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b) Copie as formas verbais destacadas que estão flexionadas no pretérito perfeito do indicativo. São elas: conseguiu, descobriu, entretiveste. c) Copie as formas verbais destacadas que estão flexionadas no futuro do presente do indicativo. São elas: confiscarei e terás. d) Quais dessas formas verbais expressam ações desenvolvidas antes do momento da enuncia- ção, ou seja, antes que o narrador pronuncie suas palavras? E quais ações se desenvolverão após esse pronunciamento? Espera-se que os alunos observem que as formas verbais dos tempos passados, ou seja, do pretérito imperfeito e do pretérito perfeito do indicativo, se desenvolvem antes do pronunciamento (ou da enunciação) e que as formas do futuro, ou seja, do futuro do presente do indicativo, apontam para ações que se desenvolverão após a enunciação. 1 Identifique e classifique os numerais empregados na tira abaixo. SCHULZ, Charles. Peanuts. Disponível em: <www.peanuts.com>. Acesso em: 27 jun. 2019. O numeral quatro (4) é cardinal; o numeral primeira é ordinal. © 1 9 8 9 P e a n u ts , C h a rl e s S ch u lz / P e a n u ts W o rl d w id e L L C . /D is t. b y A n d re w s M c M e e l S y n d ic a ti o n PRATICANDO O APRENDIZADO Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. 2 Leia o texto a seguir e faça o que se pede. Desemprego chega a 11,2% no trimestre e atinge 11,4 milhões de pessoas A taxa de desemprego no Brasil, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, ficou em 11,2% no trimestre encerrado em maio deste ano. Ela é su- perior aos 10,2% de fevereiro e aos 8,1% do trimestre encerrado em maio de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o mais alto da série histórica iniciada em março de 2012 e o mesmo do trimestre encerrado em abril deste ano. A população desempregada é de 11,4 milhões de pessoas, 10,3% (ou 1,1 milhão de pessoas) a mais do que o trimestre encerrado em fevereiro e 40,3% (ou 3,3 milhões de pessoas) a mais do que no trimestre encerrado em maio de 2015. [...] ABDALA, Vitor. Agência Brasil, 29 jun. 2016. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-06/taxa-de- desemprego-fica-em-112-em-maio>. Acesso em: 4 jun. 2019. a) Identifique e classifique os numerais empregados no texto. São estes: 11,2/10,2/8,1/10,3/40,3 (fracionários); 2015/2012/11,4 milhões/1,1 milhão/3,3 milhões (cardinais). b) O que cada um deles indica? Indicam porcentagem: 11,2/10,2/8,1/10,3 e 40,3. Indicam tempo (ano): 2015 e 2012. Indicam quantidade: 11,4 milhões/1,1 milhão e 3,3 milhões. c) A matéria jornalística lida apresenta uma pesquisa sobre o desemprego. É um texto jornalístico e cien- tífico. Qual é a importância do emprego de numerais em um texto dessa natureza? Os textos jornalísticos e científicos precisam passar informações objetivas ao leitor. Os numerais indicam quantidade ou porcentagens exatas. 39 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_7ANO_LP_026a042_CAD1_MOD02_CA.indd 39 9/16/19 9:58 AM Leia o texto a seguir e responda às questões 1 a 3. A noite em que os hotéis estavam cheios O casal chegou à cidade tarde da noite. Estavam cansados da viagem; ela, grávida, não se sentia bem. Foram procurar um lugar onde passar a noite. Hotel, hospedaria, qualquer coisa serviria, desde que não fosse muito caro. Não seria fácil, como eles logo descobriram. No primeiro hotel o gerente, homem de maus modos, foi logo dizendo que não havia lugar. No segundo, o encarregado da portaria olhou com desconfiança o casal e resolveu pedir documentos. O ho- mem disse que não tinha, na pressa da viagem esquecera os documentos. — E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não! O viajante não disse nada. Tomou a esposa pelo braço e seguiu adiante. No terceiro hotel também não havia vaga. No quarto — que era mais uma modesta hospedaria — havia, mas o dono desconfiou do casal e resolveu dizer que o estabeleci- d) Explique a flexão dos termos milhão e milhões em- pregados no texto. Milhões concorda com o inteiro 11 (11,4) e o inteiro 3 (3,3); milhão concorda com o inteiro 1 (1,1). 3 Observe as situações apresentadas a seguir e escreva interjeições adequadas a cada uma delas. As respostas são sugestões. a) Ao chegar a sua casa, você ganha uma bicicleta nova. Oba! Caramba! Nossa! Meu Deus! b) Em um show, o microfone começa a fazer ruídos. Ui! Uh! Ai! c) Em uma festa, pisaram em seu pé. Ai! Ui! 4 Relacione as formas verbais (numeradas) com o nome dos tempos verbais. 1. compraria 2. falara 3. entendestes 4. encontrará 5. encantava 6. amasse ( 6 ) pretérito imperfeito do subjuntivo ( 1 ) futuro do pretérito do indicativo ( 4 ) futuro do presente do indicativo ( 5 ) pretérito imperfeito do indicativo ( 2 ) pretérito mais-que-perfeito do indicativo ( 3 ) pretérito perfeito do indicativo 5 Reescreva as orações com o verbo no plural mantendo a pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) e o mesmo tempo e modo verbal. a) Sonhaste comigo? Sonhastes comigo? b) Eu cantava muito. Nós cantávamos muito. c) Ele voltará. Eles voltarão. d) Reconhecerás tua falha quando chegares à madura idade. Reconhecereis vossa falha quando chegardes à madura idade. e) Ela caíra. Elas caíram. APLICANDO O CONHECIMENTO p ri n g le tt a /S h u tt e rs to ck 40 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_7ANO_LP_026a042_CAD1_MOD02_CA.indd 40 9/16/19 9:58 AM mento estava lotado. Contudo, para não ficar mal, resolveu dar uma desculpa: — O senhor vê, se o governo nos desse incentivos, como dão para os grandes hotéis, eu já teria feito uma reforma aqui. Poderia até receber delegações estrangeiras. Mas até hoje não consegui nada. Se eu conhecesse alguém influente… O senhor não conhece ninguém nas altas esferas? O viajante hesitou, depois disse que sim, que talvez conhe- cesse alguém nas altas esferas. — Pois então — disse o dono da hospedaria — fale para esse seu conhecido da minha hospedaria. Assim, da próxima vez que o senhor vier, talvez já possa lhe dar um quarto de primeira classe, com banho e tudo. O viajante agradeceu, lamentando apenas que seu proble- ma fosse mais urgente: precisava de um quarto para aquela noite. Foi adiante. No hotel seguinte, quase tiveram êxito. O gerente estava esperando um casal de conhecidos artistas, que viajavam incóg- nitos. Quando os viajantes apareceram, pensou que fossem os hóspedes que aguardava e disse que sim, que o quarto já estava pronto. Ainda fez um elogio. — O disfarce está muito bom. Que disfarce? Perguntou o viajante. Essas roupas velhas que vocês estão usando, disse o gerente. Isso não é disfarce, disse o homem, são as roupas que nós temos. O gerente aí percebeu o engano: — Sinto muito — desculpou-se. — Eu pensei que tinha um quarto vago, mas parece que já foi ocupado. O casal foi adiante. No hotel seguinte, também não ha- via vaga, e o gerente era metido a engraçado. Ali perto havia uma manjedoura, disse, por que não se hospedavam lá? Não seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária. Para surpresa dele, o viajante achou a ideia boa, e até agradeceu. Saíram. Não demorou muito, apareceram os três Reis Magos, per- guntando por um casal de forasteiros. E foi aí que o gerente começou a achar que talvez tivesse perdido os hóspedes mais importantes já chegados a Belém de Nazaré. SCLIAR, Moacyr. A noite em que os hotéis estavam cheios. In: ______. A massagista japonesa. Porto Alegre: L&PM, 2011. Delegação: grupo de indivíduos que exercem uma função ou tarefa representativa. Incógnito: que esconde a verdadeira identidade. Manjedoura: tabuleiro fixo em que, em uma estrebaria ou em um estábulo, é posta a comida para os animais.Glossário Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre, em 1927. Foi médico, cronista, romancista e autor de literatura infantil. Teve sua obra premiada e tra- duzida para diversas línguas. Faleceu em Porto Alegre, em 2011. 1 Os numerais ordinais cumprem um papel relevante na construção do conto de Moacyr Scliar, uma vez que seu uso se relaciona com o próprio enredo da história. Ex- plique quais numerais foram usados com essa intenção e como se articularam com o enredo. Os numerais ordinais (“primeiro”, ”segundo”, “terceiro” e “quarto”) demonstram a constante peregrinação dos personagens e dão ao leitor a ideia da dificuldade encarada por eles para que fossem acolhidos. 2 “— E como pretende o senhor conseguir um lugar num hotel, se não tem documentos? — disse o encarregado. — Eu nem sei se o senhor vai pagar a conta ou não!” (3º parágrafo) A língua permite diversas formas de organização de uma mesma mensagem. A escolha de uma ou outra forma depende da intenção do falante ou do contexto em que ele se insere. Reescreva as duas falas do encarregado substituindo o tratamento “senhor” por “tu”. Faça as ade- quações e concordâncias exigidas pela norma-padrão. As falas ficam: — E como pretendes tu conseguir um lugar num hotel, se não tens documentos? — Eu nem sei se tu vais pagar a conta ou não! 3 Esse conto deve ser analisado como uma releitura de uma das mais famosas histórias da humanidade. Eviden- cie que história é essa. A seguir, demonstre por que as expressões “Reis Magos” (13º parágrafo), diretamente, e “altas esferas” (5º parágrafo), indiretamente, reme- tem a ela. Trata-se da história do nascimento de Jesus. Os Reis Magos são personagens que participam diretamente da narrativa bíblica ao levar presentes para o Menino Jesus, recém-nascido; já a expressão “altas esferas”, embora seja usada pelo dono da modesta hospedaria para referir-se a pessoas importantes, sugere esferas do plano divino, o que é possível inferir uma vez que Jesus, na crença cristã, é o filho de Deus. C a rl o s S te in /V iv a F o to /F o lh a p re s s 41 L ÕN G U A P O R T U G U E S A M ” D U LO 2 PH_EF2_7ANO_LP_026a042_CAD1_MOD02_CA.indd 41 9/16/19 9:58 AM As boas narrativas são aquelas que criam no leitor o de- sejo de conhecer o desfecho. Seguindo esse princípio, apre- sentamos, na íntegra, o conto que deu início a este módulo. O comprador de fazendas O acaso deu a Trancoso uma sorte de cinquenta contos na loteria. Não se riam. Por que motivo não havia Trancoso de ser o escolhido, se a sorte é cega e ele tinha no bolso um bilhete? Ganhou os cinquenta contos, dinheiro que para um pé-atrás daquela marca era significativo de grande riqueza. De posse do bolo, após semanas de tonteira deliberou afazendar-se. Queria tapar a boca ao mundo realizando uma coisa jamais passada pela sua cabeça: comprar fazenda. Correu em revista quantas visitara durante os anos de malandragem, propendendo, afinal, para a Espiga. Ia nisso, sobretudo, a lem- brança da menina, dos bolinhos da velha e a ideia de meter na administração ao sogro, de jeito a folgar-se uma vida vadia de regalos, embalada pelo amor de Zilda e os requintes culinários da sogra. Escreveu, pois, a Moreira anunciando-lhe a volta, a fim de fechar-se o negócio. Ai, ai, ai! Quando tal carta penetrou na Espiga houve rugi- dos de cólera, entremeio a bufos de vingança. — É agora! — berrou o velho. — O ladrão gostou da pânde- ga e quer repetir a dose. Mas desta feita curo-lhe a balda, ora se curo! — concluiu, esfregando as mãos no antegozo da vingança. No murcho coração da pálida Zilda, entretanto, bateu um raio de esperança. A noite de sua alma alvorejou ao luar de um “Quem sabe?”. Não se atreveu, todavia, a arrostar a cólera do pai e do irmão, concertados ambos num tremendo ajuste de contas. Confiou no milagre. Acendeu outra velinha a Santo Antônio... O grande dia chegou. Trancoso rompeu à tarde pela fazen- da, caracolando o rosilho. Desceu Moreira a esperá-lo embaixo da escada, de mãos às costas. Antes de sofrear as rédeas, já o amável pretendente abria- -se em exclamações. — Ora viva, caro Moreira! Chegou enfim o grande dia. Desta vez, compro-lhe a fazenda. Moreira tremia. Esperou que o biltre apeasse e mal Tran- coso, lançando as rédeas, dirigiu-se-lhe de braços abertos, todo risos, o velho saca de sob o paletó um rabo de tatu e rompe-lhe para cima com ímpeto de queixada. — Queres fazenda, grandissíssimo tranca? Toma, toma fa- zenda, ladrão! — e lepte, lepte, finca-lhe rijas rabadas coléricas. O pobre rapaz, tonteando pelo imprevisto da agressão, corre ao cavalo e monta às cegas, de passo que Zico lhe sa- code no lombo nova série de lambadas de agravadíssimo ex- -quase-cunhado. Dona Isaura atiça-lhe os cães: — Pega, Brinquinho! Ferra, Joli! O mal azarado comprador de fazendas, acuado como rapo- sa em terreiro, dá de esporas e foge à toda, sob uma chuva de insultos e pedras. Ao cruzar a porteira inda teve ouvidos para distinguir na grita os desaforos esganiçados da velha: — Comedor de bolinhos! Papa-manteiga! Toma! Em outra não hás de cair, ladrão de ovo e cará!... E Zilda? Atrás da vidraça, com os olhos pisados do muito chorar, a triste menina viu desaparecer para sempre, envolto em uma nuvem de pó, o cavaleiro gentil dos seus dourados sonhos. Moreira, o caipora, perdia assim naquele dia o único ne- gócio bom que durante a vida inteira lhe deparara a Fortuna: o duplo descarte — da filha e da Espiga... MONTEIRO LOBATO. Urupês. São Paulo: Companhia Nacional, 1943. p. 96. Arrostar: encarar sem medo. Rosilho: cavalo de pelo avermelhado. Sofrear: conter. Biltre: homem vil, infame. Queixada: espécie de porco-do- -mato. Tranca: indivíduo ordinário, de mau caráter. Caipora: indivíduo azarado. 1 No quinto parágrafo, a personagem Zilda cria uma ex- pectativa que contraria a lógica dos eventos ocorridos na narrativa. Com suas palavras, elabore uma frase que explique esse contraste entre expectativa e fatos. Zil da cria a expectativa de que seu pai e seu irmão não queiram mais se vingar; entretanto, a condução dos fatos mostra que eles se articulam para efetivar a vingança. 2 “Toma, toma fazenda, ladrão! – e lepte, lepte, finca-lhe rijas rabadas coléricas.” (11º parágrafo) O termo sublinhado não pode ser caracterizado como interjeição. Explique por que essa classificação seria equivocada e, a seguir, dê a sua correta classificação. O termo “lepte, lepte” não é interjeição porque não expressa nenhum sentimento do emissor, tampouco serve para realizar um chamamento do receptor. Por reproduzir o ruído das rabadas coléricas, trata-se de uma onomatopeia. 1 5 10 15 DESENVOLVENDO HABILIDADES 42 L ÍN G U A P O R T U G U E S A M Ó D U LO 2 PH_EF2_7ANO_LP_026a042_CAD1_MOD02_CA.indd 42 9/16/19 9:58 AM
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