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Dividam-se em quatro grupos. Cada um terá como tema um conflito tratado neste módulo. Todos devem estudar os conflitos árabes-israelenses: Guerra de Formação de Israel; Guerra de Suez; Guerra dos Seis Dias; Guerra do Yom Kippur. Os temas serão sorteados no dia das apresentações, ou seja, todos devem estar prontos a abordar qualquer uma das guerras. Após a explicação sobre a partilha proposta pela ONU, cada grupo deverá apresentar, em 10 minutos, o que compreendeu sobre o conflito sorteado. ATIVIDADE PRÁTICA PARA CONCLUIR Ao longo deste módulo, aprofundamos os estudos sobre o Oriente Médio, especificamente as origens e o desenrolar do conflito árabe-israelense. Abordamos as causas dessas tensões, buscando afastar o discurso simplista de que as desavenças são apenas religiosas, por meio da compreensão do enredo geopolítico que as permeia. Por fim, traçamos um histórico das principais guerras e acordos envolvendo árabes e israelenses, explicando a construção complexa do, ainda conturbado, quadro territorial da Palestina e de Israel. PRATICANDO O APRENDIZADO 1 Explique o que foi o acordo de Sykes-Picot (1916). O acordo Sykes-Picot foi um tratado secreto assinado por Reino Unido e França, que definia a divisão do Oriente Médio entre áreas de influência desses dois países, no caso de uma vitória na Primeira Guerra Mundial contra o Império Otomano. 2 Por que é possível dizer que o acordo de Sykes-Picot é uma das principais causas das ressalvas árabes em relação ao Ocidente? O acordo de Sykes-Picot gerou forte insatisfação árabe, pois Reino Unido e França, além de não cumprirem a promessa de criar territórios livres para os árabes, estabeleceram fronteiras artificiais na região, desrespeitando fronteiras culturais e históricas. 3 Quais são os territórios palestinos definidos pela ONU em 1947? Os territórios palestinos são Faixa de Gaza e Cisjordânia. 4 Sobre a Guerra dos Seis Dias responda. a) O que foi essa guerra e que fatores a motivaram? Os árabes se uniram, em uma grande coalizão de países, para atacar Israel após a Guerra de Suez, em que o Egito saiu fortalecido e conquistou a nacionalização do canal. A principal motivação era enfraquecer o Estado judeu na região e afastar a influência Ocidental, porém Israel, por meio de um ataque surpresa, saiu vitorioso do conflito. b) Explique por que a Guerra dos Seis Dias pode ser considerada uma das mais importantes do conflito entre árabes e israelenses. A Guerra dos Seis Dias é considerada uma das mais importantes, pois foi a que mais transformou a realidade territorial da região, com a tomada de diversas parcelas por Israel. c) Aponte os territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias e os países a quem pertenciam. Colinas do Golan (Síria); Cisjordânia e porção oriental de Jerusalém (Jordânia); Faixa de Gaza e península do Sinai (Egito). 252 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 8 PH_EF2_9ANO_GEO_238a255_CAD3_MOD18_CA.indd 252 03/04/20 09:08 APLICANDO O CONHECIMENTO 1 Os mapas a seguir mostram a expansão de Israel sobre os territórios palestinos, de 1948 aos dias atuais. Ramallah Mar Mediterrâneo Jerusalém PALESTINA S ÍR IA LÍBANO EGITO JORDÂNIA Gaza 35° L 31° N Ramallah Jerusalém ISRAEL S ÍR IA LÍBANO EGITO JORDÂNIA Gaza Mar Mediterrâneo 35° L 31° N Ramallah Mar Mediterrâneo Jerusalém ISRAEL S ÍR IA LÍBANO EGITO JORDÂNIA Gaza 35° L 31° N Ramallah Mar Mediterrâneo 35° L Jerusalém ISRAEL LÍBANO EGITO JORDÂNIA Gaza 31° N Sob controle palestino Sob controle israelense 30 km0 N S LO 30 km0 N S LO 30 km0 N S LO 30 km0 N S LO Fonte: VARROD, Pierre (Dir.) Atlas géopolitique et cultural dynamiques du monde contemporain. Paris: Dicionnaries Le Robert, 2003. p. 144. Explique como se deu o processo de alteração territorial israelense e palestino ao longo do tempo. A expansão de Israel ocorreu através de uma série de conflitos, a exemplo das guerras de 1948, 1967 e 1973, para citar as mais importantes. Em todos esses conflitos, com apoio os Estados Unidos, Israel se fortaleceu belicamente e territorialmente, avançando sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, além de Jerusalém. 2 Os acordos de Oslo comemoraram 25 anos em 2018, eles foram um marco na história do conflito árabe-israelense. Ex- plique quais foram as principais promessas, de ambas as partes, nesse tratado e por que pode-se dizer que os acordos não trouxeram a almejada paz à região. Nos acordos de Oslo, Israel, por meio do seu líder Yitzhak Rabin, se comprometeu a reconhecer a Autoridade Nacional Palestina; a Palestina, de Yasser Arafat, se comprometeu, igualmente, a reconhecer a soberania do Estado israelense. O tratado, contudo, não foi suficiente para estabelecer a paz na região, pois houve muitas pessoas e agentes contrários aos acordos, como grupos políticos e movimentos extremistas. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra 253 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 8 PH_EF2_9ANO_GEO_238a255_CAD3_MOD18_CA.indd 253 03/04/20 09:08 3 Leia a reportagem e responda à questão a seguir. A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) alterou nesta quinta-feira [29 nov. 2012] o status do ter- ritório palestino de “entidade observadora” para “Estado observador não membro” na organização. A mudança representa, ainda que de forma implícita, o reconhecimento do Estado Palestino. […] […] O pedido, apresentado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, foi aprovado por maioria de votos: 138 contra 9 (e 41 abstenções). […] O reconhecimento se segue a uma fracassada tentativa de integrar a ONU como membro permanente, em 2011, quando a Palestina não obteve apoio do Conselho de Segurança da ONU. Abbas disse mais cedo que essa seria a “última chance” de uma solução para o conflito com Israel e solicitou que a comunidade internacional desse uma “certidão de nascimento” para a Palestina. O texto apresentado por Abbas também expressa “a esperança de que o Conselho de Segurança considere de ma- neira favorável” sua candidatura, apresentada em setembro de 2011 por Abbas, para que a Palestina seja membro de pleno direito. O documento pede, ainda, que sejam retomadas as negociações para alcançar uma “solução pacífica para estabelecer um Estado palestino vivendo em segurança ao lado de Israel, com base nas fronteiras de antes de 1967”. ONU reconhece Palestina como “Estado observador” não membro. UOL, 29 nov. 2012. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/ 2012/11/29/onu-aprova-palestina-como-estado-observador.htm>. Acesso em: 9 jan. 2020. Por que o território da Palestina ainda não é soberano, apesar de ela ter sido reconhecida pela ONU em 2012? O território palestino não é soberano porque sofreu processos de ocupação israelense desde a sua fundação, especialmente após a Guerra dos Seis Dias (1967). Atualmente, parte do território palestino apresenta assentamentos judeus. Portanto, os palestinos não possuem controle (soberania) sobre grande parte dessas áreas. DESENVOLVENDO HABILIDADES 1 (Enem 2018) A situação demográfica de Israel é muito particular. Desde 1967, a esquerda sionista afirma que Israel deveria se desfazer rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, argumentando a partir de uma lógica demográfica aparentemente inexo- rável. Devido à taxa de nascimento árabe ser muito mais elevada, a anexação dos territórios palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma ou duas gerações uma maioria árabe “entre o rio e o mar”. DEMANT, P. Israel: a crise próxima. História, n. 2. jul.-dez. 2014. A preocupação apresentada no texto revela um aspecto da condução política desse Estado identificado ao(à) a) abdicação da interferência militar em conflito local. b) busca da preeminência étnica sobre o espaço nacional. c) admissão da participação proativa em blocos regionais. d) rompimento comos interesses geopolíticos das potências globais. e) compromisso com as resoluções emanadas dos organismos internacionais. Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco. 254 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 8 PH_EF2_9ANO_GEO_238a255_CAD3_MOD18_CA.indd 254 03/04/20 09:08 2 (FGV 2018) Observe a imagem. “Eu vou construir para você um irmão”, diz uma bolha de pensamento ao lado do retrato de Trump, enquanto ele coloca sua mão em uma imagem de uma parede, composta por placas de concreto de 26 pés de altura. Devido às ambições do presidente Trump de construir um muro ao longo da fronteira entre os EUA e o México, o artista, então, considerou apro- priado que Trump esteja presente no muro mais controverso do mundo – um exemplo para ele do tipo de muro fronteiriço que quer construir. (www.washingtonpost.com. Adaptado) A partir da imagem, do excerto e de conhecimentos sobre a geopolítica mundial, é correto afirmar que o “muro mais controverso do mundo” em que Trump foi retratado separa a) Israel da Síria. b) Egito de Gaza. c) Israel da Cisjordânia. d) Cisjordânia de Gaza. e) Líbano da Síria. R e p ro d u ç ã o /F G V -S P, 2 0 1 8 . ANOTAÇÕES 255 G E O G R A F IA M Ó D U LO 1 8 PH_EF2_9ANO_GEO_238a255_CAD3_MOD18_CA.indd 255 03/04/20 09:08
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