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1 Aula 00 PM-AM - Geografia do Amazonas - 2021 (Pós- Edital) Autor: PROF. CATALANO 08 de Dezembro de 2021 A apostila caneta na caveira elaborada para o CONCURSO de SOLDADO E OFICIAL da PM/AM 2021/22, visa preparar os Guerreiros para essa importante prova, que com certeza mudara a vida dos Senhores. MANTÉM, CAVEIRA! Professor João Batista Catalano Graduação; Técnicas Policiais com Bacharelado em Segurança Pública pela Fundação de Ensino Superior de Roraima, atual academia de policia integrada do estado de Roraima, Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Roraima, Pós Graduado em Planejamento Estratégico pela Universidade católica Don Bosco-MS em parceria com ADESG/MS. Ex. Agente Penitenciário Federal (AGEPEN), Ex.Agente da Policia Civil de Roraima, Advogado criminalista, professor de varias disciplina de Direito e de História e Geografia. COMO PASSAR EM UM CONCURSO PÚBLICO? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esse artigo com algumas dicas que irá fazer toda diferença na sua preparação. Então mãos à obra! Separamos algumas dicas para lhe ajudar a passar em concurso público! - Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo, a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. - Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção em um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, devido as matérias das diversas áreas serem diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área se especializando nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área. - Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, de- terminado um local, os horários e dias específicos para estar estudando cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. - Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis, preci- sa de dedicação. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. - Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado, é fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, caso o mesmo ainda não esteja publica- do, busque editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. - Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo muito exercícios. Quando mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. - Cuide de sua preparação: Não é só os estudos que é importante na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. Se prepare para o concurso público! O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes so- bre o mesmo, conversando com pessoas que já foram aprovadas absorvendo as dicas e experiências, analisando a banca examinadora do certame. O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, será ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estu- dados até o dia da realização da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora próximo ao dia da prova. Está em dúvida por qual matéria começar a estudar?! Uma dica, comece pela Língua Portuguesa, é a matéria com maior requisi- ção nos concursos, a base para uma boa interpretação, no qual abrange todas as outras matérias. Vida Social! Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, sempre que possível é importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado, verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho. Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Ner- voso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória. Motivação! A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e as vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém a maior garra será focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. É absolutamente normal caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência. Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação: - Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; - Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; - Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; - Escreve o porque que você deseja ser aprovado no concurso, quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; - Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irá aparecer . - Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta, felizes com seu sucesso. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para estar realizando o seu grande sonho, de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. O prof. Catalano, tem ajudado há mais de 10 anos quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.cataflix.com GEOGRAFIA DO AMAZONAS:Bandeira do Amazonas As cores azul e branca da Bandeira do Amazonas estão Relacionadas ao IMPERIO do século XI, tempo em que foram adotadas como as cores do Condado Portucalense, fundado em 1605, quando D. Henrique criou uma bandeira com uma cruz esquartelando um campo em pares iguais. Foram as cores levadas por Afonso Henrique à batalha de Ourique. Surgem a seguir as bandeiras da Ordem de Cristo e do Comércio Marítimo, depois das quais o azul e o branco estarão sempre presentes nas bandeiras real, imperial e republicana do Brasil e em quase todos os escudos e bandeiras estaduais e municipais. Na bandeira amazonense, ao branco e azul soma-se o vermelho (que pode ser interpretado em relação à época de preparação da bandeira), exatamente para que fosse levada aos campos de combate em Canudos, no ano de 1897, pelo batalhão militar amazonense, que se integrou às forças dos demais estados naquela luta. No retângulo azul da bandeira do Amazonas são aplicadas 25 estrelas em prata, simbolizando o número de municípios existentes em 4 de agosto de 1897 e indicando o momento histórico do embarque das tropas para Canudos, tal como se recolhe das pesquisas históricas, e foi depois lançado no artigo 7.º, inciso VI da lei respectiva. No centro do retângulo azul há uma estrela de primeira grandeza, representando Manaus. Da esquerda para a direita as estrelas simbolizam os municípios de Borba, Silves, Barcelos, Maués, Tefé, Parintins, Itacoatiara, Coari, Codajás, Manicoré, Barreirinha, São Paulo de Olivença, Urucará, Humaitá, Boa Vista, Moura, Fonte Boa, Lábrea, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Manacapuru, Urucurituba, Carauari e São Felipe do Juruá. A bandeira do Estado do Amazonas foi consolidada pela Lei n.º 1.513, de 14 de janeiro de 1982 e seu uso foi regulamentada pelo Decreto n.º 6.189, de 10 de março de 1982. A bandeira do Amazonas foi oficialmente adotada em 1962, tendo como principais cores o branco, vermelho e azul. No canto superior esquerdo, dentro do cantão azul, há 25 estrelas. Elas representam os 25 municípios que formavam o território em 1897. A maior delas, no centro, representa a capital, Manaus. As duas faixas brancas representam a esperança, enquanto a faixa vermelha significa as dificuldades já superadas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. A organização do espaço: a conquista e a expansão da Amazônia Colonial; a produção do espaço amazônico atual. 2. O espaço natural: estrutura geológica e características do relevo; ecossistemas florestais e não-florestais; o clima; a rede hidrográfica; aproveitamento dos recursos naturais e impactos ambientais. 3. Organização do espaço amazonense: posição geográfica; mesorregiões e microrregiões; o processo de ocupação: aspectos geopolíticos e planos de desenvolvimento regional. 4. Aspectos socioeconômicos: ciclos econômicos e crescimento da população; dinâmica dos fluxos migratórios e problemas sociais; o extrativismo florestal (importância da biodiversidade; biodiversidade e manipulação genética para fins comerciais; ecoturismo); extrativismo mineral; concentração fundiária e conflitos pela terra; o processo de urbanização e redes urbanas; fontes de energia: potencial hidrelétrico, hidrelétricas e meio-ambiente; a produção de gás; transportes: a malha viária, importância do transporte fluvial. A Zona Franca de Manaus. 5. Questões atuais: a questão indígena: invasão, demarcação das terras indígenas. A questão ecológica: desmatamento, queimadas, poluição das vias hídricas, alterações climáticas. 1. OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na região Norte do Brasil e ocupa uma área de 1.559.146,876 km², constituindo-se na 9ª maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia. É o maior Estado do Brasil, ocupando mais de 18% da superfície do país. O estado do Amazonas faz limites com: Venezuela, Roraima, Colômbia, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Peru e Acre. O nome “Amazonas” vem da palavra “amassunu”, que quer dizer, na língua indígena, “ruído de águas, água que retumba”. Foi dado ao rio que banha o Estado, pelo capitão espanhol Francisco Orelhana, em 1541. Isso pelo fato de o Tratado de Tordesilhas, assinado entre Espanha e Portugal em 1494, ter definido a região Amazônica como pertencente à Espanha. Mas desde o início do século XVII, no entanto, a região passou a ser alvo de incursões portuguesas, especialmente durante o período da União Ibérica (1580-1640), quando os reinos ibéricos estiveram sob uma mesma coroa. As disputas só se encerraram com a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, que deu a Portugal a posse definitiva da região. Em 1850, D. Pedro II criou a província do Amazonas. No final do século XIX e início do século XX, a exploração da borracha levou grande riqueza para a região, mas veio a decadência econômica por conta da exploração do produto na Malásia pelas colônias inglesas e holandesas. O estado do Amazonas passaria por longo período de estagnação econômica, só retomando o crescimento a partir de 1950, por meio de incentivos do Governo Federal. Tal processo culminou na criação da Zona Franca de Manaus, em 1967, que introduziu a industrialização na região Amazônica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Amazonas possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães. O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com mais de 4 milhões de habitantes (4.144.597 pessoas, segundo as estimativas do IBGE em 2019), sendo superado apenas pelo Pará na região. O estado é oficialmente subdividido em 4 mesorregiões (Norte, Sudoeste, Centro e Sul), com 13 microrregiões (Rio Negro e Japurá; Alto Solimões e Juruá; Tefé, Coari, Manaus, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Parint O município amazonense com a maior área é Barcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA). Já o menor município amazonense em área é Iranduba, com 2.215,03 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus. Grande parte dos municípios do Amazonas possuem grandes áreas territoriais. Em média, um município do estado possui 22.050 km² de área territorial, o equivalente a área do estado de Sergipe. Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira 2. DADOS DOS MUNICÍPIOS: ÁREA, LIMITES, POPULAÇÃO, ALTITUDES E DISTÂNCIA DE MANAUS brasileira com a Venezuela. Ainda neste município, está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. O mapa a seguir indica a localização dos municípios litados na tabela abaixo: Mapa dos municípios do estado do Amazonas. Criado por Rarelibra 19:07, 24 de agosto de 2006 (UTC) para uso em domínio público. Criado usando o MapInfo Professional v8.5 e vários recursos de mapeamento. Nº Municípios do Estado do Amazonas Área (Km²) População (estimativa IBGE/2019 ) Altitude Aproximada (acima do nível do mar) Limites Municipais Distância da cidade de Manaus (aproximado ) 1 Alvarães 5.911,75 16.041 hab. 55 m. Uarini ao oeste; Juruá ao sudoeste; Tefé ao sul e leste; e Maraã ao norte530,40 km 2 Amaturá 4.758,82 11.536 hab. 58 m. Jutaí, São Paulo de Olivença, e Santo Antônio do Içá. 1255 km 3 Anamã 2.453,93 13.614 hab. 29 m. Ao norte e oeste com Anori; ao sul, com Beruri; e a leste, com Manacapuru. 165 km 4 Anori 5.795,28 21.010 hab. 120 m. Anamã; Beruri; Tapauá; Coari; Codajás. 195 km 5 Apuí 54.239,90 21.973 hab. 127 m. Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Maués e os Estados do Mato Grosso e Pará. 408 km 6 Atalaia do Norte 76.354,99 19.921 hab. 65 m. Benjamin Constant, Ipixuna, Guajará 1136 km 7 Autazes 7.599,28 39.565 hab. 36 m. Oeste: Careiro e Careiro da Várzea; Norte: Itacoatiara; Leste: Nova Olinda do Norte; Sul: Borba 108 km 8 Barcelos 122.476 27.502 hab. 36 m. Venezuela a noroeste e norte; os municípios roraimenses de Iracema a nordeste e Caracaraí a leste; Novo Airão a sudeste e sul; Codajás e Maraã a sudoeste; e Santa Isabel do Rio Negro a oeste. 405 km 9 Barreirinha 5.750,53 32.041 hab. 40 m. Ao norte Parintins; a leste o estado do Pará. 331 km 10 Benjamin Constant 8.793,43 42.984 hab. 83 m. Tabatinga, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Ipixuna, Eirunepé, Jutaí e com a República do Peru. 1.118 km 11 Beruri 17.251,24 19.679 hab. 35 m. Anamã, Anori, Caapiranga e Tapauá. 173 km 12 Boa Vista do Ramos 2.586,83 19.207 hab. 179 m. Barreirinha, Maués, Itacoatiara, Urucurituba. 269 km 13 Boca do Acre 22.348,95 34.308 hab. 105 m. Pauini e Lábrea 950 km 14 Borba 44.251,19 41.161 hab. 45 m. Oeste: Beruri; Norte: Careiro, Autazes e Nova Olinda do Norte; Leste: Maués; Sul: Novo Aripuanã e Manicoré. 215 km 15 Caapiranga 9.456,58 13.081 hab. 32 m. Novo Airão, Codajás, Beruri, Anori. 133 km 16 Canutama 29.819,63 15.629 hab. 55 m. Humaitá, Lábrea, Tapauá, Pauini, Boca do Acre e Porto Velho (RO). 620 km 17 Carauari 25.767,35 28.294 hab. 87 m. Leste: Tefé; Sul: Itamarati; Sudeste: Tapauá; Oeste: Jutaí; Norte: Juruá. 788 km 18 Careiro 6.091,55 37.869 hab. 45 m. Norte: Careiro da Várzea, Iranduba e Manaus; Oeste: Manaquiri; Leste: Autazes; Nordeste: Itacoatiara; Sul: Borba. 124 km 19 Careiro da Várzea 2.631,13 30.225 hab. 41 m. Manaus, Careiro, Iranduba, Manaquiri, Autazes, Itacoatiara. 25 km 20 Coari 57.921,65 85.097 hab. 40 m. Oeste: Tefé e Maraã; Norte: Codajás; Leste: Codajás e Anori; Sul: Tapauá. 363 km 21 Codajás 18.711,63 28.637 hab. 47 m. Coari, Caapiranga, Maraã, Beruri e Anori. 297 km 22 Eirunepé 15.831,57 35.273 hab. 124 m. Itamarati, Envira, Ipixuna, Benjamin Constant, Jutaí e o estado do Acre. 1.159 km 23 Envira 13.369,29 20.033 hab. 150 m. Eirunepé, Pauini, e com os municípios do Acre de Feijó e Tarauacá. 1.216 km (linha reta) 24 Fonte Boa 12.110,91 17.609 hab. 50 m. Japurá, Maraã, Juruá, Uarini, Tonantins e Jutaí 602 km 25 Guajará 8.904,24 16.678 hab. 12 m. Atalaia do Norte, Ipixuna, Cruzeiro do Sul (AC) e Mâncio Lima (AC). 1.487 km 26 Humaitá 33.071,67 55.080 hab. 90 m. Norte e leste: Manicoré; sul: Porto Velho (RO) e Machadinho d'Oeste (RO); oeste: Tapauá e Canutama. 675 km 27 Ipixuna 13.565,92 29.689 hab. 164 m. Guajará a Oeste; Atalaia do Norte a Noroeste; Benjamin Constant a Norte; Eirunepé a Leste e o estado do Acre a Sul. 1.380 km 28 Iranduba 2.215,03 48.296 hab. 92 m. Manaus; Manacapuru; Novo Airão. 34 km 29 Itacoatiara 8.891,99 101.337 hab. 26 m. Oeste: Manaus e Rio Preto da Eva; Norte: Silves e Itapiranga; Sul: Autazes, Careiro e Nova Olinda do Norte; Sudeste: Maués; Leste: Boa Vista do Ramos e Urucurituba. 270 km 30 Itamarati 25.275,89 7.851 hab. 60 m. Tapauá, Pauini, Eirunepé, Jutaí e Carauari. 985 km 31 Itapiranga 4.231,13 9.148 hab. 43 m. Itacoatiara, São Sebastião e Silves 339 km 32 Japurá 55.791,48 2.755 hab. 50 m. Fazendo limites territoriais com a Colômbia, Japurá é enquadrada como Área de Segurança Nacional 780 km 33 Juruá 19.400,42 14.712 hab. 55 m. Oeste: Jutaí; Norte:Fonte Boa; Leste: Uarini e Alvarães; Sul:Carauari. 672 km 34 Jutaí 69.551,86 14.317 hab. 70 m. São Paulo de Olivença, Amaturá, Juruá, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Fonte Boa, Carauari, Pauini e Eirunepé. 632 km 35 Lábrea 68.229,01 46.069 hab. 75 m. Canutama, Boca do Acre, Tapauá, Pauini e os estados de Rondônia e Acre. 852 km 36 Manacapuru 7.329,23 97.377 hab. 60 m. Leste: Iranduba e Manaquiri; Sul: Beruri; Oeste: Anamã e Caapiranga; Norte/Noroeste: Novo Airão. 93 km 37 Manaquiri 3.975,76 32.105 hab. 28 m. Manacapuru, Careiro e Iranduba 156 km 38 Manaus 11.401,09 2.182.763 hab. 92 m. Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão. 0 km 39 Manicoré 48.282,48 55.751 hab. 32 m. Humaitá, Novo Aripuanã, Borba, Tapauá, Beruri e Machadinho d'Oeste (Rondônia). 390 km 40 Maraã 16.910,42 18.224 hab. 65 m. Oeste: Uarini e Alvarães; Norte: Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos; Noroeste: Fonte Boa e Japurá; Leste: Coari; Sul: Tefé. 615 km 41 Maués 39.988,39 63.905 hab. 25 m. Ao sul: Apuí; a oeste: Borba, Nova Olinda do Norte, Itacoatiara; ao norte: Urucurituba, Boa Vista do Ramos, Barreirinha; a leste: o Pará e seus municípios: Jacareacanga, Itaituba, Aveiro, Juruti. 356 km 42 Nhamundá 14.105,62 21.173 hab. 50 m. Sul: Parintins; Oeste: Urucará; Norte: Caroebe (estado de Roraima); Leste: 375 km Faro e Terra Santa (estado do Pará). 43 Nova Olinda do Norte 5.608,55 37.378 hab. 39 m. Oeste: Borba; Norte: Itacoatiara; Noroeste: Autazes; Leste: Maués; Sul: Borba. 126 km 44 Novo Airão 37.771,25 19.454 hab. 45 m. Presidente Figueiredo (nordeste); Manaus, Iranduba e Manacapuru (leste); Barcelos (oeste); Codajás e Caapiranga (sul); estado de Roraima (norte). 45 m. 45 Novo Aripuanã 41.191,35 25.644 hab. 40 m. Oeste: Manicoré; Norte: Borba; Leste: Apuí e Borba; Sul: Colniza (MT) 225 km46 Parintins 5.952,33 114.273 hab. 27 m. Oeste: Urucurituba; Norte: Nhamundá; Leste: Terra Santa e Juruti (PA); Sul: Barreirinha 372 km 47 Pauini 41.610,06 19.426 hab. 100 m. Boca do Acre, Envira, Lábrea, Itamarati 1.054 km 48 Presidente Figueiredo 25.422,24 36.279 hab. 122 m. Oeste: Novo Airão; Norte: Rorainópolis (RR); Leste: Urucará, São Sebastião do Uatumã; Sudoeste: Manaus; Sul: Rio Preto da Eva. 107 km 49 Rio Preto da Eva 5.813,20 33.347 hab. 35 m. Presidente Figueiredo ao norte; Manaus ao sul e oeste e Itacoatiara e 78 km Itapiranga ao leste e nordeste. 50 Santa Isabel do Rio Negro 62.846,24 25.156 hab. 96 m. São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Maraã, Japurá e a Venezuela. 846 km 51 Santo Antônio do Içá 12.307,77 21.602 hab. 61 m. Norte: Japurá e Tonantins; Oeste: Colômbia; Leste: Jutaí e Amaturá; Sul: São Paulo de Olivença e Tabatinga. 881 km 52 São Gabriel da Cachoeira 109.184,90 45.564 hab. 93 m. Santa Isabel do Rio Negro, Japurá, Venezuela e a Colômbia. 852 km 53 São Paulo de Olivença 19.745,81 39.299 hab. 96,42 m. Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Jutaí, Amaturá, Santo Antônio do Içá 1.235 km 54 São Sebastião do Uatumã 10.741,04 14.020 hab. 06 m. Urucará, Itapiranga, Silves, Presidente Figueiredo 247 km 55 Silves 3.748,82 9.171 hab. 68 m. Leste: Urucurituba; Norte: Itapiranga; Sul e Oeste: Itacoatiara. 336 km 56 Tabatinga 3.225,06 65.844 hab. 60 m. Letícia (Colômbia), Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Atalaia do Norte 1.105 km 57 Tapauá 89.324,26 17.156 hab. 47 m. Oeste: Carauari e Itamarati; Norte: Tefé e Coari; Leste: Humaitá e Manicoré; Nordeste: Beruri e Anori; Sul: Lábrea e Pauini. 565 km 58 Tefé 23.704,43 59.849 hab. 75 m. Uarini; Alvarães; Coari; Tapauá. 575 km 59 Tonantins 6.432,59 18.755 hab. 40 m. Oeste: Santo Antônio do Içá; Norte: Japurá; Leste: Fonte Boa; Sul: Jutaí 872 km 60 Uarini 10.246,22 13.540 hab. 50 m. Alvarâes, Juruá, Fonte Boa, Maraã 570 km 61 Urucará 27.904,86 16.256 hab. 23 m. Oeste: Presidente Figueiredo e São Sebastião do Uatumã; Norte: São João da Baliza (Roraima); Leste: Nhamundá; Sudoeste: Silves e Itacoatiara; Sul: Urucurituba. 281 km 62 Urucurituba 2.906,68 23.065 hab. 11 m. Urucará, Itacoatiara, São Sebastião do Uatumã, Parintins, Silves (Amazonas), Itapiranga, Barreirinha e Boa Vista do Ramos. 339 km r Em 1940, o Estado do Amazonas detinha uma população de 438.008 habitantes, conforme os dados do IBGE. Já em 1980 a população do Amazonas mais que triplicou, passando para 1.449.135 habitantes. Dez anos depois, em 1990, mais um grande salto, a população do Amazonas era de 2.102.901 habitantes. E continuou crescendo, sendo que em 2010 foram registrados 3.483.985 de habitantes, segundo os dados do IBGE. A relevância desses números é entendida quando observada a conjuntura histórica e econômica do Estado do Amazonas ao longo do século XX, sendo marcada por diferentes momentos, com altos e baixos, como veremos na sequência. O maior Estado do Brasil possui a maio 2floresta tropical do mundo com 98% de sua área preservada. Aliando seu potencial ecológico a uma política de negócios embasada na sustentabilidade, a capital do Amazonas tornou-se a 6ª cidade mais rica do país. Antes, vale a pena lembrar que a colonização da Amazônia, iniciada no século XVII, foi fruto de um intenso processo de transformação política e econômica europeia. Ao longo na colonização da região da Amazônia a incursão pelo interior do território abriu caminho não apenas para o conhecimento de novos espaços, mas também para a existência de várias plantas, frutas e raízes que compunham a nossa vegetação. Nesse processo, o contato com as populações indígenas também foi de suma importância para que os colonizadores conhecessem as potencialidades curativas e culinárias das chamadas Drogas do Sertão. Neste primeiro momento de exploração, os produtos agrícolas e naturais tinham grande relevância econômica para Coroa Portuguesa. Na busca por alternativas mercantilistas, os europeus encontraram abundante mão-de-obra indígena, graças ao conhecimento e ao trabalho de índios catequizados, e inúmeros gêneros naturais para injetar no mercado europeu, como: cacau selvagem, canela do mato, cravo, salsaparrilha, castanha-do-pará, piaçava, sementes oleaginosas (andiroba, copaíba, etc.), gengibre (mangarataia), puxuri, baunilha, tinta de urucum, anil, madeiras diversas. Os gêneros do reino animal poderiam muito bem ser considerados parte de uma biopirataria moderna em escalas jamais imaginadas. Eis a base mais promissora do comércio extrativista das drogas do sertão. Já a escravidão dos negros na Amazônia teve várias formas de emprego e resistências. Os quilombos/mocambos são um exemplo desse processo. Estes se agrupavam no interior da floresta, formando agrupamentos independentes e autônomos que, além disso, não eram compostos apenas de comunidades de negros, mais também de mestiços e índios. O mocambo mais famoso da região é o Mocambo do rio Trombetas, que chegou a ser povoado por mais de 2.000 negros e mestiços. A existência de quilombos/mocambos na região da bacia do rio Trombetas é atestada por inúmeros documentos históricos: relatos de viajantes, ofícios e relatórios de autoridades. Os escravos fugitivos refugiavam-se entre as comunidades indígenas da região, formando os quilombos na bacia do Rio 3. ASPECTOS ECONÔMICOS DO ESTADO DO AMAZONAS: EXTRATIVISMO VEGETAL, ANIMAL E MINERAL çã “A importância econômica de produtos extrativos tem apresentado modificações ao longo da história. Assim é o caso de vários produtos extrativos que tiveram grande importância na formação econômica, social e política da Amazônia. Entre esses produtos podem ser mencionados as “drogas do sertão” e o cacau (Theobroma cacao L.) no período colonial, a borracha (Hevea brasiliensis M. Arg.), a castanha-do-pará (Bertholletia excelsa H.B.K), o palmito e o fruto do açaí (Euterpe oleracea Mart.) e a extração da madeira, entre os principais. A sustentabilidade da extra 1 o dos recursos extrativos apresenta modificações com o progresso tecnológico, o surgimento de alternativas econômicas, o crescimento populacional, a redução dos estoques, os níveis salariais da economia, as mudanças nos preços relativos e outros fatores. De uma forma geral, as atividades extrativas se iniciam, passam por uma fase de expansão, de estagnação e depois declinam, no sentido do tempo e da área espacial.” Trombetas. Para eles, a floresta significou liberdade e suporte para a vida. A dificuldade de acesso os protegia das expedições que visavam destruir os mocambos. A conquista da Amazônia, no decorrer dos séculos XVI e XVII se realizou sob um intenso processo de luta entre português, inglês, espanhóis e holandês, envolvendo aliança com as tribos indígenas já presente no território. Os Português dominaram o território no meio do XVII e iniciaram a colonização da região para tirar uma vantagem de sua riqueza natural. Eles construíram pequena cidade nas margensdos principais rios. Os missionários religiosos, através a busca de novos indivíduos a converter a religião cristã, se carregaram principalmente a tarefa da colonização territorial. Eles criarão missões e grandes fazendas na vale dos principais rios da Amazônia, regulando de fato a divisão do território entre as ordens religiosas. Os Carmelitas se disseminaram ao longo do Solimões, do Negro e os Jesuítas no rio Madeira. Nas fazendas, o sistema agrário foi modificado, se começou a primeiras atividades econômicas extrativistas. Os religiosos, dono das fazendas, praticavam a exploração das Drogas do Sertão (cacau, canela anil, ervas medicinais, madeiras entre outros) para exportar na Europa e mantiveram as praticas indígenas de agricultura e pesca para autoconsumo. O trabalho de extrativismo precisava de uma mão de obra importante e experimentada que foi encontrada nas populações tradicionais morando no lugar. O trabalho dos Índios era securitizado de duas maneiras. Com o trabalho dos missionários que conseguiam convencer tribos inteiras de trabalhar para eles. A segunda, dominante, através a organização pelos Sertanistas de expedições de captura de Índios. c No Brasil colonial e imperial, as migrações para o centro e para o norte do país derivaram de expedições que objetivavam a expansão e a proteção do domínio português sobre o território brasileiro com fins de exploração das drogas do sertão. Na Amazônia brasileira, as missões jesuítas e as expedições que objetivavam a exploração dos recursos naturais como atividades econômicas são fatos iniciais estruturantes da colonização e do início da formação social dessa parte do Brasil. Desse modo, a ocupação da Amazônia se deu em várias levas de colonização, associadas à procura de recursos naturais economicamente exploráveis, fosse para o extrativismo ou para a expansão agrícola, o que resultou na atual estrutura social e territorial da Amazônia. Nos séculos XVII e XVIII, a exploração das drogas do sertão conformou o sistema econômico em alternativa à implantação do projeto colonial baseado na economia de plantation, como acontecera em estados das regiões Nordeste e Sudeste do país. Diante da constatação da equivalência de produtos da floresta às espe4 iarias procedentes do Oriente, os colonizadores passaram a investir na coleta de especiarias florestais, exportando-as ao mercado europeu, caracterizando os chamados ciclos extrativistas. O extrativismo das drogas do sertão registra a primeira atividade de exploração dos recursos naturais na Amazônia. De acordo com Porto-Gonçalves (2001, p. 81), a partir do “devassamento da floresta em busca de especiarias”, iniciaram se o “(des)envolvimento da Amazônia e a valorização seletiva de seus recursos naturais”. Focando nessa atividade, a administração colonial e as ordens religiosas passaram a estabelecer um diversificado sistema de caça, pesca e coleta. “Ao longo das várzeas emerge um sistema, que combina o extrativismo da floresta, a pesca e a agricultura, articulado, por meio dos regatões, com as vilas e cidades” (Porto-Gonçalves, 2001, p. 82). Por essas características, Porto-Gonçalves (2001) considera que o extrativismo permaneceu como atividade socialmente importante para a região. A opção pela coleta das drogas do sertão reconfigurou a estrutura do sistema mercantil vigente, que passou a ter como pilares a extração de recursos naturais – transformados em mercadoria – e a utilização da mão de obra indígena, posto que tal atividade exigia conhecimento aguçado sobre o ecossistema amazônico, além de ser inviável controlar escravos em meio às florestas – o que tornava ineficientes tanto o escravo africano quanto o colonizador europeu. A história da Amazônia é marcada por intensos processos de exploração ambiental e, especialmente, humana. Os povos indígenas foram os mais prejudicados. Além das grandes perdas humanas, de suas terras, línguas e de suas culturas, estes povos sofreram intensos processos de violência, preconceito e discriminação. Dos tempos remotos aos dias de hoje, os indígenas vêm resistindo contra todo esse processo. Nos anos finais do século XIX e no início do século XX um produto natural integrado na economia extrativista revolucionou a região amazônica completamente, tanto no plano econômico, quanto político e cultural. Esse produto natural foi o látex, que produz a borracha. Durante a m “Os trabalhadores rurais, formalmente livres, endividam-se junto ao proprietário que fornece os instrumentos de trabalho, vestimenta e alimentos para as semanas iniciais, debitando o custo na conta de quem trabalha. Como os ganhos jamais permitem a quitação da dívida, o resultado é o trabalho compulsório.” Magnoli, Demétrio. Geografia: a construção do mundo. Ed. Moderna. São Paulo.2005. Revolução Industrial europeia, o látex foi um dos principais produtos de exportação brasileiro, formando o período que ficou conhecido como Ciclo da Borracha. Desde a segunda metade do século XIX, alguns brasileiros, sobretudo nordestinos, retirantes das grandes secas da década de 1870, instalam-se na região amazônica, especialmente na bacia do Rio Acre, para se dedicar à atividade de extração do látex. Sem conhecer ou se importar com títulos de propriedade, estes migrantes começam a ocupar as terras, cuja maior parte pertencia à Bolívia. As mudanças trazidas pela Revolução Industrial, especialmente após a invenção do automóvel com os pneus de borracha, vulcanizada por Charles Goodyer em 1839 e popularizado nos EUA, isso fez com que a região amazônica atraísse a atenção de governos e particulares. Quando a controvérsia se acirrou, surgiu na cena política a figura de José Maria da Silva Paranhos, o Barão do Rio Branco, que havia sido convidado pelo Presidente Rodrigues Alves a assumir a pasta do Ministério das Relações Exteriores e de imediato estudar o te 7a delicado. O presidente boliviano, General Pando, percebendo que não poderia manter o controle da região do Acre, busca finalmente o entendimento diplomático. Em 21 de março de 1903, ele concordou com a ocupação e administração brasileira na região até a conclusão dos termos do acordo que culminaria com o Tratado de Petrópolis, assinado meses depois. Nos anos finais do século XIX e no início do século XX um produto natural integrado na economia extrativista revolucionou a região amazônica completamente, tanto no plano econômico, quanto político e cultural. Esse produto natural foi o látex, que produz a borracha. Durante a Revolução Industrial europeia, o látex foi um dos principais produtos de exportação brasileiro, formando o período que ficou conhecido como Ciclo da Borracha. A produção de borracha na Amazônia é uma das mais importantes atividades econômicas do país. Envolvendo cerca de 100 mil pessoas, em grande parte nordestinos, a exportação do látex amazônico chegou a atingir médias anuais de 40 mil toneladas, enviadas para os EUA e para a Europa. Grandes bancos, empresas de comércio e companhias de navegação inglesas, francesas e norte-americanas instalam agências em Belém e Manaus, algumas delas centralizando seus negócios no Brasil e na América do Sul. A riqueza da borracha pareceu ilimitada, e a modernidade da belle époque chegava à selva. Por outro lado, para além da ostentação dos grandes centros como Manaus e Belém, o sistema de barracão foi amplamente utilizado na Amazônia durante o Ciclo da Borracha, como forma de manter os seringueiros permanentemente endividados. s “O sistema de aviamento é formado por uma cadeia de agentes, cujo primeiro elo concede créditos a intermediários menores. Os médios e pequenos intermediários, por sua vez, repassam o crédito recebido aos últimos elos dessa cadeia, que são os produtores diretos da atividade extrativa.” CANNO, W. Raízes da concentração industrial em São Paulo. Ed. T. A. Queiroz. São Paulo. 1983. Havia ainda o sistema dearrendamento, que é um contrato de cessão de um fator de produção, pelo qual seu proprietário o entrega a outro para ser explorado, mediante determinada remuneração. Já o sistema de meiação consiste no trabalho do agricultor que utiliza das terras de outra pessoa. Em geral o meeiro ocupa-se de todo o trabalho, e reparte com o dono da terra o resultado da produção. O dono da terra fornece o terreno, a casa e, às vezes, um pequeno lote para o cultivo particular do agricultor e de sua família. Em especial, o sistema de aviamento era definido por uma cadeia de fornecimento de mercadorias a crédito, cujo objetivo era a exportação da borracha para a Europa e EUA. Tratava-se de um sistema comercial em que o aviador fornece bens de uso e de consumo ao seringueiro e compra a borracha produzida por ele. Em outras palavras, o sistema de aviamento consistia na compra da borracha a preços baixíssimos do 9eringueiro, de um lado, e de outro, na venda de gêneros de subsistência com preços aviltados pelo intermediário. No primeiro surto da borracha, o sistema de aviamento não sofreu regulamentações por parte do governo federal. A palavra aviar significa fornecer mercadoria a alguém em troca de outro produto. As negociações eram efetuadas, em sua maioria, sem a intermediação do dinheiro. Era baseado no endividamento prévio e contínuo do seringueiro com o patrão (seringalista), a começar pelo fornecimento das passagens, especialmente do Nordeste para a Amazônia. Antes mesmo de produzir a borracha, o patrão lhe fornecia todo o material logístico necessários à produção da borracha e à sobrevivência do seringueiro. Portanto, já começava a trabalhar endividado. Nessas condições, era quase impossível o seringueiro se libertar do patrão. O seringueiro não era o proprietário de um determinado território, que serve de base para a atividade extrativa, ele era o intermediário do sistema de aviamento. Os seringueiros são os extratores da borracha, aqueles que vendem a sua mão-de-obra barata aos agenciadores. As tarefas do seringueiro na unidade produtiva (seringal) consistiam em corte da seringueira, coleta do látex e defumação, numa jornada de trabalho com duração média de 14 a 16 horas diárias. O transporte era realizado pelo regatão, que era o nome dado ao barco, e também ao seu proprietário, responsável pelo transporte de mercadorias até o seringal e da borracha para os grandes centros. Os regatões eram os transportadores dos produtos. e Mas, logo após a I Guerra Mundial (1914-1918), notam-se sinais de rápido declínio. Já no século XX, a alta carga de impostos federais que incidia sobre o produto amazônico teria tornado viável e lucrativa a implantação, por parte de europeus e estadunidenses, de extensos seringais no Sudeste Asiático. Nesse momento chegava ao fim o Ciclo da Borracha. Na década de 1920, em locais onde ainda se extraía látex, o governo brasileiro passou a fomentar o cultivo de seringueiras no intuito de sustentar a exportação da borracha para retomar o desenvolvimento econômico da região amazônica. Houve investimento do capital privado na expansão dos seringais, a exemplos da Companhia Ford Industrial do Brasil (criada por Henry Ford) e do Banco de Crédito da Borracha (criado pelo governo americano). Esse investimento favoreceu o segundo ciclo da borracha, que ocorreu no período da Segunda Guerra Mundial, quando se fecharam as portas para a exportação de borracha asiática. Contingentes humanos foram “recrutados” para os seringais – principalmentb nordestinos –, mas o investimento americano na atividade durou pouco tempo, pois, com o fim da Guerra, o mercado internacional voltou a se abrir para os asiáticos. Além disso, a fabricação de borracha sintética foi determinante para a redução da exportação. A Companhia Ford, que utilizava um quarto da borracha produzida no mundo, teve a ideia de produzir, ela mesma, a borracha necessária para suas usinas. Henry Ford escolheu o Brasil, que dava vantagens aos que queriam fazer plantações. Importou da Ásia mudas da planta e, em 1934, plantou- as em Fordlândia, ao sul de Santarém. Contudo, depois de 10 anos a demanda não foi suficiente, assim, a plantação encerrou suas atividades em 1945. Até meados do século XX, a vida das populações amazônicas se organizou em torno dos rios. A partir daí, os interesses se deslocaram para as riquezas minerais e pela decisão política de integrar o espaço amazônico ao resto do país. Nos anos 1940, o estão presidente da República, Getúlio Vargas, inicia uma política para a ocupação do oeste brasileiro, a chamada Marcha para o Oeste. Isso porque durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), incentivou-se novamente o extrativismo da borracha e, novamente, milhares de famílias nordestinas foram transportadas para os seringais. O governo brasileiro fez um acordo com o governo dos EUA (Acordos de Washington), que desencadeou uma operação em larga escala de extração de látex na Amazônia – operação que ficou conhecida como a Batalha da Borracha. Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens. O alistamento compulsório em 1943 era feito pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA), com sede no Nordeste, em Fortaleza, criado pelo então Estado Novo (1937-1945). A escolha do nordeste como sede deveu-se essencialmente como resposta a uma seca devastadora na região e à crise sem precedentes que os camponeses da região enfrentavam. Terminada a guerra, o governo procurou manter uma política de incentivo ao extrativismo da borracha, com financiamentos para a comercialização e o beneficiamento. Mas como os preços pagos ao produtor não eram atraentes, o extrativismo passou por diversas crises, fazendo com que nos últimos 10 anos grande número de famílias tenha abandonado a atividade. O extrativismo da borracha sempre esteve ligado ao da castanha que é praticado nas mesmas áreas; o primeiro, na época menos chuvosa (maio a novembro) e o segundo, no período mais chuvoso (dezembro a março). Inclusive, visando a melhoria contínua na avaliação dos projetos agropecuários, buscando constantemente a eficácia dos resultados, principalmente, em virtude do aumento da demanda por produtos originados do extrativismo no estado do Amazonas, a Embrapa Amazônia Ocidental e a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), realizam no âmbito da parceria de cooperação técnica, o curso Extrativismo da castanha-do-brasil no Amazonas: da coleta à comercialização . Na segunda metade do século XX, a industrialização da região foi incentivada, principalmente com a criação da Zona Franca de Manaus – que veremos com mais detalhes à frente. Atualmente, existem indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas ou de extração, o Polo de Biotecnologia, filiais de grandes indústrias eletrônicas, quase sempre de capitais transnacionais, que produzem aparelhos eletrônicos, motocicletas, relógios, aparelhos de ar-condicionado, CDs e DVDs, suprimentos de informática e outros, com componentes trazidos de fora da região. Na década de 1960, durante o Regime Militar, com o intuito de “integrar” a Amazônia com o resto do País, os militares pregam a unificação do País e a proteção da floresta contra a “internacionalização”. Utilizando um discurso nacionalista, os militares realizam várias obras em infraestrutura para a ocupação da região, a principal é a Transamazônica. Era a política "Integrar para não Entregar". Na década de 1970, a população da “Amazônia Legal” – área que engloba nove estados do Brasil pertencentes à bacia Amazônica e à área de ocorrência das vegetações amazônicas – atinge a quantiade 7 milhões de habitantes, reflexo das políticas públicas para a ocupação do território, no entanto, os problemas ambientais gerados são desastrosos, a área desmatada da Amazônia chega a 14 milhões de hectares e só tem aumentado a cada minuto. Na década de 1980, os problemas ambientais na Amazônia, rotulada como “pulmão do mundo”, geram repercussões internacionais. O assassinato do líder sindical Chico Mendes, em 1988, agrava ainda mais as pressões internacionais em relação às políticas desenvolvidas no Brasil para a preservação da Amazônia. Na década de 1980, além da exploração madeireira, a construção de grandes empreendimentos somou-se à abertura de rodovias, tornando-se outro atrativo para os migrantes. Durante essas décadas, a interferência do governo resultou primeiramente em mudanças nas estruturas social e produtiva da região, tendo em vista que a economia regional, até então centrada no extrativismo vegetal, passou a ser diversificada, havendo expansão do setor de mineração, de serviços e do campesinato. Apesar de, no geral, o extrativismo, enquanto atividade motora da economia na Amazônia, estar associado ao “progresso” e ao desenvolvimento econômico, a presença do movimento ambientalista nos debates políticos referentes à região amazônica e a luta das categorias sociais locais, como os seringueiros, têm influenciado novas ações de intervenção nessa região. O cenário começou a mudar no final dos anos 1980, quando começaram a ganhar força novas formas de interpretar a natureza, havendo o reconhecimento de agentes sociais como povos da floresta (o que antes trazia uma conotação negativa). No início dos anos 2000, conforme dados do IBGE, a população da Amazônia é de 21 milhões de pessoas. A pecuária passa a ser a grande vilã e principal responsável pelo desmatamento. O rebanho bovino é de cerca de 64 milhões de cabeças. A mineração é uma riqueza extrativista em potencial na Amazônia. Mais de 40% dos territórios da Amazônia estão na área do pré-cambriano, que apresentam potencialidades para os depósitos de 13 minerais. O Amazonas possui a segunda maior reserva de potássio do planeta, mas a exploração legalizada no minério continua um entrave na região. A mineração no Estado é particularmente difícil para indígenas, os detentores das terras onde essas riquezas estão enterradas. No Estado do Amazonas, o nióbio e o potássio exemplificam esta situação. A reserva mineral de nióbio localizada na região denominada “Cabeça de Cachorro”, no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), na fronteira com a Venezuela e a Colômbia, classificada entre as maiores do mundo, apesar da alta viabilidade comercial, não pode ser explorada comercialmente porque está localizada em território indígena e dentro das áreas de proteção ambiental Parque Nacional do Pico da Neblina e da Reserva Biológica Estadual do Morro dos Seis Lagos. O total de minério estimado na reserva é de cerca de 2,9 bilhões de toneladas de nióbio. O nióbio é um raro e estratégico minério utilizado na industrialização de produtos que suportem altas e baixas temperaturas como aviões e foguetes aeroespaciais. Indispensável nas indústrias espacial e nuclear, várias ligas de nióbio são desenvolvidas por sua leveza e por sua supercondutividade, muito superior à de outros minerais. Seus principais derivados entram na composição de aços diversos, como nos aços de alta resistência, usados na fabricação de tubulações para transmissão de gás sob alta pressão, petróleo e água, por ser um poderoso agente anticorrosivo, resistente aos ácidos mais agressivos. São três as grandes frentes na Amazônia hoje: uma parte de São Felix do Xingu, Sudeste do Pará, em direção ao rio Iriri; outra parte do extremo Norte de Mato Grosso pela rodovia Cuiabá-Santarém, em torno de cuja pavimentação há grande discórdia, pois ela atravessa não mais a borda, mas o meio da floresta; a terceira parte do Norte de Mato Grosso e de Rondônia em direção ao Sul do Estado do Amazonas (Becker, 2005, p. 81). Nas áreas desmatadas, torna-se desafiador abordar o extrativismo como alternativa econômica frente à atual situação de baixo percentual de florestas. Em vista disso, o extrativismo enquanto estratégia de desenvolvimento (geração de renda) para as milhares de famílias que vivem na Amazônia torna-se controverso da maneira como tem sido pensado – a partir do uso de produtos de florestas primárias. Logo, torna-se pertinente discutir o potencial do extrativismo vegetal e animal em áreas onde a cobertura vegetal é formada por diversos tipos de vegetação (natural e cultivada), ecossistemas e grupos sociais. Outro fator importante a ser considerado é a dificuldade em contabilizar e valorar o incontável número de produtos extrativistas que são utilizados nessas áreas, bem como localizar e quantificar a produção, principalmente quando se considera o autoconsumo. A Zona Franca de Manaus (ZFM) foi criada pelo decreto-lei número 3.173 de 6 de junho de 1957, inicialmente idealizada como Porto Livre, e aprimorada dez anos depois, pelo decreto-lei 288 de 28 de fevereiro de 1967, com o propósito de impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental. O presidente militar Castello Branco era contra a ocupação estrangeira da Amazônia e garantiu o território. Ele confirma os incentivos fiscais pra empresas que se instalarem na região por 30 anos, além de criar para administrar tudo isso a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). A Suframa é uma autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que administra uma ZFM com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize, de forma sustentável, os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais. A Suframa tem por responsabilidade a promoção dos três polos da ZFM - comercial, industrial e agropecuário -, além de identificar oportunidades de negócios e investimentos para a região tanto para o Polo Industrial de Manaus quanto para os demais setores econômicos da sua área de atuação. O responsável pela idealização e articulação da criação da Zona Franca de Manaus foi o deputado federal Francisco Pereira da Silva ao propor a Lei Nº 3.173, aprovada no dia de 06 de junho de 1957. Esta lei dava a Manaus, capital da Amazônia, um caráter de Porto Franco ou Porto Livre, que criava uma zona para armazenar ou depositar qualquer produto amazônico e instalava portos na cidade. Contudo, a lei que impulsionaria a Zona Franca foi o Decreto Lei Nº 288/1967, que estabeleceu incentivos fiscais para criação de polo industrial, comercial e agropecuário numa área de 10 mil km², na cidade de Manaus. Este incentivo atraiu empresas multinacionais que se instalaram na região condicionando o início da industrialização de base. Este decreto ainda criou a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que é uma autarquia e funciona como agência promotora de investimento para assegurar o desenvolvimento regional. No contexto econômico da proposta de criação da Zona Franca, o Brasil apresentava uma industrialização concentrada na região sudeste e a ideia era estimular e promover uma integração produtiva e social da Amazônia. Outra proposta era atrair contingente populacional, pois a região apresentava um vazio demográfico. E ainda, havia a necessidade de ocupar a região para assegurar a soberania do território amazônico. A princípio a ZFM se limitava apenas a Manaus, e depois, com o Decreto Lei Nº 358/1968, estendeu os benefícios fiscais para a Amazônia Ocidental, isto é, para as demais regiões da Amazônia e para os Estados do Acre, da Rondônia e de Roraima. 4. A ZONA FRANCA DE MANAUS Aproximadamente 600 empresas gozam de incentivos fiscais especiais, que são parte de um plano geoeconômico para impulsionar o desenvolvimento da região Nortedo Brasil. Atualmente, a ZFM responde por aproximadamente 50% do PIB amazonense. Na verdade, o custo de oportunidade da ZFM se fez necessário antes de seu início, pois era preciso dotar a região de condições de meios de vida e infraestrutura que atraíssem para ela a força de trabalho e o capital, nacional e estrangeiro, vistos como imprescindíveis para a dinamização das forças produtivas locais, objetivando instaurar na região condições de rentabilidade econômica global. Sua criação e desenvolvimento sempre estiveram atrelados a circunstâncias político- econômicas locais, nacionais e mundiais. Atualmente, a isenção de empresa pública, de acordo com os artigos 1º e 2º da Lei nº 9.960/2000, tem como fato gerador da taxa de serviços administrativos o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição pela Superintendência da Zona Franca de Manaus - Suframa. De 1975 para frente, a ação é expandida com áreas de livre comércio. Quem vivia por lá nessa época relata que em regiões de Manaus era todo dia uma loucura, um paraíso do consumo. Tinha fila em loja para comprar novidades como videocassete, aeroporto e hotéis lotados e vários produtos e aparelhos de marcas que não chegavam a outros estados tão facilmente. Em 1976, foi instituída uma cota de bagagem, e a poeira do comércio começou a baixar. A Zona Franca de Manaus é considerada um enclave, com suas atividades industriais. O termo enclave é usado para descrever a formação de um núcleo de povoamento e valorização econômica em áreas dominadas por paisagens naturais. A fronteira de possibilidades de produção define o conjunto de combinações possíveis de bens e serviços que uma sociedade pode produzir, dados os recursos disponíveis. No caso da ZFM, as indústrias estrangeiras com mercados mundiais, sendo particularmente pressionadas pelo aumento dos custos da força de trabalho, de um lado, e do aguçamento da competição nacional e internacional, de outro, estão procurando constantemente caminhos e meios de cortar ou minimizar seus custos de produção e distribuição. Apesar da ZFM ser uma zona de livre comércio e uma zona industrial, existem modalidades como os portos francos, entrepostos, dentre outras, mostrando que o mecanismo de formação de preços na ZFM é afetado pela intervenção estatal, concretizada por meio das isenções fiscais. O fundamental, apesar da especificidade de cada um desses mecanismos, é que todos têm a função de oferecer condições de isenção ou redução de taxas alfandegárias, impostos e de outros custos sobre a entrada e saída de bens em dada área de um país. O polo industrial da Zona Franca de Manaus possui industrias de alta tecnologia, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico. Entre os produtos fabricados destacam-se: aparelhos celulares, de áudio e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre outros. Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o processo de desconcentração da indústria brasileira se acelerou em decorrência da política de desenvolvimento regional instituída pelo Estado, exemplificada pela criação da ZFM. A ZFM tornou-se um marco concreto, na região Norte, da desconcentração da indústria brasileira e de uma nova regionalização econômica. Há incentivos tributários, com redução ou isenção de tributos federais, estaduais e municipais, além da venda de terrenos a preços simbólicos no parque industrial de Manaus, com completa infraestrutura de serviços sanitários, energia e comunicações. São identificadas 4 fases diferentes da postura da ZFM. A primeira fase ocorre entre os anos 1967 e 1975, e remonta apenas ao estímulo de importações de bens e da formação de um mercado interno na região, concentrado apenas no comércio. Neste momento inicia a atividade industrial de base na região. Entre 1975 e 1990 ocorre a segunda fase. Neste momento inicia-se a adoção de medidas para promover a indústria nacional através do estabelecimento de limite anual de importação, medida protecionista que supostamente incentivaria a compra de insumos dentro do país. No final de 1990, o polo industrial de Manaus registrou a geração de 80 mil empregos e faturou em torno de U$ 8,4 bilhões de dólares. Na terceira fase, entre 1991 e 1996, com a abertura da economia brasileira e da eliminação do limite anual de produtos importados, o governo brasileiro passou a estimular a melhoria da qualidade e produtividade dos produtos manauenses para concorrer com os produtos importados. Assim, incentivou pesquisas de desenvolvimento e criou institutos para testar a qualidade e produtividade da indústria brasileira como o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) A quarta fase, de 1996 a 2002, é marcada por uma política nacional de adaptação ao mercado globalizado com estímulo à exportação dos produtos do polo industrial. No ano de 1996 a venda do mercado externo da região chegou a U$ 140 milhões de dólares e em 2005 atingiu U$ 2 bilhões de dólares. Nesta fase é construído um polo de bioindústrias. Atualmente, a ZFM mantém sua política de estímulo à exportação e de pesquisa para melhorar eficiência produtiva e capacidade tecnológica e concentrando sua ação no setor de informática. O prazo de vigência da Zona Franca de Manaus expirará em 2023, segundo a Emenda Constitucional nº 42/2003. 5.1. PROJETO SIVAM O Brasil vem desenvolvendo programas de reforço da vigilância da Amazônia com o objetivo de coibir o tráfico de drogas e a outros empreendimentos ilícitos como desmatamentos e garimpos ilegais. O Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) faz parte Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), responsável pelo controle ambiental, o desenvolvimento regional, o controle do tráfego aéreo, a coordenação de emergências, o monitoramento das condições meteorológicas e o controle de ações de contrabando. O Sivam entrou em funcionamento em julho de 2002 e está sendo realizado por meio de um convênio entre o Brasil e a empresa norte-americana Raytheon, patrocinada e recomendada pelo governo dos Estados Unidos. Esse acordo suscitou opiniões divergentes. Alguns setores, em especial cientistas nacionais, identificam o Sivam como obra faraônica – uma "Transamazônica eletrônica". Argumentam que, além da inviabilidade do projeto, o fato de a segurança da Amazônia não ser confiada à inteligência nacional seria um risco, já que os estrangeiros cobiçam suas riquezas. Segundo essa linha de raciocínio, para garantir sua segurança esse território deveria ser um território inteligente (dotado de sistemas técnicos sofisticados), mas sob o controle e a serviço da inteligência nacional. O SIVAM surge na política de defesa do Brasil como um projeto de grande envergadura, que envolve vultosos recursos financeiros, gerador de importantes benefícios de ordem política, social e econômica para o país. Em setembro de 1990, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/ PR) e os Ministérios da Aeronáutica e da Justiça apresentaram à Presidência da República a verdadeira realidade da Amazônia, com todos os seus problemas. Aquela Exposição de Motivos resultou na emissão diretrizes da Presidência, determinando o que cada um deveria fazer para proteger o meio ambiente, racionalizar a exploração dos recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia: A SAE/PR deveria formular um Sistema Nacional de Coordenação, atual Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), onde a atuação integrada dos órgãos governamentais visasse à promoção do desenvolvimento sustentável, proteção ambiental e repressão aos ilícitos na Amazônia. O Ministério da Aeronáutica (atual Comando da Aeronáutica) deveria implantar o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), integradoao Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), a fim de prover as ferramentas para o funcionamento do SIPAM. 5. PROJETOS PARA A AMAZÔNIA: PROJETO SIVAM, PROJETO CALHA NORTE O Ministério da Justiça deveria estruturar um conjunto de medidas que permitisse sua integração ao SIVAM, de forma a habilitá-lo ao desenvolvimento das ações de sua responsabilidade. A partir daí foi elaborado o Projeto Pró-Amazônia a fim de aprimorar a capacidade da Polícia Federal no desempenho de suas tarefas na Região Amazônica. Em agosto de 1993, o Presidente da República decidiu que não haveria necessidade de licitação (consulta obrigatória de preços para a compra de qualquer coisa por um órgão governamental) para a aquisição dos equipamentos e serviços necessários para a implantação do SIVAM. Essa decisão foi tomada depois de ouvir o Conselho de Defesa Nacional, segundo o qual a divulgação dos requisitos técnicos, fundamentais para a compra, comprometeria a segurança da Nação. No entanto, a fim de respeitar o princípio da competitividade, no entanto, definiu, também, que fossem feitas consultas para se obter os melhores preços e as melhores condições técnicas e de financiamento, na seleção das empresas. (Decreto nº. 892, de 12 de agosto de 1993). Para isso, foi criada uma comissão, composta por 90 especialistas, com pessoas do Banco Central, da Polícia Federal, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e dos Ministérios da Aeronáutica, Justiça, Agricultura, Marinha, Exército e Meio Ambiente, entre outros. Em setembro de 1993, foi desencadeado o processo de seleção das empresas. O edital, contendo as regras do processo de seleção, foi distribuído para diversas embaixadas, através das quais foram consultadas organizações empresariais estrangeiras interessadas na participação do empreendimento. Nestas “Cartas às Embaixadas”, foram pedidas propostas técnico-comerciais e de financiamento. As primeiras deveriam ser entregues até 5 de fevereiro de 1994. Em 5 de janeiro de 1994, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República remeteu ofício ao Ministério das Relações Exteriores, pedindo que este informasse às embaixadas que as propostas de financiamento deveriam ser entregues até 5 de abril. Em 5 de fevereiro de 1994, cerca de 60 empresas apresentaram propostas técnico/comerciais. Destas, apenas sete fizeram propostas individuais, e as demais se uniram em quatro grupos consorciados, num total de 11 propostas. Em 5 de abril de 1994, destas 11 empresas/consórcios, apenas sete apresentaram propostas de financiamento. Foram elas: Dasa/Alenia (Alemanha/Itália); Raytheon (EUA); Thomson/Alcatel (França); Unisys (EUA); Fokker; IAI/Eletronic (Israel); e Sierra Tecnology (EUA). A análise das propostas ficou restrita, então, a quatro grupos: Dasa/Selênia, Raytheon, Thomson/Alcatel e Unisys. No dia 29 de abril de 1994, foi feita uma seleção preliminar que eliminou a Dasa/Alenia e a Unisys. Ambas apresentaram orçamentos mais caros que a Raytheon e a Thomson. Apenas a Raytheon e a Thomson ficaram na disputa. Em 18 de julho de 1994, após a conclusão da análise das propostas técnicas, comerciais e de financiamento, apresentadas pelas duas empresas, saiu o veredicto: a Raytheon foi a vencedora, escolhida para implantar o SIVAM. Escolhida a proposta estava escolhida, ela foi encaminhada ao Senado Federal, para que fosse autorizada a contratação atravéz de crédito externo. Em dezembro de 1994, o Senado aprovou o financiamento externo no valor de US$ 1, 395 bilhão, o que viabilizou a continuidade do programa. Em 27 de maio de 1995, ouvido o Conselho de Defesa Nacional, o Presidente da República, para evitar a descontinuidade da implantação do projeto, autorizou a assinatura do contrato comercial com a empresa Raytheon, para o fornecimento de bens e serviços, ficando o governo responsável pelas tarefas de integração, assegurando-se que: ✓ os valores autorizados para o financiamento seriam obedecidos; ✓ os valores atribuídos à Raytheon corresponderiam exclusivamente ao fornecimento de bens e serviços; e ✓ ao Governo seriam concedidos os recursos destinados às atividades de integração e à realização das obras civis relativas ao SIVAM. No dia 25 de julho de 1997 o contrato do SIVAM entrou efetivamente em vigor. O Sivam entrou em funcionamento em julho de 2002 e está sendo realizado por meio de um convênio entre o Brasil e a empresa norte-americana Raytheon, patrocinada e recomendada pelo governo dos Estados Unidos. O Ministério da Aeronáutica assumiu, então, o desenvolvimento do programa de implantação do SIVAM. Para isso, no entanto, foi preciso ter o conhecimento minucioso das potencialidades e das limitações da região e da atuação sistematizada sobre as atividades consideradas lesivas aos interesses nacionais, isto é, a exploração predatória, o narcotráfico, a agressão ao ecossistema e a ocupação das reservas indígenas. Constatou-se, assim, a necessidade de utilizarem-se recursos adequados e confiáveis para a coleta e a veiculação de informações essenciais, destinadas aos órgãos governamentais responsáveis pelas ações que transformarão em resultados práticos as diretrizes políticas estabelecidas para a Amazônia Legal. A concepção do SIVAM demandou um esforço total da ordem de 9.000 homens/hora de trabalho, entre setembro de 1990 e abril de 1992. Concluída essa fase, partiu-se para a configuração do Sistema, que demandou um total de 7.000 homens/hora, sendo concluída em dezembro de 1992. Entre dezembro de 1992 e setembro de 1993, foram consumidas 5.600 homens/hora nos ajustes da configuração e na preparação dos procedimentos para a seleção das empresas participantes. 5.2. PROJETO CALHA NORTE 5.1.1. Vantagens para o País Tem-se um Projeto reconhecidamente estratégico para o País, onde: ✓ Estão garantidos os recursos para a sua completa execução, com um contrato de financiamento que dividiu os serviços de implantação entre a Raytheon, empresa norte- empresa, a Fundação Atech e a Embraer, ambas empresas genuinamente brasileiras; ✓ O Governo Brasileiro tem profundo interesse na sua implantação, pois representa uma ferramenta importantíssima para a solução dos problemas da região; ✓ Há unanimidade dos governos regionais em reconhecer a sua importância para a integração e o desenvolvimento sustentável da Amazônia; ✓ A operação do Sistema será autossustentada, através da arrecadação de taxas pelos serviços prestados; ✓ Será exercido efetivo controle sobre a Amazônia, não só de seu espaço aéreo, mas, sobretudo, do uso de seus recursos hídricos, da biodiversidade, da ocorrência de desmatamentos e queimadas, do assentamento e movimentação dos povos indígenas, das fronteiras terrestres e no suporte à repressão ao contrabando, ao narcotráfico e à garimpagem ilegal; e ✓ Vislumbra-se, para um futuro próximo, a participação, em bases concretas, dos demais países amazônicos, atuando como suporte à integração do Brasil, num processo de cooperação para o desenvolvimento regional em nível internacional. Tais dados comprovam a diversidade das áreas de abrangência do projeto, validando a sua oportunidade, os custos/benefícios, refletindo, também a preocupação do governo em direcionar esforços para propiciar o desenvolvimento sustentável e a segurança da Amazônia, que guarda, em si, extrema relevância estratégica para o futuro do Brasil. Agora, usando o grito de guerra dos guerreiros da Amazônia, “é selva!”. O Programa Calha Norte (PCN) foi criado em 1985 pelo Governo Federal diante de uma preocupação dos militares sobre a causa amazônica. Naquela época, se propagava a cobiça internacional sobre as reservas naturais estratégicas do país. Desde 1999 sob a coordenação do Ministério da Defesa, o Calha Norte tem o propósito de promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado e sustentável da região amazônica. Oprograma abrange 379 municípios, distribuídos em oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (faixa de fronteira), Pará, Rondônia e Roraima. O PCN executa suas ações mediante a transferência de recursos orçamentários por meio de convênios firmados entre o Ministério da Defesa e os Estados e as Prefeituras Municipais abrangidos pelo Programa, para atendimento de projetos de infraestrutura básica, complementar e de aquisição de equipamentos. As transferências de recursos orçamentários para implantação de projetos voltados para as Forças Singulares, estabelecidos nas Diretrizes Estratégicas do PCN, são executadas de forma direta por essas. O Brasil possui fronteiras com dez dos doze países da América do Sul, o que reforça o caráter estratégico desta região para a competitividade do país, visando à integração do continente e a necessidade de se incrementar as medidas de policiamento de nossas fronteiras. O desenvolvimento regional da área de atuação do PCN se configura como importante diretriz da política nacional e brasileira. Apesar de estratégica para a integração sul-americana, a região ainda se apresenta pouco desenvolvida economicamente, marcada pela dificuldade de acesso aos bens e serviços públicos. Ao todo, são quase nove milhões de brasileiros beneficiados, incluindo 46% da população indígena - em uma área que corresponde a 44% do território nacional. A vertente civil do programa atua na promoção do desenvolvimento regional, com a construção de estradas, escolas, hospitais, portos, a implantação de rede elétrica urbana e rural, entre outros. A vertente militar desempenha ações em prol do desenvolvimento sustentável regional com a adequação de embarcações e o ajustamento das unidades militares e da infraestrutura dos pelotões especiais de fronteira. Ainda integra a vertente militar a manutenção da soberania e a integridade territorial nacional por meio do trabalho realizado pelas Forças Armadas. A vertente civil está ligada às emendas parlamentares, as quais são destinadas aos municípios abrangidos, via transferências voluntárias formalizadas por meio de convênios, atendendo as exigências do Governo Federal (Decreto. 6.170/07). Entre os principais aspectos adversos, figuram o esvaziamento demográfico das áreas mais remotas, a intensificação e o espraiamento dos ilícitos transfronteiriços. A presente publicação está em conformidade com as demais Normas que dispõe sobre o Programa Calha Norte do Ministério da Defesa, de modo a: I – orientar, no âmbito Departamento do Programa Calha Norte do Ministério da Defesa (DPCN/MD), os procedimentos para celebração, execução, acompanhamento, fiscalização, prestação de contas e Tomada de Contas Especial de convênios/contratos de repasse que envolvam a transferência voluntária de recursos financeiros, oriundos de emendas parlamentares, destinadas ao MD, firmados com Estados e Municípios abrangidos pelo Programa, para execução de projetos e atividades de interesse recíproco, segundo os objetivos estratégicos do Programa; II - orientar os governos estaduais e municipais, compreendidos na área de atuação do PCN, a respeito das normas e da legislação pertinentes à celebração de convênios/contratos de repasse. O Calha Norte tem por objetivo principal o aumento da presença do Poder Público na sua área de atuação, contribuindo para a defesa nacional, muito além do seu aspecto puramente militar. Nesse ponto, o programa está alinhado com os objetivos e diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. O PCN proporciona assistência às populações e as fixam na região. Por isso, uma das suas metas é o aumentar a densidade demográfica. Também busca a promoção do desenvolvimento sustentável; a ocupação de vazios estratégicos; a integração da população à cidadania; a melhoria do padrão de vida das populações; a modernização do sistema de gestão municipal e o fortalecimento das atividades econômicas estaduais e municipais da região. O programa já investiu, desde a sua criação até os dias de hoje, a ordem de, aproximadamente, 3 bilhões de reais em favor do desenvolvimento regional. Área de atuação do Programa Calha Norte Fonte: <https://www.defesa.gov.br/programas-sociais/programa-calha- norte/area-de-atuacao-do-programa-calha-norte>. http://www.defesa.gov.br/programas-sociais/programa-calha-norte/area-de-atuacao-do-programa-calha-norte http://www.defesa.gov.br/programas-sociais/programa-calha-norte/area-de-atuacao-do-programa-calha-norte O PCN tem uma área de atuação de 3.123.986 km² que corresponde a 44,8% do território nacional, onde habitam cerca de vinte milhões de pessoas, dentre as quais se inclui 50% da população indígena do Brasil. O programa é fundamental para essa área, aumentando a presença do Estado e contribuindo para a defesa e a integração nacional. O incremento de investimentos em infraestrutura contribuirá para criar atrativos 15 para os cidadãos permanecerem em suas localidades, evitando o fluxo migratório e êxodo desordenado para os grandes centros urbanos da Amazônia e para outras regiões do país, vivificando e contribuindo para a integridade territorial. Finalmente, cumpre destacar o papel do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), com ações de proteção ambiental que são desempenhadas pelos órgãos regionais e pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), que envolvem uma série de ações integradas no território da Amazônia. Suas ações vão desde o desenvolvimento de estudos e projetos, com eixos temáticos definidos (desflorestamento, detecção de raios e meteorologia) e que têm por finalidade avaliar e monitorar os impactos da ação antrópica, até a aplicação de técnicas de geoprocessamento e de sensoriamento remoto, ambos voltados à caracterização desses impactos e de suas medidas mitigadoras, apoiadas por uma logística local implantada. Para tanto, os Estados e Municípios deverão consultar e solicitar análises e o devido assessoramento a ser prestado pelo SIPAM em proveito de objetos estabelecidos em prol da área social desenvolvida pelo PCN. 6. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR ✓ Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na região Norte do Brasil e ocupa uma área de 1.559.146,876 km², constituindo-se na 9ª maior subdivisão mundial, sendo maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia. É o maior Estado do Brasil, ocupando mais de 18% da superfície do país. ✓ O nome “Amazonas” vem da palavra “amassunu”, que quer dizer, na língua indígena, “ruído de águas, água que retumba”. Foi dado ao rio que banha o Estado, pelo capitão espanhol Francisco Orelhana, em 1541. ✓ De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Amazonas possui 62 municípios, desde a última alteração feita em 1988, criando o município de Alvarães. O Amazonas é a segunda unidade federativa mais populosa da região Norte, com mais de 4 milhões de habitantes (4.144.597 pessoas, segundo as estimativas do IBGE em 2019), sendo superado apenas pelo Pará na região. ✓ O município amazonense com a maior área é Barcelos, localizado na mesorregião do Norte Amazonense e microrregião de Rio Negro, com 122.476 km² de extensão sendo o segundo maior município brasileiro em área geográfica, atrás apenas de Altamira (PA). Já o menor município amazonense em área é Iranduba, com 2.215,03 km², localizado na mesorregião do Centro Amazonense e microrregião de Manaus. ✓ Em São Gabriel da Cachoeira, município no norte do estado e no extremo norte do país, localiza-se o Pico da Neblina com 3.014 metros de altitude, o ponto mais elevado do Brasil, situado na fronteira brasileira com a Venezuela. Ainda neste município, está situado o Pico 31 de Março, o segundo ponto mais elevado do território federal com 2.992 metros de altitude. ✓ Em 1940, o Estado do Amazonas detinha
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