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Neste módulo você aprendeu que a Europa enfrenta grandes desafios demográficos e sociais. A maior parte dos países do continente atravessa um processo de redução das taxas de natalidade e aumento da expectativa de vida, o que gera envelhecimento populacional. Com isso, há um aumento dos gastos estatais com a previdência social. Entre as soluções encontradas para tentar solucionar o problema estão: incentivos sociais para que as pessoas tenham mais filhos e a contratação de imigrantes, o que ajuda a repor a mão de obra ativa. No entanto, a entrada de imigrantes tem sido contestada por boa parte dos países da União Europeia nos últimos anos. A crise econômica mundial causou aumento do desemprego e declínio da qualidade de vida dos cidadãos do continente. Desse modo, os imigrantes têm sido acusados de agravar o desemprego e o declínio social nos países que os abrigam. A xenofobia e o preconceito estão, atualmente, muito presentes em uma Europa dividida. 1 A imagem a seguir mostra um dos muitos protestos que passaram a acontecer no continente europeu após a crise de 2008-2009. Relacione esses movimentos à diminuição do padrão de vida da população europeia. A crise mundial de 2008-2009 levou muitos países europeus a entrar em declínio econômico, contraindo dívidas imensas. A opção de boa parte deles para fugir da crise foi a adoção de medidas de corte de gastos públicos. Essas políticas resultaram em duras consequências para os cidadãos europeus, que tiveram de lidar com o declínio social e o aumento do desemprego. D a n ie l R o la n d /A F P B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra PRATICANDO O APRENDIZADO PARA CONCLUIR 2 O padrão da pirâmide etária da Alemanha é de um país na terceira fase da transição demográfica. Analise a pirâmide levando em consideração a taxa de natalidade, bem como a expectativa de vida. A Alemanha, como muitos países europeus, possui baixa taxa de natalidade e elevada expectativa de vida. Fonte: POPULATION PYRAMID. Disponível em: <www.populationpyramid.net/pt/ alemanha/2018/>. Acesso em: 28 out. 2019. 2% 4% 6% 8% 10%6% 4% 2% 0% 0% 0,0% 80 – 84 75 – 79 70 – 74 65 – 69 60 – 64 55 – 59 50 – 54 45 – 49 40 – 44 35 – 39 30 – 34 25 – 29 20 – 24 15 – 19 10 – 14 5 – 9 0 – 4 85 – 80 90 – 94 95 – 99 1,6% 0,6% 0,3% 2,2% 2,3% 2,7% 3,4% 4,1% 3,5% 4,4% 2,9% 3,2% 3,3% 3,0% 2,7% 2,4% 2,2% 2,2% 2,2% 0,2% 2,2% 1,1% 0,6% 2,7% 2,5% 2,9% 3,5% 4,0% 3,4% 4,3% 2,9% 3,1% 3,2% 2,9% 2,6% 2,3% 2,1% 2,0% 2,1% 10% 8% MulherIdadeHomem Alemanha: pirâmide etária – 2018 Protesto em frente ao Banco Central Europeu, na cidade de Frankfurt (Alemanha). Foto de 2011. 291 G E O G R A F IA M Ó D U LO 8 PH_EF2_9ANO_GEO_279a294_CAD2_MOD08_CA.indd 291 1/23/20 11:06 AM 3 Cite eventuais consequências para um país com as ca- racterísticas demográficas mencionadas na questão anterior. Diminuição da população em idade ativa em razão da redução do número de nascimentos; aumento dos gastos previdenciários em decorrência da alta expectativa de vida. 1 Leia o texto a seguir e, depois, responda à questão. Alemanha se torna o país com taxa de na- talidade mais baixa do mundo Na Europa, Portugal e Itália estão logo atrás da Alemanha. Já o país com taxa mais alta é o Níger, na África A Alemanha passou o Japão e se tornou o país com a taxa de natalidade mais baixa do mundo, segundo revela um novo estudo feito pela empresa BDO em parceria com o Hamburg Institute of International Economics (HWWI). A pesquisa mostra que, nos últimos cinco anos, a Ale- manha teve uma média de nascimento de 8,2 crianças por mil habitantes. Em seguida vem o Japão, com 8,4 crianças nascidas a cada mil habitantes durante o mesmo período. Considerando os países europeus, Portugal e Itália estão atrás da Alemanha, com uma média de 9 e de 9,3 crianças nascidas por cada mil habitantes, respectivamente. Por outro lado, o país com a taxa de natalidade mais alta do mundo é o Níger, na África, com média de 50 nas- cimentos por mil habitantes. A menor taxa de natalidade do mundo pode ter im- pacto negativo na Alemanha, principalmente no que diz respeito à atração e eficiência econômica do país no ce- nário global, de acordo com Henning Vöpel, diretor do HWWI. Segundo ele, a ONU estima que a população com idade para trabalho, que vai de 20 a 65 anos, deve cair de 61% a 54% no país. Para Arno Probst, membro do conselho executivo da BDO, a migração de jovens profissionais seria um instru- mento de estabilização para a economia da Alemanha. ALEMANHA se torna o país com taxa de natalidade mais baixa do mundo. G1, 29 maio 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/05/alemanha-se-torna- o-pais-com-taxa-de-natalidade-mais-baixa-do-mundo.html>. Acesso em: 28 out. 2019. A notícia aborda um dos principais problemas sociais da Europa: a baixa taxa de nascimentos. Muitos governos implantam políticas para aumentar essa taxa, mas en- frentam resistências. Por que as taxas de nascimentos são baixas no continente europeu? Entre os fatores responsáveis pelo baixo número de nascimentos estão: o planejamento familiar, o aumento do tempo de estudo, a maior independência da mulher, os altos custos de formação do indivíduo e a disseminação dos métodos contraceptivos. 2 Relacione o Espaço Schengen com as migrações ilegais para a Europa. PARLAMENTO EUROPEU. Schengen: o alargamento da zona europeia de livre circulação. Disponível em: <www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/security/20180216STO98008/ schengen-o-alargamento-da-zona-europeia-de-livre-circulacao>. Acesso em: 28 out. 2019. Espaço Schengen: países-membros 0°Círculo Polar Ártico OCEANO ATLÂNTICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO Mar Negro Mar Mediterrâneo Mar do Norte Mar Báltico ÁFRICA ÁSIA M er id ia n o d e G re en w ic h id ia n o d e G ÁUSTRIA BÉLGICA BULGÁRIA SUÍÇA CROÁCIA CHIPRE REPÚBLICA TCHECA ALEMANHA DINAMARCA ESTÔNIA GRÉCIA ESPANHA FINLÂNDIA FRANÇA HUNGRIA IRLANDA ISLÂNDIA ITÁLIA LIECHTENSTEIN LITUÂNIA LUXEMBURGO LETÔNIA MALTA PAÍSES BAIXOS NORUEGA ESLOVÊNIA ESLOVÁQUIA REINO UNIDO POLÔNIA P O R T U G A L ROMÊNIA SUÉCIA Estados-membros da União Europeia não pertencentes ao Espaço Schengen Estados-membros da União Europeia pertencentes ao Espaço Schengen Países terceiros pertencentes ao Espaço Schengen Limites de país 565 km0 N S LO O Espaço Schengen é uma zona de livre circulação daqueles que integram o bloco no território europeu; no entanto, ele também tem como objetivo dificultar a circulação de pessoas de fora do bloco. Além disso, a livre circulação de migrantes na Europa leva a uma grande concentração de indivíduos em países mais desenvolvidos do continente. APLICANDO O CONHECIMENTO 4 Explique a relação estabelecida entre o aumento do desemprego na Europa e a crescente aversão aos imi- grantes em muitos países europeus. Os imigrantes são acusados pelo agravamento do desemprego nos países europeus desde a crise de 2008-2009 e pelo aumento dos gastos sociais dos Estados. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 292 G E O G R A F IA M Ó D U LO 8 PH_EF2_9ANO_GEO_279a294_CAD2_MOD08_CA.indd 292 1/23/20 11:06 AM 3 Ateste a veracidade da frase: Os imigrantes ocupam postos de trabalho que os europeus não buscam. A frase é verdadeira. Em geral, esses imigrantes são oriundos de países pobres e representam mão de obra desqualificada, que ocupa cargos que os europeus não querem mais exercer. 1 Nos últimos anos observamos a entrada mais significativa de migrantes de diversas partes do globo para o continente europeu. No entanto, esses migrantes sofrem diversas retaliações, sendo acusados de ocasionarem problemas como desemprego e aumento dos custos sociais. O processo de aversão ao imigrante é conhecido como: a) etnocentrismo. b) relativismocultural. c) xenofobia. d) preconceito racial. e) alteridade cultural. 2 Assinale a alternativa que contenha a opção correta do órgão de fiscalização de migrações para a União Europeia. a) Polícia fronteiriça da União Europeia. b) Frontex. c) Política supranacional de migrações. d) Órgão de controle fronteiriço da União Europeia. e) Política Europeia de Segurança do Bloco. DESENVOLVENDO HABILIDADES Veja, no M anual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. Refugiados ainda dividem Alemanha dois anos após auge da crise migratória Política de Merkel é assunto-chave nas eleições de domingo BERLIM — O estudante sírio Moataz Ghannam acredita que muitos alemães não entenderam a sua chanceler federal, Angela Merkel, quando pronunciou sua famosa frase “Podemos conseguir”. A declaração veio no auge da crise migratória na Europa, a maior desde a Segunda Guerra Mundial, época em que um grande fluxo de refugiados chegava à Alemanha. E até hoje, às vésperas da eleição que pode lhe dar o quarto mandato, a sua decisão de abrir as portas a quem fugia das perseguições influencia a imagem dos alemães sobre o seu governo. — Eu não considero o “podemos conseguir” como um fato, mas um objetivo: todos precisamos trabalhar juntos, refugiados e alemães — afirmou o jovem, de 27 anos. A odisseia de Ghannam desde seu país arrasado pela guerra até a maior potência econômica da Europa re- presenta uma completa história de sucesso. Recentemente foi convidado a participar de um comitê, junto com Merkel, para avaliar os progressos feitos nos últimos dois anos. Ele poderá terminar sua carreira em administração de empresas em uma universidade privada de Berlim, em parte graças à ajuda da organização sem fins lucrativos Kiron, com sede na capital alemã. GOTAS DE SABER 293 G E O G R A F IA M Ó D U LO 8 PH_EF2_9ANO_GEO_279a294_CAD2_MOD08_CA.indd 293 1/23/20 11:06 AM
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