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SLIDES aula 02

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Processo 
PREVIDENCIÁRIO
ADMINISTRATIVO
Profª Ana Paula Oliveira
Art. 680. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar
os requisitos legais para o reconhecimento de direito aos benefícios e
serviços da Previdência Social serão realizadas pelo INSS, seja o processo
constituído por meio físico ou eletrônico.
Parágrafo único. O não cumprimento de um dos requisitos legais para
o reconhecimento de direitos ao benefício ou serviço não afasta o
dever do INSS de instruir o processo quanto aos demais.
- RECUSA DE REQUERIMENTO/DOCUMENTAÇÃO INCOMPLETA:
A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para
recusa do requerimento de benefício, ainda que, de plano, se possa
constatar que o segurado não faz jus ao benefício ou serviço que
pretende requerer, sendo obrigatória a protocolização de todos os
pedidos administrativos. (ART 678 DA IN77/2015);
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DA FASE DE INSTRUÇÃO
(artigo 680 e seguintes da IN 77/15)
CARTA DE EXIGÊNCIA (ART 678 DA IN 77/2015)
• Não apresentada toda a documentação indispensável ao
processamento do benefício ou do serviço, o servidor
deverá emitir carta de exigências elencando
providências e documentos necessários, com prazo
mínimo de 30 dias para cumprimento.
• O prazo de 30 dias poderá ser prorrogado por igual
período, mediante pedido justificado do interessado.
• Caso o interessado solicite o protocolo somente com
apresentação do documento de identificação, deverá
ser protocolado o requerimento e emitida carta de
exigência imediatamente e de uma só vez, não sendo
vedada a emissão de novas exigências caso necessário.
• É vedado o cadastramento de exigência para
apresentação de procuração;
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• Esgotado o prazo para cumprimento da exigência sem que os
documentos solicitados pelo INSS tenham sido apresentados, e
mas havendo elementos suficientes ao reconhecimento do
direito, o processo será decidido neste sentido;
• Não havendo elementos que permitam o reconhecimento do
direito, o requerimento será encerrado sem análise do mérito,
por desistência do pedido, após decorridos 75 dias da ciência
da exigência. O encerramento do processo sem análise do
mérito, por desistência do pedido, não prejudica a
apresentação de novo requerimento pelo interessado, que
terá efeitos a partir da data da nova solicitação. Não caberá o
recurso os casos em que restar caracterizada a desistência do
requerimento sem análise do mérito (Instrução Normativa nº
102 /PRES/INSS, de 14/8/2019);
• Caso o requerente declare formalmente não possuir os
documentos solicitados na carta de exigência emitida pelo
servidor, o requerimento poderá ser decidido de imediato.
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Art. 681 da IN 77/2015 : CNIS como prova: Os dados constantes do CNIS
relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de
filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários de
contribuição, salvo comprovação de erro ou fraude.
Art. 682: Dados divergentes, extemporâneos, ausentes no CNIS -> ônus da
prova é do autor;
Nos casos de dados divergentes ou extemporâneos no CNIS cabe ao INSS
emitir carta de exigências na forma do § 1º do art. 678.
Quando os documentos apresentados não forem suficientes para o acerto do
CNIS, mas constituírem início de prova material, o INSS deverá realizar as
diligências cabíveis, tais como:
I - consulta aos bancos de dados colocados à disposição do INSS;
II - emissão de ofício a empresas ou órgãos;
III - Pesquisa Externa; e
IV - Justificação Administrativa. 5
DADOS REGISTRADOS EM ÓRGÃO PÚBLICO:
• Quando o requerente declarar que fatos e dados estão
registrados em documentos existentes em qualquer órgão
público a Unidade de Atendimento procederá, de ofício, à
obtenção dos documentos ou das respectivas cópias. (ART
684)
• As Unidades de Atendimento da Previdência Social não
poderão exigir do requerente a apresentação de certidões ou
outros documentos expedidos por outro órgão ou entidade
do Poder Executivo Federal, devendo o servidor proceder na
forma do caput, nos termos do art. 3º do Decreto nº 6.932,
de 2009.
• O que não impede que o interessado providencie, por conta
própria, o documento junto ao órgão responsável, se assim o
desejar.
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• Caso o segurado requeira novo benefício, poderá ser
utilizada a documentação de processo anterior para
auxiliar a análise. (Art. 685);
• Quando for necessária a prestação de informações ou
a apresentação de documentos por terceiros, poderá
ser expedida comunicação para esse fim,
mencionando-se data, prazo, forma e condições de
atendimento. (EX: Ofício p/ empresa, art. 686)
• Não sendo atendida a solicitação, o INSS adotará as
medidas necessárias para obtenção do documento ou
informação. (parágrafo único, art. 686 IN 77/2015)
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CONSIDERAÇÕES QUANTO AO DECRETO 10.410/2020
• 176 do RPS, § 6º, prevê que o reconhecimento do direito com
base em documento apresentado após a decisão
administrativa proferida pelo INSS considerará como DER a
data da apresentação do referido documento;
• ARTIGO 19 F: “a obrigação do INSS de promover a instrução do
requerimento e a comprovação dos requisitos legais para o
reconhecimento de direitos não afasta a obrigação de o interessado ou
seu representante juntar ao requerimento toda a documentação útil à
comprovação do direito à comprovação do direito, principalmente em
relação aos fatos que não constem na base de dados da previdência
social”. (exemplo: ações trabalhistas, atividade rural, atividades
especiais (ver o que foi declarado no momento do requerimento), ver o
que tem no CNIS).
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• SE NÃO O INSS NÃO CUMPRIR COM SUAS OBRIGAÇÕES???
• Além de ultrapassar o poder regulamentador de um decreto, ao
inovar sem a respectiva previsão legal, contraria o entendimento do
STJ sobre o tema, que se manifestou no sentido de que o termo a
quo dos efeitos financeiros do benefício previdenciário deve ser
fixado na data de entrada do requerimento (DER) ou no momento
do implemento dos requisitos necessários a concessão, se atingido
em momento posterior, independentemente da data da
comprovação do direito, conforme Pet 9.582/RS, REsp
1.128.983/SC, AgRg no REsp 1.213.107/RS, REsp 1.539.705, REsp
1.637.856/MG).
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1) O ARTIGO 176 A FUNGIBILIDADE,
POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA
ESPÉCIE DO BENEFÍCIO PARA A MAIS
VANTAJOSA! (CUIDADO QUANDO OS
ELEMENTOS NECESSÁRIOS NÃO ESTÃO NO
PROCESSO, EX: APOSENTADORIAS DE PCD);
• ARTIGO 19 F: 
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PROVAS DE UNIÃO ESTÁVEL E DEPENDÊNCIA
ECONOMICA. A fim de regulamentar a alteração que já
veio com a Lei nº 13.846/2019, passou a prever ainda o §6º-
A do artigo 16 do decreto:
• "§6º-A. As provas de união estável e de dependência
econômica exigem início de prova material contemporânea dos
fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro
meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à prisão
do segurado, não admitida a prova exclusivamente
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou
caso fortuito, observado o disposto no § 2º do artigo 143."
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O §4º do artigo 142, que dispõe sobre o procedimento da JA (justificação
administrativa), certamente será objeto de judicialização, na medida em que
dispõe sobre a impossibilidade de a prova material acostado ao processo
administrativo ser utilizada para outras pessoas.
• "§4º. A prova material somente terá validade para a pessoa referida no 
documento, vedada a sua utilização por outras pessoas".
Trata-se de retrocesso que afronta a própria jurisprudência dos tribunais
superiores que, de forma acertada, entendem pela possibilidade de, sobretudo
em se tratando de prova de período rural ou regime de economia familiar, os
membros da família utilizarem provas materiais comuns entre si, dada a
incontroversa dificuldade de se exigir documentos apenas em nome do
segurado.
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O artigo 181-D, por outro lado, compreende verdadeira positivação da regra do
"melhor benefício", incorporando parcialmente o entendimento do Supremo
Tribunal Federal no RE nº 630.501/RS, decisão em que se entendeu que entre
a data de implemento dos requisitose a data de entrada de requerimento
(DER) a renda deveria ser apurada mês a mês a fim que fosse aplicada a maior
entre elas.
"Artigo 181-D. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria,
nas condições legalmente previstas na data do cumprimento de todos os
requisitos ao segurado que tiver optado por permanecer em atividade.
§ 1º. Para fins do disposto no caput, o valor inicial da aposentadoria, apurado
conforme as regras vigentes na data em que todos os requisitos tiverem sido
cumpridos, será comparado com o valor da aposentadoria calculada na data
de entrada do requerimento, hipótese em que será mantido o benefício mais
vantajoso e será considerada como data de início do benefício a data de
entrada do requerimento, observado o disposto no artigo 52".
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➢Previsão Legal: artigos 108 da lei 8.213/91;
142 do Decreto 3048/99 e 574 da IN 77/2015;
➢Sempre deve estar vinculada a um processo;
➢Não serve para comprovar fatos que exijam
Registro Público;
➢Regra: Exigência de Inicio de Prova Material
➢Exceção: caso fortuito ou força maior;
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JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
➢ Hipóteses de Cabimento de J.A:
• Comprovação de União Estável/Dependência
Econômica; (exemplos de provas art. 54 IN77)
• Comprovação de Atividade Rural (exemplos de provas
art. 47 e 54 da IN77);
• Comprovação do Tempo de Contribuição (empregado
art. 10 e empregado doméstico art. 19 da IN77);
• Comprovação de Atividade Especial (obrigatório
comprovar a extinção da empresa);
• Para exclusão de Dependentes;
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• FORMULÁRIO DO INSS OU POR PETIÇÃO;
• Indicação de no mínimo 02 testemunhas (Decreto
10.410/20);
• ANEXAR E APONTAR O INICIO DE PROVA MATERIAL;
• SE AS TESTEMUNHAS RESIDIREM EM OUTRA
LOCALIDADE – pode solicitar que sejam ouvidas na APS
mais próxima (art. 585 DA IN77);
Uma vez autorizada a JA, o interessado será notificado do
local, data e horário no qual será realizada a oitiva das
testemunhas. (artigo 588 da IN77).
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J.A - COMO REQUERER E 
CONSEGUIR SUA AUTORIZAÇÃO
Como é o seu Processamento? 
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• Termo de Assentada e Autorização de Uso de Imagem e
Depoimento;
• Inquirição das testemunhas;
• O justificante e seu procurador são autorizados a
presenciar a oitiva;
• O processante utilizará os documentos e informações à sua
disposição como subsídio para formular as perguntas.
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QUANTO A FORMA: o processante deverá realizar a análise quanto
à forma, emitindo parecer que contenha:
• o relatório sucinto dos fatos;
• a sua percepção sobre a idoneidade das testemunhas;
• que foi observada a forma prevista na lei e nos atos normativos; e
• a sua conclusão;
QUANTO AO MÉRITO: Preferencialmente quem determinou o
processamento (ou autoridade superior); Deverá confrontar a prova
oral e o parecer conclusivo do justificante com o início de prova
material e as demais informações dos sistemas corporativos e emitir
decisão fundamentada esclarecendo se a JA foi eficaz para
comprovar os fatos alegados pelo justificante. Caso a JA tenha sido
eficaz para comprovar parcialmente os fatos ou períodos de
contribuição alegados pelo justificante, o parecer deverá conter a
delimitação clara entre o que foi e o que não foi reconhecido.
COMO É A SUA HOMOLOGAÇÃO?
• No retorno dos processos em fase recursal, cuja decisão
determinar o processamento da JA, a Unidade de
Atendimento deverá:
I - processar a JA, independentemente da existência de início
de prova material;
II - emitir o parecer conclusivo (homologação quanto a forma);
• Após a conclusão da JA, se o interessado apresentar
documentos de início de prova adicionais que, confrontados
com os depoimentos, possam ampliar os períodos já
homologados, poderá ser efetuado termo aditivo e
reconhecidos os novos períodos. (Art. 597);
• Não caberá reinquirição de testemunhas ou novo
processamento de JA para o mesmo objeto quando a anterior
já tiver recebido análise de mérito. (Art. 598);
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CONSIDERAÇÕES FINAIS QUANTO A J.A;
07 ERROS QUE NÃO DEVEM SER COMETIDOS
NA FASE DE INSTRUÇÃO:
• Esperar com que o INSS emita Carta de Exigência;
• Não cumprir a exigência corretamente;
• Não fazer uso de todos os meios de prova disponíveis;
• Não conhecer a Instrução Normativa e outras normas
internas, como o Regimento Interno do CRPS;
• Não conhecer os sistemas do INSS, telas, extratos;
• Não acompanhar o processo e diligenciar, se
necessário;
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@anapaulaoliveiraadv
ATÉ A PRÓXIMA AULA EM 2021!!!!

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