu de ma-
neira mais intensa, entre as décadas de 1950 e 1980.
O êxodo rural se caracteriza pelo deslocamento
(A) sazonal, de trabalhadores urbanos para traba-
lhar na zona rural.
(B) diário, de pessoas de uma cidade à outra para
estudar e trabalhar.
(C) em massa, de pessoas que residem na zona
rural para os centros urbanos.
(D) de estrangeiros, que tem o intuito de desenvol-
ver atividades agrárias.
(E) de latifundiários, com o objetivo de ampliar a pro-
dução agrícola.
10 (UTFPR) As migrações internas no Brasil transforma-
ram significativamente o espaço cultural, urbano e
agrário do país nas últimas décadas. A esse respeito
somente podemos afirmar que:
(A) o êxodo rural resultou em grandes mudanças
na paisagem urbana e fortes transformações so-
ciais.
(B) o movimento campo-cidade só foi importante du-
rante a década de 1960 e fortaleceu a paisa-
gem agrária.
(C) das áreas de repulsão do Nordeste, a grande
maioria dos migrantes teve como destino a Ama-
zônia Legal.
(D) a retração industrial dos anos recentes fortale-
ceu as levas de migrações em direção ao Su-
deste do país.
(E) os estados do Sul, historicamente, recebem
grande parte dos migrantes do Centro-Norte do
Brasil.
11 (UESPI) O êxodo rural, no Brasil, foi mais acentuado
entre as décadas de 50 e 80 do século XX. Esse foi
um período em que: O êxodo rural, no Brasil, foi mais
acentuado entre as décadas de 50 e 80 do século
XX. Esse foi um período em que:
(A) as migrações pendulares diminuíram, sobretu-
do nos grandes centros urbanos da Região Su-
deste.
(B) as maiores metrópoles brasileiras atuaram como
pólos de atração populacional.
(C) as atividades agrícolas no Centro-Oeste e no
Nordeste do país foram intensificadas, fixando
o homem ao campo.
(D) diminuiu o processo de favelização das áreas
urbanas brasileiras.
(E) as migrações, no país, passaram a ser predo-
minantemente do tipo sazonais.
308
12 (UNIFOR) Considere os versos a seguir.
Vou-me embora pra cidade
Nem sou amigo do rei
Quem sabe encontro um trabalho
Pois terras, não mais verei.
(Citado em Dora Martins & Sonha Vanalli.
Migrantes. São Paulo: Contexto. 1994.p. 23)
A inspiração para os versos foi retirada de dois grandes problemas brasileiros:
(A) a concentração de terras e o êxodo rural.
(B) a emigração e a estagnação do setor terciário.
(C) a violência urbana e a manutenção dos sistemas agrícolas tradicionais.
(D) o crescimento desordenado das cidades e o aumento do subemprego.
(E) a desigualdade social e a redução do emprego industrial.
13 (PUC) Nos países industrializados, a migração campo-cidade tem como causa fundamental:
(A) carência de melhores condições sociais no campo.
(B) baixa produtividade agrícola.
(C) pressão demográfica no campo.
(D) dificuldade de aquisição de terras.
(E) liberação de mão-de-obra pela mecanização.
01 (UFRN) A transferência da capital do Brasil da região Sudeste para a região Centro-Oeste é vista como uma das
maiores realizações de Juscelino Kubitschek. Explique a importância dessa transferência para o crescimento eco-
nômico da região Centro-Oeste.
02 Observe a imagem a seguir:
Por que a construção de Brasília representou, do ponto de vista geopolítico-territorial, uma grande modificação
geográfica no Brasil?
309
PARTE VIII:
A URBANIZAÇÃO CONCENTRADA
UNIDADE 01:
• O PROCESSO DE METROPOLIZAÇÃO
• A MACROCEFALIA URBANA
• A PRODUÇÃO ECONÔMICA CONCENTRADA EM UM
PEQUENO NÚMERO DE CIDADES
O PROCESSO DE METROPOLIZAÇÃO
O processo de urbanização teve como importante
característica, além da enorme velocidade em que ocor-
reu, a grande concentração do crescimento em determina-
das áreas, configurando um conjunto de cidades principais,
as metrópoles.
Para entendermos essa dinâmica, observe o fragmen-
to a seguir:
Essa urbanização concentrada é a metropolização,
um processo em que ocorre o crescimento das cidades de
um país, mas na verdade a expansão ocorrem em certas
áreas urbanas. Sendo assim, ocorrem paralelamente o au-
mento da participação da população urbana no país e o
aumento da participação dessas cidades, como vocêpode
observar no gráfico a seguir:
Observe o período de 1950 a 1960: do total de pes-
soas que residiam em áreas urbanas, 38,71 estavam nas
principais cidades e esse número aumentou para 45,01
demonstrando que as maiores cidades cresciam mais do
que as outras.
METRÓPOLES E REGIÕES METROPOLITANAS
Já sabemos que durante uma parte do processo de
urbanização as metrópoles cresceram mais do que as de-
mais cidades. Mas afinal de contas o que é uma metrópole?
Definimos metrópole como uma cidade que exerce
forte influência sobre uma determinada região, em razão
da sua estrutura urbana e do seu papel organizador do es-
paço econômico. Ou seja, a metrópole é uma cidade com
estrutura econômica mais avançada, capaz de polarizar
uma extensa área.
No Brasil, tradicionalmente considerávamos como
metrópoles apenas nove cidades: São Paulo e Rio de Ja-
neiro, como metrópoles nacionais e Porto Alegre, Curitiba,
Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, como
metrópoles regionais.
A diferença entre elas se dá justamente na estrutura
econômica que define a capacidade de polarização, em dois
casos, de todo o país, e nos demais, de extensas regiões.
Como as cidades principais tiveram um crescimento
muito grande ocorreram profundas alterações na sua es-
trutura interna.
Observe os dados populacionais da cidade do Rio de
Janeiro ao longo do tempo.
As aglomerações com mais de 100 mil habitantes
eram apenas 12 em 1940, alcançando (...) 175 em 1996.
As localidades com mais de 100 mil e menos de 200 mil
habitantes passam de seis em 1940 para noventa em
1996. Aquelas com população entre 200 mil e 500 mil
habitantes pulam de quatro em 1940 para 61 em 1996.
As cidades com mais de meio milhão de habitantes eram
somente duas em 1940 e somavam 24 em 1996. Em
1940, apenas seis Estados dispunham de cidades com
população entre 100 mil e 200 mil moradores; em 1996,
elas existem em 20 Estados. As localidades entre 200
mil e 500 mil habitantes, presentes em apenas três Esta-
dos em 1940, encontram-se em 17 Estados em 1996.
Fonte: SANTOS M. e SILVEIRA M.L., "O Brasil: território
e sociedade no início do século XXI", 2000, p. 205-206.
CRESCIMENTO POPULACIONAL DA CIDADE DO RJ
••••• 1568 – 3.850 habitantes
••••• 1808 – 60.000 habitantes
••••• 1850 – 166.000 habitantes
••••• 1900 – 811.443 habitantes
••••• 1920 – 1.157.873 habitantes
••••• 1950 – 2.377.451 habitantes
••••• 1970 – 4.251.918 habitantes
••••• 1991 – 5.336.179 habitantes
••••• 2007 – 6.093.472 habitantes
Um crescimento tão expressivo é obviamente acom-
panhado de alterações muito profundas na cidade. Duran-
te muito tempo, o que se conhecia como cidade do Rio de
Janeiro era na verdade o seu centro histórico. Com o au-
mento da população aumenta a disputa por esse espaço,
há uma grande valorização dos imóveis, especulação imo-
biliária e expansão horizontal, também conhecida como
periferização.
A periferização no Brasil teve como marca o desloca-
mento da população de menor renda para áreas mais dis-
tantes, configurando uma segregação sócio-espacial. De for-
ma geral tivemos o seguinte processo: modificação das fun-
ções urbanas do centro histórico com deslocamento da po-
pulação de maior renda para uma área relativamente próxi-
ma ao centro e a de menor renda para áreas distantes.
310
Para ilustrarmos esse processo vamos utilizar o processo ocorrido em São Paulo.
São Paulo cresce a partir de um modelo de centro-periferia através de círculos concêntricos a partir do centro antigo,
núcleo de formação inicial da cidade em direção à periferia. O núcleo central e o anel seguinte, a periferia expandida,
correspondem ao período de formação da cidade até por volta de 1970, concentrando o melhor equipamento urbano e
infra-estrutura. A periferia mais distante corresponde ao terceiro anel de ocupação mais recente e desordenada com
problemas de infra-estrutura e serviços sociais. Observe a imagem a seguir:
SEGREGAÇÃO SÓCIO--ESPACIAL EM SÃO PAULO
Em diversos casos, o crescimento para as áreas periféricas é tão grande, que ocorre a união com uma outra cidade
que também cresce para a periferia, configurando uma conurbação como você pode ver na imagem a seguir:
Quando as conurbações envolvem uma cidade classificada como metrópole temos a formação de uma região
Metropolitana, como por exemplo, a do Rio de Janeiro, conhecida popularmente como Grande Rio.
311
A Região Metropolitana é na verdade uma área urbana articulada formada por um núcleo, a metrópole, e uma série
de cidades vizinhas, que em muitos casos configuram-se como cidades dormitórios, com grande crescimento devido ao
menor custo e, cotidiano muito dependente da metrópole.
A MACROCEFALIA URBANA
O processo de urbanização de países periféricos ou semiperiféricos, como o Brasil, foi marcado pela exagerada
concentração em algumas áreas urbanas. Esses grandes aglomerados são, contraditoriamente os locais de concentra-
ção de poder, da maior oferta de serviços, mas também de uma série de problemas.
Nos aglomerados temos a possibilidade de maior acesso aos equipamentos urbanos do setor de serviços, como
saúde, educação, transportes, lazer, comércio, maiores opções em termos de trabalho, resultando em melhorias na
qualidade de vida da população, refletindo inclusive na redução percentual das taxas de natalidade e mortalidade.
Por outro lado temos nessas mesmas áreas um processo de deficiência de infra-estrutura e serviços, intensificação
de problemas ambientais (destinação do lixo, despejo de esgoto, poluição atmosférica), além de problemas sociais, como
trânsito, especulação imobiliária, favelização e cortiçamento, bem como a exclusão social.
Nos países de urbanização como a brasileira esse processo ocorre porque, além das grandes desigualdades soci-
ais, há uma exagerada concentração das atividades econômicas em poucas áreas gerando um grande desequilíbrio.
AGLOMERADOS METROPOLITANOS E TAXAS DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAÇÃO, 1970 - 2000 (%)
312
REGIÃO CENTRAL DA CIDADE DE SÃO PAULO
Quando há uma exagerada concentração populacional e do poder econômico numa única ou em poucas áreas
configura-se uma macrocefalia urbana, que não é comum em países mais desenvolvidos porque nessas áreas há um
grande número de cidades importantes e as atividades econômicas têm um elevado grau de desenvolvimento em várias
partes do território.
 Para entendermos mais claramente a situação de macrocefalia observe a tabela a seguir:
(Urban agglomerations, 1994. Nova Iorque, ONU, 1994.)
Observe que mesmo cidades muito importantes como Nova Iorque, principal polo da maior economia mundial, tem
uma participação relativamente baixa no total do país quando comparada a áreas de países muito pobres com urbaniza-
ção mais concentrada.
313
TEXTO COMPLEMENTAR
PROJETO É VENDIDO NO LANÇAMENTO
Condomínio no Rio de Janeiro terá 688 apartamen-
tos e ficará pronto em 36 meses. A incorporadora Klabin
Segall provou que apostar no centro das cidades é um
bom negócio. No último dia 10, a empresa comercializou
em menos de duas horas todas as 688 unidades do Cores
da Lapa, primeiro empreendimento residencial lançado
em 30 anos no bairro carioca, com valor geral de vendas
de R$ 85 milhões.
A campanha de pré-lançamento durou apenas um
mês e no dia do evento de venda cerca de seis mil pes-
soas compareceram ao local. De acordo com Sérgio
Segall, diretor da Klabin Segall, muitas chegaram antes
para garantir a compra. Essa procura, afirma ele, mostra
que existe uma intensa demanda por moradias no cen-
tro: "Apostamos contra as convenções do mercado cari-
oca, baseado em empreendimentos na zona sul da ci-
dade", afirma. "O Cores da Lapa veio suprir parte desta
demanda e será fundamental no processo de
revitalização do bairro", completa
O Cores da Lapa teve inspiração no SoHo
novaiorquino, com projeto dos arquitetos Michel de
Fournier e Marco Antonio Barbosa. Serão seis edifícios,
voltados para uma grande praça central.
O residencial contará com apartamentos de até três
dormitórios e área útil entre 45 m e 75 .As unidades
foram comercializadas entre R$ 86 mil e R$ 160 mil. A
estimativa é que cerca de 2 mil pessoas passem a morar
no novo condomínio quando ele estiver pronto, dentro
de 36 meses.
De acordo com Segall, o projeto na Lapa se enqua-
dra no objetivo da empresa de investir nas regiões cen-
trais: "Em São Paulo lançamos projetos residenciais nos
bairros Barra Funda, Pompéia e Chácara Klabin", co-
menta. "Soubemos aproveitar as oportunidades em áre-
as até então rejeitadas".
Esta semana, a Klabin Segall lançou também no
centro de São Paulo um novo projeto. Batizado de Cult,
o residencial fica na Alameda Nothmann. Serão 316 es-
túdios de um dormitório, com área entre 27 m e 36 m. O
edifício tem VGV estimado de R$ 24 milhões, embora o
preço de venda ainda não esteja definido.
A Klabin Segall planeja continuar os investimentos
na região carioca da Lapa. "Apesar de pouco espaço,
ainda vemos boas oportunidades de negócio na região",
diz o executivo, principalmente devido aos incentivos do
governo estadual, que há cerca de cinco anos criou o
Distrito Cultural da Lapa, com o objetivo de promover a
revitalização do bairro.
No mês de outubro, foi realizado ainda o lançamen-
to do movimento Eu Sou da Lapa
(www.eusoudalapa.com.br), ao lado de comerciantes e
de figuras-símbolo da região. Um dos objetivos é exata-
mente chamar a atenção para a vocação residencial da
região.
(Gazeta Mercantil 18 de Novembro de 2005)
01 O que é uma metrópole?
02 Quais são as principais causas da periferização?
03 O que é uma conurbação?
04 O que é uma Região Metropolitana?
05 O que é macrocefalia urbana?
01 (UEPB)
Saudosa maloca
Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar
Ali onde agora está este adifício arto
Era uma casa véia, um palacete assobradado
Foi aqui seu moço que eu, Mato Grosso e o Joca
Construimo nossa maloca
Mais um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os home com as ferramenta e o dono mandô
derrubá
Peguemos todas nossas coisas e fumos pro meio da
rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia, cada tábua que caía
Doía no coração
Matogrosso quis gritar, mas por cima eu falei
Os home ta co'a razão, nóis arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou
Deus dá o frio conforme o cobertor
E hojé nóis pega as paia nas grama do jardim
E pra esquecer nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemo dias feliz da nossa vida.
Fonte: CD Reviver Adoniran Barbosa. Som Livre, 2002.
A letra da música de Adoniran Barbosa nos faz refle-
tir, corretamente, que:
I. A segregação residencial no espaço urbano, é
consequência de um espaço/mercadoria cujos
valores de uso e de troca definem as formas de
apropriação e de luta pelo direito de morar na
cidade.
II. Terras vazias à espera de valorização pela es-
peculação imobiliária são uma das causas de a
população de baixa renda não ter acesso à
moradia digna.
III. Os favelados resistem a quaisquer tentativas de
melhoria habitacional e impedem a implantação
de equipamentos urbanos adequados e efica-
zes que melhorem sua qualidade de vida.
IV. A reforma urbana é um bem necessário, já que
poucos têm acesso à infraestrutura e aos servi-
ços públicos urbanos.
314
Estão corretas:
(A) Apenas as proposições I e II
(B) Apenas as proposições I, II e IV
(C) Apenas as proposições I e III
(D) Apenas as proposições II e III
(E) Todas as proposições
02 (UFT) Dentre vários aspectos, pode-se dizer que a
urbanização brasileira ocorreu em níveis de intensi-
dade e rapidez significativos, que se diferenciam re-
gionalmente.
Quanto ao processo de urbanização no Brasil é COR-
RETO afirmar que:
(A) No Nordeste a rede urbana apresenta maior den-
sidade na zona litorânea.
(B) A cidade de São Paulo sempre comandou a rede
urbana brasileira.
(C) A megalópole brasileira é constituída por São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
(D) A porção centro-ocidental do país iniciou os pri-
meiros passos de uma acelerada urbanização,
inclusive com grande densidade demográfica.
03 (FACIG) Sobre a urbanização brasileira, é incorreto
afirmar.
(A) O processo de urbanização brasileira apoiou-
se essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na
transferência de populações do meio rural para
as cidades.
(B) A violência urbana nas metrópoles brasileiras
está relacionada a uma série de fatores sociais
e econômicos, como: o subemprego, o cresci-
mento de favelas.
(C) O processo de urbanização da população bra-
sileira é uniforme. Os estados do país apresen-
tam uma urbanização de pouco contraste na dis-
tribuição da população rural e urbana.
(D) A recente transformação do Brasil em socieda-
de urbana deixa para trás as estruturas econô-
micas e os comportamentos reprodutivos típi-
cos do meio rural.
(E) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto
de vista urbano, apresenta grande concentra-
ção de indústria e serviços na metrópole nacio-
nal, representada por São Paulo.
04 (UFV) Leia o texto abaixo, extraído do romance O cor-
tiço, que revela um grave e histórico problema
habitacional dos centros urbanos brasileiros.
Um cortiço! Exclamava ele, possesso. Um cortiço!
Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! Fa-
zer-me um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-
me a casa, o malvado!
[...] Noventa e cinco casinhas comportou a imensa
estalagem. [...]
[...] E naquela terra encharcada e fumegante, naque-
la umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a
esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma
geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no es-
terco.
Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para
dia, ganhando forças, socando-se de gente.
(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 3. ed. São Paulo:
 Ática, 1975. p. 20-21.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a re-
alidade urbana brasileira, assinale a afirmativa COR-
RETA:
(A) Devido ao pouco investimento em políticas
habitacionais para as classes mais pobres, as
moradias inadequadas são problemas que per-
sistem no Brasil há mais de um século.
(B) O problema relatado no texto é característico
apenas em pequenos centros urbanos, uma vez
que o governo federal aplica parcos recursos
para construção de moradias.
(C) O texto revela uma opção de grande parte da
população brasileira, que por motivos culturais
prefere viver nos cortiços.
(D) Os cortiços não apresentam riscos à saúde nem
à vida dos moradores, pois são construídos com
padrões técnicos e arquitetônicos adequados.
(E) As formas de habitação relatadas no texto se
mantiveram ao longo do tempo, mesmo haven-
do uma elevação significativa da renda recebi-
da pela população mais pobre.
05 (FMG) Analise este trecho de música, em que se retra-
tam condições socioambientais das grandes cidades
brasileiras:
A Cidade
A cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais e camelôs
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Chico Science, "A Cidade".
A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que,
nesse trecho de música, o autor
(A) considera a exclusão social como uma caracte-
rística marcante das sociedades urbanas, que
tem aumentado à medida que se intensifica a
concentração de renda.
(B) denuncia a pequena mobilidade econômica das
classes sociais, decorrente da intensificação da
divisão do trabalho que acompanha o processo
de urbanização.
(C) exalta o modo de vida urbano ao alegar que,
nas cidades, a posse de bens duráveis - como
automóveis e motocicletas - é traço característi-
co de seus habitantes.
(D) inclui o contingente populacional urbano inseri-
do no mercado de trabalho informal, comumente
ligado à expansão do subemprego e do desem-
prego estrutural.
315
06 (PUCAMP) Considere o texto abaixo.
Quando alguém compra uma casa, está comprando
também as oportunidades de acesso aos serviços co-
letivos, equipamentos e infraestrutura. Está compran-
do a localização da moradia, além do imóvel propria-
mente dito.
(Ermínia Maricato)
Deacordo com o texto, a ideia de localização na cida-
de
(A) não tem grande importância, já que os meios
de circulação modernos e a rede de telecomu-
nicações tornam o espaço urbano homogêneo.
(B) depende do tamanho da cidade, pois isto é o
que vai definir a disponibilidade de infraestrutura
e serviços urbanos para os seus habitantes.
(C) está vinculada à aquisição de um imóvel, pois
só dessa forma o cidadão passa a ter acesso
aos serviços urbanos como escolas e hospitais
públicos.
(D) é uma das formas do exercício da cidadania, já
que os cidadãos mais conscientes buscam imó-
veis com acesso aos serviços urbanos básicos.
(E) é relativa, posto que é condicionada ao acesso
à infraestrutura e serviços urbanos, como o
transporte coletivo e coleta de lixo.
07 (UEC) Em muitos países da periferia capitalista, como
o Brasil, a urbanização e a industrialização não redu-
ziram o problema da pobreza urbana nas grandes me-
trópoles.
Nestes casos, as causas da pobreza urbana estão
associadas a:
(A) Industrialização realizada na fase monopolista
do capital, incorporação de tecnologias poupa-
doras de mão-de-obra no setor moderno da eco-
nomia, reduzido tamanho do mercado de traba-
lho formal e expansão do mercado informal ur-
bano;
(B) Industrialização realizada na fase concorrencial
do capital, incorporação de tecnologias poupa-
doras de mão-de-obra no setor moderno da eco-
nomia, reduzido mercado informal de trabalho
e expansão do mercado formal urbano;
(C) Industrialização realizada na fase monopolista
do capital, incorporação de políticas do Estado
do Bem-Estar Social e expansão do mercado
formal urbano;
(D) Industrialização realizada na fase concorrencial
do capital, incorporação de tecnologias intensi-
vas em mão-de-obra no setor moderno da eco-
nomia, reduzido mercado informal de trabalho
e expansão do mercado formal urbano.
08 As cidades da região Sudeste do Brasil foram as que
mais receberam migrantes oriundos do campo (êxodo
rural) e também de outras regiões do país (migrações
regionais), fato que se deu de forma mais acentuada
na década de 1970 e nos anos posteriores. Assim, o
Sudeste consolidou-se como a região mais urbanizada
do país. Tal ocorrência pode explicar-se:
(A) pelas preferências culturais dos migrantes.
(B) pela maior presença de indústrias e empregos.
(C) pela maior receptividade da população local.
(D) pelo processo de marcha para o litoral do país.
(E) pela alto preço do solo nas demais regiões.
09 (PUC-SP) É comum encontrar, nas referências so-
bre a urbanização no século XX, menções ao fato de
ela ter sido fortemente marcada pela metropolização.
De fato, as metrópoles são fundamentais para se en-
tender a vida urbana contemporânea. A respeito das
metrópoles modernas brasileiras, pode-se afirmar que:
(A) não são aglomerações tão grandes quanto as
de outros países, porque elas são fragmenta-
das em vários municípios, como no caso de São
Paulo.
(B) são configurações cujas dinâmicas, em alguns
casos, levaram seus limites para além do nú-
cleo municipal de origem, formando aglomera-
ções multimunicipais.
(C) elas são aglomerações modestas em razão da
inviabilidade de se administrar em países po-
bres áreas urbanas de grande porte.
(D) apenas uma delas pode ser considerada de fato
metrópole, logo, não se pode afirmar que no
Brasil houve uma urbanização metropolitana.
(E) elas estão com o seu crescimento paralisado,
sofrendo, em alguns casos, encolhimento, em
função de novas políticas de planejamento.
10 Com uma modernização industrial tardia, o espaço
geográfico brasileiro conheceu profundas transforma-
ções ao longo dos últimos cem anos, sendo algumas
delas a urbanização acelerada e a concentração es-
pacial da população em metrópoles. Um dos efeitos
dessas ocorrências foi:
(A) a formação de núcleos urbanos avançados em
todo o país.
(B) a difusão de políticas de controle habitacional.
(C) a expansão e crescimento de áreas de preser-
vação e áreas urbanizadas.
(D) a diminuição dos problemas sociais no campo.
(E) a proliferação de áreas periféricas e favelas em
grandes cidades.
01 (PUC-RJ) A partir de 1950, como resultado das con-
dições em que ocorreu o processo de modernização
da economia brasileira, acelerou-se o processo de ur-
banização da população.
BRASIL: EVOLUÇÃO DA
POPULAÇÃO URBANA E RURAL
NO PERÍODO (1940 - 1991)
316
Os dados do recenseamento de 1991 parecem con-
firmar a tendência que os anos 70 já vinham regis-
trando: o aumento do número de cidades médias, mas
principalmente das grandes cidades médias.
Para o caso das metrópoles nacionais - Rio de Janei-
ro e São Paulo:
a) explique duas razões da aceleração do proces-
so de urbanização.
b) apresente dois fatores responsáveis pela redu-
ção do ritmo relativo do crescimento das duas
metrópoles.
02 (UFPR) As primeiras regiões metropolitanas foram
criadas, no Brasil, no ano de 1974, justificadas pela
necessidade de planejamento desses espaços. Ex-
plique o que é Região Metropolitana e, citando uma
em particular, aponte alguns dos seus problemas de
planejamento.
03 (UERJ)
BÍBLIA DO JORNALISMO DOS E.U.A.
VÊ ITAQUERÃO COMO
“MONUMENTO À GENTRIFICAÇÃO”
A nova edição da revista New Yorker, considerada a
bíblia do jornalismo norteamericano, apresenta um
texto de quatorze páginas sobre o futebol brasileiro, a
preparação do país para a Copa do Mundo e o
Corinthians. Escrita para o público dos Estados Uni-
dos, a reportagem cita o Itaquerão, palco da abertura
da Copa do Mundo, em São Paulo, como um “monu-
mento à gentrificação”. Gentrificação é o nome dado
ao fenômeno socioespacial que afeta a população de
baixa renda de determinado lugar por meio da valori-
zação imobiliária provocada por um novo empreendi-
mento, como um shopping center ou um estádio de
futebol, por exemplo.
 (Adaptado de copadomundo.uol.com.br, 06/01/2014).
Cite duas consequências socioespaciais negativas do
processo apresentado no texto para a população de
baixa renda local, explicando cada uma delas.
A distribuição espacial da população é marcada pela
metropolização. As cidades com mais de um milhão
de habitantes, que eram duas em 1960, passaram a
ser cinco em 1970, dez em 1980 e doze em 1991. .............................................................................................
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317
UMA REDE CONCENTRADA
A rede urbana é o conjunto de cidades de uma determinada área articuladas entre si a partir de uma série de
relações econômicas, culturais, sociais e políticas.
Como vimos, a forma como se processou a urbanização no Brasil teve como importante característica a concentra-
ção, que gerou profundos reflexos na nossa rede de cidades.
PARTE IX:
A REDE URBANA
UNIDADE 01:
• UMA REDE CONCENTRADA
• AS ALTERAÇÕES NA HIERARQUIA URBANA
• O PROCESSO DE DESMETROPOLIZAÇÃO
• O CRESCIMENTO DAS PEQUENAS E MÉDIAS CIDADES
Além da concentração geográfica no litoral, a participação de determinados conjuntos urbanos no total da
população do país e na produção econômica é muito elevada deixando outras áreas, urbanas e rurais, com posição
muito reduzida.
Sem a menor dúvida o grande destaque do país vai para a Região Metropolitana de São Paulo secundada pela
Região Metropolitana do RJ. O eixo entre essas duas cidades, no Vale do Paraíba, através da Rodovia Presidente Dutra
é apontado, há algum tempo, como candidato a grande megalópole do país. Como você pode observar no mapa a seguir.
"A rede urbana não é 'inocente', no sentido de ser um 'simples' conjunto de cidades ligadas entre si por fluxos de
pessoas, bens e informações, como se isso fosse coisa de menor importância ou não tivesse a ver com os mecanismos
de exploração econômica e exercício do poder existentes em nossas sociedades."
Marcelo Lopes de Souza in ABC do desenvolvimento urbano.
318
Essa área constitui a zona mais dinâmica do país concentrando grande parte da riqueza, da população e também
das desigualdades no país.
A HIERARQUIA URBANA
Denominamos de hierarquia urbana a ordem de importância das cidades que são classificadas a partir da sua
capacidade de polarização, definida pela sua estrutura econômica, oferta de serviços e diversidade comercial . As cidades
se apresentam, ao longo da rede urbana, como suportes de disseminação de idéias, das cidades maiores para as
menores.Uma metrópole nacional, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, concentra as sedes das grandes empresas
e, tendo como suporte a rede urbana, exerce a gestão do território.
319
As modernas tecnologias de comunicação vem determinando alterações na forma de relacionamento entre as cidades
assim como nas possibilidades das cidades principais exercerem influência, alterando a tradicional hierarquia urbana.
Observe que no esquema atual, chamado de informacional devido a importância das tecnologias de comunicação,
a cidade principal consegue influenciar diretamente todas as outras, pois há expansão das redes telemáticas, em que um
número crescente de usuários e empresas negociam diretamente entre si, independentemente de distâncias físicas e do
porte das cidades na qual estão sediados.
Nesse novo esquema importantes cidades de países com peso expressivo na economia mundial passam a ser
consideradas cidades-globais ou metrópoles mundiais.
São Paulo é a metrópole mundial brasileira porque exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação,
além de oferecer bens e serviços mais sofisticados e diversificados. É a partir de São Paulo que as atividades econômicas
realizadas no território brasileiro são integradas à economia internacional, visto que há uma concentração das sedes de
grandes empresas na cidade.
Além da alteração do status de cidades muito importantes como São Paulo, outras modificações vem ocorrendo.
Nos últimos anos o IBGE ampliou o número de cidades consideradas como metrópoles, assim como foi ampliado o
número de Regiões Metropolitanas, como você pode observar na imagem a seguir:
MODELO INFORMACIONAL:
EXEMPLO DE EXPANSÃO DO ALCANCE DAS TELECOMUNICAÇÕES
320
Observe que essa ampliação no número de metrópoles inclui cidades que não são capitais de estado, como Cam-
pinas e Santos, o que, considerando que uma megalópole é formada por conurbações que incluem duas metrópoles ou
mais, pode permitir a formação de uma megalópole paulista, beneficiada pela menor distância e grande dinamismo
econômico daquela área do país.
Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de Geografia, Regiões de Influência das Cidades 2007.
A NOVA REDE URBANA BRASILEIRA- 2007
321
O IBGE no seu mais novo estudo chamado "Regiões
de Influência das cidades - 2007", publicado no final de 2008
estabeleceu a nova rede e hierarquia urbana nacional a
partir das observações dos centros urbanos dinâmicos do
Brasil. Na classificação atual, privilegiou-se a função de
gestão do território, avaliando níveis de centralidade do
Poder Executivo e do Judiciário no nível federal, e de
centralidade empresarial, bem como a presença de dife-
rentes equipamentos e serviços urbanos sofisticados.
As cidades foram classificadas em cinco grandes níveis,
por sua vez subdivididos em dois ou três subníveis, a saber:
a) Metrópoles
São os 12 principais centros urbanos do país, que
caracterizam-se por seu grande porte e por fortes
relacionamentos entre si, além de, em geral, pos-
suírem extensa área de influência direta. O con-
junto foi dividido em três subníveis, segundo a ex-
tensão territorial e a intensidade destas relações:
••••• Grande metrópole nacional1 : São Paulo, o
maior conjunto urbano do país, com 19,5 mi-
lhões de habitantes, em 2007, e alocado no
primeiro nível da gestão territorial;
••••• Metrópole nacional2 : Rio de Janeiro e Brasília,
com população de 11,8 milhões e 3,2 milhões
em 2007, respectivamente, também estão no
primeiro nível da gestão territorial. Juntamente
com São Paulo, constituem foco para centros
localizados em todo o país;
 ••••• Metrópole: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife,
Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e
Porto Alegre, com população variando de 1,6
(Manaus) a 5,1 milhões (Belo Horizonte), cons-
tituem o segundo nível da gestão territorial.
Note-se que Manaus e Goiânia, embora este-
jam no terceiro nível da gestão territorial, têm
porte e projeção nacional que lhes garantem a
inclusão neste conjunto.
b) Capital Regional
Integram este nível 70 centros que, como as metró-
poles, também se relacionam com o estrato superi-
or da rede urbana. Com capacidade de gestão no
nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm
área de influência de âmbito regional, sendo referi-
das como destino, para um conjunto de atividades,
por grande número de municípios. Como o anterior,
este nível também tem três subdivisões. O primeiro
grupo inclui as capitais estaduais não classificadas
no nível metropolitano e Campinas. O segundo e o
terceiro, além da diferenciação de porte, têm padrão
de localização regionalizado, com o segundo mais
presente no Centro-Sul, e o terceiro nas demais re-
giões do país. Os grupos das Capitais regionais são
os seguintes:
••••• Capital regional A: constituído por 11 cidades,
com medianas de 955 mil habitantes e 487 rela-
cionamentos;
••••• Capital regional B: constituído por 20 cidades,com medianas de 435 mil habitantes e 406 rela-
cionamentos; e
••••• Capital regional C: constituído por 39 cidades
com medianas de 250 mil habitantes e 162 rela-
cionamentos.
c) Centro Sub-regional
Integram este nível 169 centros com atividades
de gestão menos complexas, dominantemente
entre os níveis 4 e 5 da gestão territorial; têm área
de atuação mais reduzida, e seus relacionamen-
tos com centros externos à sua própria rede dão-
se, em geral, apenas com as três metrópoles na-
cionais. Com presença mais adensada nas áreas
de maior ocupação do Nordeste e do Centro-Sul,
e mais esparsa nos espaços menos densamente
povoados das Regiões Norte e Centro-Oeste, es-
tão também subdivididos em grupos, a saber:
••••• Centro sub-regional A: constituído por 85
cidades, com medianas de 95 mil habitantes e
112 relacionamentos; e
••••• Centro sub-regional B: constituído por 79
cidades, com medianas de 71 mil habitantes e
71 relacionamentos.
d) Centro de Zona
Nível formado por 556 cidades de menor porte e
com atuação restrita à sua área imediata; exer-
cem funções de gestão elementares. Subdivide-
se em:
••••• Centro de zona A: 192 cidades, com media-
nas de 45 mil habitantes e 49 relacionamentos.
Predominam os níveis 5 e 6 da gestão territorial
(94 e 72 cidades, respectivamente), com nove
cidades no quarto nível e 16 não classificadas
como centros de gestão; e
••••• Centro de zona B: 364 cidades, com media-
nas de 23 mil habitantes e 16 relacionamentos.
A maior parte, 235, não havia sido classificada
como centro de gestão territorial, e outras 107
estavam no último nível daquela classificação.
1Metrópole que articula a economia global através
de inúmeras redes de todos os tipos e que centraliza
funções superiores direcionais, produtivas e administra-
tivas de empresas com atuação planetária. Articula e cen-
traliza também o controle da mídia e a capacidade sim-
bólica de criar e difundir mensagens. Em decorrência,
encontra-se no nível hierárquico mais elevado do siste-
ma urbano mundial ou global.
2Cidade de grandes dimensões e elevado tamanho
populacional, que centraliza a maior parte das ativida-
des terciárias (comércio e serviços) de sua região e/ou
de seu país. Em decorrência, encontram-se nos mais
altos níveis hierárquicos de uma rede urbana. As metró-
poles nacionais funcionam como centros polarizadores
de vastas regiões do território. Monopolizam um conjun-
to de serviços sofisticados, demandados por populações
espalhadas por áreas muito extensas. Redistribuem bens
e mercadorias por toda sua região de influência. Assim,
comandam centenas de cidades situadas em posição
inferior na hierarquia urbana.
322
e) Centro Local
As demais 4 473 cidades cuja centralidade e atu-
ação não extrapolam os limites do seu município,
servindo apenas aos seus habitantes, têm popu-
lação dominantemente inferior a 10 mil habitantes
(mediana de 8 133 habitantes).
AS ALTERAÇÕES NA HIERARQUIA URBANA
Ocorre que essa concepção tradicional de hierarquia
urbana não dá mais conta das relações concretas travadas
entre as cidades do interior da rede urbana. Com os cres-
centes avanços tecnológicos, com a brutal modernização
dos sistemas de transportes e de comunicações, com o
barateamento e a maior facilidade de obtenção de energia,
com a disseminação dos automóveis, enfim, com a "con-
tração" do tempo e o "encurtamento" das distâncias, as re-
lações entre as cidades já não seguem mais o "esquema
militar", pelo qual era necessário "galgar" postos dentro da
hierarquia das cidades como foi visto acima. Atualmente, já
é possível falar da existência de uma nova hierarquia urba-
na, dentro da qual a relação da vila ou da cidade local pode
ser travada com o centro regional, com a metrópole regio-
nal ou, em certos níveis, mesmo diretamente com a metró-
pole nacional.
Atualmente, uma pessoa pode residir numa chácara ou
num sítio, na zona rural, ou numa pequena cidade, lugares
BRASIL: TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE
CRESCIMENTO DOS ESTADOS E CAPITAIS
distantes de um grande centro, e estar mais integradas do
que outra pessoa que resida no interior desse mesmo centro.
Se a pessoa vive, por exemplo, numa chácara a quilômetros
da grande cidade, mas tem à sua disposição telefone, compu-
tador, modem, fax, antena parabólica e um bom automóvel,
ela está mais integrada do que a pessoa que mora dentro da
cidade, por exemplo, num cortiço ou numa favela, e não tem
acesso a todos esses modernos bens e serviços. Percebe-
se, portanto, que o que define a integração ou não das pesso-
as à moderna sociedade capitalista é a maior ou menor dispo-
nibilidade de renda e, consequentemente, a possibilidade de
acesso às novas tecnologias, aos novos conhecimentos, aos
novos bens e serviços, e não mais as distâncias que as sepa-
ram dos lugares.
O PROCESSO DE DESMETROPOLIZAÇÃO
A principal tendência do processo de urbanização bra-
sileira é a participação decrescente das regiões metropoli-
tanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, na população do
país. Por isso se fala em desmetropolização. Todavia, como
há crescimento acelerado de grandes cidades médias e
milionárias, pode-se admitir que há continuidade do fato
metropolitano. O fenômeno de desmetropolização tem pro-
vocado maior distribuição da população no sistema urba-
no. A difusão dos elementos mais modernos por todo o ter-
ritório nacional, incluindo as cidades locais e as cidades
médias, ajuda-nos a entender a tendência paralela de
desmetropolização e metropolização.
O CRESCIMENTO DAS MÉDIAS CIDADES
As cidades médias do Brasil, nos últimos 20 anos, têm apresentado um dinamismo diferenciado, tanto no que se
refere ao seu crescimento anterior, quanto à sua diversificação social e econômica, transformando radicalmente a sua
importância em relação às grandes questões sociais brasileiras. Acrescente-se o fato de que estas cidades conformaram
uma nova distribuição espacial e socioeconômica da população, com implicações diretas nas políticas públicas e, princi-
palmente, nos investimentos de toda ordem. A desconcentração espacial da atividade produtiva, tais como a indústria,
agricultura e o turismo vêm contribuindo muito para esse quadro de crescimento. Entretanto, a falta de planejamento pode
provocar o problemas inerentes as grandes cidades, tais como engarrafamentos, criminalidade crescente e poluição.
323
TEXTO COMPLEMENTAR
CIDADES MÉDIAS TÊM MAIOR CRESCIMENTO
ECONÔMICO DO PAÍS
 As cidades de tamanho médio vêm liderando a ex-
pansão da atividade econômica industrial brasileira des-
de pelo menos o início da década. É o que demonstra
um cruzamento de dados recém-concluído pelo Ipea (Ins-
tituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para o período
compreendido entre 2002 e 2005.
A pesquisa, feita a partir de estatísticas e estimati-
vas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica), mostra que as cidades com entre 100 mil e 500 mil
habitantes superam as demais em crescimento do PIB
(Produto Interno Bruto), do PIB per capita e demográfico.
Segundo o Ipea, o PIB nas cidades dentro desse
corte cresceu, em média, a uma taxa de 5,27% ao ano,
contra 4,63% das grandes e 4,29% das pequenas no
período. A desagregação dos índices por setor da eco-
nomia revela ainda o crescimento do PIB industrial e de
serviços em detrimento da atividade agropecuária.
O crescimento econômico tem se dado à custa das
cidades com mais de 500 mil habitantes, capitais sobre-
tudo, que perdem participação no total do PIB do Brasil.
Mas o aumento populacional cobra o preço nas cidades
abaixo dos 100 mil. Os índices não contabilizam os anos
de 2006 e 2007, de maior crescimento do país.
Apesar do indício de desconcentração regional, a
maioria dos 236 municípios nessa faixa, nos quais vi-
vem 47 milhões de pessoas, ainda está sobretudo na
região Sudeste (118 municípios) (veja mapa abaixo), com
alta concentração no Estado de São Paulo (64). Logo
atrás vêm o Sul (46) e o Nordeste (43).
ELOS DE INTEGRAÇÃO
Para essa pesquisa, o Ipea considerou cidades mé-
dias os municípios com população maior do que 100 mil
e menordo que 500 mil habitantes. Na prática, contudo,
elas podem ser destacadas de acordo com sua função
no sistema urbano nacional.
Para Diana Motta, da Diretoria de Estudos Regio-
nais e Urbanos do Ipea, elas se caracterizam por consti-
tuir "elos de integração regional". E podem ser de três
tipos, diz: as que gravitam em torno de regiões metropo-
litanas; as que centralizam uma aglomeração de cida-
des menores; e as isoladas.
Muitas dessas cidades compõem as regiões metro-
politanas das principais capitais e, portanto, não signifi-
cam necessariamente interiorização.
Cidades que são elos de integração, mas que devi-
do a um desenvolvimento mais antigo e consolidado ul-
trapassaram os 500 mil habitantes, ficam fora desse re-
corte. Por exemplo,
Londrina (PR), Uberlândia (MG) e algumas de São
Paulo, todas do segundo tipo.
Segundo o diretor do Departamento de
Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo), José Roriz, as em-
presas procuram no interior proximidade do acesso à
matéria-prima e do mercado e mão-de-obra especializa-
da. Além disso, "elas saem buscando vantagens fiscais".
No entanto alguns dos maiores índices de cresci-
mento demográfico encontram-se nas cidades médias
do Norte (16) e do Centro-Oeste (13), áreas de fronteira
econômica.
DIFUSÃO DE CIDADES COM MAIS DE 500 000 HAB.
324
REAGLOMERAÇÃO
A interiorização do desenvolvimento econômico é, em
certa medida, um fenômeno conhecido desde pelo me-
nos meados da década de 1990. O que a pesquisa do
Ipea evidencia é a reaglomeração em cidades intermedi-
árias, isto é, que retêm parte do êxodo do interior e atra-
em investimentos antes destinados às metrópoles.
Um trabalho do pesquisador do Ipea Lauro Ramos
sobre mercado de trabalho, de 2006, por exemplo, mos-
tra o melhor desempenho das áreas urbanas não-me-
tropolitanas em fatores como ocupação, ocupação in-
dustrial, desemprego, informalidade e renda de 1992 a
2005.
Há um certo consenso de que a migração econômi-
ca para o interior guarda relação estreita com a abertura
econômica da década passada, que abriu o país à com-
petição internacional. As melhorias em comunicação e a
qualidade dos serviços prestados nas cidades de tama-
nho médio foram facilitadores.
No estado de São Paulo, onde o processo teve iní-
cio e foi mais acelerado, o interior superou a Grande São
Paulo em peso industrial em 2004. Para Motta, não é
possível fazer uma previsão nesse sentido para todo o
país, mas se trata, sem dúvida, de uma tendência.
Folha on line 04/07/2008.
O aumento da violência nas grandes áreas urbanas,
que contribui para a desmetropolização, contribui também
para o processo de autossegregação.
Percebe-se cada vez mais no cenário de grande par-
te das cidades do Brasil e do mundo uma tendência de
estruturação de espaços exclusivos, áreas de moradia
(como condomínios fechados), áreas comerciais (como
shopping centers) e, em casos mais extremos, como ocor-
re em expressivo número de cidades brasileiras, o
gradeamento de praças e demais logradouros públicos
marcam um momento social encarado por muitos pesqui-
sadores como de declínio dos espaços coletivos.
01 O que é rede urbana?
02 Identifique uma megalópole em formação no Brasil?
03 O que é hierarquia urbana?
04 Qual é a principal diferença do modelo atual de rede
urbana em relação ao modelo tradicional?
05 Qual é a principal cidade na nossa rede urbana?
01 (UMTM) Considere as afirmações a seguir sobre a
rede urbana brasileira.
I. O processo de urbanização, acelerado na dé-
cada de 1990, produziu uma nova categoria de
cidades, as cidades globais, cuja concentração
maior está na região Sudeste, pois é a região
mais integrada ao mercado mundial.
II. A região Norte ainda não apresenta cidades com
características de metrópoles regionais. A gran-
de dimensão territorial e a fraca integração eco-
nômica fazem com que as cidades da região
tenham mais relações com as metrópoles regi-
onais do Nordeste e Centro-Oeste.
III. Cada vez mais, São Paulo centraliza as funções
de metrópole nacional e global, pois é o "nó" de
vários fluxos que integram a economia nacional
à global: capitais, mercadorias, informações etc.
IV. Na atualidade, a ideia de uma rede urbana hie-
rárquica está ultrapassada, pois cada centro ur-
bano, independente de seu tamanho
populacional consegue manter relações econô-
micas, políticas e sociais com outros centros.
Está correto somente o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
02 (UNISC) Em Geografia, as metrópoles são definidas
por uma série de características. Com base nessas
características, poucas das cidades brasileiras são
consideradas metrópoles.
Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto
afirmar que elas
(A) exercem influência sobre vasta área geográfi-
ca, quase sempre mais ampla que o território
dos seus Estados.
(B) têm equipamentos urbanos numerosos e varia-
dos, capazes de suprir a quase totalidade das
necessidades da sua população.
(C) apresentam uma área central, cujo fluxo de ve-
ículos, em geral intenso, varia consideravelmen-
te ao longo do dia.
(D) formam uma mancha urbana de densidade
demográfica homogênea, que se estende, de
forma contínua, pelos municípios da região
metropolitana.
325
03 (UFG) A polarização que os centros urbanos exercem
uns sobre os outros determina a hierarquia urbana,
em escala nacional. Nessa perspectiva, a concepção
de metrópole regional abrange
(A) extensas regiões, com influências que ultrapas-
sam o limite estadual.
(B) cidades menores e vilas dentro de um limite de-
terminado pelo centro regional.
(C) distritos, povoados, comunidades rurais e áre-
as vizinhas, no limite municipal.
(D) todo o território nacional, direcionando a vida
econômica e social.
(E) centros regionais menores, com raio de ação
inferior à esfera estadual.
04 (UNESP) A reestruturação produtiva no Brasil, e mais
especificamente no estado de São Paulo, ocorre jun-
tamente com uma nova lógica de localização industri-
al. Analise as afirmações seguintes.
I. Nessa dinâmica ocorre a extensão da região in-
dustrial de São Paulo para um raio aproximado
de 150 quilômetros e, com essa ampliação da
área metropolitana, São Paulo passa a ser de-
signada de cidade-região.
II. Com a forte migração da indústria para o interi-
or paulista, ocorre a desindustrialização da ci-
dade de São Paulo.
III. Aumenta ainda mais o status da metrópole de
São Paulo, pois esta passa a comandar os flu-
xos materiais e imateriais por intermédio de re-
des informacionais.
IV. Com a migração da indústria, a metrópole de
São Paulo passa a concorrer com as novas re-
giões paulistas mais dinâmicas e perde,
consequentemente, seu status.
V. Juntamente com a indústria, migra, também, a
gerência das grandes empresas, seguindo o
mesmo fluxo da nova dinâmica locacional.
Estão corretas as afirmações
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e V.
(E) IV e V
05 (UFRRJ) Sobre as atuais tendências do processo de
urbanização brasileira, analise as afirmativas a se-
guir.
I. A periferia das áreas metropolitanas tem sofrido
um processo de esvaziamento devido ao desem-
prego e às dificuldades de expansão dos espa-
ços construídos.
II. O crescimento das médias cidades é explicado
pela reorganização de diversos setores da eco-
nomia que fogem das desvantagens da aglo-
meração das áreas metropolitanas.
III. A oferta de isenções fiscais tem estimulado o
crescimento de cidades médias, como Juazeiro
do Norte e Sobral, no Ceará, para onde se des-
locaram indústrias têxteis e de calçados do sul
do país.
IV. As metrópoles brasileiras continuam apresen-
tando um acelerado crescimento demográfico
devido aos fluxos migratórios campo-cidade e
ao elevado crescimento vegetativo.
Assinale:
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corre-
tas.
(B) se apenas as afirmativas III e IV estiverem cor-
retas.
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corre-
tas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corre-
tas.
(E) se apenasas afirmativas I e IV estiverem corre-
tas.
06 (UFPR) Na Geografia, o termo "polarizar" significa
atrair, influenciar, fazer convergir para si.
Assim, para que uma determinada área possa exer-
cer as funções de polo, precisará concentrar um nú-
mero considerável de atividades e recursos capazes
de influenciar processos que ocorrem em outras áre-
as. Com base no texto acima e nos conhecimentos
de Geografia, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A polarização faz com que a população de alta
renda empregada na indústria e nos serviços
resida nas metrópoles, enquanto que a pobre-
za se localize nas pequenas e médias cidades
não metropolitanas.
(B) O poder de polarização de uma cidade está as-
sociado ao tamanho de sua população.
(C) A implantação de indústrias numa cidade pode
ampliar o poder polarizador dela ao atrair novos
investimentos industriais e criar encadeamen-
tos produtivos com indústrias de outras cidades.
(D) No contexto da globalização, o poder polarizador
das grandes metrópoles faz com que elas assu-
mam a função de elos privilegiados entre as
economias nacionais e o exterior.
(E) A presença de cidades com forte capacidade de
polarização é essencial para a articulação da
rede urbana, motivo pelo qual essa rede é me-
nos estruturada nas regiões pouco desenvolvi-
das.
07 (CEFET-PR) Um conjunto de municípios contíguos e
integrados socioeconomicamente à uma cidade cen-
tral, com serviços públicos e infraestrutura comuns,
define a:
(A) metropolização
(B) área metropolitana
(C) rede urbana
(D) megalópole
(E) hierarquia urbana
08 (VUNESP) Segundo a hierarquia urbana, as cidades
mais importantes de um país, que comandam a rede
urbana nacional, estabelecendo áreas de influência,
correspondem aos (às):
(A) centros regionais
(B) cidades-dormitórios
(C) metrópoles nacionais
(D) capitais regionais
(E) metrópoles regionais
326
09 (UNIFESP-SP) No Brasil, em decorrência do proces-
so de urbanização, verificou-se uma intensa
metropolização, da qual resultaram:
(A) cidades médias, que se industrializaram após a
abertura econômica da década de 1990, como
Campinas e Ouro Preto.
(B) metrópoles nacionais, sedes do poder econô-
mico e político do país, como São Paulo, Brasília
e Rio de Janeiro.
(C) cidades mundiais, que receberam vultosos in-
vestimentos externos no início do século XXI,
como Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
(D) megacidades dispersas pelo país, graças ao re-
torno de imigrantes, como Manaus, Goiânia e
Curitiba.
(E) metrópoles regionais, que constituem a primei-
ra megalópole do país, como Fortaleza, Recife
e Salvador.
10 (FATEC-SP) Nos últimos anos, ocorreram mudan-
ças no padrão migratório brasileiro. As metrópoles do
Sudeste já não apresentam o elevado grau de atra-
ção demográfica que tinham antigamente. Entre as
causas desse fato, pode-se citar:
(A) o maior controle por parte do Estado brasileiro
para inibir o crescimento descontrolado das ci-
dades.
(B) a criação das frentes pioneiras no Sul do país,
que representam grande potencial de empregos
na zona rural.
(C) a redução das históricas diferenças econômi-
cas entre as regiões, graças à modernização das
atividades agrícolas.
(D) a descentralização econômica, pois inúmeras
empresas estão saindo do Sudeste e se insta-
lando em outras regiões.
(E) o empenho de órgãos, como o IBGE, que ten-
tam promover o aumento das densidades
demográficas no interior do país.
11
CIDADE MÉDIA LIDERA CRESCIMENTO
DA POPULAÇÃO
O crescimento da população brasileira na década de
90 foi mais intenso nas cidades de médio porte, que
têm entre 50 mil e 500 mil habitantes, mostram os
dados preliminares do Censo 2000 (...). Os grandes
centros urbanos - Rio, São Paulo, Belo Horizonte e
Porto Alegre - deram claros sinais de saturação da
capacidade de crescimento entre 1991 e 2000.
No mesmo período, pelo menos 50% das cidades
médias tiveram crescimento igual ou superior a 2%
anuais, acima da taxa média do país, que ficou em
1,63%.
Os novos dados do crescimento urbano no Brasil
mostram que as maiores taxas de crescimento estão
agora com as chamadas cidades médias e não mais
com as grandes metrópoles.
Uma dupla de fatores que ajudam a explicar esta ten-
dência é:
(A) investimentos estatais na industrialização do in-
terior - políticas de controle das migrações in-
ternas
(B) crise no setor metropolitano de serviços - frag-
mentação municipal devido à política de eman-
cipações
(C) redução da fecundidade nos grandes centros -
perda da capacidade de retenção de migrantes
pelas metrópoles
(D) desenvolvimento da agroindústria com atração
de mão-de-obra - assentamentos fundiários em
regiões de conflito
12 Dados estatísticos veiculados por várias fontes reve-
lam que não foram as grandes metrópoles as cidades
que mais cresceram no Brasil na década de 1990,
mas sim as cidades médias.
Duas causas diretas para esse fenômeno são:
(A) sobrecarga das áreas metropolitanas e fixação
dos trabalhadores rurais no campo.
(B) redirecionamento dos fluxos migratórios inter-
nos e dispersão espacial de diversos setores
produtivos.
(C) incentivos fiscais por parte das prefeituras lo-
cais e reorganização da distribuição de recur-
sos pelo governo federal.
(D) desaceleração do crescimento populacional e
dinamização do setor agrário nas imediações
das cidades médias.
01 (UFRJ) A rede urbana constitui um conjunto de cida-
des articuladas entre si que formam uma hierarquia
de graus de comandos estabelecida pelo tamanho e
pela oferta de bens e serviços de cada cidade.
Apresente três fatores que estão alterando a hierar-
quia da rede urbana brasileira.
São Paulo e Rio - as duas capitais que mais atraíam
migrantes - cresceram muito abaixo do registrado no
interior desses estados e no Brasil, e estão próximas
à estagnação. A capital fluminense apresentou taxa
anual de 0,74%, contra 1,7% do interior. A capital
paulista cresceu 0,85% ao ano, contra expansão de
2,17% do interior.
(BARBOSA, Flávia. "O Globo", 10/05/01.)
327
a) Segundo o geógrafo Milton Santos, o espaço é um acúmulo desigual de tempos. As formas observáveis na
paisagem das cidades e as funções a elas reservadas podem variar através dos tempos. Considerando os
objetivos do projeto, apresente um exemplo que ilustre a manutenção de uma forma urbana com nova função
na região destacada.
b) A posição oficial sobre o projeto é que ele beneficiará as pessoas que vivem naquela parte da cidade. Consi-
derando os efeitos do processo de gentrificação, cite um argumento contrário a essa visão.
02 Em 2009, foi instituído, pelo governo municipal do Rio de Janeiro, o projeto Porto Maravilha. Segundo documentos
oficiais, sua finalidade é promover a reestruturação da região portuária da cidade, "por meio da ampliação, articula-
ção e requalificação dos seus espaços públicos, visando à melhoria da qualidade de vida de seus atuais e futuros
moradores e à sus-tentabilidade ambiental e socioeconômica da área. O projeto tem como limites as Avenidas
Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho."
(Adaptado de CDURP/Prefeitura do Rio de Janeiro,
Projeto Porto Maravilha).
REGIÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO A SER ATENDIDA
PELO PROJETO PORTO MARAVILHA
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