Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDIDAS DE INTERVENÇÃO EM ÁREAS CONTAMINADAS E PROCESSOS DE REMEDIAÇÃO ABIÓTICOS ESTU031-17 – RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Profa. Dra. LUÍSA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA – luisa.oliveira@ufabc.edu.br Ponto de conformidade: pontos de monitoramento situados junto aos receptores potencialmente expostos aos contaminantes, para os quais são fixadas concentrações que não poderão ser ultrapassadas, de modo a assegurar que as metas de remediação sejam atingidas na fonte. Na avaliação do risco ambiental, comumente conhecida no Brasil como análise de risco, as definições de perigo e risco são fundamentais, já que existe muita confusão conceitual por parte dos agentes envolvidos nas questões ambientais: Perigo: é uma ameaça às pessoas ou ao que elas valorizam (propriedades, meio ambiente, futuras gerações, etc). Risco: é a quantificação do perigo; é a probabilidade de dano (pessoal, ambiental ou material), doença ou morte sob circunstâncias específicas. Avaliação de Risco • Dentre os grupos de substâncias tóxicas, dois grupos merecem atenção para essa pesquisa, os metais pesados e os compostos orgânicos voláteis (COV). • Todos os metais e seus compostos possuem toxicidade. • O que vai definir o efeito à saúde é o grau de exposição de um organismo ao composto. • A exposição está relacionada tanto com o tempo de exposição quanto com a concentração da substância envolvida. • Sabe-se que até doses mínimas de certos metais tóxicos já podem ter efeitos deletérios. Risco à Saúde Humana Risco à Saúde Humana Risco à Saúde Humana Risco à Saúde Humana • In situ: Tratamento do contaminante no próprio solo (sem movimentação do solo). São preferíveis pois não envolvem deslocamento de material contaminado; • Ex situ: Remoção do material contaminado (escavação do solo e bombeamento da água subterrânea); • Ex situ (mas on site): O material contaminado é removido, mas tratado em estações instaladas no local. Classificação das técnicas de remediação Destinação do Contaminante em cada técnica Escolha da técnica de remediação • Localização e extensão da área contaminada; • Condições geotécnicas locais; • Condições hidrogeológicas locais; • Forma de ocorrência da contaminação (fases dos compostos, concentração); • Ocorrência em áreas saturadas e não saturadas; • Características químicas e físicas dos contaminantes, incluindo a biodegradabilidade e sua caracterização como miscíveis ou não miscíveis e, no segundo caso, se são mais ou menos densos que a água; • Identificação dos riscos envolvidos para a população local baseada em um sistema de análise de riscos; • Viabilidade técnica e econômica e aspectos legais para a implantação de um sistema de remediação. • Pode-se destacar o controle/remoção da fonte primária de contaminação e o nível de detalhe da investigação da área a ser reabilitada como os dois fatores principais para o sucesso da aplicação de técnicas de remediação. • A eficiência de uma técnica de remediação in situ pode ser substancialmente afetada quando essa é aplicada na presença de fonte primária de contaminação ativa. Sendo assim, no momento da implantação e operação de uma técnica de remediação, o aporte das substâncias químicas de interesse para remediação deve estar controlado para que a redução de massa dessas substâncias no meio físico seja efetiva. Em alguns casos, as fontes primárias podem ser removidas, em outros casos, elas podem ser contidas, sempre considerando medidas de engenharia como escavação de solo, retirada de tanques subterrâneos, encapsulamento de resíduos, inertização, troca de equipamentos danificados, manutenção de utilidades subterrâneas, ou qualquer outra ação que promova a extinção do aporte de contaminação para o meio físico. Eficiência da Remediação • A avaliação das opções disponíveis para remediação depende diretamente do nível de detalhe das informações sobre a área a ser reabilitada. Informações sobre o meio físico (que contêm contaminantes e que possam influenciar seu comportamento) e a distribuição espacial da contaminação nos diferentes compartimentos contaminados, bem como uso passado, atual e futuro da área devem ter um nível de detalhamento suficiente para que a técnica de remediação proposta seja avaliada adequadamente. • O sucesso da etapa de remediação dependerá do nível de qualidade técnica das etapas de avaliação preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada e avaliação de risco a saúde humana, bem como dos testes de laboratório e piloto de campo desenvolvidos para avaliar as técnicas a serem empregadas. Eficiência da Remediação Quadro 1 - Tecnologias de remediação Fonte: Adaptado de DOD ETTC (1994); CLARINET (2002) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Quadro 1 - Tecnologias de remediação (continuação) Tabela 3: Custos de tecnologias para remediação de áreas contaminadas. Remediação – Ex situ- Escavação •Maquinário a ser utilizado dependerá do tipo de solo e da profundidade a ser escavada •Tudo deve ser planejado para acessos, serviços públicos, águas subterrâneas •O solo escavado dever ser manuseado de maneira adequada (EPIs, normas) •As amostragens confirmatórias da pilha pós remediação devem seguir as normas e exigências locais Técnicas de Remediação Consiste no confinamento de um local contaminado usando barreiras de baixa permeabilidade, que podem ser: • Coberturas • Barreiras Verticais • Barreiras Horizontais Em geral, é associado a outras técnicas para contenção da pluma de contaminação Encapsulamento Geotécnico (Imobilização – In situ) • Camadas de baixa permeabilidade, que impedem a entrada de chuva no material confinado, bem como o escape de gases e o acesso de animais e águas superficiais • Em geral, construídas com solos, misturas solo-aditivo e geossintéticos • Idem a coberturas de aterros sanitários Coberturas Coberturas • Impedem o fluxo horizontal de água contaminada • Em geral, construídas em todo o perímetro da área contaminada, podendo ser engastadas em camada (natural) de baixa permeabilidade já existente • Ou podem ser executadas somente à jusante da direção de fluxo subterrâneo, ou à montante, evitando entrada de água limpa no local contaminado Barreiras Verticais Alguns tipos de barreiras verticais Parede Diafragma Barreira de estacas escavadas Barreiras horizontais • Objetivo: capturar a pluma de contaminação, tratando as águas subterrâneas, para depois descartá-las ou reintroduzi-las no aquífero. O tipo de tratamento da água dependerá dos contaminantes: Compostos orgânicos: oxidação ou adsorção em carvão granular ativado Orgânicos voláteis: captura com ar (air stripping) Metais: Precipitação por ajuste de pH Bombeamento e Tratamento (pump-and-treat) • são ainda utilizados na maioria dos sítios contaminados e utiliza sistema provido de bombas, elétrica ou pneumáticas, para captação das águas subterrâneas impactadas com tratamento adequado para os compostos de interesse. O bombeamento e tratamento também pode ser utilizado como espécie de barreira de contenção (linha de poços de bombeamento conhecida como barreira hidráulica), que altera as condições hidrológicas do local e impedindo que a contaminação siga o fluxo subterrâneo natural. • Os sistemas de bombeamento de águas subterrâneas bem executados podem controlar a migração da pluma para regiões mais afastadas, permitindo a remoção de fontes secundárias da contaminação, além de ser uma necessidade indiscutível antes da implementação da maioria das tecnologias de remediação, em áreas que apresentam fase livre de contaminante. Bombeamento e Tratamento (pump-and-treat) NAPL´s: técnica de contenção, funcionando como barreira hidráulica Técnicas para aumentar a solubilidade dos NAPL´s:injeção de surfactantes ou de co- solventes Desenho esquemático de um sistema duplo de bombeamento de LNAPL Bombeamento Pump-and-treat Bombeamento e tratamento • Projeto: bomba externa ou bomba submersa. Vazão: depende da transmissividade do aquífero • Volume: depende da capacidade de armazenamento do aquífero • NBR 6.023 (ensaio de bombeamento): tipo de propriedades do aquífero e do espaçamento, diâmetro e profundidade dos poços • O bombeamento em geral não “limpa” totalmente o solo. A remediação é considerada finalizada quando as concentrações dos contaminantes atingem níveis aceitáveis pela legislação. Bombeamento e tratamento • Extração de vapores propriamente ditos (SVE –Soil Vapor Extraction) • remoção física dos contaminantes, principalmente os compostos orgânicos voláteis, clorados ou não, e os BTEX da zona saturada (camada mais profunda do solo onde se concentram as águas subterrâneas), através de poços perfurados no solo, aplicando extração a vácuo • Air Sparging – atuam com a injeção de ar • Mecanismos de ação: volatização e biodegradação • Solos saturados de média a alta permeabilidade contaminados por VOC´s e SVOC´s (compostos voláteis e semi-voláteis) ou não voláteis biodegradáveis aerobicamente. OBS: VOC: originados dos constituintes do petróleo e da fabricação de pesticidas, plásticos, tintas, produtos farmacêuticos, solventes e têxteis. Extração de Vapores do Solo - SVE Os contaminantes derivados de petróleo, por serem facilmente volatilizados e apresentarem grande capacidade de biodegradação, são os mais adequados para o uso de sistemas de extração de vapores, principalmente os compostos do grupo BTEX, que são os mais solúveis e voláteis presentes na gasolina. Sua eficiência pode ser aumentada se combinado a outros métodos como a injeção de ar (Air Sparging). Neste caso, o ar injetado retira a água dos poros do solo, causando uma dessorção do contaminante da estrutura do solo, fazendo com que este se movimente para a superfície, com a ajuda do sistema SVE. Extração de Vapores do Solo - SVE Desenho esquemático de sistema combinado SVE/Air Sparging SVE/Air Sparging SVE / Air Sparging • Os fatores que mais influenciam a utilização de SVE são: a permeabilidade do solo na zona não saturada, a umidade (altas umidades inviabilizam o processo), a profundidade do lençol freático e o tipo de contaminante. • Os principais fatores que influenciam a utilização de air sparging são: a permeabilidade do solo na zona saturada; a profundidade do lençol freático; o tipo de contaminante SVE/Air Sparging • Os vapores são tipicamente tratados por adsorção por carbono, incineração, oxidação catalítica ou condensação. O tipo de tratamento escolhido é função do tipo e da concentração do contaminante, sendo a adsorção por carbono a mais largamente utilizada para tratamento de uma grande quantidade de compostos orgânicos voláteis. Extração de vapores do solo - SVE Custo: O custo da aplicação desta tecnologia é muito dependente do local específico a tratar, dependendo da sua extensão, do tipo e níveis de concentração dos contaminantes e das características hidrogeológicas. Estes fatores determinam o número de poços de extração necessários, a capacidade dos ventiladores e a duração do período de tratamento. A necessidade de tratamento dos gases libertados aumenta significativamente o custo dos projetos. Muitas vezes também ocorre extração de água com contaminantes dissolvidos, podendo implicar custos adicionais de tratamento. Os custos rondam 10-50 USD por metro cúbico, enquanto que os estudos piloto oscilam entre 10.000 e 100.000 USD. Extração de vapores do solo - SVE Dessorção Térmica Dessorção Térmica É sempre utilizada a injeção de água ou vapor quente dentro do solo para aumentar a mobilidade dos contaminantes, sendo que estes são transportados na fase de vapor para uma fonte de condensação onde podem ser removidos por bombeamento. Tem sua aplicação limitada a solos grosseiros, onde a contaminação encontra-se pouca profunda, além disso, pode matar microrganismos, animais e vegetais em volta da área contaminada devido à propagação do calor. Custo: na faixa de US$ 50 a US$ 250 por tonelada de solo Dessorção Térmica Dessorção Térmica • O material reativo permeável é colocado dentro do aqüífero de modo a ser atravessado pela água contaminada, que se move pelo gradiente natural • O “reator” fica no caminho da pluma de contaminação Barreiras reativas Barreiras reativas Sistema funnel and gate O material de preenchimento das barreiras é escolhido de acordo com o tipo de contaminante ➢ Barreiras de sorção: contêm material capaz de remover por sorção o contaminante dissolvido na água, retendo-os na superfície da barreira, sem que haja modificações químicas nos contaminantes. Materiais mais utilizados: zeólitos e carvão ativado; ➢ Barreiras de precipitação: contêm material que reage com os contaminantes dissolvidos na água de forma a torná-los insolúveis, provocando sua precipitação e retenção pela barreira. Materiais mais utilizados: limonita, ferro granular; ➢ Barreiras de degradação: contêm material que quebra a cadeia dos contaminantes, degradando-o e formando outros compostos menos tóxicos. As reações de degradação podem ser biológicas (biodegradação) ou abióticas. Quando o processo dominante é a biodegradação, têm-se os biorreatores. Materiais mais utilizados: ferro granular. Barreiras reativas Barreira reativa Transporte advectivo Importante: conhecimento e modelagem da hidrogeologia local; Localização e as dimensões da barreira, vazão e velocidade do reator, seleção do meio reativo, avaliação de desempenho e planejamento do monitoramento; Tempo de retenção do contaminante no reator: suficiente para que ocorra completamente o processo de tratamento, durante a passagem do contaminante; A espessura das paredes das barreiras reativas é obtida em função do tempo de retenção determinado, para o nível de descontaminação desejado. Barreiras reativas Barreiras reativas – escolha do material reativo (Gusmão, 1998) • O material deve ser suficientemente reativo; • O tamanho das partículas deve atender a critérios de permeabilidade e reatividade, parâmetros respectivamente diretamente e inversamente proporcionais ao tamanho dos grãos; • Reatividade e permeabilidade garantida ao longo de todo o período de tratamento –troca de material; • O material reativo não pode lançar, em níveis inaceitáveis, subprodutos que sejam contaminantes adicionais; • Deve ser abundante e disponível a preços viáveis. Ferro granular é o mais utilizado (U$ 400 / ton). Barreiras reativas As principais vantagens da remediação por barreiras reativas são as seguintes: • São sistemas passivos que tratam a contaminação no local. Sem a necessidade de bombeamento e disposição final; • Não há necessidade de equipamentos, portanto não há quebra de peças; • Não há necessidade de utilização de eletricidade; • Tem baixo custo de operação e manutenção. As desvantagens de utilização são: • Elevado custo de implantação • Possibilidade de troca de material reativo, de acordo com sua vida útil; • Possibilidade de obstrução da barreira por precipitação de substâncias orgânicas ou por microrganismos; • Possibilidade de formação de subprodutos menos complexos porém mais tóxicos que o contaminante inicial. Barreiras reativas • São tecnologias caracterizadas por injeção ou infiltração de uma solução em uma zona saturada contaminada, seguida da aplicação de um gradiente hidráulico para extração da água subterrânea e do efluente (solução com os contaminantes), para tratamento fora do terreno e/ou reinjeção. As soluções podem consistir em surfactantes, co-solventes, ácidos, bases, solventes ou água limpa. Embebição e Lavagem do solo in situ • É normalmente aplicada in-situ. Por meio de furos de injeção, de galerias que promovem a infiltração ou por pulverizadores colocados à superfície, o fluido é aplicado e, portanto, os contaminantes são arrastados pelaágua. A água, posteriormente, é bombeada à superfície e recolhida em poços de extração para que seja sujeita ao tratamento. • A solução injetada pode ser composta de mais de um surfactante, podendo incluir álcool ou sal para otimizar o processo de remoção da contaminação por uma combinação de dissolução e deslocamento. A predominância da dissolução ou mobilização é controlada pela formulação da solução de surfactante. A solução extraída pode ser tratada e o surfactante reciclado. Embebição e Lavagem do solo in situ Aplicabilidade: Esta tecnologias aplica-se especialmente aos contaminantes inorgânicos, incluindo contaminantes radioativos. Pode ser usada para tratar VOCs, SVOCs, combustíveis e pesticidas, mas em geral não apresenta uma relação custos-benefícios tão favorável quanto outras técnicas, no tratamento destes contaminantes. A adição de surfactantes compatíveis com as condições ambientais pode aumentar a solubilidade de alguns compostos orgânicos, mas existe a possibilidade da solução de lavagem provocar alterações fisico- químicas do solo. Esta tecnologia oferece a possibilidade de recuperação de metais e consegue mobilizar uma grande variedade de contaminantes orgânicos e inorgânicos em solos de granulometria grosseira. Embebição e Lavagem do solo in situ Embebição e Lavagem do solo in situ In Situ Soil Flushing, usando poços verticais Limitações: •Solos de baixa permeabilidade ou muito heterogêneos são difíceis de tratar. •Os surfactantes adicionados podem aderir ao solo e reduzir a sua porosidade efetiva. •As reações dos fluídos de lavagem com o solo podem reduzir a mobilidade dos contaminantes. •A possibilidade de ocorrer arrastamento dos contaminantes para além da zona de captura e a introdução subsuperficial de surfactantes preocupa os legisladores. A tecnologia deve ser usada apenas quando os contaminantes e os fluídos de lavagem podem ser confinados e extraídos. •O tratamento à superfície dos efluentes líquidos pode ter um peso determinante nos custos do processo. Embebição e Lavagem do solo in situ É necessária a realização de testes de tratabilidade que permitam determinar a viabilidade do processo de lavagem específico considerado. Os parâmetros físicos e químicos do solo que devem ser determinados incluem: permeabilidade, estrutura, textura, porosidade, humidade, carbono orgânico total, capacidade de troca catiônica, pH e capacidade tampão. As características dos contaminantes que devem ser determinadas incluem: concentração, solubilidade, coeficiente de partição, produtos de solubilidade, potencial de redução e constantes de estabilidade de complexos. As características do solo e dos contaminantes determinam as soluções de lavagem adequadas, não só em termos de eficiência mas também de compatibilidade. Embebição e Lavagem do solo in situ Custo: O custo da lavagem do solo depende largamente do tipo e concentração do surfactante usado, isto obviamente só nos casos em que é considerada a necessidade de utilização destes aditivos. Têm sido reportadas estimativas grosseiras que variam entre 20 e 200 USD por metro cúbico. Embebição e Lavagem do solo in situ • A remediação eletrocinética provoca a migração dos contaminantes em um campo elétrico forçado, através de mecanismos de eletrosmose, eletromigração e eletroforese, processos que ocorrem quando o solo é carregado eletricamente com uma corrente de baixa voltagem. • Eletrosmose é o movimento ou fluxo da água, do anodo para o catodo de uma célula eletrolítica. • Eletromigração é o transporte de íons para o eletrodo de carga oposta. • Eletroforese é o transporte de partículas eletricamente carregadas sob a ação de um campo elétrico. Métodos eletrocinéticos Métodos eletrocinéticos • O processo Lasagna é uma técnica eletrocinética que combina a eletrosmose com zonas de tratamento passivo. Recebe esse nome devido a seu arranjo em camadas, semelhante a uma lasanha. A eletrocinética é utilizada para mobilizar os contaminantes na água dos poros em zonas orientadas horizontal ou verticalmente onde pode ser capturado ou decomposto. • A principal vantagem do processo Lasagna é que o material é imobilizado ou degradado no local, não sendo removido, o que demanda locais e equipamentos apropriados para despejo e tratamento. Métodos eletrocinéticos Métodos eletrocinéticos – Processo Lasagna • Os métodos eletrocinéticos são aplicáveis a todos os compostos químicos LNAPLs e DNAPLs, como os hidrocarbonetos aromáticos do grupo BTEX, hidrocarbonetos poliaromáticos (HPAs) e solventes clorados como o TCE; • Não há dados suficientes para avaliar a aplicabilidade do método para a migração de DNAPLs, os quais são não iônicos, não polares e tipicamente não condutivos. Métodos eletrocinéticos Custo: Os custos variam com a quantidade de solo a tratar, a condutividade do solo, o tipo de contaminante, o espaçamento entre os eletrodos e o tipo de processo usado. Testes piloto usando “solos reais” indicam que os consumos energéticos na extração de metais podem atingir 500 kWh/m3 ou mais, quando o espaçamento entre os eletrodos varia entre 1,0 m e 1,5 m. Nos casos em que não for possível aplicar outra técnica in situ para tratar solos de granulometria reduzida e depósitos subsuperficiais heterogêneos contaminados com metais, esta técnica apresenta-se como potencialmente competitiva. Métodos eletrocinéticos Podemos não fazer nada?? CONNEL, Des W. Basic concepts of environmental chemistry. CRC Press. 2 edition, 1997. 471p. CLARINET - Contaminated Land Rehabilitation Network for Environmental Technologies. Remediation of Contaminated Land Technology Implementation in Europe. A report from the Contaminated Land Rehabilitation Network for Environmental Technologies. 2002. SUTHERSAN, Suthan S. Remediation engineering: design concepts. Boca Raton: Lewis Publishers, 1997. 351 p. PEPPER, Ian L.; GERBA, Charles P.; BRUSSEAU, Mark L. Environmental and pollution science. Academic Press. 2 edition, 2006. 552p. BIBLIOGRAFIA
Compartilhar